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Revue franco-brésilienne de géographie / Revista franco-brasilera de geografia
37 | 2018 :
Número 37
V V. V. A
Resumos
Português Français English
A pesquisa ocorre na região transfronteiriça do Brasil com a Guiana Francesa, no estado do
Amapá, onde os pescadores artesanais do município de Oiapoque estão tendo suas zonas de
pesca invadida por atores diversos. A pesquisa descreve e analisa em 10 pontos: aspectos
históricos, o papel da mulher, número de filhos e o futuro da pesca, idade e tempo de serviço,
formação, migração, composição da renda, organização pesqueira e profissões desempenhadas. A
metodologia foi quali-quantitativa (2013 a 2014), com observação direta, 177 questionários,
entrevistas e mapeamento. Como resultados a importância do território para a comunidade, o
papel da mulher na pesca, a baixa escolaridade e a variedade de ofícios desempenhados, a forma
de organização dentro do trabalho que se estende para o social, a distribuição da renda conforme
os atores e a consciência ambiental do grupo. As informações socioeconômicas geradas são
relevantes, pois são as comunidades que sentem o impacto da globalização, com a diminuição,
competição e falência do recurso pesqueiro.
La recherche a été réalisée dans la région transfrontalière du Brésil avec la Guyane française,
dans l'état d'Amapá, où les pêcheurs artisanaux de la municipalité d'Oiapoque ont leurs zones de
pêche envahies par divers acteurs. La recherche décrit et analyse 10 questions: aspects
historiques, rôle des femmes, nombre d'enfants et avenir de la pêche, âge et temps de travail,
formation, migration, composition du revenu, organisation de la pêche et professions. La
méthodologie était quali-quantitative (2013 à 2014), avec observation directe, 177 questionnaires,
entretiens et cartographie. Les résultats ont montré l'importance du territoire pour la
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communauté, le travail de la femme, la scolarité et la variété des emplois, la forme d'organisation
du travail qui s'étend au social, la distribution des revenus selon les acteurs et la conscience
environnementale du groupe. L'information socio-économique produite est pertinente, car ce
sont les communautés qui subissent l'impact de la mondialisation, avec la diminution, la
concurrence et la banqueroute de la ressource halieutique.
The research is carried out in the cross-border region of Brazil with French Guiana, in the state of
Amapá, where the artisanal fishermen of the municipality of Oiapoque are having their fishing
areas invaded by different actors. The research describes and analyzes 10 questions: historical
aspects, the role of women, number of children and the future of fishing, age and length of
service, training, migration, income composition, fishing organization and professions. The
methodology was quali-quantitative (2013 to 2014), with direct observation, 177 questionnaires,
interviews and mapping. As a result, the importance of the territory for the community, the work
of the woman, schooling and the variety of jobs performed, the form of organization within the
work that extends to the social, the distribution of income according to the actors and the
environmental awareness of the group. The socioeconomic information generated is relevant,
since it is the communities that feel the impact of globalization, with the decrease, competition
and bankruptcy of the fishing resource.
Entradas no índice
Index de mots-clés : pêche artisanale, socioéconomique, composition du revenu, Oiapoque,
migration
Index by keywords : artisanal fishing, socioeconomic, income composition, Oiapoque,
migration
Índice geográfico : Oiapoque, Amapá
Índice de palavras-chaves : pesca artesanal, socioeconômico, composição da renda, Oiapoque,
migração.
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1 O ambiente costeiro traz consigo grupos sociais, carregados de identidades e cultura,
aspectos com os quais se identificam, que denotam a importância do modo de vida no
mar mais do que na terra. “São construções ancoradas em história e em constante
evolução” (PÉRON; RIEUCAU, 1996, p. 14).
2 Nesse contexto a pesca artesanal do Amapá, uma das principais fontes de proteína na
dieta alimentar do ribeirinho, corresponde a mais de 90% de toda a captura efetuada
nas áreas costeiras do estado, utilizando em grande parte mão de obra familiar (SILVA
et al., 2016). Em Oiapoque os pescadores comercializam parte da produção no mercado
local e grande parte com os atravessadores, que comercializam com “municípios
paraenses (Santarém, Óbidos, Monte Alegre, Alenquer, Prainha e outros) e municípios
amazonenses (Maués, Coari e outros)” (SILVA; DIAS, 2010, p. 50), além de São Paulo,
Belo Horizonte e João Pessoa.
3 A pesca em Oiapoque é relevante pela tradição, economia local, potencial para a
exportação e diversidade haliêutica (PEZZUTO, 2015). Porém, concomitante a pesca há
a preocupação com a redução do pescado, em razão da invasão de frotas de outras
regiões do país e de outros países.
4 Assim as justificativas para esta pesquisa são: Retratar os aspectos socioeconômicos
do pescador e seus familiares, possibilitando uma reflexão e tomada de consciência
sobre a atividade e suas transformações ocorridas ao longo dos anos; embora a pesca
artesanal integre dimensões ambientais, políticas, biológicas, sociais e econômicas
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Metodologia
6 A metodologia é descritiva-exploratória de natureza quali-quantitativa com uso de
métodos estatísticos. A coleta de dados ocorreu de 09/2012 a 05/2014. E incluiu:
pesquisa bibliográfica e documental; consulta ao Ministério da Pesca (MPA/AP) e a
Colônia de Pescadores do Oiapoque (CPOZ-03); trabalho de campo; aplicação de
formulário (12/2013 e 05/2014); observação direta; análise estatística; e, elaboração de
mapas.
7 O estudo considerou a população N= 619 pescadores (MPA/AP, 2012), com intervalo
de confiança de 95%, margem de erro de + 5, proporção de 20%, e amostra de n= 177
formulários aplicados.
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Resultados e discussão
8 É reconhecido as dificuldades na coleta e análise de dados sobre a pesca artesanal no
mundo inteiro, passando pela ausência de equipe treinada em estatística, escassos
centros de pesquisa, ausência de agentes de campo para a coleta das informações de
desembarques, metodologias de coleta diferenciadas (MILES, 1985). Dificuldades essas
que variam de acordo com país e região. Essas dificuldades geram estatísticas de pesca
totalmente inadequadas, defasadas ou inconstantes. O Brasil não é diferente desse
contexto. “A pesca artesanal sofre de uma carência, generalizada, de informações
biológicas e, especialmente, socioeconômicas” (ALVES DA SILVA et al., 2009, p. 533).
9 Os entrevistados correspondem a 28,6% da população total de pescadores de
Oiapoque. Estes pescadores chegaram a região de Oiapoque no século 20, praticando
uma pequena pesca costeira caracterizada como "nômade" (LAVAL, 2016). Era uma
pesca praticada por habitantes do Pará. Em 1940 estes pescadores estabeleceram-se na
foz do rio Cassiporé (AP), criando a vila do Taperebá (Figura 2).
10 A Vila era formada por habitantes das regiões costeiras e estuarinas da Amazônia:
Calçoene, Amapá, Bailique - no Amapá; e Marajó, Afuá e Belém - no Pará (CRESPI;
LAVAL; SABINOT, 2014). Em 1980 houve a criação do Parque Nacional do Cabo
Orange (PNCO) na região onde a comunidade habitava. Após a criação do PNCO os
pescadores permaneceram no local, mas depois de 10 anos viram-se obrigados (devido
as regras do Parque) a migrar. O local escolhido para a mudança foi a sede de Oiapoque
(Figura 3).
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Fonte: SEMA (2003). Dados de campo, 2013-2014. Elaboração Viviane Amanajás (2017).
11 Na figura 3 apresenta as áreas de concentração da pesca. Na área leste tem-se a
concentração de moradias dos pescadores, a proximidade ao rio, aos pontos de
desembarque, aos pontos de abastecimento de combustível e a colônia de pesca. Na
área oeste tem os desembarques e abastecimentos de embarcações de outros estados,
gerando uma tensão entre os pescadores das duas áreas.
12 A infraestrutura da cidade de Oiapoque (figura 3) é modesta, dispõe de escolas em
todos os níveis de ensino (embora nenhuma com formação em pesca), posto de saúde,
polícia, etc. Há carência na oferta de serviços e produtos na cidade, mas não
compromete atividade da pesca, os pescadores não necessitam vir a capital para
comprar equipamentos ou insumos. Entretanto, sentem falta de órgãos públicos de
apoio a pesca, como a Marinha no Brasil e o MPA2.
13 Dentre os entrevistados observou-se a predominância masculina na atividade (92%),
reforçando o papel tradicional da pesca onde o homem é o principal gerador de renda.
Mas, embora as mulheres pescadoras tenham sido minoria (n=14), não significa que
não é atuante na atividade. Durante o período de campo foi observado que a família dos
pescadores, em especial as esposas, atuam na pesca com outros papéis: desembarque,
beneficiamento do pescado (filetar, salgar e secar) e as vezes na comercialização do
pescado no mercado local, cumulando com as atividades domésticas. Esta realidade se
reproduz em países como Índia, África, Chile, Argentina, Peru, França, Canadá e
Uruguai (MANESCHY, SIQUEIRA; ÁLVARES, 2012).
14 A maioria das mulheres ocupam postos informais e não são remuneradas pelas
atividades que desempenham na pesca, embora contribuam com a renda familiar. As
mulheres pescadoras desta pesquisa, são aquelas que embarcam com seus maridos
(57%) como parte da tripulação ou sozinha com uma tripulação contratada (36%). Das
mulheres embarcadas 57% são donas da própria embarcação. Isto significa que homens
e mulheres interagem com o recurso e que o papel da mulher dentro da pesca deve ser
revisto, já que participam da atividade produtiva, independentemente de estarem
embarcadas, e por isso devem ser reconhecidas na divisão do trabalho.
15 Dos entrevistados 50% tem 2 filhos. Os demais: 21% não possui filhos e 29% tem de 3
a 5 filhos. A maioria (79%) não deseja que seus filhos sigam a profissão (Gráfico 1). Para
o futuro dos filhos almejam o estudo (25%), pois assim terão uma oportunidade de vida
melhor, com emprego fixo e mais conforto.
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Figura 4 – Fotos no período chuvoso, localizados no trecho da rodovia (BR-156) que liga a
capital Macapá ao município de Oiapoque, estado do Amapá, Brasil, fevereiro de 2017.
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Figura 5 – Mapa das migrações diretas (migrou uma vez) dos pescadores artesanais do
município de Oiapoque.
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Fonte: IBGE5 (2014); BRGM (2003); Dados de campo, 2013-2014. Elaboração Viviane Amanajás (2017).
24 Com a espacialização dos pescadores “nômades” (figura 6) além de verificarmos o
‘caminhar’ desse pescador por diversas cidades até sua chegada a Oiapoque,
identificamos a abrangência das regiões, que se diferenciam das migrações diretas que
ocorrem predominantemente na região norte.
Figura 6 – Mapa das migrações dos pescadores nômades (migraram várias vezes) da
pesca artesanal do município de Oiapoque.
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Fonte: IBGE (2014); BRGM (2003); Dados de campo, 2013-2014. Elaboração Viviane Amanajás (2017).
25 A partir dos locais de migração desse pescador espacializou-se a densidade e a média
por ano de migração por lugar. Com isso examinou-se o tempo médio em que as
migrações iniciaram em direção a Oiapoque. Sete anos foram identificados (Figura 7),
destes os mais acentuados foram: as migrações do Pará, em 1973, com média em 1995;
as migrações dentro do Amapá com média em 1991; e o Maranhão também em 1999.
Isso leva a conjectura que estes são os anos em que se iniciou a dificuldade em capturar
o pescado nesses lugares. Silva et al. (2016) relata, ainda que não aprofundado, a
presença de embarcações pesqueiras do Pará na costa do Amapá. Nogueira e Chagas
(2011) estimam essa presença paraense na costa amapaense em 2800 embarcações e
estima-se que mais de 54 mil toneladas de peixe deixaram o Amapá em 2013.
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Fonte: IBGE (2014); BRGM (2003); Dados de campo, 2013-2014. Elaboração Viviane Amanajás (2017).
26 Outra característica comprovada é a tradição herdada dos mais velhos, por
intermédio de mitos e símbolos. Referindo-se ao repasse de conhecimento de pais para
filhos, onde aprendem a profissão com algum familiar, normalmente o pai, e assim
mantêm viva a tradição. Em Oiapoque 74% declarou ter aprendido a pescar com algum
parente, sendo: pai (50%), tios (9%), irmão (5%), marido (4%), avô (3%), primo (1%),
cunhado (1%), padrasto (1%) e sogro (1%). Retratando a forte participação familiar na
atividade. O aprendizado com outros pescadores representou 20%. E 6% não
respondeu.
27 O aprendizado do pescador com um familiar integra a ida ao mar, a elaboração e uso
de instrumentos de pesca, conhecimento das espécies e das zonas de pesca. No caso de
Oiapoque 68 % aprendeu com a família a pescar, além de confeccionar, usar e consertar
redes. Fortalecendo a tradição e apresentando uma atividade complementar (confecção
e manutenção de redes) a renda deste pescador.
28 Dos entrevistados 100% declararam que vivem da pesca, sendo a principal ou única
fonte de renda para alguns. A renda do pescador é acrescida por outras fontes:
programas de assistência financeira (seguro defeso - 88,3% e bolsa família6 - 11,7%) e
outros trabalhos, exercidos em paralelo a pesca ou integralmente durante o período de
defeso.
29 O seguro defeso7 criado em 1992 funciona como uma assistência financeira no
período em que o pescador é proibido de pescar, ficando sem o seu sustento. É uma
forma de preservar espécies do ecossistema brasileiro durante o período de reprodução
(período de defeso) dos peixes e contribuir para a sustentabilidade do uso dos estoques
pesqueiros.
30 O período de defeso para a maior parte do Brasil vai de 01/11 a 28/02 do ano
seguinte. Entretanto, há variações devido as regiões e as espécies. No Amapá o período
vai de 15/11 a 15/03 do ano seguinte (Portaria IBAMA nº 48/2007). O valor do seguro
corresponde a um salário mínimo (SM) vigente, no caso R$ 937,00 reais (US$ 285,62
dólares). É uma renda temporária para o pescador.
31 Durante o seguro defeso 50,3% dos entrevistados declarou continuar pescando e
justificaram esta ação alegando que: desconhecem a lei do defeso; conhecem mais não
recebem, logo não se sentem obrigados a preservar o período; conhecem a lei e recebem
o seguro, porém acham o valor muito baixo para garantir seu sustento; que pescam
somente para a subsistência, pois não guardam economias do período que podem
pescar sem restrição. Esse comportamento foi relatado por Andrade e Midré (2011)
quando investigou a degradação do recurso pesqueiro pela alta intensidade de pesca na
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Tabela 3 – Faixas de renda (R$) por viagem dos pescadores artesanais de Oiapoque.
* Os valores mudam dependendo de que função o proprietário ocupa, quando o mesmo acompanha a
embarcação.
Fonte: Dados de campo, 2013-2014. Elaboração Viviane Amanajás (2017).
37 Os pescadores não possuem uma renda fixa, varia de acordo com: a quantidade de
viagens, da captura de pescado, do porte da embarcação, do número de tripulantes, da
função ocupada e do mercado quanto a comercialização. De fato, eles têm uma
participação no ganho com a pesca, mas para isso, por vezes, se sujeitam a trabalhar
sem remuneração visando o ganho futuro. E assim vão acumulando dívidas que ficam
para serem pagas na próxima viagem.
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Considerações finais
41 A pesca artesanal em Oiapoque é caracterizada pela presença da mulher nas
pescarias, seja formalmente nas embarcações ou informalmente nas contribuições com
o beneficiamento do pescado. Logo, deve ser revisto a questão da mulher na pesca no
sentido de formalizá-la na profissão, inclusive dando a ela o direito de contar tempo de
serviço para aposentadoria e a receber o seguro defeso.
42 A baixa escolaridade dos pescadores requer atenção, no sentido de elevar a instrução
para facilitar ao pescador conhecer a legislação, lutar pelos seus direitos e aproximar-se
do poder público no sentido de buscar desenvolvimento para o setor.
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43 A percepção dos pescadores de Oiapoque é que a pesca é uma atividade árdua, quase
que sem futuro, em razão da competição pelo recurso que está aumentando,
principalmente com a migração crescendo em direção a região. Isto é comprovado
quando a maioria dos pescadores almeja que seus filhos não sigam a profissão da pesca.
A migração dos pescadores para Oiapoque é forte, principalmente do Pará, e tem se
ampliado. É importante ser analisada pois abre espaço para a presença ou ampliação de
conflitos dentro do grupo pesqueiro, além de comprometer a sustentabilidade dos
recursos haliêuticos.
44 Em Oiapoque a pesca é uma atividade familiar, assim como em outras regiões da
Amazônia, da qual todos que participaram dependem integralmente dela. Sendo
importante tanto para o pescador e sua família quanto para o comércio local que se
beneficia dessa renda.
45 A existência de atividades econômicas paralelas é expressiva para a complementação
da renda. O auxílio financeiro do programa bolsa família não foi considerado
expressivo. Diferente do seguro defeso, o qual a maioria recebe. Mas, observa-se que o
período do seguro defeso para os pescadores é um período de fragilidade financeira,
mas que revela a preocupação do pescador com o meio ambiente, principalmente dos
pescadores que param de pescar durante o defeso. Atribui-se a preocupação com a
sustentabilidade do recurso pesqueiro é atribuída a tradição que o pescador possui.
Tradição obtida a partir da apropriação social desse espaço que é simultaneamente um
ato cultural e também produtivo.
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Notas
1 Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado do Amapá.
2 O MPA criado pela Lei 11.958/2009, para formular a política de desenvolvimento da pesca e
aquicultura. Extinto pela Lei nº 13.266/2016. Recriado pela Lei n.º 13.502/17.
3 O estudo de Cavalcante (2011) considerou amostra de 36 pescadores (n=256).
4 O termo pescador nômade foi introduzido por Durand, Lemoalle e Weber (1989).
5 Disponível: < https://goo.gl/upmZzp>.
6 O Bolsa Família é um programa de combate à pobreza e à desigualdade no Brasil. Previsto pela
Lei Federal nº 10.836/2004.
7 O seguro defeso foi estabelecido pela Lei no 10.779/2003, para a concessão do benefício de
seguro desemprego.
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6.png
Ficheiro image/png, 37k
https://journals.openedition.org/confins/15619 17/19
04/02/2019 Pesca e perfil socioeconômico dos pescadores artesanais da fronteira setentrional do Brasil: a comunidade pesqueira de Oiapoqu…
URL http://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/15619/img-
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Ficheiro image/png, 20k
Gráfico 5 – Comparação da renda dos pescadores entre o período de
Título atividade pesqueira e o período de defeso dos pescadores artesanais
de Oiapoque.
https://journals.openedition.org/confins/15619 18/19
04/02/2019 Pesca e perfil socioeconômico dos pescadores artesanais da fronteira setentrional do Brasil: a comunidade pesqueira de Oiapoqu…
Autor
Viviane V. de V. Amanajás
Doutoranda em geografia de Le Mans Université e Universidade Federal do Ceará,
vivi_amanajas@yahoo.com.br
Direitos de autor
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