Professional Documents
Culture Documents
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PONTA GROSSA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PONTA GROSSA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERIENTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
Av. Água Verde, 2140 - CEP 80240-900 - Curitiba - Paraná
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e Escola Estadual do Campo Professor
sua localização: Leonardo Salata - Ensino Fundamental
Município da escola: Palmeira
3
história local com seus alunos, devido
à precariedade de fontes históricas
disponíveis. A proposta é trazer a
discussão historiográfica sobre o tema
para a sala de aula, colocando o aluno
no papel de investigador histórico,
Resumo: levantando, analisando, confrontando
e fazendo inferências às fontes para
elaborar o conhecimento histórico,
enquanto produtor e sujeito da história.
Este estudo promoverá a inserção do
aluno à comunidade da qual faz parte,
valorizando a memória da cidade.
Força Expedicionária Brasileira;
Palavras-chave:
ex-combatentes; memória; história local.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Irapuan Luiz,2016
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 1
UNIDADE I
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 2
UNIDADE II
O Brasil toma partido na guerra 13
UNIDADE III
A força expedicionária brasileira - feb 22
UNIDADE IV
A FEB EM PALMEIRA 28
APRESENTAÇÃO
Adolf Hitler fechou o Partido Comunista, criou uma polícia chamada Gestapo – que era uma es-
pécie de polícia secreta de estado, tomou medidas que restringiam as liberdades constitucionais
dos alemães, intervindo na economia, começou a produzir armas, aumentou a produção industrial.
Defendia a política fascista do totalitarismo, do militarismo, do controle total do estado, e do ex-
pansionismo alemão como solução dos problemas de falta de mercados consumidores e fontes de
matérias-primas para a indústria.
(DITZ, K. M. Artur vai a guerra: “O retorno” - Dissertação de Mestrado, Santa Maria, RS, 2013 – p. 39).
(...) Desde a ascensão ao poder de seu líder máximo, Adolf Hitler, em 1933, os nazistas
desenvolveram uma política de exaltação da nacionalidade germânica e de perseguição sistemática
aos judeus e comunistas alemães, acusados de traírem a Alemanha na “Grande Guerra”. Ainda
segundo os nazistas, a Alemanha deveria, pela superioridade racial de seu povo, tornar-se a principal
nação da Europa e do mundo. Para tanto, deveria desenvolver-se internamente, preparando-se para
recuperar os territórios perdidos na guerra anterior e ocupar os territórios dos povos considerados
inferiores, principalmente na Europa do Leste, e depois em várias partes do globo.
(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. 2005. Editora Zahar. Página 10).
¹HOBSBAWM, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.56
2
Mas, com a Crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos e que teve repercussões
nos países capitalistas, a situação econômica da Alemanha começou a se complicar e o
país também entra em crise, aumentando novamente o número de desempregados e,
consequentemente, a pobreza assolava o país.
Nesse período entreguerras, ou seja, de 1918 a 1939, também foi o período de
ascensão de regimes totalitários, como o nazismo na Alemanha, cujo líder era Adolf
Hitler e o fascismo na Itália, cujo líder era Benito Mussolini.
Nesse sentido, as causas para a eclosão da segunda guerra foram: as imposições do
Tratado de Versalhes, o avanço do comunismo, a crise de 1929 e a ascensão dos regimes
totalitários na Europa, como o nazismo e o fascismo.
(...) Derrotados na Grande Guerra de 1914-1918, os alemães foram submetidos pelos vencedores
à perda de territórios, ao pagamento de “reparações de guerra” e à redução de suas Forças Armadas.
Essas medidas provocaram ressentimentos em boa parte de sua população, e combinadas com as
crises econômicas das décadas de 20 e 30 abriram espaço para a ascensão do Partido Nacional –
Socialista Alemão dos Trabalhadores, o Partido Nazista.
(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. 2005. Editora Zahar. Páginas 9 e 10).
(...) No nazismo, temos um fenômeno difícil de submeter-se à análise racional. Sob um líder que
falava em tom apocalíptico de poder ou destruição mundiais, e um regime fundado numa ideologia
absolutamente repulsiva de ódio racial, um dos países mais cultural e economicamente avançados
da Europa planejou a guerra, lançou uma conflagração mundial que matou cerca de 50 milhões de
pessoas, e perpetrou atrocidades - culminando no assassinato mecanizado em massa de milhões
de judeus - de uma natureza e escala que desafiam a imaginação.
(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p. 29 – 60).
Em sua obra MeinKampf ― verdadeiro manual de conduta do partido e dos seus membros ― ele
apresenta a essência de suas propostas anti-semitas expondo, sem escrúpulo, justificativas para o
extermínio de judeus. A seu ver o sangue era a base tanto da força como da fraqueza do homem.
Assim, somente uma raça pura e sem mistura conseguiria impor-se, garantindo a supremacia sobre
os demais grupos. (CARNEIRO, 2000, p.25).
3
A Segunda Guerra teve início no dia 01 de setembro de 1939, quando as tropas
alemãs invadiram e arrasaram a Polônia e parte dos seus territórios é anexada pelos
nazistas.
Ao final de três semanas de guerra, quase não havia mais resistência polonesa: a capital, já
dominada pelos alemães, tremia a todo momento com as bombas que destruíam impiedosamente
o que ainda restava inteiro. O governo e o exército polonês sentiram-se traídos pelos Aliados
Ocidentais, pois não houve a intenção de apoiar a Polônia com armas e militares. Após 28 dias
de combate, Varsóvia capitulou. O exército polonês aos poucos vai rendendo-se. Hitler anexou a
Polônia Ocidental.
O ataque japonês a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941 tornou a guerra mundial. Dentro
de poucos meses, os japoneses tinham tomado todo o Sudeste Asiático, continental e insular,
ameaçando invadir a Índia a partir da Birmânia no Oeste, e o vazio Norte da Austrália a partir da
Nova Guiné.
(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p. 47).
Esse episódio fez com que os Estados Unidos entrassem na guerra ao lado dos
países aliados, fazendo com que estes começassem a vencer as batalhas. Em 1943, os
aliados invadem a Itália. Nesse país é que a FEB entra em ação.
4
Figura 1 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 20 out.1944, nº 12.171, Manchete
Os Estados Unidos até 1941 permaneciam quase que neutros na guerra, apenas colaborando
com os ingleses e franceses, no fornecimento de material bélico e provisões de guerra. Mas, no
dia sete de setembro de 1941, os Estados Unidos sofrem um grande impacto: o ataque japonês à
base naval de Pearl Harbour no Havaí, o que empurrou os Estados Unidos a participar ativamente
na Guerra Mundial, ao lado dos aliados e contra o Eixo. A partir de 1942, os aliados começaram a
garantir inúmeras vitórias em várias frentes. O exército dos Estados Unidos ataca os japoneses,
obrigando-os a recuar no norte da África e ajudando os britânicos a vencer as forças alemãs que
dominavam o norte da África. Ainda neste ano, o Brasil declara guerra ao Eixo”.
(DITZ K. M. Artur vai a guerra: “O retorno” - Dissertação de Mestrado. Santa Maria, RS, 2013 – p. 49).
5
(...) Suas perdas são literalmente incalculáveis, e mesmo estimativas aproximadas se mostram
impossíveis, pois a guerra (ao contrário da Primeira Guerra Mundial) matou tão prontamente civis
quanto pessoas de uniforme, e grande parte da pior matança se deu em regiões, ou momentos, em
que não havia ninguém a postos para contar, ou se importar.
(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p.48 -49).
Sugestão de vídeo:
Jô Soares entrevista sobrevivente do holocausto Alexander Liberman. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2KPS2ySZA9A> – acesso
em 14 nov. 2016.
Sugestão de leitura:
Os números estarrecedores da marcha da morte de Auschwitz. Disponível em: <http://www.brasil.discovery.uol.com.br/os-numeros-estarrecedores-da-
marcha-da-morte-de-auschwitz/> – acesso em 14 nov. 2016.
6
AGora é sua vez!
aTiViDaDe 1
Você vai assistir a um recorte do vídeo Grande Ditador – Discurso pela paz. Nesse
recorte, percebe-se que o ator Charles Chaplin faz um apelo para que haja, entre
os povos, união, democracia, amor, igualdade...Diz que há espaço para todos, desde que
não haja guerra, ódio, ganância e violência.
o QUe faZeR
Vamos organizar um painel onde você e mais quatro colegas, através de desenhos,
pinturas e caricaturas, vão mostrar o quanto o respeito entre os povos é necessário para
que exista paz no mundo. Você vai colocar uma foto do seu painel a seguir.
7
Os Horrores da guerra
aTiViDaDe 2
8
Título: Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
Duração: 8 min 19s
Idioma/Legenda: Português/Inglês
Produção: Estado de Minas Gerais
Disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5923
Acessado em: 05 ago. 2016
O QUE FAZER
Elabore um texto, tomando por referência o vídeo que você assistiu, utilizando
as palavras do quadro abaixo:
SEGUNDA
PEARL
ALEMANHA POLÔNIA GUERRA JAPÃO
HARBOR
MUNDIAL
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
9
PESADELO NAZISTA
aTiViDaDe 3
Você vai assistir a um desenho animado, com o título Pato Donald e o Pesadelo
Nazista – 1943. Esse desenho fez parte da propaganda antinazista e foi elaborado pelos
estúdios Walt Disney, em 1943. O desenho trazia o pato Donald como um soldado
nazista vivendo na "nazilândia". A sátira era uma crítica ao regime totalitário do Estado
alemão durante o III Reich.
o QUe faZeR
Pato Donald incorpora o Führer, cujo título Adolf Hitler assumiu em 1933 e
também o III Reich. Faça uma pesquisa sobre os crimes cometidos pelo III Reich,
especialmente o Holocausto.
10
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
11
Sugestão de filme
Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas
Título em Português: O Menino do Pijama Listrado
País de Origem: Reino Unido / EUA
Gênero: Drama
Diretor: Mark Herman
Duração: 93 min
Sinopse:
Vivendo numa família rica da Berlim de meados do século 20, Bruno tem uma infância tranquila,
até que uma notícia ameaça sua rotina. Ele, sua irmã - Gretel - e seus pais, terão que se mudar
porque o pai foi transferido em seu trabalho como militar. Na nova casa, o garoto entristece por não
ter vizinhos, apenas alguns estranhos homens de pijama listrado cinza. Querendo novas amizades
e com sua grande curiosidade, Bruno se aproxima e, mesmo separado por uma cerca, fica amigo
de Shmuel, da mesma idade.
Sem saber o que está acontecendo, Bruno tenta cada vez mais saber o que acontece do outro
lado, que em sua mente parece tão mais divertido. O Menino do Pijama Listrado, que também
não tem certeza do que se passa, não consegue responder a todas as dúvidas do curioso jovem.
Assim, os dois elaboram um plano para que Bruno também consiga um pijama e entre na cerca.
Explorando este novo mundo, o garoto vai fazer terríveis descobertas sobre o trabalho de seu pai
e seu envolvimento com o nazismo.
12
UNIDADE II
O BRASIL TOMA PARTIDO
NA GUERRA
Na época da Segunda Guerra Mundial, o Brasil era governado por Getúlio Vargas,
que havia tomado o poder em 1930. Em 1937, com a implantação do Estado Novo, Vargas
passou a governar com poderes ditatoriais, iniciando oito anos de domínio incontrastável.2
Nos primeiros anos da guerra, o Brasil manteve-se neutro, porque
tinha relações diplomáticas e comerciais tanto com os países do EIXO
quanto com os países aliados, principalmente com os Estados Unidos.
Em 1940, na Conferência de Havana, foi
firmado um tratado de mútua solidariedade no (...) nos princípios e nas práticas, mais
caso de ataque a qualquer país do continente se assemelhava aos fascismos que aos
regimes democráticos; no entanto, na
americano. Aproveitando-se da situação, e guerra, se via na contingência de aliar-se
procurando obter vantagens, Vargas fez alguns cada vez mais às democracias liberais.
acordos com os Estados Unidos, permitindo a
instalação de tropas norte-americanas em bases segunda(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a
guerra mundial. Ed. Zahar. 2005, p.21).
nordestinas e, ainda, garantindo o fornecimento
de matérias-primas para a guerra. Por outro
lado, os EUA se comprometiam a financiar a criação da Companhia Siderúrgica
Nacional, assim como o fornecimento de equipamentos para as Forças Armadas.
(...) Assim, em setembro de 1940, foi assinado o acordo para a construção da siderúrgica, a ser
instalada em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. O acordo liberava imediatamente 20
milhões de dólares, e mais 20 milhões seriam acrescentados posteriormente. Assessores técnicos
colaborariam para o projeto e a construção da usina. A inauguração, prevista para 1944, somente
ocorreu em 1946, com a guerra já terminada.
(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a segunda guerra mundial. 2005 – editora Zahar, p. 19).
2
BRANDI, Paulo. Vargas: da vida para a história. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. p. 03 (Hélio. 1942 – Guerra no Continente. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1972. p. 191)
13
É propósito dos brasileiros defender, palmo a palmo, o próprio território contra quaisquer incursões,
e não permitir que possam as suas terras e águas servir de assalto para as nações irmãs. Não
mediremos sacrifícios para a defesa coletiva, faremos o que as circunstâncias reclamarem, e
nenhuma medida deixará de ser tomada a fim de evitar que, portas adentro, inimigos ostensivos ou
dissimulados se abriguem e venham a causar dano, ou por em perigo a segurança das Américas.
Figura 2 - Getúlio Vargas (centro) e Roosevelt (à direita) - ambos de chapéu panamá - durante a
Conferência de Natal, em Janeiro de 1943 (Agência Brasil).
Foto de Getúlio Vargas com Roosevelt. Disponível em: <https://www.google.com.br/#q=FOTO+
GETULIO+VARGAS+COM+ROOSEVELT+DOMINIO+PUBLICO>
– acesso em 29 ago. 2016.
14
Foram grandes as nossas perdas, em embarcações e vidas preciosas. E deste modo registrou-
se a inevitável exaltação do amor próprio nacional, e mais se acentuou a nossa aproximação aos
Aliados Ocidentais. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompia relações com os países do Eixo
Berlim-Roma em seguida ao cruel afundamento do Afonso Pena, por um submarino, nas costas
da Bahia, e do Aníbal Benévolo, Baependi, Araraquara, Itagiba e Arara, entre 15 e 16 de agosto de
1942, a 8 milhas da costa de Sergipe, fazendo 653 vítimas.
O povo de São Paulo manifestou ontem sua repulsa pelo EIXO realizando entusiásticas passeatas
pelas ruas centrais e reunindo-se num dos maiores comícios patrióticos já realizados na cidade.
15
...considerando que...unidades desarmadas da Marinha mercante brasileira, viajando com fins
de comércio pacífico, foram atacadas e afundadas... considerando que tais atos constituem uma
agressão não provocada... os bens e direitos dos súditos alemães, japoneses e italianos, pessoas
físicas ou jurídicas... respondem pelo prejuízo...
Sugestão de vídeo:
O Brasil na Segunda Guerra Mundial – Documentário sobre a FEB. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=piLrYaXJDek> – acesso em
10 nov. 2016.
16
NOTÍCIAS DA ÉPOCA!
aTiViDaDe 4
o QUe faZeR
Observe com atenção cada uma das notícias e depois responda às questões:
Figura 4 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 19 jul. 1944, n. 12107, manchete, 19 jul. 1944
17
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Figura 5 - Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 17 out.1944, n. 12.168, Manchete
18
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Notícia 3:
“(...) E os corações todos, reunidos naquele instante pelo ideal comum que o vexilo³
ostentado pelos soldados refletia com eloquência, pareciam, à vista daquele espetáculo
imponente oferecido pelos depositários do orgulho e do heroísmo nacionais, repetir, em
consonância com os passos cadenciados, as preces que a fé imperecível que depositamos
nos destinos gloriosos do Brasil tem enunciado através de gerações e que mais fervorosas
se sentem nestas horas de perigo e de lutas. Sentia-se, naquele instante, como um
³Vexilo: O vexilo era um objeto em forma de bandeira utilizado no período clássico do Império Romano como estandarte. A principal
diferença dos vexilos para uma bandeira atual é que o tecido era hasteado verticalmente a partir de uma ponta horizontal, ao
contrário das bandeiras hasteadas horizontalmente como as utilizadas nos dias de hoje. O responsável por carregar o vexilo era
conhecido como vexilário. Quase todas as atuais regiões da Itália ainda preservam o uso de vexilos, encontrando-se entre os poucos
exemplos do seu uso na atualidade. (Significado de Vexilo. Disponível em: <http://dicionarioportugues.org/pt/vexilo> – acesso em
05 set. de 2016).
19
compromisso solene, assumido pelos brasileiros que marchavam para o campo de batalha
e os que devem permanecer na retaguarda: o de que todos, indistintamente, saberão
lutar sem desfalecimentos, sejam quais forem os sacrifícios, para maior glória do Brasil,
e para que ele cada vez mais se engrandeça no concerto dos povos civilizados, aqueles
que propugnam pela Democracia contra as ominosas doutrinas da opressão e contra as
guerras de conquistas!”
Responda:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Sugestão de Pesquisa:
De improviso na maior das guerras – Jornal Gazeta do Povo. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-
na-segunda-guerra/index.jpp> - acesso em 30 ago. 2016.
Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam treinamento intensivo. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-
brasil/brasil-na-segunda-guerra---feb-na-italia-brasileiros-receberam-treinamento-intensivo.htm> - acesso em 30 ago 2016.
Gazeta do Povo - Os Pracinhas na 2a Guerra Mundial
www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-na-segunda-guerra/index.jpp
Acesso em: 30 ago. 2016
UOL Educação - Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam treinamento intensivo
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/brasil-na-segunda-guerra---feb-na-italia-brasileiros-receberam-treinamento-intensivo.htm
Acesso em: 30 ago. 2016
Livro: A Verdade sobre Guanella de Alfredo Bertoldo Klas
Livro: A Verdade sobre Abetaia de Alfredo Bertoldo Klas
20
ATUALIDADE
Desde 2011 existe uma guerra civil na Síria. Devido à violência propagada pelo
Estado Islâmico, cerca de 200 mil pessoas já morreram e milhões estão deixando o país.
Pesquise imagens e reportagens de jornais e revistas que tratam desse assunto, para que
seja montado um painel na sala e posterior discussão sobre a paz mundial. No espaço
abaixo você colará a foto do seu painel.
21
UNIDADE III
A Força Expedicionária
brasileira - Feb
Em agosto de 1943, o Ministro do Exército, general Eurico Gaspar Dutra, assinou
portaria determinando a criação de um corpo de expedicionários para ser mandado
para a Europa. Para sua organização e treinamento e, posteriormente seu comando, foi
designado o general Mascarenhas de Morais. Deste momento até o efetivo envio das
tropas para a Itália transcorreram 12 meses. Esse período foi dedicado à preparação e
treinamento das tropas.
Com relação à preparação dos combatentes, ainda no Brasil, a historiadora Maria
de Lourdes F. Lins (1975, p. 74) argumenta que:
Quando da realização dos grandes desfiles da FEB pelas principais ruas do Rio de janeiro, era
comum ouvir frases como estas: – “Qual! Vocês não vão. A guerra vai acabar por esses dias. A
coisa lá na Europa está de ‘colher’ para os aliados. Tudo isso é ‘lero-lero”. Tais e tantos eram os
boatos e notícias contraditórias e tendenciosas.
Após vários exames médicos e uma fraca preparação para o combate, os expedicionários, em
sua maioria jovens e menos afortunados, foram afastados de seus empregos, famílias e amigos
e embarcaram para a Itália, em vários escalões, a partir do dia 2 de julho de 1944, totalizando
um efetivo com pouco mais de 25.000 homens, um número inferior ao que era pretendido. “As
tropas brasileiras foram transportadas, vestidas, equipadas, armadas, municiadas, alimentadas e
assistidas em suas necessidades pela imensa máquina de guerra norte americana”.
22
O Brasil teve três diferentes formas de participação na Segunda Guerra: primeiro
como fornecedor de matérias-primas para os países aliados. Em seguida, foi liberado
o uso de bases no Norte e Nordeste do país, para uso da aviação dos países aliados, a
partir de 1942. Finalmente, com a formação da FEB, depois que os submarinos alemães
atacaram navios brasileiros.
Foram encaminhados para a Itália 25.334 combatentes da FEB, conhecidos como
pracinhas.
Os expedicionários ganharam um termo para designá-los, o “pracinha”. Suas origens são obscuras.
O Capitão da Reserva Amador Cysneiros, que na FEB serviu na 2ª auditoria da Justiça Militar,
sugere que o termo tenha nascido a bordo do navio de transporte “General Mann” numa enquête
realizada pelo jornal de campanha “E a Cobra fumou...” sobre o qual deveria ser o nome genérico
do soldado brasileiro na Itália. Vários nomes teriam sido aventados como: “guerreiros”, “Tupi” e
“Cobra” sem sucesso. Mas alguns já chamavam-nos de “pracinha” e assim ficou popularizado.
Para a imprensa, tratava-se de uma forma carinhosa de chamar os soldados brasileiros. Nem todos
os expedicionários concordam, porém, com esta expressão. Para estes, o termo é “um diminutivo
infame”, sugerindo que os expedicionários, e depois da guerra veteranos, fossem “uns coitadinhos”,
estabelecendo “uma situação de dependência e de inferioridade do designado”. (FERRAZ, F.C.A.
p. 99).
Depois de receberem a visita de Vargas e Dutra para desejar boa sorte aos que partiam, segue
o primeiro escalão composto de cinco mil soldados brasileiros para a Itália, sob um forte esquema
de segurança. (...) O segundo e terceiro escalões saíram do Brasil ao mesmo tempo, no dia 22 de
setembro, chegando à Itália no dia 6 de outubro. O quarto e o último escalão partiram no dia 8 e
chegou no dia 22 de fevereiro de 1945. (ALBINO, 2010, p. 327-328
À medida que avançavam rumo ao norte da Itália, nossos pracinhas viam e ouviam os relatos
de massacres, seqüestros em massa, estupros e pilhagens generalizados por parte das tropas de
ocupação alemãs, o que certamente contrastava com a sua predisposição para se solidarizar com
os civis italianos.
23
A FEB não atuou inicialmente na sua totalidade, com o emprego de toda a sua
potencialidade. Empenhou-se em operações específicas, ora para defender, ora para
atacar, ora para aliviar pressões em frentes mais ameaçadas.
Figura 6 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 28 out.1944, nº 12.177, Manchete
4
SALAFIA, Anderson Luiz. Disponível em: <http://www.portalfeb.com.br/armamento/feb-do-inicio-ao-fim/>. Acessado: 07 jun. 2016.
Sugestões de vídeos:
• https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY – FEB - TOMADA DE ASSALTO A MONTE CASTELO- ITÁLIA
• https://www.youtube.com/watch?v=d-bIl5DhsLw – FEB - Segunda Guerra Mundial - Brasil
24
... um erro afirmar que a participação brasileira, com pouco mais de 25 mil homens, foi “simbólica”.
Não há nada de simbólico na perda da vida de centenas de jovens, e nas marcas indeléveis que o
horror da guerra deixou para os outros milhares de combatentes que retornaram ao Brasil. Soldados,
aviadores e enfermeiras combateram o nazifascismo e deram de si a contribuição máxima que se
pode exigir de um cidadão: defender a pátria com o risco da própria vida.
(FERRAZ, César. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; 2005 p. 71)
Toda tropa que se desmobiliza após uma guerra tem dois problemas fundamentais: a readaptação
e o amparo psicossocial e material. Nada disso foi feito a tempo quando da desmobilização da
FEB. O povo brasileiro não foi preparado adequadamente; o soldado não foi esclarecido de como
deveria proceder para se readaptar ao dia-a-dia e o povo não foi informado como deveria recebê-
lo. Recepção triunfal, como ocorreu na chegada da tropa, não significa que exista um preparo
psicológico da coletividade para receber em seu meio homens possivelmente portadores de
neuroses ou de síndromes que evoluíram para uma inadaptação à vida civil.
Sugestões de vídeos:
FEB - TOMADA DE ASSALTO A MONTE CASTELO- ITÁLIA. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY> - acesso em 08 nov.
2016.
Vídeo: FEB – Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=d-bIl5DhsLw> - acesso em 09 nov. 2016.
Sugestões de leituras:
FRÖHLICH, Sírio Sebastião. Livro digital: Longa Jornada com a FEB na Itália. –Disponível em: <http://pt.calameo.com/books/001238206e-
56388d525eb> – acesso em 14 nov. 2016.
Memória: brasileiros falam sobre alimentação durante a Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/2015/07/memoria-
-brasileiros-falam-sobre-alimentacao-durante-segunda-guerra-mundial> - acesso em 15 nov. 2016.
Sugestões de músicas:
Música: Longa Jornada. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iewdOje6jyA> – acesso em 28 nov. 2016.
Música: Sabaton - Smoking Snakes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1M7sUCElJK0> – acesso em 28 nov. 2016.
25
HORA DO RANCHO
aTiViDaDe 5
Figura 7 - Fonte: Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 08 out. 1944, nº 12.154, manchete
o QUe faZeR
26
Pesquise como era a alimentação dos soldados brasileiros na guerra.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Sugestão de pesquisa:
27
UNIDADE IV
A FEB EM PALMEIRA
(...) Tombaram esses bravos para que vivêssemos de fronte erguida e não sob o jugo de
prepotentes. Embeberam essa terra estranha com o seu sangue generoso para que dele vingasse
a árvore de uma nova vida, não só para a humanidade, como, sobretudo para o Brazil.
Jamais esqueçamos do sacrifício supremo deste nossos irmãos! Das suas canseiras, da sua
coragem, da sua bravura, de seu heroísmo!
Haja uma página gloriosa na nossa já gloriosa história, que reconte os seus feitos às gerações
provindouras, porque quem tomba por um ideal merece ser perpetuado na lembrança e assinalado
nos pedestais da glória.
Não venceu o despotismo e ruíram-se as doutrinas subversivas, porque peitos formaram
barreiras ás avalanches da maldade.
Palavras do Capelão Militar, Capitão Frei Alfredo Waldemar Settaro OF. M. do III Batalhão do 11º R.I, nas exéquias solenes pelos mortos
da FEB na Catedral de Alessandria, Itália, em 11/05/1945. O Sr. Wilson Machado, combatente palmeirense, participou dessa missa, que foi
celebrada três dias depois do final da guerra, onde obteve a copia original das palavras proferidas pelo Capitão . O original foi doado ao acervo
do Museu Histórico de Palmeira. Doado por Lenira Machado em 05 de outubro de 2009.
28
A pesquisa do militar José do Socorro Oliveira da Silva discorre sobre as
transformações pelas quais passaram as Forças Armadas, com suas estruturas e
reestruturações, perante o impacto do conflito belicoso global, assim como também,
o registro do compromisso firmado pelo soldado do Brasil, na defesa da soberania.
Também faz uma análise da importância de se resgatar experiências passadas e do estudo
do acontecimento sob a ótica das pessoas comuns, por meio da História Oral.
No ano de 2014, foram realizadas entrevistas com os ex-combatentes Durval
Assunção e Olímpio Freitas dos Santos. Essas entrevistas cobriram a trajetória da FEB,
desde o seu treinamento, ida para a Europa, o cotidiano da guerra, situações de combate,
o regresso ao Brasil e a reintegração à sociedade. Eles também relataram sobre as relações
com os civis italianos e o medo do enfrentamento com o inimigo.
Portanto, caros alunos, o entrelaçamento destes testemunhos é de fundamental
importância para que a história desses combatentes não seja esquecida.
FOTOGRAFIAS
aTiViDaDe 6
Fotografias também são utilizadas como fontes históricas, pois elas registram fatos,
acontecimentos e situações vividas. São verdadeiros registros da memória. No entanto,
a interpretação da imagem deve ser realizada a partir do entrelaçamento com as fontes
orais e escritas, para que haja a compreensão do contexto histórico em que a foto foi
tirada.
29
Neste sentido também Kossoy (1989, p. 29), enfatiza que:
Toda fotografia tem atrás de si uma história. Olhar para uma fotografia do passado é refletir
sobre a trajetória por ela percorrida e situá-la em três estágios: 1º lugar uma intenção para que
ela existisse; 2º lugar o ato do registro que deu origem à materialização da fotografia; 3º estágio
os caminhos percorridos por esta fotografia, as vicissitudes por que passaram, as mãos que a
dedicaram, os olhos que a viram, as emoções que despertou, os porta-retratos que a emolduraram,
os álbuns que a guardaram, os porões e sótãos que a enterraram, as mãos que a salvaram
O QUE FAZER
As fotos que você vai analisar foram tiradas na época da guerra, com uma câmera
fotográfica comprada na Itália, pelo ex-combatente palmeirense Durval Assunção.
1 2
3 4
30
5 6
7 8
9 10
31
1- Selecione cinco fotos que você analisou e complete o quadro abaixo:
ANO
LOCAL
RETRATADO
TEMA
RETRATADO
PESSOAS
RETRATADAS
OBJETOS
RETRATADOS
CARACTERÍSTI-
CAS
DAS PESSOAS
CARACTERÍSTICA
DA PAISAGEM
TEMPO
RETRATADO
(DIA/NOITE)
No DA FOTO
Fonte:
MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: fotografia e história interfaces – Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/107167349/Atraves-da-
-Imagem-Fotografia-e-Historia-Interfaces > – acesso em 30 nov. 2016.
32
A FEB NAS BATALHAS
aTiViDaDe 7
O vídeo a que você vai assistir apresenta imagens relevantes acerca da participação
do Brasil na Segunda Guerra Mundial. As imagens mostram a participação da Força
Expedicionária Brasileira (FEB) em suas batalhas vitoriosas contra os países do Eixo;
apresenta também a participação das mulheres como enfermeiras na guerra.
o QUe faZeR
33
MEMÓRIAS DOS PRACINHAS DE PALMEIRA
aTiViDaDe 8
o QUe faZeR
Após assistir aos vídeos, leia os resumos das histórias de guerra dos ex-combatentes
e depois responda às questões.
Durval Assunção
34
A missão do Sr. Durval, na guerra, era ser eletricista do Quartel General Avançado
Mascarenhas de Moraes. Não tinha hora de dormir e nem de levantar. Sofreu dois
acidentes. Quando chegou ao Brasil recebeu poucas homenagens, sendo promovido a
2º Tenente Reformado.
35
Cia do 11º R.I. Em 22 de setembro de 1944, embarcou no navio americano GENERAL
MC MEIGS. Em 23 de setembro de 1944, o navio dirigiu-se para o teatro de operações
na Itália, chegando no dia 06 de outubro em Nápoles, onde foi feito o transbordo para
pequenos navios com destino a Livorno. No dia 19 de outubro, o regimento acampa
nos arredores de Pizza. Em dezembro, entra no front recebendo o batismo de fogo.
Participou de várias conquistas na Itália.
Em setembro de 1945 retornou ao Brasil. Recebeu muitas condecorações e altas
menções na carreira militar.
Foi advogado, professor universitário, violinista, pintor, administrador de
empresas, técnico em contabilidade, detentor de outros numerosos diplomas de cursos
compreendidos nas mais distintas áreas do conhecimento humano. Foi membro fundador
e primeiro presidente do Instituto Histórico de Palmeira. Foi prefeito de Palmeira.
O major Alfredo Bertoldo Klas morreu no dia 12 de maio de 2013 aos 97 anos,
em decorrência de um câncer. Ele era um dos mais antigos combatentes no Paraná da
Força Expedicionária Brasileira.
Responda:
2- Qual era a função do Sr. Durval Assunção, do Sr. Olímpio Freitas dos Santos
e do Sr Alfredo Bertoldo Klas na Segunda Guerra Mundial?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3- Quantos anos eles tinham quando foram para a guerra?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
36
4- O que eles contaram sobre o cotidiano de guerra?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
37
6- O que o Sr. Durval, o Sr. Olímpio e o Sr. Alfredo relataram sobre o inverno
italiano?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
7- Qual foi a observação feita pelo Sr. Durval sobre a fome que assolava os italianos?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Toda tropa que se desmobiliza após uma guerra tem dois problemas fundamentais:
a readaptação e o amparo psicossocial e material. Nada disso foi feito a tempo quando da
desmobilização da FEB. O povo brasileiro não foi preparado adequadamente; o soldado
não foi esclarecido de como deveria proceder para se readaptar ao dia-a-dia e o povo não
foi informado como deveria recebê-lo. Recepção triunfal, como ocorreu na chegada da
tropa, não significa que exista um preparo psicológico da coletividade para receber em
seu meio homens possivelmente portadores de neuroses ou de síndromes que evoluíram
para uma inadaptação à vida civil. (SILVEIRA, 1982, p. 235)
38
10 - Você considera que os depoimentos dos expedicionários palmeirenses
poderiam oferecer alguma contribuição para a história de Palmeira? Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
a) Com base na citação acima e o que você aprendeu sobre a participação do Brasil
na guerra, você considera que é possível entender esse conteúdo apenas através dos
depoimentos dos ex-combatentes de Palmeira? Justifique.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
39
a) Nas narrativas dos expedicionários palmeirenses a que você assistiu, percebe-se
que também comentaram sobre os torpedeamentos de navios brasileiros, que levaram à
morte centenas de pessoas. Pesquise sobre esse assunto e transcreva, nas linhas abaixo,
um trecho que fala que o torpedeamento dos navios foi a justificativa para a entrada do
Brasil na guerra. Não esqueça de citar a fonte.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
a) Faça uma pesquisa para saber como o governo brasileiro realizou esse
recrutamento.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
40
14- Em seu depoimento, o Sr Alfredo Bertoldo Klas relatou sobre os agasalhos que
receberam na Itália para se protegerem do rigoroso inverno e também dos uniformes
que eram parecidos com os dos alemães:
"Nosso uniforme, os agasalhos e as mantas foram confeccionados para, por exemplo,
o clima do Paraná. O uniforme verde oliva que levamos, contrastava com aquele usado
pela totalidade das tropas aliadas, que era cáqui e, o nosso, por estranha coincidência,
igual ao dos alemães, que também era verde oliva".
Essa narrativa está de acordo com o que o diz o oficial Túlio C. Campello de
Souza:
(…) os uniformes da FEB foram confeccionados às vésperas do embarque. Por isso,
muitas peças do uniforme só foram usadas na Itália. O brim verde oliva, de algodão, era
vergonhoso, encolhia muito, deixando quem o usasse ridículo, por isso foi apelidado
de “Zé Carioca”. (...) A curiosidade foi pelo fato dos uniformes brasileiros serem
confeccionados no formato e na cor, com extrema semelhança, aos uniformes usados pelos
alemães. O fato mais curioso seria cômico se não fosse verdade, os pracinhas chegaram
à Nápoles após uma travessia do Atlântico, num navio americano extremamente lotado,
seu aspecto não era dos melhores, além disso, estavam todos desarmados. Juntando tudo
isto ao fato dos uniformes brasileiros serem de tal forma semelhantes aos dos nazistas,
que ao desfilarem pelas ruas de Nápoles foram confundidos pelos italianos com os
prisioneiros nazistas, sendo recebidos a pedradas (SOUZA, 1950:210).
41
MUSEUS
aTiViDaDe 9
42
O QUE FAZER EM SALA DE AULA
Responder:
2- Você considera que, ao dar sentido aos objetos do museu, é possível dar novo
significado ao aprendizado nas aulas de História? Justifique
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
43
aTiViDaDe 10
o QUe faZeR
1- Como na atividade anterior, você vai fazer o registro fílmico da visita ao museu,
procurando captar, além dos objetos, as explicações do guia. Os vídeos deverão ser
editados para expor à comunidade escolar.
44
E OS OUTROS
PALMEIRENSES?
aTiViDaDe 11
o QUe faZeR
45
aTiViDaDe 12
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
46
REFERÊNCIAS
ALBINO, Daniel. Cobra fumando: A Força Expedicionária Brasileira na
Campanha da Itália (1944-1945). In TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos
(org.) O Brasil e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Editora Multifoco,
2010, p. 321-341.
47
______. Brasileiros e a segunda guerra mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2005.
HOBSBAWM, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São
Paulo: Cia das Letras, 1995. p.29 – 56.
48
Jornal Gazeta do Povo - De improviso na maior das guerras. Disponível
em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-na-
segunda-guerra/index.jpp> - acesso em 30 de agos.de 2016.
49
Museu do Expedicionário. Disponível em: <http://www.
museudoexpedicionario.com/museu-do-expedicionrio> acesso em 30 agos. 2016.
50
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O PROFESSOR
Caro professor,
Pedir aos alunos que façam a leitura do texto de apoio: A Segunda Guerra
Mundial. O professor fará a explicação desse conteúdo, sempre incentivando-os
a questionar o que não foi compreendido.
51
UNIDADE II – O BRASIL TOMA PARTIDO NA GUERRA
OBS: para a atividade da aula seguinte, pedir aos alunos que levem para a
escola imagens e reportagens de jornais e revistas que tratam da guerra civil na
Síria.
Atualidade: formar equipes de quatro alunos para que seja confeccionado
um painel sobre a violência do Estado Islâmico. O professor deverá tirar fotos dos
painéis. Tempo previsto: 1 aula.
52
• Atividade 8: exibição, no multimídia, das entrevistas realizadas com ex-
combatentes de Palmeira e leitura dos resumos das histórias de guerra dos
mesmos. Em duplas, os alunos responderão as questões propostas no caderno.
O professor poderá escolher aleatoriamente alguns alunos para que leiam suas
repostas para a turma. Tempo previsto: 4 aulas.
A autora
53