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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ANANIDEUA


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENSINO DE HISTÓRIA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE HISTÓRIA (ProfHistória)
PROGRAMA DE CURSO

ATIVIDADE CURRICULAR

DISCIPLINA: ENSINO DE HISTÓRIA E A QUESTÃO DAS TEMPORALIDADES


PERÍODO: 21/09/18 a 30/11/18. CARGA HORÁRIA: 60 horas; créditos 4 (Optativa)
TURMA: Mestrado Profissional em História (ProfHistória)
PROFESSOR: José Dias Junior & Carlos Leandro Esteves
EMENTA:

Tempo histórico como elemento estruturante da produção do conhecimento histórico.


Conceito de tempo histórico em diferentes matrizes teóricas. O tempo histórico: duração,
ritmo, sucessão, simultaneidade, permanências e continuidades. Ensino de história e regimes
de historicidade. Desafios pedagógicos na recontextualização didática do tempo histórico.
Conceitos como: narrativa histórica, identidade narrativa e consciência histórica. Tempo
histórico e história ensinada: propostas curriculares, livros didáticos, narrativas de professores
e alunos em sala de aula.
OBJETIVOS:

Geral:
Apresentar as categorias analíticas de construção do conceito de tempo histórico e suas
intercessões com o conhecimento historiográfico e do ensino de História, bem como
relacioná-las com as discussões didáticas do tempo histórico, as narrativas históricas e
as propostas curriculares que valorizam as visualizações didáticas do tempo.
Específicos
 Apresentar o conceito de tempo tal qual é instrumentalizado e usado no métier da
ciência História;
 Dialogar com as diferentes categorias de uso do tempo na ciência história: duração,
ritmo, sucessão, permanências e continuidades;
 Discutir o panorama das “escritas da história” nos últimos anos.
 Analisar as narrativas históricas e seus usos para o ensino de história e os regimes de
historicidade;
 Estimular o debate sobre temporalidades e contextos históricos nas discussões de
Ensino de História;
 Debater as propostas curriculares a partir das narrativas de historicidade;
 Analisar os discursos presentes nos livros didáticos e na narrativas dos professores de
história;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I: O Tempo Histórico: Trata das variadas noções do conceito de tempo aplicado
aos diferentes campos da ciência histórica, referendando as categorias de uso do tempo na
História e na Historiografia. O objetivo da unidade é demonstrar que o conceito de tempo é
matéria basilar para a produção do conhecimento histórico, servindo como substrato para as
diversas narrativas elaboradas pelo universo historiográfico acadêmico, bem como pela
produção historiográfica voltada ao Ensino de História.

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Unidade II: Narrativas históricas e o Ensino de História: Pretende discutir as diferentes
formas de “escritas da História”, referendando as produções historiográficas e seus usos na
produção didática. O objetivo desta unidade é mostrar como cada produção de História
obedece a um modelo de narrativa que se estabelece de forma específica no campo
historiográfico e suas transposições didáticas nos livros didáticos e para didáticos.
CRONOGRAMA- AULAS

(A) 1. Dia 21/09/18: Tarde: Carlos Leandro 2. Dia 21/09/18: Noite: Carlos Leandro
Apresentação da Ementa; Primeiras Impressões da Disciplina; Divisão dos grupos de leitura
para as apresentações de Seminários. Metodologia e Avaliação.
Unidade I: O Tempo Histórico

Texto 1: BLOCH, Marc. “A história, os homens e o tempo”. In: Apologia da História ou o ofício de
historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001, p. 51-68. Aula Expositiva

Texto 2: BARROS, José D’Assunção. “Tempo histórico: horizontes e conceitos”; “Tempos


para entender a História”: In: O tempo dos historiadores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 13-
94. Aula: Apresentação e defesa do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(B) 3. Dia 28/09/18: Tarde: Carlos Leandro 4. Dia 28/09/18: Noite: Carlos Leandro
Texto 3: GLEZER, Raquel. A noção do tempo e o Ensino de História. São Paulo IEA.. LPH
Revista de História, vol. 2, n. 1, 1991. Estudos Avançados, Coleção Documentos. Série
Estudos sobre o tempo. Aula: Apresentação e defesa do texto pelo grupo e questões
suscitadas pela classe;
Texto 4: LE GOFF, Jacques. “Escatologia”; “Calendário”. In: História e memória. 5ª. ed.
Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 323-371; 477-523. Aula: Apresentação e defesa do
texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(C) 5. Dia 05/10/18: Tarde: Carlos Leandro 6. Dia 05/10/18: Noite: Carlos Leandro
Texto 5: KOZELLECK Reinhart. “Sobre a teoria e o método da determinação do tempo histórico”.
In: Futuro e Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto:
Ed. PUC-Rio, 2006, p. 97-183. Aula: Apresentação e defesa do texto pelo grupo e questões
suscitadas pela classe;
Texto 6: HARTOG, François. Tempo e História: “Como escrever a história da França
hoje?”. História Social, Campinas, Unicamp, n. 3, 1996, p. 127-154. Aula: Apresentação e
defesa do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(D) 7. Dia 19/10/18: Tarde: Carlos Leandro 8. Dia 19/10/18: Noite: Carlos Leandro
Texto 7: PROST, Antoine. “As questões dos historiador”; “O Tempo da História”; Os
Conceitos”. In: Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 75-132
Aula: Apresentação e defesa do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;
Texto 8: SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da Memória e Guinada Subjetiva. São
Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. Aula: Apresentação e
defesa do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(E) 9. Dia 26/10/18: Tarde: José Junior 10. Dia 26/10/18: Noite: José Junior
Texto 9: RÜSEN, Jörn. Como dar sentido ao passado: questões relevantes de meta-história.
História da Historiografia (on-line), Sociedade Brasileira de Teoria e História da
Historiografia, Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado
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do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP), nº 02, p. 163-209, março 2009. Aula: Apresentação e defesa
do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

Unidade II: Narrativas históricas e o Ensino de História:

Texto 10: CARRETERO, Mario. Documentos de identidades: a construção da memória


histórica em um mundo globalizado. Porto Alegre: Artmed, 2010. Aula: Apresentação e
defesa do texto pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(F) 11. Dia 09/11/18: Tarde: José Junior 12. Dia 09/11/18: Noite: José Junior
Texto 11: RODRIGUES JR. Osvaldo. Os Manuais de Didática da História e a Constituição
de uma Epistemologia da Didática da História. Revista Percursos. Florianópolis, v. 11, n.
02, jul. / dez. 2010;
Texto 12: GONTIJO, Rebeca; MAGALHAES, Marcelo; ROCHA, Helenice (orgs.). A
escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 35-50.

(G) 13. Dia 16/11/18: Tarde: José Junior 14. Dia. 16/11/18: Noite: José Junior
Texto 13: RÜSEN, Jörn. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do
caso alemão. Práxis Educativa. Ponta Grossa, 1(2): 7-16, jul./dez. 2006. Aula: Apresentação
e defesa dos textos pelos grupos e questões suscitadas pela classe;
Texto 14: SHÖN Donald A. Educando o Profissional Reflexivo: Um novo design para o
ensino aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2007. Aula: Apresentação e defesa do texto
pelo grupo e questões suscitadas pela classe;

(H) 15. Dia 23/11/18: Tarde: José Junior 16. Dia. 23/11/18: Noite: José Junior
Texto 15: MONTEIRO, Ana Maria. Tempo Presente no ensino de História. Anais do XXVI
Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011.
Texto 16: PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. A máquina da memória. Almanaque Abril:
O tempo presente entre a história e o jornalismo. Bauru: Edusc, 2009. Aula: Apresentação e
defesa dos textos pelos grupos e questões suscitadas pela classe;

(I) Dia 30/11/18: Horário reservado a reposição;

(J) Dia 07/12/18: Horário reservado a reposição

METODOLOGIA E AVALIAÇÃO

Metodologia: Aula expositiva; leitura dos textos; debate em sala de aula; apresentação de
seminários e questões suscitadas pela classe. Uso das ferramentas didáticas em sala quando
necessário: Data Show, Pincel, Quadro e outros.
Avaliação: Será continuada, consideraremos como elementos de avaliação: 1- A apresentação
dos seminários pré-agendados com a turma e podem ser por grupo ou individualmente. Cada
aula terá um ou dois textos para apresentação; 2- A participação da classe nos debates em
sala, esta participação poderá ser feita com intervenções ou questionamentos ao texto
apresentado; 3- Leitura prévia dos textos; 4 - Frequência mínima de 75%; 5 – Produção de
Artigo Científico para o final da disciplina. Neste artigo o discente poderá fazer a relação das
discussões de tempo histórico com a pesquisa que desenvolve, propondo também propostas
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didáticas para uso em sala de aula; 6 – Avaliação de rendimento da disciplina.

REFERENCIAS

BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001;

BARROS, José D’Assunção. O tempo dos historiadores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013;
CARRETERO, Mario. Documentos de identidades: a construção da memória histórica em um
mundo globalizado. Porto Alegre: Artmed, 2010.
GLEZER, Raquel. A noção do tempo e o Ensino de História. São Paulo IEA.. LPH Revista de
História, vol. 2, n. 1, 1991. Estudos Avançados, Coleção Documentos. Série Estudos sobre o
tempo
GONTIJO, Rebeca; MAGALHAES, Marcelo; ROCHA, Helenice (orgs.). A escrita da
história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 35-50.
HARTOG, François. Tempo e História: “Como escrever a história da França hoje?”. História
Social, Campinas, Unicamp, n. 3, 1996, p. 127-154.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos.
Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2006.
LE GOFF, Jacques. História e memória. 5ª. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.
MONTEIRO, Ana Maria. Tempo Presente no ensino de História. Anais do XXVI Simpósio
Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011.
PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. A máquina da memória. Almanaque Abril: O tempo
presente entre a história e o jornalismo. Bauru: Edusc, 2009.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
RODRIGUES JR. Osvaldo. Os Manuais de Didática da História e a Constituição de uma
Epistemologia da Didática da História. Revista Percursos. Florianópolis, v. 11, n. 02, jul. /
dez. 2010;
RÜSEN, Jörn. Como dar sentido ao passado: questões relevantes de meta-história. História
da Historiografia (on-line), Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia,
Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNIRIO) e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP), nº 02, p. 163-209, março 2009.
RÜSEN, Jörn. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão.
Práxis Educativa. Ponta Grossa, 1(2): 7-16, jul./dez. 2006.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da Memória e Guinada Subjetiva. São Paulo:
Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
SHÖN Donald A. Educando o Profissional Reflexivo: Um novo design para o ensino
aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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