You are on page 1of 50

Perfuração de poços

Poço de petróleo → estrutura que liga o reservatório à


superfície
A descoberta de uma jazida de petróleo é uma tarefa
que envolve um longo estudo e uma profunda análise
dos dados geológicos e geofísicos para que se possa
propor a perfuração de um poço.

Visto que, não se pode prever a presença do petróleo e


sim os locais mais favoráveis para encontrá-lo.

Os mais antigos poços de petróleo foram perfurados


pelo método percusivo. Esse método logo se tornou
limitado, pois não atingiam grandes profundidades.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Perfuração de poços
A partir de 1930 foi introduzido o método de perfuração
giratória, podendo-se então atingir profundidades bem
maiores.

Perfuração rotativa → as rochas são perfuradas pela


ação da rotação e peso aplicados a uma broca existente
na extremidade de uma coluna de perfuração.

Ao se perfurar um poço de petróleo, é produzida uma


instabilidade em um sistema que se encontrava
equilibrado. Conhecer os fenômenos envolvidos,
quantificar sua intensidade e minimizar seus efeitos nas
operações realizadas, constitui-se em um grande desafio
para a engenharia de perfuração de poços de petróleo.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Amazonas


Profa Ana Catarina
PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Amazonas


Profa Ana Catarina
PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Rio Grande do Norte


Profa Ana Catarina
PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração na Bolívia


Profa Ana Catarina
PRH-20
Tipos de Sondas
 PERFURAÇÃO NO MAR

Profa Ana Catarina


PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDA MODULADA (SM)

Profa Ana Catarina


PRH-20
Tipos de Sondas
 PLATAFORMA AUTO-ELEVÁVEL (PA)

Profa Ana Catarina


PRH-20
Tipos de Sondas
 SONDA SEMI-SUBMERSÍVEL (SS)

Profa Ana Catarina


PRH-20
Tipos de Sondas
 NAVIO SONDA (NS)

Profa Ana Catarina


PRH-20
Perfuração
Os equipamentos de uma sonda rotativa são agrupados
em sistemas, dependendo da utilização.

Os principais sistemas de uma sonda de perfuração


são:
• Sistema de sustentação de cargas
• Sistema de suspensão
• Sistema de rotação
• Sistema de circulação
• Sistema de medição e controle
• Sistema de segurança

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

• Definições
• Características
• Funções
• Propriedades
• Classificação

Fonte: Profa Luciana Amorim

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

• Definições

A tudo que escoa chamamos fluido independente da


sua utilização e propriedades.

Fluido de perfuração é um fluido circulante usado para


tornar viável uma operação de perfuração (API, American
Petroleum Institute,1991).

São dispersões complexas de sólidos, líquidos e


gases, usualmente constituídas de duas fases: uma
dispersante (aquosa ou orgânica) e outra dispersa, cuja
complexidade depende da natureza dos produtos
dispersos, requisitos e funções necessárias.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

“O fluido de perfuração é como o


sangue: flui, transporta, cicatriza,
transmite força, estabiliza as pressões
internas, enfim, perpassa todas as
etapas da sondagem como se fosse a
extensão viva do ato de perfurar.”

Eugênio Pereira
Geológo

Fonte: Profa Luciana Amorim

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
• Características e funções

... historicamente, a primeira função dos fluidos de


perfuração era agir como veículo para remover os
detritos gerados durante a perfuração de poços.
Controlar as pressões de sub-superfície, exercendo
pressão hidrostática suficiente contra zonas permeáveis
para evitar influxo de fluidos da formação para o poço.
Carrear os cascalhos gerados pela broca até a
superfície.
Manter os sólidos em suspensão durante as paradas
de circulação.
Manter o poço aberto estável para permitir o
prosseguimento das operações de perfuração .
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração
• Características e funções

Transmitir potência hidráulica, resfriar e lubrificar a


broca.
Ser estável quimicamente.
 Aceitar qualquer tratamento físico ou químico.
Ser bombeável.
Reduzir o atrito entre a coluna e as paredes do
poço.
Propiciar a coleta de informações geológicas do
poço através das análises dos cascalhos,
testemunhos e perfis.
Possuir custos compatíveis com o empreendimento.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

Resfriar, limpar e lubrificar a broca

Jatos de fluido que


resfriam e limpam
a broca.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

Remover os detritos de perfuração

 O fluido ao ser injetado no


poço, exerce uma ação de jato
que conserva o fundo do poço
e a broca livres de detritos.

 Pressão suficiente nos jatos ⇒


boa limpeza.

 Pressão suficiente nos jatos


⇒ evita o enceramento.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Poço limpo, com detritos removidos

Fonte: Profa Luciana Amorim

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Poço com detritos não removidos

Fonte: Profa Luciana Amorim

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Transportar os detritos até a superfície

 É também por meio do fluido em circulação (fundo do poço –


superfície) que os detritos são transportados até a superfície.

 Esse transporte Espaço


depende da anular e
velocidade lama +
anular e da detritos
viscosidade do Broca
fluido.
Jato de
lama
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

Transporte dos detritos até a superfície

Vr
Vr = Velocidade de retorno do detrito

Vq = Velocidade de queda do detrito

• Vr > Vq ⇒ Boa limpeza


• Vr < Vq ⇒ Má limpeza
Vq

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Permitir a separação dos detritos na superfície

• O fluido não pode


impedir que os detritos
sejam descarregados
com facilidade na
superfície.

• Após ser limpo, o fluido


volta ao poço.

Profa Ana Catarina


O fluido deve ser limpo regularmente.
PRH-20
Fluidos de perfuração
Manter os detritos em suspensão
• Os fluidos possuem a função de sustentação estática dos detritos
de perfuração.

TIXOTROPIA

• Em repouso o fluido
gelifica e mantém os
detritos em suspensão.

• Ao iniciar o
bombeamento, o gel se
quebra e começa a fluir
transportando os detritos à
superfície.
Fonte: Profa Luciana Amorim
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

Permitir uma adequada avaliação da formação geológica

• O fluido não deve


contaminar ou
contaminar o mínimo
possível os detritos

Fonte: Profa Luciana Amorim


Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração
Formar um filme de baixa permeabilidade (reboco ou filter-
cake) nas paredes do poço

Fonte: Profa Luciana Amorim

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
Formar um filme de baixa permeabilidade (reboco ou filter-
cake) nas paredes do poço

Reboco formado em papel de filtro após ensaio para


determinação do volume de filtrado.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
Manter a estabilidade do poço

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
Manter a estabilidade do poço
• Ph = Pf ⇒ equilíbrio desejável, mas perigoso.
• Ph < Pf ⇒ podem ocorrer desmoronamentos, estreitamento do furo e kick.
• Ph > Pf ⇒ situação normal para estabilização do furo; o filtrado invade a
formação e forma o reboco.
• Ph >> Pf ⇒ danos à formação pelo excesso de pressão do fluido; podem
ocorrer fraturamento da formação e fugas de fluido com perdas de
circulação.

Profa Ana Catarina


Ph << Pf Ph >> Pf
PRH-20
Fluidos de perfuração
Manter a estabilidade do poço, evitando desmoronamento

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
Reduzir o atrito entre a coluna de perfuração e as
paredes do poço

• Durante a perfuração, em virtude do constante contato da coluna de


perfuração com a formação geológica é gerada uma grande quantidade de
calor.
• O fluido ajuda a reduzir a temperatura da coluna de perfuração no fundo do
poço.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

NÃO deve .....

Ser danoso à equipe e ao meio ambiente


Interferir no monitoramento do poço e avaliação das
formações
Reduzir a produção do poço (Danificar o
Reservatório)
Propiciar corrosão aos equipamentos

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
• Propriedades
 Densidade A manutenção dessas
 Parâmetros reológicos propriedades é
constante nas sondas e
 Parâmetros de filtração contribui para o sucesso
 Teor de sólidos da perfuração!!!!

 Alcalinidade

 Teor de cloretos ou salinidade

 Lubricidade

 Toxicidade

 Biodegradabilidade

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

• Propriedades
 Densidade
Este parâmetro infere diretamente na coluna hidrostática exercida
pelo fluido ao longo do poço. O peso específico, ou densidade é
determinado com a balança densimétrica

Balança de lama.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração
• Propriedades
 Parâmetros reológicos
Estas propriedades são medidas com o Reômetro, também
conhecido por viscosímetro. O eficiente transporte dos cascalhos à
superfície, bem como sua sustentação durante as paradas de
circulação, fica por conta do controle reológico do fluido.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Viscosidade marsh – Mesmo não fazendo parte de qualquer cálculo


de reologia ou carreamento, a viscosidade marsh é utilizada como um
possível indicativo de alteração no comportamento do fluido.

Essa viscosidade é medida pelo funil marsh e leva em conta o tempo


gasto para 946 ml de fluido escoar pelo citado funil.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Parâmetros de filtração (API e HTHP)


Determinação do volume de água livre que por ação da pressão
hidrostática, estática e dinâmica, forma um reboco ao longo das paredes do
poço. Essa determinação é efetuada em condições normais, a 100 psi, e em
condições especiais quando adotamos uma pressão de 500 psi associada a
uma temperatura de 250o F. Estas medidas são efetuadas pelos
equipamentos de nome Filtro prensa.

Fonte: Profa Luciana Amorim


Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

Teor de sólidos
O fluido é composto de dois tipos de sólidos: Perfurados e Adicionados

 Tem influência direta na densidade, viscosidade e forças géis.

Desgaste dos
equipamentos de Fratura das
circulação formações

↑ teor de sólidos

Prisão da coluna de Redução da taxa de


perfuração penetração

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Teor de sólidos

Tratamento

Inibição do fluido, física ou


Preventivo quimicamente, evitando a
dispersão dos sólidos
perfurados.

Uso de equipamentos extratores


Corretivo de sólidos ou diluir o fluido.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Teor de sólidos
Esta medida é efetuada pelo equipamento chamado de retorta a qual
fornece os percentuais de água e sólidos existentes no fluido, lidos
diretamente numa proveta de 10 ml.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Alcalinidade

• Importante para inibir corrosão da coluna de perfuração.


• Deve ser mantido entre 7 e 10.

Papel indicador de pH. Phmetro digital de bolso.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
Teor de cloretos ou salinidade
A determinação do teor de cloretos é efetuada pelo método volumétrico,
onde a precipitação do mesmo na forma de AgCl, com uso de AgNO3 em
presença de dicromato de sódio quantifica a presença do íon no fluido.

USADO PARA:

• identificar o teor salino da água de


preparo do fluido de perfuração;

• controlar a salinidade de fluidos


inibidos com sal;

• identificar influxos de água salgada

• identificar a perfuração de uma


rocha ou domo salino.
Kit de campo para análises químicas.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração
Lubricidade – Determina um melhor desempenho da broca com
conseqüente melhora na taxa de penetração.

Toxicidade – Quantifica o grau de agressão, do fluido, ao meio


ambiente.

Biodegradabilidade – A quebra, fácil, das cadeias dos produtos


utilizados determinará o impacto temporal ao meio ambiente.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Com o estudo e definição do cenário a ser perfurado, o fluido é


devidamente projetado visando atender os diferentes tipos de
formações que serão cortadas.

Busca-se minimizar a interação da rocha com o fluido, ao que


chamamos inibição, preservando, assim, o integridade da formação
perfurada e os possíveis fluidos nelas contidos.

Assim sendo utiliza-se o fluido mais viável a fase a ser perfurada,


levando-se em conta, também, o fator econômico.

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração

Classificação
 Os fluidos de perfuração são classificados de acordo com o seu
constituinte principal.

• BASE AGUA
• EMULSÃO INVERSA
– BASE DE ÓLEO DIESEL
– FLUIDOS SINTÉTICOS
• BASE AR

Profa Ana Catarina


PRH-20
Fluidos de perfuração
FLUIDOS BASE ÁGUA
• USADOS NAS FASES INICIAIS DE POÇO

– NATIVO
Freqüentemente envolve formações de pouco ou nenhum
interesse.
Baixíssima capacidade de inibição das formações expostas

• Água do mar + Argilas Nativas

– CONVENCIONAL
• Água doce + Bentonita (20 a 30 lb/bbl)
Argila comercial mais usada nos fluidos de perfuração.
A bentonita sódica é amplamente utilizada na formulação
dos fluidos de perfuração, por sua característica de quando
em meio aquoso, adsorver uma quantidade elevada de
água, expandindo e aumentando de volume.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração

FLUIDOS DE EMULSÃO INVERSA


• A BASE DE ÓLEO DIESEL
– FORA DE USO NA E & P -BC desde o final da década de
80 para atender aos critérios de proteção ao Meio
Ambiente.
• FLUIDOS SINTÉTICOS
• Nova geração em fluidos.
• São fluidos cuja fase líquida contínua é um líquido
sintético.
• Podem desempenhar as mesmas funções dos fluidos à
base de óleo, bem como serem utilizados em situações nas
quais os fluidos à base de água sofrem limitações.
• São menos tóxicos que os fluidos base óleo.
• Desvantagem: alto custo.
Profa Ana Catarina
PRH-20
Fluidos de perfuração
Quando usar?
• poços de longo alcance (erw)
• poços de alta inclinação
• poços horizontais
• poços com hpht
• perfuração de intervalos salinos.

Denominados:
A BASE DE ÉSTER

A BASE DE ÉTER

A BASE DE OLEFINAS

ALDEIDOS

LINEAR ALQUIL BENZENO


Profa Ana Catarina
PARAFINAS
PRH-20
Fluidos de perfuração

FLUIDOS BASE AR

Alguns cenários de perfuração exigem a aplicação de fluidos de


baixas densidades.

Estes fluidos são obtidos, com a adição de produtos que têm por
objetivo obter um fluido com a densidade final, inferior a da fase
contínua deste mesmo fluido.

Estes sistemas são obtidos a partir da adição de um líquido mais


leve que a fase contínua do fluido, através da inserção de uma fase
gasosa em sua composição original, ou através da perfuração
diretamente com gás.

Profa Ana Catarina


PRH-20

You might also like