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Diferentes)aspectos)do)raciocínio)profissional)em)
Construção*do*Raciocínio* Terapia)Ocupacional
Terapêutico*Ocupacional Científico(
Condicional( Diagnós4co(
Pragmá4co
Raciocínio( De(
Profissional procedimento
DISCIPLINA:*TERAPIA*OCUPACIONAL*NAS*DISFUNÇÕES*NEUROLÓGICAS
Ético Narrativo(
PROFESSORAS*CAROLINA*REBELLATO*,*JULIANA*MELO*E*TALITA*SILVÉRIO
Interativo
Objetivo)da)
TO??
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02/08/18
Raciocínio(profissional(em(Terapia(Ocupacional(
TERAPIA2OCUPACIONAL nas(disfunções(neurológicas
Como$posso$começar$construir$o$meu$raciocínio$nessa$área$que$
OCUPAÇÃO ainda$conheço$pouco$e$estou$em$uma$formação$generalista?
Tem$passos$a$seguir?
Domínio'e'Processo'TO Domínio'e'Processo'TO
Ocupações ocorrem em contexto e são influenciadas pela As diferenças entre as pessoas e as ocupações com as quais se envolvem
interação entre fatores de clientes, habilidades de são complexas e multidimensionais. A perspectiva do cliente sobre uma
desempenho e padrões de desempenho. ocupação é categorizada variando de acordo com as necessidades e
interesses de cada um, bem como seu contexto.
“Ocupação é usada para significar tudo que as pessoas É através do processo de observação dos clientes envolvidos em
querem, precisam ou devem fazer, seja de natureza física, ocupações e em atividades que os profissionais de terapia ocupacional
mental, social, sexual, política ou espiritual, incluindo sono e são capazes de determinar a transação entre os fatores do cliente e o
descanso. Refere-se a todos os aspectos reais do fazer, ser e desempenho e, em seguida, criar adaptações e modificações e,
tornar-se humano e também ao de pertencer. selecionar as atividades que melhor promovam um aperfeiçoamento da
participação.
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Intervenção
Bottom,Up
Ocupações
A+vidades
Habilidades
Avaliação)
Top,Down
Substrato8biopsíquico AOTA,%2015
INTERVENÇÃO*TERAPÊUTICA*OCUPACIONAL
Alguma'sugestão'de'Modelo'de'Terapia'Ocupacional'que'possui'essa'
visão'focada'na'ocupação,'centrada'no'cliente'?
Modelo&da&Ocupação&Humana
Gary%Kielhofner e%colaboradores%na%década%de%70.%
A%ocupação%humana%é%vista%como%uma%tendência%inata%e%espontânea%de%
exploração%e%domínio%do%meio%pelo%homem,%pois%é%através%da%ocupação%que%
as%pessoas%exercitam%suas%habilidades%e%geram%experiências%compondo%sua%
trajetória%de%vida.%
De%acordo%com%a%literatura%da%área,%a%ocupação%é%complexa,%dinâmica%e%
multifacetada%que%sofre%influência%do%contexto%temporal,%físico%e%
sociocultural.%
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AMBIENTE: Pressupostos)Básicos:
A"OCUPAÇÃO"é"central"para:
a"experiência,"a"sobrevivência"
e"a"satisfação"do"homem
OCUPAÇÃO
O"desempenho"ocupacional"resulta"da"
interação"de"subsistemas,"ou"seja,"
de"partes"componentes"do"sistema"aberto"
(ser"humano"ocupacional)
SUBSISTEMAS SUBSISTEMAS
Orienta(as(escolhas(da(ação!!
Causação(pessoal(
VOLIÇÃO VOLIÇÃO (crenças(0 eficiência)
Metas(valorizadas
HABITUAÇÃO HABITUAÇÃO(comprometer0se)
Interesses
DESEMPENHO DESEMPENHO (própria(causa)
SUBSISTEMAS SUBSISTEMAS
Mantém'a'ação!!! Ações,sociais,,cognitivas,
ou,físicas!!
Papéis'interiorizados
VOLIÇÃO VOLIÇÃO Habilidades
Produtividade'
HABITUAÇÃO incorporada' HABITUAÇÃO Qualidade,das,ações
Ações'rotineiras'e' Integração,de,
DESEMPENHO automáticas DESEMPENHO
componentes,diferentes
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AMBIENTE AMBIENTE
A*base*para*que*o*
sistema*tenha*habilidade* Aspectos*mentais,*físicos*
de*agir! e*sociais*da*ocupação
CONSEQUÊNCIAS*DA*AÇÃO*=*FEEDBACK
Pressupostos)Básicos: AMBIENTE
As#percepções#do#feedback#que#o#indivíduo# Reorganização:da:
Informação
tem#do#ambiente#são#cruciais#para#guiar#
o#output#e#se#organizar#para#um#
INPUT OUTPUT
desempenho#ocupacional#adaptativo
THROUGHPUT
FEEDBACK
AMBIENTE FÍSICO,7SOCIAL7E7CULTURAL
AMBIENTE
Objetos7externos,7eventos7e7pessoas7
influenciando7na7ação7do7sistema7(ser7
ocupacional)
Cada7um7modela7o7outro!
THROUGHPUT THROUGHPUT
FEEDBACK FEEDBACK
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Objetivo)do)MOH
Ambiente((sistema(sócio,cultural)
Colocar'em'processo'o'raciocino'terapêu1co2ocupacional; Estruturas'físicas'(arquitetônicas);
Sistemas'políticos'(leis);
Como'as'pessoas'são'mo1vadas'a'escolher'as'suas'ocupações'e'engajamento'em'a1vidades' Atitudes'sociais'(comportamentos'externos,'comunicação);
significa1vas''na'vida?'
Valores'e'crenças'sociais'(machismo,'religiosidade);
Volição
Como'as'pessoas'u1lizam'o'tempo'para'realizar'e'organizar'as'suas'a1vidades'(ro1na)?'
Habituação
Como'as'pessoas'desempenham'suas'a1vidades?'Desempenho
Volição:(criar(metas(valorizadas(
AVALIAÇÃO*
pela(pessoa Ambiente(
! Identificação.dos.interesses;
! Identificação.da.percepção sobre.
capacidades.e.auto!eficácia; Habituação:(u7lizar(o(tempo(como(
! Identificação.de.metas. construção(engajamento(em(papeis(
Valorizadas.de.si; ocupacionais(
! Valores.pessoais.da.atividades; ! Iden@ficação.dos.padrões.de.
! Significados.pelas.atividades; organização.e.uso.do.tempo;
comportamento* ! Ro@na.(repe@ção.auxiliando.a.
! Tomadas.de.decisão.da.pessoa.
ocupacional relação.e.economia.da.cognição.
sobre.aquilo.que.faz.
e.uso.do.tempo);
! Papeis.sociais;
Desempenho:(desenvolver(as( ! Papeis ocupacionais;
habilidades(e(componentes ! Rituais.ocupacionais;
! Iden@ficar.os.componentes. ! Sen@do.de.pertencer.ao.contexto.
corporais; social.(sociabilidades);
! Iden@ficar.as.habilidades.motoras,. ! Sen@do.de.iden@dade.
sensoriais,.cogni@vas,.psíquicas;
! As.habilidades.indicam.o.
“aperfeiçoamento”.da.experiência.
entre.pessoa.com.o.ambiente.
Fases*ou*ciclos*de*vida
INTERVENÇÃO
Ambiente/
Volição:
Atividades/valorizadas/e/motivadas/ Habituação:
pela/pessoa,/a/partir/da/ Uso/e/organização/do/tempo/
identificação/como/suas/possíveis/ (passado,/presente/e/futuro)
metas As/ações/de/intervenção/devem/
Na#perspectiva#do#modelo:# situar/a/dimensão/precisa/do/tempo
As#pessoas#ao#longo#da#vida#(fases/ciclos)#se#adaptam#conforme#as#demandas# Prá$ca:(
do#ambiente; OCUPAÇÃO
Mudam#seus#interesses#ao#passo#que#se#aperfeiçoa#suas#habilidades#e#
Desempenho:
desempenho;
Devem/ser/desenvolvidas/as/
Adaptação)positiva:#quando#há#a#percepção#de#auto#eficácia#na#relação#da# habilidades/e/os/componentes
pessoa#com#o#ambiente;
Adaptação)negativa:#quando#não#há#percepção#ou#desempenho#sentido#como#
auto#eficácia#da#pessoa#em#seu#ambiente. Fases(ou(ciclos(de(vida
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ICPC
CID(10
CID(O(3
Classificação4
Internacional4de4
Doenças4
ICECI CID(11
CIF
Classificação CID(OE
ATC/DDD Internacional de4
Funcionalidade,4
Incapacidade e44Saúde
CID(10(NA
ISO49999
ICHI4
International4
Classification4of4Health4 ICF(CY4(2007)
Intervention4(em4
INCP desenvolvimento)
Classifica(as(condições(de(Saúde(e(
relacionadas(à(Saúde Relacionadas Classificações+de+Referência Derivadas
Histórico)da)CIF
Histórico)da)CIF
7"anos 1994*2001
61"países
Principais)mudanças)entre)a)) Fundamentos+da+CIF
CIDID/ICIDH)e)a)CIF Funcionalidade+Humana
Meramente incapacidade
CIDID/ICIDH CIF Modelo+Universal
Modelo de minoria
Terminologia"negativa" Terminologia"mais"neutra Meramente médico ou social
Modelo+Integrativo
Modelo+Interativo
Linear
Ambiente"não"classificado Lista"fatores"ambientais
Paridade
Causalidade etiológica
Modelo"conceitual"linear Modelo"conceitual"interativo Pessoa isolada
Contexto+/+Inclusiva
Uma"única"categoria"de" 2"categorias"de"deficiência:"função"e"
deficiências estrutura
Conceitos ocidentais
Aplicabilidade+Cultural
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Fatores' Fatores'
Ambientais Pessoais
FATORES PESSOAIS
FATORES AMBIENTAIS (não classificados na CIF)
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CAPACIDADE DESEMPENHO
Habilidade do indivíduo para executar uma tarefa ou uma ação Habilidade do indivíduo para executar
em um ambiente controlado “padronizado” uma tarefa em seu ambiente
atual / habitual
(ex: centro de reabilitação)
Esta noção depende do ambiente:
- Competência intrínseca
- Se o ambiente é facilitador,
o resultado é uma funcionalidade melhor
- Noção independente
do ambiente habitual - Se o ambiente é cheio de obstáculos, o resultado é um
agravamento da incapacidade
Funcionalidade otimizada
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CÓDIGOS
Cada um dos 4 componentes da CIF é codificado com uma letra:
! p : para participação
CIF
b s d e
e(2(4 ambiente(
d(1(4 natural(e(
b(2(4 Funções( s(2(4 Olho,(ouvido( d(2(4 Tarefas(e(
b(1(4 Funções( s(14 Estruturas(do( Aprendizagem(e( e(1(4 Produtos(e( mudanças(
sensoriais(e(dor( e(estrut.( aplicação(do( demandas(gerais(
mentais((22) (18) sist.(Nervoso((7) relacionadas((8) (6) tecnologia((14) ambientais(feitas(
conhecimento((21) pelo(ser(humano(
(13)
b 4(4 Funçoes dos(
b(3(4 Funções(da( s(3(4 Estrut.(relac.( s(4(4 Estrut.(do(( d(3(4 d(4(4 Mobilidade( e(3(4 apoio(e(
sist.(cardio,( e(4(4 Atitudes((14)
hemato,(imuno e( sist.((cardio,(imuno( relacionamentos(
voz(e(da(fala((6) á(voz(e(á(fala((6) e(respiratório((5) Comunicação((16) (20) (13)
respiratório((16)
s(5(4 Estrut.(relac.(
b 5(4 Funções(do( b(6(4 Funções( s(6(4 Estrut.(relac.( e(5(4 Serviços,(
aos(sist.( d(5(4 Cuidado( d(6(4 Vida(
Sist.(digestivo,( geniturinárias(e( digestório,( aos(sist.( sistemas(e(
metabólico(e( geniturinário(e( Pessoal((9) doméstica((11)
reprodutivas((11) metabólico(e( políticas((20)
endocrino (14) endócrino((10) reprodutivo((5)
b(7(4 Funções( os(fatores(
músculo( b(8(4 Funções(da( d(7(4 Relações(e( d(8(4 Áreas(
s(7(4 Estrut.(relac.( s(8(4 Pele(e(estrut.( facilitadores(e(as(
esqueléticas(e( pele(e(estruturas( interações( principais(da(vida(
relacionadas((10) ao(movimento((9) relac.((6) interpessoais((11) (17) barreiras(contidas(
relac(ao(
movimento((17) no(ambiente
d(9(4 Vida(
alterações(do( as(alterações(na(
comunitária,(social(
corpo estrutura(do(corpo e(cívica((7)
o(desemepnho(e(a(
capacidade
NOME(DA(PESSOA;(CID
FATORES(PESSOAIS FATORES(AMBIENTAIS(
FATORES(DOS(CLIENTES (BARREIRAS/FACILITADORES)
CONTEXTOS(E(AMBIENTES
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NOME(DA(PESSOA;(CID NOME(DA(PESSOA;(CID
NOME(DA(PESSOA;(CID NOME(DA(PESSOA;(CID
FATORES(PESSOAIS FATORES(AMBIENTAIS(
FATORES(DOS(CLIENTES (BARREIRAS/FACILITADORES)
CONTEXTOS(E(AMBIENTES Cultural(
Pessoal FATORES(PESSOAIS FATORES(AMBIENTAIS(
Físico FATORES(DOS(CLIENTES (BARREIRAS/FACILITADORES)
Social( CONTEXTOS(E(AMBIENTES
Temporal(
Virtual(
ESTUDO'DE'CASO'1
J. N, um homem, 62 anos, com baixa escolaridade, hipertenso e fumante, é
pedreiro, casado e mora com a esposa. Tem 3 filhos (2 mulheres e 1 homem). Em
um dia no trabalho, sentiu@se mal, com perda da força e movimentos no lado
direito. Após a avaliação clínica e realização de exames de neuroimagem foi
confirmado que teve um Acidente Vascular Encefálico (AVE) isquêmico. Ficou
internado por 15 dias e, após a alta, foi encaminhado para tratamento
multidisciplinar em um centro de reabilitação. No dia da avaliação do terapeuta
ocupacional, há 45 dias pós@AVE, estava de cadeira de rodas emprestada do
vizinho, relatou dores no ombro, alteração da sensibilidade e não conseguir
movimentar coordenadamente o braço direito nem manusear pequenos objetos.
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ESTUDO'DE'CASO'1 ESTUDO'DE'CASO'1
Chorou muito ao contar sobre as suas dificuldades, é dependente da esposa para
tomar banho, vestir e despir. Locomove8se com a cadeira de rodas em curtos
Na avaliação física, o terapeuta ocupacional identificou que J. N. apresenta espaços. A sua esposa refere estar sobrecarregada e com dores nas costas. J. N.
moderado aumento de tônus, sem limitações de amplitude de movimento de está preocupado com seus compromissos profissionais que não vem cumprindo
dedos, punho e cotovelo, apesar da espasticidade. A articulação do ombro e, por este motivo, pretende voltar o mais breve possível ao trabalho, pois é essa
apresenta>se com limitação de amplitude total para a extensão e abdução. O a renda que sustenta a família. Não apresenta alteração cognitiva. Apresenta
padrão de espasticidade de membro superior é classificado como III (conforme dificuldade na expressão verbal. Adora pescar. Foi com o filho na semana passada
ilustrado ao lado). Na avaliação da sensibilidade percebeu que apresenta a em um pesque8pague, mas se irritou com suas dificuldades e voltou para a casa.
sensibilidade protetora e de temperatura da mão diminuídas. A sua casa é pequena, possui 4 cômodos cheio de móveis.
JN;(Hipertensão(arterial( Voltar(a(
NOME(DA(PESSOA;(CID sistêmica((I10)(e(AVE trabalhar
ESTUDO'DE'CASO'1 Referências
Quais instrumentos/medidas de avaliação podemos utilizar nesse? Para quê? American Occupational Therapy Association. Occupational therapy practice framework: Domain and process (3rd ed.). American
Journal of Occupational Therapy, 68(Suppl.1), S1–S48, 2014.
Quais objetivos podemos traçar?
PEDRETTI, L. W.; EARLY, M. Desempenho Ocupacional e Modelos de Prática para Disfunção Física. In PEDRETTI, L. W.;
O que é importante considerar para definir os objetivos terapêuticos? EARLY, M. B. Terapia Ocupacional: capacidades práticas para disfunções físicas. Cap 1, pág 3 - 13. 5 ed. São Paulo; Rocca, 2005.
Como alcançá@los (plano de intervenção) ? SAÚDE, O. M.; CIF-CJ: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – Versão para Crianças e
Jovens. 1.ed. São paulo: Edusp, 2011.
SCHELL, B.B. Raciocínio Profissional na Prática. In: NEISTADT, M.E.; CREPEAU, E.B. Willard e Spackman: Occupational
Therapy. Cap 32, pag 318 - 331. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
CRUZ, DMC. Os modelos de Terapia Ocupacional e as possibilidades para a prática e pesquisa no Brasil. Rev. Interinst. Bras. Ter.
Ocup. Rio de Janeiro. 2018. v.2(3): 504-517.
KIELHOFNER, G.. Model of Human Occupation: Theory and Application. 4nd ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2008.
565 p.
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