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Prezados concurseiros e concurseiras.

Sou o professor Evandro Zillmer, atualmente Analista Judiciário do Superior Tribunal de Justiça
e, antes disso, fui militar de carreira da Força Aérea Brasileira por mais de 20 anos.

É com enorme safistação que, junto com o projeto social Amigos do Concurso de Brasília,
estamos lançando essa apostila da Lei n. 8.112/90 facilitada para concursos públicos.

Há dois anos sou professor de direito administrativo no projeto social Amigos do Concurso.
Você ainda não o conhece? É o maior projeto social preparatório para concursos públicos do
Distrito Federal (na verdade, acho que é o maior do Brasil), e mais, é totalmente gratuito.
Nesse lindo projeto, os professores são voluntários e todos já passaram por essa fase crítica
dos estudos. Além disso, são os próprios alunos que coordenam todo o projeto. Em cada turma,
alguns alunos são escolhidos para darem vida ao projeto. Existem alunos responsáveis pela
escala dos professores, chamada, controle de entrada e saída dos alunos, limpeza e
manutenção da sala, instalação do som e projetor quando o professor solicita, etc. Tudo o que
acontece em um curso preparatório pago, aqui também acontece, porém voluntariamente.

Ficou interessado? Vou postar os links abaixo. Sempre estamos precisando de ajuda. Inclusive,
se você comprou essa apostila, saiba que você está ajudando o nosso projeto, pois uma parte
da renda nas vendas será devolvida ao projeto para investirmos em nossos alunos carentes.

http://amigosdoconcurso.com.br/

https://www.facebook.com/groups/381448495211267/

https://www.instagram.com/amigosdoconcurso/

Além disso, possuo outras redes sociais nas quais eu compartilho informações sobre concursos,
dicas de preparação, resoluções de questões e uma infinidade de benefícios que meus alunos
poderão usufruir. Seguem os links:

https://www.youtube.com/c/ProfEvandroZillmer

https://www.instagram.com/evandrozillmer/

https://www.facebook.com/groups/165864320751489/

Desde já agradeço pela confiança no meu trabalho e desejo que faça um ótimo proveito para
as suas pretensões de ser um ótimo Servidor Público Federal.

Bons estudos e lembre-se de que você é capaz, basta perseverar.

Prof. Evandro Zillmer

evandrozillmer@gmail.com

(61) 98163-3395
Sumário
1 AGENTES PÚBLICOS .......................................................................................................................................4
1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS ..............................................................................................4
1.1.1 SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES ..................................................................................................4
1.1.2 SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO ...........................................................................7
1.2 AGENTES DE FATO: .................................................................................................................................8
2 LEI N. 8.112/1990 ..........................................................................................................................................9
2.1 INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO ........................................................................................................9
2.2 POSSE (ARTS. 7º AO 14)........................................................................................................................10
2.3 EXERCÍCIO (ARTS. 15 AO 19).................................................................................................................11
2.4 ESTÁGIO PROBATÓRIO (ART. 20) .........................................................................................................11
2.5 ESTABILIDADE (ARTS. 21 E 22)..............................................................................................................12
2.6 CONCURSO PÚBLICO (ARTS. 11 E 12) ...................................................................................................13
2.7 PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO ......................................................................................................15
2.8 VACÂNCIA (ART. 33) ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.9 REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO (arts. 36 e 37) .......................................... Erro! Indicador não definido.
2.10 SUBSTITUIÇÃO (arts. 38 e 39) ................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.11 DOS DIREITOS E VANTAGENS (ARTS. 40 AO 76) ..................................... Erro! Indicador não definido.
2.12 DAS FÉRIAS ............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.13 DAS LICENÇAS ......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.14 DOS AFASTAMENTOS ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.15 DAS CONCESSÕES ................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.16 DIREITO DE PETIÇÃO (arts. 104 a 115) ................................................... Erro! Indicador não definido.
2.17 DO REGIME DISCIPLINAR (ARTS. 116 A 182) .......................................... Erro! Indicador não definido.
2.18 DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ...................................... Erro! Indicador não definido.
2.19 DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR (ARTS. 183 A 230) ................... Erro! Indicador não definido.
2.20 TABELA COM OS PRINCIPAIS PRAZOS DA LEI N. 8.112/90 ..................... Erro! Indicador não definido.
3 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ................................................... Erro! Indicador não definido.
4 QUESTÕES COMENTADAS ...........................................................................................................................20
LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

1 AGENTES PÚBLICOS

Há vários conceitos espalhados por diversas legislações, um desses conceitos é encontrado na


Lei 8.429/1992, que trata da Improbidade Administrativa. O art. 2º da lei assim define agente
público:

Reputa-se agente público, para efeitos dessa lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior.

OBS: Perceba que não será necessário, para ser considerado um agente público, possuir
qualquer tipo de remuneração ou exercer uma função em caráter permanente.

OBS: A CF-88 não adota mais o conceito de "funcionário público", previsto no art. 327 do
Código Penal. Então, quando nos depararmos com a expressão funcionário público, lembremos
que podemos considerá-la sinônima de agentes públicos.

1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS

Existem várias classificações para as espécies de agentes públicos, veremos apenas duas, que
consideramos as mais importantes para as diversas provas de concursos.

1.1.1 SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES

Essa classificação é a adotada pela maioria das bancas examinadoras, como exemplo o CESPE.
O STF também segue essa classificação. Para o citado autor, os agentes públicos se agrupam
em 5 categorias distintas a saber: agentes políticos, administrativos, honoríficos, delegados e
credenciados.

a) Agentes Políticos

São os componentes do governo nos seus primeiros escalões, para o exercício de atribuições
constitucionais. Pertencem a essa categoria os Chefes do Executivo (Presidente,
Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares (ministros, secretários estaduais e municipais), os
Membros do Legislativo (Deputados Federais e Estaduais, Senadores e Vereadores), os
Membros do Judiciário (magistrados), os Membros do Ministério Público e os Membros dos
Tribunais de Contas.

A maioria da doutrina concorda com a classificação acima, incluindo no rol dos agentes políticos
os Magistrados, Membros do MP e os Membros dos TCs. Porém, o STF, na reclamação 6.702,
afirmou que os Membros dos Tribunais de Contas não deveriam ser considerados agentes
políticos, vejamos uma parte do teor:

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

A doutrina, de um modo geral, repele o enquadramento dos Conselheiros dos Tribunais de


Contas na categoria de agentes políticos, os quais, como regra, estão fora do alcance da Súmula
Vinculante nº 13, salvo nas exceções acima assinaladas, quais sejam, as hipóteses de
nepotismo cruzado ou de fraude à lei.

Resumindo:

São considerados Agentes Políticos:

1) Chefes do Executivo e seus auxiliares (Presidente, Governadores, Prefeitos, Ministros de


Estado e Secretários Estaduais, Distritais e Municipais

2) Membros do Legislativo (Senadores, Deputados federais, distritais e estaduais e


Vereadores)

3) Membros da Magistratura e do Ministério Público

4) Membros dos Tribunais de Contas (para o STF não são agentes políticos)

Características dos Agentes Políticos:


a) sua competência é haurida da própria Constituição;

b) não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral;


c) normalmente são investidos em seus cargos por meio de eleição, nomeação ou designação;

d) não são hierarquizados (com exceção dos auxiliares imediatos dos chefes dos Executivos),
sujeitando-se, tão somente, às regras constitucionais.

b) Agentes Administrativos

São os que exercem atividades profissionais e remuneradas, estão sujeitos à hierarquia


funcional. Constituem a imensa maioria dos prestadores de serviços à Administração.
Subdividem-se em três categorias:

b.1) Servidores Públicos: servidores estatutários, titulares de cargo público, submetem-se


ao regime estatutário. Os cargos ocupados por esses agentes podem ser de provimento efetivo
ou de provimento em comissão.

b.2) Empregados Públicos: são os empregados públicos, ocupantes de emprego público e


sujeitos a regime jurídico contratual trabalhista. Possuem contrato de trabalho e são regidos
pelas normas da CLT.

b.3) Empregados Temporários: contratados com base no art. 37, IX, da CF, para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público. Exercem uma função pública
remunerada temporária e o seu vínculo com a Administração também é contratual. A
contratação temporária está regulada na Lei 8.745/93.

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c) Agentes Honoríficos

São os cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado


mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua
honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Normalmente não recebem
remuneração. São considerados funcionários públicos para fins penais. Tais serviços
constituem o chamado múnus público, ou serviços públicos relevantes. Exercem uma função
pública. Ex.: jurados e mesários eleitorais.

d) Agentes Delegados
São os particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra
ou serviço público. Não são servidores públicos, nem representantes do Estado, apenas
colaboram com o Estado. Enquadram-se como funcionários públicos para fins penais. Sujeitam-
se a responsabilidade civil objetiva. São os concessionários e permissionários de serviços
públicos, os leiloeiros, os tradutores públicos, etc.

e) Agentes Credenciados

Representam a Administração em determinados atos ou atividades, mediante remuneração do


Poder Público credenciante. São considerados funcionários públicos para fins penais.

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1.1.2 SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO

Segundo o citado professor, os agentes públicos são divididos em 3 categorias a saber:

a) Agentes Políticos
Para o autor, serão considerados agentes políticos somente o Presidente da República, os
Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (ministros e secretários), os
Senadores, os Deputados e os Vereadores.

Ficaram de fora dessa classificação os membros da magistratura, membros do MP e os


membros dos tribunais de contas, que segundo o autor não exercem funções tipicamente
políticas e não são investidos por meio de eleição.

b) Servidores Estatais

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São os que mantêm relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual com o
Poder Público, podem ainda ser regidos pelo direito público ou privado. São os servidores
estatutários, os empregados públicos e os servidores temporários.

c) Particulares em colaboração com o poder público

São os particulares que exercem função pública, ainda que às vezes apenas em caráter
episódico. Ex. delegatários, jurados, mesários eleitorais, voluntários, etc.

OBS: o terceirizado, o militar e o estagiário são agentes públicos, porém sem uma
classificação específica.

1.2 AGENTES DE FATO:

São aqueles que se investem da função pública de forma emergencial ou irregular. A doutrina
costuma distingui-los em necessários ou putativos.

Necessários: também chamados de agentes públicos voluntários, exercem a função em razão


de situações excepcionais.

Putativos: são os que têm apenas a aparência de agente público, sem o ser de direito.
OBS: Não confundir com o usurpador de função, que não é agente público de direito nem
de fato. Para a maioria da doutrina os atos praticados pelo usurpador de função são
inexistentes, ou seja, esses atos sequer entraram no mundo jurídico, por falta de um
elemento essencial para a formação do ato.

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2 LEI N. 8.112/1990

Institui o regime jurídico único


- da união (administração direta)

- das autarquias (inclusive as em regime especial)


- das fundações públicas federais

❖ É uma lei de caráter federal (não é nacional)


❖ Suas disposições alcançam os servidores estatutários (efetivos ou comissionados)
❖ Aplicada aos servidores da administração direta, autárquica e fundacional da
UNIÃO

NÃO é aplicada:

❖ aos empregados públicos das empresas públicas e sociedades de economia


mista (CLT)
❖ aos temporários
❖ aos servidores estaduais, municipais e distritais
❖ aos militares
❖ aos estagiários em geral

OBS: a competência para enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei para se estabelecer o
Regime Jurídico dos servidores federais é do Presidente da República. Essa competência
deve ser obedecida também nos casos de mudanças na lei após ser aprovada. Por fim, vale
ressaltar que nas outras esferas (estados, DF e municípios), por simetria, cabe aos chefes do
Executivo as propostas acima mencionadas.

CARGO PÚBLICO – é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura


organizacional que devem ser cometidas a um servidor (art. 3°).

O cargo pode ser de provimento efetivo ou em comissão.

EMPREGO PÚBLICO – é o lugar a ser ocupado pelo empregado público que possui um vínculo
contratual, regido pela CLT.
CESPE/2016 – Em regra, os empregos públicos são acessíveis mediante concurso público,
assim como o são os cargos públicos.

FUNÇÃO PÚBLICA – é um conjunto de atribuições às quais, não necessariamente corresponde


a um cargo ou emprego. É um conceito residual.

2.1 INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO

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Requisitos básicos para investidura em cargo público (art. 5°)

I – nacionalidade brasileira
II – o gozo dos direitos políticos

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais


IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo

V – a idade mínima de dezoito anos

VI – aptidão física e mental

Segundo o § 2º do art. 5º, aos portadores de deficiência serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.

As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus


cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei.
A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

OBSERVAÇÕES:

✓ só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo


público (SV 44)

✓ não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em


concurso para cargo público (S. 14/STF)

✓ o limite de idade para inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7°,
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido (S. 683/STF)

✓ o portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o
fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos (S. 552/STJ)

✓ O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às


vagas reservadas aos deficientes (S. 377/STJ)

2.2 POSSE (ARTS. 7º AO 14)

A investidura em cargo público ocorre com a posse (art. 7).


Só haverá posse nos casos de provimento originário (nomeação), tanto em caráter efetivo
ou em comissão.
A posse ocorrerá até 30 dias, improrrogáveis, após o ato de nomeação.

Se não tomar posse no prazo de 30 dias, o ato de provimento será tornado sem efeito.
Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença
prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,

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alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do
impedimento.

A posse poderá ser mediante procuração específica

No ato de posse o servidor apresentará a declaração de bens e a declaração quanto ao


exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Na posse é que o nomeado se torna efetivamente servidor público.

A posse dependerá de prévia inspeção médica oficial.

2.3 EXERCÍCIO (ARTS. 15 AO 19)

É o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.

É de 15 dias, improrrogáveis, o prazo para entrar em exercício após a posse.

O exercício da função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de


designação, salvo se em licença ou afastado do cargo.

O servidor será exonerado se não entrar em exercício no prazo legal.

O designado para ocupar função de confiança e não entrar em exercício terá o ato de
sua designação tornado sem efeito.
A data do exercício é o marco para o início da contagem dos prazos para todos os direitos
relacionados ao tempo de serviço, férias, estabilidade, remuneração, etc.
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido,
redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e,
no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do
efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário
para o deslocamento para a nova sede.

2.4 ESTÁGIO PROBATÓRIO (ART. 20)

24 meses de acordo com a lei 8.112/90.


Três anos de acordo com a CF, doutrina e jurisprudência.

Durante o estágio probatório serão examinadas a produtividade, a assiduidade, a


disciplina, a responsabilidade do servidor e a capacidade de iniciativa. O servidor deverá
agir como se fosse um “PADRI”.

A aprovação no estágio probatório não se confunde com a aquisição da estabilidade.

Sempre que o servidor tomar posse em outro cargo efetivo, terá que ser submetido a um novo
estágio probatório, ainda que já seja estável no serviço público.

4 meses antes do término do estágio probatório o servidor terá o seu desempenho


avaliado por uma comissão instituída com essa finalidade.

O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão


ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação.

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NO ESTÁGIO PROBATÓRIO

NAO pode tirar as seguintes licenças e Ficará suspenso durante as seguintes


afastamentos licenças e afastamentos

1- art. 83 – licença por motivo de doença


1 – licença para o desempenho de mandato
em pessoa da família
classista;
2- art. 84, § 1º - licença por motivo de
2 – licença para tratar de assuntos
afastamento do cônjuge
particulares
3- art. 86 – licença para atividade
3 – licença capacitação
política
4 – afastamento para participação em
4- art. 96 – afastamento para servir em
programa de pós-graduação.
organismo internacional
5- na hipótese de participação em cursos
Bizu: O servidor não pode abrir a de formação
MATRACA na PÓS.

A exoneração decorrente de reprovação em estágio probatório não constitui sanção


disciplinar, ela apenas indica que o servidor não é apto para exercer aquele cargo.

Deve ser dado ao servidor o direito à ampla defesa e ao contraditório, caso seja reprovado no
estágio probatório.

Súmula 22/STF: o estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.
(assim, se o cargo for extinto, o servidor não estável que esteja em estágio probatório será
exonerado).

2.5 ESTABILIDADE (ARTS. 21 E 22)

Segundo o art. 41 da CF/88, o prazo para a aquisição da estabilidade é de 3 anos.

Só poderão adquirir a estabilidade os servidores efetivos (os exclusivamente comissionados


não estabilizam).

São requisitos para obter a estabilidade no serviço público:


1 – aprovação em concurso público;

2 – cargo deve ser de provimento efetivo;

3 – três anos de efetivo exercício; e

4 – aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa


finalidade.

A estabilidade é adquirida no serviço público de um determinado ente federado. Assim,


se um servidor estável na esfera federal prestar concurso para outra esfera (estadual, distrital
ou municipal), terá que cumprir novamente os requisitos para aquisição da estabilidade.

Hipóteses de perda do cargo mesmo sendo estável:

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1 – sentença transitado em julgado;

2 – processo administrativo com ampla defesa;


3 – insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei
complementar, assegurada a ampla defesa (a lei ainda não foi editada); e
4 – excesso de despesa de pessoal, nos termos do art. 169, § 4°.

2.6 CONCURSO PÚBLICO (ARTS. 11 E 12)

O concurso será de provas ou de provas e de títulos.


Terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

O prazo de validade e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado
no DOU e em jornal de grande circulação.

Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com
prazo de validade não expirado.

OBS: essa regra da lei é mais restrita que a regra da CF/88, porquanto a constituição dispõe
que haverá prioridade de convocação do aprovado em concurso anterior, sobre os novos
concursados, dentro do prazo de validade daquele, a lei determina que não haverá novo
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade
não expirado. A administração pública federal deve obedecer à regra da lei, ou seja, a
regra mais restrita.

Os requisitos do cargo devem estar previstos em lei.


A vedação para mulheres deve ser justificada, proporcional e prevista em lei.

Não pode restringir tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo


que viole valores constitucionais (STF).

O limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso


público, há de ser comprovado no momento da inscrição do certame.
Não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora.

Na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não
faz jus à indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento
anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante.
Súmula 684/STF: é inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a
concurso público.

Os candidatos em concurso público não têm direito à prova de segunda chamada nos
testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter
fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade.

SV 44/STF – só por lei pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.

Exceções ao concurso público:


✓ Nomeação para cargos em comissão
✓ Contratação de pessoal por tempo determinado (temporários)

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✓ Contratação dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às


endemias
✓ Cargos eletivos
✓ Ex-combatentes

OBS: STF reconhece o direito de mulher grávida remarcar teste físico em concursos.

RE 1058333 – “É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que


esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital
do concurso público”.
Vale a pena estudar essa decisão com repercussão geral, esse julgado aconteceu em novembro
de 2018 e a tendência é cair nas próximas provas de concurso.
Além disso, até essa data, a Suprema Corte tinha entendimento de que as mulheres grávidas
entravam na regra geral que foi criada no julgamento do RE 630733 na qual o STF entendeu
não ser possível admitir a remarcação de prova de aptidão física para data diversa da
estabelecida em edital de concurso público em razão de circunstâncias pessoais de
candidato, ainda que de caráter fisiológico, como doença temporária devidamente
comprovada por atestado médico, salvo se essa possibilidade estiver prevista pelo
próprio edital do certame.

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2.7 PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO

Provimento é o ato administrativo por meio do qual o cargo público é preenchido, com a
designação de seu titular.

De acordo com o art. 6º, o provimento se faz por ato da autoridade competente de cada
Poder.

O provimento pode ser de duas espécies: originário e derivado.

Formas de Provimento:

OBS: a ascensão e a transferência não são consideradas formas de provimento de cargo


público.

OBS: a promoção e a readaptação, além de serem formas de provimento, também são


formas de vacância de cargo público.

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Provimento Originário – Nomeação (art. 9°)

É o preenchimento do cargo público pelo indivíduo pela primeira vez.


A única forma de provimento originário existente é a nomeação.
A nomeação é ato administrativo unilateral e pode-se dar em caráter efetivo ou em
comissão.
O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para
ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do
que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles
durante o período da interinidade.

A nomeação em caráter efetivo exige obrigatoriamente a realização prévia de concurso


público, já a nomeação para cargo em comissão é de livre escolha da autoridade
competente.

OBS: o servidor efetivo quando for ocupar uma função de confiança, não será nomeado,
mas sim, designado. E quando ele sair dela, será dispensado e não exonerado.

OBS: a função de confiança não é cargo público, assim, não se trata de forma de provimento.

Provimento Derivado

No provimento derivado, o indivíduo já possui vínculo com a administração pública.

Vertical Promoção

Provimento Horizontal Readaptação


Derivado

Reversão
Reintegração
Reingresso
Recondução
Aproveitamento

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Promoção
É a única forma de provimento derivado vertical.

A promoção é típica dos cargos organizados em carreira.


Dá-se por merecimento ou antiguidade (tempo de serviço).

A promoção não interrompe o tempo de serviço, que é contado no novo posicionamento na


carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor (art. 17)

A promoção também é considerada forma de vacância.

Readaptação (art. 24)

Segundo a lei, a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental verificada em inspeção médica.
Para servidor que sofreu limitação física ou mental e que terá que ser adaptado em outro
cargo.

O novo cargo deve possuir atribuições afins e responsabilidades compatíveis com a


limitação física ou mental sofrida.
Verificada em inspeção médica.

Se julgado incapaz, o readaptando será aposentado.


Equivalência de vencimentos e escolaridade.

Se não houver vaga, trabalhará como excedente (veja que não será posto em
disponibilidade)

Só pode readaptar o servidor ocupante de cargo efetivo (comissionado não)


A readaptação é forma de vacância também

OBS: para a doutrina a readaptação é um ato vinculado, ou seja, se possível, o servidor


DEVE ser readaptado. Caso não seja possível, o servidor deve ser aposentado por invalidez.

Reversão (art. 25 ao 27)


É o retorno à atividade do servidor aposentado.

Há duas modalidades de reversão:


I – reversão de ofício (compulsória): quando junta médica declarar insubsistentes
os motivos da aposentadoria por invalidez.

II – reversão a pedido (voluntária): aplicável ao servidor estável que se


aposentou voluntariamente, que tenha solicitado a reversão, que a aposentadoria
tenha ocorrido nos últimos 5 anos e que haja cargo vago.

A reversão será no mesmo cargo que ocupava ou no cargo resultante de sua transformação.
Não pode reverter o aposentado que já tiver completado 70 anos de idade, consoante o
art. 27 (ainda que a aposentadoria compulsória tenha passados dos 70 para os 75 anos, a
reversão continua impossibilitada para quem tiver completado 70 anos de idade).

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

É uma das formas de provimento por reingresso.

No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o revertido exercerá suas atribuições


como excedente, até a ocorrência da vaga.

Reversão Compulsória Reversão a pedido

• aplica-se aos aposentados por • aplica-se aos aposentados


invalidez voluntariamente
• não importa se o servidor era ou • só para servidores estáveis
não estável quando se aposentou quando da aposentadoria
por invalidez • é ato discricionário
• é ato vinculado • só pode reverter se houver cargo
• se o cargo estiver ocupado, vago
exercerá suas atribuições como • o tempo de contribuição só será
excedente até a ocorrência da considerado para concessão da
vaga nova aposentadoria se o servidor
• poderá ocorrer a qualquer tempo permanecer pelo menos 5 anos
• não pode se já tiver completado no cargo após a reversão
70 anos de idade • não pode se ja tiver completado
70 anos de idade

Reintegração (art. 28)


É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado quando invalidada a
sua demissão por decisão administrativa ou judicial.

Será com o ressarcimento de TODAS as vantagens.


Caso o cargo tenha sido extinto, ficará em disponibilidade.

Se o cargo tiver sido provido, o seu ocupante sendo estável, será reconduzido ao
cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. Se o
ocupante não for estável, será exonerado.
OBS: o servidor não estável que tiver a sua demissão anulada também terá o direito de retornar
ao cargo anteriormente ocupado. De acordo com a doutrina, os efeitos serão os mesmos da
reintegração, apenas o nome “reintegração” não será usado, pois esse termo é somente para
os servidores estáveis.

Recondução (art. 29)


É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; e


II – reintegração do anterior ocupante.

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

Se o cargo tiver sido provido, o seu ocupante sendo estável, será reconduzido ao
cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. Se o
ocupante não for estável, será exonerado.

OBS: o servidor estável, durante o estágio probatório, pode pedir a sua recondução para
o cargo anteriormente ocupado, ainda que não seja reprovado. Isso porque a estabilidade é
no serviço público e não no cargo que esteja ocupando.

OBS: para a doutrina, a recondução é forma de provimento e vacância simultaneamente.


Vale ressaltar que esse é um entendimento doutrinário, porquanto o art. 33 da lei não traz
expressamente a recondução como uma forma de vacância.

Aproveitamento e Disponibilidade (art. 30 ao 32)


Aproveitamento é o retorno do servidor que havia sido posto em disponibilidade e ocorrerá
obrigatoriamente em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.

Conforme prevê o § 3º do art. 41 da CF, extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,


o servidor ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor
não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
OBS: a cassação da disponibilidade é sanção disciplinar, portanto, deverá haver previamente
um PAD com direito a contraditório e ampla defesa.
OBS: a lei não define o “prazo legal”.

OBS: segundo a lei, apenas os servidores já estáveis podem ser postos em disponibilidade e,
assim, serem aproveitados. Para boa parte da doutrina, o servidor não estável será exonerado
nos casos em que os estáveis são postos em disponibilidade.

OBS: o aproveitamento é um ato vinculado, assim, o servidor em disponibilidade que for


aproveitado DEVE retornar ao cargo.

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4 QUESTÕES COMENTADAS

01 (2018/FCC/TRT - 15ª Região (SP)/Técnico Judiciário – Segurança) A Administração


pública federal relaciona-se com seu pessoal por meio de distintos regimes, dentre os quais o
estabelecido pela Lei n. 8.112/1990, que é aplicável

a) ao servidor civil da Administração pública federal direta, autárquica e fundacional pública,


investido em cargo público.

b) aos empregados públicos e servidores da Administração pública federal direta e indireta,


inclusive o temporário.

c) ao servidor civil e militar, investido ou não em cargo público, desde que vinculado à
Administração pública direta federal.

d) ao servidor civil, empregado público, titular de cargo em comissão e temporário das pessoas
jurídicas de direito público federal, em razão do regime jurídico único.

e) a todos os servidores federais civis e aos servidores civis dos demais entes federativos e
pessoas jurídicas de direito público a eles vinculadas, em razão do princípio federativo.

Gabarito: Letra A
Comentário:

Questão bem tranquila e a resposta está nos artigos 1º e 2º da lei.

Vamos fazer um resuminho para separarmos a quem se aplica e a quem não se aplica a lei
8.112/90.

Se aplica:
❖ aos servidores estatutários (efetivos ou comissionados) pertencentes à
administração direta, autárquica e fundacional da UNIÃO

Não se aplica:
❖ aos empregados públicos (CLT) das empresas públicas e sociedades de
economia mista
❖ aos temporários
❖ aos servidores estaduais, municipais e distritais
❖ aos militares
❖ aos estagiários em geral

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02 (2018/FCC/TRT - 15ª Região (SP)/Analista Judiciário – Psicologia) Após regular
processo administrativo disciplinar, garantidos ao servidor público federal investigado o
exercício do contraditório e da ampla defesa, restaram cabalmente comprovadas a
materialidade e a autoria de infração disciplinar descrita na portaria inaugural, punível com
demissão, nos termos da Lei n. 8.112/1990. Sobreveio aos autos informação de que o servidor
processado, autor da infração, havia se aposentado voluntariamente durante a tramitação do
processo. A autoridade competente, conforme estabelece a Lei n . 8.112/1990,
a) em razão da precedente aposentadoria, deverá aplicar a pena de demissão, mitigando-a
para suspensão por 90 dias e determinando sua anotação no prontuário do servidor, para
resguardo dos direitos da Administração.

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b) deverá aplicar a pena de cassação de aposentadoria, mas, ato contínuo, cancelar seu
registro, com efeitos retroativos à data da passagem para inatividade.

c) deverá declarar a extinção da punibilidade do servidor, em razão de sua precedente


aposentadoria, exarando sentença absolutória imprópria.
d) deverá, em decisão motivada, aplicar ao servidor faltoso a pena de cassação de
aposentadoria, na hipótese de considerar que não estão presentes os requisitos autorizadores
de sua mitigação.

e) poderá escolher livremente entre aplicar as penas de advertência, suspensão em mitigação


à penalidade de demissão ou de cassação de aposentadoria, justamente em razão da
precedente passagem do servidor para inatividade.

Gabarito: Letra D
Comentário:

Como o servidor se aposentou, a penalidade imposta não poderá mais ser a demissão, e sim
a cassação da aposentadoria.

Vejamos o que diz o art. 134: Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que
houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Assim, caso não estejam presentes os requisites autorizadores da mitigação (suavização,


relativização) da penalidade, deverá, em decisão motivada, aplicar a cassação da
aposentadoria.
Por fim, vale destacar que o art. 172 dispõe que o servidor que responder a processo disciplinar
só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do
processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Perceba que o caso hipotético trazido pela banca, em regra, não é permitido pela lei. Não
anularia a questão, porém, vale a título de conhecimento.

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03 (2018/FCC/TRT - 15ª Região (SP)/Analista Judiciário – Psicologia) Considere que


hipoteticamente a autarquia federal Y entendeu por bem realizar concurso público para
provimento de cargos públicos vagos previstos em sua estrutura organizacional, estabelecendo
no edital que nos três primeiros anos de exercício os investidos nos cargos públicos correlatos
não perceberiam vencimentos. A previsão estabelecida no edital, nos termos da Lei n.
8.112/1990,

a) é válida, pois, dada a conjuntura econômica do país, se faz permitida a prestação de serviços
federais gratuitos.
b) é válida, pois durante o estágio probatório, que coincide com os três primeiros anos de
exercício, os servidores não percebem vencimentos, mas indenização e ajuda de custos.

c) é nula, pois os cargos públicos são criados por lei com vencimentos pagos pelos cofres
públicos, não havendo que se falar na prestação de serviços gratuitos nesta hipótese.
d) é nula, pois a prestação de serviços gratuitos à União encontra limite temporal de dois anos,
no máximo.

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e) é válida, em razão de se tratar de concurso para provimento de cargo da Administração


pública federal indireta, hipótese em que, desde que haja previsão em edital, é permitida a
prestação de serviços gratuitos por período a ser acordado entre as partes.

Gabarito: Letra C
Comentário:

A resposta para essa questão está no art. 4º da lei: é proibida a prestação de serviços gratuitos,
salvo os casos previstos em lei.

Mais uma questão bem tranquila da FCC. Não esqueça: a regra geral é a prestação de serviços
remunerados, a exceção é a gratuidade, desde que prevista em lei.

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04 (2018/FCC/TRT - 15ª Região (SP)/Analista Judiciário – Psicologia) Considere
hipoteticamente que João, servidor público federal cujo vínculo é regido pela Lei n. 8.112/90,
foi promovido na sua carreira após 10 anos de efetivo exercício. Solicitou, ao departamento
competente, a contagem de seu tempo de serviço, passados 5 anos do ato que o promoveu,
sem que tenha se afastado do exercício de quaisquer dos cargos nesse período. A certidão foi
expedida na mesma data em que solicitada, apontado que João contava com 5 anos de exercício
no serviço público federal. A certidão

a) está incorreta, pois a promoção não interrompe o tempo de exercício, que, tão somente, é
contado no novo cargo a partir da publicação do ato que o promoveu.

b) está correta, pois a promoção suspende o tempo de exercício, cuja contagem é retomada,
com efeitos ex nunc, a partir da publicação do ato de promoção.

c) está incorreta, pois dela deveria ter constado que João contava com 15 anos de serviço no
cargo para o qual foi promovido, pois, para tanto, o tempo de exercício decorrido antes da
promoção deveria ter sido considerado.

d) está correta, pois, após a promoção, o tempo de serviço é zerado, contando-se apenas o
tempo de exercício decorrido no novo cargo.

e) está incorreta, pois dela deveria ter constado que João contava com 10 anos de serviço
público federal, pois a lei de regência determina que o tempo transcorrido após a promoção
deve ser desconsiderado.
Gabarito: Letra A

Comentário:

Art. 17 – a promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo


posicionamento da carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.
A certidão deveria constar que João contava com 15 anos no serviço público federal. Dez
anos no primeiro cargo e 5 anos no cargo atual, decorrente da promoção.
Cuidado com a alternativa “c”, João contava com 15 anos no serviço público e apenas 5
anos de serviço no cargo para o qual foi promovido, veja que teve uma pegadinha nessa
alternativa.

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

05 (2018/FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) De


acordo com a Lei n. 8.112/1990, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior

a) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor retornar à sede
em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, não terá obrigatoriedade de restituir
o que recebeu em excesso, uma vez que a diária é devida em razão do deslocamento e não do
tempo de permanência, recebendo o excesso a título de indenização.

b) não terá direito ao recebimento de diária, uma vez que a diária só é devida nos casos em
que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo e não eventual ou
temporária.

c) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor receber diárias e
não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo
de sessenta dias.

d) terá direito ao recebimento de diária somente na hipótese de afastamento dentro do


território nacional, sendo indevida por expressa vedação legal quando o deslocamento ocorrer
para o exterior.

e) terá direito ao recebimento de diária que será concedida por dia de afastamento, sendo
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a
União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
Gabarito: Letra E

Comentário:
O direito de receber diárias está previsto nos arts. 58 e 59, segue um resumo dos tópicos mais
importantes sobre o tema:

Destinam-se a indenizar despesas extraordinárias com pousada, alimentação e


locomoção urbana que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório
para outro ponto do território nacional ou para o exterior.

Não fará jus se o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo.

Não fará jus se for dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou
microrregião.

Será concedida por dia de afastamento.


Se exigir pernoite fora de sede, será inteira, caso contrário, será paga pela metade.

Também será paga pela metade se a União custear, por meio diverso, as despesas
extraordinárias cobertas por diárias.

Se receber a diária e não se afastar da sede ou retornar em prazo menor do que o


originalmente previsto, deve restituir o valor recebido a mais no prazo de 5 dias.

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06 (2018/FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Técnico Judiciário - Área Administrativa)


Suponha que determinado servidor público federal tenha solicitado licença para tratar de
interesses particulares, a qual, contudo, restou negada pela Administração. Entre os possíveis
motivos legalmente previstos para negativa, nos termos disciplinados pela Lei n. 8.112/1990,
se insere(m):

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

I. Estar o servidor no curso de estágio probatório.

II. Ser o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão.


III. Razões de conveniência da Administração.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III.

b) II, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e III, apenas.

e) I e II, apenas.
Gabarito: Letra A

Comentário:

As 3 hipóteses estão previstas no art. 91 da lei. Vamos resumir o que há de importante sobre
essa licença?

Ao ocupante de cargo efetivo.

No interesse da administração (ato discricionário).

Prazo de até 3 anos consecutivos.

Sem remuneração.
Não pode no estágio probatório.

Não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito.


Poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

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07 (2018/FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação)


De acordo com a Lei n. 8.112/1990, como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha
a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo
da remuneração. Ocorrendo o término desses 60 dias,

a) deverá o servidor retornar ao serviço imediatamente, ainda que não concluído o processo.
b) o afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
c) o afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
exceto se o processo não tiver sido concluído, hipótese em que poderá ser prorrogado pelo
prazo máximo de 180 dias.

d) deverá o servidor retornar ao serviço imediatamente, exceto se o processo não tiver sido
concluído, hipótese em que o afastamento poderá ser prorrogado pelo prazo máximo de trinta
dias.
e) o afastamento poderá ser prorrogado por mais 180 dias, findo o qual cessarão os seus
efeitos, ainda que não concluído o processo.

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LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

Gabarito: Letra B

Comentário:
Segundo o art. 147, o afastamento será de 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias, sem
prejuízo da remuneração. Após esses 120 dias, obrigatoriamente o servidor deve voltar às
suas atividades, ainda que o processo não tenha sido concluído.

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08 (2018/FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Analista Judiciário - Área Administrativa) Lara,


servidora pública federal, no interesse do serviço, passou a ter exercício em nova sede,
ocorrendo mudança de domicílio em caráter permanente. Neste caso, dispõe a Lei n.
8.112/1990, que a ajuda de custo
a) será calculada sobre a remuneração de Lara, conforme se dispuser em regulamento, não
podendo exceder a importância correspondente a três meses.
b) não será devida à família de Lara se esta vier a falecer na nova sede, uma vez que esta
vantagem é paga exclusivamente ao servidor.
c) será devida, correndo por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e
de sua família, não compreendendo bagagem e bens pessoais.
d) será devida inclusive na hipótese de o cônjuge de Lara, que detém também a condição de
servidor, vier a ter exercício na mesma sede, uma vez que é uma vantagem personalíssima
perfeitamente acumulável.

e) não é devida, uma vez que o direito ao recebimento da ajuda de custo está condicionado à
transferência temporária.

Gabarito: Letra A

Comentário:

A ajuda de custo está prevista nos arts. 53 ao 57. Vejamos aquilo que é mais importante sobre
o tema:

Destina-se a compensar despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço,


passa a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente
(remoção de ofício).

Também será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for
nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

O cônjuge do servidor (que for servidora) também removido para a mesma sede não terá
direito.

Se o servidor falecer na nova sede, a família terá direito a ajuda de custo e transporte para
que retorne a sede de origem, dentro do prazo de um ano, contado do óbito.

É calculada sobre a remuneração e não podendo exceder a importância correspondente a 3


(três) meses.

Caso não se apresente na nova sede no prazo de 30 dias, o servidor deverá restituir o
valor da ajuda de custo recebida.

Não faz jus a ajuda de custo servidor removido a pedido, em qualquer das duas formas.

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09 (2018/CESPE/EMAP/Analista) Julgue o próximo item, relativo à organização dos


poderes.

Quando um cargo público federal estiver vago, o presidente da República poderá extingui-lo
por decreto, sem a necessidade de lei.

Gabarito: Correto

Comentário:

Vejamos o que diz o art. 84, VI da CF/88:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI – dispor, mediante decreto, sobre

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação e extinção de órgãos públicos; e
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Esse é o chamado regulamento autônomo ou independente.

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10 (2018/CESPE/IFF/Nível Médio) De acordo com a Lei n. 8.112/1990, em caso de


servidor público estável cuja demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou
judicial, deverá ocorrer a
a) recondução.

b) reintegração.
c) redistribuição.

d) readaptação.
e) reversão.

Gabarito: Letra B

Comentário:
Vamos ver as principais características da reintegração:

É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado quando invalidada a


sua demissão por decisão administrativa ou judicial.

Será com o ressarcimento de TODAS as vantagens.


Caso o cargo tenha sido extinto, ficará em disponibilidade.

Se o cargo tiver sido provido, o seu ocupante sendo estável, será reconduzido ao
cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. Se o
ocupante não for estável, será exonerado.

OBS: o servidor não estável que tiver a sua demissão anulada também terá o direito de
retornar ao cargo anteriormente ocupado. De acordo com a doutrina, os efeitos serão os
mesmos da reintegração, apenas o nome “reintegração” não será usado, pois esse termo é
somente para os servidores estáveis.

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11 (2018/CESPE/IFF/Nível Médio) João, Pedro e Lucas são servidores públicos federais. A


madrasta de João está doente; o enteado de Pedro está doente; e a companheira de Lucas está
doente.
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, se a assistência direta dos
enfermos for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício dos
cargos ou mediante compensação de horário, a licença por motivo de doença em pessoa da
família, poderá ser concedida a

a) Lucas, apenas.
b) Lucas e Pedro, apenas.

c) João e Lucas, apenas.


d) João e Pedro, apenas.

e) João, Pedro e Lucas.


Gabarito: Letra E

Comentário:
A licença por motivo de doença na família está prevista no art. 83, e são os seguintes familiares
que, estando doentes, geram o direito à licença:
1 – cônjuge ou companheiro

2 – pais ou padrasto e madrasta


3 – filhos, enteados ou dependentes que vivam as suas expensas e que constem do seu
assentamento funcional.
Perceba que a exigência de viver as suas expensas e a obrigatoriedade de que constem do seu
assentamento funcional é apenas para os dependentes.

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12 (2018/CESPE/IFF/Nível Superior) Maria, que exerce cargo público de professora da
rede estadual de ensino, com carga horária de quarenta horas semanais, foi aprovada em outro
concurso público para preenchimento de vaga de professora, na qualidade de empregada
pública, em uma sociedade de economia mista federal, com carga horária semanal de trinta
horas. Ambas as funções públicas são remuneradas.

Nessa situação hipotética, Maria

a) poderá acumular as funções, sem nenhum impedimento.

b) poderá acumular as funções, visto que ela tem compatibilidade de horários.


c) poderá acumular as funções, porque a vedação constitucional de cumulação não se aplica a
empregos em sociedades de economia mista.
d) não poderá acumular as funções, uma vez que tal acúmulo ofende o princípio da moralidade
administrativa.
e) não poderá acumular as funções, porque sua jornada de trabalho será superior a sessenta
horas semanais.

Gabarito: Letra E

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Comentário:

Caro aluno, sempre que cair uma questão sobre a cumulação de cargos, empregos ou funções,
você deve analisar 3 requisitos: se eles são acumuláveis, se há compatibilidade de horário e
a carga horária somada das acumulações. Vamos ver cada uma delas:
1 – Segundo a CF, no seu art. 37, XVI, são acumuláveis:

a) dois cargos de professor


b) um cargo de professor com outro de técnico ou científico
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões
regulamentadas.
2 – deve haver compatibilidade de horário entre os cargos a serem acumulados

3 – Segundo o STJ, mesmo havendo compatibilidade de horários, a soma dos cargos


não pode ultrapassar 60 horas semanais. Por quê? Para preservar a boa prestação do
serviço, manter o servidor com boa saúde e permitir um descanso mínimo entre o exercício dos
cargos.

Por fim, vale a pena saber que essa proibição de acumulação se estende a empregos e funções
públicas e abrange autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista,
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
OBS: a acumulação de 3 cargos é totalmente proibida.

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13 (2018/CESPE/PGM - Manaus – AM/Procurador Municipal) Considerando a


jurisprudência do STF a respeito do direito de greve dos servidores públicos, julgue o item
seguinte.

Ao chefe do Poder Executivo cabe o corte do ponto dos servidores grevistas, com o respectivo
desconto nos seus vencimentos, independentemente da motivação do movimento.

Gabarito: Errado

Comentário:

A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do


exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo
funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será,
contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita
do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845). DIZER O DIREITO.

Assim, a regra é a ocorrência do desconto, mas existe essa exceção quando for provocada por
conduta ilícita do poder público. O erro da questão está em afirmar “independentemente da
motivação do movimento”.

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14 (2018/CESPE/PGM - Manaus – AM/Procurador Municipal) Considerando a


jurisprudência do STF a respeito do direito de greve dos servidores públicos, julgue o item
seguinte.

Os servidores públicos, sejam eles civis ou militares, possuem direito a greve.


Gabarito: Errado

Comentário:

Segundo o inciso IV, do art. 142 da CF, ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

Além disso, o STF estendeu essa proibição aos policiais civis, veja:

“o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança
pública”.

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15 (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Área Administrativa) Julgue o
item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.
Em caso de licença por motivo de doença de enteado de servidor público em estágio probatório,
este ficará suspenso, sendo retomado ao término do período da licença.
Gabarito: Correto

Comentário:
Segundo o § 5º, do art. 20 da lei 8.112/90, o estágio ficará suspenso durante as licenças
e os Afastamentos previstos nos:
6- art. 83 – licença por motivo de doença em pessoa da família
7- art. 84, § 1º - licença por motivo de afastamento do cônjuge
8- art. 86 – licença para atividade política
9- art. 96 – afastamento para servir em organismo internacional
10- na hipótese de participação em cursos de formação

-------------------------------------------------------------------------------------------------
16 (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Área Administrativa) Julgue o
item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.
A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a ser submetido
a inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Gabarito: Errado

Comentário:

Segundo o § 1º, do art. 130, será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.

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17 (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Área Administrativa) Julgue o


item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.

É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele representar
contra comprometimentos da estrutura do poder estatal.
Gabarito: Errado

Comentário:

No art. 116 estão os deveres do servidor, o inciso XII diz que é dever do servidor representar
contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Assim, erra a assertiva afirmando que é vedada a representação.

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18 (2018/CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo) Acerca do regime jurídico dos
servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente publicada em diário oficial.

Gabarito: Errado

Comentário:

A investidura em cargo público ocorrerá com a POSSE (art. 7º).


Essa é uma das questões mais cobradas sobre lei 8.112, nunca mais esqueça.

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19 (2018/CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.

A promoção não constitui forma de provimento em cargo público.


Gabarito: Errado

Comentário:

Nós temos 7 formas de provimento de cargo público – NPA 4RE – NOMEAÇÃO,


PROMOÇÃO, APROVEITAMENTO, READAPTAÇÃO, REVERSÃO, REINTEGRAÇÃO E
RECUNDUÇÃO.
Alguns detalhes a mais sobre a promoção:

É a única forma de provimento derivado vertical.


A promoção é típica dos cargos organizados em carreira.

Dá-se por merecimento ou antiguidade (tempo de serviço).

A promoção não interrompe o tempo de serviço, que é contado no novo posicionamento na


carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor (art. 17)

A promoção também é considerada forma de vacância.

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Prof. Evandro Zillmer Amigos do Concurso Página 30


LEI 8.112/90 FACILITADA PARA CONCURSOS

20 (2018/CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.

Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: indenizações,


gratificações e adicionais, incorporando-se as duas últimas ao vencimento ou provento, nas
condições indicadas em lei.

Gabarito: Correto

Comentário:

Exatamente. Art. 49 – Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes


vantagens: IGA
I – indenizações (não se incorporam ao vencimento)

II – gratificações (incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições


indicados em lei)

III – adicionais (incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados


em lei)

Prof. Evandro Zillmer Amigos do Concurso Página 31

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