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Lei Complementar Nº 80 (com alterações pela Lei

Complementar 132)
A própria Constituição Federal de 1988 trata da Defensoria Pública de
maneira ímpar, mas ela deixa a cargo de uma lei complementar para regular o
órgão e as atribuições dos cargos. Apenas seis anos depois que sancionou-se Lei
Complementar 80, que dispões sobre a instituição. O texto dessa lei foi alterado
várias vezes através de outras leis complementares. LC 98 e a 132. Hoje a redação
oficial da lei dispõe o seguinte:

Art. 1º A Defensoria Pública é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como
expressão e instrumento do regime democrático,
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos
necessitados, assim considerados na forma do inciso LXXIV do art.
5º da Constituição Federal.

Art. 2º A Defensoria Pública abrange:

I - a Defensoria Pública da União;

II - a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

III - as Defensorias Públicas dos Estados.

Art. 3º São princípios institucionais da Defensoria Pública a


unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

Pela redação da LC 132, a Defensoria Pública passa a ser uma instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado entre outras coisas
presentes no artigo primeiro acima. A Defensoria Pública é de caráter permanente e
não mais temporário. Passa a defender os direitos de indivíduos e grupos de forma
integral e gratuita, aos necessitados.

A instituição Defensoria Pública possui três ramos, a Defensoria Pública da


União, a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios e as Defensoria
Pública dos Estados.

Carreira
O ingresso nos cargos iniciais da carreira de Defensor Público em qualquer
um dos ramos será feito através de concurso público de provas e títulos com a
participação da OAB em todas as fases do concurso. (Art. 24, Art.69 e Art. 112)

A categoria de Defensor Público possui três níveis:


- Defensor Público 2ª Categoria (inicial)

- Defensor Público 1ª Categoria (intermediária)

- Defensor Público de Categoria Especial (final)

Hierarquia:

DPU:
Art. 6º A Defensoria Pública da União tem por chefe o
Defensor Público-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da
República, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35
(trinta e cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto
direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondução, precedida de nova aprovação do Senado Federal.

Art. 7º O Defensor Público-Geral Federal será substituído, em


suas faltas, impedimentos, licenças e férias, pelo Subdefensor
Público-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da República,
dentre os integrantes da Categoria Especial da Carreira, escolhidos
pelo Conselho Superior, para mandato de 2 (dois) anos.

Parágrafo único. A União poderá, segundo suas necessidades, ter


mais de um Subdefensor Público-Geral Federal.

DP DFT:

Art. 54. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos


Territórios tem por Chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo
Presidente da República, dentre membros estáveis da Carreira e
maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em lista tríplice
formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus
membros, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma)
recondução.

Art. 55. O Defensor Público-Geral será substituído, em suas


faltas, impedimentos, licenças e férias, pelo Subdefensor Público-
Geral, nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes
da Categoria Especial da carreira, escolhidos pelo Conselho Superior,
para mandato de dois anos.

DP dos Estados:
Art. 99. A Defensoria Pública do Estado tem por chefe o
Defensor Público-Geral, nomeado pelo Governador do Estado, dentre
membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco) anos,
escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto, secreto,
plurinominal e obrigatório de seus membros, para mandato de 2
(dois) anos, permitida uma recondução.

§ 1º O Defensor Público-Geral será substituído em suas faltas,


licenças, férias e impedimentos pelo Subdefensor Público-Geral, por
ele nomeado dentre integrantes estáveis da Carreira, na forma da
legislação estadual.

§ 2º Os Estados, segundo suas necessidades, poderão ter mais


de um Subdefensor PúblicoGeral.

§ 3º O Conselho Superior editará as normas regulamentando a


eleição para a escolha do Defensor Público-Geral.

§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação


do Defensor Público-Geral nos 15 (quinze) dias que se seguirem ao
recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no
cargo o Defensor Público mais votado para exercício do mandato.

Cabe ressaltar que essa hierarquia é apenas administrativa, pois a Defensoria


Pública possui o princípio da independência funcional, no qual o Defensor público se
sujeita apenas às leis e a sua própria consciência.

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