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Comentários da prova de Técnico da Receita Federal – TRF-2006.
Área: Tributária e Aduaneira – Prova 2 – Gabarito 1.
DIREITO ADMINISTRATIVO

46- A primordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil é


a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.

Comentário:
A questão em tela aborda o assunto - Fontes do Direito Administrativo.
Fontes do Direito Administrativo são todas as disposições normativas, que dão origem aos
dispositivos legais a serem aplicados no Direito Administrativo. A doutrina majoritária
estabelece como fontes: lei, doutrina, jurisprudência, costumes e princípios gerais do Direito.
A lei considerada como fonte deve ser compreendida em sentido amplo, ou seja, incluindo
todas as espécies normativas previstas no art. 59 da Constituição da República, que
representam os atos emanados pelo poder normativo e legiferante do Estado, por essa razão é
fonte primordial de todos os ramos do direito.

Urge salientar que pelo fato do Direito Administrativo ser formado por um conjunto de normas
esparsas, isto é, não possui uma codificação legal que contenha todas as diretrizes a serem
aplicadas dentro da Administração Publica, a doutrina e a jurisprudência exercem uma grande
influência neste ramo do direito.

Gabarito: A

47- Entre os requisitos ou elementos essenciais à validade dos atos administrativos, o que
mais condiz, com o atendimento da observância do princípio fundamental da impessoalidade, é
o relativo à / ao
a) competência.
b) forma.
c) finalidade.
d) motivação.
e) objeto lícito.

Comentário:
A questão em tela trata de Atos Administrativos e Princípios da Administração Pública.
A Administração Pública deve sempre atuar buscando alcançar os interesses da coletividade,
neste contexto o princípio da Impessoalidade exige uma atuação impessoal, genérica do
agente público.
O ato administrativo para ser considerado válido deve preencher dos os requisitos essenciais
exigidos em lei, a saber: competência, forma, motivo, objeto e finalidade.

• Competência é o poder atribuído ao agente público para que ele possa desempenhar
suas funções específicas.
• Forma é meio através do qual o ato administrativo se exterioriza.
• Motivo são os fatos e os fundamentos jurídicos que justificam a pratica do ato
administrativo;
• Objeto é o conteúdo do ato administrativo, isto é, aquilo que o ato certifica ou autoriza.
• Finalidade é aquilo que o ato administrativo pretende alcançar de acordo com a
vontade da lei. Dentre deste contexto, todo ato administrativo possui uma finalidade
específica prevista na lei que determina a sua prática e uma finalidade geral que é a
busca incessante no interesse coletivo.
Portanto, entre os elementos de validade dos atos administrativo aquele que visa alcançar os
interesses da coletividade, consubstanciado no princípio da impessoalidade é o da finalidade.

Gabarito: C
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48 - A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma pessoa jurídica
de direito público, criada por força de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo
por substrato um patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a
uma finalidade específica, de interesse público, é a
a) autarquia.
b) fundação pública.
c) empresa pública.
d) sociedade de economia mista.
e) agência reguladora.

A questão em tela trata da Organização da Administração Pública.

A Administração Pública de acordo com o decreto - lei n. 200 de 1967 divide-se em


Administração Pública Direta e Administração Indireta. Esta formada pelo conjunto de
entidades criadas ou autorizadas por lei para realizarem determinada atividade administrativa
que necessita ser desenvolvida de forma descentralizada.
As entidades da Administração Pública Indireta podem ser de direito público – Autarquias e
Fundações Públicas ou de direito privado – Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.

As Autarquias são consideradas pessoas jurídicas de direito público, dotadas de patrimônio


público, criadas para prestação de serviço público. Já a Fundação Pública é uma pessoa
jurídica composta de um patrimônio personalizado destacado pelo seu fundador para uma
finalidade específica.

Diante do exposto, o enunciado em questão apresenta o conceito de fundação Pública.

Gabarito: B

49- As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do Estado, são
pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas
pelas normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito de
incidência do Direito Administrativo.
a) Correta esta assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.
c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao direito
privado e, em muitos aspectos, ao direito público.
d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.
e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas exclusivamente pelo Direito
Administrativo.

A questão em tela trata da Organização da Administração Pública.

As Sociedades de Economia Mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para
prestação de serviço público ou para exploração de atividades econômicas, contando com
capital misto e constituída somente sob a modalidade empresarial de sociedade anônima;
Essas entidades apesar de possuírem personalidade jurídica de direito privado, o seu regime
jurídico é considerado híbrido, isto é, formado por normas de direito público e privado. Portanto
a assertiva apresentada no enunciado está incorreta.

Gabarito: C

50 - O ato administrativo, – para cuja prática a Administração desfruta de uma certa margem de
liberdade, porque exige do administrador, por força da maneira como a lei regulou a matéria,
que sofresse as circunstâncias concretas do caso, de tal modo a ser inevitável uma apreciação
subjetiva sua, quanto à melhor maneira de proceder, para dar correto atendimento à finalidade
legal, – classifica-se como sendo
a) complexo.
b) de império.
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c) de gestão.
d) discricionário.
e) vinculado.

A questão em tela trata da classificação dos Atos Administrativos.

A classificação dos atos administrativos é objeto de grande divergência doutrinária podendo


variar de acordo com o critério adotado pelo doutrinador.

O enunciado apresenta três critérios de classificação: quanto ao grau de liberdade, quanto


objeto e quanto à formação.
Quanto ao grau de liberdade o ato pode ser vinculado ou discricionário.
• Ato vinculado é aquele em que a lei estabelece todos os elementos ou requisitos
necessários a sua formação, situação que o administrador fica inteiramente preso ao
enunciado da lei.
• Já ato discricionário é aquele que a lei prevê mais de um comportamento possível a ser
tomado pelo administrador no caso concreto, havendo liberdade de escolha acerca da
conveniência e oportunidade, mas, sempre, dentro dos limites da lei.
Quanto ao objeto o ato pode ser de império, gestão ou de expediente.
• Atos de império são aqueles praticados pela administração Pública consubstanciados
no princípio da Supremacia do Interesse Público, impondo obrigações unilaterais;
• Atos de gestão são aqueles praticados pela Administração pública em situação de
igualdade com os particulares;
• Atos de expedientes são todos aqueles de rotina interna, que se destinam a dar
andamento aos processos administrativos;

Quanto â formação o ato pode ser simples, composto e complexo.


• Ato simples é aquele resultante da declaração de vontade de um único órgão, seja ele
singular ou colegiado.
• Ato composto é aquele que para se aperfeiçoa depende de mais de uma
manifestação de vontade que deve ser emitida dentro do mesmo órgão.
• Ato complexo é aquele que resulta de mais de declaração de vontade emitida por
órgãos distintos.

O enunciado apresenta o conceito de ato discricionário.

Gabarito: D

51- O que existe em comum, sob o aspecto jurídico-doutrinário, entre a concessão, permissão
e autorização de serviços públicos, é a circunstância de
a) constituírem outorga a título precário.
b) formalizarem-se por meio de ato administrativo unilateral.
c) formalizarem-se por meio de contrato administrativo.
d) poderem ser modalidades de serviços públicos delegados a particulares.
e) serem atos administrativos discricionários.

A questão em tela trata de Delegação de Serviço Público.

Considera-se serviço público aquele prestado pelo Estado ou por seus delegados, regido
basicamente por normas de direito público, para satisfazer as necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade.
Para melhor atender os interesses da coletividade o Estado pode prestar os serviços públicos
de forma centralizada ou descentralizada.
Na prestação de serviço centralizado o poder público presta o serviço público diretamente
através de seus órgão e agentes. Já na descentralização ocorre quando a Administração
Pública Direta transfere a prestação do serviço público para particulares ou entidades da
Administração Pública Indireta.
O serviço descentralizado pode ser processado de duas formas: outorga ou delegação de
serviço.
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• A outorga transfere a titularidade e execução do serviço público, feita através de lei
para entidades da Administração Pública Indireta;
• A delegação transfere somente a execução do serviço público, formalizada através de
contrato administrativo para particulares e por lei de para as entidades da
Administração Publica Indireta com personalidade jurídica de direito privado (empresa
pública e sociedade de economia mista).

A doutrina majoritária considera que a Administração Pública pode delegar serviços públicos
para os particulares através dos institutos da concessão, permissão e autorização de serviço
público, sendo que neste último caso considera-se uma forma precária de delegação serviço
somente para situações urgentes e excepcionais.

Gabarito: D

52- À luz da Lei n. 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da
União, não constitui forma de provimento nem de vacância de cargo, a figura
a) do aproveitamento.
b) da promoção.
c) da readaptação.
d) da recondução.
e) da redistribuição.

A questão em tela trata dos Agentes Públicos.

De acordo com art. 8º da Lei n. 8.112/90, são formas de provimento do cargo público:
nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução;
Já a vacância do cargo público decorrerá de: exoneração, demissão, promoção, readaptação,
aposentadoria posse em outro cargo inacumulável e falecimento.

Todas as alternativas apresentam formas de provimento ou vacância, exceto a letra e que


menciona o instituto da redistribuição uma modalidade de deslocamento de cargo efetivo (art.
37 da Lei n. 8.112/90).
Gabarito: E.

53- À luz da Lei n. 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da
União, não constitui benefício do Plano de Seguridade Social do Servidor, e sim direito ou
vantagem, a
a) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórios.
b) licença à gestante.
c) licença para tratamento de saúde.
d) licença por acidente em serviço.
e) licença por motivo de doença em pessoa da família.

A questão em tela trata dos Agentes Públicos

A Lei n. 8.112/90 garante aos servidores públicos civis da União as seguintes licenças: licença
por motivo de doença em pessoa da família, por motivo de afastamento do cônjuge, para o
serviço militar, para atividade política, para capacitação, tratar de interesse particular e para
desempenho de mandato classista, conforme o art.81.
Já o art. 185 do Estatuto estabelece como benefícios do Plano de Seguridade Social: licença
para tratamento de saúde, licença garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórios, licença à gestante e licença por acidente em serviço.

Gabarito: E

54- A responsabilidade civil objetiva, da Administração Pública, compreende os danos


causados aos particulares, até mesmo
a) sem haver culpa ou dolo do seu agente, pelo ato ou fato danoso.
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b) quando houver culpa do respectivo paciente.
c) sem nexo causal entre o ato ou fato e o dano.
d) quanto aos atos predatórios de terceiros e fenômenos naturais.
e) quando seu agente não agiu nessa condição, ao causar o dano.

A questão em tela trata da Responsabilidade Civil do Estado.

A responsabilidade do Estado Brasileiro esta fundamentado na responsabilidade objetiva do


Estado, com previsão no art. 37, § 6º da Constituição vigente, segundo o qual as pessoas
jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado a direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Portanto, a responsabilidade estatal fixa-se no nexo causalidade entre o ato praticado pelo
Estado e os danos causados, independente da existência de culpa ou dolo do agente. Essa
responsabilidade consiste na obrigação que incumbe ao Estado de reparar os danos lesivos a
terceiros causados em virtude de um comportamento seu lícito ou ilícito.

Gabarito: A

55- O controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da União, quanto aos atos praticados
pela Administração Pública Federal, relativos a concessões de aposentadorias, é característico
do tipo
a) concomitante.
b) declaratório.
c) jurisdicional.
d) posterior.
e) prévio.

A questão em tela trata do Controle da Administração Pública.

O Tribunal de Contas é órgão integrante do Congresso Nacional, que tem a função de auxiliá-lo
no controle financeiro externo da Administração Pública. O controle pode ser efetuado em
caráter concomitante ou posterior.

Parte da doutrina tem alardeado que somente o controle posterior é possível hoje em dia.
Porém, ainda prevalece o entendimento de somente foi retirado o chamado registro prévio das
despesas, pelo qual estas só podiam ser processadas depois de registradas no Tribunal de
Contas competente.

O controle concomitante permanece válido e a ele se refere algumas leis, a exemplo da Lei
8.666/93, que trata das licitações, a qual autoriza aos Tribunais de Contas acompanharem as
licitações, a partir dos respectivos editais, e adotar medidas visando à sua correção.

O controle posterior é aquele exercido após a realização da despesa, levado a efeito,


sobretudo, quando do exame das contas oferecidas ao órgão de controle.
A doutrina afirma que o controle posterior é ligado estreitamente ao controle de índole contábil,
orçamentária, financeira e patrimonial, enquanto o controle concomitante diz mais de perto com
o controle operacional.

Gabarito: D

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