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A Páscoa dos judeus, mãe da Páscoa cristã, traz em seu âmago alguns elementos
essenciais que Cristo realizou plenamente a nova e definitiva Páscoa, na sua morte e
ressurreição para a glória do Pai e, que a Igreja celebra sempre em sua liturgia pascal,
no mistério da Eucaristia. Em uma palavra, Páscoa é o êxodo, a passagem de Jesus deste
mundo ao Pai. Páscoa é passagem histórica de Cristo deste mundo para o Pai através de
sua morte e ressurreição. Jesus mesmo é a nossa Páscoa viva em pessoa. Daí a
verdadeira Páscoa é àquela que Ele celebra com sua morte na cruz para a redenção do
mundo.
Este mistério pascal de Cristo não está preso ou refém ao passado, já que sua
morte de entrega oblativa ao Pai destruiu a morte, e tudo o que Cristo é, fez e sofreu por
todos os seres humanos, participa da eternidade, por isso abraça todos os tempos e nele
se mantém permanentemente presente. O acontecimento da cruz e da ressurreição de
Jesus permanece e atrai tudo para a vida. Para a vida eterna em comunhão ao Pai.
O primeiro imenso fruto do mistério pascal foi que do Lado aberto de Jesus na
cruz nasceu a Igreja e os sacramentos. Estes prolongam a Páscoa do Senhor no coração
da Igreja, principalmente através do Batismo e da Eucaristia. Estes dois sacramentos
nos unem a Jesus Cristo, incorporando-nos na sua morte e ressurreição, e faz-nos
resuscitar com ele para uma Vida interminável. A Páscoa é uma realidade permanente
na vida da Igreja, dos sacramentos e na vida de todos os cristãos e cristãs. Ser cristão é
viver o mistério pascal. Pois toda a vida cristã emana da Páscoa do Senhor. Toda vez
que se celebra a Eucaristia, celebra-se a Páscoa do Senhor. A Páscoa consiste em
anunciar a morte e ressurreição do Senhor enquanto esperamos a sua vinda gloriosa.
Vem, Senhor Jesus (cf. Ap 22,20; 1Cor 3,21).
É a luz do Cristo sempre ressuscitado que lhes desejo uma Feliz e muita
abençoada Páscoa.