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? porque a transposição de planos de vida para a arte se não dá por meio de uma
isenta estenografia (o que seria impossível na composição bakhtiniana... PORQUÊ??):
Porque ele fala de um lugar? Assume sempre uma posição? Há sempre uma ideologia
por tras?
AUTOR-CRIADOR é, assim, uma posição REFRATADA E REFRATANTE. p. 39
REFRATADA porque se trata de uma posição axiológica conforme recortada pelo viés
valorativo autor-pessoa
REFRATANTE porque é a partir dela que se recorta e se reordena esteticamente
eventos da vida
PROCESSOS SEMIÓTICOS (para o Circulo de Bakhtin) p. 39
Ao mesmo tempo em que REFLETEM, sempre REFRATAM o mundo!
A semiose não é um processo de mera REPRODUÇÃO de um mundo “objetivo”, mas
de REMISSÃO a um mundo múltipla e heterogeneamente interpretado (isto é, aos
diferentes modos pelos quais o mundo entra no horizonte apreciativo dos grupos
humanos em cada momento de suas experiência histórica)
No estudo estético, NÃO INTERESSAM OS PROCESSOS PSICOLÓGICOS envolvidos na p. 39
criação ou no depoimento do autor-pessoa sobre seu processo criador, porque este
não experiência os processos spicologicos criativos como tais, APENAS SUA
MATERIALIZAÇÃO NA OBRA. Isso tem a ver com a questão ideológica e com o
contexto que nos cerca??
p.40
p.
p.
AUTOBIOGRAFIA E AUTOCONTEMPLAÇÃO p.42-
Necessidade do PRINCIPIO DA EXTERIORIDADE no ATO CRIADOR poderia ser 43
questionada no caso da AUTOBIOGRAFIA: nesta, ESCRITOR E HERÓI aparentemente
coincidem...sem deslocamento não há ato criador
Autobriografia não é um mero discurso direto do escritor sobre si mesmo.... p. 43
Ao escrever a autobiografia, o escritor precisa se posicionar axiologicamente frente a
própria vida, submetendo-a a uma valoração que transcenda os limites do apenas
vivido.
Precisa posicionar-se AXIOLOGICAMENTE frente à própria vida... p. 43
AUTO-OBJETIFICAR precisa olhar-se com um certo excedente de visão e
conhecimento
AUTOCOMTEMPLAÇÃO motiva a reflexão ... p.43
É ingênuo pensar que no ato de olhar-se no espelho há uma fusão, uma coicidencia
do extrínseco com o intrínseco. o que ocorre, de fato, é que, quando me olho no
espelho não vejo o mundo com meus próprios olhos e desde o meu interior; vejo a
mim mesmo com os olhos do mundo –estou possuído pelo outro
Essas reflexões todas têm, como pano de fundo, o pressuposto bakhtiniano forte do
primado da ALTERIDADE, no sentido de que tenho de passar pela CONSCIENCIA DO
OUTRO PARA ME CONSTITUIR (ou, num vocabulário mais hegeliano, o eu-para-mim-
mesmo se constrói a partir do eu-para-os-outros
O TEMA DO AUTOR NO CIRCULO p.
p.
Autor-criador em Dostoievski p.46
p.
HETEROGLOSSIA p. 49
HETEROGLOSSIA p. 51
O meu aluno, enquanto autor-criador (ou posso chamar ator-criador??)”cumpre ,
então, sua tarefa formal ocupando uma certa posição verbo-axiologica (ele se
materializa como a refração de uma certa voz social) a partir da qual reflete e refrata
a heteroglossia, isto é, não a reproduz mecanicamente, mas apresenta, num todo
estilístico, um modo de percebe-la, experimenta-la e valora-la”