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1.

0 – ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS, BOMBAS, LINHAS DE


RECALQUE
BOMBAS

1.1 – POTÊNCIA DOS CONJUNTOS ELEVATÓRIOS


O conjunto elevatório (bomba-motor) deverá vencer a
diferença de nível entre os dois pontos mais as perdas de
carga em todo o percurso (perda por atrito ao longo da
canalização e perdas localizadas devidas às peças especiais).
(ver figura)
Hg = altura geométrica, isto é, a diferença de nível;
Hs= altura de sucção
Hr= altura de recalque
Hg= Hs + Hr
man
BOMBAS
ALTURA MANOMÉTRICA - Hman
Hman= Hg+ perdas de carga totais (hf)
hf = Σhfs + hfr

Potência (P) em CV ou HP (1CV = 0,986 HP)

Q.Hman
P ‫ﻻ‬. 1CV = 75kgf.m/s
75.

‫ =ﻻ‬peso específico do líquido a ser elevado ( água ou


esgoto: 1000 kgf/m³)
Q = vazão em m³/s
Hman= altura manométrica em m
η = rendimento global do conj. elevatório
η = ηmotor.ηbomba
BOMBAS

Potência instalada
Admitir, na prática, uma certa folga para os motores elétricos.
Acréscimos:
50% para as bombas até 2 CV
30% para as bombas até 2 a 5 CV
20% para as bombas até 5 a 10 CV
15% para as bombas até 10 a 20 CV
10% para as bombas de mais de 20 HP
BOMBAS

Potência dos motores elétricos fabricados no Brasil;


CV ¼, 1/3, ½, ¾, 1, 11/2, 2, 3, 5, 6, 71/2, 10, 12, 15, 20, 25, 30, 35,
40, 45, 50, 50, 80, 100, 125, 150, 200 e 250
Obs.: Para potências maiores os motores são fabricados sob
encomenda.
BOMBAS

Rendimento das máquinas


Geralmente, quanto maior a potência maior o rendimento dos
motores elétricos e quanto maior a vazão, maior é o
rendimento das bombas.
BOMBAS

Informações necessárias à aquisição de bombas


1 – Natureza do líquido a recalcar
2 – Vazão necessária
3 – Altura manométrica
4 – Período de funcionamento da bomba
5 – Corrente elétrica disponível no local (nº de fases, tensão,
ciclos)
BOMBAS

O aumento ou redução da velocidade (rpm) tem os seguintes


efeitos em uma bomba;

Q1 rpm1
( );
Q2 rpm2
Hman1 rpm1 2
( )
Hman2 rpm2
P1 rpm1 3
( )
P2 rpm2
BOMBAS

Exercício: Uma bomba centrífuga de 20 HP, 40 l/s e 30 m de


altura manométrica está funcionando com 1750 rpm.
Quais serão as consequências de uma alteração de velocidade
para 1450 rpm?
Resposta
• Vazão: Q = 40 x 1450/1750 = 33 l/s
• Hman= 30 x (1450/1750)2 = 20,6 m
• P = 20 x (1450/1750)3 = 11,4 HP
BOMBAS

Bombas trabalhando em série e em paralelo:


Em série: admite-se vazão unitária e somam-se as alturas
manométricas.
Em paralelo: admite-se a mesma altura manométrica e somam-
se as vazões das unidades instaladas.
Exemplo: Vazões das bombas 01 e 02 = 60 l/s e Hman= 45 m
Resp:
Em série: as bombas poderão recalcar os mesmos 60 l/s contra
uma Hman de 90 m.
Em paralelo, a vazão resultante será de 120 l/s e a Hman
continuará sendo 45 m
DESENHOS DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
EE PAULISTANA - SIMON
EE PAULISTANA - SIMON
EE PAULISTANA - SIMON
EE PICOS - SIMON
EE PICOS - SIMON
CASA DE BOMBA
MACROMEDIDOR
CAPTAÇÃO DO SAA DE CORRENTE - CORESA
CAPTAÇÃO DO SAA DE CORRENTE - CORESA
CAPTAÇÃO FLUTUANTE AVELINO LOPES/CORESA
PLANTA BAIXA: CAPTAÇÃO
FLUTUANTE+ ETA /AVELINO
LOPES/CORESA
Exemplo: Escolher uma bomba para uma vazão de 100 m³/h e
altura manométrica de 35 m
Resp.
No caso de uma bomba Worthington, ver gráfico
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

Q em l/h
Hma BOMBAS WORTHINGTON

3CNE62

20 HP

Q EM m³/h
BOMBAS

CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA CONSTRUÇAO DE UMA CASA


DE BOMBA:
• Devem ter espaços para a movimentação de eletromecânicos
e para a parte elétrica (quadros, chaves elétricas, etc)
• Devem ter boa iluminação e ventilação adequada
• Instalação para, no mínimo duas bombas, sendo uma de
reserva
DIMENSÕES DA BASE DOS GRUPOS ELEVATÓRIOS EM METROS
BOMBAS

POÇOS DE SUCÇÃO
Cuidados que devem ser tomados na implantação
BOMBAS

Dimensões dos poços:


No caso de elevatórias de água, o importante é assegurar a
regularidade no trabalho das bombas.
No caso de elevatórias de esgotos, o volume deve corresponder
entre 4 a 10 minutos de operação.
CANALIZAÇÃO DE SUCÇÃO:
• Deve ser a mais curta possível, evitando-se ao máximo peças
especiais, como curvas, cotovelos, etc.
• A canalização de sucção deve ser sempre ascendente até
atingir a bomba. Admite-se trechos horizontais.
• A canalização de sucção deverá ter um diâmetro comercial
imediatamente superior ao da tubulação de recalque para
permitir menores velocidades e com isso evitar a cavitação
• A altura máxima de sucção acrescida das perdas de carga deve
satisfazer as especificações estabelecidas pelo fabricante das
bombas.
Obs.: É muito raro atingir 7 m. Para a maioria das bombas
centrífugas, a sucção deve ser igual ou inferior a 5 m. Em caso
de dúvida, consultar o fabricante.
INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BOMBAS

1- Recebimento
Deve ser testada quanto a vazão, pressão e rendimento.
Deve ter uma chapinha indicando a vazão e pressão
Pode ter mais informações, tipo ano de fabricação, nº de
rotações, etc
2 – Local de instalação
Sempre que possível, em local seco e bem ventilado e de fácil
acesso a inspeções periódicas
INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BOMBAS

3 – Fundações
Devem ser fixados sobre fundações capazes de absorver os
esforços e minimizar as vibrações.
O bloco deve ser em concreto armado, sendo regra usual que o
peso desses blocos sejam 3,5 vezes o peso do conjunto cheio
de água.
As bombas devem ser alinhadas aos motores
INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BOMBAS

4 – Tubulações
O peso das tubulações não deve ser suportado pela bomba e sim
escorado, de tal maneira que, quando os parafusos dos
flanges forem apertados, nenhuma tensão seja exercida sobre
a carcaça da bomba
As canalizações devem ser tão curtas quanto possível e com o
menor número de peças, a fim de diminuir as perdas de carga
por atrito. As curvas, quando necessárias, devem ser de raio
longo.
INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BOMBAS

A redução ou aumento do diâmetro nas canalizações para o


devido acoplamento à bomba deve ser feito com dispositivos
do tipo excêntrico, para evitar a formação de bolsas de ar
Deve-se evitar bolsa de ar
EH BOMBAS
HIDRAULICAS
CAUSAS DE FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DE UMA
BOMBA

Operando-se uma bomba, o que pode parecer uma séria avaria,


após uma cuidadosa inspeção, muitas vezes é uma causa de
pouca importância.
1 – Se o líquido não é recalcado
a) A bomba pode não estar escorvada (ar na sucção)
b) A rotação pode estar abaixo da especificada
c) A altura manométrica é superior à prevista
d) A altura de sucção está acima da permitida
e) O rotor pode estar entupido
f) O rotor ou engrenagens podem estar rodando em sentido
contrário
CAUSAS DE FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DE UMA
BOMBA

g) A tubulação de sucção está obstruída


h) A válvula de pé com crivo ( se houver) está desajustada ou
aberta, pela presença de material estranho.

2- Se o líquido recalcado é insuficiente


a) Existe entrada de ar na tubulação de sucção ou na caixa de
gaxetas
b) A rotação está abaixo da especificada
c) A altura manométrica é superior à prevista
d) A altura de sucção está acima da permitida
e) O rotor está parciamente obstruído
CAUSAS DE FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DE UMA
BOMBA

f) A válvula-de-pé está obstruída


g) A válvula-de-pé ou extremidade da sucção está pouco imersa
no líquido
h) O engaxetamento tem defeito
i) A tubulação de sucção está parcialmente obstruída
j) O líquido bombeado está com viscosidade acima da prevista

3- Se a pressão é insuficiente
a) A rotação está abaixo da especificada
b) Pode haver ar ou gases no líquido (na tubulação ou na
bomba)
c) Os anéis de vedação estão demasiadamente gastos
d) O rotor está avariado ou com diâmetro pequeno
e) O engaxetamento está defeituoso
f) As engrenagens estão gastas ou com folgas demasiadas

4- Se a bomba funciona por algum tempo e depois perde a


sucção
a) Há vazamento na linha de sucção
b) Há entupimento parcial na linha de sucção
c) A altura de sucção está acima da permitida
d) Existe ar ou gases no líquido, na linha de sucção ou na caixa
das gaxetas
CAUSAS DE FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DE UMA
BOMBA

5- Se a bomba sobrecarrega o motor


a) A rotação está muito alta
b) A altura manométrica é inferior à prevista (vazão crescente)
c) O líquido tem peso específico ou viscosidade superior à
prevista
d) Há defeitos mecânicos, tais como: eixo curto, engripamento
das partes rotativas, rolamento defeituoso, gaxetas muito
apertadas, etc.
GOLPE DE ARIETE

É o choque violento que se produz sobre as paredes de um


conduto forçado quando o movimento do líquido é
modificado bruscamente.
Em outras palavras, é a sobrepressão que as canalizações
recebem quando, por exemplo, se fecha um registro, ou por
falta de energia, interrompendo-se o escoamento.
ALTOS VALORES DE C

A onda de pressão, característica do Golpe de Aríete, é uma onda do tipo


elástica, com celeridade de propagação expressa em m/s

Nos projetos hidráulicos as velocidades médias dos escoamentos


geralmente são menores que 5m/s, enquanto as celeridades de onda
elástica podem assumir valores bem elevados tipo, C= 1500 m/s
GOLPE DE ARIETE

Mecanismo do Fenômeno:

Seja a água escoando com certa velocidade no tubo da figura.


1 – Com o fechamento do registro R, a lâmina 1 comprime-se e a
sua energia de velocidade (velocidade v) é convertida em
pressão, ocorrendo, simultaneamente, a distensão do tubo e
esforços internos na lâmina (deformação elástica). O mesmo
acontecerá em seguida com as lâminas 2,3,4, etc...,
propagando-se uma onda de pressão até a lâmina n junto
junto ao reservatório.
GOLPE DE ARIETE

2 – A lâmina n em seguida, devido aos esforços internos e à


elasticidade do tubo, tende a sair da canalização em direção
ao reservatório, com velocidade –v, o mesmo acontecendo
sucessivamente com as lâminas n-1, n-2, ...., 4,3,2,1
Enquanto isso, a lâmina 1 havia ficado com sobrepressão
durante o tempo
τ = 2L/C
τ= fase ou período da canalização [s]
C = velocidade de propagação da onda (celeridade) [m/s]
L = Comprimento da canalização [m]
GOLPE DE ARIETE

Há, então, a tendência da água sair para fora da tubulação, pela


extremidade superior. Como a extremidade inferior do tubo
está fechada, haverá uma depressão interna. Nessas
condições, -v é convertida em uma onda de depressão.

3 – Devido à depressão na canalização, a água tende a ocupá-la


novamente, voltando as lâminas de encontro ao registro,
dessa vez com a velocidade v. E assim por diante.
Obs.: Foi desprezado o atrito ao longo da tubulação, que, na
prática, contribui para o amortecimento dos golpes
sucessivos.
GOLPE DE ARIETE
Celeridade (C):
C = 9900/(48,3+K.D/e)1/2 (Fórmula de Allievi)
C = celeridade da onda, m/s
D = diâmetro dos tubos, m
e = espessura dos tubos, m
K = coef. Que leva em conta o módulo de elasticidade
Valores de K:
Tubos de ferro fundido 1
Tubos de PVC 18
Tubos de concreto 5
Tubos de aço 0,5
RESUMO DE GOLPE DE ARIETE
• É o choque violento que se produz sobre as paredes do tubo
quando o escoamento da água é interrompido bruscamente
pelo fechamento da válvula de retenção. Este choque violento
é a chamada sobrepressão máxima no tubo. A velocidade de
propagação das ondas no interior do tubo é chamado de
celeridade da onda.
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO DA
BUGATTI
ROMPIMENTO DE TUBOS PRFV DN-400 / ADUTORA AG. BRUTA DO GARRINCHO
GOLPE DE ARIETE

Tempo de fechamento da válvula ou registro (t):


Se o fechamento for muito rápido, o registro ficará
completamente fechado antes da atuação da onda de
depressão.
Se o fechamento for lento, haverá tempo para a onda de
depressão atuar.

Se t<2L/C tem-se manobra rápida


Se t>2L/C tem-se manobra lenta
GOLPE DE ARIETE

A sobrepressão máxima (ha) ocorre quando a manobra é rápida,


isto é quando ainda não atuou a onda de depressão (t<2L/C).

ha = C.v/g
ha = aumento de pressão, em mca
v = velocidade da água, m/s
C = celeridade da onda (m/s)
GOLPE DE ARIETE
No caso de manobra lenta:
Quando t>2L/C
GOLPE DE ARIETE
Exercício: Determinar a sobrepressão máxima em uma tubulação
de recalque de aço com diâmetro de 700 mm, e=1/4” = 6,3
mm, comprimento igual a 250 m, vazão igual 1,38 m³/s e
altura manométrica de 50 m.
Dado: tempo de fechamento = 2,1 seg.
Resposta
Verificação: se é manobra rápida ou lenta Fase (τ) = 2xL/C
9900 9900
C   971,4m / s
D 0,7
48,3  K 48,3  0,5
e 0,0063

τ = 2x250/971,4 = 0,51 s , logo t > τ manobra lenta


GOLPE DE ARIETE
a) Fórmula de Michaud, Vensano)
ha = 2Lv/gt
v = Q/A = 1,38/3,14.0,7²/4 = 3,6 m/s
ha = 2x250x3,6/9,8x2,1 = 87 m

b) Fórmula de Sparre
2Lv 1
ha 
gt 2[1  Lv ]
2gtH

ha =(2x250x3,6/9,81x2,1).(1/2[1-(250x3,6)/2x9,8x2,1x50)]
ha = 78 m
GOLPE DE ARIETE

c) Fórmula de Johnson
L.v
ha  [L.v  4.g²H².t²  L².v²
2.g².H.t²
250x3,6
ha  [250x3,6  4x9,8²x50²x2,1²  250²x3,6²]
2x9,8²x50x2,1²

ha = 67 m
GOLPE DE ARIETE
d) Fórmula de Allieve
Para usar o gráfico, preciso da constante K da tubulação e de N
(fator de tempo N=t/τ)
K = C.v/2.g.H

C = 971,4 m/s
v = 3,6 m/s
H = 50 m
K = 971,4x3,6/2x9,8x50 = 3,6
N = 2,1/0,51 = 4
Pelo gráfico, na interseção de N=4 e K=3,6, encontra-se H+ha/H que
é igual a 2,40, portanto, H+ha/H=2,40
logo, 50+ha/50 = 2,40 ha=70m
GRÁFICO DE ALLIEVE
P/ GOLPE DE ARIETE

2,4
GOLPE DE ARIETE

Condições de Equivalência
Seja os trechos de comprimentos L1, L2, L3.... Com seções de
escoamento diferentes, A1, A2, A3..., o conduto equivalente
de seção A1 e comprimento L será:
L = L1 + L2.A1/A2 + L3.A1/A3 + ...

Pode-se determinar a celeridade de um conduto equivalente


pela seguinte expressão:
L/C = L1/C1 + L2/C2 + L3/C3 + ... Onde, L = L1+L2+L3
GOLPE DE ARIETE

Algumas medidas de proteção com o objetivo de limitar o golpe


de ariete:
• Instalação de válvulas de retenção ou válvulas especiais, de
fechamento controlado.
• Emprego de tubos capazes de resistir à pressão máxima
prevista. ( geralmente duas vezes a pressão estática)
• Adoção de aparelhos limitadores do golpe, tais como válvulas
Blondelet
• Emprego de câmaras de ar comprimido
• Chaminés de equilíbrio
VÁLVULAS ANTIGOLPE DE ARIETE DA
BUGATTI
GOLPE DE ARIETE

Medidas para combater, na prática, o golpe de ariete:


a) Limitação da velocidade
b) Fechamento lento de válvulas ou registros
c) Emprego de válvulas ou dispositivos mecânicos especiais,
válvulas Blondelet, por exemplo, cujas descargas impedem
valores excessivos da pressão.
d) Construção de chaminés de equilíbrio capazes de absorver os
golpes
GOLPE DE ARIETE

Exercício: Um conduto de aço, com 500 m de comprimento, 0,80


m de diâmetro e 12 mm de espessura, está sujeito a uma
carga de 250 m. O registro localizado no ponto mais baixo é
manobrado em 8 s. Qualificar o tipo de manobra e determinar
a sobrepressão máxima. A velocidade média na canalização é
de 3 m/s.
Resposta
Verificação da fase: τ = 2.L/C
C = 9900/(48,3 + 0,5x0,8/0,012)1/2
C = 1098 m/s
τ = 2x500/1098 = 0,91 s
GOLPE DE ARIETE

Portanto, t > τ, logo o tempo de fechamento é maior e a


manobra é do tipo lenta.
Sendo manobra do tipo lenta, então usando a Fórmula de
Michaud, Vensano
ha = 2Lv/gt
ha = 2x500x3/9,8x8 = 38,2 m

A sobrepressão máxima será = H + ha = 250 + 38,2 = 288,2m


• Exemplo : Determinar o diâmetro de uma adutora de recalque
e a potência do conjunto elevatório de acordo com os
seguintes dados:
• Vazão: 9,31 m³/h = 0,00259 m³/s = 2,59 l/s
• Comprimento da adutora: 50 m
• Características do poço:
• - Cota do Terreno: 117,00
• - Nível dinâmico: 60,00 m
• - Rendimento do conjunto Elevatório: 60%
• - Ponto de colocação da bomba: 63,00 m
• - Número de horas de funcionamento da bomba: 16 h/dia
• - Usar tubos de ferro galvanizado no interior do poço
• Cota do NAmáximo no reservatório: 131,95
• Cota do terreno no reservatório: 117,00
• Resposta:
• D = k . X(1/4) . √Q
• D = 1,2 . (16/24)(1/4) .√0,00259
• D = 0,06 m
• Dadotado = 75 mm
• Vamos usar tubos de PVC, classe 20 e verificar se suporta as
pressões do sistema.
• Perda de carga no interior do poço – ao longo da canalização
• - tubo de ferro galvanizado, DN-75.............C = 130
• - Perda de carga unitária (J)
• Q = 2,59 l/s; D = 75 mm; C = 130
• Pela tabela de H.W. .................................V = 0,58 m/s e J =
0,0064 m/m
• Perda de carga ao longo da canalização ..hf1 = L x J = 60 x
0,0064 = 0,38 m
• Perda de carga localizada no poço (hf2)
• Hf2 = K . V²/2.g
• V = 0,58 m/s..................V²/2.g = 0,017 (valor constante)
• -Valores de K
• Tê de saída de lado.... K = 1,30.....1,3 x 0,017 = 0,022 m
• Válvula de retenção......K = 2,5......2,5 x 0,017 = 0,043 m
• Registro de gaveta.......K = 0,2.....0,2 x 0,017 = 0,0034 m
• 2 curvas de 90º...........2K = 0,8.....0,8 x 0,017 = 0,0136m
• Redução gradual..........K = 0,5.....0,5 x 0,017 = 0,0085 m
• ∑ hf2 = .................. 0,0905 m
• Perda de carga total no poço: 0,38 + 0,0905 = 0,47 m
• Perda de carga na linha adutora:
• Perdas de carga ao longo da canalização
• Q = 2,59 l/s
• D = 75 mm
• C = 140
• Pela tabela de H.W....................V = 0,58 m/s e J = 0,0057 m/m
• hf1 = 50 x 0,0057 = 0,29 m
• Perda de carga localizada:
• Quando L>4000D ou V < 1,0 m/s, não precisa calcular as
perdas localizadas.
• Verificação: 4000 x 0,075 = 300 m; logo, teríamos que calcular
as perdas de carga localizadas mas, pelo segundo critério V < 1,0
m/s não há mais necessidade.
• Mas vamos calcular para comprovar que as perdas são
insignificantes:
• hf = K.V²/2.g
• V = 0,58 m/s...........................................V²/2g = 0,01853
• Peças
• Ampliação gradual K = 0,30
• 4 curva de 90º K =4x 0,4=1,6
• Registro de gaveta K = 0,20
• Saída de canalização K = 1,0
• Total : 3,1

hf = 3,1 x 0,01853 = 0,06 m


• Perda de carga total na adutora:
• hftotal = 0,29 + 0,06 = 0,35 m
• Altura manométrica: Hg + ∑ hf
• AMT = Hg + ∑ hf = (131,95 – 117) + 60 + 0,47 + 0,35 = 75,77
• Potencia do conjunto elevatório
• P = Ɣ.Q.AMT/75.η = 1000 x 0,00259 x 75,77 / 75 x 0,6
• P = 4,36
• Acréscimo de 30%, P = 1,3 x 4,36 = 5,67 CV
• Padotada = 6,0 CV
• Golpe de Aríete
• - Celeridade da onda
• C = 9900 / (48,3 + K.D/e)↑0,5 = 602,93 m/s
• e = 6,1 mm;
• K = 18
• Sobre-Pressão máxima:
• h = C.V / g h = 602,93 x 0,58 / 9,81 = 35,6 m
CT - NAmax
• Pressão máxima junto ao poço:
• Pmáx. = Altura eixo valv. retenção+ h = 14,95 + 35,6 = 50,55 m
• Conclusão: Pode-se empregar o tubo de PVC classe-20, DN-75,
pois a sua pressão de serviço é de 72 mca para uma
temperatura de 35 ºC
Exemplo – Adução em águas superficiais
• Dimensionar a linha de recalque esquematizada na figura e
calcular a potência do conjunto elevatório.
• Dados:
• Vazão: 30 l/s
• Período de funcionamento: 24 hs
• Altura de sucção: 2,50 m
• Altura de recalque: 37,5 m
• Comprimento do tubo de sucção: 3,5 m
• Comprimento do tubo de recalque: 93,0 m
• Rendimento do conjunto elevatório: 70 %
• Resposta:
• D = K .√Q = 1,2 x (0,03)0,5 = 0,208 m
• Dadotado= 200 mm
• Dsucção= 250 mm
• Perdas de carga localizada na sucção – fefo (DN-250):K.v2/2.g
• V²/2g = 0,61²/2 x 9,8 = 0,019
– Válvula de pé com crivo K = 1.75
1,75 x 0,019 = 0,033 m
• - Curva de 90º K = 0,4 0,4 x 0,019 = 0,008 m
• Total das perdas de carga localizadas na sucção = 0,041 m
• Perda de carga unitária na canalização de sucção: pela tab de
H.W. = 0,0028 m/m
• Perda de carga na canalização de sucção = 3,5 x 0,0028 =
0,0001 m
• - Perda de carga total na sucção = 0,041 m
• Perdas de carga localizada no recalque – PVC DEFOFO (DN = 200)
• - V = 0,95 m/s................0,95²/2 x 9,8 = 0,049
• Válvula de retenção K = 2,5 2,5 x 0,049 = 0,12 m
• 2 Curvas de 90º K = 0,8 0,8 x 0,049 = 0,039m
• Reg.de Gaveta (aberto) K = 0,2 0,2 x 0,049 = 0,01m
• Saída de canalização K=1 1 x 0,049 = 0,049 m
Total..................................................................... 0,22 m
• Perda de carga na canalização do recalque
• Comprimento do tubo 93,00 m
- Tab de H.W. J = 0,0044 m/m e V = 0,95 m/s
• hf = 0,0044 x 93 = 0,41 m

• Perda de carga total no recalque = 0,22 +0,41 = 0,63 m


• c) Altura Manométrica Total
• AMT = Hg + ∑hf = 2,5 + 37,5 + 0,041 + 0,63 = 40,45 m
• d)Potencia do motor
• P = 1000 x 0,030 x 40,45 / 75 x 0,7 = 23,1 CV
• + 10 % de acréscimo, P = 25,4 CV
• Padotada = 25 CV
• e)Verificação do golpe de Aríete
• - Celeridade da onda C = 9900 / (√48,3 + 18x 200/8,9) =
465,25 m/s
• e = 8,9 mm e K = 18 (PVC DEFOFO)
• f) Sobrepressão máxima
• h = C .V/g = 465,25 x 0,95/9,81 = 45,05 m
• g) Pressão máxima junto à válvula de retenção
• Pressão máx = Hr + h = 37,5 + 45,05 = 82,55 m
• Conclusão: Pode-se usar o tubo de PVC DEFOFO pois a sua
pressão máxima de serviço é de 100 mca.
30/08/2012

FeFo
= 0,33 m/100m, com J, Q e C entro na tab. de H.W. e encontro D
ARIETE HIDRÁULICO OU CARNEIRO HIDRÁULICO
É um aparelho destinado a elevar água por meio da própria
energia hidráulica
FUNCIONAMENTO DE UM CARNEIRO HIDRÁULICO

O aparelho é instalado em nível inferior ao do manancial, na cota


mais baixa possível. A água que chega ao aparelho
inicialmente sai por uma válvula externa até o momento em
que é atingida uma velocidade elevada. Nesse instante, a
válvula fecha-se, repentinamente, ocasionando uma
sobrepressão que possibilita a elevação da água
• A diferença de nível ou queda aproveitável para acionar o
aparelho não deverá ser inferior a 1 m.
• Os aparelhos funcionam com vazões compreendidas entre 5
a 150 l/min ( 300 l/h a 9000 l/h), podendo elevar vazões
compreendidas entre 10 a 800 l/h.
FUNCIONAMENTO DE UM CARNEIRO HIDRÁULICO

• Recomenda-se uma altura de elevação entre 6 a 12 vezes a


altura de queda do manancial até o aparelho.
• A canalização de alimentação deve ser retilínea e ter um
diâmetro maior do que o do encanamento de elevação e o
seu comprimento L deve satisfazer às seguintes relações:
L>1H a 1,2H
L>5h
L<10h
L>8m
L<75m
• Quantidade de água que pode ser elevada:

Qxh η
q
H

q = vazão a elevar, l/min


Q = vazão mínima para operar o aparelho, l/min
h = altura de queda disponível, m
H = altura de elevação, m
η = rendimento do aparelho
Obs: η varia entre 20 e 70%, de acordo com a relação H/h,
decrescendo com o aumento de H/h
FUNCIONAMENTO DE UM CARNEIRO HIDRÁULICO

Exercício: Estuda-se o abastecimento de água por meio de um


carneiro hidráulico para um sítio que conta com 10 pessoas, 5
cavalos, 15 vacas e 200 galinhas.
Dados:
• Eficiência do aparelho = 60%
• Vazão do córrego, determinada por meio de um vertedor
triangular com carga H = 5,5 cm.
• Taxa per capita: 100 l/hab.dia
• Taxa per capita de cavalos e vacas: 40 l/cabeça.dia
• Taxa per capita de galinha: 0,1 l/cabeça.dia
RESP.:
a) Consumo de água (q)
10 pessoas x 100 l/dia 1000
5 cavalos x 40 200
15 vacas x 40 600
200 galinhas x 0,1 20
TOTAL 1820 l/dia = 75,8 l/h
b) Quantidade de água necessária para funcionamento do
aparelho (Q)
Qxh
q η Q = q.H/h.η = 75,8 x (127-97)/(100-97) x0,6
H
Q = 1263 l/h
c) Escolha do carneiro
H/h = 30/3, a proporção é 10:1
Recomenda-se aparelho nº5:
Canos de carga=2” = 50 mm
Canos de descarga=1” = 25 mm
Água necessária=35 l/min=2100l/h
Água elevada= 88 l/h
Rendimento = q.H/Q.h =
= 30x88/2100x3 = 0,42 = 42%
d) Verificação da quantidade disponível de água do córrego
Foi instalado um vertedor triangular tipo Thomson
H = 5,5 cm = 0,055m
Q = 1,4.H5/2
Q = 0,001m³/s = 1 l/s = 60 l/min = 3600 l/hora, o aparelho só
precisa de 1263 l/h (ver item b)
INSTALAÇÕES DE RECALQUE
(RETIRADO DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES)

NPSH (Net Positive Suction Head)


Tradução: Cabeça de Sucção Líquida Positiva ?????
Não há uma tradução literal para o português!
• No entanto, é de vital importância para fabricantes e
usuários de bombas o conhecimento do comporta-
mento desta variável para que a bomba tenha um
desempenho satisfatório, principalmente em sistemas
onde exista bomba trabalhando com baixa pressão e
alta vazão, por causa da cavitação;
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

• O NPSH é uma característica da instalação. É a energia que o


fluído possui, num ponto imediatamente anterior ao
flange de sucção da bomba, acima da sua pressão de
vapor. Esta variável deve ser calculada por quem
dimensionar o sistema, utilizando-se de coeficientes
tabelados e dados da instalação;
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

• O NPSH disponível pode ser determinado da seguinte forma:


• NPSHd = (Patm - hs - hfs) – Pv

Patm = Pressão atmosférica local, em m.c.a. (tabela 1);


hs = Altura de sucção, em metros (dado da instalação);
hfs = Perdas de carga no escoamento pela tubulação de sucção,
em metros;
Pv = Pressão de vapor do fluído escoado, em metros (tabela 2);
INSTALAÇÕES DE RECALQUE
• NPSHd
NPSHd = Patm - Pv - hfs + hs
Obs.: Em caso de bomba afogada, hs é positivo
• NPSHr

NPSHr (requerido). É uma característica da bomba, determinada


em seu projeto de fábrica, através de cálculos e ensaios de
laboratório. Tecnicamente, é a energia necessária para vencer as
perdas de carga entre a conexão de sucção da bomba e as pás do
rotor, bem como criar a velocidade desejada no fluído nestas pás.
Este dado deve ser obrigatoriamente fornecido pelo fabricante
através das curvas características das bombas (curva de NPSH);
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

• Assim, para uma boa performance da bomba, deve-


se sempre garantir a seguinte situação:
NPSHd > NPSHr + 0,6
INSTALAÇÕES DE RECALQUE
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

• EXEMPLO: Suponhamos que uma bomba de modelo


hipotético seja colocada para operar com 35 m c.a.
de AMT, vazão de 32,5 m³/h, altura de sucção de 2,0
metros e perda por atrito na sucção de 1,5 m c.a.. A
altura em relação ao nível do mar onde a mesma
será instalada é de aproximadamente 600 metros, e
a temperatura da água é de 30ºC. Verificar se há
possibilidade de haver cavitação.
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

Resp,:
Para a bomba funcionar corretamente:NPSHd > NPSHr + 0,6

• a). VERIFICAÇÃO DO NPSHr:


A curva característica da bomba, para os dados de altura
(m c.a.) e vazão (m³/h) indicados, já fornece o NPSHr da
bomba que é 4,95 m c.a., confira.
INSTALAÇÕES DE RECALQUE

CURVA DE VAZÃO & ALTURA & NPSH


INSTALAÇÕES DE RECALQUE
b. CÁLCULO DO NPSHd:
Sabendo-se que:
NPSHd = Patm - Pv - hfs ± hs
Patm = 9,58 (Pressão atmosférica local - Tabela 1)
Pv = 0,433 (Pressão de vapor d’água - Tabela 2)
hfs = 1,50 metros (Perda calculada para o atrito na
sucção)
hs = 2,0 metros (Altura de sucção)
Temos que:NPSHd = 9,58 - 0,433 - 2,0 - 1,50 =5,64 mca
INSTALAÇÕES DE RECALQUE
Portanto, NPSHr + 0,6 = 4,95 + 0,6 = 5,55 mca
Portanto: 5,64 > 5,55
Então NPSHd > NPSHr + 0,6
A bomba nestas condições funcionará normalmente, porém,
deve-se evitar:
• Aumento da vazão;
• Aumento do nível dinâmico da captação;
• Aumento da temperatura da água.
Havendo alteração destas variáveis, o NPSHd poderá igualar-se
ou adquirir valores inferiores ao NPSHr, ocorrendo assim a
cavitação.
LINHAS DE RECALQUE – DIMENSIONAMENTO
ECONÔMICO
(RETIRADO DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES)

PARA UMA MESMA VAZÃO:

- um diâmetro pequeno para a tubulação ocasiona uma perda de carga maior


e portanto, uma altura manométrica e potências do conjunto motor-bomba mais
elevadas; conseqüentemente, o conjunto elevatório tem custo maior e as
despesas com energia também são mais elevadas, embora o custo da
tubulação seja menor;

- um diâmetro maior para a tubulação implica em despesa mais elevada para a


implantação da tubulação. No entanto, proporciona menor perda de carga e
conseqüentemente, a potência fica reduzida, resultando em custo menor para
a aquisição e operação dos conjuntos elevatórios.
LINHAS DE RECALQUE – DIMENSIONAMENTO ECONÔMICO
(RETIRADO DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES)

O diâmetro da tubulação mais conveniente, economicamente,


é aquele que resulta em menor custo total das instalações. Este
é o chamado diâmetro econômico
Fórmula de Bresse para a determinação do diâmetro de recalque:

Dr  K Q
Dr = diâmetro de recalque(m);
Q = vazão recalcada, em m3/s;
K = parâmetro associado aos custos envolvidos.

O valor do fator K depende de fatores econômicos envolvidos na


implantação e na manutenção da elevatória, tais como a tarifa da
energia elétrica (ou do óleo diesel, gasolina etc) e dos preços de
tubulação e equipamentos adotados.
O valor de K oscila conforme a época e a região, variando de 0,6 a
1,6, sendo o valor mais freqüente em torno de 1,0. Entretanto, por
medida de segurança adota-se K=1,2 quando as informações
econômicas são insuficientes para uma análise mais detalhada.
Como o valor do diâmetro calculado raramente coincide com o valor
padronizado comercialmente, é comum se adotar o diâmetro comercial
mais próximo ao calculado. Para o diâmetro da tubulação de sucção adota-
se o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro adotado para
o recalque, para diminuir a velocidade de entrada da água na bomba.

Funcionamento descontínuo: Dr  1,2 X 1/ 4 Q

Sendo Dr o diâmetro da tubulação de recalque em metros, X o número


de horas de funcionamento por dia e Q a vazão em m3/s.

As fórmulas apresentadas não são suficientes para equacionar a


estrutura de custos complexos de sistemas hidráulicos de grande
porte. Para esses casos, é essencial a análise econômica mais apurada.
LINHAS DE RECALQUE – DIMENSIONAMENTO ECONÔMICO
(MECÂNICA DOS FLUIDOS)

Exercício: Dimensionar a linha de recalque esquematizada com o


critério de economia e calcular a potência do motor para as
seguintes condições:
• Vazão 30 l/s
• Período de funcionamento da bomba 24 horas
• Altura de sucção 2,5 m
• Altura de recalque 37,5 m
• Coef. C de H.W. 100
• Rendimento do conj motor-bomba 70%
Resposta:
Diâmetro:
D  K. Q D  1,2. 0,03
D = 0,20 m = 200 mm
Diâmetro da sucção: Ds = 250 mm
a) Perdas de carga na canalização de sucção
Adotando-se o método dos comprimentos virtuais:
Válvula de pé e crivo: 65,0 m de canalização
Curva de 90º: 4,1 m
Canalização de sucção: 2,5 m
Canalização virtual: 71,6 m
Pode ser resolvido também pela expressão de
perda de carga localizada
De um modo geral, todas as perdas localizadas podem
ser expressas sob a forma;
hfs = Kv²/2g
Obs.: O coef. K pode ser obtido experimentalmente
para cada caso
Cálculo da perda unitária na sucção para um tubo de 71,6 m.
Usar Fórmula de Hazen-Williams: J = 10,643.Q1,85.C-1,85.D-4,87

J = 0,0028 m/m
hfs = 0,0028 x 71,6 = 0,2 m
Verificação quanto a cavitação: NPSHd > NPSHr+ 0,6
NPSHd = Patm – hs – hfs –Pv = 10,33 – 2,5 – 0,2 – 0,43 = 7,2
7 > NPSHr + 0,6 NPSHr < 7 - 0,6 NPSHr < 6,3
b) Perdas de carga na canalização de recalque
Válvula de retenção 16,0 m
02 C 90º 6,6 m
Registro de gaveta (aberto) 1,4 m
Saída de canalização 6,0 m
Canalização de recalque 37,5 m
Comprimento virtual 67,5 m
Com Q, D e C, determino J ………….. J = 0,81m/100m
hfr = 67,5 x 0,81/100
A perda de carga nesse trecho será: hfr = 0,54 m
Altura manométrica:
Hman = Hg + Σhf = 2,5+37,5+0,2+0,54 = 40,74 m

Potência do motor;
P = ‫ﻻ‬.Q.Hman/75.η

P = 1000x0,03x40,74/75x0,70 = 23 CV
Padotado = 1,10 x 23 = 25,3 = 25 CV
ADUÇÃO

• Adução é a operação de conduzir a água desde o ponto de sua


captação até a rede de distribuição, passando pela ETA e
pelo(s) reservatório(s). Portanto, a “adutora” é uma
canalização destinada a conduzir água bruta e/ou tratada
entre as unidades de um sistema de abastecimento.
CLASSIFICAÇÃO DAS ADUTORAS
a) Quanto a energia para movimentação da água
b) Quanto à natureza da água transportada

a) Quanto a energia para movimentação da água

– Adução por gravidade: Quando aproveita o desnível entre o


ponto inicial e final da adutora
– Adução por recalque: Quando utiliza um meio elevatório
– Adução mista
• A adução por gravidade pode ser em conduto livre ou em
conduto forçado.
• Em conduto livre a água escoa sempre em declive, mantendo
uma superfície livre sob o efeito da pressão atmosférica (canais
ou tubos).
• Em conduto forçado o escoamento ocorre sob pressão.
• Na adução por recalque a água é conduzida através de um
conjunto elevatório sob pressão, de um ponto a outro mais
elevado
b) Quanto à natureza da água transportada
• Adutoras de água bruta
• Adutoras de água tratada
TRAÇADO DAS ADUTORAS
Fatores a serem considerados: topografia, características do solo
e as facilidades de acesso. Todos esses fatores têm
importância na determinação final de seu custo de
construção, operação e manutenção.

Para a alternativa escolhida, elabora-se o levantamento


topográfico com curvas de nível de metro em metro em faixa de
terreno com 10 metros de largura para cada lado do eixo,
nivelamento e contra-nivelamento do eixo, com desenhos
apresentados em plantas (escala 1:2.000) e perfil (escala
horizontal 1:2.000 e escala vertical 1:200) onde será lançado o
projeto definitivo da linha com todos os detalhes de projeto e
cadastro das edificações, acidentes geográficos, travessias,
culturas à serem desapropriadas, etc.
ARRANJO GERAL DO SIST. ADUTOR DO GARRINCHO
SISTEMA ADUTOR DO GARRINCHO
CARACTERISTÍCAS DA ADUTORA DO GARRINCHO

• POPULAÇÃO ATENDIDA TOTAL (2032) 55.910 hab


• VAZÃO TOTAL 128,47 l/s
• CAPTAÇÃO flutuante
• ETA (tipo FAD) 465 m³/h
• ELEVATÓRIAS 12
• EXTENSÃO DA ADUTORA 190.000 m
• DIÂMETROS 75 a 400 mm
• RESERVATÓRIOS 7
• VOLUMES RESERVADOS 1335 m³
:

Capacidade: 181.000.000 m³
BARRAGEM PETRÔNIO PORTELA Município:São Raimundo Nonato
O BARATO PODE SAIR CARO

EXISTE ALGUMA RAZÃO PARA QUE ESSA ADUTORA NÃO SEJA


ENTERRADA?

TUBOS DE PRFV
DIMENSIONAMENTO DAS DIVERSAS UNIDADES
ADUÇÃO
- ADUÇÃO EM CONDUTO LIVRE
• CÁLCULO DA VAZÃO
Q = AxV
Q – [m³/s]
V – [m/s]
• A – [m²]
- CÁLCULO DA VELOCIDADE
a) Fórmula de Chezy
• V = C.(RxI)0,5
• V = velocidade
• C = Coeficiente que depende da natureza e do estado das paredes do
canal, bem como da forma de sua seção molhada
• R = raio hidráulico
• I = declividade
• R = A/P
• P = perímetro molhado
• A = Área molhada da seção transversal
Fórmula de Chezy com o coeficiente de Bazin
• Bazin propôs para C a seguinte expressão
• C= 87 x √ RxI
• 1+(γ/√R)
• γ = coeficiente que depende da natureza das paredes
Fórmula de Chezy com o coeficiente de Ganguillet e Kutter
• 23+ (0,00155/I)+I/n
• C=
• 1+(23+0,00155/I)↑(n/√R)
• n = depende da natureza das paredes
Fórmula de Chezy com coeficiente de Manning
V = C Rh.I
C = ( 6 R h )/n
R1/6
V = h . Rh .I A = Q/V
n
V = Q/A
1 2/3
n.Q/ I = A.R 2/3
h ou V= .Rh . I
n

V = velocidade média (m/s)


n = coeficiente de rugosidade de Ganguillet e Kutter
Q = vazão (m³/s)
A = área molhada do canal (m²)
RH = raio hidráulico (m)
I = declividade do fundo do canal (m/m)
CONDUTOS A SEÇÃO PLENA
CANAIS RETANGULARES E TRAPEZOIDAIS

Canais retangulares e trapezoidais


CANAIS CIRCULARES

D
y
Eq. em função de Q V = Q/A
1 2/3
n.Q/ I = A.R 2/3
h ou V= .Rh . I
n
Dividindo  se por b8 / 3
2/3
 y  y 
2

2   m  
Q.n y  y  b b 
   m  
 b   1  2 y 1  m 2 
8 / 3 1/ 2
b .I  b
 b 
 
Para um canal re tan gular (m  0), vem :
2/3
 y 
Q.n y 
  b 
b .I 1/ 2
8/3
b 1  2. y 
 b
R1/6 Vn
Eq. em função de V Pela Eq de Chezy :V = h . Rh .I ou 1/ 2  R 2 / 3
n I
Para um canal trapezoidal , Dividindo  se ambos os membros por b 2 / 3 :
2/3
 y 
 1  m
V .n b y
2 / 3 1/ 2
 . 
b .I y
1  2 1  m2 b 
 b 
Para um canal re tan gular , m  0
2/3
 
V .n  1 y

y b
.
b 2 / 3 .I 1/ 2 1  2 
 b 
Obs: a tab 14.1 foi
preparada para valores de
y/b variando de 0,01 até 1,0
CONT.TAB 14.1
CONT.
TAB. 14.2
Obs: a tab 14.3 foi
preparada para valores
de y/b variando de 0,01
até 1,0
TAB. 14.3
TAB 14.4
Obs: a tab 14.5 foi preparada para
valores de y/D variando de 0,01 até 1,0
TAB 14.7 – ESCOAMENTO EM REGIME PERMANENTE UNIFORME – CANAIS CIRCULARES

Obs: a tab 14.7 foi preparada


para valores de y/b variando de
0,01 até 1,0
ADUÇÃO EM CONDUTO LIVRE

• Exemplo: Calcular a vazão e a velocidade de um canal trapezoidal com


talude 1:1, base menor igual a 2,0 m e altura da lâmina d’água igual a
1,0 m. Admitir uma declividade longitudinal de 0,0004 m/m e a
rugosidade (n) de 0,018.
• Resp.:

a) y/b = ½ =0,5
b) Da tabela 14.1 e m=1, tem-se: Q.n/b8/3.I1/2 = 0,3439
c) Então: Q = 0,3439.(28/3.0,00041/2/0,018) = 2,4 m³/s
d) Da tab. 14.3 e m=1, tem-se: V.n/b2/3. I1/2 = 0,4587
e) Então: V = 0,4587.(22/3.0,00041/2/0,018) = 0,81 m/s

Obs.: Empregando-se as tabelas 14.2 e 14.4 chega-se aos mesmos valores de


QeV
Vejamos:
a) y/b = ½ = 0,5
b) Tab. 14.2 e m = 1, tem-se: Q.n/y8/3.I1/2 = 2,1844
c) Q = 2,4 m³/s
d) Tab. 14.4 e m=1, tem-se: V.n/y2/3. I1/2 = 0,7281
e) V = 0,81 m/s

Obs.: Pode-se, também, encontrar V pela Eq. da Continuidade


• Exemplo: Qual a declividade de um canal trapezoidal , m=1, com as
dimensões b=2m e y=1m, que conduz uma vazão de 2,4 m³/s e com
velocidade de 0,81 m/s.
• Resp.:
a) y/b = ½ =0,5
b) Da tabela 14.1 e m=1, tem-se: Q.n/b8/3.I1/2 = 0,3439
c) Então: I = 0,0004 m/m
• Outra maneira de resolver:
a) Da tab. 14.3 e m=1, tem-se: V.n/b2/3. I1/2 = 0,4587
b) Então: I = 0,0004 m/m
Qual é a profundidade de escoamento num canal circular, D=2 m, que aduz
uma vazão de 3,0 m³/s, conhecendo-se I=0,0004 m/m e n=0,013?
Resp.:

a) Q.n/D8/3.I1/2 = 3 x 0,013/28/3.0,00041/2 = 0,3071, pela Tab 14.5 é próximo de


0,3083

b) Tab 14.5 y/D = 0,81 y = 1,62 m

Determinação da velocidade: tabela 14.7:

a) y/D = 0,81
b) V.n/D2/3. I1/2 = 0,4524 V = 1,10 m/s
b) Fórmula de Hazen-Williams
• V = 0,355.C.D0,63.j0,54
• Q = 0,2785xCxD2,63xj0,54
• V = velocidade em m/s
• D = diâmetro em metros
• J = perda de carga unitária em m/m
• C = coeficiente que depende da natureza das paredes dos
tubos
• Para PVC, o valor de C é 140
• Para tubo de ferro fundido considera-se C = 100
• Para tubos de ferro galvanizado o valor de C é 120
• Para tubos de PRFV o valor de C é 155
• Recomenda-se usar a fórmula de Hazen-Williams para tubos
com diâmetro maior ou igual a 50 mm.
• A fórmula de H.W. pode ser usada tanto para condutos livres
como para condutos forçados.
V = 0,355.C.D0,63.J0,54

Fazendo-se J =I e como RH = D/4, logo D = 4RH, então:

V = 0,85.C.RH0,63.I0,54
c) Fórmula de Manning
pode ser aplicada tanto para condutos livres como para
condutos forçados.
V = [(0,312/Axn)]x(D8/3)xj0,5
• n = depende da natureza das paredes do material
VELOCIDADES LIMITES
Velocidade mínima = 0,30 m/s
Velocidade máxima
PERDA DE CARGA UNITÁRIA (J) E PERDA DE CARGA TOTAL (Hf)

• j = ΔH/L
• j = [m/m]
• ΔH = diferença de nível, [m]
• L = extensão, [m]
• Perda de carga total
• Hf = f(L.V²)/D.2g
• f – depende do número de Reynolds e da rugosidade das
paredes do conduto
• f – pode ser determinado pelo diagrama de Rouse
Re
CONDUTOS LIVRES

Exercício: Calcular a altura de água y em um canal, cuja seção


transversal tem a forma da figura. A vazão é 0,2 m3/s. A
declividade longitudinal é 0,0004. O coeficiente de rugosidade n,
da fórmula de Manning é 0,013
CONDUTOS LIVRES

2/3

2/3
CONDUTOS LIVRES
Organiza-se a seguinte tabela:
Y P A RH ARH2/3
0,2 1,49 0,22 0,148 0,061
0,3 1,73 0,345 0,200 0,118
0,4 1,97 0,480 0,244 0,188
- ADUTORA EM CONDUTO FORÇADO
• Quando o perímetro molhado coincide com todo o
perímetro do conduto e que a pressão interna não coincide
obrigatoriamente com a pressão atmosférica.
• Plano de carga absoluto: Considera-se a pressão atmosférica,
• Plano de carga efetivo ou piezômetrico: Considera-se o nível de montante

• Posições relativas do encanamento:


1ª posição: Canalização assentada abaixo da linha piezômetrica em toda a
sua extensão.

É uma posição ótima para a tubulação. O escoamento irá se processar


normalmente e a vazão real será igual a vazão calculada.

Nos pontos mais baixos, colocar registros de gaveta.


Nos pontos mais elevados, instalar ventosas

2ª posição: Canalização coincidindo com a linha piezômetrica

É o caso dos condutos livres. Um orificio feito na geratriz superior dos


tubos não provocaria a saída da água
• 3ª posição: Canalização passando por cima da linha piezômetrica efetiva,
porém abaixo da linha piezométrica absoluta.

A pressão efetiva é negativa entre os pontos A e B e seria difícil evitar as


bolsas de ar. As ventosas seriam prejudicadas porque a pressão nesse
trecho é inferior à pressão atmosférica.
Em conseqüência das bolsas de ar, a vazão diminuirá. É um caso de sifão
que necessita de escorva (remoção do ar acumulado)
R1 10,33 m

2ª POSIÇÃO

R1 10,33 m

3ª POSIÇÃO
• 4ª posição: Canalização cortando a linha piezômetrica
absoluta mas ficando abaixo do plano de carga efetivo.

A vazão é reduzida e imprevisível

5ª posição: Canalização cortando a linha piezométrica e o


plano de carga efetivo mas ficando abaixo da linha
piezométrica absoluta.

Trata-se de um sifão funcionando em condições precárias,


exigindo escorvamento sempre que entrar ar na canalização.
4ª POSIÇÃO

5ª POSIÇÃO
6ª posição: Canalização ficando acima do plano de carga efetivo
e da linha piezométrica absoluta, mas ficando abaixo do plano
de carga absoluto.

Trata-se de um sifão funcionando nas piores condições


possíveis

7ª posição: A canalização corta o plano de carga absoluto.

O escoamento por gravidade é impossível. Há necessidade de


recalque no primeiro trecho.
LINHA DE CARGA E LINHA PIEZOMÉTRICA EM CONDUTO
FORÇADO

Linha de carga total: é a linha que representa as três cargas,


posição, de pressão e de velocidade.
Linha piezométrica: corresponde às alturas a que o líquido
subiria em piezômetros instalados ao longo da canalização, é
a linha das pressões.
As duas linhas estão separadas pela energia cinética (carga de
velocidade) V²/2.g.
Se o diâmetro da canalização for constante, a velocidade do
líquido será constante e as duas linhas paralelas.
FIG.
3.1

NA SAÍDA DE R1, HÁ UMA PERDA DE


CARGA (0,5V²/2.g).
NA ENTRADA DE R2 HÁ UMA SEGUNDA
PERDA DE CARGA LOCALIZADA,
(1,0.V²/2.g).
AO LONGO DA CANALIZAÇÃO EXISTE A
PERDA DE CARGA POR ATRITO,
REPRESENTADA PELA INCLINAÇÃO
DAS LINHAS
FIG.
3.2
• As perdas enumeradas na fig. 3.2 são as seguintes:
1 – Perda de carga localizada; entrada na canalização (0,5.V²/2.g)
2 – Perda de carga por atrito ao longo do trecho I (medida pela
inclinação da linha)
3 – perda de carga local por contração brusca
4 - Perda de carga por atrito ao longo do trecho II (medida pela
inclinação da linha); é maior nesse trecho em que o diâmetro é menor.
5 – Perda de carga local devida ao alargamento brusco da seção
6 - Perda de carga por atrito ao longo do trecho III
7 – Perda de carga local; saída da canalização e entrada no
reservatório
04 de out 2012
Determinação da velocidade:
a) Fórmula de H.W.
b) Fórmula de Chezy
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS

FÓRMULA DE HAZEN-WILLIAMS
Pode ser aplicada a condutos livres ou forçados.
Tem sido empregada para canalizações de água e esgotos.
Fórmula prática proposta em 1903 pelo Eng. Civil e Sanitarista
Allen Hazen e o Professor de Hidráulica Gardner S. Williams,
ambos norte-americanos.

Fórmula com unidades no S.I.:


J = 10,643.Q1,85.C-1,85.D-4,87
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS

J = perda de carga unitária (m/m)


Q = vazão (m³/s)
D = (m)
C = coeficiente adimensional que depende da natureza das
paredes dos tubos.
Explicitando-se a vazão ou a velocidade:
Q = 0,279.C.D2,63.J0,54 ou v = 0,355.C.D0,63.J0,54
v = (m/s)
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS

Tab. 01
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS

A tabela seguinte apresenta um coeficiente prático K para o


cálculo de uma nova perda de carga quando já é conhecida a
perda de carga para C = 100.

JCqq= K.JC100
JCqq= K.JC100

Tab 04
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS
Q = 0,279.C.D2,63.J0,54 ou v = 0,355.C.D0,63.J0,54
Tab.02
a) Aplicando H. W.
Exemplo. Calcular o diâmetro adequado para uma adutora em
tubulação de ferro fundido usado, sabendo-se que a vazão é
de 250 l/s
• Solução
• J = 20/1176 = 0,017 m/m
• C = 90 (ferro fundido usado)
Aplicando a Fórmula de H.W. : V = 0,355.C.D0,63.j0,54

• Q = V.A = 0,355.C.D0,63.J0,54.A = 0,355.C.D0,63.J0,54. π.D²/4 = 0,25


• D2,63 = 4 x 0,25/(0,355 x 90 x 0,0170,54 x 3,14)
• D = 0,40 m
• Velocidade: V = Q/A = 0,25/(3,14x0,42)/4 = 2,0 m/s

VERIFICAÇÃO QUANTO AO ESCOAMENTO


Re = v.D/γ = ϱ.v.D/µ
γ = viscosidade cinemática da agua = 804x10-9 m2/s (p/ temp da agua = 300C)
Re = 2 x 0,4/804 x10-9 = 9,95 x 105, portanto Re > 4000 (regime turbulento)
Obs.: Caso nao fosse, teríamos que usar outra fórmula apropriada para
regime laminar, por exemplo, a Fórmula de Poiseuille. Veremos depois!
• UMA OUTRA FORMA DE ENCONTRAR O VALOR DE D:
• Com os valores de Q = 250 l/s, C=90 e j=1,7m/100m encontro
na tabela do livro Manual de Hidráulico de A Neto o valor de
D...........D = 400 mm.
• Se o desnível for de 10 metros?
• J = 10/1176
• Então, J=0,85m/100m e aplicando a fórmula de H.W.
tem-se D=0,46m= 460 mm
• Adotar D=500 mm
• Exemplo: Dimensionar a linha adutora para atender um
povoado fictício com a água sendo captada conforme a figura
abaixo.
Dados: Pop projeto = 2000 hab e q = 120 l/hab.dia
Solução
• K1 = 1,2
• Usar tubos de PVC
• q = 120 l/hab.dia
• Pprojeto = 2000 hab
• Q = K1xqxP/86400 = 1,2x120x2000/86400 = 3,33 l/s =
0,0033m³/s
Aplicando H.W. tem-se V = 0,355xCxD0,63xj0,54
Q = VxA
Q = 0,2785xCxD2,63xj0,54
C = 140
J = ΔH/L = 30/600 = 0,05 m/m

0,0033 = 0,2785x140xD2,63x0.050,54
D = 0,052m = 52 mm
Dadotado = 50 mm
Exemplo – A população atual de uma determinada cidade é
10.000 habitantes. A cidade conta com um sistema de
abastecimento de água cuja captação é mostrada na figura
abaixo. O diâmetro da linha adutora é de 150 mm, sendo os
tubos de ferro fundido com bastante uso. Verificar se o
volume de água aduzido diariamente pode ser considerado
satisfatório para o abastecimento atual da cidade.
• Adotar: taxa “per capita” de 200 l/hab.dia
• C = 90
• Considerar regime turbulento
• A vazão média necessária p/ a cidade será:
• Qnec = 200x10000/86400 = 23,15 l/s = 0,02315 m³/s
• A vazão que está sendo aduzida para a cidade é:
• Q = 0,2785.C.D2,63.j0,54
• J = (812-776)/4240 = 0,0085 m/m
• Q = 0,2785x90x0,152,63x0,00850,54
• Q = 0,013 m³/s
• Logo, como Qnec > Qaduzida, então o volume de água que
está sendo aduzido diariamente para a cidade é insuficiente.
Aplicação da Fórmula de Colebrook (Fórmula Universal) – Perda
de Carga Total : hf = f.LV²/D.2g

1/f½ = - 2log[K/3,7D + 2,51/(Re f½]


Obs.: encontra-se f com o auxíilio do diagrama de Rouse
• K = coeficiente de atrito
K = 0,1 mm p/ tubos de ferro fundido revestido
internamente de cimento
K = 0,06 mm p/ tubos de PVC
• Re < 2000 – regime laminar
• 2000 < Re < 4000 – regime de transição
• Re > 4000 – regime turbulento
• Re = V.D/γ
• V = velocidade, m/s
• D = diâmetro em metros
• γ = viscosidade cinemática da água
• Exemplo: Uma tubulação de PVC DEFOFO com 0,3m de
diâmetro e 300m de comprimento conduz 130 l/s de água à
temperatura de 26 °C. A rugosidade do tubo é 0,06 mm. A
viscosidade cinemática da água para essa temperatura é de
0,000000876m²/s.
• Determinar a velocidade média e a perda de carga ao longo
da canalização.
• Solução:
• V=Q/A = 0,13/3,14x0,3²/4 = 1,84 m/s
• Re = V.D/γ = 1,84.0,30/0,000000876 = 630137 = 6,3x10↑5
• D/K = 300mm/0,06mm = 5000
• Entro com D/K e Re no diagrama de Rouse e encontro o valor
de f
• f = 0,016
• hf = f.L.V²/D.2.g = 0,016x300x1,84²/0,3x2x9,8 = 2,76 m
____________________________________________________
OBS.: Usando a fórmula de H.W. ou as tabelas de H.W. para o
exemplo dado:

• Entro na tabela com D = 300mm; Q=130 l/s e C=140 (tubos de


PVC), encontro j=0,92 m/100m e hf=0,0092 x 300 m = 2,76 m.
• FÓRMULA DE H.W.
C=140
0,13 = 0,2785x140x0,32,63xJ0,54
J0,54 = 0,079
J = 0,009 m/m
hf = JxL = 0,009 x 300 = 2,73 m
Velocidades
• Velocidade mínima: entre 0,25m/s e 0,4m/s
• Velocidade máxima: entre 0,5m/s e 1,8m/s,
vai depender do diâmetro e do tipo de
material empregado
EXERCICIO SOBRE LINHA DE RECALQUE

Exercicio: Estima-se que um edifício com 55 apartamentos seja


habitado por 275 pessoas. A água de abastecimento é
recalcada do reservatório inferior para o reservatório superior
por meio de conjuntos elevatórios.
Dimensionar a linha de recalque, admitindo um consumo máx de
200 l/hab.dia.
As bombas terão capacidade para recalcar o volume consumido
diariamente em apenas 6 horas de funcionamento.
Resp.:
Consumo máx diário do prédio: q x P = 200 x 275 = 55000 l/dia
Considerando 6 horas de funcionamento das bombas, vem:
Q = 55000 x 6/24 = 13750 l/h = 3,82 l/s = 0,00382 m3/s
D = 1,2.(6/24)1/4.0,003821/2 = 0,0052 m

Dadotado = 50 mm
CONSIDERAÇÃO PRÁTICA
• Na prática, a velocidade da água nos encanamentos é
limitada. Considera-se como velocidade ótima o valor de 0,9
m/s.

V²/2.g = 0,9²/2 x 9,8 = 0,04 m (4,0 cm)

Por isso, costuma-se considerar a linha de carga total igual a


linha piezométrica.
REGIME LAMINAR

Não é comum ocorrer escoamento laminar na hidráulica


Re < 2000
Re = v.D/γ = ϱ.v.D/µ
γ = visc. dinâmica (m2/s)
ϱ = massa específica
µ = visc. cinemática (N.s/m2)
J

Fórmula de Poiseuille: hf = 128.γ.L.Q/π.D4.g = 64. γ.L.v/2.g.D2


Onde, J = 128.γ.Q/π.D4.g pois, hf = J x L
REGIME LAMINAR

Exercício: Calcular o diâmetro de um oleoduto por gravidade


sabendo-se que a viscosidade cinemática (γ) é igual a 4x10-3
m2/s, a vazão é de 100 l/s e ∆h = hf = 100 m.
REGIME LAMINAR

Teria que saber primeiro o tipo de regime de escoamento


através do Re
Re = v.D/γ …………mas não tenho como encontrar a velocidade,
pois v = Q/A …………..Q é conhecido, mas não posso encontrar o
valor de A porque nao tenho D.
Pela Fórmula de Poiseuille, tem-se:
hf = 128.γ.L.Q/π.D4.g = 64. γ.L.v/2.g.D2

hf = J.L
J = 128.γ.Q/π. D4.g = 0,01
D = (128x4x10-3x0,1/3,14x0,01x9,81)1/4
D = 0,638 m, adotando D = 700 mm, logo v = 0,1/3,14. 0,72/4
REGIME LAMINAR

v = 0,26 m/s
O Re será: Re = 0,26 x 0,7/4x10-3 = 45

Conclusao: o escoamento é laminar e pode-se aplicar a Fórmula


de Poiseuille

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