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Imre Lakatos (1922-1974) – graduou-se em matemática, física e filosofia em Debrecen (Hungia) em 1944.
Fugiu do nazismo e tornou-se comunista.
Influências: Hegel, Marx, Popper e George Polya
Obra mais conhecida: “Provas e Refutações” (1976)
Classifica o falsificacionismo como ingênuo, pois como critério de demarcação entre ciência e não ciência
desconsidera a notável “resistência” das teorias. Essa observação pode ser comprovada pelo fato de que
quando os cientistas deparam-se com anomalias persistentes, tendem a ignorá-las e centrar esforços na
resolução de outros problemas.
Argumenta que é sempre possível evitar que uma teoria seja refutada fazendo modificações nas hipóteses
auxiliares.
Desse modo, sempre se pode propor uma hipótese adicional, salvando a teoria da refutação.
Ou seja:
O trabalho do cientista, assim, consistiria em realizar pequenas modificações na teoria, substituindo-a por outra
ligeiramente modificada.
Formado por um “núcleo rígido” que, por decisão metodológica ou convenção entre os
cientistas, é formado por princípios e leis irrefutáveis. É o elemento que não pode
mudar, não pode ser alterado em face de anomalias.
Para explicar mudanças mais radicais como as que ocorrem nas revoluções científicas, Lakatos propõe
critérios para avaliar um PP:
- É progressivo se:
a) Usa sua heurística positiva para mudar as hipóteses auxiliares de modo a gerar previsões novas e
inesperadas;
b) Se pelo menos algumas dessas previsões são corroboradas.
Se somente a primeira exigência for atendida, ele será teoricamente progressivo; se a segunda também for
satisfeita, ele será também empiricamente progressivo.
- É degenerativo se: as modificações das hipóteses auxiliares são realizadas apenas para explicar fenômenos
já conhecidos ou descobertos por outros PP’s. Nesse caso as modificações servem apenas ao propósito de
manter o núcleo.
Programa de Pesquisa
Concorda com Popper quando afirma que a ciência tende a aumentar o conteúdo empírico e preditivo de
suas teorias, procurando prever fatos novos. Para que a previsão de fatos novos sejam possíveis, as
modificações propostas não podem ser do tipo ad hoc.
Hipóteses ad hoc: hipóteses que tem por função explicar certos resultados que contrariam uma teoria e que
não são independentemente testáveis, ou seja, explicam apenas os fatos para os quais foram criadas.
Diminuem o grau de falseabilidade da teoria e devem ser rechaçadas.
A recusa de um cientista em aceitar a refutação do núcleo de seu programa será racional enquanto o
programa for capaz de modificar as hipóteses auxiliares de forma a prever fatos novos. Portanto, um PP é
racionalmente recusado quando ele fizer uso de hipóteses ad hoc, e não quando ele sofrer refutações ou
deparar-se com anomalias incapazes de serem solucionadas.
Programa de Pesquisa
A eliminação de programas de pesquisa regressivos pelos progressivos implica que ambos podem ser
comparados, o que somente seria possível se ambos tivessem estruturas essencialmente lógicas. Ambos
programas são incomensuráveis, incomparáveis; consequentemente, não podem ser consideramos melhores
ou piores, apenas diferentes.
Afirma que a ciência não tem um método próprio, sendo sequer um empreendimento racional. É, sim, uma
atividade anárquica na qual todas as regras metodológicas foram e devem ser quebradas para que se possa
progredir.
O progresso da ciência depende, também, da adoção do pluralismo teórico: estímulo à proliferação do maior
número possível de teorias que competem entre si para explicar os mesmos fenômenos.
Feyerabend é mais radical que Kuhn em relação às críticas à racionalidade da ciência. Enquanto este admite
que existam valores (regras metodológicas) para avaliar teorias científicas, aquele defende a inexistência de
quaisquer tipos de regras. As teorias seriam escolhidas, assim, por fatores externos à ciência (sociais,
políticos, subjetivos, etc.).
Utiliza a história da ciência para exemplificar que o progresso somente foi alcançado quando alguma regra
metodológica foi quebrada.
Defende a tese de que é importante não abandonar uma teoria em face de refutações, já que enunciados de
testes e hipóteses auxiliares podem ser revistos, e que somente assim as teorias podem ser melhoradas.
Propõe o princípio da incomensurabilidade em sua forma mais radical: a mudança de paradigma implica na
adoção de uma nova visão de mundo.
Defende que os cientistas devem defender suas teorias com tenacidade. Segundo ele, essa postura
sustentaria o pluralismo teórico.
Para ele a ciência não é superior – em relação a seus métodos e resultados – a nenhuma outra forma de
conhecimento. Assim, não haveria necessidade de demarcação de limites entre o que é e o que não é ciência.
O respeito dogmático ao método, para ele, impede o progresso científico e estanca a ciência.
Como elemento entre a lógica e o conhecimento está a criatividade, a mudança de ideia e os desejos
humanos. Tais elementos não podem ser desconsiderados na pesquisa.
Discussão do texto:
Astronauta: https://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&tbm=isch&q=planeta&chips=q:planeta,g_1:sistema+solar&sa=X&ved=0ahUKEwj06JWKi_jeAhWES5AKHUAUCo8Q4lYIJigA&biw=1920&bih=976&dpr=1#imgrc=CL
1OW-ugB_ersM:
Átomo: https://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&tbm=isch&q=%C3%A1tomo&chips=q:%C3%A1tomo,g_1:representa%C3%A7%C3%A3o&sa=X&ved=0ahUKEwjf9P74iPjeAhUFGJAKHb0qDOgQ4lYILCgG&biw=192
0&bih=927&dpr=1#imgrc=7qWzeVNdyqLFIM:
Planeta: www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1920&bih=927&tbm=isch&sa=1&ei=yg3_W-
S0Hs_4wASXyKKICA&q=planeta&oq=planeta&gs_l=img.3..0l10.551293.553535..554162...0.0..0.387.1435.0j4j2j1......0....1..gws-wiz-
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