You are on page 1of 54

5 Séries com

7 Práticas para 
 Gestão de
Transportes
APRESENTAÇÃO DOS AUTORES

Ronildo Jesus dos Santos


Administrador de Empresas formado pelo Centro
Universitário FEI, pós-graduado em Logistica
Empresarial e especialização em Logística de
Transportes pela FGV - Fundação Getúlio Vargas.
Experiência como consultor na área comercial de
transportes e atuando há 20 anos como Gerente
de Logística, de Operações e de Transportes em
empresas nacional e multinacional do segmento de
transporte e operador logístico.

Rafael Magalhães de Souza


Formado em Tecnologia em Logística de
Transportes pela FATEC - Faculdade de Tecnologia
do Estado de São Paulo e Pós-graduado pela
Universidade Cândido Mendes em Engenharia de
Suprimentos, certificado pelo IATA para transporte
de Dangerous Goods. Realizou intercâmbio em
Milão Itália, atua no setor de Logística e
Transportes desde 2005 em empresas nacional e
multinacional na área de gestão e analise de
processos Logísticos de Transporte
INTRODUÇÃO

Neste e-book, procuramos trazer as melhores e


atuais práticas de Gestão de Transportes, com o
objetivo de fortalecer e acrescentar controle aos
processos que eventualmente você e sua empresa
já tenha ou venha implementar.

Este conteúdo pode ser utilizado como um check


list operacional para orientar e identificar pontos
em seus processos que poderão ser melhorados.

Apesar das grandes dificuldades em implementar


controles de transporte, a gestão do mesmo, é de
grande importância para garantir a segurança da
carga transportada, o custo reduzido e o nível de
serviço desejado.
SUMÁRIO

SÉRIE 1 - 7 MELHORES PRÁTICAS DE


SUCESSO PARA CONTRATAR UMA
TRANSPORTADORA -   5

SÉRIE 2 - 7 PRÁTICAS DE COMO MANTER


 UM BOM RELACIONAMENTO COM OS
SEUS FORNECEDORES -  14

SÉRIE 3 - 7 MELHORES PRÁTICAS PARA


GARANTIR O PRAZO DE ENTREGA PARA O
CLIENTE - 18

SÉRIE 4 - 7 PRÁTICAS ESSENCIAIS PARA


REDUÇÃO DE CUSTOS NO TRANSPORTE
DE CARGAS - 26

SÉRIE 5 - 7 PRÁTICAS PARA O CONTROLE


DE CARGAS E REDUÇÃO DE PERDAS - 33
SÉRIE 1 - 7 MELHORES PRÁTICAS DE
SUCESSO PARA CONTRATAR UMA
TRANSPORTADORA

Diversos são os desafios


para manter os negócios
alinhados às demandas
do mercado.
Os papéis da direção,
gestão e colaboradores
são  primordiais para o 
sucesso nesse quesito. Contudo, superar os
desafios internamente já é complexo, imagine
quando fatores externos, também são envolvidos.

A contratação de uma transportadora é uma


prática bastante comum no mundo empresarial de
hoje, muitas empresas se especializaram na
prestação desse tipo de serviço em razão da forte
demanda em diversos setores, a exemplo da
logística, como veremos adiante.

Vamos falar um pouco mais sobre a contratação


de uma transportadora, mostrando como essa
prática pode contribuir para o seu sucesso e
também o sucesso da sua empresa.

5
POR QUE CONSIDERAR A CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS?

Com uma rotina repleta de processos importantes,


muitas empresas têm dificuldade em gerenciar
tudo aquilo que envolve diretamente as suas
atividades fim, que demanda muito tempo na
maioria dos casos.

Dessa forma, contratar os serviços de outras


empresas para as atividades meio, ou seja, aquelas
que não estão ligadas diretamente à atuação da
empresa, mas tem uma grande importância, como
almoxarifado, zeladoria, limpeza e segurança, se
tornam uma saída para melhorar a gestão do
negócio.

Atualmente, grande parte da prestação de serviços


terceirizados envolvem as atividades listadas
anteriormente. Essa é uma tendência crescente no
mercado, devido a quantidade de benefícios que
as empresas contratantes podem experimentar,
dos quais podemos citar:

    • Maior eficiência;
    • Redução no quadro de funcionários;
    • Redução nos custos diretos;
    • Diferencial competitivo.
6
De maneira geral, a contratação de serviços tem
sido uma alternativa interessante, inclusive para as
pequenas empresas, que vem nos benefícios
citados uma forma de poupar tempo, dinheiro e
esforços, já que transferem algumas
responsabilidades às prestadoras.

Além disso, é importante mencionar que há um


forte estímulo do governo para essa prática, afinal,
ela contribui para a geração de empregos e
fortalece a economia.

CONTRATAR UMA EMPRESA PARA A DEMANDA


DE LOGÍSTICA É UMA BOA OPÇÃO.

Contratar transportadoras tem sido um dos


caminhos mais utilizados pelas empresas de todos
os portes e segmentos, para solucionarem os
problemas no setor. Atualmente, existem grandes
empresas especializadas na prestação de serviços
de logística. 

Um diferencial é a qualidade na prestação dos


serviços. Quando se tem à disposição uma
empresa prestadora de alto padrão, os resultados
e a satisfação do cliente final são altamente
positivos.

7
PASSOS PARA UMA BOA NEGOCIAÇÃO

Antes mesmo de começar a contratar uma


transportadora, é preciso fazer um planejamento e
levantar alguns pontos que são essenciais para um
bom fechamento de negócio. Entre as principais
dicas de cuidados, podemos citar:

1. CONHEÇA A SUA DEMANDA

Antes de partir para a negociação com as


transportadoras, deve-se conhecer quais são suas
necessidades em termos de frequência, prazos (de
entrega e pagamento) e, principalmente, qual é o
valor máximo que se pode alcançar para que o
negócio seja fechado.

Quando essas questões não estão bem definidas,


os negociadores ficam mais sujeitos às condições
que os fornecedores oferecem e podem prejudicar
os resultados, deixando de alcançar os potenciais
benefícios.

2. ESCOLHER TRANSPORTADORES ESPECIALISTAS


NO TIPO DE CARGA DE SUA EMPRESA

Este é um grande diferencial para conseguir fechar


boas negociações, selecionar fornecedores que são

8
especialistas no seu tipo de carga é a melhor forma
de alcançar bons resultados.

Uma distribuição de carga fracionada, por


exemplo, é muito complexa e envolve diversos
fatores que precisam ser bem organizados,
principalmente a consolidação dos pedidos e o
planejamento de rotas, visto que influenciam
diretamente na satisfação dos clientes.

3. REALIZE VÁRIAS COTAÇÕES

Nesse caso, o ideal é contar com três (ou mais)


propostas de transportadoras, pois isso ajuda a
aumentar o poder de barganha dos negociadores.
Assim, eles podem reunir informações mais
detalhadas sobre o que os melhores fornecedores
oferecem e criar melhores condições para o
fechamento do contrato.

4. PREFIRA CONTRATOS DE LONGO PRAZO

Para evitar o trabalho de ter que abrir diversas


cotações para cada situação, busque selecionar os
melhores fornecedores e criar uma relação de
parceria de longo prazo, esse tipo de contrato
ajuda a conseguir descontos nos preços e formas
de pagamento mais flexíveis.
9
5. PROCURE REALIZAR NEGOCIAÇÕES QUE
FAVOREÇAM AMBOS

O melhor resultado para uma negociação é aquele


em que as partes saem satisfeitas com o acordo
fechado. Mas nem sempre é fácil chegar a essa
solução, visto que ambas precisam ceder em
alguns pontos.

Por um lado, o papel do negociador é buscar


melhores condições de preço e prazo. Contudo, é
preciso ter a sensibilidade de saber até onde pode
ir, evitando pressionar demais a transportadora e
correr o risco de perder um bom contrato ou então
a qualidade do serviço.

A SEGUIR, SEPARAMOS 7 DICAS QUE PODEM


AUXILIAR NA CONTRATAÇÃO

Para atingir um nível satisfatório de eficiência na


contratação de serviços, algumas práticas são
indispensáveis.

1. AVALIE AS COMPETÊNCIAS BÁSICAS

O primeiro passo, para iniciar a contratação é ter


uma lista bem definida de quais são as
competências mínimas que a transportadora 
10
precisa ter para atender suas necessidades. Nesse
caso, podem-se incluir alguns parâmetros como:
padrão de qualidade, cumprimento de prazos,
custo-benefício, suporte ao cliente e
sustentabilidade.

Além de ser um guia para avaliar os fornecedores,


essa check list pode ser a ferramenta que ajudará
a escolher o melhor prestador do serviço.

2. ANALISE OS VALORES DA EMPRESA

Além dos preços que são cobrados pelos serviços,


também vale a pena verificar quais são os valores
da transportadora enquanto empresa. Para uma
boa parceria de negócios, vale a pena verificar se
eles estão próximos do que sua empresa pratica o
que aumenta as chances de a relação comercial
dar certo.

3. VERIFIQUE AS RECOMENDAÇÕES DE OUTROS


CLIENTES

Outro aspecto que vale a pena considerar ao


escolher as transportadoras é a reputação que as
empresas possuem no mercado. Isso pode ser
feito por meio de pesquisas com outros clientes, a
fim de obter referências do futuro parceiro.
11
Essa estratégia é boa para receber uma opinião de
empresas que tiveram uma experiência direta com
o fornecedor. Assim, a visão sobre os pontos
positivos e negativos é mais próxima da realidade.

4. ANALISE A RENTABILIDADE E ESTABILIDADE

A verificação da saúde financeira das empresas


contratadas também pode e deve ser feita.
Analisar esse critério é uma forma de se certificar
de que a transportadora terá condições de cumprir
com o contrato até o final, com o mesmo nível de
qualidade e frequência de atendimento.

5. VERIFIQUE A AGILIDADE E A FLEXIBILIDADE


DOS PROCESSOS

Ao realizar uma negociação, também se pode


analisar os processos da transportadora e verificar
se ela consegue oferecer agilidade e flexibilidade,
além de se adequar às mudanças ou urgências que
podem ocorrer, como um aumento na demanda.

Quando essa chamada “escalabilidade” existe, é


sinônimo de que a empresa possui condições
melhores de compreender as necessidades dos
clientes e consegue se preparar para atuar mesmo
com mudanças.
12
6. NÃO CONTRATE UMA TRANSPORTADORA SE
BASEANDO APENAS NO PREÇO

A economia é sempre um dos pontos principais em


uma negociação. Afinal, reduzir custos é sempre
uma meta, porém, ela não deve ser o fator de
maior peso, principalmente se for em detrimento
do nível de qualidade do serviço prestado.

Portanto, o ideal é considerar todas as variáveis


que são relevantes para o negócio, como prazos
para entrega e pagamento. Vale sempre lembrar
que a satisfação dos clientes está em jogo, e um
processo de transporte bem organizado pode
trazer retornos maiores do que os valores pagos
no frete.

7. OBSERVE COMO A EMPRESA SE COMUNICA

Ainda na fase de negociações, é importante


observar como é o processo de comunicação da
transportadora. Se ainda nessa etapa, que é a de
conquista, existem problemas para solucionar
dúvidas, obter respostas para os e-mails e demora
no envio de informações importantes, por
exemplo, imagine como será depois que sua
empresa virar cliente.

13
SÉRIE 2 - 7 PRÁTICAS DE COMO MANTER 
UM BOM RELACIONAMENTO COM OS
SEUS FORNECEDORES
Depois que sua empresa já
conseguiu contratar uma
transportadora que preenche
os requisitos definidos, ainda
existem práticas que podem ser
adotadas para alcançar ainda 
mais o sucesso nessa relação de parceria. Entre as
dicas que podemos dar para tornar isso possível,
estão:

1. ELIMINE OS FORNECEDORES QUE NÃO


ENTREGAM RESULTADOS SATISFATÓRIOS

Para que se consigam resultados satisfatórios, é


necessário eliminar os fornecedores de serviços
que não conseguem manter o nível de qualidade
requerido, causando atrasos frequentes ou
gerando um grande índice de reclamação, por
exemplo.

Dessa forma, ao programar um padrão mínimo


necessário para continuar atendendo, consegue-se
contar apenas com as empresas que possuem
capacidade operacional para alcançar um bom SLA.
14
2. ALINHE OS PROCESSOS ENTRE AS EMPRESAS

Para que a parceria renda bons frutos, o ideal é


permitir que a transportadora conhecesse os
processos, a demanda e as necessidades da sua
empresa. Dessa forma, consegue-se uma garantia
maior de que elas serão atendidas da melhor
forma possível, ou alinhe as expectativas caso
alguns pontos precisem de ajustes.

3. DESENVOLVA UM BOM RELACIONAMENTO


COM A TRANSPORTADORA

A comunicação com a contratada é a melhor


estratégia para desenvolver e manter um bom
relacionamento entre as empresas. Nesse caso, ela
deve ser ágil, simples, clara e fluída, com uma troca
constante de informações entre pessoas e
processos envolvidos.

Dessa forma, consegue-se realizar melhorias e


correções com maior facilidade. Em outras,
palavras são o caminho para aperfeiçoar as
operações logísticas de ambas as empresas,
aumentar a produtividade, atender os clientes com
mais qualidade e criar uma cadeia de
abastecimento eficaz. 

15
4. ESTABELEÇA UMA COMUNICAÇÃO CLARA E
OBJETIVA

Por falar em comunicação, o ideal é deixar bem


claro o que se espera da transportadora, ao
mesmo tempo em que a contratada pode expor
quais são os principais desafios da operação, quais
melhorias podem ser feitas nos processos, quais
são as oportunidades, entre outros pontos.

Ao manter um diálogo claro e franco, ambas


conseguem chegar a um acordo com mais
agilidade e identificar quais ações precisam ser
tomadas na prática.

5. CONTINUE PROMOVENDO A RELAÇÃO ONDE


AMBOS GANHEM

Além da negociação, essa visão também vale para


manter o relacionamento em um nível satisfatório.
Para isso, vale lembrar que não adianta pressionar
e exigir que todos os pontos solicitados sejam
atendidos pela transportadora, ou seja, o foco
deve estar em fazer concessões de algumas
questões, para ganhar benefícios em outras.

16
6. VALORIZE E RECONHEÇA A IMPORTÂNCIA DE
TODOS

Independentemente se o funcionário é contratado da sua


empresa ou de uma transportadora, é fundamental
reconhecer a sua importância. Afinal, reconhecimento e
valorização são práticas que influenciam diretamente a
produtividade de uma equipe.

Logo, isso pode ser altamente vantajoso para a rotina de


operações da empresa, que contará com colaboradores
mais motivados e engajados com os propósitos da empresa.

7. ACOMPANHE INDICADORES DE DESEMPENHO

O sucesso de uma contratação de serviços de transporte


também envolve a forma como a empresa lida com
produtividade e desempenho desse trabalho.

É fundamental estabelecer um padrão de qualidade, a fim


de que todos, indiferentemente do vínculo empregatício, se
esforcem para atingi-lo. Dessa forma, possuir bons
indicadores de desempenho pode ser uma alternativa viável
para controlar o trabalho de todos os funcionários,
terceirizados ou não. Entre os que podem ser
acompanhados estão:

Nível de serviço de entregas;


Índice de avarias e extravios;
Índice de trocas e devoluções.

17
SÉRIE 3 - 7 MELHORES PRÁTICAS PARA
GARANTIR O PRAZO DE ENTREGA PARA O
CLIENTE
O comércio online cresceu
muito nos últimos anos e
ganhou diversos adeptos.
Mesmo quem desconfiava, ou
nunca tinha comprado algo
pela internet, passou a aderir a 
essa tendência, afinal compras digitais apresentam
muitas vantagens.

É possível encontrar praticamente tudo, comparar


preços na velocidade de um click e receber o
produto em casa, com muita comodidade. Nesse
contexto, empresas começaram a investir no
processo de compra, oferecendo fretes por um
bom preço ou mais velozes.

Assim, é possível encontrar o que tanto se


procurava e ter o item em mãos em pouco tempo.
Lembre-se de que nada deixa um cliente mais
irritado do que não receber seu produto dentro do
prazo de entrega prometido.

Essa frustrante experiência pode gerar


reclamações, que ficam registradas online e nas 

18
redes sociais. Além de perder clientes, a marca
pode acabar com a sua imagem de
comprometimento.

Portanto, aprender a contornar os desafios


logísticos e investir em boas práticas de gestão de
transportes, são iniciativas fundamentais para
evitar prejuízos e manter a integridade da
companhia, garantindo bons resultados sempre.

Se você deseja saber como assegurar serviços de


qualidade e o prazo de entrega dos produtos para
os clientes, conheça as 7 técnicas que vão otimizar
as operações logísticas do negócio.

1. ORGANIZE OS PROCESSOS LOGÍSTICOS DA


EMPRESA

Primeiramente, é preciso definir um processo


estruturado de produção, a fim de não gerar
prazos irreais que possam frustrar as expectativas
do cliente. Considere todo o fluxo de sua cadeia
produtiva: quanto tempo leva para que o
fornecedor entregue os insumos?

Se você descobrir que precisa agilizar o processo,


avalie onde podem ser feitos ajustes: seus
fornecedores entregam no prazo? Sua 
  19
transportadora está prestando um bom serviço?
Talvez seja a hora de mudar. Busque por parceiros
que possam agregar mais valor às suas operações
e atendam às demandas de forma mais eficiente.

2. MANTENHA O ESTOQUE ATUALIZADO

Parece mentira, mas um caso muito recorrente de


frustração dos clientes no momento de compra é
receber uma notificação de que o produto não está
disponível em estoque. Por mais que a empresa
ofereça um reembolso ou apresente um novo
prazo de entrega, é natural que o consumidor fique
muito desapontado.

Situações como essa podem ser evitadas se a


marca investir em software e processos que
garantam um estoque sempre atualizado e
registrem alterações em tempo real, com precisão.
Assim, o empreendimento não corre o risco de
vender o que não possui na realidade.

3. TERCEIRIZE O TRANSPORTE

Investir em um sistema logístico próprio pode ser


uma operação custosa e também trabalhosa para
muitas empresas.

20
É preciso garantir bons veículos com a manutenção
em dia, contratar funcionários, treiná-los, gerenciar
a frota e as rotas de entrega, entre outros pontos. É
um serviço que exige tempo, recursos e muita
responsabilidade.

Um sistema que não opera com total eficácia


impacta diretamente na entrega dos produtos. Por
isso, muitas empresas têm optado por terceirizar e
contratar transportadoras, que, com a expertise e o
tempo de experiência no mercado, oferecem um
serviço mais eficiente.

As Transportadoras já contam com uma estrutura


montada, funcionários capacitados e serviços de
tecnologia, além de conhecerem a fundo todos os
processos de logística. Assim, é essencial procurar
por aquela que seja confiável e esteja alinhada com
as práticas mais modernas do setor.

Dessa maneira, você assegura um serviço de


qualidade para seu cliente, consegue reduzir custos
operacionais e, finalmente, cumprir o prazo de
entrega.

21
4. ACOMPANHE A CARGA EM TEMPO REAL

Os avanços da tecnologia permitem recursos como


o monitoramento em tempo real da frota, por meio
de sistemas baseados em GPS. Dessa forma, é
possível rastrear uma determinada entrega e
descobrir o motivo do atraso.

Caso seja necessário, a empresa pode também


desviar e sugerir uma nova rota para o motorista,
sem comprometer o prazo. Ferramentas de
rastreamento garantem mais segurança e o
controle da carga, além de permitirem o
acompanhamento do desempenho do condutor e
até a comunicação com ele.

Caso algum problema aconteça, a informação será


enviada previamente, para que a previsão de
entrega seja recalculada. Quando mais cedo o
cliente receber um comunicado sobre o status e
possível atraso  do seu produto, menos ansioso e
irritado ficará com a notícia.

Portanto, mesmo que o item não chegue no prazo


correto, provavelmente o consumidor será mais
compreensivo.

22
5. INVISTA EM UM BOM RELACIONAMENTO COM
OS FORNECEDORES

Os fornecedores têm uma importância ímpar para


as operações de empresas que trabalham com
produtos ou serviços. Tanto que, nos dias de hoje,
uma gestão mais estratégica da fonte de
fornecimento é indispensável para
empreendimentos que desejam crescer e se
destacar no mercado.

Por isso, contar com boas parcerias é fundamental.


Além de acertar na escolha, é preciso investir em
práticas para mantê-las sempre ao seu lado e
assegurar que nunca faltarão materiais para a
cadeira produtiva o que resultaria em atrasos na
fabricação.

Manter um bom relacionamento com


fornecedores, baseado em uma parceria de
negócios, é a chave para conseguir boas
negociações, insumos de qualidade e, por
consequência, um estoque adequado, além de
clientes satisfeitos.

23
6. CALCULE OS RISCOS

Eventualidades fazem parte da vida, e a tarefa de


um bom gestor é estar sempre preparado. Há
diversas variáveis que podem colocar sua
produção ou a remessa de produtos em xeque e
causar atrasos.

O ideal é fazer uma análise e calcular os riscos,


levando em conta os imprevistos inerentes à
atividade da sua empresa.

Tenha sempre um plano B: um fornecedor que


possa suprir uma demanda de última hora; uma
transportadora experiente, que possua uma
estrutura para fazer várias remessas de caráter
urgente ao mesmo tempo; ou um gestor de frotas
capacitado, que esteja preparado para lidar com
problemas nas rotas.

7. OBSERVE SE A TRANSPORTADORA PLANEJA


ROTAS

Otimizar rotas pode ser uma excelente maneira de


garantir que os produtos cheguem ao destino
dentro do prazo de entrega.

24
Com a ajuda de ferramentas que planejam trajetos,
é possível traçar caminhos mais curtos, ou até
evitar estradas de difícil acesso e mal conservadas
que aumentam os riscos de acidentes e vias com
tráfego intenso.

Assim, o estudo de rotas vai além de escolher o


percurso mais rápido. Essa estratégia permite
adotar um trajeto e também outras boas
alternativas mais eficazes, que facilite o trabalho do
motorista e agilize todo o processo.

Respeitar o prazo de entrega e enviar produtos de


qualidade é a melhor fórmula para conquistar a
fidelidade dos clientes e garantir mais lucratividade
e crescimento para a empresa. Confira se a sua
transportadora atenta para estas questões, para
que seus clientes tenham uma melhor experiência
de compra.

25
SÉRIE 4 - 7 PRÁTICAS ESSENCIAIS PARA
REDUÇÃO DE CUSTOS NO TRANSPORTE
DE CARGAS
A redução de custos é
palavra de ordem na grande
maioria das empresas,
principalmente em tempos
de crise. Apesar da
necessidade, essa tarefa 
não é simples como parece e muitos gestores têm
o receio de promover alguma mudança e acabar
prejudicando outro processo posteriormente e
principalmente a qualidade.

Para tentar ajudar nessa missão, listamos 7


práticas que podem ser adotadas e ajudam a
promover uma diminuição estruturada e com
garantia de bons resultados. Quer saber quais são
elas?

1. REVISÃO DO ORÇAMENTO

Quer que suas atividades sejam bem-sucedidas?


Comece por um bom planejamento. No que diz
respeito à redução de custos, ele é fundamental
para garantir que os cortes serão feitos de
maneira estruturada, sem o risco de prejudicar os 

26
resultados, principalmente a qualidade. Um bom
exemplo disso é a situação em que se decide
reduzir gastos com embalagens, mas, por fim, há
prejuízos posteriores, quando o índice de avarias
sobe consideravelmente.

Portanto, o ideal é revisar o orçamento,


principalmente o histórico, separado por centro de
custos. Com as informações obtidas, fica mais fácil
saber onde se concentram os maiores gastos,
quais deles são supérfluos e quais ações podem
ser tomadas para promover a redução com
segurança, aplicando a regra 80/20 (O princípio de
Pareto, também conhecido como regra do 80/20,
lei dos poucos vitais ou princípio de escassez do
fator afirma que, para muitos eventos,
aproximadamente 80% dos efeitos vêm de 20% das
causas).

2. MAPEAMENTO DOS PROCESSOS

O mapeamento de processos consiste no estudo


de como os métodos de trabalho são executados,
visando identificar falhas e suas principais causas.
Por meio dele, é possível apontar problemas, como
desperdícios (de tempo, materiais, mão de obra,
entre outros), que acabam por elevar os custos
operacionais.
27
A ideia é encontrar as causas raízes de cada falha e
criar soluções mais precisas e acertadas para cada
uma delas. Assim, consegue-se promover
melhorias que certamente ajudarão na redução de
custos.

Depois que essa atividade for finalizada, o ideal é


formalizar o novo método por meio de um
documento que mostra qual é o fluxo correto das
atividades. Essa instrução de trabalho deve ficar
acessível nas áreas, para que os colaboradores
possam consultá-la em caso de dúvidas.

Ainda vale lembrar que essa padronização dos


processos auxilia muito no treinamento de novos
colaboradores, já que existe um roteiro que precisa
ser seguido e pode ser explicado por qualquer
funcionário que tenha conhecimento. Ou seja, uma
pessoa pode ser treinada por profissionais
diferentes, sem prejuízos no seu aprendizado.

O benefício para a redução de custos é o fato de


que os processos são aprendidos da maneira
correta, evitando erros e necessidades de
retrabalhos, o que aumentaria os gastos
operacionais.

28
3. POLÍTICA DE PREVENÇÃO DE AVARIAS E
EXTRAVIOS

Como dissemos nos tópicos anteriores, avarias e


desperdícios elevam os custos operacionais. O
mesmo serve para os extravios, já que as cargas
não chegam ao cliente final, gerando mais custos
com o envio de outro produto.

Para evitar esse tipo de situação, vale a pena criar


uma política de prevenção de avarias e extravios.
Isso envolve o treinamento dos colaboradores a
respeito do manuseio correto, do uso da
embalagem mais adequada, das formas seguras de
acondicionamento, da conscientização do impacto
que as fraudes e perdas causam na empresa, entre
outras coisas.

4. IMPLEMENTAÇÃO DO AGENDAMENTO DE
CARGAS

A adoção do agendamento de cargas viabiliza à


empresa trabalhar com o que se chama de
“calendarização”. Ou seja, cada região de entrega
possui dias específicos de envio, o que ajuda a
consolidar as cargas com maior eficiência.

29
essa forma, os veículos são enviados aproveitando
o máximo da sua capacidade, diminuindo os custos
com frete. Isso é possível graças à otimização no
envio dos pedidos, sendo necessário um número
menor de veículos para distribuir todas as cargas,
já que há uma otimização do espaço disponível nos
veículos.

5. INDICADORES DE DESEMPENHO

Os indicadores de desempenho são um excelente


meio de verificar a eficiência no aproveitamento
dos recursos. Ou seja, por meio deles, o gestor
consegue saber se os esforços empregados em
cada processo foram suficientes para alcançar as
metas. Além disso, eles são a melhor forma de
mensurar os impactos das mudanças promovidas.
Para o controle do transporte de cargas, pode-se
acompanhar indicadores de custos, como:

   • prazo de entrega;
   • entrega por cliente;
   • por rota;
   • das avarias;
   • dos extravios;
   • de devoluções;
   • de reentregas.

30
O acompanhamento desses dados ajuda a
identificar discrepâncias e possíveis problemas que
podem ser a causa dos custos elevados. Da mesma
forma, por meio deles, também é possível
identificar as oportunidades de melhoria, assim
como no caso da análise do orçamento.

Depois que as melhorias são aplicadas, esses


dados servirão para comparar o antes e depois e
permitir avaliar se as ações foram realmente
eficazes.

6. TREINAMENTO DE COLABORADORES PARA


PROMOVER E MANTER A REDUÇÃO DE CUSTOS

As pessoas são as principais responsáveis pelo


sucesso da sua empresa. Mesmo que seus
processos sejam bem estruturados e otimizados,
se o fator humano não for bem explorado,
dificilmente se chega aos resultados esperados.

Sendo assim, o ideal é promover treinamentos e


cursos de capacitação para que os colaboradores
saibam a forma correta de executar as atividades.
Isso também é fundamental quando as melhorias
são adotadas, já que elas promovem mudanças
nos métodos de trabalho.

31
7. TRANSPORTADORAS DE CONFIANÇA

O preço é um dos fatores de maior peso na hora


de avaliar e escolher uma transportadora. No
entanto, ele não deve ser a única variável a
influenciar na decisão de fechar o contrato.
É preciso também avaliar a tradição da empresa no
mercado, quais clientes ela possui e a opinião
deles, o nível de qualidade garantido, além dos
prazos de entrega.

Como você pode ver, existem diversas formas,


muitas delas simples de se alcançar a redução de
custos no transporte de cargas. Em muitos casos,
basta uma revisão dos processos e um controle de
custos mais rigoroso para que se consiga
identificar os pontos de maior atenção.

32
SÉRIE 5 - 7 PRÁTICAS PARA O CONTROLE
DE CARGAS E REDUÇÃO DE PERDAS

Um dos maiores desafios enfrentados por


empresas especializadas em logística é ter que
lidar com a perda de cargas. Além de provocar
uma imensa insatisfação nos clientes, podendo
comprometer a reputação da instituição, esse tipo
de problema também contribui para encarecer o
custo do frete.

Tanto para a transportadora como para o


consumidor final, desperdícios e perdas são um
péssimo sinal. Mesmo assim, ocorrências desse
tipo ainda são recorrentes, e as causas em geral
são associadas a erros nos processos e
planejamentos logísticos. 

Falta de otimização dos recursos, erros no uso da


infraestrutura e no manuseio das cargas e ainda
ausência de uma tecnologia adequada para
planejar rotas e entregas são exemplos de fatores
muito comuns que levam à supressão de cargas.
33
Nesse cenário, investir em boas práticas para
redução de perdas de cargas deixa de ser apenas
importante e ganha um viés mais estratégico e
competitivo para os negócios. Afinal, empresas que
apostam em eficiência têm mais chances de se
destacar no mercado e elevar sua produtividade.

Assim, se você deseja melhorar os serviços de


resultados logísticos de sua empresa, acompanhe
as 7 práticas para ter mais e maior controle na
distribuição de cargas e aprender como encarar de
vez o problema da perda.

1. CUIDE DO CONTROLE DE PERDAS NO


TRANSPORTE

O papel de uma boa transportadora é zelar para


que um produto saia de uma fábrica e chegue em
boas condições até seu destino final. Nesse
sentido, podemos entender o porquê da gravidade
do problema quando isso não acontece.

Falhar em sua função primordial pode colocar em


risco a imagem da empresa, além de gerar uma
série de prejuízos financeiros.

O problema ganha ainda mais intensidade quando


o assunto é uma carga que possui uma data de 
34
vencimento curta, como o que acontece com
alimentos e alguns produtos químicos. A falta de
um cuidado especial com o transporte e o
manuseio desse tipo de item pode colocar toda
uma produção a perder.

Ademais, os impactos não são apenas financeiros.


O desperdício e o estrago de cargas é também
uma questão ambiental, uma vez que o mau uso e
aproveitamento de recursos apontam para uma
falta de planejamento sustentável e cuidado com o
meio ambiente.

CUIDADOS COM A MANUTENÇÃO DA FROTA

Problemas técnicos e imprevistos sempre podem


acontecer. Contudo, equívocos humanos são
grandes responsáveis por questões como a falta de
conservação, manutenção e desempenho dos
veículos.

Caminhões que trafegam em baixa performance


estão muito mais suscetíveis a sofrer acidentes que
causam a perda de cargas ou atrasos nas entregas
que podem ocasionar a deterioração de algum
produto. 

35
Conduzir um veículo em alta velocidade influencia
diretamente no desgaste dos pneus e outros
componentes do caminhão, como o amortecedor e
o freio e no consumo de combustível.

A degradação da frota que acontece muitas vezes


antes do tempo previsto, acarreta em uma série de
problemas nas estradas.

Com mais planejamento, controle e o uso de


tecnologias adequadas como aliados, muitas
transportadoras conseguem contornar esses
fatores, conservar melhor seus veículos e optar por
rotas mais eficientes. Esse conjunto de medidas
contribui para assegurar os produtos intactos até
seu consumidor final.

ACIDENTES E VIOLÊNCIA NAS ESTRADAS

Assaltos nas estradas são fatalidades que


basicamente fogem do controle da administração
de uma transportadora. 

Ao mesmo tempo, diversas vias importantes


apresentam condições precárias para a jornada
dos motoristas, como trechos sem iluminação, o
que contribui ainda mais para o acontecimento de
roubos e acidentes.
36
Apesar da realidade desafiadora, muitas empresas
estão encontrando soluções viáveis para lidar com
assaltos com o uso de ferramentas de
geolocalização e planejamento de rotas. Com o
auxílio de recursos digitais e boas práticas,
transportadoras podem conseguir reverter esse
quadro difícil e garantir a integridade das cargas,
dos veículos e de seus motoristas.

2. COMECE PELO CONTROLE DE ESTOQUE

O controle eficaz do estoque faz toda a diferença


na cadeia de suprimentos e tem um papel de peso
na hora de minimizar perdas na distribuição.

Como toda operação de transporte de mercadorias


começa no estoque, conheça exatamente quais
são os itens disponíveis, seu volume, peso, entre
outras particularidades.

Esse cuidado ajuda a evitar perdas, uma vez que a


equipe responsável consegue:

    • planejar melhor as rotas de entrega;


    • refletir sobre as formas corretas de manuseio
para cada item;
    • escolher os veículos adequados para cada
carga.
37
Essa forma mais eficiente de pensar assim como
um controle mais acertado da cadeia de
distribuição desde o seu início são cruciais para
evitar logística reversa, desperdícios e problemas
com produtos expirados.

Para que as empresas sejam capazes de fazer isso


com mais precisão, uma boa alternativa é adotar
um software específico para o controle do estoque.

Essas plataformas digitais integram diversas


informações relevantes que podem ser
consultadas na velocidade de um clique,
automatizam tarefas e trazem mais agilidade e
colaboram para um melhor domínio de todos os
processos.

3. ESTUDE E OTIMIZE SEUS PROCESSOS DE


DISTRIBUIÇÃO

Empresas que aperfeiçoam seus processos de


distribuição conquistam a preferência e a
confiança dos clientes. Assim, são capazes de
alcançar metas cada vez mais ambiciosas para o
futuro do empreendimento e ter resultados
positivos.

38
Por conta desses fatores, a logística tem se tornado
um setor extremamente estratégico para os
negócios, permitindo que uma instituição se
destaque perante a concorrência.

Dessa forma, otimizar processos na cadeia de


suprimentos é uma tática essencial para que
empresas possam de fato ofertar serviços de
qualidade, reduzir custos, evitar a perda de carga e
aprimorar a lucratividade.

Para esse fim, o ideal é fazer uma revisão interna,


investir em planejamento e redesenhar todos os
processos de distribuição, de forma a identificar
falhas recorrentes, gargalos e oportunidades de
melhora. Veja o que você deve considerar na hora
de fazer essa análise:

3.1. PLANEJE E ESTABELEÇA PADRÕES

Se o objetivo de uma empresa é aprimorar


processos, precisa planejar o caminho para atingir
essa meta. Assim, é preciso estudar todos os
procedimentos que acontecem atualmente na
cadeia logística e identificar falhas em riscos.
Em seguida, os gestores devem refletir sobre
possíveis soluções e elaborar um plano de ação.
Esse planejamento pode ser feito considerando o 
39
curto, médio e longo prazo, e o ideal é que ele seja
constantemente revisado para receber as
adaptações necessárias.

Uma solução interessante para sanar problemas


constantes é estabelecer padrões de qualidade da
empresa que funcionem como um guia para as
equipes. Então, os gestores podem pensar na
criação de manuais que abordem boas práticas e
procedimentos corretos para garantir a eficiência
da distribuição de cargas.

3.2. TRABALHE COM ROTEIROS DE ENTREGA

Planejar o caminho a ser percorrido por um veículo


é uma estratégia excelente para otimizar rotas e
minimizar riscos. Para fazer um bom trabalho, é
preciso considerar muito mais do que a origem e o
destino de uma carga. Um bom roteiro deve
analisar os seguintes pontos, por exemplo:

   • condição das estradas;


   • percurso mais rápido possível;
   • ocorrências de assalto em determinadas rotas;
trânsito;
   • restrições dos clientes;
   • paradas nos pontos de carga e descarga de
itens;
40
   • horários de pico;
   • horas de trabalho do motorista (para evitar
fadiga);
   • gasto necessário com combustível.

Ao adotar roteiros bem pensados para cada


veículo, o setor consegue otimizar a distribuição,
reduzir custos e garantir uma entrega segura para
os clientes.

3.3. MONITORE RESULTADOS

Se você estabeleceu um plano de ação no começo


dessa análise, na fase do planejamento, é crucial
que acompanhe os resultados a fim de verificar se
as mudanças propostas estão surtindo efeito.
Nesse contexto, indicadores de performance são
recursos muito usados na gestão para avaliar o
resultado de processos e planejamentos. Essas
métricas são muito assertivas e permitem que
fatores específicos sejam analisados isoladamente,
de acordo com os objetivos da empresa.

Desse jeito, é mais simples entender o que pode


ser feito para que os resultados melhorem. Os
indicadores de desempenho para o setor da
logística são muitos. Confira alguns exemplos que
merecem ser acompanhados de perto: 
41
   • percentual de entregas feitas dentro do prazo;
   • não conformidades (reentregas, devoluções);
   • avarias no transporte;
   • tempo de ciclo do pedido;
   • giro dos estoques;
   • índice de perdas de carga;
   • satisfação dos clientes;
   • valor médio das entregas por mês;
   • controle da ociosidade dos veículos.

Em suma, para ter resultados melhores e


operações otimizadas, empresas precisam
continuamente avaliar seus procedimentos atuais,
analisar problemas e buscar por correções.
Acompanhar indicadores é uma boa forma de
monitorar detalhadamente os processos logísticos.

4. INVISTA NO TREINAMENTO DA SUA EQUIPE

Uma boa redução de perdas, seja por causa de


avarias, descuidos, desperdícios ou outros motivos
semelhantes, sempre pode ser facilitada com a
presença de uma equipe bem preparada e
treinada.

Uma determinada carga pode ser danificada, antes


mesmo de entrar em rota, na etapa do
carregamento.
42
Assim, invista em capacitação por meio de
treinamentos didáticos e claros com foco em boas
práticas e na redução de perdas ou desperdícios.

Com esses objetos em mente, a equipe consegue


assimilar melhor os novos procedimentos e adotar
uma conduta diferente.

Esse cuidado também é válido para a hora da


seleção. É importante ser criterioso e observar o
perfil dos candidatos, com o intuito de contratar
bons profissionais. Um bom motorista, por
exemplo, conhece práticas para evitar acidentes,
leva poucas multas e, acima de tudo, zela pela
segurança. Esses comportamentos são cruciais
para minimizar perdas durante o transporte de
cargas.

5. GARANTA EMBALAGENS CERTAS PARA O


TRANSPORTE DE CARGAS

Um cuidado especial deve ser tomado logo nos


primeiros passos do processo de transporte de
uma carga: a escolha da embalagem certa.

Se muitos casos de perda de carga acontecem


durante o trajeto e o manuseio das mercadorias,
muitas dessas ocorrências estão atreladas ao uso 
43
de embalagens inadequadas para certos produtos.
Nesse ponto, é importante não economizar. Cada
item deve ser transportado dentro de uma
embalagem que permita o acomodamento correto
do produto, que seja resistente e feita de um bom
material. Essa cautela evita problemas tanto com o
manuseio quanto com colisões que danifiquem um
produto ao longo do caminho.

Evite práticas como tentar alocar um item em um


pacote que estava sobrando, mas que não foi feito
sob medida para esse produto. O investimento em
embalagens boas e corretas certamente será
compensado em relação a um caso de perda.
Por exemplo, se um veículo transporta um produto
mal armazenado como uma bebida, um cosmético
ou um óleo, ele pode vazar ao longo do caminho e
danificar o restante da carga vizinha. Quando
chegar ao seu destino, o cliente pode não querer
aceitar receber a carga em tal condição e até
solicitar uma devolução da mercadoria.

Como vimos, por conta do vazamento de um


produto que não foi bem alocado, todos os outros
foram avariados, causando enorme prejuízo para a
empresa.

Para evitar histórias como essa, adote uma medida


44
imples: trabalhe apenas com embalagens de
excelente qualidade feitas sob medida para os
produtos que você precisa transportar.

6. CONHEÇA CUIDADOS NECESSÁRIOS NA


MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

A NR-11 é uma norma reguladora que controla


atividades relacionadas ao transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais. Apesar de sua importância para a
logística, a NR apenas fornece padrões básicos de
segurança, porém ela não aborda todos os riscos
inerentes ao deslocamento de cargas.

Dessa forma, cabe à empresa elaborar um manual


de ações preventivas para evitar problemas como
a perda de cargas. Vários fatores essenciais devem
ser considerados, como o espaço físico, os
materiais e equipamentos usados no embarque e
desembarque de produtos, entre outros.
Afinal, o ciclo logístico não se refere ao transporte
de uma carga somente, mas todos os
procedimentos que acontecem em armazéns e
depósitos. Dentro desses ambientes, muitas coisas
podem acontecer e ser a base de acidentes e
prejuízos.

45
Entenda alguns cuidados fundamentais na
movimentação de cargas e saiba como evitar
problemas:

CAPACIDADE
Existem equipamentos comumente usados para a
movimentação de cargas, como: guindastes,
elevadores, esteiras, gruas e carrinhos. Cada um
deles possui uma capacidade de suportar pesos e
volumes diferentes, portanto a escolha da
ferramenta correta deve ser criteriosa.

Forçar o equipamento ou trabalhar com uma


pequena folga, seja acima ou abaixo do limite,
pode ser fatal e causar acidentes sérios. Além
disso, essa prática promove um desgaste
desnecessário do aparelho. Assim, a
transportadora pode ter que arcar com custos de
manutenção ou ter que repor a ferramenta muito
antes do previsto.

LIMPEZA
Qual é a real importância de manter armazéns e
equipamentos usados na movimentação de cargas
limpos? O motivo é que alguma sujeira pode
causar deslizamentos de caixas, escorregões,
acidentes e até provocar o mau funcionamento de
algumas peças.
46
Dessa maneira, uma medida simples, como
providenciar a limpeza do espaço físico e dos
aparelhos, pode contribuir para evitar inúmeros
acidentes e imprevistos.

Ao mesmo tempo, verifique a limpeza também dos


veículos. Parafusos ou pregos soltos e esquecidos
dentro dos caminhões podem danificar as
embalagens e os produtos.

ORGANIZAÇÃO

Com base no planejamento e mapeamento dos


processos realizados anteriormente, verifique se as
tarefas seguem os padrões estabelecidos e são
executadas de forma organizada.

Seguir uma sequência lógica predeterminada é a


melhor forma de manter cronogramas em dia,
garantir o tempo de movimentação ideal e
estabelecer um ritmo tranquilo para a
movimentação de cargas. A pressa e a falta de
ordenação causam atropelos e acidentes
inoportunos.

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA
O modo como a carga é distribuída influencia a
prevenção de perda de mercadorias. A sobrecarga 
47
ou excesso de peso em apenas um lado de um
veículo são causas comuns de acidentes e desgaste
dos carros.

Procure acomodá-la de forma equilibrada ao longo


dos eixos do veículo. A parte mais pesada deve
ficar no meio e posteriormente ser bem amarrada
para que não fique se movimentando dentro do
veículo ao longo do trajeto.

UMIDADE E TEMPERATURA
Variações de temperatura e umidade são capazes
de alterar as características de alguns produtos. A
madeira, por exemplo, pode ficar inchada ou
empenar. Portanto, é essencial levar isso em
consideração na hora de embalar ou embarcar
itens, caso contrário, a equipe pode ter problemas
no desembarque para retirar os produtos do
veículo.

CUIDANDO DA INTEGRIDADE DAS CARGAS


QUEBRA
A quebra de itens pode ocorrer por conta de
queda, impacto ou choque durante o manuseio ou
transporte de cargas. Para evitar isso, é preciso ter
cuidado na movimentação, projetar a embalagem
e amarrar bem as mercadorias nos veículos.

48
AMASSAMENTO
É crucial respeitar o número máximo de volumes a
serem empilhados, de acordo com as
recomendações na embalagem.

Se as embalagens forem empilhadas de forma


inadequada, elas podem ser comprimidas e sofrer
amassamento em sua superfície ou nos cantos,
aumentando o risco de causar danos ao conteúdo
interno das caixas.

ARRANHÕES
Dentro das caixas, as mercadorias devem estar
bem embaladas e seguras. Caso fiquem soltas,
podem arranhar outras peças durante a
movimentação da embalagem.

Objetos pontiagudos podem perfurar os pacotes e


causar danos. Se estiverem sendo transportados,
precisam ser acomodados com cuidado.

ALTERAÇÃO DE COR, MANCHAS E MARCAS


A exposição à luz é capaz de afetar o estado de
certos objetos. Dependendo do período ao qual
são submetidos à radiação, podem perder a cor
original ou ganhar manchas. Poeira ou resíduos
gordurosos de resto de combustível, por exemplo
também podem sujar ou danificar superfícies.
49
Para que isso não aconteça, a carga deve chegar ao
setor de embarque bem lacrada e protegida.
Armazéns e depósitos devem ser sempre muito
limpos.

Da mesma forma, muitos produtos chegam


manchados ao seu destino final por conta de
descuidos na hora da embalagem. Se um item foi
pintado e embalado sem estar totalmente seco,
pode ganhar marcas ou ter seu acabamento
alterado.

7. APOSTE EM TECNOLOGIA ESPECIALIZADA

Para reduzir perdas e otimizar processos na


logística, a tecnologia é um excelente recurso.
Softwares modernos conferem aos gestores algo
imprescindível para quem trabalha com a
movimentação de cargas e quer conduzir seus
negócios de forma eficiente: mais controle.

Diversas plataformas digitais permitem o


acompanhamento de todas as etapas da cadeia de
distribuição, possibilitando inclusive a avaliação de
cada fase com base em indicativos para garantir
mais produtividade e eficácia.

Sistemas especializados voltados para logística,


50
como as plataformas de Gestão de Transportes, de
Frotas ou de Armazéns, facilitam muito a rotina
dos gestores, que conseguem realizar tarefas e
tomar decisões estratégicas com mais agilidade e
clareza.

São muitas as vantagens que a tecnologia


integrada no ciclo de distribuição pode trazer.
Conheça alguns exemplos desses benefícios:

   • monitoramento dos níveis de estoque com


precisão;
   • análise de relatórios de desempenho;
   • acompanhamento de pedidos;
   • redução de custos através do planejamento de
rotas e otimização de carga;
   • maior visibilidade da cadeia de transporte;
   • maior flexibilidade para fazer mudanças em
planos de entrega;
   • emissão de documentos;
   • levantamento de inventário;
   • gestão de contratos logísticos.

O RASTREAMENTO DE CARGAS

Poder monitorar em tempo real a localização das


cargas é um recurso muito eficaz na redução de
perdas.
51
Os sistemas de rastreamento de cargas, facilitados
pela tecnologia de GPS (Sistema de
Posicionamento Global), permitem que tanto a
empresa quanto o cliente saiba, a qualquer
instante, a localização exata de uma mercadoria.

Essa ferramenta é essencial para redobrar a


segurança dos produtos transportados e
acompanhar seu trajeto. Caso algum imprevisto
aconteça, é mais simples entender o que
aconteceu e localizar a carga. Esse recurso pode
ser muito útil na hora de justificar atrasos ou
desvendar casos de assaltos ou extravios.

Com base na tecnologia de GPS, surgem também


os sistemas de roteirização, amplamente utilizados
hoje em dia no setor para a criação de mapas
inteligentes e otimização de rotas.

Esse mecanismo é capaz de apontar rotas


melhores que contribuem para a redução do
tempo gasto nas estradas e para o cumprimento
do prazo de entrega.

Eliminar as perdas no transporte de cargas é um


desafio difícil de superar por completo, contudo,
existem várias práticas eficientes que uma
empresa pode adotar para amenizar desperdícios, 
52
danos e prejuízos financeiros.

Em suma, investir em treinamento, planejamento,


organização e em tecnologia especializada
viabilizam mais controle para que gestores
aperfeiçoem todos os processos da gestão de
logística. Assim, é possível realizar uma redução de
perdas expressiva, ter melhores resultados e
oferecer serviços de qualidade superior para os
clientes.

53

You might also like