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Bacia hidrográfica, de drenagem ou


de contribuição
 área definida topograficamente, delimitada pelos
divisores de águas (linhas que unem os pontos de cotas
mais elevadas), drenada por um curso d’água ou por
Disciplina: MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda
vazão efluente seja descarregada por uma simples
Prof. Roberto Avelino Cecílio saída
 área que drena as águas de chuvas por ravinas, canais e
tributários, para um curso principal, com vazão
efluente convergindo para uma única saída e
desaguando diretamente no mar ou em um grande
lago

2009

Uso racional dos recursos naturais de


uma bacia, visando produção de água
em quantidade e qualidad
qualidadee
(concepção da Sociedade Americana
de Engenheiros Florestais)

Objetivo geral do MBH

Administração dos recursos naturais


Produzir água em: de uma área de drenagem, voltado para
a produção e proteção da
água, incluindo o controle de
quantidade e qualidade erosão, enchentes e a proteção dos
aspectos estéticos associados com a
presença da água

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“Processo de organizar e orientar o uso • Conservação ou produção de água não


podem ser conseguidas
da terra e de outros recursos naturais
independentemente da conservação
numa bacia hidrográfica, a fim de dos recursos naturais.
• As condições de uso e manejo dos
serviços sem destruir
produzir bens e serviços,
recursos interferem diretamente no
ou afetar adversamente o solo e a água
água..” comportamento da fase terrestre do
ciclo hidrológico.

Carência de água Atuação em MBH


 Pode ser quantitativa e/ou qualitativa  Efeitos do mau uso do solo e recursos naturais
 Causas
 Baixa precipitação pluviométrica
 Cobertura inadequada da bacia
 Uso intensivo da água
 Uso inadequado do solo

Enchentes Erosão do solo

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Erosão do solo Erosão do solo

Erosão do solo Processos erosivos em estradas

Processos erosivos em estradas Deslizamento de encostas

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Deslizamento de encostas Deslizamento de encostas

Assoreamento de cursos de água Assoreamento de cursos de água

Prejuízos devidos ao rompimento Prejuízos devidos ao rompimento


de barragens de barragens

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Rebaixamento de lençol freático

Precipitação

Escoamento
Infiltração superficial

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 O MBH envolve a elaboração dos diagnósticos:


1. Diagnóstico físico-conservacionista Diagnóstico físico-conservacionista
2. Diagnóstico sócio-econômico  Mais importante
3. Diagnóstico ambiental  Descreve fisicamente a bacia – elaboração de mapas
4. Diagnóstico da vegetação  Coletar subsídios para se prognosticar a retenção e o
controle das águas das chuvas nas sub-bacias hidrográficas
5. Diagnóstico da água
a) Fazer distribuição espacial, em cartas apropriadas, das
6. Diagnóstico da fauna terras propícias à agricultura, aos reflorestamentos e às
7. Diagnóstico do solo pastagens, recomendando as práticas gerais para cada caso;
b) Recomendar práticas visando a retenção das águas de
 Diagnósticos levantam todos os problemas da bacia, chuvas;
identificam os conflitos e indicam as soluções em c) Coletar informações para prognosticar o controle da erosão
todos os níveis, integrando conclusões e e os efeitos das secas e das enchentes;
recomendações para a recuperação total do meio d) Coletar subsídios para reduzir o assoreamento dos rios,
lagos e barragens
ambiente (são os prognósticos).

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Diagnóstico sócio-econômico Diagnóstico ambiental


 Elaboração de recomendações visando diminuir a  Levantar todos os elementos da poluição direta do
deterioração sócio-econômica, resultando, por meio ambiente, para que se possa verificar o grau de
conseqüência, em uma melhoria do ambiente quanto deterioração das microbacias e recomendar, em
às deteriorações física e ambiental projetos específicos, as práticas de “recuperação e
 Levantamento em nível de produtor preservação ambiental” condizentes em cada cas
 Levantamento em nível municipal

Diagnóstico da vegetação
 Visa verificar o que existe nas microbacias, em termos
de vegetações, para se obter dados sobre a
percentagem de cobertura, as espécies predominantes
e sua distribuição espacial

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Diagnóstico da água
 Quantificar e qualificar a água das bacias
 Permite planejamento do uso da água para diferentes
atividades, tais como: abastecimento doméstico e
industrial, projeto e construção de obras hidráulicas,
irrigação, drenagem, regularização dos cursos d’água e
controle de inundações, controle de poluição,
navegação, aproveitamento hidrelétrico, recreação,
preservação e desenvolvimento da vida aquática

Diagnóstico da água
 Dados a serem levantados:
 Quantidade de água: dados pluviométricos,
fluviométricos, linimétricos, ocorrência e níveis de água
subterrânea, conformação topográfica, cobertura
vegetal, infiltração da água no solo, evaporação e uso
atual da água.
 Qualidade de água: avaliação qualitativa e quantitativa
da poluição e contaminação dos corpos d’água.

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Diagnóstico da fauna Diagnóstico do solo


 Tem a finalidade de avaliar todo o tipo de fauna  Visa mapear as unidades de solos nas microbacias,
aquática, terrestre e aérea existente em cada informar os níveis de fertilidade e acidez
microbacia, identificando os tipos de “habitats” predominantes em cada unidade, para que se possa
naturais, para que possam ser restabelecidos recomendar as mais adequadas técnicas de correção do
solo, em função da cultura a ser introduzida, visando
garantir uma produtividade maior e crescente,
respeitando as técnicas conservacionistas

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O MBH envolve.... Ferramentas empregadas


Implementação de ações ou  Práticas de conservação do solo
práticas não-estruturais (manejo
do solo e da cobertura vegetal)
Planejamento e implementação de
obras estruturais ou de engenharia
(terraços, barragens, etc.)

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Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso

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Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso
 Sistemas agroflorestais

Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso
 Sistemas agroflorestais
 Planejamento do sistema viário

Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso
 Sistemas agroflorestais
 Planejamento do sistema viário
 Mata ciliar

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Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso
 Sistemas agroflorestais
 Planejamento do sistema viário
 Mata ciliar
 Represas e barraginhas

Ferramentas empregadas
 Práticas de conservação do solo
 Zoneamento do solo segundo classes de
capacidade de uso
 Sistemas agroflorestais
 Planejamento do sistema viário
 Mata ciliar
 Represas e barraginhas
 Sistemas de exploração agrícola

As APPs e o baixo impacto Reserva Legal


20%, 35% ou 80%
Área de Preservação Uso econômico
Permanente através de Manejo
Regra: Uso indireto

Atividades ou obras comuns a quase


todas as propriedades
Acesso de gado à água, estradas e
pontes internas, captação de água para
abastecimento da casa e
para irrigaçao de lavouras, Agricultura
trilhas ecológicas,
Fora das Apps
pequenos ancoradouros

Pecuária
Fora das APPs

Piscicultura
Fora das APPs

Infra-estrutura
Fora das APPs

Ecoturismo,Apicultura
Na RPPN, RL e APPs

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Bibliografia consultada
 Beltrame, A.V. Diagnóstico do meio físico de bacias hidrográficas: modelo e aplicação. Florianópilos: Ed.
Da UFSC, 1994. 112p.
 Campos, N.; Studart, T. Gestão das Águas. Porto Alegre: ABRH, 2003. 242p.
 Carrera-Fernandez, J.; Garrido, R.J. Economia dos recursos hídricos. Salvador: EDUFBA, 2002. 458p.
 Cecílio, R.A.; Garcia, G.O.; Moreira, M.C. A importância do setor agropecuário para a proteçao e
conservação dos recursos hídricos. In: Jesus Júnior, W.C.; Nicoline, H.O.; Martins, I.V.F.; Vargas Júnior,
J.G.; Almeida, M.I.V.; Cecílio, R.A.; Albane, R.R.O.; Viana, M.A. (Org.). Novas tecnologias em Ciências
Agrárias. Visconde do Rio Branco: Suprema Gráfica e Editora, 2007, v. 1, p. 101-117.
 Conte, M.L.; Leopoldo, P.R. Avaliação de recursos hídricos: Rio Pardo, um exemplo. São P aulo: Ed.
UNESP, 2001. 141p.
 De Villiers, M. Água: como o uso deste precioso recurso natural poderá acarretar a mais séria crise do século
XXI. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. 457p.
 Figueiredo, S.V.A. Conflitos relativos ao uso da água. In: Silva, D.D.; Pruski, F.F. Recursos hídricos e
desenvolvimento sustentável da agricultura. Brasília: MMA, SRH, ABEAS; Viçosa: UFV, 1997. p.37-44.
 Martins, R.C.; Valencio, N.F.L.S. Uso e gestão dos recursos hídricos no Brasil: desafios teóricos e político-
institucionais. São Carlos: RiMa, 2003. 307p.
 Rebouças, A.C.; Braga, B.; Tundisi, J.G. Águas Doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. São
P aulo: Escrituras Editora, 3.ed. 2006. 748p.
 Tundisi, J.G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: RiMa, 2.ed., 2005. 248p.

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