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Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 5
2 HISTÓRICO DO CNC ........................................................................................................................................... 6
2.1 RESUMO HISTÓRICO ............................................................................................................................. 7
3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CNC ........................................................................................................... 8
3.1 VANTAGENS .......................................................................................................................................... 8
3.2 DESVANTAGENS .................................................................................................................................... 8
4 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO CNC ........................................................................................................ 9
4.1 MOTORES ............................................................................................................................................ 10
4.1.1 Motores de Corrente Contínua ............................................................................................................... 10
4.1.2 Motores de Passo.................................................................................................................................... 10
4.1.3 Servomotores .......................................................................................................................................... 11
5 ETAPAS DA USINAGEM COM TECNOLOGIA CNC ............................................................................................. 13
5.1 RECEBIMENTO DO DESENHO .............................................................................................................. 13
5.2 DESENHO EM CAD ............................................................................................................................... 13
5.3 PLANEJAMENTO DO PROCESSO .......................................................................................................... 13
5.4 LEVANTAMENTO DAS COORDENADAS ............................................................................................... 14
5.5 PROGRAMAÇÃO .................................................................................................................................. 14
5.6 SIMULAÇÃO GRÁFICA.......................................................................................................................... 14
5.7 MONTAGENS ....................................................................................................................................... 15
5.8 SETUP DE FIXAÇÃO E FERRAMENTAS.................................................................................................. 15
5.9 EXECUÇÃO PASSO-A-PASSO ................................................................................................................ 15
5.10 EXECUÇÃO DO LOTE ........................................................................................................................ 16
6 COORDENADAS CARTESIANAS ........................................................................................................................ 17
6.1 COORDENADAS ABSOLUTAS E INCREMENTAIS .................................................................................. 18
6.2 COORDENADAS POLARES.................................................................................................................... 19
7 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ................................................................................................................... 21
7.1 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO AUTOMÁTICA APT......................................................................... 21
7.2 LINGUAGEM EIA/ISO ........................................................................................................................... 21
7.3 LINGUAGEM INTERATIVA .................................................................................................................... 21
7.4 PRODUÇÃO GRÁFICA VIA "CAM" (COMPUTER AIDED MANUFACTURING) ........................................ 21
8 ESTRUTURA DO PROGRAMA ........................................................................................................................... 22
Comando Numérico Computadorizado Profº Deiwis Lellis Hoss
Formatação: Ericson André Borghardt deiwis@ifsc.edu.br 3
Ministerio da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnologica
Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia de Santa Catarina.
1 INTRODUÇÃO
Desde as antigas civilizações, o homem busca racionalizar e automatizar o seu trabalho,
por meio de novas técnicas. A automação simplifica todo tipo de trabalho, seja ele físico ou
mental. O exemplo mais comum da automação do trabalho mental é o uso da calculadora
eletrônica. No cotidiano observa-se cada vez mais a automação e a racionalização dos trabalhos
físicos em geral, por exemplo: Na agricultura veem-se novos e sofisticados tratores que
substituem a enxada, e outros meios de produção. A cada nova geração de novos produtos,
observa-se em cada modelo uma evolução que faz com que os esforços físicos e mentais sejam
reduzidos.
Hoje, controle numérico computadorizado (CNC) são máquinas encontradas em pequenas
oficinas de usinagem as grandiosas companhias de manufatura. Na realidade quase não existem
produtos fabris que não estejam de alguma forma relacionadas à tecnologia destas máquinas
ferramentas inovadoras.
O Controle Numérico (CN), e sua definição mais simples, é que todas as informações
geométricas e dimensionais contidas em uma peça, conhecida por meio de desenhos e cotas
(números), seriam entendidas e processadas pela máquina CNC, possibilitando a automação da
operação. Atualmente, a utilização do Controle Numérico Computadorizado (CNC), é a saída
mais apropriada para a solução dos mais complexos problemas de usinagem. Onde
anteriormente se exigia uma máquina ou uma ferramenta especial, atualmente é feito com o CNC
de uma forma muito simples.
Em termos simples, o objetivo de uma máquina -ferramenta com CNC é fazer com que as
ferramentas de corte ou usinagem sigam, automaticamente, uma trajetória pré-programada
através de instruções codificadas, com a velocidade da trajetória e a rotação da ferramenta ou
peça também pré-programadas. Há diversas formas de executar essa programação, algumas
manuais, outras auxiliadas por computador (CAP – Computer Aided Programming). Existem
também casos em que o próprio CNC pode ser utilizado para auxiliar na programação, usando
métodos interativos com o operador.
2 HISTÓRICO DO CNC
No processo de pesquisa para melhoria dos produtos, aliado ao desenvolvimento dos
computadores, foi possível chegar às primeiras máquinas controladas numericamente. O principal
fator que forçou os meios industriais a essa busca, foi à segunda guerra mundial. Durante a
guerra, necessitavam-se de muitos aviões, tanques, barcos, navios, armas, caminhões, etc., tudo
em ritmo de produção em alta escala e grande precisão. Grande parte da mão de obra masculina
utilizada pelas fábricas como especializada, foi substituída pela feminina, o que na época
implicava na necessidade de treinamento, com reflexos na produtividade e na qualidade. Diante
deste desafio, iniciou-se o processo de pesquisa onde surgiu a máquina comandada
numericamente. A primeira ação neste sentido surgiu em 1949 no laboratório de
Servomecanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), com a união da Força
Aérea Norte americana (U.S. Air Force) e a empresa Parsons Corporation of Traverse City,
Michigan. Foi adotada uma fresadora de três eixos para as experiências. Os controles e
comandos convencionais foram retirados e substituídos pelo comando numérico, dotado de
leitora de fita de papel perfurado, unidade de processamento de dados e servomecanismo nos
eixos. A demonstração prática da máquina ocorreu em março de 1952, e o relatório final do novo
sistema somente foi publicado em maio de 1953. Em 1956 surgiu o trocador automático de
ferramentas, mais tarde em 1958, os equipamentos com controle de posicionamento ponto a
ponto e a geração contínua de contornos, que foram melhorados por este sistema em
desenvolvimento. A partir de 1957, houve nos Estados Unidos, uma grande corrida na fabricação
de máquinas comandadas por CN, pois os industriais investiam até então em adaptações do CN
em máquinas convencionais. A partir deste ano, com todos os benefícios que haviam obtido deste
sistema, surgiram novos fabricantes que inclusive já fabricavam seus próprios comandos. Devido
ao grande número de fabricantes, começaram a surgir os primeiros problemas, sendo que o
principal foi á falta de uma linguagem única e padronizada. Em 1958, por intermédio da EIA
(Eletronic Industries Association) organizou-se estudos no sentido de padronizar os tipos de
linguagem. Houve então a padronização de entrada conforme padrão RS-244 que depois passou
a EIA244A ou ASC II. A linguagem destinada a programação de máquinas era a APT
(Automatically Programed Tools), desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts em
1956, daí para frente foram desenvolvidas outras linguagens para a geração contínua de
contornos como AutoPrompt (Automatic Programming of Machine Tools), ADAPT, Compact II,
Action, e outros que surgiram e continuam surgindo para novas aplicações. Com o aparecimento
do circuito integrado, houve grande redução no tamanho físico dos comandos. Em 1967 surgia no
Brasil as primeiras máquinas controladas numericamente, vinda dos Estados Unidos. A partir daí,
observa-se uma evolução contínua e notável concomitantemente com os computadores em geral,
fazendo com que os comandos (CNC) mais modernos, empreguem em seu conceito físico
(hardware) tecnologia de última geração. Com isso, a confiabilidade nos componentes eletrônicos
aumentou, aumentando a confiança em todo sistema. Obs: Comando CN é aquele que executa
um programa sem memorizá-lo, e a cada execução, o comando deve realizar a leitura no veículo
de entrada. O comando CNC é aquele que após a primeira leitura do veículo de entrada,
memoriza o programa e executa-o de acordo com a necessidade, sem a necessidade de nova
leitura.
3.1 VANTAGENS
As principais vantagens do CNC sobre o CN de acordo com Diniz (1990) referem-se
principalmente às possibilidades de alterar o programa durante a sua execução, além de utilizar
ciclos fixos de usinagem e empregar sub-rotinas. Desta forma, acentuam-se como principais
vantagens no CNC:
Aumento da flexibilidade;
Redução nos circuitos de "hardware" e simplificação dos remanescentes bem como
disponibilidade de programas automáticos de diagnósticos, diminuindo pessoal de
manutenção;
Eliminação do uso de fita perfurada;
Aumento das possibilidades de corrigir programas (edição);
Possibilidade do uso de equipamentos periféricos computacionais;
“Display” para operação;
A intervenção de operador relacionada a peças produto é drasticamente reduzida ou
eliminada;
Peças consistentes e precisas;
Repetibilidade;
Tempos de "setup" muito curtos;
3.2 DESVANTAGENS
Investimento inicial elevado;
Manutenção exigente e especializada;
Não elimina completamente os erros humanos;
Necessitam operadores mais especializados;
Não tem vantagens tão evidentes para séries pequenas e muito pequenas.
4.1 MOTORES
Existem diversos tipos de motores que podem ser usados para movimentar uma máquina
CNC. Entre as soluções mais usadas podemos citar a movimentação através de motores de
passo, motor de corrente continua com encoder e Servomotores.
São motores de custo elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua,
ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar
com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e
precisão. Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o
custo muito mais alto da instalação, ou no caso da alimentação usada ser contínua.
Muitos dispositivos computadorizados (drives, CDRom etc.) usam motores especiais que
controlam os ângulos de giro de seus rotores. Em vez de girar continuamente, estes rotores giram
em etapas discretas; os motores que fazem isso são denominados 'motores de passo'. O rotor de
um motor de passo é simplesmente um ímã permanente que é atraído, sequencialmente, pelos
polos de diversos eletroímãs estacionários, como é ilustrado na figura 3.
Num motor de passo, o rotor é atraído por um par de pólos do estator e a seguir, por outro.
O controle é bem fácil de ser implementado, além disso, é a solução mais barata para fazer
controle de posicionamento, porém como pontos negativos é o fato do motor induzir vibrações, e
ter ainda por cima uma velocidade um pouco limitada.
4.1.3 Servomotores
O servomotor é uma máquina síncrona composta por uma parte fixa (o estator) e outra
móvel (o rotor). O estator é bobinado como no motor elétrico convencional, porém, apesar de
utilizar alimentação trifásica, não pode ser ligado diretamente à rede, pois utiliza uma bobinagem
especialmente confeccionada para proporcionar alta dinâmica ao sistema. O rotor é composto por
ímãs permanentes dispostos linearmente e um gerador de sinais (resolver) instalado para
fornecer sinais de velocidade e posição. São exigidos, dinâmica, controle de rotação, torque
constante e precisão de posicionamento. As características mais desejadas nos servomotores
são o torque constante em larga faixa de rotação (até 4.500 rpm), uma larga faixa de controle da
rotação e variação e alta capacidade de sobrecarga.
O circuito de controle é formado por componentes eletrônicos discretos ou circuitos
integrados e geralmente é composto por um oscilador e um controlador PID (Controle
proporcional integrativo e derivativo) que recebe um sinal do sensor (posição do eixo) e o sinal de
controle aciona o motor no sentido necessário para posicionar o eixo na posição desejada
conforme a figura 4.
Os servos possuem três fios de interface, dois para alimentação e um para o sinal de
controle. O sinal de controle utiliza o protocolo PWM (modulação por largura de pulso) que possui
três características básicas: Largura mínima, largura máxima e taxa de repetição. A largura do
pulso de controle determinará a posição do eixo.
Uma vez que o servo recebe um sinal de, por exemplo, 1,5 ms, ele verifica se o
potenciômetro está na posição correspondente, se estiver, ele não faz nada. Se o potenciômetro
não estiver na posição correspondente ao sinal recebido, o circuito de controle aciona o motor até
que a posição seja correta. Na figura 5 é mostrado o exemplo de servomotores.
figura 5 - Servomotores
5.5 PROGRAMAÇÃO
Tendo em mãos as coordenadas obtidas do desenho da peça e conhecendo a sequencia
de operações pode-se escrever o programa. É importante que o programa seja bem comentado,
facilitando as possíveis alterações e correções que possam ser necessárias. O uso de sub-rotinas
deve ser explorado, tornando-o menor e de mais fácil manutenção. Devem-se explorar todos os
recursos que a máquina oferece para tornar o programa menor e mais eficiente, tais como ciclos
de desbastes internos, ciclos de furação, rotação de coordenadas e deslocamento de referência
entre outros. No caso de se utilizar um software para a programação, deve-se fazer a transmissão
do programa para a máquina.
Uma observação importante é que algumas funções do programa só podem ser simuladas
corretamente após realização do setup de ferramentas (que será discutido mais adiante), pois
dependem dos valores do diâmetro para serem calculadas. Mesmo assim, é um bom momento
para verificar a existência de erros grosseiros (sinal invertido, coordenadas trocadas, falta de uma
linha, etc.).
5.7 MONTAGENS
É a primeira etapa de setup da máquina. Deve-se montar o dispositivo de fixação e as
ferramentas. A montagem do dispositivo de fixação da peça é cercada de cuidados, pois se deve
limpar cuidadosamente a mesa de trabalho da máquina e a superfície de apoio do dispositivo.
Além disto, sua fixação deve observar, quando necessário, o paralelismo com os eixos de
trabalho, através da utilização de um relógio apalpador (normalmente fixado no fuso da máquina).
Na montagem das ferramentas deve observar uma cuidadosa limpeza dos suportes além
de garantir um bom aperto, evitando que ela se solte durante a usinagem. Durante a fixação das
ferramentas nos suportes deve-se buscar manter o mais curta possível, de modo a evitar
flambagens e vibrações, mas não se pode esquecer-se de verificar a possibilidade de impacto do
suporte da ferramenta com obstáculos oferecidos pela peça ou pela fixação.
Por fim, quando da instalação das ferramentas na máquina, devem-se ajustar os bicos de
fluido refrigerante de modo que todas as ferramentas sejam refrigeradas.
peça piloto, que sempre que possível não deve fazer parte do lote, já que existe grande
possibilidade de ocorrerem falhas não previstas. Sua execução é realizada no modo passo-a-
passo, ou seja, cada linha do programa só será executada após liberação realizada pelo
operador. Além disso, a velocidade de movimentação pode ser controlada permitindo realizar
aproximações lentas e seguras. Pode-se ligar e desligar o fluido refrigerante a qualquer instante
de modo a permitir melhor visualização dos movimentos. Esta etapa permite verificar detalhes
não previstos na etapa de programação e não visualizados na simulação.
Quando se encontra alguma linha com algum erro ou necessidade de alteração pode-se
parar a usinagem, afastar a ferramenta da peça, alterar o programa e reiniciar a partir desta linha,
continuando a analisar o programa.
6 COORDENADAS CARTESIANAS
Todas as máquinas-ferramenta CNC são comandadas por um sistema de coordenadas
cartesianas (fig. 6) na elaboração de qualquer perfil geométrico.
anterior (em outras palavras, a posição atual é sempre a origem). A figura 10 apresenta um perfil
onde se considera o ponto A como sendo o ponto inicial. A tabela está preenchida com as
coordenadas incrementais.
Coordenadas Absolutas
(G90)
PONTO X Y
A
B
C
D
E
F
G
H
PONTO
X Y
DE PARA
A B
B C
C D
D E
E F
F G
G H
7 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
São diversos os meios de elaboração de programas CNC, sendo os mais usados:
8 ESTRUTURA DO PROGRAMA
A estrutura de programação para máquinas CNC utilizando a Norma ISO 6983 é
estruturada com os seguintes dados: identificação, cabeçalho, dados da ferramenta,
aproximação, usinagem do perfil da peça, fim de programa.
O programa CNC é constituído de:
Caracteres: É um número, letra ou símbolo com algum significado para o
Comando.(Exemplo:2, G, X, /, A, T).
Endereços: É uma letra que define uma instrução para o comando. (Exemplo: G, X,
Z, F).
Palavras: É um endereço seguido de um valor numérico. (Exemplo: G01 X25 F0.3).
Bloco de Dados: É uma série de palavras colocadas numa linha, finalizada pelo
caractere ; (Exemplo: G01 X54 Y30 F.12;)
Programa: É uma série de blocos de dados (Finalizada por M30).
um número de um a quatro dígitos, que virá após a função N. Esta função é utilizada em desvios
especificados em ciclos, e em procura de blocos.
Exemplo:
N50 G01 X10;
N60 G01 Z10;
Não é necessário programar o número de sequencia em todos os blocos de dados. A
sequencia aparecerá automaticamente após a inserção de cada bloco de dados, a não ser que
seja feita uma edição fora da sequencia do programa ou após sua edição completada.
Função F
Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação, mas este também pode
ser utilizado em mm/min. O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em
conta o material, a ferramenta e a operação a ser executada. F0.3 ; ou F.3 ;
9 SISTEMAS DE INTERPOLAÇÃO
Os sistemas de interpolação usados na programação de máquinas CNC são classificados
em linear e circular.
O movimento 2 da figura 11, foi gerado com interpolação linear. Saiba que para máquina
não ocorreu um único movimento, mas sim uma serie de movimentos minúsculos cujo tamanho
do passo é igual à resolução da máquina, normalmente 0.001mm.
Durante comandos de interpolações lineares, o controle precisa, automaticamente, calcular
uma série de movimentos minúsculos, enquanto mantêm a ferramenta tão perto do caminho
linear programado. Com as máquinas CNC de hoje, fica a impressão que a máquina está
formando um movimento de linha perfeitamente reta.
A trajetória da ferramenta é percorrida com uma orientação circular, com qualquer raio, nos
sentido horário e anti-horário, e com qualquer velocidade conforme os limites da maquina.
Algumas informações são necessárias para a programação de arcos, tais como:
Ponto final do arco;
Sentido do arco;
Centro do arco (polo).
10 PONTOS DE REFERÊNCIA
O ponto zero da máquina (fig. 13) é definido pelo fabricante da mesma. Ele é o ponto zero
para o sistema de coordenadas da máquina e o ponto inicial para todos os demais sistemas de
coordenadas e pontos de referência.
O ponto de referência (fig. 14) serve para aferição e controle do sistema de medição dos
movimentos da máquina. Ao ligar a máquina, sempre se deve deslocar o carro até esse local,
antes de iniciar a usinagem. Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação
ao zero máquina.
O ponto zero peça (fig. 15) é definido pelo programador e usado por ele para definir as
coordenadas durante a elaboração do programa. Recomenda-se colocar o ponto zero da peça de
tal forma que se possam transformar facilmente as medidas do desenho da peça em valores de
coordenadas positivas.
NOTA: Para comandos de fabricantes diferentes uma mesma função pode ter significados
diferentes, mas a maioria das funções, o seu significado é comum a quase todos os comandos.
12 EXERCÍCIOS 1
Exercício 1
No desenho abaixo, escolha um ponto para o zero-peça, ou seja, para a origem do sistema
de coordenadas. Em seguida defina um sentido de usinagem e identifique os pontos meta. Para
finalizar preencha a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto.
Exercício 2
No desenho a abaixo, identificar os pontos meta no sentido anti-horário, a partir do ponto A
já definido e preencher a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto.
Ponto X Y R I J
As -10 35
B -20 25 0 -10
C -20 12
D -32 0 12 -12 0
E -35 0
F -40 -5 5 0 -5
G -40 -25
H -20 -25 10 10 0
I -10 -15 10 10 0
J 10 -15
K 20 -25 10 0 -10
L 40 -25 10 10 0
M 40 -5
N 35 0 5 -5 0
O 32 0
P 20 12 12 0 12
Q 20 25
R 10 35 10 -10 0
O1000 (EXER.02);
N10 G90 G40 G94;
N20 M6T01 (FRESA 10MM);
N30 G97S6370 M3;
N40 G54;
N50 G00 X-4 Y41;
N60 G43 Z1 H01;
N70G42 X-10Y35D01;
N80M98P0211001;
N90G00 Z100;
N100M30
O1001(SUB 1000);
G91G01Z-1 F1000;
G90 G03 X-20 Y25 R10
G01 Y12
G02 X-32Y0 I-12 J0
G1 X-35 Y0
G3X-40 Y-5 R5
G1 X-40 Y-25
G3 X-20Y-25 R10
N90G2X-10Y-15I10
N100 G1X10Y-15
N110 G2 X20Y-25I0J-10
N120 G3X40Y-25 R10
N130 G1X40Y-5
N140 G3 X35Y0 R5
N150 G1X32Y0
N160 G2 X20Y12J12
N170 G1X20Y25
N180 G3X10Y35R10
N190 G1X-10Y35
N200M99
Exercício 3
Baseado nas cotas do exercício anterior, preencha a tabela usando coordenadas
incrementais na figura abaixo.
Exercício 4
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Ponto Sistema X Y R I J
As G90 0 0
B 0 40
C 16,38 40
D 22,78 42,32 10 10
E 50 70,02 A
F 75 70,02
G G91 0 -5 H
H G90 53,44 44.99
I 50 37.44 12 8.56 -7.55
J G91 0 -5.44 A
K G90 62 20 12 12 0
L 92 20 H
M 100 0
Exercício 5
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça
correspondente. As coordenadas estão no sistema absoluto.
Exercício 6
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça
correspondente. As coordenadas estão no sistema incremental. O ponto inicial está indicado.
Exercício 7
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça
correspondente. As coordenadas estão nos sistema absoluto e incremental.
A função G0 é um comando modal. Esta função cancela e é cancelada pelas funções G01,
G02 e G03.
Com esta função obtém-se movimentos retilíneos entre dois pontos programados com
qualquer ângulo, calculado através de coordenadas com referência ao zero programado e com
um avanço (F) pré-determinado pelo programador. Esta função é um comando modal, que
cancela e é cancelada pelas funções G00, G02 e G03.
Sintaxe:
G1 X__ _Y_ __ Z__ _F_ _ _
onde:
X = coordenada a ser atingida
Y = coordenada a ser atingida
Z = coordenada a ser atingida
F = avanço de trabalho (mm/min)
movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Pode-se gerar arcos nos sentidos horário
(G02) e anti-horário (G03), permitindo produzir círculos inteiros ou arcos de círculo, conforme ao
exemplo da figura 18.
É necessário definir o plano de trabalho dos eixos para o arco (fig 16).
Sentido horário ou anti-horário, tem por definição a vista na direção positiva para
negativa do eixo que não faz parte do plano de trabalho.
a sintaxe abaixo para G02 também é válida para G03.
Sintaxe:
Para o plano X Y
G17G02/G03X_ __ Y_ _ _Z_ __ R__ _F___
G17G02/G03X_ __ Y_ _ _I__ _J_ __ F___
Para o plano X Z
G18G02/G03X_ __ Y_ _ _Z_ __ R__ _F___
G18G02/G03X_ __ Z_ _ _I__ _K_ __ F___
Para o plano Y Z
G19G02/G03Y_ __ Z_ _ _R_ __F_ __
G19G02/G03Y_ __ Z_ _ _J_ __ K__ _F_ __
onde:
Quando as coordenadas XYZ são omitidas (o ponto final é o mesmo ponto de partida) e o
centro for especificado com I, J, ou K um arco de 360 graus é gerado, porém se for usado a
função raio (R), um arco de zero grau é gerado. Exemplo G17 G02 R50 (a ferramenta não se
move)
Sintaxe:
C Usado para chanfro
R Usado para raio
Para utilizar essas funções, deve-se programá-las no mesmo bloco da interpolação linear
ou circular para que, em função do próximo movimento, seja criado um chanfro ou um
arredondamento de canto, como mostrado na figura 19.
vibrações.
A fresa, utilizada para interpolação helicoidal, deve ter capacidade de usinagem em rampa
se a intenção for a furação, ou seja, a abertura de um furo a partir de superfície sólida, como
mostrado na figura 20.
Sintaxe:
Em sincronismo com o arco XY
G17G02/G03X__ _Y__ _I_ __J_ __(R_ __)Z_ _ _F_ __
Em sincronismo com o arco XZ
G18G02/G03X__ _Y__ _I_ __K_ __(R_ __)Y_ _ _F__ _
Em sincronismo com o arco YZ
G19G02/G03Y__ _Z__ _ J__ _K__ _(R_ __) X_ __ F_ __
Observação: O plano G17 é o mais utilizado para gerar perfis e é ativada automaticamente
ao se ligar a máquina. Porém em alguns casos é necessário trabalhar nos demais planos.
Funções G40, G41 e G42 – Aplicação: Compensação de raio de ferramenta.
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O ciclo fixo pode ser programado no modo G90 ou G91. O retorno do eixo Z após a
operação do ciclo fixo pode ser feita ao ponto inicial (G98) ou ponto R (G99) conforme mostra a
figura 33. O ponto inicial é a posição presente do eixo Z memorizada ao entrar no ciclo fixo.
Sintaxe:
G_ __(G98/G99)G73X__ _Y_ __ Z__ _R_ __ Q__
_F_ __K_ _ _
Onde:
XYZ – coordenadas do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
Q – Incremento de corte
F – Avanço programado para o corte dos
incrementos Q
K – Número de execuções
Funções G74 – Roscamento com macho à esquerda – mandril flutuante e macho rígido
O ciclo fixo G74 é utilizado para operação de roscamento com macho à esquerda com
mandril flutuante ou macho rígido como mostrado na figura 35 no sentido de rotação anti-horário.
Descrição das operações do ciclo G74
O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R
Executa a rosca até a profundidade final Z com avanço programado F
Cessa a rotação ao final do corte
Retrai em avanço programado F com rotação invertida (sentido horário) até o ponto
R
Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido, conforme G99
ou G98 previamente programado.
Sintaxe:
G_ __(G98/G99)G74X__ _Y_ __ Z__ _R_ __ F_ __ K__ _
Onde:
S – Rotação
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
F – avanço programado para usinagem e retração
K – Número de repetições
O ciclo fixo G81 é utilizado para operação sem descarga em furos ou torneamentos (figura
36).
Descrição das operações do ciclo G81
A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R;
Usina até a profundidade final Z com avanço programado;
Retrai a ferramenta em avanço rápido, ao nível do ponto inicial ou ponto R
conforme G98 ou G99 programado previamente.
Sintaxe:
G_ __(G98/G99)G81X__ _Y_ __ Z__ _R_ __ F_ __ K__ _
Onde:
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
F – avanço programado para usinagem e retração
K – Número de repetições
Sintaxe:
G___(G98/G99)G82X___Y___Z___R___P___ F___K___
Onde:
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
P – Tempo de permanência no final da usinagem (milésimos de segundo)
F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições
Sintaxe:
G___(G98/G99)G83X___Y___Z___R___F___ Q___K___
Onde:
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
F – avanço programado para usinagem dos incrementos Q
Q – incremento de corte
K – Número de repetições
Funções G84 – Roscamento com macho à direita – mandril flutuante e macho rígido
O ciclo fixo G84 é utilizado para operação de roscamento com macho à direita com mandril
flutuante ou macho rígido como mostrado na figura 39 no sentido de rotação horário.
Descrição das operações do ciclo G84
O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R;
Sintaxe:
G_ __(G98/G99)G84X__ _Y_ __ Z__ _R_ __ F_ __ K__ _
Onde:
S – Rotação
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
F – avanço programado para usinagem e retração
K – Número de repetições
-Retrai em avanço
programado F, ao nível do
ponto inicial ou ponto R,
conforme G99 ou G98
previamente programado
Sintaxe:
G_ __(G98/G99)G86X__ _Y_ __ Z__ _R_ __F_ _ _K_ __
Onde:
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
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Sintaxe:
G___(G98/G99)G88X___Y___Z___R___P___ F___K___
Onde:
XY – Posição do furo
Z – posição final em Z
R – nível de aproximação rápida
F – avanço programado para usinagem
P – Tempo de permanência em segundos no final do corte (1 segundo = 1000)
K – Número de repetições
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14 SUBPROGRAMAS
M98 – Chamada de subprograma
O comando M98 faz com que o processamento do programa passe a ser executado no
subprograma indicado pelo parâmetro P. Além disto, pode-se definir quantas vezes o
subprograma será executado através dos quatro últimos dígitos após o parâmetro P e o numero
do programa.
Sintaxe:
M98 P___ ___
M99 – Retorno ao programa principal
No final de um subprograma deve-se utilizar este comando, que não possui parâmetros,
para que o processamento retorne ao programa que o chamou para a linha logo após M98.
Sintaxe:
....M99
Onde:
Vc = Velocidade de corte (m/min)
D = Diâmetro da ferramenta (mm)
RPM = Rotação do eixo árvore (rpm)
Na determinação da velocidade de corte para uma determinada usinagem, a rotação é
dada pela fórmula:
Avanço (F)
O avanço de corte é obtido levando-se em conta o material, a ferramenta e a operação a
ser executada. Geralmente nos centros de usinagens utiliza-se o avanço em mm/min, mas este
pode ser também definido em mm/rot.
Onde:
fz = Avanço por dente (mm)
z = Número de dentes
RPM = Rotação do eixo árvore
Profundidade de corte (ap)
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onde:
Ks = pressão específica de corte [Kg / mm²], dada pela tabela 2
Ap = profundidade de corte [mm]
fn = avanço [mm / rotação]
Vc = velocidade de corte [m / min]
η= rendimento [para GALAXY 10 = 0,9]
FRESADORA
Desbaste a)
Fresa de aço rápido Fresa de metal duro Pastilhas de metal duro
Material Acabamento
a ser b) Velocidade avanço por Velocidade avanço por Velocidade avanço por
usinado de corte em dente em de corte em dente em de corte em dente em
m/min mm m/min mm m/min mm
TORNO
colisão.
B) Teste de Programa.
Existem duas situações de processamento de programas que podem ser consideradas em
teste. A primeira é quando o programa é totalmente novo e todas as sentenças são de
processamento em nível de teste. Nesta situação, ao ser processado, o programa é considerado
situação de risco da primeira à última sentença.
Outro caso é quando um programa já aprovado e testado em trabalho, em operação de
produção, e por alguma razão, por exemplo, otimização, alteração de produto ou processo, ou
outra qualquer, recebe uma alteração numa simples palavra até em diversas sentenças. Neste
caso, mesmo que seja apenas uma simples palavra alterada, passa a ser considerada uma
sentença em teste. Todas as sentenças onde houve alguma alteração, por pequena e simples
que seja também é considerada em teste, portanto situação de risco.
A colisão pode ocorrer em qualquer um dos dois casos, quando considera-se que a
programação da sentença em processamento está corretamente escrita e que o deslocamento
esta livre de colisão, mas na realidade há algum erro que coloca um movimento num percurso
obstruído. Então ocorre a colisão.
C) Retomada de Ciclo.
Quando um programa esta sendo processado, diversas funções de atuação modal vão
sendo memorizadas. As características de atuação de uma função modal depois de memorizada
passa a valer para a sentença programada e nas sentenças posteriores, até que outra função do
mesmo grupo seja processada e se sobreponha a anterior. Existem funções modais que são
chamadas de funções modais básicas, ou seja, quando a máquina é ligada, ou a mesma está em
estado de "reset" (interrupção), voltam a valer de forma modal, sem que sejam programadas.
Quando um programa está sendo processado em operação no modo automático, com o
processamento de uma seqüência de sentenças, diversas funções modais importantes para o
desenvolvimento da usinagem são memorizadas. Por diversas razões pode haver uma
interrupção do processamento do programa, como parada de energia elétrica, supervisão de
ferramentas (quebra, desgaste, vida útil), correção do programa etc, ou com ação da tecla "reset".
Com isto voltam a valer as funções básicas.
Se a retomada do ciclo acontecer sem critério na seleção correta da linha de programa que
seja apropriada para uma retomada segura, e um "ciclo start" (partida do processamento) for
acionado, o processamento pode partir da sentença em que parou, desprezando as modais
anteriores que necessitariam estar atuando. Neste momento, deveriam estar atuando diversas
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funções que não mais estão, por exemplo: ponto de origem das coordenadas, compensação da
ferramenta (comprimento/raio), plano de trabalho, e outras.
Se, por exemplo, com o sistema de origem de coordenadas errado, haverá colisão no
deslocamento, ou se a ferramenta não estiver com o comprimento compensado, o deslocamento
de penetração não é mais referência pela ponta da ferramenta e sim pelo nariz da árvore em
ferramentas rotativas, ou na face da torre em ferramentas estáticas. Então estes locais serão
movimentados para posicionamento na coordenada de penetração programada, colidindo a ponta
da ferramenta ao dispositivo ou na peça.
Existem inúmeras situações que expõem ao risco de colisão na retomada de ciclo
automático. Importante é o cuidado neste momento de risco.
D) Substituição de Ferramenta no Processo.
Durante uma produção normal em ciclo automático de processamento de um programa
que trabalha em produção, sempre ocorre desgaste ou quebra de ferramenta que deve ser
substituída por outra reserva. Quando a ferramenta reserva é colocada em operação, passa a ser
um elemento de risco, pois poderá haver erro na alimentação dos dados de correção para sua
compensação.
Pode haver erro na medição. Se a medição é correta, pode haver erro ao anotar o valor
medido, ou se medição e anotação do valor são corretos, poderá haver erro na digitação no
painel da máquina. Isto faz com que colisões possam ocorrer pela diferença de medidas
consideradas nos ajustes e as medidas reais das ferramentas. Neste caso, ao aproximar a
ferramenta da peça ou do dispositivo, haverá colisão da ponta da ferramenta que é considerada
menor, mas na realidade é maior.
E) Colisões por outros motivos diversos
Estatisticamente desconsiderados, existem alguns motivos que raramente provocam
colisão, mas que devem ser focalizados para estudo e que exigem atenção.
Entre eles estão: defeitos na máquina, peça não fixada, dispositivo não fixado, ferramenta
solta, seleção errada do programa para a usinagem, agregar algum aditivo em qualquer eixo que
não seja considerado no programa etc. Novas situações devem ser observadas e estudadas para
que não ocorram riscos de colisão.
Raramente ocorrem situações de riscos não consideradas nas observações anteriores.
Defeitos na máquina pode ser uma nova situação, e outros são considerados insignificantes.
Obs: Estima-se que em torno de 2% dos casos de colisão acontecem na primeira situação
(JOG), enquanto 97,9% se enquadram nas situações 2 (Teste de Programa), 3 (Retomada de
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"Deslocamento Restante".
Nesse caso, são mostrados na tela os valores a ser deslocados nos respectivos eixos.
Como os movimentos ficam retidos, a sentença não é concluída, neste caso o operador poderá
observar qual eixo vai se movimentar, quanto e para onde vai ocorrer o deslocamento.
Somente após ter "certeza" de que a movimentação vai ocorrer de acordo com previsto, o
override deve ser cuidadosamente aberto até completar os deslocamentos dos eixos previstos na
sentença. Nessa movimentação de eixos, os valores de "Deslocamento Restante" mostrados na
tela vão sendo reduzidos de acordo com a redução da distância entre a posição atual e a posição
final programada, até atingir a posição final, quando são zerados todos os eixos.
Por estar em "single block", novo "Stop" é realizado. O override deve ser novamente
fechado na posição zero, e com nova "Partida" tudo se repete, sentença por sentença, com os
mesmos cuidados.
Somente após serem observadas todas as sentenças do programa, e que foram testadas
na seqüência exata do processo, sem nenhuma modificação, e processadas de forma segura, é
que o programa deve ser liberado do modo ""single block" e o override aberto a 100%. Qualquer
dúvida interromper e reavaliar a situação.
DICAS ESPECIAIS
1 Nunca acreditar que tudo está correto sem que tenha sido testado.
2 Nunca acreditar que um programa foi escrito sem nenhum erro ou coisa parecida.
3 Nunca acreditar que, pelo fato de tudo ter dado certo até determinado ponto do teste,
que daí para frente também estará correto. Por exemplo, num processo de 18
ferramentas já passaram pelo teste de programa 17, e tudo estava OK. Não acreditar
que a última também esta OK (lembre-se da Lei de Murphy).
4 Desconfie sempre. Prosseguir com o teste, sentença por sentença, da primeira até a
última.
5 Em nenhum momento, a "Partida" deve ser acionada com o "override" fora da posição
"zero".
6 Em nenhum momento o "override" deve ser aberto para movimentação de eixo, sem
que se tenha observado para onde vai ocorrer o deslocamento, e se poderá ocorrer
alguma colisão.
7 Somente abrir o "override" com a certeza que tudo está sob controle.
8 Um ciclo automático contínuo somente deverá ser liberado depois que todas as
sentenças já foram processadas na seqüência do programa, e que tudo esteja
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"correto".
PERIGO C -Retomada de Ciclo
Ação preventiva -ao interromper o ciclo, deve-se de imediato afastar na distância máxima
possível as partes (peça / dispositivos / ferramentas).
A retomada deve ser feita em uma sentença especialmente escolhida, onde se possa dar
continuidade à usinagem sem nenhum prejuízo ao processo.
Em comandos que fazem a busca da sentença escolhida para retomada "Com Cálculo",
seleciona-se a sentença onde há o posicionamento da ferramenta em frente ao último local onde
houve a penetração da mesma no material usinado. Daí dá-se continuidade ao ciclo com os
cuidados descritos adiante. Retomada na sentença "Com cálculo" é quando o comando "varre" o
programa desde o início, até a sentença escolhida, memorizando e processando internamente
tudo que foi perdido com o "reset". Com isto, torna a memorizar tudo o que estava valendo como
função modal, quando da interrupção, reiniciando o processamento do programa, nas mesmas
condições anteriores à parada.
Quando o comando não tem características de tornar a memorizar as funções necessárias
com a retomada "Com Cálculo", deve-se escrever um programa que contenha sentenças que
favoreçam a memorização.
Em uma sentença escolhida para retomada, devem conter palavras que garantam que as
funções modais utilizadas para cada ferramenta, possam ser novamente memorizadas nesta
retomada de ciclo.
Depois do reposicionamento da sentença, uma "partida" é esperada e os principais
cuidados são:
1 Manter o override (potenciômetro) de avanço sempre fechado na posição zero, com
isto nenhum movimento acontece de surpresa;
2 Selecionada a sentença para retomada do ciclo em modo de trabalho automático, que
dará continuidade ao processamento do programa, deve-se também selecionar a tecla
"single block". Com esta tecla "single block" ativada, após o acionamento da "Partida"
(Start), é liberada a execução de apenas uma sentença do programa que após a
conclusão da mesma, automaticamente é realizado um ciclo de parada (Stop).
Somente executando a próxima sentença, com o acionamento de nova "Partida", e
assim sucessivamente, as sentenças vão sendo processadas uma a uma;
3 Com o override (potenciômetro) de avanço fechado na posição zero, nenhum
movimento acontece. Com "single block" atuando, havendo uma "Partida" de execução
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17 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
18 EXERCÍCIOS 2
Exercício 8
Escreva um programa para o desenho do perfil abaixo.
Exercício 9
Escreva um programa para executar os furos da peça abaixo, de alumínio, utilizando os
ciclos de furação e considerando o zero-peça no eixo Z na face superior.
Exercício 10
Utilize um subprograma para a furação da peça da figura abaixo. Primeiro utilize T1 para
os furos de centro à profundidade de 5 mm, 150 mm/min e 2000 rpm. Depois utilize a broca T2
para os furos de 5 mm de diâmetro à 850 rpm e 200 mm/min. Finalmente utilize T3, que é uma
fresa de diâmetro 10 mm, à 480 rpm e 80 mm/min para usinar os rebaixos.
Exercício 11
Desenvolva um programa para o desenho abaixo (sugestão utilize G52 e M98)
Exercício 12
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 13
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 14
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 15
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 16
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 17
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 18
Desenvolva um programa para o desenho abaixo.
Exercício 19
Uma placa de aço de baixo carbono deverá ter um rasgo com 8 milímetros de largura por 5
milímetros de altura e 30 milímetros de comprimento, executado por um fresamento de topo em
um único passe. A máquina utilizada para executar essa operação será uma fresadora a
comando numérico com variação contínua da rotação na faixa entre 60 e 6.000 rpm. Considere o
uso de uma fresa de topo de aço rápido com dois dentes e 8 milímetros de diâmetro, velocidade
de corte de 25 m/min e avanço por dente de 0,02 mm. Calcule a rotação, em rpm, a velocidade
de avanço, em milímetros por minuto, e o tempo que a ferramenta levará para executar o rasgo
(tempo de corte).
Exercício 20
Prova prática de usinagem CNC (o desenho será entregue posteriormente)
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMOWSKI, Julio Cezar. Acionamentos e Sensores para Máquinas CNC. São Paulo:
Epusp, 2005.
SANTOS, André (Comp.). Tutorial de Servomotores. Porto Alegre: Sumo de robôs, 2007.
ROMI. Manual de Programação e Operação CNC Fanuc 21i -MB. Santa Bárbara D´oeste:
Indústrias Romi S/A, 2007.
ROMI. Caderno de Exercícios CNC Fanuc 21i – MB Linha Discovery. Santa Bárbara
D´oeste: Indústrias Romi S/A, 2007
PRATA, Luis; TAVARES, Luis. Tipos de máquinas e operações que podem desempenhar.
Precisão e tecnologias utilizadas. Disponível em:
<http://users.isr.ist.utl.pt/~pjcro/cadeiras/api0304/pdfs/SEM_H.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2013.