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PRATICA DE ENOCHIANO
Por Grimmwotan
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Apresentação
O Sistema Enochiano tem sido usado como grande chave mágica oculta,
dentro da maioria dos sistemas herméticos, desde o século XVI, sendo que
diversas teorias e ao menos 03 “modus operandi” foram desenvolvidos para
seu uso.
ÍNDICE
Página 02........................................................Apresentação;
Página 03....................................................................Índice;
Página 11..................................................................Práticas
Pagina 67............................................................Bibliografia;
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TÁBUA DA UNIÃO
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AR
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ÁGUA
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FOGO
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TERRA
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Práticas:
1) Mantenha sua coluna ereta, sentado em uma cadeira, com a palma das
mãos sobre as pernas, e plantas dos pés sobre o solo;
2) Você não deve ser mover, não importando o que ocorra, deve dominar
seu corpo, e se manter atento e controlado até concluir a prática
proposta;
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3) Use uma folha de sulfite branca, com um ponto bem visível desenhado
no centro geométrico, fixada na parede na altura dos olhos, ou ainda,
fixando um ponto qualquer de uma parede, preferencialmente branca ou
de cor neutra;
4) Mantenha seus olhos fixados no ponto escuro no centro da folha branca,
ou no ponto escolhido da parede que está observando;
5) Deve manter os olhos medianamente abertos, nem muito abertos (para
não ressecar) nem muito fechados (para não comprimir demais os
olhos);
6) Não deve desviar os pontos do local determinado, por motivo nenhuma,
para lograr êxito, mesmo que algo espetacular ocorra;
7) A luz não deve ser muito intensa e nem deve incidir diretamente nos
olhos, para não atrapalhar ou causar erros e falhas perceptivas;
8) O tempo mínimo em que se deve ficar concentrado é de 20 minutos,
podendo-se iniciar por menos tempo, até adquirir a capacidade de ficar
atento por 20 minutos;
9) Os efeitos iniciais serão os seguintes:
a) Nos primeiros minutos, nada;
b) Após algum tempo uma bruma sem cor dançando e fazendo os olhos
se desviarem do foco, a qual sempre some se você tentar fixá-la sem
que o seja pela visão periférica;
c) Após este período, a bruma, a qual é chamada no druidismo de
“nwire”, se adensará e começará a mudar entre o amarelo, o violeta,
o azul e o verde;
d) Transcorrido o tempo inicial, a fixação na bruma, sem jamais desviar
os olhos, fará com que toda a imagem captada no ambiente onde
estiver, não importando qual venha ser esta imagem, desapareça e
fique apenas a bruma, dançando e mudando de cor;
e) Êxtase intenso, gerado no momento exato em que a bruma começa
a se adensar;
f) A percepção de um som inicialmente baixo, que conforme a atenção
aumenta, vai ficando cada vez mais forte e mais alto, até ficar
ensurdecedor, o qual é similar ao trinado de pássaros mesclado com
o chiado dos besouros no verão. Note, adicionalmente, que este som
não é percebido nos ouvidos, ele é percebido diretamente nas áreas
do cérebro que recebem e interpretam os estímulos sonoros;
g) Ampliação marcante do êxtase, no momento exato em que o som
começar a ficar intenso;
h) Este estado pode ser usado para catapultar a percepção do
praticante, em direção a mundos, pessoas ou situações, sendo que,
adicionalmente, este estado de percepção da bruma e do som, pode
ser atingido mesmo na escuridão mais profunda;
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Isto quer dizer que todos os dias, ou pelo menos 5 dias por semana, após ter
sido aberto o ritual de pentagrama, dever-se-á sentar-se com a coluna reta,
sobre os joelhos em postura do Dragão, ou em Lótus, ou outra postura
conveniente, havendo a possibilidade de estar sentado em uma cadeira, para a
prática, com a coluna ereta e as plantas do pés no chão, pernas juntas o tempo
todo.
Usando-se da palavra enochiana MIKAH (lê-se mikarr, que temo por tradução
PODER), entoada em todas as 7 notas musicais, procure descobrir em qual
tom sua voz transmite força, e vontade. Esta nota e o seu timbre exato para
todas as praticas, e rituais, sendo a chave para que os cantos, feitiços e
mantras possam realmente surtir efeito.
Este exercício devera ser praticado, até que se tenha conseguido descobrir
qual é a sua “VOZ MAGICA”.
Deve ser praticado 5 dias por semana, num ideal de 7 vezes por semana,
sempre dentro depois de abrir adequadamente o Ritual de Pentagrama
Enochiano.
Cada letra deve ser entoada 3 VEZES. Isto significa que cada chacra será
ativado 9 vezes ao todo.
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É bom salientar, desde o início, que o método que será apresentado abaixo,
não é o método costumeiro em que o pilar é executado.
Deve sempre ser visto que na verdade giram como dois turbilhões, duas cruzes
gamadas, uma horária e outra maior e externa anti-horária.
Memorize com atenção uma tabela com as letras enochianas, sendo que
sempre deve-se visualizar sobre cada esfera o nome a ser vibrado em
“LETRAS ENOCHIANAS”. E deve fazer 3 inalações prânicas antes de vibrar
por 3 vezes cada nome enoquiano, vendo as correntes estelares entrarem e se
fundirem com a esfera em turbilhão externo, ao mesmo tempo em que a esfera
em turbilhão solar interno, recebe os influxos solares horários. Isto deve ser
feito como se fossem observados realmente tentáculos em turbilhão esticando-
se e buscando o fluxo infinito do que os druidas em tempos recentes chamam
de Nwire.
Após a última repetição, veja subindo a partir da esfera dos pés 2 serpentes,
subindo sinuosamente em sentidos opostos, a horária vermelha e a anti-horária
azul, entrando em cada esfera abaixo relacionada, como que em cópula,
gerando uma esfera índigo escura sobre as próprias esferas, subindo de esfera
em esfera desta maneira, até entrar em na primeira esfera, sobre a cabeça,
explodindo em forma de luz gerando uma esfera que vai em suas extremidades
da cabeça aos pés, toda ela em Branco.
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As Chaves Enochianas
No Sistema Enochiano existem chaves cantadas na língua enochiana, as quais
servem para invocar os poderes elementais, os seres que os regem, e bem
como abrir os “aethyrs” (dimensões) enochianas.
Ol sonuf vaoresaji, gohu IAD Balata, elanu saha caelazod: sobrazod-ol Roray i
tanazodapesad, od comemahe ta nobeloha zodien; soba tahil ginonupe pereje
aladi, das vaurebes obolehe giresam. Casarem ohorela caba Pire: das
zodonurenusagi cab: erem Iadanahe. Pilahe farezodem zodenurezoda adana
gono Ia dapiel das home – tohe: soba ipame luipamis: das sobolo vepe
zodomeda poamal, od bogira aai ta piape Piamoel od Vaoan! Zodacare, eca,
od zodameranu! odo cicale Qaa; zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe
Iaidon!
caosaga: Bagile zodir e-na-IAD: das iod apila! Do-o-a-ipe quo-A-AL, zodacare!
Zodameranu obelisonugi resat-el aaf nor-mo-lapi!
Napeai Babajehe das berinu vax ooaona larinuji vonupehe doalime: conisa
olalogi oresaha dascahisa afefa. Micama isaro Mada od Lonu-sahi-toxa, das
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Noroni bajihie pasahasa Oiada! das tarinuta mireca oltahila dodasa tolahame
caosago homida: das berinu orocahe quare: Micama! Bial! Oiad; aisaro toxa
das ivame aai Balatima. Zodacare od Zodameranu! Od cicale Qaa! Zodoreje,
lape zodiredo Noco Mada, hoathahe Iaidon!
Ilasa! tabaanu li-El pereta, casaremanu upaahi cahisa dareji; das oado caosaji
oresacore: dasomaxa monasaçi Baeouibe od emerajisa Iaiadix. Zodacare od
Zodameranu! Odo cicale Qaa. Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe
Iaidon!
Ilasa viviala pereta! Salamanu balata, das acaro odazodi busada, od belioraxa
balita: das inusicaosaji lusadanuemoda: das ome od taliobe: darilapa iehe ilasa
Mada Zodilodarepe. Zodacare od Zodameranu. Odo cicale Qaa: zodoreje, lape
zodiredo Noco Mada, hoathahe Iaidon!
Ilasa micalazoda olapireta ialpereji beliore: das odo Busadire Oiad ouoaresa
caosago: casaremeji Laiada eranu berinutasa cafafame das ivemeda aqoso
adoho Moz, od maoffasa. Bolape como belioreta pamebeta. Zodacare od
Zodameranu! Odo cicale Qaa. Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe
Iaidon!
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Marsilio Ficino, por exemplo, foi o primeiro a dar impulso a este movimento,
pois procurou polarizar o platonismo com o cristianismo, e em seus esforços
procurou demonstrar que haveria uma sólida e consistente tradição, vinda
desde Hermes Trimegistus até Platão, tendo passado por zoroastristas, órficos
e pitagóricos afirmando a necessidade do homem de atingir a autoconsciência
de sua própria imortalidade e divindade, através iluminação através de uma
iluminação racional (ratio), intelectual (mens) e imaginativa (spiritus e fantasia),
e procurando determinar via esta polarização, que todas as coisas existem no
deus afirmado na bíblia, ou emanam do deus ali citado.
Já Giovanni Pico della Mirandola, que foi discípulo de Ficino, resolveu estudar
a cabala e a torah e combiná-las a filosofia, e dentre outros detalhes afirmava
que o deus citado na bíblia, torah, corão e talmud criou o homem para apreciar
sua obra, sendo que Mirandola afirma que o homem ascende ao status
angélico, sempre que folosofa e cai no estágios de vegetal e animal, quando
falha em usar sua filosofia.
Giordano Bruno que nasceu em 1548 e.v., ou seja 50 anos após a morte de
Ficino, desenvolveu conceitos bem peculiares, e foi perseguido ao extremo por
conta dos mesmos.
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Estes movimentos tem todos em comum o fato de terem nascido sob o período
humano chamado de Renascimento, e serem imbuídos em muito dos conceitos
dos filósofos antigos, mas que principalmente continham muito de Plotino –
considerado o pai do neo-platonismo – como sua mola propulsora.
E foi sob a óptica das bases acima relatadas que John Dee, que viveu entre
1527 até 1609 da vulgar era cristã, ergueu seu tratado sobre o Enochiano.
A base deste movimento está no textos que teríam sido atribuidos a Hermes
Trimegistus, chamados de “Corpore Hermeticum”, que originalmente foram
traduzidos para o grego por Miguel Psellus e Ulf Ospaksson, em Bizâncio, e
que depois sofreram uma posterior tradução ao latim por parte de Marsilio
Fisino, acima citado, sendo que muito provavelmente o texto que procede dos
Sabeanos sofreu consideráveis alterações, quando passou pelas mãos de seus
tradutores, sobre tudo pelas mãos de Fisino.
Houve outro povo que adotou os costumes dos essênios, cuja cidade foi
originalmente usada como um posto avançado da cidade suméria de Uruk,
sendo portadores dos costumes astronômicos, religiosos e simbólicos naturais
dos Sumérios e Babilônicos.
Devemos notar que a isto soma-se o fato de que ali já viviam os Curdos, que
em sua origem eram Yezidis, e que ofereceram forte resistência aos árabes em
toda a sua história, fato este que foi tomado como estratégico para os
harranitas se estabelecerem na região de Bagda - e como sabemos os Yezidis
contém elementos gnósticos e mitraicos em seu culto.
Por volta de 1041 da era vulgar, Miguel Psellus recebeu em Bizâncio uma
grande quantidade de documentos dos Sabeanos e bem como de Harran,
possivelmente levados para Bizâncio por parte de caravanas de mercadores,
que sabiam da imensa biblioteca que havia na cidade.
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John Dee que foi várias vezes acusado de bruxaria, entre tantas outras formas
de perseguição, veio a estreitar laços de amizade com a então princesa
Elisabeth, que viria a ser Elisabeth I, a primeira rainha protestante da Inglaterra,
e depois tornou-se seu conselheiro, astrólogo particular, e trabalhou como um
espião para o Império Britânico, durante a guerra anglo-espanhola – termo
aliás que é de sua autoria.
Nacionalista extremado, Dee procurou em toda a sua vida servir ao seu país, e
devotar seu tempo livre ao estudo do que a seu ver, seria considerada a
ciência sagrada e suprema, sendo que a parte final de sua vida foi designada
exclusivamente para este último.
Um caso que não é único, se observarmos que pouco tempo após a morte de
Dee, os presbiterianos ligados a maçonaria, vieram a promulgar o Confessio
Fraternitatis – publicado na cidade alemã de Kassel em 1615 e.v. - e os outros
dois documentos que são a base do Rosacrucianismo, e procuraram refúgio
contra igreja, em meio ao solo Boêmio.
John Dee, como foi citado acima, era Gales o que por si só nos leva a
apontamentos diferentes do que pretendem a maioria.
Este termo contém em si mesmo uma série de chaves para compreensão das
bases do conhecimento, e da tradição antiga.
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Seus ancestrais vieram dos Alpes à Norte, do Lago Venetico parte dos
Bodensee, e da Bavária, potencialmente também dos Thuringios – que são a
fonte dos mitos modernos sobre os Anões “...dwarfs...”, que são chamados de
“...Walen...”.
Estes elementos somados aos dados acima citados, todos eles fortemente
solidificados na natureza tanto inventiva quanto reticente de John Dee,
formaram a base para que no devido tempo em sua vida, viesse a ganhar
corpo aquilo que foi conhecido como “Sistema Angélico” ou “Sistema
Enochiano.
que foi freqüente meio usado pelos pensadores de então, para buscar uma
solução filosófica para lidar com o dogma presente na bíblia, talmud e por
vezes no corão, levaram ao aparecimento e desenvolvimento do hermetismo,
mas também resultaram em um beco sem saída para estas mesmas mentes
ardorosas.
Como seria possível a qualquer ser munido dos princípios da filosofia supor a si
inferior, por usar-se do que é chave para dar sentido ao dogma, por mais
tortuoso e inconsistente que este o seja?
Notemos que Lutero foi responsável direto pela morte de 100.000 pagãos
somente em solo alemão, e que ele mesmo atacou publicamente e estimulou a
perseguição contra judeus, como podemos observar em "Von den Juden und
ihren Lügen” - Sobre os judeus e suas mentiras, escrito em 1543, quando
Lutero tinha 60 anos, ou "Vom Schem Hamphoras und vom Geschlecht Christi"
- Sobre o schem Hamphoras e sobre o sexo de Cristo - de 1544.
Desta forma, torna-se tanto interessante quanto mais fácil de entender, todos
os apelos “angélicos” existentes no enochiano, contra o Goétia!
Estes apelos são muito similares a outro texto vinculado ao hermetismo, que
muitas pessoas até o presente momento tem em alta conta, mesmo que seja
mais um manual de sectarismo do que uma obra para desenvolvimento
espiritual.
Podemos citar a respeito deste texto, alguns dados que podem esclarecer
estes fatos, uma vez que logo no início o praticante é incitado com as seguintes
passagens:
Edward Kelly, ou Edward Talbot, viveu entre os anos de 1555 a 1597 da era
vulgar, e foi considerado como um charlatão ou mesmo criminoso pela maioria
das pessoas de sua época.
Em meados de 1582 e.v., entrou em contato com John Dee que por volta desta
época já estava descontente com os sistemas ritualísticos de seu tempo, pois
desejava ardentemente tomar contato apenas com o conhecimento sagrado e
mais elevado, desdenhando imediatamente tudo que pudesse estar
correlacionado com baixa magia ou demonologia, por seu ponto de vista
pessoal.
Ocorre que Kelly soube que Dee desejava encontrar um médium para seus
experimentos, e bem como sabia da influência e das vantagens que Dee
possuía perante a corte britânica, por conta de sua ligação pessoal com a
Rainha Elisabeth I.
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É dito que ele fingiu estar em transe sob influência do Anjo Michael, e desta
forma ter influência Dee a pagar-lhe uma verdadeira fortuna mensal, que seria
o devido pagamento pelo julgamento do anjo, para honrar os serviços de “tão
nobre auxiliar”, e bem como se diz que Kelly chegou a conversar via um
espelho, com os 72 anjos herméticos, vinculados a um texto chamado “Chave
Maior de Salomão”, que aborda os quinários da astrologia, sob o ponto de vista
rabínico e hermético menor.
Em dado momento, os anjos assustaram tanto Kelly, que ele instigou Dee a
desistir, dizia que na verdade estavam tomando contato com demônios, pois o
que propunham era algo absurdo em todos os sentidos, tanto para época
quanto para o dogma que regia a vida de ambos, pois através de Kelly chegou
a deixar uma suspeita de que deveriam os dois deitarem-se juntos – coisa que
acabou se desenvolvendo na famosa troca de esposas entre Dee e Kelly – e
no último contato propriamente dito, o “anjo” se apresentou e deixou bem claro
a ambos que “...o conhecimento que estavam desfrutando destruiria
completamente a sociedade humana...”!
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Este último golpe foi demais para tanto para Kelly quanto para Dee, sendo que
ambos definitivamente se separaram em 1588 e.v. .
John Dee morreu em 1609 da era vulgar, não estando mais nas graças da
coroa, pois o Rei James não era favorável as práticas de Dee, como foi o caso
da Rainha Elisabeth I.
Kelly, contudo, faleceu bem antes em 1597 e.v., tendo vivido uma opulenta vida
sob a corte do Rei Rudolf II em Praga, prometendo-lhe por muitos anos que
produziria “...Ouro Alquímico...”, que se gabava constantemente saber produzir.
Rudolf cansou-se de Kelly e atirou-o em uma masmorra até que este viesse a
produzir o tal “...Ouro Alquímico...”, quando falhou pela segunda vez foi
novamente preso, desta vez no Castelo de Hněvín, e é da opinião da maioria
que a corda que usou para tentar fugir era muito curta, e ele quebrou uma
perna ao cair da torre, morrendo em decorrência dos ferimentos.
Outra coisa que é inquietante no texto, e que nos faz muito especular, são as
afirmações que de que as adorações jamais deveriam se voltar a “Iaseus
Christus” e sim a deus único, dentro do ponto de vista dos seres que tomaram
contato com Kelly e Dee. Pois sabemos que houveram cultos heréticos que
foram perseguidos com violência pela igreja católica, que afirmavam
justamente isto, como foi por exemplo o caso do arianismo pregado pelo padre
ário, que foi absorvido como culto pelos Visigodos quando vieram a entrar em
decadência e se converteram ao monoteísmo, mas que não aceitavam em
nenhuma hipótese prestar culto a “cristo”. E justamente este fato em si,
encaixa-se como uma luva com o sentimento de ultra-nacionalismo de John
Dee, assim como outros motivos acima citados.
muitas chaves e elementos que até hoje não foram combinados aos mesmos, e
que os explicam em todos os sentidos.
“...Coraxo chis cormp od blans lucal aziazor paeb sobol ilonon chis OP virq
eophan od raclir, maasi bagle caosgi, di ialpon dosig od basgim; Od oxex dazis
siatris od saibrox, cinxir faboan. Unal chis const ds DAOX cocasg ol oanio yorb
voh m gizyax, od math cocasg plosi molvi ds page ip, larag om dron matorb
cocasb emna. L Patralx yolci matb, nomig monons olora gnay angelard. Ohio!
Ohio! Ohio! Ohio! Ohio! Ohio! Noib Ohio! Casgon, bagle madrid i zir, od chiso
drilpa. Niiso! Crip ip Nidali...”
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Sabemos que tanto Dee quanto Kelly se interessavam por estudos sobre
Hermetismo e sobre o Sobrenatural, mais especificamente voltados para a
natureza dogmática que habitava em ambos.
E sabemos que Dee em seus estudos sobre hermetismo, como por exemplo
atesta seu texto “Mônada Hieroglífica”, conhecia bem os documentos que
engendraram o hermetismo, bem como o pensamento dos que foram seus
progenitores nos tempos na verdade muito próximos aos dele mesmo, sendo
que Marsilio Fisino fez uma cópia e tradução do “Corpore Hermeticum” –
apenas 100 anos antes de Dee começar a suas pesquisas com Hermetismo –
e que Miguel Psellus já havia traduzido para o grego este texto com o auxílio
de Ulf Ospaksson, meio milênio antes.
Começa a ficar muito claro qual foi o principal ponto de motivação de John Dee
para nomear seu sistema como “Enochiano”, ou angélico – dado o já conhecido
fato ligando os Nefelins com as mulheres humanas creditado a história de
Enoche, em um apócrifo.
Mas devemos ir muito além disto, devemos penetrar na mente do Doutor Dee,
e seguir seus pontos de motivação pessoal, sua indignação, seu nacionalismo
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extremado e bem como sua idiossincrasia arraigada em seu ser, e cuja origem
se mostrou presente em seu trabalho.
Pois Dee ao entender melhor do que muitos em sua época, das raízes
semânticas e lingüísticas de seus ancestrais, e de outros povos, viu a
necessidade de expressar uma língua sagrada e um verbo sagrado, que
fossem mais precisos a seu ver para demonstrar a natureza do povo eleito,
conforme nossas suposições avançam – embora o façam embasadas na lógica
e no raciocínio.
Desta forma não somente os textos e contatos acima, que parecem se alinhar
ou com os processos da assim chamada reforma protestante, ou com os
caminhos de cultos taxados como heréticos pela igreja católica. Mas também,
muito do simbolismo usado, parece ter caminhado neste sentido.
Até aqui tudo parece extremamente original, e para a maioria das pessoas
assim o é.
Como já foi dito, John Dee conhecia muito bem línguas e bem como a língua
de seus ancestrais, e que os mesmos eram os “Wales” uma palavra de origem
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Nórdica ou Germânica, que implica em estrangeiro, e que este povo foi o mais
feroz em guardar sua língua e suas tradições, em meio a outros povos como os
Escoceses e os Ingleses.
Mas muitas questões serão levantadas contra isto, se não fosse a problemática
da similaridade das afirmações enochianas sobre “Iaseus Christos” não dever
ser adorado em nome de Iaida, termo enochiano para a palavra “Altíssimo”,
como ocorreu com o arianismo abraçado pelos Viosigodos, que foi um fato de
conhecimento apenas dos homens que puderam ter cultura na época de Dee, o
que o incluí entre os mesmos.
Altíssimo é também um termo usado para designar o deus pai maior dos povos
setentrionais, contudo ali chamado de “Har”, mas que se liga justamente ao
caractere que dá nome aos deuses ali cultuados, aos “Ases” ligados ao
caractere “As”, que foi absorvido e usado pelos Boêmios e outros hermetistas,
para dar nome a raiz dos poderes de fogo, ar, água e terra dentro da temática
do taro, e das permutações da escala platônica de fogo, ar, água e terra
chamadas pelos herméticos de “Tetragrammaton”.
Desta forma, John Dee procurou usar da temática que lhe era comum tanto por
herança de família, como por julgar que esta seria a natureza mais acertada
para dar impulso a sua visão de um império britânico, movido por um povo com
uma verdadeira palavra e verbos divinos, que o movessem em direção a glória
que em seu nacionalismo fervoroso, considerava como sendo de seu direito, e
relegando o velho testamento e o novo testamento a uma visão ultrapassada,
sob suas perspectivas, que deveria dar passagem a uma revelação mais coesa
com os pontos de vista que estavam se formando na Europa daquele período,
como acima foi citado, e sob a regência do nascente império britânico.
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Pela óptica adotada dentro das organizações do passado e das atuais, e pela
origem em grande parte hermética do trabalho do Doutor Dee, estas 16 Chaves
Enochianas, se posicionam na escala de fogo, ar, água e terra usada dentro do
hermetismo com base no cabalismo, cuja origem é neo-platônica em todos os
sentidos.
Da 10ª até a 12ª Chaves teremos Ar da Água, Terra da Água e Fogo da Água.
Da 13ª até a 15ª Chaves teremos Ar da Terra, Água da Terra e Fogo da Terra.
Da 16ª até a 18ª Chaves teremos Ar do Fogo, Água do Fogo e Terra do Fogo.
Que se vinculam por sua vez aos 16 sub-quadrantes elementais das 4 Torres
de Vigília Enochianas, ou 4 Tábuas Elementais.
Dentre os Celtas podemos encontrar o culto aos Sdhee, que é o termo pelo
qual os deuses célticos são efetivamente conhecidos, sendo que os mesmos
são também chamados pelos ingleses de Elfos, que é uma derivação do Old
Norse do termo Alf, que implica exatamente na mesma coisa.
O transe seidhr implica em êxtase sexual como catalisador dos eventos em si.
Isto explica o motivo pelo qual o ser enochiano que tomou contato com Kelly e
Dee, ter exigido que os dois se deitassem juntos, ou que suas esposas fossem
trocadas. Pois havia entre os nórdicos ligados aos povos vanires, sacerdotes
de Freir – deus vanir irmão de Freija – e de Freija que eram taxados como
“Erg”, que quer dizer homossexual, e que se afeminavam para efetuar o transe
seidhr como as seidkhonas – feiticeiras – o faziam.
Mas nos é muito interessante que um certo tema seja básico, tanto nos
trabalhos ligados ao Enochiano, quanto naquilo que acima foi citado como o
“...Abramelin...”. Este tema, como já se pode perceber é o que aborda os
trabalhos acerca do Santo Anjo Guardião!
É dito que sem o S.A.G., fazer uma invocação de qualquer tipo ligada tanto a
ditos anjos quanto a ditos demônios, resultaria em auto destruição ou loucura
para o praticante.
No entanto sabemos que todos os seres goéticos e demais seres que foram
taxados de demônios pelas formas de monoteísmo que existem desde os atos
de akhenaton, tendo-o como sua fonte, nada mais são do que as fontes reais
para a sustentação do monoteísmo, uma vez que o politeísmo é o tema básico
que com suas tradições, veio a alimentar os símbolos do monoteísmo, via os
atos de sacerdotes inconseqüentes e inescrupulosos.
S.A.G. liga-se aos assuntos abordados por Jung no que tratava como sendo o
conceito de Individuação, apenas que em um nível muito mais intenso e mais
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alto do que ele mesmo poderia chegar a supor, apesar de ter usado o Bardo
Todol, como uma de suas fontes principais de inspiração. E se viéssemos a
estabelecer um procedimento para aferir o desenrolar do desenvolvimento de
cada praticante, e bem como os efeitos disto em seu ser, teríamos
necessariamente tanto que aferir quanto do cérebro o praticante passa a
utilizar, quando o contato com seu inconsciente superior passa a banhar a
relação do inconsciente inferior com o consciente, quanto aferir quanto do
inconsciente passou a ser tanto conhecido como conscientemente
experimentado pelo praticante.
Ou seja, que Kelly e Dee despertaram via seus trabalhos baseados na língua
antiga dos “Wales” e em suas fontes etimológicas, e pelo uso do transe frente o
cristal escuro, traços dos cultos antigos, que paulatinamente ganharam força e
vida no decorrer dos trabalhos feitos, tanto no caso original de John Dee e
Edward Kelly, quanto nos de tantos outros praticantes, como e principalmente é
o caso de Aleister Crowley, que fez a façanha de percorrer e catalogar tudo o
que pôde ver nos 30 Aethyrs Enochianos.
Como foi acima citado, Crowley é celebrado como o primeiro – alguns dizem
que o único – que viajou por todos os 30 Aethyrs, catalogou o que viu, e deixou
indicações claras para quem quisesse se arriscar a seguir seus passos.
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Podemos dizer inclusive que ambos possuíam outros pontos em comum, além
do fato de serem ingleses, pois se John Dee foi aceito entre os membros
fundadores do Trinity College d Cambridge, Aleister Crowley, estudou no
mesmo a partir de 1.985 e.v e lá se destacou em meios aos estudantes.
Tal passagem acima teria sido citada por Choronzon, o Arqui-demônio que
habita em ZAX, e que é a dispersão em si mesmo, encarnando em si todos os
terrores que são citados a respeito da temática da Sephirah Daath, vista como
uma entrada que dá diretamente no que a cabala chama de Árvore da Morte,
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composta por Qlipoth, que são os lares dos demônios citados dentro da bíblia,
corão, talmud e torah.
Sabe-se que isto implica apenas e tão somente no fato de que as ditas
“...esposas...” são somente tocadas e manipuladas pelo esposo – dando
margem a idéia cabalística de ruach e nephesh, alma e corpo, esposo e
esposa – que é o sacerdote dentro da temática cabalística, e as
“...prostitutas...” necessariamente são aquelas que vem a ser manipuladas
pelas mãos de todos os outros, e que não tem vínculos exclusivos com o
sacerdote, e mais que em nenhum momento o obedecem.
O Talmud vai além, e afirma que Qlipoth é o nome que é dado a alma dos que
não fazem parte do povo eleito – coisa que explica em muito o antagonismo
gerado contra o mesmo, por parte de outros estilos de monoteísmo, e presente
na temática de muitos hermetistas, mesmo que sutilmente.
Após o Aethyr 10º, vem a descrição de um Aethyr de nome ZIP que lida com a
temática do adentrar na cidade das pirâmides, que é uma representação
daquele que foi além da Daath da cabala, e entrou no local onde reside Aima
Helohim e Ama Helohim, vistas como Babalon, ali mais uma vez ocorre
referência ao tema da Rosa e da Cruz, que em verdade formam o Brasão de
Armas de Luthero, algo que escapa aos usuários e que deveria ter sido
repensado pelo modelo thelemico do período, por representar um modelo do
Aeon dos Escravos.
O amor ali citado contém sua fonte nesta deusa e a chave real disto, que como
podemos ver também se conecta nos conceitos ligados a Freia e a Freir, como
foi acima citado, explica-nos todos os detalhes vinculados a idéia conectada
com os chamados Irmãos Negros, ligados a este Aethyr, que dizem ser aquele
até onde os mesmos podem atingir, pois estes que se negam a deixar seu
sangue adentrar na copa das abominações de Babalon, na temática da visão
do décimo primeiro grau como foi explanado por Crowley, não podem ser
“...tais e quais noivas...”, que é um termo que conecta todos os praticantes
dentro da Argentum Astrum, e muitos mistérios ligados a esta fórmula mágica
do Amor, ou Ágape, correlacionam-se com o sacerdócio de Freir, e bem como
o Sacerdócio Masculino de Inanna, que é a Senhora das Abominações da
Babilônia. Desta forma as chaves ocultas para adentrar os sacramentos como
Crowley os via, passam necessariamente pelo entendimento destes símbolos e
em sua aplicação.
“...Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que
em vida conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a
seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não
sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E sucedeu, no outro
dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei
com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu,
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“...E uma voz diz: Maldito seja aquele que desnudou o Altíssimo, pois ele
embriagou-se do vinho que é o sangue dos adeptos. E BABALON embalou-o,
no seu colo e no sono ela sumiu e deixou-o nu chamando o seu filho para junto
dizendo: Acompanha-me para zombarmos da nudez do Altíssimo. E o primeiro
dos adeptos cobriu Sua vergonha com um pano, caminhando para trás e era
da cor branca. E o segundo dos adeptos cobriu Sua vergonha com um pano,
caminhando lateralmente e era amarelo. E o terceiro dos adeptos zombou de
Sua nudez, caminhando para frente e era negro. Essas são as três grandes
escolas dos Magi que também são os três Magi que dirigiram-se ao Local
Sagrado e, por não possuir sabedoria, tu não saberás qual escola predomina,
ou se as três escolas são uma. Pois os Irmãos Negros não ergueram suas
cabeças na Sagrada Chokmah já que foram afogados no grande mar que é
Binah, antes que a verdadeira vinha pudesse ser plantada no sagrado monte
Sião...”
isto lida com o antigo Aeon, pois o cristo do monoteísmo se auto proclama “...a
luz, o caminho a verdade e a vida...”.
“...Abaixo de seus pés está o reino e em sua cabeça a coroa. Ele é o espírito e
matéria, ele é paz e poder, nele está Caos e Noite e Pan e sobre BABALON
sua concubina, que embriagou-se dos sangues dos santos que ela coletou em
sua taça dourada tem ele originado a virgem que agora ele deflorou. E isso é o
que está escrito: Malkuth será elevada e colocada no trono de Binah. E essa é
a pedra dos filósofos que é posta como um selo na tumba do Tetragrammaton
e o elixir da vida que é destilado do sangue dos santos e a força rubra
opressiva dos ossos de Choronzon...”
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“...E o olho de Sua benevolência se fecha. Que não seja aberto sobre o Æthyr
para que as severidades sejam abrandadas e a casa desmorone”. A casa não
cairá e o Dragão descerá? Todas as cousas foram de fato engolidas pela
destruição; e Chaos abriu suas mandíbulas e esmagou o Universo como um
Adorador de Baco esmaga uma uva entre seus dentes. A destruição não
engolirá a destruição e a aniquilação confundirá aniquilação? Vinte e duas são
as mansões da Casa de meu Pai, porém lá vem um boi cabeceando a Casa
que cairá. Todas essas cousas não passam de brinquedos do Magista e o
Criador de Ilusões que barra a Compreensão da Coroa...”
“...E por isso BABALON está sob o poder do Magista submetendo-se a obra e
guardando o Abismo. Nela está uma perfeita pureza superior; ainda que seja
enviada como o Redentor para os que se encontram abaixo. Não existe outro
caminho para o Mistério das Supremas além dela e da Besta na qual cavalga;
e o Magista é colocado além dela para ludibriar os irmãos das trevas para que
eles não façam de si mesmos uma coroa; pois se houvessem duas então
Yggdrasil, a antiga árvore, seria lançada no Abismo, extirpada e lançada no
Mais Distante Abismo profanando o Arcanum que é o Adytum* e a Arca seria
tocada e a Loja profanada por aqueles que não mestres e o pão do
Sacramento seria as fezes de Choronzon e os vinho do Sacramento a água de
Choronzon e o incenso seria espalhado e o fogo sob o Altar odiado. Erga-te,
todavia, firma, goze o homem e contemplai! Será revelado a ti o Grande Terror,
o inominado temor...”.
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Acima vemos que nem mesmo Crowley pôde escapar dos símbolos mais
antigos do conhecimento, pois em lugar do uso do termo comum da cabala
para a Árvore da Vida, ele se usou do nome Setentrional e mais antigo da
mesma, Yggdrasil, também conhecida como Eomersyl ou Yrminsul, o Pilar do
Mundo.
Tolices são ditas sobre Taumiel, o dragão de duas cabeças que seria o oposto
na árvore da morte, a árvore das qlipoths – que já vimos acima, que nada tem
haver com os conceitos citados sobre ela pelo hermetismo comum – e a
alegação de que O Magus estaria comandando-a para negar a força dos que
não se curvam a luz de cristo, por ser este o caminho correto, desaba sobre si
mesma, pois de fato são dois os potenciais mais altos que engendraram o
universo, e são opostos e infinitos em si mesmos, e quando se tocam
encontram limite, o qual é vida e o que os gregos chamaram de Cosmos, e são
amplamente vislumbrados na antiga tradição original que a Yggdrasil que
Crowley citou no texto deste Aethyr, apresenta como as mais antigas forças,
anteriores ao universo conhecido.
Crowley cita a lenda suméria sobre os Sibilli Azag Aphikalluh, liderados por U-
Na, ou Dagon, cuja forma é a do homem peixe que leva os códigos da
civilização em amor aos humanos, e mantém relações com as mulheres, sendo
esta a fonte original para os Nephelins citados no texto de Enoch. Notemos que
o termo Azag é aparentado com Az, Ases e Aesir ou Ansjus, que já nos
referimos acima.
Diz Crowley que a chave deste Aethyr está na idéia de Cain ser filho da
Serpente e não de Adm, citando este último como um culto externo e destituído
de vida, e tendo Cain uma marca em sua testa – que lida com o Olho de Shiva
e com a temática acima citada sobre o mesmo – e que elimina Abel, de acordo
com o texto da “...Visão e da Voz...” usando do Mjollnir o Martelo de Thor, e
devemos nos lembrar que este deus é saudado tradicionalmente como o
inimigo do cristo branco invasor, em uma das línguas dos povos setentrionais.
Crowley jamais suspeitou – ou jamais deixou que os que estavam a sua volta
suspeitassem - que o símbolo que aparece neste Aethyr, das 3 flechas
cruzadas nada mais é do que a Runa Gótica Hagalaz, que tem exatamente
aquele diagrama, e que implica na idéia de despertar, desagregação do que é
velho para dar lugar ao que é novo, e lida com a idéia de Hagal e de Haimdall,
que é chamado de Aesir Branco.
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“... Iaida...” não quer dizer “...Eu Sou...” e sim quer dizer “...Altíssimo...”.
“...Eu sou o filho de tudo que é o pai de tudo, pois de mim veio tudo o que eu
posso ser. Eu sou a fonte nas neves e sou o mar eterno. Eu sou o amante e
sou o amado e sou os primeiros frutos do amor deles. Eu sou primeiro débil
tremor da Luz e eu sou a roca onde a noite tece o seu impenetrável véu...”
“...Eu sou o capitão das hostes da eternidade, dos espadachins e dos lanceiros
e dos arqueiros e dos aurigas. Eu liderei as forças do leste contra as forças do
oeste e as forças do oeste contra as forças do leste. Porque eu sou Paz...”
“...Eu sou luz e sou noite e eu sou aquilo além deles. Eu sou a fala e eu sou o
silêncio e eu aquilo além deles.Eu sou vida e eu sou morte e eu sou aquilo
além deles. Eu sou guerra e eu sou paz e eu sou aquilo que está além deles.
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“...Eu sou a fraqueza e eu sou a força e eu sou aquilo que está além deles.
Assim por nenhum deles pode o homem chegar a mim. Assim por cada um
deles deve o homem chegar a mim...”
Desta forma, todos os trabalhos mágicos que tem sido praticados com o
Enochiano, levaram seus praticantes ao portal do terror da negação do dogma,
em função do poder e da veracidade, que sejam tanto históricas quanto
espirituais, e alinhadas em si mesmas, de tal forma que por mais que o texto
lide com uma direção, o praticante será encaminhado para outra, ou se
destruirá no processo.
Bibliografia:
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Bíblia,
Da República - Cícero
Hävamäl;
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http://eduardoamarantesantos.blogspot.com.br/2012/08/o-papel-da-
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