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CRP 12/16492
Ed. Dona Nena, Rua Sete de Setembro, sala 306 – Içara/SC
) Estruturação do Tempo – o ser humano, desde o seu nascimento até a sua morte, tem a
necessidade de preencher esse vazio que existe em sua vida: o tempo. Existem seis
maneiras do ser humano estruturar o seu tempo: quatro delas possuem dois aspectos, um
positivo e um negativo; as outras duas – uma só possui aspectos negativos e outra só
aspectos positivos.
A maneira como uma pessoa estrutura o seu tempo poderá leva-lo à morte precoce ou a viver
por muitos anos. Descubra, com a Análise Transacional, como você está estruturando o seu
tempo.
As seis formas de estruturação do tempo segundo Eric Berne; suas relações com quantidade
e qualidade de carícias e como fazemos uso desse conhecimento em nossa prática.
Carícias são estímulos sociais dirigidos de um ser vivo a outro, o qual, por sua vez, reconhece
a existência daquele." (Kertész)***
O ser humano tem necessidade de carícias assim como tem necessidade de alimento. Isso pode ser
observado nos bebês, muitas pesquisas já provaram que o contato físico dos bebês com a mãe ou
com quem os alimenta é de importância vital para sua sobrevivência. Neste ponto Berne tem grande
influência da psicanálise, quando sugere o contato físico dos bebês com suas mães algo prazeroso,
algo semelhante ao prazer sexual sugerido por Freud.
Berne (1962) sugere quatro "fomes" vitais:
Fome de estímulo:De onde provém os estímulos sensoriais da visão, da audição, do tato, olfato e
paladar.
Fome de reconhecimento:Onde os atos ou palavras são estímulos especiais para o
comportamento.
Fome de contato:Nesta categoria encontra-se a carícia física propriamente dita, não
necessariamente apenas aquelas agradáveis, mas também a própria dor é considerada uma fome
de contato.
Fome sexual:De onde pode-se saciar todas as outras fomes.
Outro estudo, feito por Harlow, em seu laboratório experimental mostrou a importância do contato
físico para o apego: macacos separados de suas mães ao nascer eram colocados em mães
substitutas feitas de arames. Uma das mães foi coberta com um tecido felpudo e macio. O alimento
era colocado na mãe de arame sem o tecido e era oferecido para os macaquinhos as duas mães. A
grande maioria dos macacos, se alimentavam na mãe de arame e saciada a fome corriam para a mãe
felpuda, passando com ela a maior parte do tempo, mostrando assim que o contato físico superava a
própria fonte de alimentação, o apego era maior com a mãe adotiva que lhes dava carícias que com a
mãe adotiva que lhes dava o alimento.
Para Berne ficava claro a importância do contato físico, e que o estímulo é a "unidade básica da ação
social", sendo tão importante para a sobrevivência do ser humano como o alimento e o ar que se
respira.
Estruturação do tempo