You are on page 1of 7

À minha mãe, Elisabeth Mary de Carvalho Baptista, em primeiro lugar.

A senhora
devo tudo o que sou atualmente. Obrigado por toda a ajuda, por todo amor e carinho ao
longo de minha vida. Sem a senhora eu jamais estaria onde estou hoje e, definitivamente,
não estaria concluindo esse curso. Muito obrigado e espero ter cumprido as expectativas
e esperanças depositadas em mim.
A meus avós, que, infelizmente, não se encontram mais entre nós, mas tenho a
certeza que onde quer que estejam ficarão felizes em saber que finalmente estou
concluindo um curso superior.
À professora Clarice Helena Santiago Lira, minha orientadora e professora desde
o segundo bloco do curso na Universidade Estadual do Piauí – UESPI, que me orientou
e me ajudou nas disciplinas, monitorias, e na realização da monografia. Agradeço também
pelo despertar do interesse nesta pesquisa proporcionada a partir de uma monitoria que
tive a oportunidade e a felicidade de realizar sob sua orientação.
À minha tia, Maria do Socorro Baptista Barbosa, pelas oportunidades de discussão
das mais variadas temáticas, pelo apoio sempre que possível e incentivo ao longo de toda
minha trajetória universitária. Agradeço ainda pela realização da revisão de língua
portuguesa e elaboração do abstract.
À comunidade indígena Tabajara de Piripiri pela disposição e disponibilidade para
participar da entrevista e colaborar com a pesquisa. Este trabalho não teria sido possível
sem sua contribuição. Um agradecimento especial ao Cacique José Guilherme da Silva
pela hospitalidade dedicada a mim, abrindo as portas de sua “maloca” e de seus irmãos.
A Fundação Nacional do Índio – FUNAI, através da pessoa de Romeu Tavares
Lima Neto, indigenista representante da instituição no Piauí, pela interlocução com os
indígenas e por concessão de entrevista para a realização deste trabalho.
À minha namorada e companheira, Iris Victória Montalvan Shica, por todo amor,
carinho, ajuda, apoio e compreensão ao longo destes quatro anos de jornada. Que essa
seja apenas mais uma das diversas conquistas que realizaremos lado a lado ao longo de
nossa vida juntos.
Aos meus colegas e amigos que fiz ao longo do curso, em especial ao Ricardo
Nogueira, Ana Karoline Nery, Vanessa Cristina e Pedro Wenderson por seus
companheirismos, momentos de alegrias, muitas risadas e auxílio nos mais diversos
momentos. Que nossa amizade perdure por muito tempo.
A meus amigos pelo apoio em minhas escolhas e pela compreensão acerca de
minha ausência em nossos encontros em virtude do estudo e dos trabalhos da universidade
ao longo destes quatro anos.
À UESPI por ter me acolhido no Curso de História, e por ter me dado a
oportunidade de participar de programas como o Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência – PIBID, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica –
PIBIC, bem como a possibilidade de concorrer e ser aprovado na seleção de estágio do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN onde pude ampliar meus
conhecimentos acerca da pesquisa histórica.
A todos os professores do Curso de História da UESPI e da UFPI que tanto
contribuíram para a minha formação.
• Críticas a administração de Francisco do Rego Barros

• Revoltas de trabalhadores locais – desemprego

• Deslumbramento com a modernidade e suas invenções. Olhar crítico do historiador


para depoimentos sobre o passado.

• Século XX e a crença no progresso

• Nomeação do prefeito Eduardo Martins de Barros em 1904 – Ímpetos de


modernização e planos que causaram espanto.

• Capitalismo e a onda modernizadora nas cidades globais.

• Recife cenário dessas mudanças – Revelação do caráter autoritário da modernização.


Ex: Desapropriações e demolições

• Mudanças nos traçados das cidades, nos hábitos de higiene, nos desejos de consumo.

• Crescimento de Recife em virtude de suas indústrias de bens de consumo, êxodo rural


e comércio.

• O moderno não é fruto somente das pulsações econômicas

As pretensões modernizadoras

• Entrada na década de 20 marcada por greves de trabalhadores. Cenário de lutas


políticas e sociais.

• As greves dão a Recife os ares de uma cidade moderna e reivindicativa. Movimento


dos trabalhadores mal visto pelos grupos abastados.

• Os direitos políticos não foram uma preocupação dos intelectuais da época, mesmo os
modernos. Aqueles a favor das reformas modernizadoras não se importavam se a via
fosse autoritária ou não.

• Combates de ruas marcados pela violência e pela repressão.

• As lutas sociais têm espaço em Recife desde a colônia, não sendo apenas provocadas
pelas elites. Na República as lutas continuam; defendem a Revolução e são contrários
as injustiças.

• Estava presente aí o “moderno” nas lutas políticas em uma conjuntura autoritária e


antidemocrática.

• Não há uma modernização nas relações políticas. No Brasil o processo de


modernização não amplia, inicialmente, os direitos políticos.

 As ordens do moderno
• Discurso de modernização presente no poder público. Práticas conservadoras x
projetos voltados para modernização.

• Gestão de Manoel Borba – Adoção de um moderno sistema de construção de pontes,


ampliação das estradas. Preocupação com a higiene dos prédios e com o número de
escolas, aumento da iluminação pública e criação da Repartição do Saneamento.

• Gestão de José Rufino Bezerra – Propostas de privatização dos serviços de água,


esgotos e obras em geral. Caso do prefeito Lima Castro e a Vila Operária.

• Gestão de Sérgio Loreto – Investimentos no setor de higiene, na melhoria do serviço


de saúde e na urbanização de Recife. Esquema de propaganda. Atuação de Amaury de
Medeiros.

• “Obras buscam levantar o nível intelectual do povo e formar mentalidades mais


adiantadas”

• Dever do governo acompanhar o progresso e deixar o atraso para trás. Os serviços


públicos devem ser modernizados.

• Grande destaque ao Departamento de Saúde e Assistência

• Defesa da obra mais polêmica de Loreto – a Avenida Beira-Mar – Marco da


modernização de Recife

• Especulação imobiliária favorecendo membros do governo; Perigos para a saúde


pública; Desvio de materiais; dentre outros.

Missão Civilizatória

 Salvação pela higiene

• Ameaça das condições de vida precária aos mais pobres.

• Epidemias e índices de mortalidade elevados. Varíola, febre amarela, tuberculose,


cólera.

• A saúde pública enquanto ponto fundamental para a cidade moderna.

• Problemas presentes em Recife desde a Colônia, agravado pelo crescimento da


população. 240 mil habitantes em 1920.

• Cinco problemas básicos em Recife: Fornecimento de água pura, esgotagem das águas
da chuva das águas servidas e das matérias cloacais, higienização das moradias,
dessecamento e drenagem dos pântanos e revestimento das ruas e estradas com
calçamento.

• Programa de saúde de Sérgio Loreto busca sanar esses problemas.

• Doenças sob o controle do Departamento de Saúde e Assistência.


• 1924 – Surto de febre amarela – Ação do Departamento e conflito com a população.

• Críticas ao programa de higienização.

 Discursos, ações e contrapontos

• Discursos de Amaury de Medeiros pela importância da higienização , independente da


ação autoritária.

• Ênfase a missão civilizatória a partir da higienização.

• Aspirações modernizadoras a partir da intervenção do Estado e a partir das inovações


técnicas.

• Preocupação com a educação sanitária.

• Criação da habitação higiênica – Construção de casas para serem alugadas –


Disciplinarização dos corpos (p.53).

• Amaury de Medeiros enquanto um agente de modernização.

• Criação de hospitais psiquiátricos.

• Embelezamento da cidade e ampliação das áreas de lazer.

Preocupação do governo em concretizar seus projetos de modernização, embora não indique


uma modernização nas relações políticas. As elites ordenam a modernização

Capítulo 2 – A Cidade: seduções, desejos, imagens

Império das Seduções

 As armadilhas do desejo.

• A propaganda e o consumo transformam o cotidiano das pessoas.

• Nem todos foram seduzidos pelo ritmo da modernidade. Resistência de muitos.

• Transformação das relações do homem com a Natureza.

• Cidade enquanto fabricação de utopias.

• Recife na década de 20: tradição versus modernidade. Redução no ritmo das


transformações. Registro nos jornais, revistas, propagandas e nas discussões
intelectuais.

• Impossibilidade de discutir sobre a totalidade de relações descortinadas pela


modernidade.

• Convivência de Recife com as invenções modernas há bastante tempo.

• nstalação da luz elétrica nas ruas, surgimento dos bondes elétricos em 1914, criação
de uma nova rede de esgotos, chegada do futebol em 1915, o primeiro desfile de
modas em 1916, finalização das obras do porto em 1918, corrida de automóveis em
1919.

• Encurtamento de distâncias com os novos maquinários modernos: Bondes,


automóveis e trens. Novos ritmos à cidade.

• Transtornos e admirações dos primeiros automóveis. Presença nas propagandas:


anúncios fúnebres, venda de carros usados, crônicas na imprensa.

• Sociedade do consumo incorporando-se aos sonhos e desejos na cidade.

• Jornais e revistas apresentam-se como mercadorias fazendo propagandas e anúncios


de objetos e serviços. Ex: Anúncios voltados para a saúde e a doença.

 Opiniões, modos, modas, folias

• Cotidiano enquanto um espelho de como as pessoas na cidade percebem o mundo e


vivem nele.

• A imprensa enquanto um dos meios para analisar isso.

• Presença das polêmicas políticas, discussões literárias, crônica social, humor e fofocas.
A cidade era vista em seus modos e modas.

• Pilhéria – Proposta de melhorar a cidade através do humor, conservando as normas


de polidez.

• Condição feminina e o comportamento social das mulheres: Determinação dos


deveres das mulheres (casamento e o amor), críticas a maquiagem, à moda e à
autonomia feminina (feminismo). Os Direitos da Mulher são uma ameaça na
perspectiva de alguns poetas que escrevem na revista.

• A questão do flirt e do flooting. Crônicas sobre a vida mundana de Recife.

• O encanto do carnaval e as mudanças no cotidiano da cidade. O corso e a cidade do


sonho e desejo. Esquecimento dos sofrimentos e preocupações.

• A Razão domina a cidade. Mesmo no Carnaval, nos espaços festivos, não há uma fuga
a ordem estabelecida pela Razão. As relações sociais na Cidade são construídas a partir
disso: com as tensões, sonhos, desejos, frustrações e ilusões.

• Reclamações frequentes nos jornais sobre a precariedade de serviços públicos: água,


luz, e limpeza.

• Surgimento de novas diversões: futebol.

• As invenções modernas como fontes de diversão: demonstrações dos aviadores.

• Modernização provocando tensões no cotidiano: melhoria dos serviços prestados


dentro de padrões modernos, a exemplo da uniformização dos chauffers.
O progresso choca-se com a tradição na Recife da década de 20. Constantes tensões entre o
moderno e a tradição

Palavras e Imagens

 Encenações hollywoodianas

• Importância do teatro antes da chegada do cinema. Intenso movimento teatral na


década de 20.

• Inauguração do cinema em Recife em 1909. Outra fonte de diversão e emoções.

• Transformação dos hábitos das pessoas. Mudança nos horários: alargamento dos
horários noturnos.

• O Cinema entra na programação obrigatória de lazer em Recife.

• Recife: a Hollywood do Brasil.

• Produção de documentários governamentais para propaganda – administração de


Loreto.

• 1925 – Lançamento de Retribuição – Marco inicial da produção de cinema recifense.

• Produções independentes; cineastas superam as dificuldades da maneira que podem;


criação de novas técnicas de filmagem.

• Lançamentos de novos filmes: Um Ato de Humanidade, Jurando Vingar, Aitaré da


Praia.

• Aitaré da Praia garante projeção ao cinema pernambucano em outros estados


brasileiros.

• Lançamento de Herói do Século XX e A Filha do Advogado – Documento sobre a vida


social recifense -Falência da Aurora-Filme em 1926.

• Novas produtoras tentam novos filmes: Sangue de Irmão, Dança, Amor e Ventura, No
Cenário da Vida e Destino das Rosas.

• No começo da década de 30 encerra-se essa primeira incursão pioneira no cinema em


Recife – Mudança de alguns de seus cineastas para o Rio.

• A falta de ajuda e envolvimento do poder público aliado a falta de uma cadeia


exibidora e a inexistência de uma legislação cinematográfica, bem como a invasão dos
filmes de Hollywood são alguns dos motivos apontados para o fim nesse momento do
cinema recifense.

• O Recife ia novamente sucumbir a invasão dos filmes estrangeiros.

You might also like