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Volume 50 | Suplemento | 2013

Volume 50 | Suplemento | 2013

Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo


Official Publication of:
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Recife, PE), Helio Moreira (UFGO, Goiânia, GO), João Batista Magdeburg, Germany); Prof. Francis Megraud (INSERM - U853,
Marchesini (UFPR, Curitiba, PR), Joaquim Gama Rodrigues (USP, São Bordeaux, France); Daniel Sifrim, MD, PhD (Barts and The London
Paulo, SP), Luiz Rohde (UFRS, Porto Alegre, RS), Marcel Cerqueira César School of Medicine and Dentistry, London, UK); Steven Wexner MD, PhD
Machado (USP, São Paulo, SP), Maria Aparecida C. A. Henry (UNESP, (Cleveland Clinic Florida, Weston, FL, USA); Mark Scott, MD, PhD (Royal
Botucatu, SP), Paulo Roberto (FFFCMPA, Porto Alegre, RS), Renato London Hospital, London, UK); Etsuro Yazaki (Barts and The London
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REALIZAÇÃO

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Federação Brasileira de Gastroentereologia

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

COMO ENCONTRAR O SEU TEMA LIVRE (TL)

Todos os TL estão divididos e publicados nas seguintes formas de apresentação:

• Pôster (P) • Oral (O) • Vídeo (V) • Foto (F)

Em três grandes áreas temáticas (Cirurgia, Gastroenterologia e Endoscopia) e seus subtemas:

Cirurgia Digestiva (C) Gastroenterologia (G) Endoscopia (E)


- Cólon (COL) - Esôfago (ESO) - Colangiopancreatografia Retrógrada
- Esôfago (ESO) - Estômago/Duodeno (EST/DUO) Endoscópica (CPRE)
- Estômago (EST) - Fígado (FIG) - Colonoscopia (COL)
- Fígado (FIG) - Gastropediatria (GPE) - Ecoendoscopia (ECO)
- Intestinos(s) (INT) - Intestino (INT) - Endoscopia Digestiva Alta (EDA)
- Miscelânea (MIS) - Miscelânia (MIS) - Endoscopia Digestiva Pediátrica (EDP)
- Obesidade (OBE) - Pâncreas e Vias Biliares (P/VB) - Intestino Delgado (ID)
- Pâncreas (PAN) - Motilidade Digestiva (MD) - Miscelânea (MIS)
- Centros de Treinamento (CET)

2 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


ARTICLE
EDITORIAL

XII Semana Brasileira do Aparelho


ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL

Digestivo (SBAD)

Os anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) publicados nos

Arquivos de Gastroenterologia coincidem com a comemoração de 50 anos de existência

deste importante periódico científico.

Os Arquivos de Gastroenterologia têm o aval das três sociedades envolvidas na SBAD,

SOBED, FBG e CBCD e atualmente representa o periódico mais importante de nossas

especialidades. Portanto, é com imensa satisfação que apresentamos os trabalhos cien-

tíficos desta edição da SBAD.

Parabenizamos a todos pelo esforço e contribuição,

João Carlos ANDREOLI


Presidente XII SBAD e Presidente do XXXVIII Congresso
Brasileiro de Endoscopia Digestiva e do VI Congresso
Brasileiro de Endoscopia.

José Roberto de ALMEIDA


Presidente do XLIII Congresso Brasileiro de
Gastroenterologia.

Ivan CECCONELLO
Presidente do XVII Congresso Nacional do Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva.

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 3


ISSN 0004-2803
v. 50 - suplemento 2013 ISSN 1678-4219 - on-line
Coden ARQGA

ÍNDICE

ARQUIVOS de GASTROENTEROLOGIA
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

PÔSTERES • cirurgia
Nº TÍTULO PÁG.
001 Cisto mesentérico - Relato de caso_________________________________________________________________ 33
002 Doença de Crohn com acometimento exclusivo gástrico, uma forma rara de manifestação: relato de caso______ 33
003 Melanoma maligno primário do esôfago: uma doença rara e agressiva___________________________________ 33
004 Metástase incomum de carcinoma de células renais para vesícula biliar: relato de caso______________________ 34
005 Síndrome eosinofílica original: infiltração eosinofílica esofágica e ascite eosinofílica________________________ 34
006 Valor prognóstico do fenômeno brotamento tumoral em pacientes com adenocarcinoma colorretal
estádio I e II (TNM), submetidos à cirurgia com intenção curativa______________________________________ 34

CÓLON (TL.C.COL.P)
007 Abordagem simultânea de adenocarcinoma de sigmoide e metástase hepática: relato de caso________________ 35
008 Abscesso perianal: relato de caso__________________________________________________________________ 35
009 Adenocarcinoma de apêndice_____________________________________________________________________ 35
010 Adenocarcinoma de reto alto com metástase cutânea - Relato de caso___________________________________ 36
011 Angiodisplasia de cólon em crianças: relato de caso___________________________________________________ 36
012 Câncer colorretal - Resultados da avaliação patológica padronizada de 40 peças cirúrgicas__________________ 36
013 Cicatrização de anastomose no cólon obstruído de ratos após tratamento com sildenafil tópico ou sistêmico___ 37
014 Cistoadenoma mucinoso de apêndice cecal: relato de caso_____________________________________________ 37
015 Concomitância de volvo de ceco e gástrico__________________________________________________________ 37
016 Conduta no trauma de víscera oca: rafia primária ou colostomia?_______________________________________ 38
017 Em que idade surge os divertículos do cólon?________________________________________________________ 38
018 Endometrioma intestinal_________________________________________________________________________ 38
019 Hemorragia diverticular maciça originada em cólon descendente - Relato de caso_________________________ 39
020 Hérnia diafragmática traumática__________________________________________________________________ 39
021 Hérnia mesentérica pericecal com envolvimento apendicular associada a volvo cecal: relato de um caso_______ 39
022 Indicação de colostomia na abordagem multiprofissional da síndrome de Fournier: estudo de caso___________ 40
023 Intervenção cirúrgica na doença de Crohn complicada: um relato de caso e uma revisão da literatura_________ 40
024 Metástase inguinal única tardia de tumor de cólon sigmoide - Relato de caso_____________________________ 40
025 Mucocele: relato de 3 casos e revisão da literatura____________________________________________________ 41
026 Opção de tratamento para plastrão apendicular: relato de caso e revisão de literatura______________________ 41
027 Relato de caso - Hérnia de Garangeot associada à apendicite aguda_____________________________________ 41
028 Relato de caso - Dolicomegacólon - “o intestino gigante”______________________________________________ 42
029 Relato de caso - Hemicolectomia direita devido abdome agudo vascular_________________________________ 42
030 Relato de caso - Má rotação intestinal em adulto_____________________________________________________ 42
031 Relato de caso - Paracoccidioidomicose de cólon - ceco_______________________________________________ 43
032 Relato de caso - Tumor de cólon ascendente simulando apendicite aguda_________________________________ 43
033 Tumor desmoplásico de pequenas células redondas - Relato de caso_____________________________________ 43
034 Tumor desmoide em cicatriz de colectomia profilática: relato de um caso_________________________________ 44

4 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Cirurgia

Esôfago (TL.C.ESO.P)
035 Acalásia e obesidade mórbida: relato de caso e revisão de literatura__________________________________________________ 44
036 Avaliação da cirurgia laparoscópica anti-refluxo nos portadores de sintomas extra esofágicos relacionadas à asma na
doença do refluxo gastroesofagiano_____________________________________________________________________________ 44
037 Avaliação da motilidade esofágica em pacientes com esôfago de Barrett após a cirurgia anti-refluxo_______________________ 45
038 Cânceres sincrônicos de esôfago: relato de caso___________________________________________________________________ 45
039 Cirurgia videoendoscópica no tratamento do leiomioma de esôfago__________________________________________________ 45
040 Divertículo de Killian-Jamieson: relato de caso e revisão da literatura_________________________________________________ 46
041 Divertículo faringoesofágico associado a megaesôfago chagásico: relato de caso________________________________________ 46
042 Esofagectomia no trauma_____________________________________________________________________________________ 46
043 Esofagectomia por toracolaparoscopia em “prone position” no tratamento do câncer espino celular de esôfago
médio submetido a tratamento neoadjuvante: relato de caso________________________________________________________ 47
044 Esôfago de Barret e fundoplicatura de Nissen_____________________________________________________________________ 47
045 Experiência de 30 anos do Hospital de Clínicas da Unicamp no tratamento do câncer de esôfago e da transição
esôfago-gástrica_____________________________________________________________________________________________ 47
046 Hiatoplastia com sutura contínua no tratamento das hérnias hiatais volumosas e na recidiva do tratamento
cirúrgico - Resultados preliminares_____________________________________________________________________________ 48
047 Melanoma maligno primário do esôfago: relato de caso____________________________________________________________ 48
048 Tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico após transplante pulmonar - Experiência inicial__________________________ 48

ESTÔMAGO (TL.C.est.P)
049 Abdome agudo obstrutivo por adenocarcinoma de antro gástrico: relato de caso_______________________________________ 49
050 As condições socioeconômicas não influenciaram nos resultados de 60 pacientes submetidos à gastrectomias_______________ 49
051 Avaliação dos resultados da gastroplastia redutora nos pacientes operados no
Hospital Ophir Loyola através da aplicação do questionário Baros___________________________________________________ 49
052 Avaliar a indicação precoce da gastrostomia na doença de Alzheimer_________________________________________________ 50
053 Avaliar a indicação precoce da gastrostomia na doença de Parkinson_________________________________________________ 50
054 Câncer gástrico precoce (cgp) - Fatores relacionados ao comprometimento linfonodal_________________________________ 50
055 Cirurgia terapêutica em carcinoma medular gástrico_______________________________________________________________ 51
056 Estrongiloidiase gástrica associada à megaduodeno: relato de caso___________________________________________________ 51
057 Fístula gastro - Cutânea espontânea como manifestação primária no adenocarcinoma gástrico___________________________ 51
058 Gist em criança de 7 anos de idade: relato de caso________________________________________________________________ 52
059 Glomangioma gástrico - Relato de um caso______________________________________________________________________ 52
060 Impacto da centralização no tratamento do câncer gástrico. Caminho para a melhoria dos resultados?_____________________ 52
061 Linfoma de Burkitt gástrico causando sangramento e obstrução_____________________________________________________ 53
062 Lipoma gástrico_____________________________________________________________________________________________ 53
063 Lipoma gástrico mimetizando GIST: relato de caso________________________________________________________________ 53
064 Melhora da sobrevida pós-operatória em câncer gástrico através da mudança de abordagem, que incluiu tratamento
neoadjuvante________________________________________________________________________________________________ 54
065 Metalobezoar gástrico - Relato de caso__________________________________________________________________________ 54
066 Morbimortalidade em pacientes em pacientes submetidos à gastrectomias na emergência por complicação da
doença ulcerosa péptica_______________________________________________________________________________________ 54
067 Neoplasia gástrica em estômago excluso pós-cirurgia bariátrica: Relato de caso e revisão da literatura_____________________ 55
068 O câncer gástrico no Brasil: avaliação da tendência temporal de mudança de localização anatômica em
quatro regiões_______________________________________________________________________________________________ 55
069 Prevalência do Helicobacter pylori em pacientes obesos mórbidos submetidos à técnica de gastrectomia vertical_____________ 55

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 5


Índice • Cirurgia

070 Relato de caso: degastrectomia em paciente submetido à quimioterapia paliativa após evidência operatória de
carcinomatose peritoneal______________________________________________________________________________________ 56
071 Relato de caso: gist_________________________________________________________________________________________ 56
072 Ressecção paliativa de metástase gástrica de carcinoma renal por laparoscopia: relato de caso____________________________ 56
073 Ruptura gástrica em paciente usuário de balão intragástrico vítima de trauma abdominal fechado_________________________ 57
074 Síndrome de Rapunzel - Relato de caso recidivante________________________________________________________________ 57
075 Tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 pela gastroplastia vertical___________________________________________________ 57
076 Tratamento cirúrgico conservador associado ao uso de análogo da somatostatina em tumor neuroendócrino
do estômago: Relato de caso___________________________________________________________________________________ 58
077 Volvo gástrico_______________________________________________________________________________________________ 58

FÍGADO (TL.C.FIG.P)
078 Abscesso hepático secundário à ingestão de espinha de peixe _______________________________________________________ 58
079 Adjuvância e neoadjuvância na terapêutica do hepatocarcinoma_____________________________________________________ 59
080 Anastomose esplenorrenal distal (aerd) em cirróticos com hda - Experiência do hc de Rio Branco - Acre_______________ 59
081 Anatomia da artéria hepática em 167 enxertos hepáticos____________________________________________________________ 59
082 Aspectos psicossociais e emocionais de doentes submetidos à transplantes hepáticos____________________________________ 60
083 Atresia de vias biliares e a importância do seu diagnóstico precoce - Relato de caso_____________________________________ 60
084 Carcinoma de vesícula biliar comportando-se como tumor de Klatskin_______________________________________________ 60
085 Cálculos biliares no infundíbulo da vesícula biliar como causa de icterícia obstrutiva____________________________________ 61
086 Cálculos de vias biliares: Relato de caso_________________________________________________________________________ 61
087 Colangiojejunoanastomose no segmento IIi______________________________________________________________________ 61
088 Colecistectomia laparoscópica suprapúbica: técnica e resultados numa série preliminar de 30 casos________________________ 62
089 Colecistite aguda alitiásica pós laparotomia exploradora___________________________________________________________ 62
090 Colecistite calculosa aguda e sepse em pediatria: Relato de caso______________________________________________________ 62
091 Coledocolitíase causada por cisto de colédoco com diagnóstico em idade adulta: Relato de caso__________________________ 63
092 Condutas em coledocolitíase - aplicação retrospectiva de protocolo internacional em casos coledocolitíase no
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Agamenom Magalhães - Recife - PE____________________________________________ 63
093 Corpo estranho como causa de abscesso hepático_________________________________________________________________ 63
094 Correlação da elastografia e Doppler nos pacientes em lista ou triagem para transplante de fígado e carcinoma hepatocelular__ 64
095 Definição da origem da artéria gastroduodenal através de linfonodo sentinela: contribuição na dissecção dos
enxertos hepáticos___________________________________________________________________________________________ 64
096 Derivação esplenorenal distal - cirurgia proscrita na esquistossomose?________________________________________________ 64
097 Diagnóstico diferencial em icterícia obstrutiva no idoso____________________________________________________________ 65
098 Diminuição de perfusão em lobo esquerdo do fígado em paciente com colangite: Relato de caso__________________________ 65
099 Doença granulomatosa não infecciosa em vesícula biliar: relato de um caso____________________________________________ 65
100 Drenagem percutânea abscesso hepático: relato de caso____________________________________________________________ 66
101 Efeito do campo eletromagnético dinâmico na regeneração hepática em ratos__________________________________________ 66
102 Embolização da veia porta aumenta segurança nas hepatectomias___________________________________________________ 66
103 Estenose benigna de via biliar: um relato de caso__________________________________________________________________ 67
104 Hepatectomia direita por metástase de tumor colorretal - Relato de caso______________________________________________ 67
105 Hepatectomia em dois tempos na ressecção oncológica nos pacientes com tumores metastáticos hepáticos de
câncer colorretal. Relato de caso_______________________________________________________________________________ 67
106 Hepatojejunostômia em ômega para descompressao biliar em neoplasias malignas avançadas de vesículas e hilo hepático_____ 68
107 Hipertrofia do lobo caudado___________________________________________________________________________________ 68
108 Indicação de cirurgia de hipertensão portal por hiperesplenismo_____________________________________________________ 68

6 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Cirurgia

109 Litíase intra-hepática simulando colangiocarcinoma: um relato de caso_______________________________________________ 69


110 Lobectomia esquerda para tratamento da doença de Caroli: relato de caso____________________________________________ 69
111 Melanoma hepático: relato de caso raro_________________________________________________________________________ 69
112 Múltiplos abscessos hepáticos tardios secundários à pancreatite_____________________________________________________ 70
193 O papel da veia cava inferior na evolução da técnica cirúrgica do transplante de fígado__________________________________ 70
114 O papel da veia supra renal direita nas técnicas de transplante hepático_______________________________________________ 70
115 O segmento I do fígado na esquistossomose hepatoesplênica________________________________________________________ 71
116 Obstrução biliar tardia em ratos Wistar, após clampagem intermitente do pedículo hepático______________________________ 71
117 Perfil epidemiológico de pacientes com lesão de vias biliares em Hospital de Campina Grande - pb________________________ 71
118 Peritonite purulenta secundária a abscesso hepático piogênico roto - Relato de caso_____________________________________ 72
119 Qual o limite de ressecção da veia cava inferior infracardíaca na captação simultânea de enxertos hepáticos e
cardíacos em doador falecido?_________________________________________________________________________________ 72
120 Reconstrução da veia hepática direita (vhd) inferior calibrosa em enxerto hepático do doador dominó____________________ 72
121 Relato de caso: doença cística das vias biliares em adulto___________________________________________________________ 73
122 Relato de caso: tratamento cirúrgico do tumor de Klatinsk_________________________________________________________ 73
123 Ressecções do segmento I em enxertos hepáticos__________________________________________________________________ 73
124 Ruptura de hematoma subcapsular hepático na gestação___________________________________________________________ 74
125 Síndrome de Mirizzi - Relato de caso____________________________________________________________________________ 74
126 Transplante de fígado com doador em coração parado_____________________________________________________________ 74
127 Tratamento combinado de adenoma hepático roto com embolização e alcoolização_____________________________________ 75
128 Tratamento de cisto de colédoco - Relato de caso__________________________________________________________________ 75
129 Trauma de vias biliares extra-hepáticas: relato de caso______________________________________________________________ 75
130 Trombose de veia porta por onfalite neonatal associada à aneurisma de artéria esplênica tratada com embolização___________ 76
131 Túmor de cólon em receptores de transplante de fígado: relato de dois casos___________________________________________ 76
132 Varizes duodenais em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica________________________________________________ 76
133 Varizes gástricas sangrantes em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica________________________________________ 77

INTESTINO (TL.C.INT.P)

134 Abdome agudo vascular secundário a má rotação intestinal. Relato de caso___________________________________________ 77


135 Adenocarcinoma de duodeno__________________________________________________________________________________ 77
136 Adenocarcinoma de intestino delgado: relato de caso______________________________________________________________ 78
137 Apendicite aguda: apresentação incomum de uma patologia cirúrgica habitual_________________________________________ 78
138 Colecistite aguda alitiásica como consequência de vasculopatia isquêmica_____________________________________________ 78
139 Coledocolitíase e pancreatite aguda associados à divertículo peripapilar_______________________________________________ 79
140 Evisceração vaginal de intestino delgado: relato de caso____________________________________________________________ 79
141 Evolução de pacientes submetidos à laparotomia exploradora de emergência por isquemia mesentérica____________________ 79
142 Fístula espontânea___________________________________________________________________________________________ 80
143 Fístulas colecistoduodenocolônicas: relato de caso________________________________________________________________ 80
144 GIST de delgado como causa de hemorragia digestiva - 3 casos______________________________________________________ 80
145 Hemorragia digestiva baixa maciça por doença divertículo em jejuno_________________________________________________ 81
146 Hérnia através do forame de Winslow – Relato de caso_____________________________________________________________ 81
147 Hérnia de Garengeot encarcerada – Relato de caso________________________________________________________________ 81
148 Hérnia do obturador - causa rara de obstrução intestinal___________________________________________________________ 82
149 Intussuscepção intestinal causada por leiomioma de intestino delgado: um relato de caso________________________________ 82
150 Intussuscepção jejuno-gástrica pós-gastrectomia parcial – relato de três casos__________________________________________ 82

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 7


Índice • Cirurgia

151 Intussuscepção jejunojejunal por leiomioma de delgado____________________________________________________________ 83


152 Íleo biliar - Relato de caso_____________________________________________________________________________________ 83
153 Íleo biliar e a conduta adequada de obstrução intestinal na emergência_______________________________________________ 83
154 Linfoma de Burkitt com acometimento do trato gastrointestinal: relato de caso________________________________________ 84
155 Melanoma intestinal primário: relato de um caso__________________________________________________________________ 84
156 Neurofibroma duodenal: relato de caso__________________________________________________________________________ 84
157 O papel da cintilografia no diagnóstico diferencial da hemorragia digestiva: relato de caso_______________________________ 85
158 Obstrução intestinal por divertículo de jejuno_____________________________________________________________________ 85
159 Perfuração intestinal por tuberculose____________________________________________________________________________ 85
160 Pseudomixoma peritoneal secundário neoplásia de apêndice cecal – relato de caso______________________________________ 86
161 Relato de caso de endometriose intestinal como causa de abdome agudo obstrutivo com acometimento linfonodal___________ 86
162 Relato de caso – adenocarcinoma de apêndice____________________________________________________________________ 86
163 Tratamento de fístula enterocutânea em hérnia inguinal encarcerada_________________________________________________ 87
164 Tumor carcinoide de intestino delgado__________________________________________________________________________ 87
165 Tumor desmoide_____________________________________________________________________________________________ 87
166 Tumor estromal gastrintestinal: relato de caso e revisão literária_____________________________________________________ 88
167 Tumor estromal gastrointestinal c-kit (CD117) negativo____________________________________________________________ 88
168 Volvo de ceco e cólon ascendente em paciente com megacólon chagásico pós- retossigmoidectomia: relato de caso___________ 88
169 Volvo intestinal em torno de cordão fibroso de divertículo de Meckel_________________________________________________ 89

MISCELÂNEA (TL.C.MIS.P)
170 Abdome agudo em pacientes com doença hematológica____________________________________________________________ 89
171 Abdome agudo por rotura de aneurisma de artéria esplênica: relato de caso___________________________________________ 89
172 Abscesso esplênico em paciente imunocompetente: relato de caso____________________________________________________ 90
173 Angiomixoma agressivo de parede abdominal: relato de caso________________________________________________________ 90
174 Apêndice cecal duplo com apendicite aguda: relato de caso_________________________________________________________ 90
175 Áscaris na via biliar em pós-operatório de apendicectomia - Relato de caso____________________________________________ 91
176 Baço ectópico com baço acessório - Relato caso___________________________________________________________________ 91
177 Cisto de úraco simulando abdômen agudo_______________________________________________________________________ 91
178 Cisto esplênico: relato de 2 casos_______________________________________________________________________________ 92
179 Cisto esplênico epitelial gigante________________________________________________________________________________ 92
180 Cisto esplênico gigante em adolescente__________________________________________________________________________ 92
181 Cisto mesentérico volumoso como causa de semioclusão intestinal em adulto jovem____________________________________ 93
182 Cisto mesentérico____________________________________________________________________________________________ 93
183 Colecistectomia parcial videolaparoscópica como tratamento de colecistite aguda de apresentação incomum________________ 93
184 Condiloma anal gigante: relato de caso__________________________________________________________________________ 94
185 Confecção de vias alimentares por laparoscopia para nutrição enteral: série de casos____________________________________ 94
186 Diagnóstico tardio de hérnia inguinal encarcerada como causa de sepse: relato de caso__________________________________ 94
187 Doença de Crohn associada à síndrome de Fournier - Relato de caso_________________________________________________ 95
188 Ducto cístico com implantação na via biliar pelo ducto hepático direito_______________________________________________ 95
189 Epidemiologia do acesso venoso central em pacientes adultos em uma uti de hospital de trauma em Recife - pe____________ 95
190 Gastrosquise e onfalocele: avaliação de parâmetros epidemiológicos e da mortalidade pós-operatório de
recém-nascidos atendidos em um hospital de referência em Belém - pa_______________________________________________ 96
191 Gastrosquise e onfalocele: avaliação de parâmetros epidemiológicos e do tempo médio de jejum no pós-operatório
de recém-nascidos em nutrição parenteral total atendidos em um Hospital de Referência em Belém - pa____________________ 96

8 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Cirurgia

192 Gastrostomia videolaparoscópica: descrição de técnica_____________________________________________________________ 96


193 GIST duodenal sangrante: um relato de caso_____________________________________________________________________ 97
194 Hérnia de Spiegel tratamento por videolaparoscopia_______________________________________________________________ 97
195 Hérnia diafragmática crônica: relato de caso______________________________________________________________________ 97
196 Hérnia epigástrica complexa___________________________________________________________________________________ 98
197 Hérnia incisional (HI) complexa: relato de caso___________________________________________________________________ 98
198 Hérnia incisional complexa: relato de caso_______________________________________________________________________ 98
199 Hérnia incisional gigante com ocupação de bolsa escrotal, tratada após uso de pneumoperitôneo progressivo_______________ 99
200 Hérnia lombar complexa______________________________________________________________________________________ 99
201 Hérnia trans-mesentérica congênita em adulto: relato de caso_______________________________________________________ 99
202 Hérnia umbilical complexa___________________________________________________________________________________ 100
203 Icterícia como consequência de litíase da via biliar________________________________________________________________ 100
204 Infiltrado neutrofílico em pulmões de camundongos com peritonite induzida associada a líquido com
pH ácido ou alcalino________________________________________________________________________________________ 100
205 Íleo adinâmico por sepse fúngica______________________________________________________________________________ 101
206 Jejunostomia videolaparoscópica: descrição de técnica____________________________________________________________ 101
207 Lesão de via biliar em videolaparoscopia com fístula biliar e dreno de Kehr localizado em região de bulbo duodenal________ 101
208 Lesão esplênica como complicação de colonoscopia______________________________________________________________ 102
209 Lesão iatrogênica de artéria hepática direita durante colecistectomia videolaparoscópica________________________________ 102
210 Lesão iatrogênica de via biliar combinada a uma lesão de artéria hepática pós-colecistectomia___________________________ 102
211 Lesões iatrogênicas de vias biliares em colecistectomias (CCT): dois casos____________________________________________ 103
212 Manejo de pacientes com apendicite grau IV através de apendicectomia, cecostomia e dieta oral de alta absorção:
quatro relatos de casos_______________________________________________________________________________________ 103
213 Metástase hepática em carcinoma folicular da tireoide____________________________________________________________ 103
214 Necrose aguda da vesícula biliar com formação de bilioma, secundária à cálculo obstrutivo do colédoco__________________ 104
215 Neoplasia esofágica e gástrica sincrônicas - Relato de caso_________________________________________________________ 104
216 Neoplasias primárias múltiplas: quatro sítios primários em dois anos. Relato de caso___________________________________ 104
217 O uso de toxina botulínica do tipo a nas hérnias com perda de domicílio_____________________________________________ 105
218 Obesidade e o diabetes - a importância da cirurgia bariátrica_______________________________________________________ 105
219 Pancreatite crônica com evolução atípica: relato de caso___________________________________________________________ 105
220 Perfil epidemiológico da utilização do cateter venoso central em pacientes adultos na
enfermaria de cirurgia geral de um hospital público, terciário em Recife - pe__________________________________________ 106
221 Período de afastamento do trabalho após colecistectomia videolaparoscópica_________________________________________ 106
222 Período de afastamento do trabalho após herniorrafia inguinal à Lichtenstein_________________________________________ 106
223 Pneumoperitôneo seriado como opção no tratamento das hérnias gigantes___________________________________________ 107
224 Pneumoperitônio progressivo no tratamento de hérnia incisional com perda de domicílio: relato de caso e
revisão da literatura_________________________________________________________________________________________ 107
225 Presença do TNF no líquido peritoneal de camundongos com peritonite bacteriana em meio ácido ou alcalino_____________ 107
226 Pseudocisto pancreático com evolução atípica: relato de caso_______________________________________________________ 108
227 Rabdomiossarcoma embrionário - Relato de um caso_____________________________________________________________ 108
228 Rabdomiolise em paciente obeso mórbido submetido ao bypass gástrico em Y-de-Roux________________________________ 108
229 Relato de caso: hérnia epigástrica gigante com perda de domicílio contendo cólon transverso e a maior parte
do estômago_______________________________________________________________________________________________ 109
230 Relato de caso: hérnia traumática abdominal____________________________________________________________________ 109
231 Relato de caso: presença de Schistosoma mansoni em lipoma_______________________________________________________ 109
232 Relato de caso: pseudocisto gigante de adrenal - diagnóstico diferencial de lesões císticas abdominais_____________________ 110

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 9


Índice • Cirurgia

233 Relato de caso: pseudomixoma peritoneal_______________________________________________________________________ 110


234 Rotura diafragmática extensa e lesão intraperitoneal da bexiga após trauma abdominal fechado_________________________ 110
235 Síndrome de Mirizzi: relato de caso____________________________________________________________________________ 111
236 Síndrome de Mirizzi: relato de caso____________________________________________________________________________ 111
237 Técnicas de transplante de fígado para ressecção de tumores retroperitoneais_________________________________________ 111
238 Tratamento cirúrgico de hérnia inguinoescrotal gigante____________________________________________________________ 112
239 Tratamento videolaparoscópico de cisto esplênico não parasitário___________________________________________________ 112
240 Trauma abdominal penetrante com orifício de entrada e saída abdominal____________________________________________ 112
241 Trombose de veias porta e mesentérica superior com isquemia intestinal secundária: relato de caso_______________________ 113
242 Tumor desmoplásico de pequenas células redondas_______________________________________________________________ 113
243 Tumor desmoide extra-abdominal: relato de caso_________________________________________________________________ 113
244 Uso do curativo à vácuo no trauma abdominal__________________________________________________________________ 114

OBESIDADE (TL.C.OBE.P)
245 Análise de 1838 pacientes submetidos ao tratamento endoscópico da obesidade com balão intragástrico__________________ 114
246 Antibioticoprofilaxia em cirurgia bariátrica com cefazolina em infusão contínua: determinação da
concentração no tecido celular subcutâneo______________________________________________________________________ 114
247 Avaliação da força muscular respiratória no pré e pós-operatório de gastroplastia redutora______________________________ 115
248 Capacidade funcional em obesos mórbidos: proposta de nova equação de predição do teste de caminhada_________________ 115
249 Cirurgia bariátrica e gestação, um estudo retrospectivo____________________________________________________________ 115
250 Gastroplastia redutora: correlação entre o tempo de internação global e em UTI e os testes cardiopulmonares
pré-operatórios_____________________________________________________________________________________________ 116
251 Hematoma de parede abdominal______________________________________________________________________________ 116
252 Hérnia diafragmática traumática: um relato de caso______________________________________________________________ 116
253 Influência do índice de massa corpórea e do número de cálculos biliares no desenvolvimento da colecistite aguda___________ 117
254 Kwashiorkor em paciente com balão intragástrico - Relato de caso__________________________________________________ 117
255 Obstrução intestinal por fitobezoar pós bypass gástrico em Y-de-Roux_______________________________________________ 117
256 Plasma de argônio no tratamento do reganho de peso pós-cirurgia bariátrica: resultados iniciais_________________________ 118

PÂNCREAS (TL.C.PAN.P)
257 A importância do perfil clínico-epidemiológico no adenocarcinoma da ampola de Vater________________________________ 118
258 Acelerando a recuperação dos pacientes submetidos à gstroduodenopancreatectomia__________________________________ 118
259 As condições socioeconômicas não influenciaram nos resultados de 61 pacientes submetidos
à duodenopancreatectomia (dp)______________________________________________________________________________ 119
260 Cisto de colédoco em paciente de 65 anos - Relato de caso_________________________________________________________ 119
261 Diagnóstico de insulinoma em paciente com síndrome psiquiátrica__________________________________________________ 119
262 Dor abdominal em mulher jovem: tumor de Frantz, relato de caso__________________________________________________ 120
263 Duodenopancreatectomia cefálica associada à pancreatectomia caudal na doença de Von Hippel-Lindau__________________ 120
264 Glucagonoma em processo uncinado do pâncreas: pancreatectomia parcial com preservação do
duodeno – Relato de caso____________________________________________________________________________________ 120
265 Hepatocarcinoma em foco de tecido hepático ectópico em cabeça pancreática: relato de caso e
revisão de literatura_________________________________________________________________________________________ 121
266 Linfoma folicular pancreático: relato de caso____________________________________________________________________ 121
267 Lipossarcoma mixoide em retroperitôneo: relato de caso__________________________________________________________ 121
268 Manejo de complicações da cirurgia de Whipple_________________________________________________________________ 122
269 Modificações da técnica de ressecção e reconstrução da gastroduodenopancreatectomia têm impacto na
evolução do pós-operatório___________________________________________________________________________________ 122

10 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Cirurgia

270 Pancratectomia e hepatectomia simultânea em câncer de pâncreas__________________________________________________ 122


271 Pancreas transplantation: anatomical landmarks and surgical technique_____________________________________________ 123
272 Pancreatite traumática em trauma abdominal contuso: relato de caso________________________________________________ 123
273 Pancreatojejunostomia pela técnica de Peng: relato de caso e revisão de literatura______________________________________ 123
274 Paracoccidioidomicose: simulando neoplasia de cabeça pancreática_________________________________________________ 124
275 Pseudocisto pancreático por trauma e sua abordagem cirúrgica: relato de caso________________________________________ 124
276 Relato de caso: pancreatite aguda grave necrotizante______________________________________________________________ 124
277 Tratamento cirúrgico de recidivada de estenose de via biliar após gastroduodenopancreatectomia - Relato de caso__________ 125
278 Tuberculose pancreática simulando neoplasia avançada___________________________________________________________ 125
279 Tumor de Frantz: relato de caso_______________________________________________________________________________ 125

ORAIS • CIRURGIA
CÓLON (TL.C.COL.O)
280 Avaliação da tendência do câncer colorretal em Goiânia de acordo com sexo e a faixa etária
no período de 1988 a 2008____________________________________________________________________________________ 126
281 Reconstrução de parede abdominal com rotação de retalho após ressecção de tumor avançado de cólon___________________ 126

Esôfago (TL.C.ESO.O)
282 Análise comparativa da anastomose manual e mecânica do esôfago cervical com o tubo gástrico
isoperistáltico de grande curvatura no tratamento cirúrgico paliativo do câncer de esôfago torácico irressecável_____________ 126
283 Análise comparativa da sutura mecânica e manual da anastomose esofagástrica cervical na terapêutica cirúrgica
do megaesôfago avançado pela mucosectomia esofágica___________________________________________________________ 127
284 Análise da terapêutica cirúrgica da esofagite cáustica_____________________________________________________________ 127
285 Análise das complicações da reconstrução faringoesofágica no carcinoma de hipofaringe e esôfago cervical:
análise retrospectiva em 69 pacientes___________________________________________________________________________ 127
286 Análise das complicações da terapêutica cirúrgica da acalasia idiopática do esôfago____________________________________ 128
287 Anastomose cervical na esofagectomia para tratamento do adenocarcinoma da junção esofagogástrica
com reconstrução com gastroplastia: análise de resultados_________________________________________________________ 128
288 Análise de complicações após tratamento cirúrgico de megaesôfago avançado_________________________________________ 128
289 Avaliação da esofagectomia de resgate no tratamento cirúrgico do câncer de esôfago avançado__________________________ 129
290 Avaliação da sutura mecânica e manual no tratamento cirúrgico do divertículo faringoesofágico_________________________ 129
291 Avaliação das complicações da esofagectomia de urgência: estudo retrospectivo em 31 pacientes_________________________ 129
292 Avaliação funcional esofágica em pacientes portadores de estenoses laringo-traqueais__________________________________ 130
293 Avaliação laboratorial pré e pós-operatória de pacientes submetidos à operação de Serra-Dória__________________________ 130
294 Avaliação pela manometria esofágica (ME) e phmetria esofágica de 24 hs (PH) em pacientes
com sintomas pós fundoplicatura (FP)_________________________________________________________________________ 130
295 Cirurgia para doença do refluxo gastroesofágico – Indicações______________________________________________________ 131
296 Comparação do questionário GERD-HRQL aplicado pessoalmente e por telefone em pacientes submetidos
à fundoplicatura laparoscópica à Nissen________________________________________________________________________ 131
297 Complicações do tratamento videolaparoscópico (VLH) da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): 174 pacientes________ 131
298 Esofagectomia robótica - experiência inicial_____________________________________________________________________ 132
299 Fundoplicatura total sem liberação dos vasos gástricos curtos: válvula com a parede anterior ou com as
paredes anterior e posterior? Análise da disfagia pós-operatória____________________________________________________ 132
300 Hérnia hiatal gigante: comparação de resultados do tratamento cirúrgico eletivo e de urgência___________________________ 132
301 Impacto do linfonodo metastático na sobrevida geral no adenocarcinoma de junção esôfagogástrica baseado na nova
classificação da AJCC (7 edição)______________________________________________________________________________ 133

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 11


Índice • Cirurgia

302 Operação de Serra-Dória: tratamento do megaesôfago e sintomas digestivos


novos em casuística do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás_______________________________________ 133
303 Qual a importância do refluxo gastroesofágico em pacientes após transplante de pulmão?_______________________________ 133
304 Tratamento cirúrgico da hérnia de hiato gigante com tela de dupla face______________________________________________ 134

EStômago (TL.C.EST.O)
305 A solução de Carnoy melhora a identificação de linfonodos após a gastrectomia D2: resultados de
um estudo prospectivo, randomizado___________________________________________________________________________ 134
306 Análise de complicações de 60 pacientes submetidos a gastrectomias – maiores ou menores?
Manejo clínico ou cirúrgico?__________________________________________________________________________________ 134
307 Emprego da partição gástrica associada a gastro-entero anastomose para paliação de tumores
gástrico distais obstrutivos e irressecáveis_______________________________________________________________________ 135
308 Estudo da capacidade preditiva dos métodos de avaliação nutricional global e suas variáveis nas
complicações pós-operatórias do câncer gástrico_________________________________________________________________ 135
309 Incidência, padrões de recorrência e fatores preditivos relacionados à recidiva precoce e tardia em câncer gástrico___________ 135

Fígado (TL.C.fig.O)
310 Anastomose esplenorrenal distal (AERD) em cirróticos com HDA na era dos transplantes______________________________ 136
311 Aplicação do escore BAR em pacientes transplantados de fígado___________________________________________________ 136
312 Avaliação da função pulmonar através das pressões inspiratória e expiratória de pacientes submetidos à colecistectomia
laparoscópica e com o emprego do SILS Port____________________________________________________________________ 136
313 Cirurgia hepática: experiência em centro universitário de referência - Hospital das Clínicas da Ufg______________________ 137
314 Efeitos de fragmentos de heparina em lesão hepática secundária à isquemia/reperfusão hepática_________________________ 137
315 Estudo comparativo do estresse cirúrgico avaliado pelos níveis de cortisol e ACTH em pacientes submetidos
à colecistectomia laparoscópica e com emprego SILS Port_________________________________________________________ 137
316 Evolução de cirróticos com HDA tratados com TIPS revestido_____________________________________________________ 138
317 Incidência de carcinoma incidental de vesícula biliar nos pacientes submetidos à colecistectomia de urgência_______________ 138
318 Relação dose/nível de tacrolimus no transplante de fígado: estudo prospectivo e comparativo (rejeição/infecção)____________ 138
319 Tratamento do carcinoma hepatocelular em um hospital público____________________________________________________ 139

Miscelânea (TL.C.MIS.O)
320 Avaliação do tratamento da coledocolitiase residual______________________________________________________________ 139
321 Avaliação morfométrica cardíaca e índices ponderais após bypass gástrico em Y-de-Roux: modelo experimental____________ 139
322 Efeito da lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas a 0,9% e a 3% na injúria pulmonar precoce
de gerbis com peritonite induzida______________________________________________________________________________ 140
323 Resposta orgânica ao trauma cirúrgico_________________________________________________________________________ 140
324 Surgical treatment of iatrogenic biliary injury: lessons learned over a fourteen year period_______________________________ 140
325 Surgimento de hérnias após procedimentos invasivos______________________________________________________________ 141
326 The management of symptomatic cholelithiasis during pregnancy___________________________________________________ 141

Obesidade (TL.C.OBE.O)
327 Acompanhamento laboratorial do risco cardiovascular antes e após tratamento cirúrgico da obesidade mórbida____________ 141
328 Alteração da composição corporal induzida por dieta de muito baixo valor calórico no período
pré-operatório de cirurgia bariátrica___________________________________________________________________________ 142
329 Avaliação da composição corporal após a administração de óleo de palma e glutamina em diabéticos tipo 2_______________ 142
330 Avaliação da composição corporal em obesos mórbidos: estudo comparativo entre BIA e IAC___________________________ 142
331 Avaliação funcional de pacientes obesos idosos candidatos à cirurgia bariátrica_______________________________________ 143
332 Cirurgia revisional para o tratamento de reganho de peso após derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR)________________ 143
333 Correlação entre capacidade de caminhar e a composição corporal em obesos mórbidos________________________________ 143
334 Diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial sistêmica na obesidade mórbida_____________________________________ 144

12 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Cirurgia

335 Efeito da administração oral do óleo de palma e glutamina sobre o glp-1 e glicemia em pacientes diabéticos
tipo 2 submetidos a interposição ileal duodenojejunal sem ressecção gástrica_________________________________________ 144
336 Esteato hepatite não-alcóolica em pacientes pré e pós-cirurgia bariátrica atendidos nos hospitais de referência de palmas - TO__ 144
337 Marcadores não invasivos para predição de fibrose avançada/cirrose hepática na obesidade mórbida______________________ 145

Pâncreas (TL.C.PAN.O)
338 Análise clínico-patológica do tratamento cirúrgico dos tumores neuroendócrinos do pâncreas:
resultados preliminares______________________________________________________________________________________ 145
339 Análise de complicações em 61 pacientes submetidos a duodenopancreatectomias (DP) – maiores
ou menores? Manejo clínico ou cirúrgico?_______________________________________________________________________ 145
340 Duodenopancreatectomia na oitava década de vida_______________________________________________________________ 146
341 Duodenopancreatectomia videolaparoscópica. Experiência em dez casos_____________________________________________ 146
342 Pancreatectomia distal videolaparoscópica______________________________________________________________________ 146
343 Pancreatectomia laparoscópica com portal único. Análise de experiência pioneira no Brasil_____________________________ 147
344 Pancreatectomia laparoscópica. Da enucleação à duodenopancreatectomia. 11 anos de experiência_______________________ 147
345 Tratamento cirúrgico do insulinoma pancreático_________________________________________________________________ 147

Esôfago (TL.C.ESO.O)
346 Cardiomiotomia como tratamento do megaesôfago avançado/limítrofe: análise de resultados____________________________ 148
347 Reoperação na acalásia recidivada: experiência de serviço de referência______________________________________________ 148

Estômago (TL.C.EST.O)
348 Metástases linfáticas no câncer gástrico precoce. Vale a pena a aplicar as regras do oriente para o ocidente?________________ 148

Fígado (TL.C.FIG.O)
349 Era MELD promoveu aumento do número total de transplantes combinados fígado e rim______________________________ 149
350 Hepatectomia laparoscópica com portal único. Análise de experiência pioneira no Brasil_______________________________ 149

MISCELÂNEA (TL.C.MIS.O)
351 Irradiação hepática aumenta tempo livre de doença em pacientes submetidos a tratamento adjuvante
para o câncer gástrico?_______________________________________________________________________________________ 149

ESPECIAL (TL.C.OBE.O)
352 Alterações endoscópicas relacionadas à doença do refluxo gastroesofágico: estudo comparativo
entre obesos mórbidos e super-obesos__________________________________________________________________________ 150
353 Tratamento cirúrgico da obesidade severa em adolescentes - Resultados tardios_______________________________________ 150

VÍDEOS • CIRURGIA
CIRURGIA (TL.C.V)
354 Manometric parameters in patients with suspected gastroesophageal reflux disease and normal pH monitoring_____________ 151
355 Proposta de nova técnica para reconstrução da via biliar utilizando tubo de segmento jejunal
no tratamento do cisto de colédoco____________________________________________________________________________ 151

Cólon (TL.C.COL.V)
356 Troca de sonda de gastrostomia com cateter magnético sem endoscópia______________________________________________ 151
357 Colectomia direita laparoscópica com ressecção alargada associado à ligadura de veia gonadal e
salpingo-ooforectomia direita_________________________________________________________________________________ 152

v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 13


Índice • Cirurgia

358 Excisão completa do mesocólon (ECM) e ligadura vascular central (LVC) na colectomia direita
por vídeolaparoscopia_______________________________________________________________________________________ 152
359 Gastropexia anterior videolaparoscópica para tratamento de volvo gástrico crônico____________________________________ 152
360 Retopexia laparoscópica associada à colpopexia extra-peritoneal com tela physiomesh (TM)____________________________ 153

ESÔFAGO (TL.C.ESO.V)
361 Angulação esofagiana pós herniorrafia hiatal____________________________________________________________________ 153
362 Carcinossarcoma de esôfago tratatado por videotoracoscopia______________________________________________________ 153
363 Cirurgia de Thal-Hatafuku-Maki laparoscópica como alternativa para o megaesôfago avançado_________________________ 154
364 Passos técnicos da esofagectomia por videotoracoscopia no tratamento cirúrgico do carcinoma
espinocelular do esôfago_____________________________________________________________________________________ 154
365 Recardiomiotomia videolaparoscopica para tratamento da recidiva da disfagia em paciente previamente
submetido à miotomia_______________________________________________________________________________________ 154
366 Via toracoscópica como alternativa de abordagem de leiomioma esofágico___________________________________________ 155

Estômago (TL.C.EST.V)
367 Gastrectomia videolaparoscópica em tumor T4 com hepatectomia segmerntar não regrada_____________________________ 155
368 Partição gástrica laparoscópica para o tratamento paliativo de tumor gástrico distal obstrutivo__________________________ 155

Fígado (TL.C.FIG.V)
369 Alpps totalmente laparoscópico_______________________________________________________________________________ 156
370 Cirurgia de ALPPS: uso de pneumoperitônio para reduzir aderências no segundo tempo_______________________________ 156
371 Exérese de nódulo hepático pediculado por videolaparoscopia______________________________________________________ 156
372 Hepatectomia direita com anastomose bilio-digestiva por laparoscopia______________________________________________ 157

Intestino (TL.C.INT.V)
373 Apendicite aguda com pneumoperitônio simulando úlcera perfurada - Relato de caso__________________________________ 157
374 Ressecção laparoscópica de adenoma de duodeno________________________________________________________________ 157
375 Suboclusão intestinal por brida_______________________________________________________________________________ 158

Miscelânea (TL.C.MIS.V)
376 Reparo laparoscópico de lesões iatrogênicas das vias biliares após colecistectomia aberta________________________________ 158

OBESIDADE (TL.C.OBE.V)
377 Bypass gástrico sem anel videolaparoscópico____________________________________________________________________ 158
378 Correlação da força muscular com a composição corpórea na obesidade mórbida_____________________________________ 159
379 Obstrução por balão________________________________________________________________________________________ 159

Pâncreas (TL.C.PAN.V)
380 Derivação coledocoduodenal latero-lateral videolaparoscópica: passo-a-passo________________________________________ 159
381 Derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux videolaparoscópica para tratamento da coledocolitíase associada
à fístula colecistoduodenal: aspectos técnicos____________________________________________________________________ 160
382 Duodenopancreatectomia laparoscópica com preservação do piloro e reconstrução em dupla alça jejunal_________________ 160
383 Pancreatectomia central totalmente laparoscópica com pancreatojejunostomia ducto-mucosa em Y-de-Roux_______________ 160
384 Whipple laparoscópica_______________________________________________________________________________________ 161

14 Arq Gastroenterol v. 50 - suplemento - 2013


Índice • Gastroenterologia

Federação Brasileira de Gastroentereologia

PÔSTERES • gastroenterologia
EsôFaGo (TL.G.ESO.P)
385 Achados manométricos em pacientes com disfagia_______________________________________________________________ 163
386 Associação de doença celíaca e retocolite ulcerativa: relato de caso__________________________________________________ 163
387 Avaliação inicial do IMC em diversas faixas etárias e reavaliação após 10 anos________________________________________ 163
388 Contrastes na mortalidade por neoplasia esofágica no estado do Rio Grande do Sul___________________________________ 164
389 Disfagia associada à neurofibromatose_________________________________________________________________________ 164
390 Divertículo de Zenker - Relato de caso__________________________________________________________________________ 164
391 Epidemiologia dos tumores malignos do esôfago: carcinoma epidermoide versus adenocarcinoma________________________ 165
392 Esofagite eosinofílica (EE): um diagnóstico diferencial____________________________________________________________ 165
393 Esofagite eosinofílica cursando inicialmente com estenose esofageana. Relato de caso_________________________________ 165
394 Esofagite eosinofílica: uma abordagem multiprofissional__________________________________________________________ 166
395 Esofagite necrotizante aguda: causa incomum de hemorragia digestiva alta___________________________________________ 166
396 Estenose esofágica após ingestão de Dramin. Relato de caso_______________________________________________________ 166
397 Estudo de uma série de casos de esofagite eosinofílica em uma instituição de Brasília___________________________________ 167
398 Histoplasmose esofágica: relato de um caso_____________________________________________________________________ 167
399 Migração aguda da válvula após tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico______________________________________ 167
400 Presbiesôfago e disfagia - Um relato de caso_____________________________________________________________________ 168
401 Síndrome da artéria mesentérica superior por acalasia chagásica____________________________________________________ 168
402 Tuberculose esofágica: relato de caso___________________________________________________________________________ 168
403 Tumor de células granulosas (tumor de Abrikossoff) de esôfago - Relato de caso______________________________________ 169
404 Tumor estromal gastrointestinal tratado como pseudocisto pancreático______________________________________________ 169
405 Tumores sincrônicos do esôfago_______________________________________________________________________________ 169

Estômago/Duodeno (TL.EST/DUO.P)
406 A prevalência das doenças do aparelho digestivo como causa de internação em hospitais da rede pública de
João Pessoa - PB____________________________________________________________________________________________ 170
407 A prevalência das úlceras gástrica e duodenal como causa de internação na rede pública de saúde de João Pessoa - Paraíba_____ 170
408 Adenocarcinoma discoesivo gástrico precoce: relato de um caso____________________________________________________ 170
409 Adenocarcinoma gástrico com apresentação atípica em paciente jovem: relato de caso__________________________________ 171
410 Análise comparativa de métodos diagnósticos para Helicobacter pylori em pacientes dispépticos de uma
clínica de endoscopia na cidade de Manaus_____________________________________________________________________ 171
411 Avaliação da morbidade por câncer de estômago no período de 2008 a 2012 em Goiás_________________________________ 171
412 Detecção e análise da translocação cromossômica T(11;18)(q21;q21) em portadores de linfoma MALT gástrico____________ 172
413 Diagnóstico precoce de tumor neuroendócrino duodenal: relato de caso_____________________________________________ 172
414 Doença celíaca associada à Síndrome de Down - Relato de caso____________________________________________________ 172
415 Doença de Ménétrier: relato de caso___________________________________________________________________________ 173
416 Doença de Whipple - Causa rara de diarreia crônica______________________________________________________________ 173

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 15


Índice • Gastroenterologia

417 Efeito de extrato de própolis sobre a expressão proteica de oncogenes e desenvolvimento de


lesões gástricas induzidas por carcinogênese experimental pela n-metil-n´-nitro-n-nitrosoguanidina (MNNG),
em Mongolian gerbils________________________________________________________________________________________ 173
418 Efeitos da presença de Helicobacter pylori sobre o peso corporal e o valor calórico da dieta_____________________________ 174
419 Gastrite autoimune cursando com anemia crônica. Relato de caso__________________________________________________ 174
420 Gastrite flegmonosa por uso de terapia biológica em doença inflamatória intestinal - Relato de caso______________________ 174
421 Genótipos do H. pylori iceA1, vaca e alelos em portadores de gastrite, úlcera péptica e câncer
gástrico em Fortaleza, nordeste do Brasil_______________________________________________________________________ 175
422 Genótipos do H. pylori oipA, vaca e alelos em portadores de gastrite, úlcera péptica e câncer
gástrico em Fortaleza, nordeste do Brasil_______________________________________________________________________ 175
423 Grande carcinoma gástrico com crescimento superficial___________________________________________________________ 175
424 Infecção por H. pylori e hábitos de vida no desenvolvimento das doenças gastroduodenais em uma
população da Amazônia brasileira_____________________________________________________________________________ 176
425 Krukemberg - Apresentação de difícil de diagnóstico no câncer gástrico______________________________________________ 176
426 Linfocitose intraepitelial duodenal em infecção por Helicobacter pylori______________________________________________ 176
427 Linfoma MALT gástrico: um relato de caso_____________________________________________________________________ 177
428 Mantendo a integridade da mucosa gastroduodenal em paciente em uso prolongado de nutrição parenteral total___________ 177
429 Melanoma metastático de estômago e duodeno: relato de caso_____________________________________________________ 177
430 Níveis de grelina em pacientes Helicobacter pylori positivos e negativos______________________________________________ 178
431 O desafio do tratamento da dispepsia funcional em paciente comórbida na assistência primária
à saúde - Relato de caso______________________________________________________________________________________ 178
432 Obstrução duodenal - Uma apresentação incomum de enterite por Strongyloides stercoralis: relato de caso________________ 178
433 Pneumatose gástrica secundária a gastrite enfisematosa - relato de caso______________________________________________ 179
434 Pólipos de glândulas fúndicas: associação com o uso crônico de inibidores da bomba de prótons e
com ausência de infecção pelo Helicobacter pylori________________________________________________________________ 179
435 Prescrição de inibidores da bomba de prótons em pacientes da atenção primária – Experiência de um
município do meio-oeste catarinense___________________________________________________________________________ 179
436 Prevalência da infecção pelo H. pylori na gastrite atrófica do corpo e perfil histopatológico da
reação inflamatória na mucosa gástrica_________________________________________________________________________ 180
437 Prevalência do gene dupA do H. pylori em pacientes com gastrite___________________________________________________ 180
438 Relato de caso de ascite em paciente com gastroenterite eosinofílica_________________________________________________ 180
439 Relato de caso: GIST________________________________________________________________________________________ 181
440 Rendu Osler Weber__________________________________________________________________________________________ 181
441 Revisão da literatura: efeitos de extrato de brócolis na carcinogênese gástrica_________________________________________ 181
442 Schwannoma gástrico: relato de caso___________________________________________________________________________ 182
443 Síndrome de Pseudo-Meigs em paciente com tumor de Krukenberg: relato de caso_____________________________________ 182
444 Trombocitopenia induzida por omeprazol - Relato de caso_________________________________________________________ 182
445 Tumor carcinoide de duodeno: relato de caso____________________________________________________________________ 183
446 Tumor de Krukenberg secundário a linite plástica________________________________________________________________ 183
447 Tumor estromal gastrointestinal (GIST): diagnóstico diferencial de hemorragia digestiva alta____________________________ 183
448 Tumor estromal gástrico (GIST) de grande volume - Relato de caso_________________________________________________ 184

FÍGADO (TL.G.FIG.P)

449 Abscessos hepáticos de repetição associados à litíase intra-hepática_________________________________________________ 184


450 Ambulatório de hepatites virais: Iniciativa municipal______________________________________________________________ 184
451 Análise preliminar: aplicação da bateria de avaliação frontal em cirróticos portadores de encefalopatia____________________ 185
452 Análise de fatores preditores para resposta virológica sustentada no tratamento da hepatite C___________________________ 185
453 Apresentação atípica do carcinoma hepatocelular com fratura óssea_________________________________________________ 185
454 Apresentação ictérica de linfoma de Hodgkin - Relato de caso______________________________________________________ 186

16 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Gastroenterologia

455 Apresentação não clássica da doença de Wilson__________________________________________________________________ 186


456 Avaliação da efetividade da biópsia hepática guiada por ultrassonografia em serviço de referência no
Estado do Maranhão________________________________________________________________________________________ 186
457 Avaliação da efetividade do Programa de Tratamento da Hepatite C crônica em usuários da
farmácia estadual de medicamentos excepcionais do maranhão (FEME)_____________________________________________ 187
458 Avaliação MELD, Rockall, Child-Pugh e Baveno em pacientes com hemorragia digestiva alta___________________________ 187
459 Complicação de paracentese: Relato de caso_____________________________________________________________________ 187
460 Complicação rara de cirrose hepática: ascite quilosa______________________________________________________________ 188
461 Diagnóstico diferencial das hepatopatias: hemocromatose hereditária - Relato de caso__________________________________ 188
462 Doença de Caroli: relato de caso______________________________________________________________________________ 188
463 Doença de Wilson: diagnóstico em paciente com envolvimento neurológico e hepático_________________________________ 189
464 Eficácia do clapeamento prolongado do ducto biliar comum do rato Wistar, na indução de lesões hepáticas________________ 189
465 Encefalopatia hepática por shunt portossistêmico com apresentação atípica: Parkisonismo - Relato de caso________________ 189
466 Esteato hepatite não alcoólica: alta prevalência em pacientes endocrinológicos________________________________________ 190
467 Esteatose aguda: um importante diagnóstico diferencial entre as doenças hepatobiliares da gestação______________________ 190
468 Esteatose hepática aguda da gravidez e morte fetal por cardiopatia complexa_________________________________________ 190
469 Esteroides anabolizantes provocando hepatite tóxica: relato de caso_________________________________________________ 191
470 Fístula arterioportal pós-biópsia hepática videolaparoscópica______________________________________________________ 191
471 Hemobilia como complicação de procedimentos intervencionistas no fígado__________________________________________ 191
472 Hemobilia em pacientes admitidos na emergência________________________________________________________________ 192
473 Hemobilia maciça em receptores de transplante de fígado_________________________________________________________ 192
474 Hemobilia: apresentação não usual de tumor de Klatskin__________________________________________________________ 192
475 Hemocromatose “benigna”?__________________________________________________________________________________ 193
476 Hemoperitônio – apresentação inicial de hepatocarcinoma_________________________________________________________ 193
477 Hepatite tóxica desencadeada por suplemento alimentar (termogênico)______________________________________________ 193
478 Hepatocarcinoma e hepatite B curada: relato de caso_____________________________________________________________ 194
479 Hepatocarcinoma em adulto jovem não cirrótico_________________________________________________________________ 194
480 Infarto agudo do miocárdio por cocaína associado a lesão hepática aguda____________________________________________ 194
481 Injúria renal aguda no paciente cirrótico: perfil etiológico e prognóstico de 27 casos____________________________________ 195
482 Intoxicação acidental por clorofórmio levando a insuficiência hepática - Relato de caso_________________________________ 195
483 Lesão hepática induzida por psicotrópicos em indivíduo com multimedicações: como
definir a substância agressora? - Relato de caso__________________________________________________________________ 195
484 Lesões nodulares benignas em fígados não cirróticos. A propósito de 35 pacientes_____________________________________ 196
485 Miopatia aguda relacionada ao uso de sorafenibe________________________________________________________________ 196
486 Neuroma pós-traumático em enxerto de transplante hepático: relato de caso__________________________________________ 196
487 Octreotide LAR como opção terapêutica para ascite refratária - Relato de caso_______________________________________ 197
488 Papel da tomografia por emissão de pósitrons com 18-fluordesoxiglicose (PET-FDG) na detecção de
cistos hepáticos infectados: relato de caso_______________________________________________________________________ 197
489 Paraplegia como primeira manifestação de carcinoma hepatocelular: relato de caso____________________________________ 197
490 Perfil clínico epidemiológico de pacientes com hepatite autoimune atendidos em um centro de
referência do Estado do Rio de Janeiro_________________________________________________________________________ 198
491 Perfil de prevalência de tabagismo e sua relação com a faixa etária em pacientes cronicamente
infectados pelo vírus da hepatite C_____________________________________________________________________________ 198
492 Perfil epidemiológico de trauma hepático no instituto médico legal do município de Palmas - TO________________________ 198
493 Peritonite fúngica espontânea: relato de caso____________________________________________________________________ 199
494 Prevalência de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica em pacientes infectados cronicamente
pelo vírus da hepatite C______________________________________________________________________________________ 199
495 Prevalência do consumo de álcool e sua relação com sexo e via de contaminação em pacientes
infectados cronicamente pelo vírus da hepatite C_________________________________________________________________ 199

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 17


Índice • Gastroenterologia

496 Proteinúria associada à hepatite crônica B - Remissão durante tratamento com tenofovir: relato de caso___________________ 200
497 Quimioembolização arterial no tratamento do carcinoma hepatocelular: experiência de 5 casos__________________________ 200
498 Reação leucemoide no curso inicial de hepatite alcoólica grave: relato de caso_________________________________________ 200
499 Reativação clínica de neurocisticercose na vigência do uso de interferon peguilado (PEG-INF) e
ribavirina em paciente com hepatite C (hcv) - Relato de caso______________________________________________________ 201
500 Reativação do HCV durante tratamento de linfoma de Burkitt_____________________________________________________ 201
501 Relato de caso: glicogenose hepática tipo iv no adulto com acometimento neuromuscular_______________________________ 201
502 Relato de caso: hepatite tóxica por uso de anabolizantes em jovem do sexo masculino__________________________________ 202
503 Resultados de transplante de fígado em pacientes idosos com HCV_________________________________________________ 202
504 Ruptura espontânea de hemangioma hepático: relato de caso______________________________________________________ 202
505 Sarcoidose hepática: relato de um caso_________________________________________________________________________ 203
506 Shunt esplenorrenal espontâneo como causa de encefalopatia hepática crônica: relato de caso___________________________ 203
507 Síndrome de Budd-Chiari como apresentação inicial de lúpus eritematoso sistêmico e síndrome do
anticorpo antifosfolípide_____________________________________________________________________________________ 203
508 Transplante de fígado em pacientes com colangite esclerosante primária. A propósito de 14 casos________________________ 204
509 Trombose de veia porta secundária a colecistite aguda - Relato de caso______________________________________________ 204
510 Tuberculose disseminada com acometimento hepático em imunocompetente: relato de caso_____________________________ 204

GASTROPEDIATRIA (TL.G.GPE.P)
511 Amebíase: análise epidemiológica no estado de Goiás, em 2012_____________________________________________________ 205
512 Complicações das diarreias infantis____________________________________________________________________________ 205
513 Doença de Hirschsprung: o que é importante saber?______________________________________________________________ 205
514 Práticas alimentares em crianças de 6 a 24 meses de idade atendidas em unidade básica de saúde no
município de Porto Velho - RO________________________________________________________________________________ 206
515 Prevalência do aleitamento materno e o consumo de refrigerantes e sucos industrializados por crianças
de 6 meses até 2 anos de idade atendidas em uma unidade básica de saúde em Porto Velho – Rondônia____________________ 206
516 Toxocaríase versus reação leucemoide: um relato de caso__________________________________________________________ 206

Intestino (TL.G.INT.P)
517 A crença em Deus como fator terapêutico e de adesão ao tratamento na doença inflamatória intestinal.
Resultados preliminares de um estudo multicêntrico em pacientes ambulatoriais_______________________________________ 207
518 A importância da enteroscopia no diagnóstico da doença de Crohn de delgado________________________________________ 207
519 A infecção pelo citomegalovírus não interfere na atividade da doença inflamatória intestinal____________________________ 207
520 Abordagem cirúrgica de doença de Crohn (dc) com fístulas enterocutâneas__________________________________________ 208
521 Abscesso do psoas como complicação da doença de Crohn: relato de caso____________________________________________ 208
522 Abscesso pré-sacral: uma complicação rara da doença de Crohn - Relato de caso______________________________________ 208
523 Adenocarcinoma colorretal em paciente jovem sem histórico familiar e não detectados pelos métodos convencionais
de rastreio_________________________________________________________________________________________________ 209
524 Adenocarcinoma de jejuno: relato de caso e revisão de literatura____________________________________________________ 209
525 Adenocarcinoma mucinoso de cólon em paciente com síndrome Blue Rubber Bleb Nevus: relato de caso__________________ 209
526 Adenocarcinoma mucinoso em fístula perianal na doença de Crohn: relato de caso____________________________________ 210
527 Análise da corticodependência nos pacientes ambulatoriais com Doença de Crohn do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (hcpa)____________________________________________________________________ 210
528 Anemia em pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII) acompanhados no hospital universitário da
Universidade Estadual de Londrina (uel)_____________________________________________________________________ 210
529 Apresentação rara de doença celíaca com desnutrição grave no puerpério: relato de caso________________________________ 211
530 Aspectos éticos no tratamento de paciente com neoplasia de cólon - Relato de caso____________________________________ 211
531 Auto-avaliação de pacientes com doença de Crohn e colite ulcerativa em uso de infliximabe com relação ao
benefício do tratamento - estudo de coorte retrospectiva___________________________________________________________ 211

18 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Gastroenterologia

532 Avaliação antropométrica, composição corporal e densidade mineral óssea em pacientes com retocolite ulcerativa__________ 212
533 Avaliação da dispensação de medicamentos excepcionais aos pacientes portadores de doença inflamatória
intestinal no Espírito Santo___________________________________________________________________________________ 212
534 AVC isquêmico em paciente jovem com doença inflamatória intestinal: um relato de caso_______________________________ 212
535 Biópsias duodenais: análise estatística do perfil epidemiológico e da correlação entre as indicações e as alterações
histopatológicas____________________________________________________________________________________________ 213
536 Características associadas ao uso de corticoterapia em rcu – Salvador - BA___________________________________________ 213
537 Características clínicas e demográficas associadas à colite extensa em pacientes portadores de
RCU de dois centros de referência de Salvador, Bahia/Brasil_______________________________________________________ 213
538 Classificação de Montreal em pacientes com doença de Crohn acompanhados em centros de
referência do estado da Bahia_________________________________________________________________________________ 214
539 Colangite esclerosante primária associada a doença de Crohn: relato de caso_________________________________________ 214
540 Colite segmentar associada à doença diverticular: relato de caso____________________________________________________ 214
541 Desenvolvimento de câncer colorretal em paciente de 36 anos com doença de Crohn___________________________________ 215
542 Diarreia crônica como manifestação inicial da Amiloidose Al______________________________________________________ 215
543 Divertículo de Meckel perfurado simulando apendicite: relato de um caso____________________________________________ 215
544 Doença de Crohn e endometriose intestinal: diagnóstico diferencial e possível associação - Relato de caso_________________ 216
545 Doença de Crohn mimetizando adenocarcinoma: relato de dois casos_______________________________________________ 216
546 Doença de Crohn mimetizando apendicite aguda complicada em paciente gestante - Relato de caso______________________ 216
547 Doença de Whipple: desafio diagnóstico das causas de diarreia crônica______________________________________________ 217
548 Doença mitocondrial e doença de Crohn: há alguma correlação?___________________________________________________ 217
549 Doença sistêmica associada à IGG4: diagnóstico diferencial das doenças inflamatórias intestinais?_______________________ 217
550 Enterocolite mastocítica: relato de caso_________________________________________________________________________ 218
551 Eritema multiforme durante tratamento com infliximabe - Relato de caso____________________________________________ 218
552 Fístula entero-cutânea em doença de Crohn tratada com imunobiológico e imunossupressor____________________________ 218
553 Hiperplasia nodular linfoide em paciente com imunodeficiência comum variável: relato de caso__________________________ 219
554 Hiperplasia nodular regenerativa associada à azatioprina em paciente com doença de Crohn: relato de caso_______________ 219
555 Hipertireoidismo simulando abdome agudo: relato de caso________________________________________________________ 219
556 Maior mortalidade por câncer colorretal em mulheres do sul do Rio Grande do Sul___________________________________ 220
557 Manifestações extraintestinais em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), acompanhados no
ambulatório de DII do hospital universitário da Universidade Estadual de Londrina (pr)______________________________ 220
558 Megacolón tóxico no quadro inicial de retocolites e aimportância e dificuldade de obtenção dos
anti-TNF para seu manejo: um relato de caso___________________________________________________________________ 220
559 Megacólon congênito levando à isquemia tardia de cólon direito – relato de caso______________________________________ 221
560 Mesalazina na diverticulose colônica: do tratamento agudo ao uso contínuo__________________________________________ 221
561 Metástase óssea como primeira manifestação de câncer colorretal___________________________________________________ 221
562 Múltiplas formas de apresentação do pioderma gangrenoso em paciente com doença de Crohn oligossintomática___________ 222
563 Neoplasia de próstata de rápida evolução em paciente jovem utilizando terapia biológica - Relato de caso_________________ 222
564 O uso de medicação é fator de risco para doença inflamatória intestinal?_____________________________________________ 221
565 Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes portadores de retocolite ulcerativa em Salvador, Brasil_______________________ 223
566 Perfil epidemiológico da cólera nas regiões do Brasil em 2012______________________________________________________ 223
567 Perfil nutricional de pacientes com doença inflamatória intestinal atendidos em ambulatório
multidisciplinar do Hospital Geral Universitário_________________________________________________________________ 223
568 Peritonite encapsulante associada à enteropatia perdedora de proteína_______________________________________________ 224
569 Pioderma gangrenoso e artrite responsivos à terapia biológica com infliximabe em paciente com
doença Crohn: relato de caso_________________________________________________________________________________ 224
570 Pneumatose intestinal_______________________________________________________________________________________ 224
571 Pneumatose intestinal: um relato de caso________________________________________________________________________ 225
572 Pneumatose intestinal: uma manifestação da pseudoobstrução intestinal crônica (POIC) primária – um relato de caso_______ 225

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 19


Índice • Gastroenterologia

573 Polimorfismos dos genes VEGFA e COX-2 e a suscetibilidade ao câncer colorretal na população brasileira________________ 225
574 Polineuropatia periférica associada a supercrescimento bacteriano do intestino delgado________________________________ 226
575 Prevalência de constipação intestinal entre acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Tocantins________________ 226
576 Prevalência de hepatites B e C em pacientes com doenças inflamatórias intestinais do Hospital do
Servidor Público Estadual - Sp________________________________________________________________________________ 226
577 Prucaloprida no tratamento da constipação funcional - Relato de caso_______________________________________________ 227
578 Rastreamento de neoplasias colorretais na atenção primária – experiência de um município do
meio-oeste catarinense_______________________________________________________________________________________ 227
579 Relato de caso de retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) e gestação: que cuidados devemos ter?_________________________ 227
580 Relato de caso: cirrose biliar primária associada à retocolite ulcerativa_______________________________________________ 228
581 Relato de caso: mielossupressão grave durante tratamento de doença de Crohn________________________________________ 228
582 Retocolite ulcerativa com alergia a aminossalicilatos, um caso de difícil controle_______________________________________ 228
583 Série de casos a despeito da terapia biológica com infliximabe na retocolite ulcerativa idiopática
em pacientes atendidos no Hospital Universitário da ufpi (hu-ufpi)_____________________________________________ 229
584 Síndrome da artéria mesentérica superior: uma causa rara de dor abdominal__________________________________________ 229
585 Síndrome de Gardner e retardo mental: relato de caso de uma rara associação________________________________________ 229
586 Síndrome de Sweet em associação com doença de Crohn - Relato de caso____________________________________________ 230
587 Suboclusão duodenal por hematoma parietal traumático - Relato de caso____________________________________________ 230
588 Terapia biológica na doença de Crohn na prática clínica: avaliação da resposta terapêutica à
indução de remissão e ao final do primeiro ano de tratamento______________________________________________________ 230
589 Tratamento com terapia imunossupressora combinada na doença de Crohn (dc) com fístula perianal____________________ 231
590 Tuberculose (TB) miliar após o uso de adalimumabe na doença de Crohn (dc): relato de caso___________________________ 231
591 Tuberculose disseminada em paciente com colite ulcerativa em uso de imunobiológico e
rastreamento de tuberculose latente negativo____________________________________________________________________ 231
592 Tuberculose intestinal como diagnóstico diferencial de abdome agudo: relato de caso__________________________________ 232
593 Tuberculose peritoneal como complicação rara de terapia biológica: relato de caso____________________________________ 232
594 Tuberculose peritoneal em paciente portador de doença de Crohn tratado com imunobiológico__________________________ 232
595 Tuberculose pleural após uso de infliximabe em doença de Crohn de delgado: relato de caso_____________________________ 233
596 Uso da calprotectina fecal na doença diverticular não complicada___________________________________________________ 233

MISCELÂNEA (TL.G.MIS.P)

597 A disfagia na síndrome de Moebius____________________________________________________________________________ 233


598 A importância da correção cirúrgica da hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico_________________ 234
599 A utilização da glutamina no tratamento das mucosites pós-quimioterapia e/ou radioterapia____________________________ 234
600 Amiloidose intestinal: relato de caso___________________________________________________________________________ 234
601 Análise do perfil de pacientes internados no centro de hemorragia digestiva de um hospital geral de
referência do estado da Bahia_________________________________________________________________________________ 235
602 Anemia como consequência de distúrbios do TGI________________________________________________________________ 235
603 Apresentação atípica de síndrome de Erasmus com calcificação total do baço_________________________________________ 235
604 Associação entre auto-percepção da ansiedade e presença de episódios de desconforto no
trato gastrointestinal, com 109 participantes em campanha realizada pela liga do sistema digestivo - UFG_________________ 236
605 Avaliação dos escores SOFA e apache II em pacientes adultos na admissão em UTI____________________________________ 236
606 Colangite esclerosante primária associada à retocolite ulcerativa - Relato de caso______________________________________ 236
607 Diagnóstico diferencial de fístula perianal: relato de caso__________________________________________________________ 237
608 Hábitos de vida que influenciam no desenvolvimento de câncer do trato gastrointestinal________________________________ 237
609 Hemobilia: causa incomum de hemorragia digestiva alta__________________________________________________________ 237
610 Melanoma do canal anal: relato de um caso_____________________________________________________________________ 238
611 Paniculite mesentérica – relato de caso__________________________________________________________________________ 238
612 Perfil epidemiológico de pacientes atendidos com hemorragia digestiva alta em um hospital do sul de Minas_______________ 238

20 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Gastroenterologia

613 Prevalência dos sintomas da doença do refluxo gastroesofágico em estudantes de medicina da


Universidade Federal do Tocantins____________________________________________________________________________ 239
614 Proposta de modelo de atendimento da hemorragia digestiva alta para o Hospital Universitário da Unifesp/Epm__________ 239
615 Relato de caso de carcinoma neuroendócrino em paciente com doença celíaca________________________________________ 239
616 Relato de caso: baclofeno no tratamento do soluço refratário em idosos______________________________________________ 240
617 Ruptura esplênica atraumática: relato de caso em paciente jovem___________________________________________________ 240
618 Tumor de Buschke – Löwenstein e carcinoma espinocelular. Relato de caso___________________________________________ 240
619 Tumores neuroendócrinos: relato de caso_______________________________________________________________________ 241
620 Vasculite periférica grave associada à crioglobulinemia mista em portadores de infecção crônica pelo vírus
da hepatite c (HCV) – relato de casos___________________________________________________________________________ 241

Pâncreas/Vias Biliares (TL.G.PAN/VB.P)


621 Doença de Crohn (dc) com pancreatite grave e recorrente, evoluindo com insuficiência exócrina mesmo
após a suspensão da azatioprina (AZA)_________________________________________________________________________ 241
622 Desafio da colecistectomia laparoscópica em paciente com situs inversus totalis_______________________________________ 242
623 Hemobilia secundária a pólipo inflamatório da vesícula biliar: relato de caso_________________________________________ 242
624 Hemossucus pancreático: um caso raro de sangramento digestivo___________________________________________________ 242
625 Pancreatite crônica de etiologia autoimune por IgG4 – relato de caso________________________________________________ 243
626 Pancreatite crônica agudizada complicada com abscesso perirrenal, fístula duodeno-pancreática e
varizes gástricas: relato de caso________________________________________________________________________________ 243
627 Pesquisa das mutações N34S e p55s do gene SPINK1 e da mutação R254W do gene CTRC em
pacientes com pancreatite crônica______________________________________________________________________________ 243
628 Pseudocisto pancreático de localização hepática: Relato de caso____________________________________________________ 244
629 Rabdomiolise cursando com pancreatite aguda. Relato de caso_____________________________________________________ 244
630 Relato de caso: melanoma maligno cutâneo metastático para papila duodenal________________________________________ 244

Pâncreas/Motilidade Digestiva (TL.G.P/MD.P)


631 Achados manométricos em portadores de distúrbios da defecação__________________________________________________ 245
632 Avaliação evolutiva de pacientes submetidos a impedancio-phmetria prolongada______________________________________ 245
633 Contribuição da manometria anorretal em paciente com quadro de encoprese: relato de caso____________________________ 245
634 Correlação entre a gravidade do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e a penetração laríngea e
aspiração laringotraqueal____________________________________________________________________________________ 246
635 Espasmo esofagiano difuso e doença do refluxo gastroesofágico: associação frequente__________________________________ 246
636 Obesidade na acalásia_______________________________________________________________________________________ 246
637 Relato de experiência sobre a função do caso do eixo teórico prático integrado na retocolite
ulcerativa inespecífica (RCUI) em uma unidade de saúde em Goiânia, Goiás__________________________________________ 247
638 Sintomas de dismotilidade gastrintestinal em pacientes com doença de chagas podem limitar
alguns fatores físicos, afetando sua qualidade de vida_____________________________________________________________ 247

ORAIS • gastroenterologia
ESÔFAGO (TL.G.ESO.O)
639 Efeitos da intervenção nutricional pós-operatória com vitaminas do complexo b sobre os indicadores metabólicos da via
sulfurada de pacientes com câncer de esôfago____________________________________________________________________ 248
640 Avaliação do teste de antígeno fecal para o diagnóstico primário e controle de cura da erradicação
de Helicobater pylori_________________________________________________________________________________________ 248
641 Cepas de H. pylori babA2 positivas estão associadas com doença ulcerosa péptica em Fortaleza,
nordeste do Brasil___________________________________________________________________________________________ 248

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 21


Índice • Gastroenterologia

642 Status socioeconômico influenciando na sobrevida dos pacientes portadores de câncer gástrico na
cidade de Goiânia___________________________________________________________________________________________ 249
643 Teste sorológico rápido para pesquisa do H. pylori: uma opção útil em áreas com alta prevalência
do H. pylori?_______________________________________________________________________________________________ 249
644 Tumor glômico gástrico – relato de caso________________________________________________________________________ 249

fÍGADO (TL.G.FIG.O)
645 Anastomose esplenorrenal distal (AERD) x TIPS em cirróticos com HDA na era dos transplantes_______________________ 250
646 Apresentação clínical inicial da colangite esclerosante primária e sua associação com doença
inflamatória intestinal em um centro terciário de São Paulo________________________________________________________ 250
647 Aspectos histopatológicos do fígado em pacientes com colangite esclerosante primária (CEP) em relação ao sexo___________ 250
648 Associação de doença hepática gordurosa não alcoólica com neoplasias malignas primárias
e secundárias do fígado - avaliação de 120 pacientes______________________________________________________________ 251
649 Avaliação da resposta terapêutica no tratamento de pacientes portadores de hepatite C
atendidos no HEMOPI e HU-UFPI___________________________________________________________________________ 251
650 Cirrose hepática decorrente de hepatites virais___________________________________________________________________ 252
651 Correlação entre nível sérico de vitamina d, grau de fibrose hepática e resposta virológica ao
tratamento com interferon peguilado e ribavirina em pacientes com hepatite C crônica_________________________________ 252
652 Neutropenia febril grau 4 e síndrome de Fournier associadas a terapia tripla para VHC: relato de caso____________________ 252
653 Problemas éticos no transplante de fígado com doadores de parada cardíaca__________________________________________ 253

INTESTINO (TL.G.INT.O)
654 Densidade mineral óssea x gravidade de doença em pacientes com doença inflamatória intestinal_________________________ 253
655 Hemorragia do intestino médio: diagnóstico por enteroscopia de balão único_________________________________________ 253
656 Validação de testes diagnósticos e pesquisa dos genes produtores das toxinas a e b e da toxina
binária do Clostridium difficile em pacientes com diarreia internados no Hospital das Clínicas da ufmg_________________ 254

Pâncreas/Vias Biliares (TL.G.PAN/VB.O)


657 Principais diferenças entre as pancreatites crônicas alcoólicas e não-alcoólicas________________________________________ 254
658 A função intestinal do paciente chagásico pode se alterar com o tratamento do megaesôfago?___________________________ 254
659 Avaliação da excursão laríngea com técnicas vocais hiperagudas através da videofluoroscopia da
deglutição (VFD)___________________________________________________________________________________________ 255
660 Estudo do intestino delgado de pacientes chagásicos, constipados ou não, com ou sem megacolon________________________ 255
661 Estudo do tempo de trânsito orocecal e de supercrescimento bacteriano em pacientes com megaesôfago chagásico__________ 255
662 Esvaziamento gástrico e gastrinemia em gerbis infectados com cepas de Helicobacter pylori com diferentes
expressões gênicas para o fragmento EPYIA____________________________________________________________________ 256

VÍDEO • gastroenterologia
Estômago/Duodeno (TL.G.ESt/DUO.V)
663 Alternativa no reganho de peso pós-cirurgia bariátrica____________________________________________________________ 256

FOTOS • gastroenterologia
FÍGADO (TL.G.FIG.F)
664 Carcinossarcoma hepático: uma rara e agressiva neoplasia hepática_________________________________________________ 257
665 Mostra fotográfica “a história de cada um”______________________________________________________________________ 257
666 Esteatorreia: uma manifestação clínica negligenciada da fibrose cística_______________________________________________ 257
667 Úlcera “em facada”: patognomônica de doença de Crohn?_________________________________________________________ 258

22 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Endoscopia

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

PÔSTERES • endoscopia
Nº TÍTULO PÁG.
668 Inserção de prótese esofágica totalmente recoberta para tratamento de fístula cutânea pós-esofagectomia
com reconstrução com tubo gástrico em paciente com neoplasia maligna de esôfago___________________________________ 260

Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.P)


669 Adenoma de papila duodenal assintomático - Relato de caso e revisão de literatura____________________________________ 260
670 Avaliação semestral das colangiografias endoscópicas retrógradas em idosos no Hospital Geral Dr. César Cals_____________ 260
671 Avaliação semestral das colangiografias endoscópicas retrógradas por coledocolitíase no Hospital Geral Dr. César Cals_____ 261
672 Biloma pós-trauma hepático tratamento por papilotomia endoscópica_______________________________________________ 261
673 Carcinoma hepatocelular metastático na região da papila duodenal_________________________________________________ 261
674 Cholangioscopy (spyglass) in primary sclerosing cholangitis - Case report_____________________________________________ 262
675 Coledococele: lembrar para diagnosticar________________________________________________________________________ 262
676 Colocação de prótese metálica auto-expansível parcialmente coberta em colédoco distal e prótese
plástica em ducto cístico em paciente com neoplasia de cabeça de pâncreas___________________________________________ 262
677 Complicações da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada: experiência do Hospital Agamenon
Magalhães - Recife - pe______________________________________________________________________________________ 263
678 Neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN)_________________________________________________________________ 263
679 Paraganglioma gangliocítico duodenal_________________________________________________________________________ 263
680 Perfil epidemiológico dos pacientes que apresentaram complicações após serem submetidos à CPRE
no Hospital Geral César Cals: análise semestral__________________________________________________________________ 264
681 Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à CPRE no Hospital Geral César Cals: análise semestral__________________ 264
682 Relato de caso - Ressecção endoscópica de volumoso tumor de papila duodenal_______________________________________ 264
683 Relato de caso: síndrome de Blue Rubber Bleb Nevus_____________________________________________________________ 265
684 Remoção de cálculos gigantes de vias biliares - um desafio para o endoscopista_______________________________________ 265
685 Resultados da drenagem biliar endoscópica (DBE) na obstrução biliar maligna extra-hepática (OBME)
através da passagem de prótese metálica auto-expansível (PMAE)___________________________________________________ 265

COLONOSCOPIA (TL.E.COL.P)
686 Tumor da vesícula biliar associado à síndrome de Mirizzi tipo I_____________________________________________________ 266
687 Adenomas serrilhados - caracterização clínica e endoscópica_______________________________________________________ 266
688 Análise da qualidade do preparo intestinal em colonoscopias realizadas em hospital terciário____________________________ 266
689 Análise descritiva das colonoscopias realizadas em hospital - Escola_________________________________________________ 267
690 Anemia ferropriva secundária a angiectasias de cólon direito - Análise evolutiva após fulguração com
plasma de argônio__________________________________________________________________________________________ 267
691 Avaliação das indicações e dos diagnósticos histológicos dos pacientes submetidos a biópsias seriadas em
colonoscopias no Hospital das Clínicas da usp__________________________________________________________________ 267
692 Avaliação do Bisacodil na qualidade do preparo para colonoscopia_________________________________________________ 268

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 23


Índice • Endoscopia

693 Colite fulminante por Entamoeba histolytica simulando doença inflamatória intestinal - Relato de caso____________________ 268
694 Colonoscopia pediátrica: análise de uma população em Goiânia____________________________________________________ 268
695 Distribuição topográfica das lesões pré-malignas em colonoscopias de rastreio do carcinoma colorretal___________________ 269
696 Espiroquetose intestinal - Relato de caso________________________________________________________________________ 269
697 Gestante com neoplasia subestenosante de sigmoide: o que fazer?___________________________________________________ 269
698 Hemorragia aguda em úlcera retal com tratamento endoscópico - Relato de caso______________________________________ 270
699 Histoplasmose: relato de caso_________________________________________________________________________________ 270
700 LST de sigmoide tratado por dissecção endoscópica de submucosa (DES)____________________________________________ 270
701 O papel da colonoscopia em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea alogênico com diagnóstico de doença do
enxerto contra hospedeiro agudo______________________________________________________________________________ 271
702 Obesidade como fator de risco par adenomas colônicos: existe diferença entre o sexo masculino e o feminino?______________ 271
703 Obstrução intestinal por endometriose_________________________________________________________________________ 271
704 Perfil dos portadores e características endoscópicas de adenomas colorretais__________________________________________ 272
705 Pneumatose cistoide intestinal - Relato de caso___________________________________________________________________ 272
706 Polipose linfomatosa múltipla_________________________________________________________________________________ 272
707 Prevalência de candidíase esofagiana em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta__________________ 273
708 Prevalência de doença diverticular do colón em pacientes submetidos à colonoscopia__________________________________ 273
709 Relato de caso: linfoma de Hodgkin em reto em paciente com retocolite ulcerativa_____________________________________ 273
710 Relato de caso: Sarcoma de Kaposi intestinal como diagnóstico diferencial de doença inflamatória intestinal_______________ 274
711 Tuberculose colônica (TBI): relato de caso______________________________________________________________________ 274
712 Tuberculose intestinal de localização atípica e apresentação clínica inespecífica em paciente imunocompetente.
Relato de caso______________________________________________________________________________________________ 274
713 Úlcera estercoral terebrante em reto____________________________________________________________________________ 275

ECOENDOSCOPIA (TL.E.END.P)
714 Diagnóstico diferencial do cisto pancreático: punção guiada por ecoendoscopia_______________________________________ 275
715 Drenagem endoscópica ecoguiada das vias biliares: uma opção à cirurgia?____________________________________________ 275
716 Ecoendoscopia na prática clínica: a experiência de um serviço de referência no estado do ceará__________________________ 276
717 IPMN confirmado por ecoendoscopia: relato de caso_____________________________________________________________ 276
718 Neurofibroma do pâncreas: diagnóstico através de punção aspirativa por agulha fina guiada por
ecoendoscopia (EUS-PAAF)__________________________________________________________________________________ 276
719 Punções aspirativas por agulha fina guiadas por ecoendoscopia em um hospital terciário de Fortaleza____________________ 277
720 Ultrassom endoscópico (EUS) com punção aspirativa por agulha fina (PAAF) no diagnóstico de
adenocarcinoma ductal de pâncreas (ADCP) não diagnosticados por tomografia computadorizada (TC)
ou ressonância nuclear magnética (RNM)_______________________________________________________________________ 277

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (TL.E.EDA.P)


721 Abordagem endoscópica de CCE precoce de esôfago - Relato de caso_______________________________________________ 277
722 Acometimento gástrico na sífilis secundária: uma manifestação rara desta infecção____________________________________ 278
723 Adenoma duodenal - Ressecção endoscópica____________________________________________________________________ 278
724 Adenoma serrilhado tradicional_______________________________________________________________________________ 278
725 Amiloidose gastroduodenal: relato de caso______________________________________________________________________ 279
726 Análise de pacientes cirróticos compensados submetidos à dissecção endoscópica submucosa
para tratamento de neoplasias superficiais do tubo digestivo_______________________________________________________ 279
727 Análise dos resultados da técnica de dissecção submucosa endoscópica (esd) para tratamento de lesões gástricas__________ 279
728 Anel gástrico migrado: cirurgia de Fobi-Capella_________________________________________________________________ 280

24 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Endoscopia

729 Aspecto endoscópico e evolução de lesão neoplásica recidivada em jejuno em paciente submetido
à gastrectomia total por adenocarcinoma gástrico________________________________________________________________ 280
730 Avaliação dos pacientes submetidos à ligadura elástica de varizes esofágicas em hospital de referência
no estado do Maranhão______________________________________________________________________________________ 280
731 Avaliação endoscópica pré-operatória de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica____________________________________ 281
732 Balão intragástrico (BIG): 2 anos de experiência de um grupo multidisciplinar (gm)___________________________________ 281
733 Carcinoma basaloide escamoso de esôfago: relato de caso_________________________________________________________ 281
734 Carcinoma linfoepitelioma-like (LELC) de esôfago retirado por ressecção submucosa endoscópica:
relato de caso e revisão da literatura____________________________________________________________________________ 282
735 Casuística de 5 anos de tumor neuroendócrino do trato gastrointestinal acompanhados no hc/unicamp_______________ 282
736 Câncer de mama her2-positivo com metástases gástricas - Relato de caso_____________________________________________ 282
737 Combinação entre mitomicina-c e prótese plástica auto-expansível no tratamento endoscópico
das estenoses benignas refratárias à dilatação endoscópica: relato de caso____________________________________________ 283
738 Complicações da dissecção endoscópica de submucosa (ESD) em lesões extensas - Relatos de casos______________________ 283
739 Desenvolvimento de câncer em tubo gástrico em paciente submetido à esofagectomia: relato de caso_____________________ 283
740 Dificuldade técnica de extração gástrica de grande GIST ressecado por ESD - Relato de caso____________________________ 284
741 Eficácia da terapêutica endoscópica e tempo de internação hospitalar em 39 pacientes submetidos
à endoscopia digestiva alta de urgência por corpo estranho no trato gastrintestinal no Hospital Regional
Norte de Sobral - Ceará______________________________________________________________________________________ 284
742 Eficácia do balão intragástrico. Resultados em uma série de 30 pacientes_____________________________________________ 284
743 Estenose esofágica associada à esofagite herpética: relato de um caso________________________________________________ 285
744 Estudo comparativo do uso de plasma de argônio para hemostasia endoscópica de sangramento tumoral_________________ 285
745 Estudo de achados endoscópicos em pacientes portadores de HIV/SIDA em um serviço de referência_____________________ 285
746 Experiência inicial do emprego da endomicroscopia confocal no trato digestório______________________________________ 286
747 Fenda laríngea_____________________________________________________________________________________________ 286
748 Gastrite flegmonosa: relato de caso____________________________________________________________________________ 286
749 Gastrostomia endoscópica percutânea cursando com síndrome de “Buried Bumper” e hemorragia digestiva alta:
relato de caso______________________________________________________________________________________________ 287
750 Gastrostomia endoscópica percutânea: análise de 126 casos de dois hospitais terciários de Goiânia - GO__________________ 287
751 GIST ulcerado: causa incomum de HDA_______________________________________________________________________ 287
752 Hemorragia digestiva alta causada por metástase de seminoma clássico em duodeno___________________________________ 288
753 Hiperplasia linfoide nodular duodenal e giardíase intestinal em paciente com imunodeficiência comum
variável: relato de 2 casos_____________________________________________________________________________________ 288
754 Impactação bulbar por astrágalo suíno_________________________________________________________________________ 288
755 Infiltração gástrica da leucemia mieloide aguda: relato de caso_____________________________________________________ 289
756 Lesão esofágica provocada por bateria de relógio_________________________________________________________________ 289
757 Linfoma anaplásico gástrico com colonização fúngica mimetizando lesão carcinomatosa_______________________________ 289
758 Linfoma de Burkitt acometendo o estômago - Relato de caso_______________________________________________________ 290
759 Linfoma folicular duodenal primário - Relato de caso_____________________________________________________________ 290
760 Linfoma gástrico de células T com perfuração bloqueada pelo baço: relato de caso____________________________________ 290
761 Lipoma gigante esofágico - Relato de caso______________________________________________________________________ 291
762 Metaplasia intestinal focal em ambiente gástrico_________________________________________________________________ 291
763 Miotomia endoscópica peroral (POEM): relato de caso - Manejo de complicação - Hematoma submucoso________________ 291
764 Mortalidade por hemorragia digestiva alta em Goiás e no Brasil. Estudo de tendências_________________________________ 292
765 Mucosectomia duodenal: relato de caso________________________________________________________________________ 292
766 Múltiplos Sarcomas de Kaposi gástricos________________________________________________________________________ 292
767 Neoplasia pulmonar complicada com fístula esôfago-mediastinal: tratamento com prótese metálica______________________ 293

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 25


Índice • Endoscopia

768 Nova estratégia de rastreamento de varizes esofagogástricas em hepatopatas: endoscopia transnasal sem sedação___________ 293
769 Nova técnica de colocação de prótese metálica auto-expansível totalmente coberta no duodeno__________________________ 293
770 O papel da endoscopia no tratamento da fístula gastrocutânea após gastrectomia vertical_______________________________ 294
771 Perfuração esofágica após dilatação com colocação de prótese______________________________________________________ 294
772 Pólipos gástricos: manifestação extramedular de leucemia mieloide aguda____________________________________________ 294
773 Prevalência de alterações histopatológicas em pacientes com suspeita de doença celíaca e duodeno de aspecto
endoscópico normal_________________________________________________________________________________________ 295
774 Prevalência de citomegalovírus em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta_______________________ 295
775 Prevalência de gastrite em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta______________________________ 295
776 Prevalência do teste da uréase positivo em pacientes com diagnóstico endoscópico de gastrite erosiva_____________________ 296
777 Prótese dentária impactada no esôfago há três anos: remoção endoscópica___________________________________________ 296
778 Pseudodiverticulose esofágica intramural (PDEI): relato de 15 casos_________________________________________________ 296
779 Pseudodiverticulose esofágica intramural: um achado endoscópico raro______________________________________________ 297
780 Pseudomelanose duodenal - Relato de série de casos______________________________________________________________ 297
781 Relato de caso: doença celíaca (DC) com associação de púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)______________________ 297
782 Relato de caso: dois casos de prótese esofágica fixado com endoclip_________________________________________________ 298
783 Relato de caso: presença de dois pâncreas ectópicos em mucosa gástrica_____________________________________________ 298
784 Ressecção de fibrolipoma com alça diatérmica - Relato de caso_____________________________________________________ 298
785 Ressecção endoscópica de pólipo inflamatório fibroide de antro: relato de caso________________________________________ 299
786 Retirada de corpo estranho (tóxico) via endoscópica - Achado incidental de pâncreas ectópico__________________________ 299
787 Sarcoma de Kaposi gastrointestinal em paciente com HIV, HHV-8, HBV e sífilis: relato de caso__________________________ 299
788 Tratamento da ectasia vascular gástrica por argônioterapia (argônio plasma coagulação)_______________________________ 300
789 Tratamento de deiscência total de anastomose esôfago-jejunal com prótese autoexpansível - Relato de caso________________ 300
790 Tratamento de fístula gástrica após gastroplastia redutora com prótese metálica auto-expansível_________________________ 300
791 Tratamento de fístula pós-diverticulectomia com prótese semicoberta metálica auto-expansível (SEMS) - Relato de caso_____ 301
792 Tratamento endoscópico (TE) de úlcera gástrica perfurada (UGP) em paciente em uso de
balão intragástrico (BIG) - Relato de caso_______________________________________________________________________ 301
793 Tratamento endoscópico de fístula traqueoesofágica com prótese autoexpasível - Relato de caso_________________________ 301
794 Tumor de células granulares multifocal do esôfago e estômago_____________________________________________________ 302
795 Tumor neuroendócrino gástrico - Relato de caso_________________________________________________________________ 302
796 Uso de próteses autoexpansíveis (PAE) em fístulas e desconexões anastomóticas esofageanas complexas__________________ 302
797 Úlcera esofágica de etiologia medicamentosa: relato de caso_______________________________________________________ 303

Endoscopia Digestiva Pediátrica (TL.E.EDA.P)

798 Acalásia idiopática em criança: relato de caso____________________________________________________________________ 303


799 Anemia crônica secundária a lesão vascular duodenal: relato de caso________________________________________________ 303
800 Gastrostomia endoscópica percutânea em crianças neuropatas_____________________________________________________ 304

Intestino delgado (TL.E.ID.P)


801 Adenocarcinoma primário de duodeno tratado por via endoscópica_________________________________________________ 304
802 Amiloidose duodenal: relato de caso___________________________________________________________________________ 304
803 Cápsula endoscópica (CE) para estudo do intestino delgado (ID): 3 anos de experiência em único centro__________________ 305
804 Cápsula endoscópica (CE): experiência inicial do serviço de intestino médio da Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre_______________________________________________________________________________________________ 305
805 Cápsula endoscópica no diagnóstico da enteropatia por antiinflamatórios não-esteroidais: um relato de caso_______________ 305
806 Diagnóstico de doença de Crohn íleo-colônica por cápsula endoscópica: relato de caso_________________________________ 306
807 Enteroscopia por cápsula endoscópica no diagnóstico de hemorragia digestiva média por anti-inflamatórios
não-esteroidais: relato de caso_________________________________________________________________________________ 306

26 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Endoscopia

808 Hamartoma de glândulas de Brunner (HGB) de 3ª porção duodenal: causa rara de HDA, diagnosticada e
tratada por enteroscopia de balão único (ebu) - Relato de caso____________________________________________________ 306
809 Papel da cápsula endoscópica no diagnóstico da enteropatia da hipertensão portal_____________________________________ 307
810 Push-enteroscopia: análise de 15 casos realizados no Hospital das Clínicas da ufmg__________________________________ 307
811 Uso de infliximabe no manejo da retenção de cápsula endoscópica em paciente com doença de Crohn
de delgado: relato de caso____________________________________________________________________________________ 307

MISCELÂNEA (TL.E.MIS.P)
812 Análise da eficácia do uso do balão intragástrico na redução do índice de massa corpórea______________________________ 308
813 Avaliação de 340 pacientes quanto a frequência de vômitos após colocação do balão intragástrico (BIG)__________________ 308
814 Características das metástases do melanoma maligno para o trato gastrointestinal_____________________________________ 308
815 Colonização por Candida____________________________________________________________________________________ 309
816 Corpos estranhos no trato digestivo proximal - experiência de 20 anos em serviço de endoscopia de hospital de
pronto socorro_____________________________________________________________________________________________ 309
817 Duodenostomia percutânea endoscópica para tratamento de fístula duodenal________________________________________ 309
818 Fístula gastrocólica neoplásica em um paciente jovem: relato de caso________________________________________________ 310
819 Gastroenterite eosinofílica: um relato de caso____________________________________________________________________ 310
820 Hemorragia digestiva alta volumosa por pseudoaneurisma de artéria gastroduodenal__________________________________ 310
821 Pneumatose cistoide intestinal em paciente com dor abdominal_____________________________________________________ 311
822 Polipose linfomatosa múltipla do trato gastrointestinal - Relato de caso______________________________________________ 311
823 Relato de caso: perda de peso em paciente super obeso. Alternativa a cirurgia bariátrica: tratamento clínico,
seguido do implante de dois balões intragástricos consecutivos_____________________________________________________ 311

ORAIS • endoscopia
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.O)
824 Enteroscopia mono balão para colangiopancreatografia retrógrada em pacientes submetidos à
operação do trato gastrointestinal alto - Experiência inicial________________________________________________________ 312
825 Estenose biliar extra-hepática: valor do escovado endoscópico para detecção de malignidade - Experiência inicial___________ 312

COLONOSCOPIA (TL.E.COL.O)
826 Capnografia volumétrica: método não-invasivo, seguro e eficaz na avaliação respiratória em pacientes submetidos à
colonoscopia diagnóstica com insuflação de ar comprimido e gás carbônico__________________________________________ 312
827 Caracterização endoscópica de adenomas serrilhados sésseis_______________________________________________________ 313
828 Comparação entre colonoscopia com magnificação e ressonância magnética (RM) no estadiamento de neoplasias
precoces de reto____________________________________________________________________________________________ 313
829 Dilatação endoscópica em pacientes portadores de doença de Crohn estenosante______________________________________ 313
830 Dissecção submucosa endoscópica em neoplasias precoces de cólon e reto: experiência de 28 casos em centro
oncológico________________________________________________________________________________________________ 314
831 Ressecção endoscópica submucosa colorretal - Experiência do Gastrocentro Unicamp_________________________________ 314

Ecoendoscopia (TL.E.ECO.O)
832 Uso de prótese metálica autoexpansível na drenagem de coleções líquidas pancreáticas_________________________________ 314

Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.O)

833 Análise da curva de aprendizado da dissecção submucosa endoscópica (ESD) para tratamento de lesões gástricas__________ 315

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 27


Índice • Endoscopia

834 Avaliação clínica, endoscópica e histológica de uma série de casos de esofagite eosinofílica do serviço de
endoscopia digestiva do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte no ano de 2012___________________________________ 315
835 Diagnóstico de neoplasia esofágica superficial em pacientes com câncer de cabeça e pescoço_____________________________ 315
836 Dissecção submucosa endoscópica das neoplasias precoces de esôfago, experiência em hospital oncológico de
atenção terciária____________________________________________________________________________________________ 316
837 Dissecção submucosa para o tratamento de lesões superficiais do aparelho digestivo. Experiência do
Gastrocentro - unicamp___________________________________________________________________________________ 316
838 Dissecção submucosa para o tratamento de neoplasias precoces gástricas. Experiência do Gastrocentro - unicamp_______ 316
839 Diverticulostomia transoral com grampeador assistida por endoscopia (DTGE) para o tratamento
do divertículo de Zenker (dz): experiência inicial________________________________________________________________ 317
840 Miotomia endoscópica per oral (POEM): experiência inicial - Uma nova perspectiva no tratamento da acalasia____________ 317
841 Necrose esofagiana aguda em pacientes com câncer – relato de 17 casos______________________________________________ 317
842 Resultados tardios do tratamento do câncer gástrico precoce pela técnica de ESD_____________________________________ 318
843 Sepultamento do retentor interno da sonda (SRI) de gastrostomia endoscópica percutânea (PEG):
complicação em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP)___________________________________________________ 318
844 Tratamento endoscópico de estenoses pós-cirúrgicas em pacientes submetidos à gastroplastia vertical com
derivação em Y-de-Roux (GVDYR): resultados de um centro de referência___________________________________________ 318
845 Tratamento endoscópico de perfuração esofágica pós-dilatação com prótese autoexpansível - Relato de caso_______________ 319

INTEStINO DELGADO (TL.E.ID.P)


846 Enteroscopia - experiência de 08 anos do centro de diagnóstico em gastroenterologia (CDG) -
Unidade de atendimento terciário - Hospital das Clínicas da fmusp_______________________________________________ 319
847 Enteroscopia de duplo balão em sangramento digestivo por divertículo de Meckel_____________________________________ 319
848 O emprego da cápsula endoscópica (CE) na hemorragia digestiva obscura____________________________________________ 320
849 Tratamento por enteroscopia de balão único de angiectasias sangrantes no intestino médio_____________________________ 320

MISCELÂNEA (TL.E.MIS.P)
850 Aspecto endoscópico da mucosa gástrica pós-retirada de big, levando em conta a presença ou não da
bactéria H. pylori___________________________________________________________________________________________ 320
851 Endomicroscopia confocal a laser por sonda (PCLE) e por punção ecoguida (NCLE): primeiros casos no Brasil____________ 321
852 Transplante de microbiota fecal por via endoscópica oral no tratamento da diarreia causada pelo Clostridium difficile_______ 321

CENTRO DE TREINAMENTO • endoscopia


Endoscopia/cólon (TL.E.end/col.CET)
853 Achados colonoscópicos em octagenários_______________________________________________________________________ 322
854 Avaliação da qualidade da colonoscopia de uma unidade de endoscopia de um grande centro urbano do
estado de São Paulo (Brasil)__________________________________________________________________________________ 322
855 Prevenção da pancreatite aguda pós CPRE com uso de diclofenaco - Resultados preliminares de um estudo randomizado_____ 322
856 Taxas de polipectomia e detecção de adenoma como medida de qualidade em colonoscopias de rastreio do
câncer colorretal____________________________________________________________________________________________ 323
857 Tratamento conservador de perfuração tardia do cólon sigmoide causada por prótese plástica biliar (PPB) -
A propósito de um caso e revisão da literatura___________________________________________________________________ 323
858 Tratamento de obstruções neoplásicas colorretais com próteses metálicas autoexpansíveis_______________________________ 323
859 Análise crítica dos métodos de diagnóstico, seguimento e indicações cirúrgicas na neoplasia cística serosa
do pâncreas (NCS)__________________________________________________________________________________________ 324

28 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Endoscopia

Ecoendoscopia (TL.E.ECO.CET)
860 Análise prospectiva do desempenho da microhistologia (MCH) obtida pela ecoendoscopia associada à punção
aspirativa com agulha fina (EE-PAAF) em cistos pancreáticos (CP)_________________________________________________ 324
861 Contribuição da ecoendoscopia na investigação de afecções torácicas e mediastinais: experiência de dois hospitais
da cidade de São Paulo, SP, Brasil_____________________________________________________________________________ 324
862 Desempenho da colangiopancreatografia ecoguiada (CPEE) para a drenagem biliopancreática após insucesso da
colangiopancreato-grafia retrógrada endoscópica (CPRE)_________________________________________________________ 325
863 Ecoendoscopia diagnóstica do trato pancreatobiliar: experiência de um grupo brasileiro________________________________ 325
864 Ecoendoscopia na Beneficência Portuguesa de São Paulo__________________________________________________________ 325
865 Ecoendoscopia no diagnóstico das doenças do aparelho digestivo em um centro de referência na Bahia___________________ 326
866 Eficácia e segurança da ecoendoscopia biliopancreática (EEBP) associada a punção aspirativa com agulha fina
(EE-PAAF) em pacientes submetidos à cirurgia gástrica (CG)______________________________________________________ 326
867 Papel da ecoendoscopia no diagnóstico de GIST de papila duodenal - Relato de caso__________________________________ 326
868 Relato de caso - Pancreatite autoimune ou neoplasia de pâncreas? Papel da ecoendoscopia no diagnóstico diferencial_______ 327
869 Relevância da ecoendoscopia na decisão do tratamento do câncer de esôfago_________________________________________ 327
870 Resultados da necrosectomia ecoguiada programada (NEC-EEP) em pacientes com necrose encistada e infectada
do pâncreas após pancreatite aguda grave_______________________________________________________________________ 327
871 Utilidade da ecoendoscopia radial (EER) para estadiar e determinar a remoção endoscópica (RE) de
tumores carcinóides gastroduodenais (TCGD)___________________________________________________________________ 328

Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.CET)


872 Análise da resposta do tratamento endoscópico da disfagia grave após fundoplicatura total laparoscópica a
Nissen e a Rossetti__________________________________________________________________________________________ 328
873 Análise do lago mucoso na esofagite erosiva_____________________________________________________________________ 328
874 Balão gástrico - Revisão da literatura___________________________________________________________________________ 329
875 Betametasona na dilatação endoscópica pós-correção de atresia de esôfago: benefício na terapêutica endoscópica__________ 329
876 Candidíase esofágica: perfil epidemiológico, aspectos endoscópicos e espécies infectantes_______________________________ 329
877 Coagulopatia é fator limitante para terapêutica endoscópica em HDA varicosa?_______________________________________ 330
878 Detecção endoscópica precoce do carcinoma superficial de esôfago em pacientes com acalásia: cromoscopia óptica com
tecnologia de banda estreita versus cromoscopia com solução de lugol_______________________________________________ 330
879 Dilatação com balão da papila duodenal pós-papilotomia para retirada de cálculos grandes de colédoco -
Resultados e complicações imediatas___________________________________________________________________________ 330
880 Diverticulotomia endoscópica com uso de bisturi harmônico: estudo retrospectivo_____________________________________ 331
881 Duodenoscopia - O que é importante relatar____________________________________________________________________ 331
882 Estudo comparativo das complicações entre os métodos de dilatação da cárdia com e sem fluoroscopia no megaesôfago_____ 331
883 Estudo da correlação entre moléstia diverticular dos cólons e pólipos colônicos em pacientes submetidos à
colonoscopia no serviço de endoscopia do hospital universitário da Universidade de São Paulo_________________________ 332
884 Hemorragia por ruptura de varizes esofágicas: casuística: tratamento e evolução dos pacientes atendidos no
gastrocentro – Unicamp______________________________________________________________________________________ 332
885 Pacientes com mais de 100 kg apresentam melhor resposta ao tratamento da obesidade com balão intragástrico
quando comparados aos com menos de 100 kg?__________________________________________________________________ 332
886 Pacientes obesos com mais de 50 anos apresentam melhor resposta ao tratamento com balão intragástrico
quando comparado aos mais jovens___________________________________________________________________________ 333
887 Perfil epidemiológico de casos de ingestão de corpo estranho na Santa Casa de São Paulo no período
de julho de 2012 a junho de 2013______________________________________________________________________________ 333
888 Relação entre estenose benigna de esôfago e as complicações do tratamento dilatador__________________________________ 333
889 Tratamento endoscópico com balão intragástrico (BIG) em pacientes super-obesos acompanhados no serviço
multidisciplinar de obesidade em uma unidade pública de saúde: série de casos________________________________________ 334
890 Treinamento em miotomia endoscópica da acalásia do esôfago (POEM) em modelo experimental________________________ 334

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 29


Índice • Endoscopia

891 Valores de referência da pHmetria esofágica de 24 horas após análise clínica e endoscópica da fundoplicatura total_________ 334
892 Modelo experimental de viabilidade da sutura endoscópica gástrica baseado em estudo piloto de simulação por
via laparotômica em porcos___________________________________________________________________________________ 335
893 Ainda há espaço para enteroscopia intra-operatória?_____________________________________________________________ 335

Miscelânea (TL.E.MIS.CET)
894 Miotomia endoscópica per-oral (POEM): avaliação de treinamento inicial em modelos animais__________________________ 335
895 Treinamento de miotomia endoscópica do divertículo de Zenker em modelo animal____________________________________ 336

VÍDEOS • endoscopia
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.V)
896 Abordagem combinada (Rendez-Vous) no tratamento de coledocolitíase em paciente com gastrectomia subtotal
em Y-de-Roux utilizando gastroscópio standard_________________________________________________________________ 337
897 CPER com duodenoscópio sem uso de trocater no bypass gástrico__________________________________________________ 337
898 Demonstração de colangiografia endoscópica com acesso por enteroscopia em paciente com gastrectomia e
reconstrução em Y-de-Roux__________________________________________________________________________________ 337
899 Papilectomia endoscópica: relato de caso_______________________________________________________________________ 338
900 Perfuração duodenal após papilotomia: tratamento endoscópico____________________________________________________ 338
901 Tratamento endoscópico da litíase pancreática em pós-operatório tardio de duodenopancreatectomia cefálica: relato de caso___ 338

COLONOSCOPIA (TL.E.COL.V)
902 Diarreia por Balantidium coli_________________________________________________________________________________ 339
903 Importância da avaliação endoscópica por magnificação no algoritmo terapêutico da neoplasia precoce colorretal__________ 339
904 Perfuração durante colonoscopia em paciente com radioterapia pélvica prévia________________________________________ 339
905 Técnica combinada de cirurgia transanal (TAR) e dissecção submucosa endoscópica (ESD) para ressecção de
lesão de crescimento lateral (LST) circunferencial localizada em reto distal___________________________________________ 340

ECOENDOSCOPIA (TL.E.ECO.V)
906 Drenagem endoscópica ecoguiada de pseudocisto pancreático infectado com o uso de prótese metálica autoexpansível______ 340
907 Quimioembolização intra-arterial ecoguiada em nódulos metastáticos no fígado______________________________________ 340

Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.V)


908 Buried Bumper Syndrome____________________________________________________________________________________ 341
909 Complicacão durante o tratamento de varizes gástrica com cianoacrilato_____________________________________________ 341
910 Gastrostomia endoscópica percutânea através de fístula cervical ou faringostomia em pacientes com
tumor de cabeça e pescoço____________________________________________________________________________________ 341
911 Gist gástrico: dissecção endoscópica__________________________________________________________________________ 341
912 Hemorragia digestiva alta apos biópsia de controle em paciente pós- gastrectomia parcial_______________________________ 342
913 Infecção maciça por Ancylostoma duodenale_____________________________________________________________________ 342
914 Laceração da parede gástrica na gastrostomia___________________________________________________________________ 342
915 Miotomia endoscópica (me) para tratamento da acalasia. Experiência de 52 casos____________________________________ 342
916 Miotomia endoscópica per oral (poem): vídeo__________________________________________________________________ 343
917 Recanalização esofágica endoscópica___________________________________________________________________________ 343
918 Relato de caso: leiomiossarcoma gástrico_______________________________________________________________________ 343
919 Remoção endoscópica de lipoma gástrico_______________________________________________________________________ 343

30 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Índice • Endoscopia

920 Secção endoscópica de ponte mucosa do esôfago_________________________________________________________________ 344


921 Sífilis gástrica: relato de caso e aspectos endoscópicos_____________________________________________________________ 344
922 Tratamento endoscópico de laceração esofágica pós-impacção alimentar com clipes metálicos - Relato de caso_____________ 344

Intestino delgado (TL.E.ID.V)


923 Doença de Crohn de intestino delgado: diagnóstico por enteroscopia________________________________________________ 345
924 Enteroscopia no diagnóstico da síndrome da artéria mesentérica superior: relato de caso________________________________ 345
925 Importância da enteroscopia no diagnóstico de linfoma difuso de grandes células B em paciente com doença celíaca________ 345
926 Lesão subepitelial como causa de hemorragia digestiva média: relato de caso_________________________________________ 346

Miscelânea (TL.E.MIS.V)
927 Endomicroscopia confocal no esôfago de Barrett com adenocarcinoma (superficial e avançado)__________________________ 346
928 Fechamento de perfuração pós-dissecção submucosa (ESD) com nova técnica e novo clipe metálico tipo “instinct®”_________ 346
929 Remoção de prego do cavum com catéter magnético______________________________________________________________ 347
930 Retirada de alfinete da traqueia com gastroscópio________________________________________________________________ 347
931 Retirada de duas moedas, simulando bateria, utilizando cateter magnético___________________________________________ 347
932 Septotomia ambulatorial do divertículo de Zenker com uso de endoscopia flexível e grampeador linear___________________ 347
933 Técnica da dissecção endoscópica da submucosa universal (ESD-U)_________________________________________________ 347


FOTOS • endoscopia
TL.E.F.
934 Doença de Crohn: aspecto endoscópico sugestivo de lesão neoplásica________________________________________________ 348

Colonoscopia (TL.E.COL.F)
935 Achado colonoscópico na colite colagênica: nem sempre uma colite apenas microscópica_______________________________ 348
936 Diarreia como uma apresentação tardia de fístula após gastrostomia endoscópica percutânea (PEG)_____________________ 348
937 Esquistossomose retal_______________________________________________________________________________________ 349
938 Reto: câncer avançado ou câncer precoce?______________________________________________________________________ 349
939 Úlcera solitária do reto______________________________________________________________________________________ 349

Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.F)


940 Acometimento duodenal por linfoma de células do manto_________________________________________________________ 349
941 Caso clínico - esofagite infecciosa______________________________________________________________________________ 350
942 Esofagite herpética__________________________________________________________________________________________ 350
943 Esofagite tuberculosa________________________________________________________________________________________ 350
944 Fístula traqueoesofágica por intubação prolongada______________________________________________________________ 351
945 Ingestão de corpo estranho___________________________________________________________________________________ 351
946 Lesão de Dieulafoy - Relato de caso____________________________________________________________________________ 351
947 Relato de caso: tratamento endoscópico de fístula esôfago-pleural__________________________________________________ 351
948 Sarcoma de Kaposi gástrico__________________________________________________________________________________ 352
949 Síndrome de polipose hiperplásica gástrica______________________________________________________________________ 352

Endoscopia Digestiva Pediátrica (TL.E.EDP.F)


950 Relato de caso: tricobezoar como causa de estenose duodenal______________________________________________________ 352

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 31


Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Temas Livres
Cirurgia
Pôsteres • Orais • Vídeos

32 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


CIRURGIA • PÔSTERES
TL.C.P.001
CISTO MESENTÉRICO - RELATO DE CASO
Valdinaldo Aragão de MELO1, Osmar Max Gonçalves NUNES1, Flávio Luiz Cabral DÓSEA1,
Paulo Vicente dos SANTOS FILHO1, José Felipe Cardoso BRAZ2, Marcus Felipe Gonçalves FEITOSA3,
Gislayne Oliveira BEZERRA2, Ingrid Tatiana LOPES2

Resumo - Cisto mesentérico é definido como qualquer lesão cística localizada entre os folhetos do mesentério, do duodeno ao reto,
sendo mais comumente encontrado ao nível do íleo. O diagnóstico diferencial mais importante é o cisto de ovário, ainda que devam ser
investigadas outras lesões abdominais como pseudocisto de pâncreas, tumores retroperitoneais pediculados, leiomiomas pediculados
do útero etc. A excisão cirúrgica completa deve ser indicada em todos os casos de cisto mesentérico para evitar complicações como
malignização, obstrução, ruptura, hemorragia etc. Objetivo - relatar um caso de cisto mesentérico atendido e conduzido no Serviço de
Cirurgia Geral do Hospital de Cirurgia. Relato de caso - Paciente de 16 anos, feminino, refere queimor retroesternal há um ano, cursando
com aumento do volume abdominal. Nega dor abdomminal, bem como piora do queimor ou associação com alimentação. Ao exame
físico abdome semigloboso, distendido e indolor à palpação. Ultrassonografia - demonstou grande tumoração cística e tomografia com-
putadorizada do abdome - volumosa coleção cística simples medindo 63 X 16 X 30 cm, do andar superior à região pélvica. A paciente
foi operada e realizada exérese de cisto abdominal gigante e evoluiu bem sem intercorrências.

1
FBHC; 2UFS; 3UNIT, Sergipe.

TL.C.P.002
DOENÇA DE CROHN COM ACOMETIMENTO EXCLUSIVO GÁSTRICO, UMA FORMA RARA
DE MANIFESTAÇÃO: RELATO DE CASO
Guilherme Vasconcellos Sella1, Vanessa Fernanda Frederico Munhos, Helcio Kazuhiro Watanabe,
Derek William da Silva2, Tiago Mazzaroba Pelisson1, Robson Silva1

Resumo - A doença de Crohn (DC) é uma afecção de origem desconhecida, caracterizada por acometimento focal, assimétrico e
transmural de qualquer porção do tubo digestivo, da boca ao ânus. Somente 5% dos pacientes com a doença têm acometimento gastro-
duodenal. Existem poucos estudos sobre o tratamento dessa manifestação da doença. O envolvimento gastroduodenal foi inicialmente
relatado por Gottlieb em 1937 e é considerado raro, com incidência de 0,5 a 13% em estudos retrospectivos. O relato do caso descreve um
caso de doença de Crohn, de acometimento exclusivamente gástrico, tratado através de conduta cirúrgica, no momento sem necessidade
de tratamento farmacológico, sem sinais de recidiva ou complicações, até a presente data. As informações acerca do caso foram levan-
tadas através de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente
foi submetido, com posterior revisão da literatura.

1
Hospital Regional João de Freitas; 2Universidade Severino Sombra, Rio de Janeiro.

TL.C.P.003
MELANOMA MALIGNO PRIMÁRIO DO ESÔFAGO: UMA DOENÇA RARA E AGRESSIVA
Flávio Hiroshi Ananias Morita1, Ulysses Ribeiro Jr2, Rubens Antonio Aissar Sallum3, Marcos Roberto Tacconi1,
Flávio Roberto Takeda1, Julio Rafael Mariano da Rocha3, Giovanna de Sanctis Callegari Ligabó1, Ivan Cecconello3

Resumo - Introdução - O melanoma maligno primário do esôfago é um tumor raro e agressivo; até hoje há relato de aproximadamente
300 casos na literatura. Objetivo - relatar um caso típico desta doença. Caso - Paciente 60 anos, masculino, com história de disfagia pro-
gressiva e dor torácica desde há 10 meses. Em investigação foi diagnosticado melanoma maligno no terço distal do esôfago, confirmado
por endoscopia digestiva alta e biópsia com imuno-histoquímica. Realizou estadiamento com Tomografia por Emissão de Pósitrons,
sem sinais de doença à distância. Submetido a esofagectomia transhiatal com linfadenectomia subcarinal, as margens cirúrgicas foram
livres, identificados 26 linfonodos sem evidência de doença. Nove meses após foi submetido a laparotomia por colite isquêmica, quando
foi diagnosticado mestástase para o mesentério. Manteve progressão da doença apesar do tratamento sistêmico e faleceu 1 ano após a
esofagectomia. Conclusão - O melanoma maligno do esôfago é uma doença rara e agressiva, está associado a mau prognóstico e baixo
tempo de sobrevida mesmo com o tratamento adequado disponível até o momento. O tratamento de escolha é a ressecção cirúrgica.
Quimioterapia e radioterapia não demonstraram benefício na sobrevida a longo prazo destes pacientes. Atualmente, ainda carecem
estudos com maiores níveis de evidência a respeito desta doença, os quais são impossibilitados de serem realizados em decorrência da
raridade desta entidade.
?

1
ICESP; 2 FMUSP e ICESP; 3 HCFMUSP e ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 33


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.P.004
METÁSTASE INCOMUM DE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS PARA VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO
Daniel de Paula Santana*, Ariel Dutra Lopes*, Tiago Wobido*
Resumo - Introdução - O Câncer de Células Renais (CCR), conhecido pelo aspecto histológico como Câncer de Células Claras, é um tumor maligno que
se apresenta, no momento do diagnóstico, como doença metastática em até um terço dos pacientes e dos demais até 25-50% desenvolverão metástases mesmo
após o tratamento cirúrgico do tumor primário. A metástase do CCR para a vesícula biliar é um evento raro, sendo que existem publicados somente 33 casos
na literatura mundial, o primeiro descrito em 1963. Objetivo - Apresentar um relato de Caso de metástase de CCR para vesícula biliar atendido pelo Serviço
de Urologia de um Hospital do centro do Estado do Rio Grande do Sul. Caso Clínico/Discussão - Paciente, 69 anos, previamente hipertensa e ex-tabagista,
apresentando história de 30 dias com hematúria e dor lombar à direita, tempo no qual foi realizada uma Tomografia Computadorizada (TC) de Abdome
evidenciando massas em topografias de rim e adrenal direitos, nódulos em bexiga, pulmões e vesícula biliar. A paciente foi submetida à nefrectomia, adre-
nalectomia e colecistectomia e após recuperação, foi submetida à ressecção transuretral do nódulo da bexiga. A análise patológica evidenciou Carcinoma de
Células Renais em todos os órgãos ressecados incluindo metástase em mucosa da vesícula biliar. Elaborou-se então, uma busca na literatura mundial pelo
sistema PubMed e Portal CAPES, onde foram localizadas 29 publicações de casos semelhantes, sendo realizada uma análise das mesmas em comparação ao
caso apresentado. Na análise da literatura, encontro-se que em sua maioria as metástases mimetizam pólipos de vesícula biliar e costumam invadir somente
a camada mucosa e muscular. Análise de estudos prévios não demonstrou alterações significativas na sobrevida dos pacientes com metástases em vesícula
biliar em comparação com os pacientes com metástases em sítios comuns, sendo a totalidade dos pacientes tratados com colecistectomia para a metástase
em questão. Conclusão - A metástase do CCR para vesícula biliar é um evento raro, mas que deve ser levado em consideração na análise radiográfica e no
transoperatório se possível. Tanto nos casos prévios como no apresentado, a metástase costuma mimetizar tumores polipóides de vesícula biliar. Portanto,
devemos atentar para casos com história de ressecção prévia de CCR que apresentem pólipos em vesícula biliar em exames radiológicos.

*Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

TL.C.P.005
SÍNDROME EOSINOFÍLICA ORIGINAL: INFILTRAÇÃO EOSINOFÍLICA ESOFÁGICA E ASCITE
EOSINOFÍLICA
Thiago Miranda Pinheiro*, Paula Ferreira Barbosa*, Priscilla Dias Silva Abrahao*, Roberta Kazan Tannus*,
Nestor Barbosa Andrade*, Abadia Gilda Buso Matoso*, Valéria Faria Almeida Borges*, Tânia Maria Alcântara*

Resumo - Introdução - As doenças eosinofílicas gastrintestinais primárias (DEGP) apresentam-se com sintomas gastrintestinais associados a aumen-
to do número de eosinófilos na mucosa. Incluem esofagite eosinofílica (EE), gastrenterite eosinofílica (GE) e colite eosinofílica. Relato de caso - W.S.,
masculino, 43 anos, apresentou aumento do volume abdominal há um mês. Três semanas depois iniciou quadro de diarreia aquosa. Há história prévia de
disfagia de condução, leve e esporádica, há mais de dez anos. Negou história de alergias. Ao exame: presença de ascite volumosa. Paracentese diagnóstica:
2.980 células, com 1.907 eosinófilos (GASA: 0,64), e ausência de células neoplásicas. Hemograma: importante eosinofilia. Feita hipótese diagnósica de
GE, biópsias a partir de E.D.A. mostraram infiltrado eosinofílico importante no esôfago, mas ausente em estômago e duodeno. Iniciado tratamento com
Prednisona, o quadro diarreico cessou em dois dias, e a ascite em seis. Discussão: A AE pode ocorrer quando há predomínio de infiltração eosinofílica
na subserosa, e a importante eosinofilia referenda o diagnóstico de GE neste caso. O achado de IEE nos conduz à superposição diagnóstica de EE, o que
explica as disfagias ocasionais. Conclusão - Inicialmente havia apenas o achado incomum de ascite eosinofílica, porém o achado posterior de eosinófilos
no histopatológico de esôfago evidenciou uma síndrome eosinofílica ainda menos frequente: duas DEGP concomitantemente - GE e EE.

UFU, Minas Gerais.


*

TL.C.P.006
VALOR PROGNÓSTICO DO FENÔMENO BROTAMENTO TUMORAL EM PACIENTES COM
ADENOCARCINOMA COLORRETAL ESTÁDIO I E II (TNM), SUBMETIDOS À CIRURGIA COM INTENÇÃO
CURATIVA
Marssoni Deconto Rossoni1, Andrea Maciel de Oliveira Rossoni1, José Ederaldo Queiroz Telles1, Jorge Eduardo Fouto Matias2

Resumo - Objetivo - Estabelecer o desempenho do fenômeno brotamento tumoral (FBT) como fator prognóstico em pacientes portadores de adenocarci-
noma colorretal estádio clínico inicial. Métodos: Foram avaliados 65 pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estádio I e II (TNM), submetidos
à cirurgia com intensão curativa que foram acompanhados por cinco anos. O FBT foi detectado pelos métodos da hematoxilina-eosina (HE) e imuno-
-histoquímica (IMH). Resultados - Ocorreu uma maior positividade do FBT (HE) nas neoplasias do cólon do que as retais (p = 0,03) e uma associação com
infiltração vascular venosa e linfática (IMH) com um risco significativo 7,2 vezes e 2,9 vezes maiores, respectivamente (p= 0,02 e p=0,01). Para associação
com recidiva da doença o FBT apresentou sensibilidade de 35,7% e 71,4%; especificidade 58,8% e 56,9%; acurácia de 53,8% e 60%; likelihood positivo de
0,87 e 1,7 e likelihood negativo de 1,1 e 0,5, pelas técnicas HE e IMH, respectivamente. Conclusão - O FBT pode ser um fator preditor de agressividade
tumoral, já que sua positividade está relacionada à infiltração vascular linfática e venosa. Entretanto, neste estudo, avaliando-se o FBT isoladamente, ele
não foi capaz de predizer o risco de recidiva, fazendo-se prioritário a realização de novos estudos, para confirmar o real significado desta possível variável.

1
UEPG; 2 UFPR, Paraná.

34 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.007
ABORDAGEM SIMULTÂNEA DE ADENOCARCINOMA DE SIGMOIDE E METÁSTASE HEPÁTICA:
RELATO DE CASO

pôsteres • CÓLON
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa1, Diego Barão da Silva2, Artur de Holanda Paes Pinto2,
Juliano Fernandes da Costa2, Márcia Regina Amaral Ribeiro1, Pedro Romão Dantas1

RESUMO - Introdução - O câncer colorretal (CCR) é a terceira causa mais frequente de câncer no mundo. Cerca de 50% dos pacientes desenvolvem
metástases hepáticas (MH) na evolução da doença. Relato de caso - MLA, masculino, 63 anos, internou eletivamente para tratamento cirúrgico pós qui-
mioterapia neoadjuvante. A colonoscopia revelava uma lesão vegetante, infiltrativa, friável e estenosante a 30 cm da borda anal. O anatomopatológico
confirmou o diagnóstico, adenocarcinoma de sigmoide moderadamente diferenciado. A TC de abdome revelava nódulos hepáticos em ambos os lobos
sugestivos de lesões secundárias. Possuía história de internação prévia, quando na ocasião foi realizada a colocação de uma prótese paliativa. Realizou-se
hepatectomia e retosigmoidectomia no mesmo tempo cirúrgico. Discussão - As ressecções hepáticas representam a única chance estabelecida de cura e/
ou maior sobrevida livre de doença e é aceita hoje como o melhor tratamento para os pacientes com MH ressecáveis de CCR. Atualmente, ainda não é
bem estabelecido na literatura qual a ressecção prioritária quando na abordagem de um CCR com MH. Conclusão - Optou-se por uma ressecção combi-
nada, pois o tumor primário apresentava-se como uma lesão com potencial obstrutivo, a despeito da colocação da prótese, tendo em vista que a mesma
poderia migrar ou perfurar durante o pós-operatório da hepatectomia, caso esta fosse realizada prioritariamente.

1
UFPB; 2 HSPE, Paraíba.

TL.C.COL.P.008
ABSCESSO PERIANAL: RELATO DE CASO
Gabriel Araújo Ferrari Figueiredo1, Guilherme de Castro Perillo1, Patrícia Vilela Rezende1,
Carla Andreia R. P. Velloso1, Edmar Alves1

RESUMO - Introdução - Os abscessos representam cerca de 70% do total das supurações perianais. No entanto, não deixa de ser uma patologia rara,
estimando-se uma incidência de 1/10000 habitantes por ano e representando 5% das consultas em coloproctologia. São mais frequentes no sexo mas-
culino e raras na infância. A sintomatologia é o quadro doloroso que se inicia abruptamente e piora com a movimentação e esforços. Caso - F.F.M,
28 anos, sexo masculino, há 28 dias com dor e rigidez de glúteo direito que irradia para perna direita. Picos febris há 10 dias. Procurou vários Cais
onde fez tratamento para coluna com injeções em glúteo. Sem melhora, foi encaminhado à neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
Realizado ressonância magnética (Massa expansiva multiloculada na região glútea direita, que se estende para região perianal direita, determinando
redução da amplitude do reto). Foi encaminhado à proctologia. Ao exame: Glúteo direito com massa endurecida acometendo toda nádega, com pre-
sença de sinais flogísticos. Punção de secreção purulenta e sem odor. Cultura: Staphylococcus aureus. Após um dia, realizado drenagem de abscesso
em região de raiz de coxa D e glúteo D, drenando cerca de 1500 ml de secreção purulenta. Sem comunicação palpável com o reto. Houve melhora do
quadro. Conclusão - Poucas afecções dão lugar a tantos erros de diagnóstico ou terapêutica devendo-se tal fato a um profundo desconhecimento da
anatomia e exame físico da região anal e aparelho muscular circundante.

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.COL.P.009
ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE
Marina Rodrigues Costa1, Priscila Briseno Frota1, Thiago Costa Maia1, Jessika Silveira Araújo1,
Dayanne Nogueira de AMORIM1, Caio Alcobaça Marcondes2, Vanessa Rodrigues Costa1

RESUMO - Introdução - O adenocarcinoma de apêndice é uma doença de origem epitelial e de ocorrência rara, encontrado em aproximadamente 0,1-
0,5% das apendicectomias. Objetivo - Relatar caso de uma paciente com adenocarcinoma de apêndice apresentando-se através de uma fístula entero-
-cutânea. Relato de Caso - Paciente, feminino, 64 anos, apresentou massa em região de fossa ilíaca direita de crescimento rápido com sinais flogísticos há
oito meses (foi realizada na época a drenagem do provável abscesso de parede abdominal). Há quatro meses, porém, iniciou novo quadro de infecção de
parede abdominal com drenagem de fezes na ferida operatória. Foi realizada fistulografia que evidenciou trajeto fistuloso para base do ceco. Foram so-
licitadas colonoscopia (processo inflamatório em base de apêndice)e tomografia computadorizada, sem outros achados. A paciente foi submetida a uma
laparotomia exploratória, que evidenciou presença de fístula entero-cutânea com a base do ceco junto ao apêndice, sendo submetida a uma fistulectomia
e apendicectomia. Análise histopatológica evidenciou adenocarcinoma de apêndice com margens comprometidas pela neoplasia, sendo realizada nova
laparotomia com hemicolectomia direita. Conclusão - O adenocarcinoma de apêndice possui como forma de apresentação mais comum a apendicite
aguda. O tratamento de escolha é a hemicolectomia direita, pois há um aumento significativo da sobrevida em cinco anos (63%) quando comparada a
apendicectomia (21%).

1
Universidade Federal do Ceará; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC, Ceará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 35


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.010
ADENOCARCINOMA DE RETO ALTO COM METÁSTASE CUTÂNEA - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes Albuquerque*, Priscilla Guimarães Brugger*,
Diogo Marcelo Furtado*, Marlon Alves Olivetti*

RESUMO - O adenocarcinoma corresponde a 90% dos casos de câncer colorretal. A metástase cutânea devido ao adenocarcinoma colorretal é uma
condição rara pouco descrita na literatura, apresentando uma incidência de aproximadamente 5%. Objetivo - é descrever um caso de metástase em
região interglútea, tendo como sítio primário neoplasia de reto alto. Foi realizada revisão do prontuário do paciente, incluindo análise de exames
complementares por ele realizados e revisão bibliográfica da literatura por meio de busca eletrônica nas bases de dados Lilacs, Medline, Bireme, Scielo,
PubMed. Paciente masculino, 55 anos, atendido no serviço de cirurgia geral do Hospital Regional do Vale do Paraíba, com diagnóstico de neoplasia
de reto alto e lesão em espelho na borda anal, cerca de 2 cm da mesma. Foi submetido inicialmente a retossigmoidectomia com ileostomia e biópsia
da lesão perianal onde foi evidenciado adenocarcinoma tubular grau II e adenocarcinoma tubular, respectivamente. Foi submetido à quimioterapia e
colonoscopia que evidenciou lesão subestenosante no reto a 16 cm da borda anal e o anatomopatológico identificou adenocarcinoma moderadamente
diferenciado e invasivo. Foi realizada proctocolectomia total, linfadenectomia retroperitoneal e ileostomia definitiva. Os tumores metastáticos raros
devem ser incluídos no diagnóstico diferencial nas lesões cutâneas para que ocorra a detecção precoce e instituição de tratamento adequado, sendo de
suma importância no resultado do tratamento.

*HRVP, São Paulo.

TL.C.COL.P.011
ANGIODISPLASIA DE CÓLON EM CRIANÇAS: RELATO DE CASO
Wallace Acioli Freire de Gois1, Flávio Hayato Ejima2, Sara Habka3, Fábio Augusto Albanez Souza3, Luciano Alves Fares4

RESUMO - Angiodisplasia é a anormalidade vascular congênita resultante de morfogênese inapropriada de vasos sanguíneos, especialmente no trato
gastrointestinal, que apresenta-se como importante causa de hemorragia digestiva baixa em pacientes idosos, porém rara em crianças. Em casos pediá-
tricos, o cólon descendente é mais comumente afetado. Objetivo - Descrever caso único na literatura nacional, até então, sobre angiodisplasia de cólon
em criança. Relato de Caso - Paciente apresentou enterorragia volumosa, foi levada ao hospital hipotensa e taquicárdica. Em investigação diagnóstica,
foi realizada colonoscopia, que mostrou lesão colônica em flexura esplênica. Tratada cirurgicamente, com ressecção da porção acometida, sem sintercor-
rências no ato cirúrgico. A peça foi levada ao estudo histopatológico, evidenciando malformação artério-venosa constituindo placa mucosa de 3,0 cm de
diâmetro e erosão central, compatível com angiodisplasia. Conclusão - A angiodisplasia, apesar de pouco comum na faixa etária pediátrica, apresenta-se
como importante diagnóstico diferencial nos quadros de hemorragia digestiva baixa, visto que pode ser causa de sangramento de vulto e consequente
instabilidade hemodinâmica, devendo ser prontamente reconhecida e tratada.

1
HMIB, HCB; 2HRT; 3HMIB; 4 Hospital da Criança de Brasília, Brasília.

TL.C.COL.P.012
CÂNCER COLORRETAL - RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PATOLÓGICA PADRONIZADA DE 40 PEÇAS
CIRÚRGICAS
Gabriel Mendes Andraos1, Guilherme Andrade Lemes1, Daniel Paiva Magalhães1, Luis Carlos Crepaldi1,
Thiago David Aves Pinto2, Sebastião Alves Pinto1

RESUMO - Introdução - O carcinoma colorretal (CCR) é no Brasil a terceira causa de óbito por tumores malignos em mulheres e a quinta em homens.
Geralmente é diagnosticado em fase avançada, comprometendo o prognóstico e a sobrevida. As características anatomopatológicas do tumor são im-
portantes no estadiamento e definição terapêutica. Objetivos - Avaliar características anatomopatológicas de peças cirúrgicas de ressecções colorretais.
Casuística: 40 casos com diagnóstico de CCR entre agosto de 2011 e julho de 2012. Método - Avaliação macroscópica e microscópica das variáveis tama-
nho, topografia, profundidade da invasão, presença de angioinvasão e neuroinvasão, linfonodos dissecados, margens comprometidas e tipo histológico.
Resultados - A idade média foi de 62,47 (± 15,00) anos, sendo 21 (52,5%) deles do sexo masculino. O Cólon Esquerdo (9 casos) foi o mais acometido, não
havendo diferença significativa. Houve predominância de adenocarcinomas (40 [100%]), subtipo histológico tubular isoladamente (29 [72,5%]), grau 2
de diferenciação (20 [50%]). Em 16 casos a lesão infiltrava até tecido pericólico, em 26 havia neuroinvasão, em 5 angioinvasão e em 4 alguma das margens
estava comprometida. A média de linfonodos dissecados por peça cirúrgica foi de 30,5 (± 18,56), sendo que em 17 casos havia linfonodos comprometidos
(42,5%). Conclusão - Os dados de nossa casuística são compatíveis com a literatura. Todavia, diferem no tocante ao sexo, havendo predileção pelo sexo
feminino em casuísticas maiores.

1
UFG; 2 INGOH, Goiás.

36 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.013
CICATRIZAÇÃO DE ANASTOMOSE NO CÓLON OBSTRUÍDO DE RATOS APÓS TRATAMENTO COM
SILDENAFIL TÓPICO OU SISTÊMICO
João Luis Oliveira Gusmão de Andrade1, Claudio Alvarenga Campos Mayrink1,
Leonardo Duque de Miranda Chaves1, Daniel Gomes de Alvarenga1, Paula Vieira Teixeira Vidigal1,
Ivana Duval Araujo1

RESUMO - Introdução - A anastomose realizada no cólon obstruído apresenta maior incidência de fístulas que pode ocorrer devido a edema e alte-
rações da microcirculação. Objetivo - avaliar a cicatrização do cólon esquerdo de ratos em presença de obstrução intestinal após uso do sildenafil oral
ou tópico. Metodologia - 17 ratos wistar foram distribuídos nos grupos não tratados (n=6), semi-obstrução colônica (SOC), ressecção do segmento e
anastomose; sildenafil tópico (n=5), SOC, ressecção do segmento e anastomose e irrigação da cavidade com sildenafil ao final da cirurgia; sildenafil oral
(n=6), SOC. ressecção do segmento e anastomose e administração de sildenafil oral ao final da cirurgia. A SOC foi feita através de ligadura do cólon com
fio de seda 2-0 contra um cateter com o Objetivo - de criar um estreitamento abrupto da luz colônica, permitindo a passagem de gases. Após 24 horas,
foi feita ressecção da área da obstrução e realizada a anastomose. Os animais foram mortos no sétimo dia após a anastomose e avaliados a presença de
fístula à macroscopia, a pressão de ruptura e a angiogênese à microscopia. Resultados - Os grupos que receberam sildenafil IP e VO tiveram valores de
pressão de ruptura maiores que o grupo não tratado. Houve também aumento da angiogênese nos animais tratados com sildenafil IP quando compa-
rados aos animais do grupo não tratado e do grupo tratado com sildenafil VO. Conclusão - O uso do sildenafil foi capaz de estimular a cicatrização do
colon obstruído em ratos

1
Laboratório de Cirurgia Experimental, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Minas Gerais.

TL.C.COL.P.014
CISTOADENOMA MUCINOSO DE APÊNDICE CECAL: RELATO DE CASO
Marcela Boraschi Marçal1, Luciana Maria Pires dos Santos1, Gabriel Augusto Biassi Geromel1,
Alan Yoshihiro Takamiya1, Juvenal Mottola Neto1, Alexandre Venâncio de Sousa1

RESUMO - O cistoadenoma mucinoso é uma neoplasia benigna rara, caracterizada por hiperplasia focal ou difusa da mucosa e que provoca dilatação
progressiva do apêndice devido acúmulo de substância mucóide intraluminal que corresponde a um tipo de mucocele do apêndice, sendo encontrada en-
tre 0,07 e 0,3% das apendicectomias. No presente relado os autores expõem um caso de cistoadenoma mucinoso do apêndice observado em uma mulher
de 49 anos de idade, sem comorbidades, com antecedente de histerectomia subtotal devido a miomatose e que há um ano iniciou quadro de dor incomum
localizada em fossa ilíaca direita. Neste relato foi necessário realizar uma laparotomia exploradora, pois com os exames de imagem não foi possível
um esclarecimento da massa presente em fossa ilíaca direita. Temos como objetivo relatar uma entidade rara de patologia relacionada ao apêndice. Na
presente discussão esperamos contribuir para o diagnóstico precoce dessa doença, diagnóstico diferencial e a melhor compreensão de sua patogenia.

1
FMJ, São Paulo.

TL.C.COL.P.015
CONCOMITÂNCIA DE VOLVO DE CECO E GÁSTRICO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello1, Wendel dos Santos Furtado1, Willian Pires de Oliveira Júnior1,
Walter Ludwig Armin Schroff1, Hermínio José de Lima Moura1, Lucas Schlitler Neves1 HFA,
Raphael Cabral de Almeida1

RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente que apresentou quadro de obstrução intestinal por volvo gástrico e cecal concomitantes. Objetivo
- Relatar o caso de causa rara de obstrução intestinal. Casuística: mulher de 25 anos com quadro da abdome agudo obstrutivo, cuja endoscopia revelou
e tratou volvo gástrico. Sem melhora do quadro obstrutivo foi realizada tomografia que evidenciou volvo de ceco com 10cm de diâmetro com báscula
cecal ascendente. A laparotomia demonstrou volvo de cólon ascendente bem próximo ao ceco e distensão cecal. Foi feita ordenha do conteúdo e reali-
zada ceopexia. A paciente evoluiu bem e não apresentou recorrência em 6 meses. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultados - volvo de
ceco e cólon ascendente é raro sendo causa de 1% das obstruções intestinais em adultos. É mais comum em jovens e está associado a hipermobilidade
cecal. Sua associação com volvo gástrico é ainda mais rara havendo apenas um relato na literatura. O tratamento para o quadro intestinal pode ser a
cecopexia (30% de recorrência) ou a colectomia. Conclusão - o volvo de ceco é patologia rara principalmente se associado com volvo gástrico, podendo
ser tratado com cecopexia.

1
HFA, Alagoas.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 37


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.016
CONDUTA NO TRAUMA DE VÍSCERA OCA: RAFIA PRIMÁRIA OU COLOSTOMIA?
Renato de Mesquita Tauil, Alexandre Marotta, Eduardo Fortes de Albuquerque*,
Guilherme Augusto Y. Seimaru, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho,
Mario Henrique Grilo

RESUMO - Introdução - O reparo cirúrgico de traumas abdominais quando há lesões das vísceras ocas é controverso quanto o uso de reparo por sutura
e/ou anastomose primária e o reparo através de colostomia e anastomose em outro tempo cirúrgico. A abordagem cirúrgica das lesões penetrantes do
cólon sofreu mudanças na última década com uma maior inclinação ao reparo primário em relação à colostomia ou exteriorização. 12 Estudos multicên-
tricos indicam o uso de reparo primário de cerca de 50% até 93% das lesões penetrantes do cólon. Resultados - apresentar uma serie de 7 casos de trauma
abdominal com acometimento de vísceras ocas atendidos em um hospital de referência, de junho de 2012 e maio de 2013, submetidos a anastomose
primária, sem complicações relacionadas diretamente a rafia primária. Conclusão - Acreditamos que a rafia primária de lesões de vísceras ocas é segura
e passível de ser realizada, desde de que o paciente não apresente contra-indicações Clínicas ao tratamento definitivo de seu trauma abdominal e nem
contaminação maciça da cavidade.

HRVP, São Paulo.

TL.C.COL.P.017
EM QUE IDADE SURGEM OS DIVERTÍCULOS DO CÓLON?
Hugo de Lacerda Werneck Junior*

RESUMO - Introdução - A etiologia da doença diverticular pode estar relacionada ao baixo volume de fibras ingerido, alto consumo de gorduras e
obesidade. Noventa e cinco por cento dos divertículos são encontrados no cólon sigmoide. Objetivo - deste estudo foi descobrir em que idade aparecem
os divertículos nos homens e nas mulheres. Métodos - Quatrocentos pacientes (220 mulheres e 180 homens) residentes em São Paulo foram submetidos
à colonoscopia e foram divididos em faixas etárias (21-30 anos, 31-40, 41-50, 51-60, 61-70 e 71-80). Os grupos foram comparados levando-se em conta
a presença/ausência de divertículos utilizando o teste chi-quadrado (Microsoft-Excel). A comparação foi feita separadamente em homens e mulheres.
Resultados - Embora os divertículos possam aparecer em homens com menos de 40 anos, descobrimos uma diferença com significância estatística entre
a quinta (41-50 anos) e a sexta (51-60 anos) décadas de vida (p = 0,0015). No grupo das mulheres o resultado foi semelhante com diferença estatística
entre a quinta (41-50 anos) e sexta (51-60 anos) décadas (p = 0,00058), porém nenhum divertículo foi encontrado em pacientes do sexo feminino com
menos de 41 anos. Conclusão - Em homens e mulheres a prevalência de divertículos do cólon se torna estatisticamente significante acima dos 51 anos. Os
homens começam a apresentar divertículos com menos idade (31-40 anos) do que as mulheres (41-50 anos).

*Clínica Particular, São Paulo.

TL.C.COL.P.018
ENDOMETRIOMA INTESTINAL
Norrara Amanda Teles Martins1, Allisson Morais Moreira1, Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1,
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Tiago Ferreira Paula2,
Danillo Gomes Leite1

RESUMO - Introdução - Endometriose é definida como o implante ectópico de tecido endometrial funcionante e, quando localizada é conhecida como
endometrioma, afetando principalmente os ovários. O acometimento intestinal é raro, ocorre em 5 a 15% das mulheres com endometriose pélvica e em
73% dos casos localiza-se na transição retossigmoide. Caso: K.R.E.M, 49 anos, sexo feminino, com história de dor pélvica crônica e metrorragia que
ocorre de 2 a 3 vezes ao mês há 8 meses. O quadro era acompanhado de dor intensa do tipo cólica em flanco esquerdo, que irradia para a região hipo-
gástrica, com dor à palpação em região referida. Realizou USG endovaginal e tomografia computadorizada que evidenciaram lesão expansiva sólido-
-cística com contornos mal definidos em topografia anexial esquerda, medindo aproximadamente 7,0 x 5,0 x 5,0 cm e CA-125: 121,2. Foi submetida a
laparotomia exploradora, sendo realizada retossigmoidectomia devido a tumoração em sigmóide, ooforectomia bilateral e histerectomia, com resultado
anatomopatológico mostrando endometriose extensa em vários focos comprometendo parede intestinal, com grande reação fibrosa, inflamatória e áreas
de necrose na mucosa intestinal, com extensão por contiguidade ao ovário. Conclusão - Pacientes com endometriose podem apresentar suboclusão in-
testinal devido ao endometrioma. O tratamento e o seguimento devem ser adequados, tendo em vista que, apesar de ser uma patologia benigna, em até
1% dos casos pode haver malignização da endometriose.

1
PUC-GO; 2 ESCS, Goiás.

38 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.019
HEMORRAGIA DIVERTICULAR MACIÇA ORIGINADA EM CÓLON DESCENDENTE - RELATO DE CASO
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Helder Costa Ikegami2, Patrícia Tavares, Bruno Filo Creão Garcia Pereira2,
Jamilly Rocha de Souza2, Luciano Gomes Moura2

RESUMO - A hemorragia do intestino grosso tem apresentação clínica variada que vai de episódios recorrentes, mais ou menos expressivos até a he-
morragia maciça que pode envolver alterações hemodinâmicas significativas. Objetivamos relatar caso de paciente internado em fundação santa casa de
misericórdia do pará, com hemorragia digestiva baixa (HDB) maciça. Paciente masculino, 71 anos. Queixa: hematoquezia há 5 dias. EDA: sem relato
de sangramento agudo ou recente. Colonoscopia: doença diverticular dos cólons, sangramento ativo em grande quantidade, proveniente das regiões do
cólon transverso, sigmoide ou esquerdo (por divertículo?). Realizada laparotomia exploradora, sem sinais de hemoperitônio, porém com grande volume
de sangue dentro do cólon transverso e descendente, seguida por hemicolectomia esquerda. Paciente permaneceu internado em UTI, transferido para
enfermaria, na qual evoluiu com fístula anastomótica, sendo reoperado. após este procedimento cirúrgico, foi para uti e posteriormente para enferma-
ria, sem novos episódios de HDB. Recebeu alta hospitalar e retornou ao ambulatório, sem queixas, com resultado de anatomopatológico: proliferação
fusocelular sem atipias e sem necrose em submucosa, doença diverticular do cólon, processo inflamatório crônico moderado com erosão da mucosa.
Conclui-se que o tratamento cirúrgico associado à colonoscopia para identificação da lesão apresentou bom resultado para resolução de hemorragia.

1
Universidade Federal do Pará; 2 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Pará.

TL.C.COL.P.020
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Tadeu Gusmão Muritiba*, Alberto Jorge Albuquerque Fontan*, Daniel Ribeiro Dantas Landim*, Erisvaldo Ferreira Cavalcante Júnior*,
Rômulo da Silva Furtado*, João Eduardo da Rocha França*, Hugo Rogério Nunes Júnior*

RESUMO - Hérnia diafragmática traumática. Introdução - É de fundamental importância o diagnóstico precoce e a abordagem cirúrgica de imediato
da hérnia diafragmática traumática, mesmo sendo considerada uma lesão rara. Objetivo - Relatar um caso de hérnia diafragmática traumática. Méto-
do - Relato de Caso. F.R.O, sexo feminino, 17 anos, G1P0, com 20 semanas de gestação, com quadro de dor abdominal difusa, associado a distensão
abdominal e dispnéia. Apresentava história de lesão por arma branca na base do hemitórax esquerdo há dois anos. Leucocitose: 20600 com 4% bastões.
Cultura do líquido pleural: E. coli. Realizou TC de tórax que evidenciava derrame pleural e presença, na cavidade pleural, de imagem cavitária a esquer-
da. Foi submetida à drenagem de tórax à esquerda, mas sem melhora do quadro. Foi então submetida à laparotomia exploradora sendo encontrada a
presença de hérnia diafragmática, à esquerda, encarcerada e perfurada da flexura esplênica do cólon. Realizado correção da hérnia diafragmática com
frenorrafia e ressecção da alça encarcerada. Feito colostomia do coto proximal e fechamento do coto distal. Paciente evoluiu com perda do feto no pri-
meiro DPO. Ainda se encontra em estado grave, porém apresentando melhora do quadro. Conclusão - Conclui-se que a hérnia diafragmática traumática
é considerada um verdadeiro desafio para os médicos devido a dificuldades no diagnóstico rápido e correto. Em fase crônica, apresenta um risco maior
de estrangulamento e necrose das vísceras.

*HUPAA, Alagoas.

TL.C.COL.P.021
HÉRNIA MESENTÉRICA PERICECAL COM ENVOLVIMENTO APENDICULAR ASSOCIADA A VOLVO
CECAL: RELATO DE UM CASO
Aline Pozzebon Gonçalves1, Antônio José Malcher Gillet2, Nelson Machado da Silva Lima2,
Hamilton Cezar Rocha Garcia1, João Felipe da Costa Nunes1, Rômulo José de Lima Veras1,
Isabela Klautau Leite Chaves1, Emanuel José Baptista Oliveira1

RESUMO - Introdução - As hérnias abdominais internas são protusões de órgãos intracavitários por aberturas peritoneais ou mesentéricas, de origem
pós-trauma, iatrogênica ou congênita. A localização mais comum é próxima à junção íleo-cólica. Volvo se refere a rotação axial de um determinado órgão
sobre seu pedículo. Objetivo - Relatar um caso incomum de hérnia mesentérica pericecal com envolvimento do apêndice vermiforme e volvo cecal. Relato de
Caso - Paciente do sexo feminino,78 anos, deu entrada no Hospital de Clínicas de Ananindeua com distensão abdominal e parada de eliminação de flatos e
fezes há dois dias. Negou vômitos. Desidratada, eupneica, acionótica e afebril. Abdome bem distendido, timpânico, pouco doloroso a palpação, sem irrita-
ção peritoneal. Cicatriz mediana infra-umbilical (ooforectomia há 20 anos). Rotina laboratorial normal. Raio-X panorâmico de abdome revelou obstrução
intestinal a nível de íleo terminal, sem gás a nível de cólons ou de reto. Feito laparotomia exploradora, cujo achado foi de hérnia mesentérica pericecal com
deslizamento do apêndice vermiforme para dentro do defeito mesentérico, associada a um volvo cecal, com estrangulamento da base levando a um quadro
atípico de apendicite com obstrução intestinal e peritonite associada, com vascularização da região cecal e íleo terminal comprometida, sendo realizado
hemicolectomia direita com anastomose íleo-cólica primária em dois planos. A paciente evoluiu bem no pós-operatório (P.O.) recebendo alta no 4ª P.O.

1
Hospital Ofir Loiola; 2 Hospital de Clínicas de Ananindeua. Pará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 39


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.022
INDICAÇÃO DE COLOSTOMIA NA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL DA SÍNDROME DE FOURNIER:
ESTUDO DE CASO
Denise Borba Galdino*, Karla Patrícia Carvalho Noleto*, Luisa Maria de Morais Holanda*, Thaís Monteiro de Castro Freitas*,
Allan Antonelli Meira1, Isabele Parente de Brito*, Alexa Moara*, Jorge Luiz de Mattos Zeve*

RESUMO - Introdução - A gangrena de Fournier é uma infecção polimicrobiana causada bactérias aeróbias e anaeróbias, que leva a uma fasceíte ne-
crotizante, acometendo principalmente as regiões genital, perianal e perineal. Objetivo - Elucidar as indicações conhecidas de colostomia na síndrome
de fournier. Relato de Caso - N.P., masculino, 63 anos, branco, aposentado, natural e procedente de Ananás – TO, refere quadro de edema, de 5 dias de
evolução, na parte interna da coxa direita, indolor e sem calor local. Relata, há um dia, evolução do edema para região perineal, testículos e hipogás-
trio, acompanhado de dor intensa em períneo que irradiava para testículos. Nega trauma ou ferimentos recentes em regiões acometidas. Exame físico:
extensa área de fasceíte necrotizante e gangrena acometendo toda a genitália externa e períneo. Na admissão: leucocitose de 23.300/mm³. Foi realizada
extirpação e recuperação de pele e tecido necrótico. As túnicas testiculares acometidas pela necrose foram ressecadas, preservando os testículos. Dois
dias após, foi submetido a uma colostomia em alça devido ao comprometimento anorretal. Resultado/Discussão: São muitas as contradições em relação
aos critérios de indicação de colostomia e alguns estudos mostram que a necessidade de colostomia é um fator de mau prognóstico, porém a maioria
dos trabalhos evidencia redução da mortalidade. Conclusão - A extensão da doença não é determinante para a decisão de realizar a colostomia, deverá
ser levado em conta cada caso.

*UFT, Tocantins.

TL.C.COL.P.023
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA NA DOENÇA DE CROHN COMPLICADA: UM RELATO DE CASO E UMA
REVISÃO DA LITERATURA
Rita de Cássia Silva*, Reinaldo Falluh Filho*, Roberta da Silva Amaral*, Viviane Sarkis Curi*, Mauro Baffuto*

RESUMO - Introdução - Crohn é uma doença inflamatória crônica recidivante do trato gastrointestinal. Estima-se que 75% dos pacientes com doença
de Crohn (DC) sofrerão cirurgia. Indicações para o procedimento incluem a falha do tratamento clínico ou complicações da doença de Crohn, tais como
perfuração, obstrução, ou formação de fístula. Objetivo - Apresentar um caso de Crohn com abdome agudo perfurativo que necessitou de intervenções
precoces, relacionando-o com dados da literatura médica. Relato de Caso - Sexo masculino, 19 anos, estudante, evoluindo com abdome agudo perfurati-
vo. Laparotomia evidenciou abscesso pélvico e perfuração de delgado. No pós-operatório paciente apresentou complicações infecciosas e necessidade de
reabordagens cirúrgicas. Discussão: O caso corrobora com estudos populacionais que identificaram presença no diagnóstico de idade inferior a 40 anos,
comprometimento do íleo terminal, doença estenosante e doença penetrante como fatores de risco independentes de cirurgia. Na literatura também há
evidências de que a doença penetrante no momento da operação apresenta maiores riscos de reintervenções precoces. Conclusão - A cirurgia ainda de-
sempenha papel fundamental no tratamento do Crohn. Conhecer os fatores preditivos de doença complicada, e individualizar cada indicação cirúrgica
pode trazer o benefício real da cirurgia para esta complexa entidade.

*UFG, Goiás.

TL.C.COL.P.024
METÁSTASE INGUINAL ÚNICA TARDIA DE TUMOR DE CÓLON SIGMOIDE - RELATO DE CASO
Christian Spina1, Carolina Gioia Monteiro1, Aderson Aragão Moura2, Priscila Lara Nogueira2, Nagamassa Yamaguchi2,
Fábio Yoriaki Yamaguchi2, Fernando Bray Beraldo2, José Eduardo Gonçalves2

RESUMO - Os adenocarcinomas de sigmóide geram metástases via linfonodal e hematogênica para regiões localizadas no trajeto da veia mesentérica
inferior e veia porta, principalmente para o fígado, seguido de pulmões. Recorrência tumoral em baço, tireóide, estômago e parede abdominal, são
raras. Objetivo - Relatar um caso de metástase em gânglio inguinal contralateral por adenocarcinoma de cólon sigmóide após dois anos de retossigmoi-
dectomia (RTS). Relato de Caso:O.R.R, 80 anos, masculino, em 04/2011 iniciou perda ponderal e episódios diários de mucorréia sanguinolenta, sendo
diagnosticado tumor estenosante em cólon sigmoide (Set/11-CEA=2,8/CA19-9=21,8). Em 09/2011 foi submetido à RTS laparotômica para ressecção
de adenocarcinoma (T3N0(0/14)M1-omento) de cólon sigmóide, com anastomose primária. Foi realizada terapia adjuvante (18 sessões de FOLFOX
até mar/12). Em TC de abdome de seguimento(05/2013), foi identificada massa em parede abdominal de região inguinal direita (5,6 cm no maior eixo)
(Ago/13-CEA=2,6/CA19-9=15,3). Em ago/2013 foi indicada correção da hérnia incisional (RTS anterior) e resseção da lesão inguinal D cuja biópsia
por congelação resultou em adenocarcinoma metastático em linfonodo inguinal direito. O paciente evoluiu bem no pós-operatório. De acordo com a
literatura, concluímos que metástases para gânglios e parede abdominal de região inguinal são raras, isto porque a região sigmóidea drena para o sistema
porta, originando assim metástases hepáticas e pulmonares mais comumente.

1
UNICID; 2IAMSPE, São Paulo.

40 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.025

MUCOCELE: RELATO DE 3 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA


Miki Mochizuki1, Paulo Roberto Tayar2

RESUMO - Mucoceles de apêndice vermiforme em geral são achados de procedimentos cirúrgicos e, mais recentemente, achados de exames de rotina.
Sua ocorrência é rara, mas tivemos a ocorrência de três casos consecutivos de mucocele em nosso serviço de cirurgia, o que nos despertou interesse e
atenção para o assunto, motivando a realização destes trabalho. Em todos os casos, o diagnóstico de mucocele ocorreu previamente ao procedimento
cirúrgico, em função de manifestações clínicas inespecíficas. Fazemos aqui o relato dos casos atendidos e revisão da literatura.

1
HFC; 2 UFSCar, São Paulo.

TL.C.COL.P.026

OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA PLASTRÃO APENDICULAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DE


LITERATURA
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Ana Cristina Isa*, Ernesto Aparecido Alarcon Junior*,
Rafael Lacerda Pereira Feichas*, Igor de Almeida Melo*,Thiago Bittencourt Hassegawa*,
Alexandre Augusto Pinto Cardoso*

RESUMO - O plastrão apendicular representa cerca de 6% dos casos de apendicite aguda. Seu tratamento é controverso. Objetivo - Relatar realização
de tratamento conservador seguido de apendicectomia eletiva. Relato de Caso - Mulher, 24 anos, quadro de dor abdominal, distensão, hiporexia e
constipação intestinal. Negava vômitos e febre. Realizara tratamento ambulatorial para “colite” com Ciprofloxacina por 7 dias e internada durante
5 dias (Cipro + Flagyl), tendo realizado CT de abdome com “sinais de suboclusão intestinal” e exames gerais que demonstravam leucocitose. Devido
a distensão abdominal e queda progressiva dos níveis de Hemoglobina foi encaminhada ao nosso serviço, com hipótese diagnóstica de neoplasia. Ao
exame físico apresentava massa palpável em fossa ilíaca direita, sem sinais de irritação peritoneal. Sob hipótese diagnóstica de apendicite aguda com
intenso bloqueio local, foi optado por tratamento conservador. Submetida a hemotransfusão, antibioticoterapia, com melhora progressiva do quadro
clínico e laboratorial. Recebeu alta em boas condições, afebril, aceitando bem a dieta, com reinternação posterior para apendicectomia eletiva video-
laparoscópica. Anatomopatológico evidenciou apendicite crônica com hiperplasia linfóide reacional, fibrose e supuração intraluminal. Conclusão - O
tratamento conservador seguido de apendicectomia eletiva é uma opção para evitar as complicações decorrentes da cirurgia na fase aguda. O presente
caso foi tratado com sucesso.

*Hospital de Aeronáutica de São Paulo (HASP), São Paulo.

TL.C.COL.P.027

RELATO DE CASO - HÉRNIA DE GARANGEOT ASSOCIADA À APENDICITE AGUDA


David Lopes Luvizoto*, Alexandre Baconyi Neto*, Gustavo de Nardi Marçal*,
Bruno José Tamelini Patini*, Fábio de Carvalho Garcia*,
Carolina Gomes Cachola*

RESUMO - Paciente feminina, 88 anos, admitida no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas de Botucatu com quadro abaulamento doloroso e hipere-
mia em região inguinal direita há 02 dias, queda do estado geral e inapetência. Única alteração laboratorial foi leucocitose (contagem total de glóbulos
brancos: 23.000). Inicialmente feita a hipótese de hérnia inguinal direita encarcerada e encaminhada para cirurgia de urgência. Após a inguinotomia
direita foi identificada coleção purulenta adjacente ao tecido celular subcutâneo e visualizado saco herniário no canal femoral, contendo o apêndice cecal
estrangulado, acometido por intenso processo fibrino-purulento e perfuração. Diante dos achados intra-operatórios, foi realizada apendicectomia con-
vencional, e o anel herniário foi fechado pela técnica de McVay, sem uso de próteses. A paciente teve evolução pós-operatória satisfatória, apresentando
como única complicação a infecção da ferida operatória e recebeu alta hospitalar no 5º dia de pós-operatório (PO). No entanto, retornou ao serviço no
17º dia de PO com quadro de broncopneumonia. Evoluiu para choque séptico e óbito no 33º dia de PO. As hérnias femorais não são comuns. Ocorrem
predominantemente em mulheres idosas, tendo como componente qualquer estrutura da cavidade abdominal, incluindo o apêndice cecal . Embora a
hérnia de Garangeot seja rara deve-se estar atento à possibilidade de sua ocorrência, sendo que o diagnóstico e a abordagem precoces favorecem melhor
prognóstico ao paciente.

*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 41


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.028

RELATO DE CASO - DOLICOMEGACÓLON - “O INTESTINO GIGANTE”


Bruna Gonçalves Sena Pinheiro1, Francinaldo Gonçalves Sena2

RESUMO - Introdução - Dolicomegacólon (DMC) é um quadro clínico caracterizado por estase intestinal, hipertrofia e alargamento de uma ou mais
porções do intestino grosso, sendo mais frequentemente afetado o sigmoide, sem nenhuma causa extrínseca de obstrução Representa mais de 50% de
todas as obstruções intestinais e alguns mantém altos níveis de mortalidade. Objetivo - Relatar ocaso de um paciente portador de DMC. Casuística:
Paciente E.F.C., 57 anos, deu entrada no Hospital; referindo dor abdominal difusa, náuseas e vômitos. Relatou evacuações e flatos diminuídos, e
episódios semelhantes nos últimos 5 meses após cirurgia de volvo (SIC). Abdome: globoso, algo tenso, doloroso difusamente à palpação e DB Θ. TC
de Abdome: dilatação importante de Ceco e Sigmoide. Foi submetido à Laparotomia Exploradora, confirmando diagnóstico de DMC, obstrução
em alça fechada e válvula ileocecal preservada. Realizou-se Colectomia Total com Ileostomia, e encaminhamento para o CTI, porém ocorreu óbito
no 3º PO. Método - As informações foram obtidas por meio do acompanhamento da cirurgia realizada, revisão do prontuário, supervisão médica e
revisão da literatura. Conclusão - Essa patologia pode ter sido a causa inicial do volvo, e pode ter causa genética ou ambiental. O DMC é uma pato-
logia rara e é considerada uma grande precursora de obstrução intestinal, principalmente por volvo. Porém ainda não se detém muito conhecimento
sobre suas etiologias.

1
UFPA; 2Orientador, Pará.

TL.C.COL.P.029

RELATO DE CASO - HEMICOLECTOMIA DIREITA DEVIDO ABDOME AGUDO VASCULAR


Emanuel José Baptista Oliveira*, Hamilton Cézar Rocha Garcia*, Isabela Klautau Leite Chaves*,
João Felipe da Costa Nunes*, Rômulo José de Lima Veras*, Aline Pozzebon Gonçalves*,
Raquel de Maria Maués Sacramento*, Pablo Baptista Oliveira*

RESUMO - Pretende-se com este trabalho realizar o relato de um caso de isquemia mesentérica crônica que evoluiu com abdome agudo vascular. Para
tanto, fez-se a coleta de dados através da análise de prontuário. HNT, 74 anos, sexo feminino foi admitida na emergência do Hospital Ophir Loyola com
história de dor abdominal intensa, difusa, com início a 4 horas do atendimento, associada a náuseas, vômitos e diarreia. Negava melena ou hematoque-
zia. Ao exame, paciente hipocorada, dispneica em ar ambiente, desidratada (2+/4+) em regular estado geral. Apresentava abdome distendido, tenso,
doloroso difusamente, com descompressão brusca positiva. Toque retal sem alterações. Submetida à laparoscopia diagnóstica, foi encontrado extensa
área de isquemia em todo o hemicólon direito, em toda projeção da artéria cólica direita. Convertida a cirurgia para laparotomia, com realização de
hemicolectomia direita com ileotransverso anastomose. Evoluiu bem no pós-operatório, recebendo alta no 8º PO.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

TL.C.COL.P.030

RELATO DE CASO - MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL EM ADULTO


Inaiê Rodrigues Luz*, Junia de Cassia Baldim* Baldim, JC Hospital Municial Walter Ferrari, Rafaela Teixeira Tavares*,
Mariana de Freitas Andrade*, Elcio Shiyoiti Hirano*, Marcelo Mitsuo Funai*, Marcelo Kassouf*,
Adriano Marcelo Ramon Chaves*

RESUMO - Introdução - A má rotação intestinal é uma anomalia congênita causada pela ausência de rotação ou rotação incompleta do intestino no
eixo da artéria mesentérica superior durante o desenvolvimento embriológico. É tipicamente diagnosticada nos primeiros meses de vida, porém pode
manifestar-se tardiamente. Em adultos, a incidência é de 0,2%, e destes, 15% permanecem assintomáticos por toda a vida. A principal complicação
envolve a obstrução intestinal alta, isquemia e necrose intestinal. Não existe padronização do tratamento, mas a conduta cirurgica, quando necessária,
envolve o procedimento de Ladd, que consiste na liberação das aderências existentes, liberação do duodeno e cólon direito, além do alargamento do pe-
dículo dos vasos mesentéricos superiores e apendicectomia profilática. Relato de Caso - Homem, branco, 39 anos, hígido, encaminhado ao ambulatorio
de cirurgia geral devido dor abdominal difusa e constipação intestinal de longa data, não associado á vômitos, febre ou hiporexia. Exames laboratoriais
não revelaram qualquer alteração. O clister opaco de duplo contraste revelou segmentos colônicos à esquerda da linha média, com ceco medianizado,
achados compatíveis com má rotação intestinal. Conclusão - Trata-se de doença rara, cujo diagnóstico é difícil, já que geralmente esta entidade não se
encontra entre os diagnósticos iniciais do cirurgião geral. Deve ser considerado em casos arrastados de dor abdominal.

*Hospital Municipal Walter Ferrari, São Paulo.

42 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.031
RELATO DE CASO - PARACOCCIDIOIDOMICOSE DE CÓLON - CECO
David Lopes Luvizoto*, Daniel Mendes Shiroma*, Gustavo de Nardi Marçal*, Bruno José Tamelini Patini*,
Giovana Tuccille Comes*, Rogério Saad Hossne*

RESUMO - Homem, 39 anos. Queixa de sudorese noturna há 5 meses e perda ponderal de 5 kg em 2meses. Em consulta, foi palpada massa em fossa
ilíaca direita. Em ultrassonografia abdominal evidenciado espessamento em parede do cólon ascendente. À colonoscopia, grande lesão tumoral, infil-
trativa, ulcerada e sangrante próximo ao ângulo hepático. À biópsia colite crônica acentuada, granulações em “roda de leme”; coloração positiva para
fungos, sugestivo de paracoccidiodomicose. Encaminhado ao HC-UNESP e iniciado tratamento com itraconazol. Após 3 semanas, iniciou quadro de
náuseas, vômitos, distensão abdominal e parada de eliminação de flatos e fezes. Internado pela gastrocirurgia e submetido a cirurgia. Observado tu-
mor no ceco/ascendente e íleo terminal com aspecto inflamatório e linfonodomegalia no mesentério. Feita hemicolectomia direita e reconstrução com
íleo transverso anastomose. Alta no quarto pós operatório, sem complicações. Anatomopatológico: processo inflamatório granulomatoso associado a
apendicite úlcero-flegmonosa, compatível com paracoccidioidomicose. Paracoccidiodomicose é uma micose sistêmica, granulomatosa, causada por um
fungo dimórfico, o Paracoccidioides brasilienses. Doença endêmica da América Latina. Atinge, homens que exercem atividades rurais e entre a segunda
e quarta década de vida. O envolvimento colônico é raro e geralmente simula câncer cólon. Os locais mais acometidos são as áreas ricas em linfonodos
como íleo terminal, apêndice e cólon direito.

*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.C.COL.P.032
RELATO DE CASO - TUMOR DE CÓLON ASCENDENTE SIMULANDO APENDICITE AGUDA
Gustavo Rodrigues Bezerra*, Pablo Henrique Coelho Bringel* / BRINGEL, PHC / UFT, Thamirys Cristine Camargo de Morais*,
Marcos Vinicius Bachiega*, Luciano da Silva Quadros*, Viviane Tiemi Kenmoti*, Isabele Parente de Brito*, Allan Antonelli Meira*

RESUMO - Introdução - O câncer colorretal (CCR) é o 3º câncer mais comum e a 4ª causa de morte no Brasil. A maioria dos CCR é insidiosa e pode
permanecer assintomática. A maior parte dos CCR se desenvolve insidiosamente e pode permanecer assintomática por anos. Objetivo - Relatar um caso
de tumor de cólon ascendente (TCA) simulando uma apendicite aguda (AA). Relato de Caso - Paciente I. A. P., 56 anos, masculino, queixando dor ab-
dominal em cólica há 6 dias, iniciada em epigástrio e com irradiação para fossa ilíaca direita (FID), mal estar e náusea. Ao exame físico, abdome tenso
em FID com Blumberg positivo. Hemograma: hemoglobina de 9g/dl e leucocitose com desvio à esquerda. Ultrassom abdominal: colelitíase e imagem
hipoecóica em FID, 13 x 8 cm, sugestivo de abscesso. Na suspeita de AA complicada com abscesso, optou-se por laparotomia exploradora. Observou-
-se colelitíase com parede espessada; nódulo hepático; ceco com 10 cm, sinais isquêmicos; TCA de aspecto neoplásico e obstrução em alça fechada.
Realizada colecistectomia, hemicolectomia direita e drenagem de cavidade. Paciente recebeu alta no 7º dia, sem complicações. Retornou com anatomo-
patológico de adenocarcinoma tubular úlcero-infiltrativo, diferenciação moderada, perfuração e estadiamento T4N0Mx (0/8 linfonodos dissecados).
Conclusão - O CCR de cólon ascendente pode simular AA, mas é um evento incomum. Em pacientes acima de 50anos, os CCR são mais incidentes que
apendicite, devendo-se investigar a possibilidade da neoplasia.

*UFT, Tocantins.

TL.C.COL.P.033
TUMOR DESMOPLÁSICO DE PEQUENAS CÉLULAS REDONDAS - RELATO DE CASO
Diego Cezar da Silva Pechutti*, Alexandre Bakonyi Neto*, Cristiano Claudino Oliveira*

RESUMO - O tumor desmoplásico de pequenas células redondas (TDPCR) é uma neoplasia rara e altamente agressiva que foi recentemente relatada
por Gerald et al.Afeta predominantemente jovens do sexo masculino,tendo uma localização predominantemente intra-abdominal. Relata-se o caso de
um jovem de 23 anos,que começou referir uma dor abdominal localizada em flanco D, com irradiação para região inguinal D,associado à dificuldade
de urinar e evacuar.Em tomografia foi constatado a presença de massa pélvica, realizada uma biopsia guiada por ultrassonografia,cujo estudo imunois-
toquimico confirmou uma neoplasia maligna de células pequenas redondas e azuis. Foi optado por tratamento cirúrgico. O paciente do caso relatado é
portador de uma doença muito rara com dados limítrofes na literatura, assim não há uma padronização e protocolos sistematizados,a seguir. Há relatos
de tratamento de poliquimioterapia com alta doses realizado antes da cirurgia, dados sobre a realização de cirurgia de debulking completo seguida de
quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, além de quimioterapia pós-operatória com TMO autólogo de resgate e radioterapia em abdômen total após
debulking ótimo. Todas as modalidades terapêuticas descritas são praticamente semelhantes em relação aos desfechos oncológicos, nenhuma se desta-
cando em relação outra até o momento. O prognóstico é reservado e embora o tratamento possa prolongar a vida em casos isolados, este não é curativo.

*UNESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 43


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.COL.P.034
TUMOR DESMOIDE EM CICATRIZ DE COLECTOMIA PROFILÁTICA: RELATO DE UM CASO
Isadora Roberta de Oliveira1, Guilherme Andrade Lemes1, Paulo Afonso K. N. Figueiredo2,
Thiago David Alves Pinto3, Sebastião Alves Pinto3

RESUMO - Introdução - Tumores desmóides (TD) são neoplasias de origem miofibroblástica monoclonal, com crescimento lento e infiltrativo, res-
pondendo a < 3% de todos os tumores dos tecidos moles. Podem estar relacionados à gravidez, trauma e síndromes hereditárias de câncer. Na Polipose
Adenomatosa Familiar (PAF), associada à mutação no gene APC, podem tornar-se uma importante causa de mortalidade e morbidade, possivelmente
relacionada ao trauma decorrente da colectomia profilática, entretanto podem preceder o diagnóstico da PAF, até mesmo sugerindo a pesquisa da mes-
ma. Objetivo - Relatar um caso de TD pós-colectomia profilática de nossa experiência. Casuística: 1 caso. Método - Relato de Caso retirado de prontu-
ário. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, com histórico de colectomia profilática devido a PAF há dois anos, evolui com tumoração
de parede abdominal em região de cicatriz cirúrgica, de progressão lenta e aspecto infiltrativo. Realizada ressecção cirúrgica, o espécime apresentava
coloração pardo-acinzentada, consistência firme-borrachosa e media 8,0 x 5,6 x 3,7 cm. A microscopia revelou tecido fibroconjuntivo com acentuada
fibroesclerose condizente com Fibromatose Desmóide. Conclusão - Os TDs apesar de raros podem ser uma pista para PAF ou uma complicação “iatro-
gênica” da mesma e devem estar em mente quando se depara com uma das duas entidades. Uma estratégia alternativa para o tratemento da PAF nesses
pacientes seria o manejo dos pólipos por via endoscópica.

1
Universidade Federal de Goiás, 2Hospital Geral de Goiânia, 3Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia, Goiás.

TL.C.ESO.P.035
ACALÁSIA E OBESIDADE MÓRBIDA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
pôsteres • ESôfago

Rubens Antonio Aissar Sallum*, Marco Aurelio Santo*, Edno Tales Bianchi*, Thais Pereira*,
Renata Potoniacz*, Sergio Szachnowicz*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Ivan Cecconello*

RESUMO - Introdução - Acalásia é um transtorno motor do esôfago que cursa com disfagia crônica. Habitualmente, devido a dificuldade alimentar, os
pacientes apresentam emagrecimento e desnutrição. É rara a apresentação de acalasia e obesidade. São poucos os relatos de casos de tal associação na
literatura mundial e a conduta discutível em cada caso e não padronizada. Objetivo - Relatamos um caso de um paciente obeso mórbido com acalasia de
origem idiopática que foi tratado de maneira cirúrgica. Método - Trata-se de um paciente homem de 33 anos que apresenta disfagia progressiva há 3 anos.
Tem sobrepeso desde a infância e tinha IMC de 36 na admissão, não teve perda ponderal mesmo com disfagia, devido à ingesta de líquidos com alto teor
calórico. Na EDA apresentava estase de saliva e o EED demonstrava um esôfago com dilatação de 5,4 cm e afilamento em cauda de rato. A manometria
apresentava aperistalse e acalasia de esfíncter inferior do esôfago. Paciente foi submetido à gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux com
alça longa associado à cardiomiotomia e fundoplicatura. Resultado - Paciente teve ótima evolução e no seguimento mostra-se livre de disfagia e com
perda de peso de 7% e 4 meses. Conclusão - A acalasia em paciente com obesidade é uma apresentação rara cujo tratamento deve ser individualizado e a
opção mostrada é viável e até o momento efetiva.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.P.036
AVALIAÇÃO DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA ANTI-REFLUXO NOS PORTADORES DE SINTOMAS EXTRA
ESOFÁGICOS RELACIONADAS À ASMA NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGIANO
Luiz Roberto Lopes*, Laura Bertanha*, Paulo Rodrigues Silva*, André Berton Vedan*, Amanda Pinter Carvalheiro*,
João de Souza Coelho Neto*, Valdir Tercioti Júnior*, Nelson Adami Andreollo*

RESUMO - Introdução - A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) tem como sintomas atípicos a asma, laringite e tosse crônica, podendo ocorrer
em até 74,4% dos casos. O tratamento clínico com não controla o refluxo não-ácido fato que corrobora a indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo
- Analisar a cirurgia videolaparoscópica (VLP) na remissão dos sintomas relacionados à asma em pacientes com DRGE. Material e Métodos - Foram
avaliados retrospectivamente 30 pacientes com sintomas extra-esofágicos relacionados à asma acompanhados no HC/Unicamp e que foram submetidos
à cirurgia de Nissen VLP entre 1994 e 2006. Os dados foram analisados estatisticamente comparando-se os dados pré e pós-operatórios. Resultados - Na
avaliação pré-operatória (M1) e 6 meses após a cirurgia (M2) houve redução significativa dos sintomas de pirose e refluxo. Houve redução significativa
dos sintomas de crises diárias de asma (M1 45,83% e M2 16,67%, p=0,0002) e crises contínuas (M1 41,67% e M2 8,33%, p=0,0002). Em relação à medi-
cação utilizada para o controle da asma houve redução no uso de beta agonista de curta duração (M1 91,30% e M3 47,83%, p=0,0039), beta agonista de
longa duração (M1 39,13% e 78,26%, p=0,0067) e a redução do uso de corticóide oral. Conclusão - A cirurgia anti-refluxo VLP foi eficiente na melhora
de sintomas típicos da doença do refluxo e nas manifestações clínicas da asma.

FCM/UNICAMP, São Paulo.

44 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.ESO.P.037
AVALIAÇÃO DA MOTILIDADE ESOFÁGICA EM PACIENTES COM ESÔFAGO DE BARRETT APÓS A
CIRURGIA ANTI-REFLUXO
Angela C. G. Marinho Falcão*, Sergio Szachnowicz*, Ary NasiA*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Edno Tales Bianchi*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Ivan Cecconello*

RESUMO - Objetivo - Avaliar o efeito da cirurgia anti-refluxo na motilidade do esôfago em pacientes com Esôfago de Barrett (EB) e distúrbio de moti-
lidade. Métodos - 20 pacientes com EB e motilidade anormal previamente ao tratamento cirúrgico. Foram incluídos pacientes com seguimento maior de
12 meses e assintomáticos. Resultados - Seguimento médio de 76,2 (± 9,27) meses. Antes da cirurgia, 17 pacientes (85%) apresentaram hipotonia do EIE,
12 (60%) apresentaram hipocontratilidade corpo esofágico, dois (10%) esôfago quebra-nozes e quatro (20%) tiveram o peristaltismo esofágico anormal
(MEI). Houve aumento na pressão do EIE após a cirurgia em 70% dos pacientes [10.99 (± 1.92) antes e 14.93 (± 1.33) após a cirurgia] (p 0,024). Após a
cirurgia 40% dos pacientes com hipocontratilidade mostraram aumento na amplitude das contrações no esôfago distal e 30% normalizaram; assim como
os pacientes com esôfago quebra-nozes (p = 0,021); cinco (25%) mostraram agravamento da amplitude de contracção e 15% permaneceram hipocontra-
tilidade acentuada; Três pacientes (15%) com o peristaltismo esofágico anormal apresentaram melhora ou normalizaram (p = 0,201); Quatro pacientes
(20%) com peristaltismo normal antes da cirurgia, evoluíram com aperistalse ou MEI após a cirurgia. Conclusão - Pelo menos 50% dos pacientes com EB
com alteração na motilidade tiveram melhora do padrão motor e 40% atingiram valores normais após a cirurgia. Pacientes com esôfago quebra-nozes
normalizaram.

Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, Departamento de Gastroenterologia - Faculdade de Medicina da USP , São Paulo.

TL.C.ESO.P.038
CÂNCERES SINCRÔNICOS DE ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Isabella Coelho da Matta Machado*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*,
Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*, Augusto Jose da Silva Albuquerque Cavalcante*,
Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira*

RESUMO - Os carcinomas espinocelulares (CECs) de esôfago podem se associar sincronicamente a outros CECs nos tratos respiratório e digestivo.
Embora a ocorrência de tumores esofágicos sincrônicos seja rara, no presente trabalho relatamos um caso de lesões sincrônicas neoplásicas malignas
de esôfago. Trata-se de paciente de 43 anos, com disfagia progressiva e epigastralgia, e relato de episódio de icterícia há um ano. À endoscopia diges-
tiva alta constataram-se três lesões sincrônicas, cada uma nos diferentes terços (superior, médio e inferior) do esôfago, com aumento da extensão e
da infiltração quanto mais distal a localização da lesão no órgão, havendo, inclusive, estenose parcial da cárdia, que foi transposta com dificuldade.
O exame anatomopatológico evidenciou carcinoma de células escamosas, multifocal, invasor, pouco diferenciado. O paciente foi submetido à lapa-
rotomia, sem evidencias de neoplasias abdominais ao procedimento. Foi realizada a confecção de gastrostomia e o paciente foi encaminhado para
tratamento quimioterápico.

*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.ESO.P.039
CIRURGIA VIDEOENDOSCÓPICA NO TRATAMENTO DO LEIOMIOMA DE ESÔFAGO
Fernando Antonio Siqueira*, Antonio Borges Campos*, Juliana Regia Furtado Matos*,
Daniel Pereira de Alencar Araripe*, Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*,
Kennedy Cavalcante Pinheiro*, Jobert Mitson Silva dos Santos*

RESUMO - Leiomiomas são as neoplasias esofagianas mais comuns. Seu tratamento de escolha é cirúrgico. A enucleação por toracotomia aberta é o
procedimento padrão. Com o avanço das técnicas de cirurgia minimamente invasiva, novas alternativas se impõem. Objetivo - Divulgar seis casos de
leiomioma comparando a ressecção laparoscópica e toracoscópica com a ressecção aberta, descrevendo a técnica cirúrgica. Métodos - Seis pacientes foram
submetidos à enucleação de leiomioma. Três por toracoscopia à direita, um por cervicotomia e dois por laparoscopia. Seus principais sintomas eram
disfagia. Todos foram submetidos à esofagografia de rotina e endoscopia antes da cirurgia. Resultados - O tempo operatório médio foi de 90 minutos.
Exceto por uma perfuração de mucosa (16,6%) no primeiro caso, não houve outra complicação intra-operatória. A estadia hospitalar média foi de 3
(2-5) dias. Um paciente (16,6%) evoluiu com um pseudodivertículo esofágico pequeno e assintomático no sítio de ressecção, tratado conservadoramente.
Conclusão - A ressecção videoassistida é procedimento seguro e factível para ressecções de leiomiomas esofágicos e permite resultados semelhantes aos
do procedimento aberto.

*Universidade Federal do Ceará, Ceará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 45


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.ESO.P.040
DIVERTÍCULO DE KILLIAN-JAMIESON: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Vagner Birk Jeismann*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*,
Edno Tales Bianchi*, Thais Pereira*, Sergio Szachnowicz*, Ivan Cecconello*

RESUMO - Introdução - O divertículo de Killian-Jamieson (DKJ) é um pseudodivertículo que ocorre através da parede lateral do esôfago cervical,
no espaço muscular que corresponde à entrada do nervo laringeo recorrente na faringe. É afecção distinta e mais rara que o divertículo de Zenker
(DZ). Caso - paciente feminina, 48 anos, apresenta-se com desconforto cervical e disfagia há 8 anos. O esofagograma evidenciou divertículo de 4 cm à
esquerda, na parede anterolateral do esofago cervical. Foi submetida à diverticulectomia e esofagomiotomia cervical através de cervicotomia esquerda.
Apresentou boa evolução, recebendo alta hospitalar no 2º dia pós-operatório e permanecendo assintomática 3 meses após o procedimento. Discussão - O
DKJ é uma doença rara e tem sido descrito mais frequentemente nos últimos anos. É possível que casos sejam mal diagnosticados como DZ devido ao
desconhecimento do DKJ por muitos médicos. A patogênese permanece desconhecida, porém um mecanismo semelhante ao o que ocorre no DZ já foi
sugerido, representado pela constrição inapropriada da musculatura circular do esofago proximal. Disfagia é a forma mais frequente de apresentação e o
esofagograma costuma ser o bastante para o diagnóstico, podendo ou não ser complementado por TC. A literatura referente ao tratamento é composta
por relatos de caso. Algumas opções terapêuticas descritas incluem diverticulectomia com ou sem esofagomiotomia e o tratamento endoscópico através
da divisão do septo entre o divertículo e o esôfago.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.P.041
DIVERTÍCULO FARINGOESOFÁGICO ASSOCIADO A MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO: RELATO DE CASO
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, André Rezek Rodrigues*, Germana Jardim Marquez*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*,
Norrara Amanda Teles Martins*, Michelle de Paula Jacinto*, Allisson Morais Moreira*, Leandro Mendonça Pedroso*

RESUMO - Introdução -O divertículo faringoesofágico (DF) é uma patologia rara que responde por 1 a 3% das queixas de disfagia, representa 0,11% de
estudos radiológicos do esôfago e aproximadamente 4% dos doentes com afecção esofágica. Nos países onde não existe a doença de Chagas, a acalasia
é responsável por 8 a 14% das causas de disfagia. No Brasil a moléstia de Chagas é endêmica e a prevalência de esofagopatia chagásica, nos estudos
epidemiológicos de Rezende (1988) variou de 6,8 a 18,3%. Objetivo - Relatar o caso de um homem portador de megaesôfago chagásico (MEC) operado,
que desenvolve DF. Relato de caso - Paciente de 56 anos, portador de MEC submetido à cardiomiotomia há 35 anos. Há 4 anos início de disfagia alta,
regurgitação de alimentos íntegros e engasgos frequentes. Relata piora dos sintomas há 2 anos com perda de peso acentuada e astenia. Realizada EDA
e REED em 2012 evidenciando divertículo de Zenker, posteriormente foi submetido à gastrostomia endoscópica para nutrição. Realizado preparo
pré-operatório sendo efetuada diverticulectomia em 2013. Discussão - É descrito que em pacientes com acalásia idiopática a ocorrência do DF é mais
frequente do que o esperado, todavia não há na literatura uma associação evidente entre o MEC e o DF. Estudos recentes sugerem a existência de alte-
rações motoras da hipofaringe e do esfíncter esofágico superior em pacientes com MEC, o que poderia estar relacionado com a formação do DF. São
necessários novos estudos para elucidar essa associação.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.ESO.P.042
ESOFAGECTOMIA NO TRAUMA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - As lesões traumáticas do esôfago geralmente estão associadas com lesões do sistema respiratório ou vascular. A sua abordagem
diferencia quanto ao segmento acometido. Entretanto, o reparo primário ou a ostomia é suficiente na maioria das situações. Objetivos - Relatar o trata-
mento de lesão de esôfago cervico-torácico complexa com esofagectomia total. Métodos - Relato de caso. Resultados - W.J.F., 25 anos, sexo masculino,
natural e procedente de Petrolândia/PE. Vítima de agressão por arma de fogo em região cervical e torácica. Admitido na emergência, em estado geral
grave. Realizada cervicotomia e laparotomia que evidenciou lesões múltiplas em esôfago cervical torácico. Optado por esofagostomia, drenagem torácica
e gastrostomia. Paciente teve evolução ruim, entrou em sepse. Realizado então uma toracotomia com esofagectomia subtotal e nova esofagostomia.
Permaneceu na UTI por 25 dias após tratamento para sepse do mediastino. Após 3 meses, realizada reconstrução do trânsito com estômago retroesternal.
Evoluiu bem, entretanto, com estenose de anastomose esofagogástrica que foi conduzida com dilatação. Encontra-se em acompanhamento ambulato-
rial há 1 ano, sem queixas. Conclusão - Lesões complexas do esôfago podem necessitar de uma abordagem mais agressiva como a retirada do órgão e
proporcionar um prognóstico melhor.

*HR, Pernambuco.

46 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.ESO.P.043
ESOFAGECTOMIA POR TORACOLAPAROSCOPIA EM “PRONE POSITION” NO TRATAMENTO DO
CÂNCER ESPINO CELULAR DE ESÔFAGO MÉDIO SUBMETIDO A TRATAMENTO NEOADJUVANTE:
RELATO DE CASO
Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, Leonardo Adolpho Sales*, Antonio Borges Campos*, João Paulo Ribeiro Silva*,
Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*, Kennedy Cavalcante Pinheiro*, Jobert Mitson Silva dos Santos*

RESUMO - Introdução - O câncer esofágico é uma doença com alta letalidade e incidência crescente, com a maioria dos pacientes diagnosticados em fase
avançada. Os principais fatores de risco são o etilismo, o tabagismo e o esôfago de Barret. Histologicamente as apresentações mais frequentes em ordem
são o carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma. A terapêutica atual para essa entidade inclui combinações variadas entre quimioterapia, radioterapia
e a cirurgia que são decididas a depender do estadiamento. Objetivo - Relatar um caso de paciente com câncer esofágico submetido à terapia neoadjuvante
e cirurgia por toracolaparoscopia. Resultados - A paciente deste caso foi submetida à terapia neoadjuvante através de quimiorradioterapia nos meses
de abril, maio e junho de 2013, com reestadiamento evidenciando resposta completa. Em julho de 2013, a mesma foi submetida à esofagectomia total e
linfadenectomia por via toracolaparoscópica e novo histopatológico corroborou com o tratamento curativo da entidade. Evoluiu no pós-operatório com
drenagem torácica de líquido transudativo com resolução espontânea, sem outras intercorrências. Conclusão - Há notável importância na abordagem pre-
coce dos pacientes com câncer esofágico, uma vez que o paciente pode se beneficiar da terapêutica trimodal, baseada na realização de quimiorradioterapia
neoadjuvante associada à cirurgia por via toracolaparoscópica. Esta terapêutica se configura menor morbidade e aumento da sobrevida dos pacientes.

Universidade Federal do Ceará, Ceará.

TL.C.ESO.P.044
ESÔFAGO DE BARRET E FUNDOPLICATURA DE NISSEN
Natasha Marques Mota*, Ana Sarah Portilho*, Americo de Oliveira Silvério*, Marcela Juliano Silva*, Letícia Ferreira Bueno*

RESUMO - Introdução -. Esôfago de Barrett (EB) é uma condição definida pela presença do epitélio colunar em qualquer comprimento da mucosa do
esôfago distal mostrando metaplasia intestinal especializada ao exame endoscópico. Está associado ao aumento do risco de adenocarcinoma esofágico
(AE). A fundoplicatura de Nissen (FN) é uma opção terapêutica eficaz no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, prevenindo a sua progressão
e suas complicações. Todavia, ainda há controvérsias quando indicá-la e quanto as seus resultados em pacientes com EB. Objetivo - Relatar um caso de
EB com regressão histopatológica após cirurgia antirefluxo. Casuística e Método - Relato de um caso. Resultado - Paciente 18 anos, há 9 anos com epigas-
tralgia, pirose e regurgitação. Os exames de endoscopia digestiva alta realizados no período evidenciaram esofagite crônica com mucosa compatível com
EB e hérnia hiatal por deslizamento de pequeno volume. Inicialmente foi optado por tratamento clínico e acompanhamento endoscópico. No entanto,
sem sucesso, pois nos últimos 3 anos os sintomas evoluíram com piora progressiva do quadro de epigastralgia e dispepsia. Neste momento optou-se pela
Fundoplicatura de Nissen. Nos últimos 2 anos, durante o acompanhamento endoscópico, observou-se o desaparecimento do EB. Conclusão - A FN
promoveu um adequado controle dos sintomas, todavia sabemos que a mesma não elimina o risco do desenvolvimento de AE, portanto, o seguimento
endoscópico deve ser continuado por esses pacientes.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.ESO.P.045
EXPERIÊNCIA DE 30 ANOS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP NO TRATAMENTO DO CÂNCER
DE ESÔFAGO E DA TRANSIÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA
Valdir TERCIOTI JUNIOR*, João de Souza Coelho*, Luiz Roberto LOPES*, Nelson Adami Andreollo*

RESUMO - Objetivo - Descrever a casuística dos pacientes operados no Hospital de Clínicas da Unicamp por câncer do esôfago e da transição esôfago-
-gástrica (TEG). Método. Revisão dos prontuários dos doentes operados por adenocarcinomas e CEC do esôfago, no período de 1983 a 2013. Resul-
tados. Foram analisados 378 (N) pacientes assim distribuídos: 217 (57,4%) portadores de CEC e 161 (42,6%) de adenocarcinoma da TEG. Todos os
pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica com intenção curativa. Entre os casos com CEC: 81,1% brancos, 12,0% pardos, 6,9% negros, 87,6% do
sexo masculino, 12,4% do sexo feminino; média de idade de 54,8 anos; localização: 65,0% no segmento esofágico médio e 35,0% no segmento inferior;
estadiamento: 0 (19,4%), IA (9,7%), IB (11,5%), IIA (24,0%), IIB (9,7%), IIIA (13,4%), IIIB (8,8%), IIIC (3,2%), IV (0%); 79,3% submetidos a neoadju-
vância. Entre os doentes com adenoca: 91,9% brancos, 6,2% pardos, 1,9% negros; 85,1% do sexo masculino; 14,9% do sexo feminino; média de idade de
57,6 anos; localização segundo Siewert: I (21,7%), II (36,0%) e III (42,2%); 67,1% submetidos à esofagectomia, 26,7% submetidos à gastrectomia total,
6,2% submetidos a esôfago-gastrectomia total; estadiamento: IA (5,6%), IB (4,3%), IIA (16,8%), IIB (4,3%), IIIA (14,9%), IIIB (29,8%), IIIC (29,8%),
IV (5,0%); 29,8% tratados com adjuvância. Conclusão - A maioria dos pacientes apresentaram-se com tumores avançados e há crescente utilização de
terapêutica multimodal (cirurgia-quimioterapia-radioterapia).

Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 47


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.ESO.P.046
HIATOPLASTIA COM SUTURA CONTÍNUA NO TRATAMENTO DAS HÉRNIAS HIATAIS VOLUMOSAS E NA
RECIDIVA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO - RESULTADOS PRELIMINARES
Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, Antonio Borges Campos*, João Paulo Ribeiro Silva*, Kennedy Cavalcante Pinheiro*,
Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*, Lucas Bernardo Marinho*, Daniel Ricardo do Nascimento Santos*

RESUMO - Introdução - Nos últimos anos, a cirurgia laparoscópica anti-refluxo ganhou espaço pelos benefícios no tratamento da doença do refluxo gas-
troesofágico. A maior incidência de excesso de peso na população e a maior disponibilidade de pacientes que se submetem ao procedimento propiciaram
mudanças nas técnicas operatórias e no manejo adequado nos casos de doença recidivada. Objetivo - Avaliar a eficácia da hiatoplastia com sutura contínua
em pacientes com hérnia hiatal volumosa e recidiva no Hospital Universitário Walter Cantídio (Fortaleza). Causuística - Taxas de reoperação nos grandes
centros chegam até a 15%. Método - 12 pacientes operados em 12 meses. 8 mulheres e 4 homens, sendo 5 recidivas, com média de idade 58 anos. Os princípios
básicos da cirurgia anti-refluxo envolvem a dissecção do hiato esofágico, alongamento adequado do esôfago, seguido da hiatoplastia, que é feita através de
sutura contínua dupla com prolene 2-0 e confecção de uma válvula longa do tipo Nissen-Rossetti, fixada em ponto na parede lateral do esôfago proximal.
Resultados - Tempo médio operatório de 1:40 h. 1 paciente convertido por dificuldade técnica e lesão gástrica. Evoluiu, assim como os demais, sem com-
plicações. Os pacientes são revistos com 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano. Todos estão bem e EDA evidencia fundoplicatura tópica sem hérnia
hiatal. Conclusão - Em vista da grande dificuldade que é tratar as hérnias hiatais volumosas e as recidivas, o método apresentado representa uma boa opção.

UFC, Ceará.

TL.C.ESO.P.047
MELANOMA MALIGNO PRIMÁRIO DO ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Euclides Dias MARTINS FILHO*, Eduardo Pachu SANTOS*, Clarissa Guedes NORONHA*, Josemberg Marins CAMPOS*,
Flavio KREIMER*, Francisco Felippe Rolim de ARAUJO*, Alvaro Antonio Bandeira FERRAZ*

RESUMO - Objetivo - Relatar caso raro de paciente com melanoma maligno primário de esôfago submetido à ressecção radical cirúrgica. Método - Revisão
de prontuário. Resultados - Relato paciente M.B.C., masculino, 64 anos, admitido no serviço de cirurgia geral do HC-UFPE com queixa de disfagia e perda
ponderal. Endoscopia Digestiva Alta evidenciou lesão enegrecida vegetante e friável, a 25 cm da arcada dentária superior, ocupando toda a luz esofágica
sem possibilidade de progressão do aparelho. Estudo histopatológico da lesão sugeriu melanoma maligno de esôfago. O estudo imunohistoquímico con-
firmou a histogênese melanocítica das células neoplásicas. Realizada abordagem cirúrgica por acesso cervico-abdominal. Achado operatório de volumosa
massa esofágica, sem doença à distância visível. Realizada esofagectomia subtotal trans-hiatal com linfadenectomia mediastinal com anastomose cervical e
piloroplastia. Estudo da peça demonstrou, na junção gastro-esofágica, lesão irregular de aspecto vegetante, firme, de coloração enegrecida medindo 10 cm x
9,5 cm. Estudo microscópico da peça evidenciou melanoma maligno do esôfago com infiltração profunda da camada muscular. Margens de ressecção livres.
Metástase de melanoma maligno em 3/6 linfonodos. Paciente recebeu alta no 11º DPO, encaminhado à oncologia clínica onde prossegui com tratamento
adjuvante. Segue no 2º ano livre da doença. Conclusão - Trata-se de uma neoplasia rara. Não há nenhuma recomendação formal sobre o assunto.

*HC-UFPE, Pernambuco.

TL.C.ESO.P.048
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO APÓS TRANSPLANTE
PULMONAR - EXPERIÊNCIA INICIAL
Sergio Szachnowicz1, Rubens Antonio Aissar Sallum1, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro1,
Julio Rafael Mariano da Rocha1, Rafael Medeiros Carraro2, Ricardo Henrique de Oliveira Braga Teixeira2,
José Eduardo Afonso JUNIOR2, Ivan Cecconello1

RESUMO - Background - O transplante pulmonar é o tratamento mais eficaz para a fase final de doença pulmonar. Muitos destes pacientes apresentam
DRGE grave, considerada um factor de risco para o desenvolvimento de rejeição crónica do enxerto. Objetivo - Relatar experiência inicial com o trata-
mento cirúrgico do refluxo em pacientes após transplante pulmonar. Métodos - Foram operados 4 pacientes com doença do refluxo gastroesofágico severo
avaliados por manometria e pH metria de 24 horas, que estavam em acompanhamento após transplante pulmonar. Todos com período maior de 1 ano de
transplante, apresentando piora da função pulmonar com possível prejuízo do enxerto devido ao refluxo. Resultados - Todos os pacientes foram subme-
tidos à hiatoplastia associada à fundoplicatura total por laparoscopia, sendo realizada colecistectomia associada em dois pacientes. Um desses pacientes
foi submetido ainda à antopiloromiotomia por apresentar prejuízo no tempo de esvaziamento gástrico com muitos sintomas. Um paciente apresentou
estase esofágica importante necessitando de reoperação. Este mesmo paciente acabou evoluindo a óbito por causa pulmonar infecciosa após 6 meses da
segunda operação. Todos apresentavam estabilidade da função pulmonar após 6 meses de cirurgia. Conclusão - A cirurgia anti-relfuxo pode ser realizada
de forma segura em pacientes após transplante de pulmão, com indícios de melhora da função pulmonar quando sua piora está associada ao refluxo.

1
Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, Departamento de Gastroenterologia - Faculdade de Medicina da USP; 2Instituto do Coração da FMUSP, São Paulo.

48 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.049
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR ADENOCARCINOMA DE ANTRO GÁSTRICO: RELATO DE CASO

pôsteres • ESTÔMAGO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Rafael Medeiros Bezerra Costa*,
Indy Lopes Batista*, Virna Luíza de Souza Oliveira*, Rosane Silva de Oliveira Teixeira*

RESUMO - Introdução - Aproximadamente 10 a 15% de todos os adenocarcinomas gástricos são classificados como tipo Bormman IV. Podem ser
classificados de acordo com a extensão do envolvimento gástrico em difusa ou localizada. Relato de caso - E.C.B., masculino, 54 anos, encaminhado
ao Hospital de Emergência e Trauma em Campina Grande-PB em decorrência de quadro clínico de abdome agudo, drenando material fecalóide
por sonda nasogástrica. Paciente com história de perda de peso associada a vômitos pós-alimentares precoces há um mês. USG abdominal total
exibia distensão de câmara gástrica com sinais de estase e TC de abdome evidenciava estômago com paredes difusas espessadas, chegando a assumir
contornos de massa. A EDA demonstrou estase gástrica e lesão gástrica ulcerada de antro Bormman tipo IV (não sendo possível biopsiá-la devido
à deposição de líquidos e resíduos sobre a lesão). Submeteu-se o paciente a tratamento cirúrgico. Como havia invasão local de estruturas contíguas
(cabeça de pâncreas e vesícula biliar) e o estômago encontrava-se obstruído, a ressecção foi impedida, sendo feita então uma gastroenteroanastomose.
O paciente evoluiu bem e recebeu alta hospitalar. Conclusão - A abordagem emergencial em pacientes portadores de neoplasia do trato gastrointes-
tinal constitui desafio adicional para o cirurgião, uma vez que os procedimentos realizados podem ter impacto significativo no prognóstico geral do
paciente e no tratamento da doença de base.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.EST.P.050
AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NÃO INFLUENCIARAM NOS RESULTADOS DE 60 PACIENTES
SUBMETIDOS À GASTRECTOMIAS
Paulo Amaral*, Flavio Silano*, Rodolfo Santana*, Eric Ettinge*, Ricardo Amaral*,
Lorena Carneiro*, Carolina Adan*, Fernanda Lopes*

RESUMO - Introdução - Piores condições socioeconômicas, geralmente implicam em: dificuldade de acesso ao serviço de saúde, condições inadequadas
de educação, nutrição e saneamento básico. Objetivo - Avaliar se as condições sócio-econômicas influenciaram nos resultados das gastrectomias. Pacientes
e Métodos - Sessenta pacientes submetidos a gastrectomia total (55%), parcial (33,4%) ou cunha (11,66%) entre 2005 e 2013. Os dados foram coletados
através de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente. SUS 34 pacientes (56,66%) e Convênios (CON) 26 (43,33%). Os grupos foram homogêneos
quanto ao sexo, média de idade, comorbidades, tipo de gastrectomia, patologias e índice de Karnofsky. As complicações foram classificadas segundo o
método de Clavien-Dindo. Resultados - Hemotransfusão intra-operatória não foi realizada em nenhum dos grupos. As complicações relacionadas ao
sítio cirúrgico foram: Clavien II– 4 (40%) SUS e 2 (18,18%) CON p=0,68, Clavien III A– 1 (10%) SUS e 3 (27,27%) CON p=0,30, Clavien III B– 5(50%)
SUS e 4 (36,36%) CON p=1, Clavien V- nenhum caso SUS e 2(18,18%) CON, p=0,18. Não relacionada ao sítio cirúrgico: Clavien II - 10 (90,9%) SUS e
11(91,66%) CON p=0,948, Clavien IVA - 1 (9,09%) SUS e 1(8,33%) CON p=1. Permanência média 11,55 dias SUS e 15,53 dias CON p=0,09. Reabor-
dagem 4(11,76%) SUS e 4(15,38%) CON, p=0,71. Readimissão 2(5,88%) SUS e nenhuma CON p=0,5. Conclusão - A condição sócio econômica nesta
série não influenciou na taxa de morbimortalidade.

*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Bahia.

TL.C.EST.P.051
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA GASTROPLASTIA REDUTORA NOS PACIENTES OPERADOS NO
HOSPITAL OPHIR LOYOLA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO BAROS
Aline Pozzebon Gonçalves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Carolina Costa Beckman Nery*,
Ediney Houat de Souza*, João Felipe da Costa Nunes*, Isabela Klautau Leite Chaves*,
Emanuel José Baptista Oliveira*, Rômulo José de Lima Veras*

RESUMO - Introdução - A Obesidade mórbida é uma doença crônica que está intimamente ligada a comorbidades médica, psicológicas, sociais, físicas
e econômicas. Objetivo - Este estudo teve como objetivo verificar o Impacto da gastroplastia redutora na qualidade de vida dos pacientes obesos mórbi-
dos operados no hospital Ophir Loyola no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, através da aplicação do questionário BAROS. Método - Foi
realizado um estudo transversal, retrospectivo e prospectivo, durante o período de Setembro a Novembro de 2011, baseado na análise de prontuários de
31 pacientes e aplicação do protocolo BAROS preenchido pelos próprios pacientes submetidos a gastroplastia redutora no período de janeiro de 2005
a dezembro de 2010 no Hospital Ophir Loyola na cidade de Belém - Pará. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados -
Observou-se que a maior procura é de pacientes entre 39 a 49 anos (39%), a complicação pós-operatória mais frequente foi queda de cabelo (34%) e a
maioria dos pacientes (67,7%) encontra-se com qualidade de vida muito boa. Conclusão - Concluiu-se que a gastroplastia redutora realizada Hospital
Ophir Loyola trouxe uma melhora significativa na qualidade de vida mesmo com complicações mínimas dos pacientes.

*Hospital Ophir Loiola, Pará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 49


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.052
AVALIAR A INDICAÇÃO PRECOCE DA GASTROSTOMIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3, Lara
Meireles de Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi de Mendonça1,
Lucyana Côrtes Torres1, Larissa Lopes Harada1

RESUMO - A doença de Alzheimer é a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade. Afeta em torno de 10% dos indivíduos acima de
65 anos e 40% acima de 80 anos. O primeiro sintoma da doença é a perda progressiva da memória recente. A evolução da patologia resulta em deficiência
progressiva e incapacitação, incluindo a disfagia e odinofagia que pode acarretar dificuldades de alimentação. Isso leva à perda de peso e deficiências
nutricionais. No entanto, os pacientes não têm a capacidade de expressar os seus desejos, deixando, assim, a decisão da Gastrostomia aos familiares e
médicos. A tendência do uso de alimentação pela sonda de gastrostomia acelerou na década de 1980, após o desenvolvimento da Gastrostomia endos-
cópica percutânea (GEP). Este trabalho visa avaliar a indicação da Gastrostomia em pacientes com Doença de Alzheimer, para isso foram realizadas
pesquisas bibliográficas nas bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. A partir da revisão desse tema, nota-se que alguns autores referem que
alimentação por sonda não melhora o estado nutricional. No entanto, outros autores defendem a indicação precoce da gastrostomia, visto que prevenir
a desnutrição calórico-protéica também é fornecer qualidade de vida ao paciente, sempre optando, no entanto, por técnicas pouco invasivas como a GEP.

PUC Goiás; 2Tecnomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.


1

TL.C.EST.P.053
AVALIAR A INDICAÇÃO PRECOCE DA GASTROSTOMIA NA DOENÇA DE PARKINSON
Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2,
Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3, Lara Meireles de Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi de Mendonça1,
Larissa Lopes Harada1, Lucyana Côrtes Torres1

RESUMO - Descrita em 1817, a Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa com prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Suas
principais manifestações motoras incluem tremor de repouso, bradicinesia e rigidez com roda denteada, decorrem da morte de neurônios dopaminérgicos
da substância nigra que apresentam inclusões intracitoplasmáticas, os corpúsculos de Lewy. Essas alterações também ocorrem em outros núcleos do
tronco cerebral, córtex cerebral e em neurônios periféricos, como do plexo mioentérico. Isso explica os sintomas e sinais não motores, como a disfagia,
constipação, prejuízos cognitivos, demência e graves carências nutricionais. A DP acarreta incapacidade grave após 10 a 15 anos do início da doença,
quando são incapazes de expressar os seus desejos, deixando, assim, a decisão da Gastrostomia aos familiares e médicos. O uso da gastrostomia acelerou
na década de 1980, após o desenvolvimento da Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GEP). Este trabalho visa avaliar a indicação da Gastrostomia em
pacientes com Doença de Parkinson, para isso foram realizadas revisões bibliográficas nas bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. A partir da
revisão, nota-se que autores defendem a indicação precoce da gastrostomia, principalmente quando o paciente se há acometimento do plexo mioentérico,
visto que prevenir a desnutrição proteico-calórica também é prevenção de patologias oportunistas e secundárias, sempre optando por técnicas pouco
invasivas como a GEP.

PUC Goiás; 2Tecnomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.


1

TL.C.EST.P.054
CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE (CGP) - FATORES RELACIONADOS AO COMPROMETIMENTO
LINFONODAL
Paulo Amaral*, Flavio Silano*, Rodolfo Santana Ettinge*, Ricardo Amaral*,
Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*, Carolina Adan*

RESUMO - Introdução - Apesar de precoce o envolvimento linfonodal pode ser encontrado em até 20% dos pacientes. Objetivo - Avaliar fatores rela-
cionados ao comprometimento linfonodal Pacientes e Métodos - De 2005 a 2013, 15 pacientes foram operados com CGP. Os dados clínicos, cirúrgicos
e anátomopatológicos foram coletados por meio de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente. Resultados - Sexo masculino (53,33%), média de
idade foi 56 anos. Gastrectomia parcial em 40% e total em 60%. Não houve complicação intra-operatória. Nenhum paciente recebeu hemotransfusão.
Complicações relacionadas ao sítio cirúrgico 20% (1 reabordagem cirúrgica), não relacionada 0%. A média de permanência foi de 9,8 dias. Readmissão
0%. Óbito nos primeiros 30 dias 13,3%, uma morte súbita, 1 sepse abdominal. O tamanho das lesões variou de 0,9 a 7,5 cm. A lesão foi Tis ou na mu-
cosa em 33,3% e submucosa em 66,6%. A lesão foi bem ou moderadamente diferenciada em 9 casos e pouco diferenciada (anel de sinete) em 6 casos.
Invasão linfática e/ou vascular 0%. A média de linfonodos retirados foi 25, apenas 1 linfonodo comprometido em um paciente com lesão até submuco-
sa. O tamanho da lesão > 2 cm (p: 0,532), comprometimento da submucosa (p:0,464) e a pouca diferenciação (p: 0,204) não estiveram associadas ao
comprometimento linfonodal. Com exceção dos dois pacientes que foram a óbito, todos os pacientes estão vivos e livre de doença. Conclusão - Nenhum
fator esteve associado a invasão linfonodal.

*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.

50 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.055
CIRURGIA TERAPÊUTICA EM CARCINOMA MEDULAR GÁSTRICO
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Tadeu Lacerda Lino2, Juliano Servato2,
Gabriel Araújo Ferrari Figueiredo1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Guillherme de Castro Perillo1,
Germana Jardim Marquez1, Ingrid Steltenpool Torminn BorgeS

RESUMO - Introdução - O carcinoma medular gástrico é um subtipo raro de adenocarcinoma pouco diferenciado no sistema digestivo. É definido
como um carcinoma gástrico no qual mais de 50% da área tumoral contém adenocarcinoma pouco diferenciado com pouca estrutura glandular.
Caso - Paciente masculino, 44 anos, com queixas de dor epigástrica, pirose, enterorragia, linfonodomegalia difusa e emagrecimento de 5 kg em 3
meses. Realizou EDA com biópsia de antro que evidenciou adenocarcinoma gástrico ulcerado, padrão tubular predominante e raras células em sinete.
Realizado logo após diagnóstico gastrectomia subtotal com reconstrução a BII em “Y-de-Roux”. Histopatológico de peça cirúrgica descreve carci-
noma pouco diferenciado tipo medular (estroma rico em linfócitos), invadindo serosa, sem acometimento de linfonodos ou metástases. (T3/N0/M0).
Confirmado pela imunohistoquímica. Boa evolução no pós-operatório, alta no 5º PO. Atualmente acompanhamento oncológico sem necessidade de
tratamento adjuvante. Discussão - Os carcinomas medulares gástricos são caracterizados pela localização superior no estômago, crescimento gros-
seiramente expansivo, freqüente infiltração vascular com freqüentes metástases hepáticas e peritoneais. Macroscopicamente são caracterizados por
bordas bem definidas e elevadas com centro raso e ulcerado. Para obtenção de favorável resultado cirúrgico com significativo aumento da sobrevida
o não acometimento de linfonodos e metástases é essencial.

1
PUC GO; 2Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.

TL.C.EST.P.056
ESTRONGILOIDIASE GÁSTRICA ASSOCIADA À MEGADUODENO: RELATO DE CASO
Amanda Pinter Carvalheiro*, Valdir Tercioti Júnior*, Luiz Roberto Lopes*,
João de Souza Coelho Neto*, Nelson Adami Andreollo*

RESUMO - Introdução - Estrongiloidíase duodenal e gástrica são doenças raras, de diagnóstico difícil e a literatura refere associação com megaduodeno.
O megaduodeno no nosso meio tem também associação com Doença de Chagas. Relato de caso - homem de 32 anos que vem de uma área endêmica
para Strongyloides stercoralis e teve megaduodeno como um achado endoscópico associado com uma dificuldade de alimentação, vômitos frequentes,
inapetência, perda de peso e desntrição importante. Apresentava sorologia negativa para Chagas. Foi submetido a três operações, respectivamente a
gastrojejunoanastomose, a derivação duodeno jejunal e somente após a terceira que foi a gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux, é que
houve melhora dos sintomas e o doente voltou a alimentar-se normalmente. Resultados - O follow-up foi sem intercorrências o paciente ganhou 10 kg
de peso. O diagnóstico de estrongiloidíase gástrica foi confirmado após o estudo histopatológico do segmento gástrico ressecado durante a gastrecto-
mia, uma vez que as biópsias gástricas realizadas anteriomente não evidenciavam a doença. Conclusão - O paciente que vem de uma área endêmica de
S. Stercoralis e tem sintomas gastrointestinais ou diagnóstico de megaduodeno por endoscopia ou outro exame radiológico deve ser considerado com o
diagnóstico de estrongiloidíase e biópsias no estômago e duodeno devem ser feitas.

*FCM/UNICAMP, São Paulo.

TL.C.EST.P.057
FÍSTULA GASTRO - CUTÂNEA ESPONTÂNEA COMO MANIFESTAÇÃO PRIMÁRIA NO
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
Orlando Milhomem da Mota*, Leonardo Medeiros Milhomem*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral Fraga Filho*, Jales Benevides SANTANA Filho*, Alan KAGAN*

RESUMO - Introdução - Câncer gástrico apresenta queda na incidência e mortalidade em todo mundo para ambos os sexos, é o quarto câncer mais
incidente e a segunda causa de morte por câncer no mundo. A ocorrência de fístula gástrica cutânea já foi observada em pacientes submetidos a cirurgias
bariátricas, quimio-radioterapia, corpo estranho, traumas e lesões cutâneas metastáticas, entretanto não ha relatos na literatura a respeito da fístula
gástro-cutânea espontânea por neoplasia gastrica. Objetivo - Relatar um caso de fístula gástrico cutânea por adenocarcinoma gástrico. Método - Paciente
masculino, com massa no hipocôndrio esquerdo, e fistula gastro-cutânea. A EDA, lesão ulcerada em parede anterior do estômago friável e com extensa
área de necrose. CT Abdome: massa em parede anterior da grande curvatura do corpo gástrico com 11,1 x 9,9 x 8,1 cm com invasão da parede anterior
do abdome e contato com os seguimentos hepáticos II e III. Submetido a gastrectomia parcial, ressecção em monobloco com parede abdominal, pele e
orifício fistuloso e parte dos segmentos II e III fígado. O exame histopatológico e imunohistoquimica confirmaram o achado de adenocarcinoma gástrico.
Submetido à quimioterapia adjuvante com ECF. Conclusão - A fístula gástro-cutânea expontânea é evento raro. Embora tal condição clínica indique
gravidade ao paciente, o tratamento instituído obteve êxito. O paciente se encontra sem evidencia de doença em atividade após dois anos de tratamento.

*ACCG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 51


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.058
GIST EM CRIANÇA DE 7 ANOS DE IDADE: RELATO DE CASO
Andreia Cristina de PAULA*, Sergio Jorge Adas DIB*, Anwar Fausto Felix SABBAG*,
Jorge A. THOMÉ*

RESUMO - Introdução - Tumores estromais gastrointestinais (GIST) são raros em pacientes com idade inferior a 18 anos. A clínica, biologia e fatores
genéticos diferem da população adulta e são importantes para o tratamento dessas neoplasias na população pediátrica. Objetivos - Relatar um raro caso
de GIST pediátrico, diagnóstico, tratamento, biologia, genética e seguimento, discutindo aspectos clínicos particulares desses tumores na infância, de
acordo com revisão da literatura. Relato de caso - Paciente feminino, 7 anos de idade, com dor epigástrica associada a anemia ferropriva. A endoscopia
digestiva alta mostrou uma lesão gástrica submucosa de 4 cm, limitada e bem definida, com ulceração no ápice, localizada na pequena curvatura. Foi
realizada biópsia e o anátomo-patológico mostrou proliferação fusocelular sugestiva de GIST (c-Kit positivo. A paciente foi submetida à gastrectomia
subtotal com reconstrução a Billroth I e linfadenectomia. Evoluiu sem intercorrências no pós- operatório. A paciente está em seguimento clínico após 4
anos do tratamento cirúrgico, sem evidências de recidiva da doença. Conclusão - O estudo dos aspectos clínicos, genéticos e biológicos dos GIST pediá-
tricos são muito importantes para a realização de guidelines e criação de centros específicos de estudo e referência para o tratamento destas neoplasias
estromais que têm particularidades específicas neste grupo de pacientes.

*FAMERP, São Paulo.

TL.C.EST.P.059
GLOMANGIOMA GÁSTRICO - RELATO DE UM CASO
Flavio Silano*, Rodolfo Santana*, Lorena Almeida*, Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*,
Carolina Adan*, Paulo Amaral*

RESUMO - Introdução - O glomangioma é um tumor mesenquimatoso do tipo vascular benigno. Origina-se da modificação das células de músculo
liso do corpo glômico, que são comumente observados na derme e no tecido celular subcutâneo. Na apresentação clínica podemos encontrar náuseas,
vômitos, dor e hemorragia, como também assintomáticos que o tiveram como achado. Sua localização é mais comum é em antro gástrico de pessoas
adultas, vistos em pacientes imunocomprometidos com mais frequência. Por tratar-se de uma lesão subepitelial, o diagnóstico pré-operatório pode ser
difícil. Tumores vasculares no trato gastrointestinal são pouco frequentes, menos de 2% de todos os tumores benignos, o tumor glômico do estômago
representa 1% de todos eles com algo em torno de 180 casos descritos na literatura mundial. Apesar do baixo potencial de malignização, há relato de
Caso com metástase hepática. Objetivo - Relatar um caso de tumor glômico gástrico. Métodos - Apresentamos o relato de Caso de um paciente do
sexo masculino, 58 anos, com história de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e AVE isquêmico, Karnofsky 90, admitido por quadro
de melena, vômitos borráceos. Endoscopia digestiva alta evidenciou lesão em antro gástrico recoberta por coágulos, de aspecto subepitelial e de
aproximadamente 2 cm. Posteriormente, foi realizada ressecção laparoscópica e cunha. Conclusão - O glomangioma é um tumor benigno raro e com
baixo potencial de malignização.

*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Bahia.

TL.C.EST.P.060
IMPACTO DA CENTRALIZAÇÃO NO TRATAMENTO DO CÂNCER GÁSTRICO. CAMINHO PARA A
MELHORIA DOS RESULTADOS?
Leonardo Medeiros Milhomem1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso2, Maria Paula Curado1,
Alan Kagan1, Orlando Milhomem da Mota1

RESUMO - Introdução - Estudos demonstram a associação entre melhora da sobrevida em relação a tratamentos de neoplasias do trato digestivo e
aumento do volume hospitalar. Dados nacionais acerca da centralização do tratamento de afecções oncologicas são raros e escassos. Métodos - Dados
do registro de câncer de base populacional de Goiânia (RCBPG) do período de 1988 a 2007 acerca da sobrevida de pacientes com câncer gástrico foram
analisados. Resultados - 2.275 pacientes foram incluídos na analise, 852 (37,5%) tratados no Hospital Araujo Jorge (Grupo 1) e 1.423 (62,5%) tratados
em outras instituições (Grupo 2). Resultados - A sobrevida media para todos os estádios no Grupo 1 atingiu, 24,015 meses (25,75 - 22,28:IC 95%) e no
Grupo 2, 20,395 meses (21,915 - 18,875:IC95%) (p=0,0001). Diferenças estatisticamente significativas foram observadas também na avaliação de resul-
tados entre estádios. Conclusões - A concentração do tratamento de câncer gástrico em instituição de alto volume demonstrou aumento significativo de
sobrevida em Goiânia - GO. Dados acerca da centralização de tratamento de neoplasias são praticamente nulos no Brasil, parâmetros como qualidade
de tratamentos, sobrevida, morbidade e mortalidade são pouco avaliados. A criação de bancos de dados nacionais e intervenções referentes a auditoria
de serviços e centralização e um caminho para a melhoria dos resultados.

1
ACCG; 2HGG, Goiás.

52 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.061
LINFOMA DE BURKITT GÁSTRICO CAUSANDO SANGRAMENTO E OBSTRUÇÃO
Mario A.M. Rodrigues*, Marcelo Kassous*, Bianca Sodré*, Luiz Gustavo Marques*,
Gustavo Meirelles-Santos*, Gustavo P.R. Coy*, Olympio Meirelles-Santos*

RESUMO - Objetivo - Descrever um caso de Linfoma de Burkitt (LB) gástrico que apresentou obstrução e hemorragia digestiva alta (HDA). Descrição
- Masc, 32 anos, dor abdominal, vomitos de repetição e emagrecimento. Nega febre. Descorado, dor a palpação profunda de epigastro. Hb 9,0, CT lesão
obstrutiva em antro gástrico. EDA evidenciou estase gástrica e lesão infiltrativa do antro e corpo distal. Evoluiu com HDA necessitando gastrectomia
subtotal na urgência com ressecção duodenal, colecistectomia e linfadenectomia. AP Linfoma de Burkitt gástrico com KI 67 100%. Iniciou QTX re-
cebendo alta apos primeiro ciclo. Discussão - O LB é um linfoma não-Hodgkin (LNH) de células B altamente agressivo. Pode estar relacionado com o
vírus de Epstein-Barr ou ao H. pylori. O acometimento extra-nodal mais comum é no TGI, com maior frequência no estômago, delgado e cólon. Os
achados endoscópicos são úlceras com margens elevadas e mucosa irregular descritos como “coffe-cup-like ulcers”. A QTX é o tratamento padrão sendo
a cirurgia indicada nos casos de obstrução e sangramento. A sobrevivência a longo prazo com a QTX é de 40-80%. Diferente do LB gástrico primário,
o envolvimento gástrico secundário não tem bom prognóstico. Conclusão - Relato de LB gástrico que apresentou quadro de obstrução e sangramento
necessitando de cirurgia e quimioterapia com boa evolução clínica em um período de 3 meses.

*Departamento de Cirurgia do Hospital Maternidade Galileo - Valinhos, São Paulo.

TL.C.EST.P.062
LIPOMA GÁSTRICO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Relato de caso de um lipoma gástrico. Objetivo - Relatar o caso de um tipo raro de tumor gástrico. Casuística - Mulher de 51
anos com epigastralgia em aperto de longa data, perda de peso e hiporexia. Realizada EDA que evidenciou massa de 3 cm em antro gástrico recoberta
por mucosa de aspecto normal. Após biópsia profunda a histopatolgia demonstrou tratar-se de lipoma. A ecoendoscopia tumor submucoso homogêneo,
hiperecogênico de 2,7 x 2,0 cm e o PET/CT mostrou massa esférica de 3,1 x 2,0 cm em antro com densidade de gordura. Por ser assintomática foi submetida
a gastrectomia atípica com retirada de toda a lesão. Evoluiu com estenose pilórica tratada por pilorotomia endoscópica. O histopatológico confirmou
tratar-se de lipoma gástrico. Métodos - Relato de caso e revisão da literatura. Conclusão - Os lipomas gástricos perfazem menos de 1% dos tumores
gástricos havendo apenas 220 casos relatados. Dos lipomas gastrointestinais apenas 5% localizam-se no estômago. A maioria deriva da submucosa e o
diagnóstico pré-operatório é difícil, já que as biópsias revelam apenas mucosa gástrica normal. Não apresentam potencial maligno e crescem lentamente,
sendo indicado tratamento cirúrgico apenas nos pacientes sintomáticos. Nos demais, acompanhamento por imagem. Conclusão - Lipomas gástricos são
patologias raras com bom prognóstico devendo ser acompanhadas, a cirurgia só é indicada em caso de tumores sintomáticos.

*HFA, Brasília.

TL.C.EST.P.063
LIPOMA GÁSTRICO MIMETIZANDO GIST: RELATO DE CASO
Gerson Suguiyama Nakajima*, Adriano Picanço Junior*, Ana Maria Sampaio de Melo*, Suzi Maria Carvalho Maron*,
Rubem da Silva Neto*, Leonardo Simão Guimarães*, Rubem Alves da Silva Junior*

RESUMO - Introdução - Lipomas gástricos são tumores raros e benignos, correspondendo a 2% dos tumores benignos do estômago e menos de 1%
de todas as neoplasias gástricas. Objetivo - Relatar um caso de lipoma gástrico tratado no serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital
Universitário Getúlio Vargas, em Manaus, Amazonas. Paciente M.R.S.T., 30 anos, feminino, IMC 47,4 kg/m2, evoluía há 6 anos com dor em epigas-
tro, irradiada para hipocôndrio direito e dorso. Realizou à época ultrassonografia de abdome superior, evidenciando colelitíase. Em 2012 apresentou
melena e astenia intensa, com necessidade de transfusão sanguínea, sendo detectado volumoso pólipo gástrico à endoscopia digestiva alta. antece-
dentes de Diabetes Mellitus com uso de hipoglicemiantes orais. Ao exame físico, apresentava-se hipocorada 2+/4+, sem outros achados. Submetida
a laparotomia, com achado intraoperatório de vesícula biliar, com cálculos, sem dilatação da via biliar extra-hepática; estômago de paredes normais,
com pólipo na grande curvatura de corpo gástrico com cerca de 4,0 cm, semipediculado, em submucosa; optou-se pela colecistectomia e gastrectomia
parcial “em cunha”. A paciente evoluiu sem intercorrências. O histopatológico evidenciou lipoma gástrico, com margens cirúrgicas livres e ausência
de malignidade. Conclusão - O lipoma tem a capacidade de mimetizar outras lesões, com queixas clínicas importantes. O diagnóstico definitivo só é
feito, portanto, pela biópsia.

*UFAM, Amazonas.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 53


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.064
MELHORA DA SOBREVIDA PÓS-OPERATÓRIA EM CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DA MUDANÇA DE
ABORDAGEM, QUE INCLUIU TRATAMENTO NEOADJUVANTE
Thomas Rodrigues de Almeida Barros*, Ajith Kumar Sankarankutty*, José Sebastião dos Santos*, Juliana Campos Barbosa*,
Mariana Vitória Gasperin*, Leandro Colli*, Gustavo de Assis Mota*, João Almiro FERREIRA Filho*

RESUMO - Introdução - No Brasil, câncer gástrico é a quarta neoplasia maligna mais comum entre os homens e a sexta entre as mulheres. Embora o
tratamento atual mais aceito na literatura envolve a complementação do tratamento cirúrgico com terapia neoadjuvante ou adjuvante, a resposta dos
usuários do Sistema Único de Saúde do Brasil a esta abordagem precisa ser avaliada. Há três anos, foi reestruturado o atendimento dos pacientes com
câncer gástrico neste serviço que incluiu entre outras medidas o tratamento neoadjuvante. Objetivo - comparar a sobrevida pós-cirúrgica dos portadores
de câncer gástrico tratados neste serviço antes e após a reestruturação do atendimento. Método - análise exploratória de coorte retrospectivo, através da
revisão dos prontuários de pacientes consecutivos operados antes (período A; n=31) e após (período B; n=27) a reestruturação de atendimento. Resultados
- Período A Período B Idade (mediana/IQR) 57 (13) 61 (13) Sexo (Masculino/%) 21 (67,7) 9 (33,3) Hb pré-op (media/dp) 11,7 (2,1) 12,1 (2,0) Albumin
pré-op (mediana/IQR)3,6 (0,6) 4,1 (0,5) > T3p (%) 38 44 > N2p (%) 45 32 M1 (%) 25 11 Para o intervalo dos primeiros 500 dias pós-operatórias, a curva
de sobrevida Kaplan-Meier mostrou uma maior sobrevida no período B (p<0,05). Conclusão - Com a reestruturação houve uma melhora na sobrevida
pós-operatória dos pacientes com câncer gástrico. O papel do tratamento neoadjuvante nesta melhora da sobrevida precisa ser confirmada com estudos
randomizados e controlados.

*HCFMRP-USP, São Paulo.

TL.C.EST.P.065
METALOBEZOAR GÁSTRICO - RELATO DE CASO
Kelly Danielle Silva Vieira1, Alécio Fonseca Leite1, Luis Gustavo Cavalcante Reinaldo2, Juarez Carneiro de Holanda Filho2,
Daniel Moura Parente2, Eid Gonçalves Coelho2, Patrícia Chaib Gomes Stegun1, Jayranne Mara Santana dos SANTOS1

RESUMO - Introdução - Bezoares são conglomerados de materiais deglutidos não digeríveis localizados no trato gastrointestinal, e classificados de
acordo com a composição como: fibras vegetais (fitobezoar), pelos (tricobezoar) e, menos comum, metal. Objetivo - Relatar um caso incomum de bezoar
gástrico metálico. Relato do Caso - - Mulher, 25 anos, histórico de depressão, procurou o serviço de urgência de um hospital terciário devido à ingestão de
corpos estranhos, epigastralgia e hematêmese. A radiografia de abdome evidenciou bezoar gástrico com densidade metálica de grande volume. Realizada
laparotomia exploradora, gastrotomia e retirada dos corpos estranhos: 99 pregos, um parafuso, um prendedor de cabelo, um tampo plástico e uma carga
de caneta. Após raio-x telecomandado na sala de operação confirmando retirada de todos os corpos estranhos, fez-se a gastrorrafia. No pós-operatório a
paciente evoluiu sem intercorrências e obteve alta hospitalar no quinto dia. Considerações Finais - Bezoar metálico é incomum na literatura. Os bezoares
são frequentes em pacientes com distúrbios psiquiátricos. Comumente os casos são assintomáticos, quando não, a sintomatologia é variada, podendo
apresentar obstrução ou perfuração intestinal. Para o tratamento existem vários métodos. A cirurgia é indicada quando são corpos estranhos de risco,
quando há falha na terapêutica endoscópica ou em casos complicados. Para evitar recidiva, é necessário acompanhamento psiquiátrico do paciente.

1
FACID; 2HUT, Piauí.

TL.C.EST.P.066
MORBIMORTALIDADE EM PACIENTES EM PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIAS NA
EMERGÊNCIA POR COMPLICAÇÃO DA DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - A doença ulcerosa péptica (DUP) é uma doença benigna e evitável. Entretanto, a perfuração e o sangramento ainda permanece
ocorrendo de maneira insidiosa e estável através dos tempos. Objetivos - Descrever a evolução dos pacientes com complicação da DUP submetidos à res-
secção gástrica de emergência. Métodos - Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos em um hospital do SUS - Recife/PE, com úlcera péptica
perfurada ou úlcera sangrante, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Trinta e dois pacientes foram encontrados. Vinte e um do sexo masculino.
A idade variou de 23 a 83 anos. Perfuração de úlcera duodenal ocorreu em 15, sendo recidiva em 5 pacientes. Em 17 pacientes ocorreu sangramento de
úlcera (duodenal, em 11 desses e gástrica, em 6). Choque (BE ≤ -6 e lactato ≥ 3) ocorreu mais no grupo sangrante ( 2 pacientes com UPP e 8, com HDA).
Hemotransfusão ocorreu pré-laparotomia apenas no grupo com HDA. Antrectomia ocorreu em 6, com UPP e em 5, com HDA. Gastrectomia total foi
necessária em 2 pacientes com UPP e em 3, com HDA. Reconstrucção a Billroth II ocorreu em 3. Complicações pós-operatórias foram: abscesso cavitário,
evisceração, deiscência de coto duodenal e óbito. O óbito ocorreu em 5 pacientes, sendo 4 desses, no grupo de HDA. Conclusão - Ressecções gástricas de
emergência podem ser necessárias no tratamento das complicações da DUP, mas sua indicação deve ser avaliada de acordo com a gravidade do paciente.

*HR, Pernambuco.

54 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.067
NEOPLASIA GÁSTRICA EM ESTÔMAGO EXCLUSO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA:
RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Leonardo Medeiros Milhomem*, Carlos Gustavo Lemes Neves*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral Fraga Filho*, Alan Kagan*, Jales Benevides SANTANA Filho*,
Orlando Milhomem da Mota*

RESUMO - Introdução - A cirurgia bariátrica e modalidade terapêutica com numero crescente de procedimentos, maior aceitação, e grande efetivi-
dade no tratamento da obesidade mórbida. A caracterização e descrição das neoplasias do trato digestivo alto apos cirurgia bariátrica e tratamento
destas situações e escassa na literatura. Métodos - Descrevemos o caso de um paciente com adenocarcinoma gástrico em estômago excluso sete anos
após cirurgia de Fobbi-Capella, e revisamos os casos publicados na literatura. Conclusão - As neoplasias do trato gastrointestinal alto após cirurgia
bariátrica são eventos raros, não havendo relação aparente entre as duas condições. A seleção de pacientes, a realização de exames pré-operatórios,
durante seguimento e avaliação de queixas dos pacientes no período pós-operatório deve ser rigorosa e levar em consideração a possibilidade de
doenças oncológicas.

*ACCG, Goiás.

TL.C.EST.P.068
O CÂNCER GÁSTRICO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA TEMPORAL DE MUDANÇA DE
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA EM QUATRO REGIÕES
Fatima MRUE1, Mayara Dias Alencar2, Mario Henrique Dias de Alencar2, Lee CHEN-Chen3,
Grasiane Bessa Tinelli2

RESUMO - Introdução - O câncer gástrico é a segunda principal causa de câncer em todo o mundo. Sua incidência está diminuindo em alguns países,
mas algumas variações nas localizações de tumores, de acordo com os três terços do estômago, tem sido relatada.Tal modificação anatômica pode estar
relacionada a muitas variáveis, incluindo características socioeconômicas da população.No Brasil vamos analisar a tendência de mudanças na localiza-
ção do câncer gástrico, Método - Aplicação do teste de regressão linear em dados coletados dados de quatro Registros de Câncer de Base Populacional
(RCBP) do mesmo período consecutivo 1997-2005 em quatro regiões geográficas diferentes. Resultados - Encontramos uma tendência geral de aumento
de câncer em duas regiões [Fortaleza (52,4%) e Goiânia (50,5%)], uma tendência de aumento de tumores em antro em duas regiões [Fortaleza, (p=0,043);
Porto Alegre (p=0,003) ]e uma tendência para diminuir em uma região [Goiânia,(p=0,004]). Na cárdia foi encontrada uma tendência para aumentar
em duas regiões [Fortaleza, p=0,028); Goiânia (p=0,01)] e diminuir em uma [São Paulo (p=0,01)], e aumento na tendência do corpo em duas regiões
[Porto Alegre (p=0,001); Fortaleza (p=0,055)]. Conclusão - Concluímos que há uma tendência ao aumento do câncer gástrico e para mudança no local
anatômico do câncer em algumas regiões geográficas.

1
UFG; 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3IPTESP, Goiás.

TL.C.EST.P.069
PREVALÊNCIA DO HELICOBACTER PYLORI EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À
TÉCNICA DE GASTRECTOMIA VERTICAL
Ozimo Pereira Gama Filho*, Luciana Maria Ribeiro Gonçalves*

RESUMO - A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo decorrente de um desequilíbrio entre o ganho e o gasto calórico,
acarretando um risco aumentado de inúmeras doenças crônicas, e as consequências para a saúde são inúmeras, com variados níveis de impacto sob a
qualidade de vida. Descoberta na década de 50, a cirurgia bariátrica constitui intervenção terapêutica que proporciona perda de peso efetiva e sustentada,
tendo a endoscopia digestiva alta um papel fundamental no preparo dos pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica e no controle de complicações
pós-operatórias. A técnica de gastrectomia vertical consiste numa cirurgia restritiva que consiste no fechamento de uma porção do estômago através de
uma sutura, gerando um compartimento fechado. A infecção por Helicobacter pylori é bastante prevalente na população brasileira e tem sido associada
a casos de metaplasia, atrofia e câncer gástrico. O objetivo desse estudo é determinar a prevalência do Helicobacter pylori em pacientes obesos mórbidos
submetidos à técnica de gastrectomia vertical. Trata-se de um estudo analítico e retrospectivo, realizado em um serviço particular de referência em São
Luís - MA. A amostra é não probabilística, ou seja, de conveniência, englobando os pacientes que foram submetidos à técnica de gastrectomia vertical
no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012, totalizando 35 pacientes; 7 positivos para o Helicobacter pylori e 28 negativos.

*Universidade Ceuma, Maranhão.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 55


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.070
RELATO DE CASO: DEGASTRECTOMIA EM PACIENTE SUBMETIDO à QUIMIOTERAPIA PALIATIVA
APÓS EVIDÊNCIA OPERATÓRIA DE CARCINOMATOSE PERITONEAL
Isabela Klautau Leite Chaves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Alysson Lopes Rodrigues*, Luiz Nazareno França de Moura*,
Marcelo Prado Magalhães*, Emanuel José Baptista Oliveira*, Raquel Sacramento Maués*, Rômulo José de Lima Veras*

RESUMO - Introdução - no câncer gástrico, a cirurgia é a principal alternativa terapêutica e única chance de cura. Objetivo - relatar 01 caso de câncer
gástrico, no qual foi realizado degastrectomia após quimioterapia. Casuística - 01 paciente. Método - estudo descritivo com informações obtidas na
consulta, na revisão do prontuário e na literatura. Resultados - a.C.A., Sexo masculino, 51 anos, com adenocarcinoma gástrico envolvendo incisira
angulares e região antro-pilórica, submetido a gastroenteroanastomose a brown em out/12 (manaus-am). Achado operatório: linfonodos aparentemente
comprometidos em omento e ligamento hepato-gástrico, lesão em antro atingindo serosa e invasão da raiz do mesocolon, cabeça de pâncreas e implantes
em mesocolon transverso. Realizou qt paliativa. Avaliado no HOL (Belém - PA), e indicado cirurgia após tomografia de controle sem sinais de carcino-
matose. Achado operatório (ago/13): bloco tumoral envolvendo estômago, cólon transverso e segmento iii do fígado; não observado demais alterações.
Submetido à degastrectomia + linfadenectomia à d2 + colectomia parcial + enterectomia segmentar + colecistectomia + esofagojejunoanastomose em
y de roux + colon-colonanatomose. Boa evolução pós-operatoria. Conclusão - apesar de ainda ser um assunto polêmico, com a evolução das drogas
anticâncer, surgiram trabalhos propondo, nos pacientes com adenocarcinoma gástricos disseminados ou irressecáveis, operações de ressecção após tra-
tamento neoadjuvante com resultados satisfatórios.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

TL.C.EST.P.071
RELATO DE CASO: GIST
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Gisele Mione*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*, Carlos Eduardo d Castro Areal*,
Juliana Lopes Camargos Sousa*, Giordana Nascimento Brandão*, Felipe Borges de Moraes*, Lara Mendes Rezende Costa*

RESUMO - Sarcomas são tumores originários do mesênquima e representam cerca de 5% de todos os sarcomas e 3% das neoplasias gástricas malignas,
sendo o principal representante o Gastrointestinal Stromal Tumor (GIST, os quais tem sua maioria desenvolvida no trato gastrointestinal, principalmente
no estômago (60 a 70%). Objetivo - Descrever o achado de um GIST durante propedêutica de um quadro de hemorragia digestiva alta. MATERIAIS E
Métodos - Masculino, 60 anos, evoluindo com episodios de hematêmese e melena, associandos a emagrecimento e adinamia progressivos. Resultados - EDA
com grande lesão de submucosa no corpo, com pequena ulceração com vaso visível, sem sangramento; TC de abdome - presença de defeito de enchimento
gástrico nodular medindo 60 x 38 mm em corpo. O paciente foi submetido à gastrectomia parcial gastro-gástrica com limites livres. Conclusão - As prin-
cipais manifestações do GIST são sangramento intestinal, dor ou desconforto abdominal e dispepsia. Por sua origem intramural, a extensão do tumor
só pode ser avaliada adequadamente com exames de imagem mais acurados, como a tomografia computadorizada ou ultrassonografia endoscópica. O
tratamento é feito pela ressecção com margens livres. No tumor GIST são raras as metástases para linfonodos não havendo a necessidade de ressecção
de cadeias linfonodais. A maior parte de recidivas acontece nos dois primeiros anos após o tratamento, ocorrendo geralmente em casos de doença local
associada à metástases para o fígado ou peritônio (50%).

*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.EST.P.072
RESSECÇÃO PALIATIVA DE METÁSTASE GÁSTRICA DE CARCINOMA RENAL POR LAPAROSCOPIA:
RELATO DE CASO
Thiago NOGUEIRA*, Ulysses RIBEIRO*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Edno Tales Bianchi*,
Thais Pereira*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*

RESUMO - Introdução - Carcinoma renal é o sétimo tumor mais frequente em homem e o décimo segundo em mulheres com uma sobrevida de 13
meses quando apresenta metástase. Os 2 sítios mais frequentes de metástase é o pulmão e osso. No entanto, lugares não usuais são comuns, incluindo o
estômago. Apresentamos um caso de uma paciente com metástase pulmonar e hepática, além de uma metástase gástrica sintomática. O caso trata-se de
uma mulher de 66 anos com diagnóstico de carcinoma de células renais submetia a nefrectomia direita previamente. 5 anos após a ressecção, apresentou
metástase pulmonar e hepática assintomática. Durante o seguimento iniciou quadro de anemia sintomática e foi diagnostica com lesão ulcerada em grande
curvatura com biopsia demonstrando metástase do mesmo tumor. Foi submetida à gastrectomia em cunha por laparoscopia sem intercorrência recebendo
alta no 8 PO. Conclusão - Metastase gástrica de carcinoma de células renais disseminado é infrequente. Foram descritos vários tipos de terapêutica como
embolização, injeção de adrenalina e terapia sistêmica. Tendo como objetivo uma melhora na qualidade de vida desses pacientes, a ressecção em cunha
por laparoscopia é uma opção simples, viável e talvez de escolha nesses pacientes.

*ICESP - HCFMUSP, São Paulo.

56 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.073
RUPTURA GÁSTRICA EM PACIENTE USUÁRIO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO VÍTIMA DE TRAUMA
ABDOMINAL FECHADO
Kelson Ferreira, Clayton Leitão Paura*, Celso BERNARDO Junior*, Ricardo Maggessi da SILVA*,
Luis Gustavo Santos PERISSÉ*

RESUMO - Introdução - O balão intragástrico (BIG) tem papel importante no tratamento da obesidade mórbida, principalmente na redução ponderal
pré-operatória, para reduzir o risco cirúrgico. Os principais efeitos adversos e complicações graves são: queixas dispépticas, vômitos, lacerações esofágicas
e gástricas, erosões gástricas, úlceras gástricas e duodenais, hemorragia gastrointestinal, pancreatite aguda, migração, oclusão e perfuração intestinal.
Objetivo - Relatar complicação inédita do uso do BIG, chamando atenção para possíveis novos ocorrências. Relato de caso - Mulher branca de 48 anos,
vítima de acidente automobilístico (colisão frontal, sem capotamento ou óbito no local, em uso de cinto de segurança). Após avaliação primária, foi
realizada tomografia de abdome que mostrou pneumoperitônio, líquido livre na cavidade peritoneal e corpo estranho (balão intragástrico). Realizada
laparotomia, onde observamos ruptura da parede gástrica anterior e BIG livre na cavidade peritoneal. O balão foi retirado e as lesões gástricas suturadas.
A paciente evoluiu com pneumonia, que foi resolvida com antibióticoterapia, tendo alta em boas condições no 16o dia de internação. Discussão - Os
principais efeitos adversos e complicações do uso do BIG têm seu manejo bem estabelecido na prática médica. Em revisão recente da literatura não foi
encontrado caso semelhante relatado, o que chama a atenção para a raridade do evento.

*HUGG, Rio de Janeiro.

TL.C.EST.P.074
SÍNDROME DE RAPUNZEL - RELATO DE CASO RECIDIVANTE
Kelly Danielle Silva Vieira1, Welligton Ribeiro Figueiredo2, Carlos Renato Sales Bezerra3,
Miguel Augusto Arcoverde Nogueira3, Marcus Vinicius Monteiro BERTINO1, Alécio Fonseca Leite1,
Norma Maria de Cássia Lima Sarmento Veloso Martins1,
Daniella Denise Ribeiro Moura1

RESUMO - Introdução - Bezoar é o termo usado para descrever o acúmulo de substâncias ingeridas e não digeridas no estômago ou intestino. Embora
infreqüente, representa uma importante causa dor abdominal. Objetivo - Relatamos um caso recidivante de tricobezoar em jovem com transtornos
emocionais. Relato do Caso - Adolescente, 13 anos, admitida em hospital terciário com queixa de dor abdominal difusa e obstrução intestinal. Havia
passado de operação por tricobezoar há 4 anos. Exame físico: abdome: discretamente distendido, com massa palpável em epigástrio, sem irritação
peritoneal. EDA visualizou massa disforme constituída por enovelado de fios de cabelo. Realizada laparotomia exploradora, gastrotomia e enteroto-
mia em porção inicial de jejuno para extração do bezoar. A adolescente evoluiu bem e teve alta com encaminhamento para serviço de saúde mental.
Considerações Finais - Os tricobezoares são formados pela ingestão lenta e gradual de cabelos, e tem localização preferencial no estômago. Quando
se estendem pelo delgado originam a “Síndrome de Rapunzel” descrita pela primeira vez em 1986. Hoje são reconhecidos como causadores de enfer-
midades como pancreatite, icterícia obstrutiva, apendicite, e outras. O diagnóstico nem sempre é fácil, pois o paciente geralmente omite a tricofagia e
nem sempre a alopecia está presente. Sempre deve ser lembrado nos diagnósticos diferenciais de dor abdominal, particularmente em crianças inseridas
em um contexto sócio familiar conflituoso.

1
FACID; 2HUT; 3HGV, Piauí.

TL.C.EST.P.075
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO DIABETES TIPO 2 PELA GASTROPLASTIA VERTICAL
Mariá Nunes Rodrigues*, Ozimo Pereira Gama Filho*

RESUMO - O diabetes melito tipo 2 é doença metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica que está associada com dano e insuficiência de vários
órgãos. A evolução da doença é a causa mais comum de cegueira, amputações e insuficiência renal em adultos no ocidente, além de aumentar a incidên-
cia de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, com maior mortalidade dos pacientes. A associação dele com obesidade é relevante. Os
pacientes obesos diabéticos quando submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidade apresentam melhor controle da glicemia, mesmo antes de perde-
rem peso. Prevenção, melhora e reversão do diabetes (DM2) (entre 70 e 90% dos casos) são observados nas diversas modalidades cirúrgicas bariátricas.
Os procedimentos disabsortivos são mais eficazes que os restritivos na redução do peso e na melhora da sensibilidade à insulina, mas as complicações
crônicas, em especial a desnutrição, são também mais freqüentes. O tratamento cirúrgico de pacientes obesos com diabetes tipo 2 tem mostrado bom
resultado inicial, com controle clínico precoce da glicemia.

*UniCeuma, Maranhão.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 57


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.EST.P.076
TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR ASSOCIADO AO USO DE ANÁLOGO DA SOMATOSTATINA
EM TUMOR NEUROENDÓCRINO DO ESTÔMAGO: RELATO DE CASO
Ricardo PASTORE*, Henrique Ovídio Coraspe GonçAlves*, Fabio Escalhão*, Roberto da Mata lenza*,
Luiz Gustavo de Almeida oliveira*

RESUMO - Os tumores neuroendócrinos do estômago, ou carcinoides gástricos, constituem raras neoplasias provenientes das células enterocromafins
gástricas (ECL). Atualmente o tratamento de escolha é cirúrgico, sendo frequentemente efetuada a gastrectomia total, embora seja difícil obter-se a cura
completa do quadro. O tratamento quimioterápico também é recomentado para tumores neuroendócrinos com alta taxa de proliferação, mas apresenta apenas
benefícios modestos. Relatamos o caso de uma paciente de 58 anos que procurou atendimento em junho de 2011 com queixas de dispepsia, dor epigástrica
e abdominal baixa recorrentes. A investigação endoscópica revelou quatro lesões vegetantes em corpo gástrico. Os fragmentos retirados endoscopicamente
foram submetidos a exame anátomo-patológico, revelando tumor neuroendócrino tipo I, comprometendo até a camada muscular própria do estômago. O
procedimento de escolha, realizado dois meses depois da consulta inicial, foi a ressecção gástrica segmentar, conservadora, removendo apenas o segmento
gástrico que continha as lesões identificadas em endoscopia. Após a cirurgia, foi prescrito o uso contínuo de octreotida (Sandostatin Lar®), um análogo de
somatostatina que, de acordo com estudos recentes, pode reduzir a progressão destes tumores. Novas investigações endoscópicas, 5 meses após o ato cirúrgico,
revelaram apenas microcarcinóides. Hoje, dois anos depois do atendimento inicial, a paciente segue em bom estado geral, ainda em uso do Sandostatin Lar®.

*Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Minas Gerais.

TL.C.EST.P.077
VOLVO GÁSTRICO
Marcela Juliano Silva1, Natasha Marques Mota1, Jordana Pedroso Cabral Rosa1, Ana Sarah Portilho1, Jéssica Monike Dias
Alencar1, Tiago Ferreira PAULA2, Frederico Mesquita Gomes3

RESUMO - Introdução - O Volvo Gástrico (VG) é definido como sendo uma rotação do estômago superior a 180º, que condiciona uma oclusão intestinal
alta. É uma entidade rara, de difícil diagnóstico. Pode apresentar-se de uma forma aguda ou crônica. Casuística - Paciente de 69 anos, sexo feminino,
admitida com choque hipovolêmico responsivo a volume, dor abdominal difusa, obstipação intestinal, vômitos incoercíveis e febre não aferida há 7 dias.
Possuía antecedente de trauma toracoabdominal há 5 anos. Tomografia contrastada de abdome evidenciou hérnia de hiato esofagiano e dilatação do terço
distal do esôfago com importante espessamento parietal difuso do estômago e divertículos por todo o cólon. Endoscopia Digestiva Alta (EDA) sugestiva
de volvo gástrico com estômago de luz reduzida, 1000 mL de resíduo líquido fétido aspirado, superfície mucosa com isquemia e múltiplas petéquias de
aspecto necrótico em corpo e antro. Apesar das medidas terapêuticas, a paciente evoluiu rapidamente para o óbito, devido à taquicardia supraventricular
sem resposta a manobras reanimação. Conclusão - O VG agudo tem complicações isquêmicas, perfurativas, necrotizantes e sépticas. Possui mortalidade
entre 30 e 50%, podendo levar a hemorragia gastrointestinal, disfunção cardiopulmonar aguda, tamponamento cardíaco ou choque. Portanto, configura
uma emergência cirúrgica, com necessidade de tratamento imediato.

1
PUC GO; 2SCMGO; 3HUGO, Goiás.

TL.C.FIG.P.078
ABSCESSO HEPÁTICO SECUNDÁRIO À INGESTÃO DE ESPINHA DE PEIXE
pôsteres • FÍGADO

Kelly Danielle Silva Vieira1, Welligton Ribeiro Figueiredo2, Carlos Renato Sales Bezerra3, Miguel Augusto Arcoverde Nogueira3,
Wilton Matos da Paz Filho1, Alécio Fonseca Leite1, Norma Maria de Cássia Lima Sarmento Veloso Martins1, Nathália da Cruz Sousa1

RESUMO - Introdução - O abscesso hepático uma entidade clínica pouco frequente que impõe desafios no diagnóstico, sobretudo quando ocasionado
secundariamente por perfuração por corpo estranho. Objetivo - Relatar a experiência clínica bem sucedida de um abscesso hepático provocado por
perfuração gástrica por espinha de peixe. Relato de Caso - Homem, 52 anos, foi admitido no hospital com febre, dor abdominal, queda do estado geral,
vômitos, diarréia e perda de peso. Ao exame do abdome encontrava-se distendido, doloroso com massa em região epigástrica e irritação peritoneal.
O US abdominal revelou uma coleção heterogênea em lobo hepático esquerdo, TC de abdome observou-se formação hipodensa, multisseptada em
lobo esquerdo. A laparotomia exploradora detectou abscesso em lobo esquerdo do fígado e bloqueio inflamatório em grande curvatura do estômago
próxima ao piloro, com presença de espinha de peixe no interior da coleção. Realizado drenagem do abscesso com remoção da espinha de peixe e rafia da
perfuração gástrica. O paciente evoluiu sem complicações e obteve alta hospitalar em bom estado. Considerações Finais - O abscesso hepático piogênico
é uma enfermidade grave e potencialmente letal caso o diagnóstico e tratamento sejam tardios. A ingestão de corpos estranhos sempre deve faz parte
do diagnóstico diferencial de abscesso hepático, principalmente quando localizado em lobo esquerdo. Hoje com avanços do diagnóstico e tratamento o
percentual de cura dessa doença tem sido cada vez maior.

1
FACID; 2HUT; 3HGV, Piauí.

58 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.079
ADJUVÂNCIA E NEOADJUVÂNCIA NA TERAPÊUTICA DO HEPATOCARCINOMA
Sanny Kemelly Miquelante Yoshida*, Sâmara Corrêa Silva*, Tatiane Duarte Figueiredo*,
Iure Kalinine Ferraz de Souza*

RESUMO - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é um tumor agressivo que possui como principal opção de tratamento a cirurgia. No
entanto, como muitos pacientes apresentam tumores extensos ou disfunção hepática subjacente, a terapêutica não cirúrgica é frequentemente utilizada.
Outra forma de terapia não cirúrgica é a braquiterapia a qual, por escassez de estudos de seus efeitos em tecido hepático normal ou no desenvolvimento
de lesões hepáticas pré-neoplásicas e neoplásicas, ainda não é utilizada com frequência no tratamento do CHC. Objetivo - Citar brevemente alternativas
da terapêutica cirúrgica e apresentar a terapêutica não cirúrgica, em pacientes com câncer hepático, e fazer uma revisão da literatura sobre o uso
da braquiterapia no tratamento do hepatocarcinoma. Metodologia - Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando bases de dados. Resultados -
Apresentação das opções terapêuticas para o CHC, com ênfase na braquiterapia. Foram encontrados poucos artigos científicos que relatassem o uso
desta técnica como tratamento neoadjuvante para o CHC, apesar de ser utilizada com frequência para tratamento de diversos tipos de câncer. Conclusão
- Embora a terapia cirúrgica para o CHC seja a principal opção, o uso de tratamento não cirúrgico mostra-se bastante eficaz em casos selecionados.
Neste contexto, a braquiterapia pode ser considerada uma boa opção futura devido aos menores resultados desfavoráveis desta técnica e ao bom
desempenho já mostrado em outros cânceres.

*Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais.

TL.C.FIG.P.080
ANASTOMOSE ESPLENORRENAL DISTAL (AERD) EM CIRRÓTICOS COM HDA - EXPERIÊNCIA DO HC
DE RIO BRANCO - ACRE
Tercio Genzini1, Roberta Genaro1, Elissandra Melo Lima2, Isadora Oliveira Morais2, Marcelo Perosa Miranda1,
Nilton Guiotti Siqueira2, Fernando Pechy1, Luiz Francisco ZENI1

RESUMO - Introdução - Pacientes cirróticos com HDA recidivante decorrente de hipertensão portal (HP) apesar de terapia farmacológica e endoscópica,
constituem população de alto risco de morte. As alternativas são a descompressão portal e/ou o transplante de fígado (TF). Material e Métodos
Analisamos os três primeiros pacientes submetidos à AERD no HC de Rio Branco - AC; com boa reserva funcional hepática e HDA com recidiva após
tratamento endoscópico e farmacológico. No período de 2011 a 2013, 3 pacientes cirróticos (2 VHC, 1 VHB + VHD) foram submetidos a AERD. Todos
apresentavam pelo menos 1 episódio de HDA (1 a 5), foram submetidos a tratamento endoscópico com esclerose de VE, faziam uso de propranolol
(40 a 120 mg) para manter FC entre 55 e 60 bpm e persistiam com VE com risco de sangramento. Resultados - 3 eram do sexo masculino, todos eram
CHILD-PUGH A com um score para Modelo da Doença Hepática Terminal (MELD) entre 9 e 15. O seguimento variou de 1 a 3 anos. Não houve
recidiva de HDA, as VE reduziram ou desapareceram no PO, não houve óbitos e nenhum pacientes foi a transplante. O MELD aumentou em 2 pacientes
para valores menores que 15 e permaneceu igual em 1. Conclusão - AERD apresenta bons resultados em centros com experiência em cirurgia hepática,
preserva a função hepática e pode evitar a indicação de TF por HDA recidivante em cirróticos com boa reserva funcional.

1
Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo. 2HC de Rio Branco, Acre.

TL.C.FIG.P.081
ANATOMIA DA ARTÉRIA HEPÁTICA EM 167 ENXERTOS HEPÁTICOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Jessé de Oliveira Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Paulo Sérgio Vieira de Melov, Bernardo Sabat*, Américo Gusmão*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - As variações anatômicas da artéria hepática variam de 20 a 50%. Na cirurgia de captação de enxertos hepáticos é fundamental
o conhecimento e a perícia para identifica a sua presença. Desta forma, proporciona um órgão com adequada suplência vascular arterial, que é de grande
importância no sucesso do transplante. Objetivo - Descrever a distribuição da artéria hepática em fígados captados para transplante hepático clínico.
Método - Estudo retrospectivo realizado em hospital público em janeiro de 2002 e Janeiro de 2007. Os dados foram obtidos dos relatórios cirúrgicos
do procedimento de captação do enxerto hepático (cirurgia e Back-Table). Quando necessário o cirurgião responsável foi consultado. Resultados -
108 enxertos apresentavam distribuição normal (tronco celíaco com as três artérias). AH ramo direito da aorta ocorreu em duas situações. Tronco
hepatomesentéricco em 10 casos. AH direita ramo artéria mesentérica superior ocorreram em 26 casos e AH Esquerda ramo da artéria gástrica esquerda
em 20. Artéria hepática esquerda ramo da AM superior ocorreu em um caso. Nessa situação ocorreu secção da artéria e o seu reconhecimento foi
tardio no Back-Table. Apesar da reconstrução com a artéria gastroduodenal, o enxerto apresentou sequelas (isquemia segmentar), porém com evolução
favorável. Conclusão - O conhecimento da distribuição arterial do enxerto hepático é fundamental para a boa evolução da função do órgão no pós-
operatório do transplante.

*HUOC, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 59


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.082
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E EMOCIONAIS DE DOENTES SUBMETIDOS À TRANSPLANTES
HEPÁTICOS
Ana Maria Neder de Almeida*, Tersa Cristina M Portugal*, Elaine Crisitina Ataide*,
Elisabete Y. Udo*, Ilka FSF Boin*

RESUMO - A assistência ao doente transplantado de fígado requer equipe multiprofissional, pois a expectativa do transplante desencadeia diferentes
reações emocionais. O objetivo foi analisar aspectos psicossociais, emocionais e de qualidade de vida dos doentes transplantados. Método - Quarenta
eram masculinos (72,7%) e 15 mulheres com no mínimo um ano de pós-operatório, que foram entrevistados pela psicóloga e assistente social: idade,
etiologia da hepatopatia, estado civil, relacionamento familiar, situação financeira, alimentação, atividade física e sexual, sintomas depressivos e avaliação
pessoal. Resultados - A idade variou de 18 a 27 anos (média de 48,3 anos) e o tempo médio de transplante de 1 a 12 anos (média de 3 anos). As indicações
foram: hepatopatia alcoólica, hepatite B, hepatite C, hepatocarcinoma e outras, respectivamente em 27,2%, 10,9%, 27,2%, 3,6% e 31,1% dos casos. Eram
52% casados e 22% solteiros. Melhora no relacionamento familiar foi referido em 50,1% e inalterada em 21,8%. A melhora nas atividades físicas e sexual
foi referida respectivamente em 54,5% e 36,3%. A melhora na ingestão alimentar, na atividade física e na atividade sexual foi referida respectivamente em
89%, 54,5% e 36,3% dos casos. Sintomas depressivos foram identificados em 32,7% dos doentes. Conclusão - Nesse grupo, todos os aspectos psicossoais
e emocionais analisados tiveram melhora significativa da qualidade de vida dos doentes com doenças hepáticas incuráveis.

*Unicamp, São Paulo.

TL.C.FIG.P.083
ATRESIA DE VIAS BILIARES E A IMPORTÂNCIA DO SEU DIAGNÓSTICO PRECOCE - RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*,
Itiel de Souza Aquino*, Tácito do Nascimento Jácome*, Camila Raposo FONSÊCA*, Pedro Freire de LIMA Neto*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*

RESUMO - Introdução - Atresia Vias Biliares Extra-Hepáticas (AVBEH) é ausência/obliteração dos ductos biliares extra-hepáticos em RN/lactentes;
há 2 tipos: 20% fetal (associa-se a malformações) e perinatal. É fatal, se não tratada, e caso seja (sempre por portoenterostomia), a maioria necessita
transplante hepático. Objetivo - Relatar caso de AVBEH para divulgar conhecimentos facilitadores de diagnóstico (Dx) precoce. Método - Utilizou-
se prontuário, mediante autorização formal do responsável. Resultado - CRPS, masc, 2 m, ictérico ao nascimento, evoluiu com sínd. Colestática,
hepatomegalia; internado para investigação. Ex. laboratoriais: Hb: 9,2; BT: 15,54 (BD: 8,43/BI:7,14); TGO: 729/TGP:371; F. Alcalina:878; gama-
GT:348; Reticulócitos: 1,9%. USG-abdômen: “Vesícula biliar não identificada; Via biliar: identificado hiperecogenicidade no trajeto dos ductos, com
sinal da corda triangular (0,3 cm) no hilo hepático próximo a bifurcação da veia porta. Sem outras alterações”, sugerindo fortemente AVBEH, indicando
procedimento cirúrgico Dx/terapêutico. Discussão - Sinal da corda triangular na USG tem VPP=95% para AVBEH, sendo bem indicada em colestase
neonatal, que, < 3 s de vida, aponta para forma fetal, apesar da ausência malformação associada. BT >12 é raro, enzimas canaliculares predominam
sobre tissulares, como ocorreu. Dx definitivo advém com colangiografia intra-operatória. Conclusão - Divulgar facilitadores Dx precoce AVBEH é
extrema importância, pois prognóstico é melhor se tratada até os 2 m.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.084
CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR COMPORTANDO-SE COMO TUMOR DE KLATSKIN
Michel Ribeiro Fernandes1, Daniele de Sena Brisotto2, Eduardo Batista Schneider1,
Martin Batista Coutinho da Silva1, Paulo Roberto Reichert1

RESUMO - Introdução - O carcinoma de vesícula biliar (CVB) é uma rara entidade, representando de 0,7 a 1,2% de todas as neoplasias. O CVB é agressivo,
de rápida evolução e silencioso em suas fases iniciais. Dor abdominal, icterícia e massa palpável no hipocôndrio direito são os achados mais comuns. Em
regra, os tumores são consideravelmente volumosos indicando estágio avançado da doença e possuem um prognóstico reservado com taxa de sobrevida
5% após cinco anos de pós-colecistectomia. Relato do caso - Paciente masculino, 68 anos, queixa-se de coluria há uma semana, acompanhada de acolia,
icterícia e dor em hipocôndrio direito agravada com a ingestão de alimentos gordurosos. Aos exames laboratoriais, hiperbilirrubinemia e marcadores de
função hepática elevados. Colangiorressonância demonstrou provável tumor de Klatskin com Bismuth IV. Efetuada tentativa de ressecção tumoral com
colecistectomia ampliada e remoção do ducto hepático. Inicialmente os indícios apontavam colangiocarcinoma, porém no transoperatório hipotetiza-se
CVB como lesão primária. Exame anatomopatológico revela carcinoma em colo e ducto cístico; metástase em linfonodo pericístico e invasão do ducto
hepático comum, ausência de neoplasia em segmento hepático. Conclusão - Reafirma-se a dificuldade diagnóstica do CVB no pré-operatório e alerta-se
para que seja feito um exame minucioso no transoperatório com a confirmação do diagnóstico firmado por anatomopatológico.

1
Universidade de Passo Fundo, 2Hospital São Vicente de Paulo, Rio Grande do Sul.

60 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.085
CÁLCULOS BILIARES NO INFUNDÍBULO DA VESÍCULA BILIAR COMO CAUSA DE ICTERÍCIA
OBSTRUTIVA
Júlio César de Medeiros Dantas*, Itiel de Souza Aquino*, Virgínia Soares Feitosa*, Randolfo Randal Farias Ferreira Brito*,
Graziela Cyntia Silva Santos*, Indy Lopes Batista*, Tâmara Maria Vale*, Mylena Pessoa Capistrano*

RESUMO - O estreitamento do ducto hepático comum por mecanismo de compressão e/ou inflamação por cálculos biliares impactados no infundíbulo
da vesícula biliar (VB) ou no ducto cístico causa a Síndrome de Mirizzi, uma causa rara de icterícia obstrutiva. Relato de Caso - Homem, 58 anos,
apresentando icterícia, dor em hipocôndrio direito, colúria, acolia fecal e prurido há 30 dias. Os exames laboratoriais mostraram: Gama-GT (109 U/L);
Fosfatase Alcalina (439 U/L); Bilirrubina Total (22,1 mg/dL), Direta (13,9 mg/dL) e Indireta (8,20 mg/dL). A USG abdominal revelou litíase biliar e
dilatação das vias biliares intra-hepáticas e em hepatocolédoco. Suspeitou-se de Icterícia Obstrutiva, submetendo o paciente à Colecistectomia. No ato,
evidenciou-se VB bem distendida e presença de cálculos em infundíbulo (Mirizzi Tipo I). Realizada colangiografia Intra-operatória com exploração das
vias biliares, demonstrando fluxo normal para o duodeno. O paciente evoluiu sem complicações e recebeu alta hospitalar no 4º dia de pós-operatório.
Discussão. O diagnóstico pré-operatório é infrequente e a maioria dos casos tem diagnóstico firmado no intraoperatório. A icterícia e a dor abdominal
podem ocorrer em 60-100% dos pacientes. A ultrassonografia abdominal é usada na triagem inicial e pode evidenciar achados típicos, como cálculo
grande imóvel no infundíbulo da VB e dilatação do ducto biliar acima da obstrução, mas normal abaixo dela. O tratamento é cirúrgico, variando a tática
de acordo com o tipo.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.086
CÁLCULOS DE VIAS BILIARES: RELATO DE CASO
Nadia Tomiko Anabuki*, Nereu Bastos Teixeira Costa*, Roland Montenegro Costa*, Ricardo Chagas Sousa*,
Robson Menezes Leal*, Cícero André Gomes Ribeiro*, Horácio Jorge MACEDO Neto*, Manuel Otton de Paiva Fernandes*

RESUMO - Introdução - A presença de cálculos nas vias intra-hepáticas é rara no Ocidente e, na maioria das vezes está também associada à presença
de cálculos nas vias biliares extra-hepáticas ou à obstrução na região peri-hilar. Relato do caso - Homem, 37 anos, negro, submetido a colecistectomia,
cursou com obstrução de colédoco após quatro anos devido a cálculos, sendo submetido a derivação biliodigestiva. Após quatro anos, colangiorressnância
evidenciou dilatação de vias intra-hepáticas. Evidenciados atrofia de lobo hepático esquerdo e hipertrofia de lobo direito. Submetido à extração anterógrada
de cálculos e colocação de sonda transfixante em via biliar para drenagem externa. No ano seguinte, foi submetido a nova anastomose biliodigestiva devido
à estenose da anterior, além de drenagem externa de vias biliares. Seguiu com episódios recorrentes de colangite e manutenção de níveis aumentados de
enzimas canaliculares e após cerca seis meses, nova colangiorressonância e tomografia de abdome de controle evidenciaram dois cálculos na porção proximal
das vias biliares intra-hepáticas no lobo direito. Submetido a nova laparotomia exploradora, foram retirados cálculos intra-hepáticos e realizada nova
anastomose biliodigestiva. Paciente recebeu alta com seguimento ambulatorial, postergando a indicação de transplante hepático. Conclusão - A presença de
cálculos intra-hepáticos é uma condição rara e o tratamento cirúrgico é individual e considerado desafiador na prática médica.

*HBDF, Brasília.

TL.C.FIG.P.087
COLANGIOJEJUNOANASTOMOSE NO SEGMENTO III
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
José Willian Ferreira LIMA Junior*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Raphael Torres*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A icterícia obstrutiva de origem neoplásica é comum e o tratamento cirúrgico continua sendo a melhor opção. Em algumas
situações a presença da lesão muito proximal na porta hepática não assegura via biliar adequada para a drenagem cirúrgica. O afastamento e a
superficialidade do ducto biliar para o segmento III do fígado permitiria a anastomose bilioentérica de resgate. Objetivo - Descrever a anastomose
bilioentérica com o segmento III do fígado em pacientes com colangiocarcinoma hilar. Método - Estudo retrospectivo em Hospital Público, em pacientes
adultos com tumor de Klatskin, entre janeiro de 2002 e janeiro de 2013, submetidos à drenagem cirúrgica. Resultados - 11 pacientes foram identificados,
8 do sexo masculino. A idade variou de 58 -76 anos. A opção do segmento III foi pós-operatória em 9 pacientes. O tempo cirúrgico variou de 90-180
min. Hemotransfusão ocorreu em 4 pacientes (em 2, com IMC > 30). Em 2 casos foi necessária ressecção hepática. Em todos realizada drenagem
cavitária. Fístula biliar ocorreu em 3 pacientes. Estenose da anastomose foi identificada em 4 pacientes no 1º, 5º, 7º, e 8º mês do pós-operatório. Em dois,
a dilatação percutânea foi suficiente. Em um o dreno biliar interno/externo foi necessário. Ocorreu falência múltipla de órgãos com óbito em um caso.
Conclusão - A colangiojejunoanastomose no segmento III deve ser lembrada nos pacientes com colangiocarcinoma hilar, principalmente, em situações
em que a medicina intervencionista é de difícil acesso.

*HUOC, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 61


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.088
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA SUPRAPÚBICA: TÉCNICA E RESULTADOS NUMA SÉRIE
PRELIMINAR DE 30 CASOS
Leonardo Adolpho de Sá Sales*, Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, João Odilo Gonçalves Pinto*,
Paulo Henrique Dourado Figueiredo*, Carlos Eduardo Queiroz*, Marcelo de Vasconcelos Castro*,
Rafael Porto Leite*, Francisco Afrânio PEREIRA Neto*

RESUMO - A cirurgia minimamente invasiva abdominal tem evoluído para de redução dos portais, culminando com a cirurgia laparoscópica por incisão
única (S.I.L.S.) e a cirurgia por orifícios naturais (N.O.T.E.S.). Porém estes ainda são métodos dispendiosos e com resultados estéticos questionáveis. Este
trabalho propõe apresentar a padronização de uma técnica para realização de colecistectomia por acesso suprapúbico pelo princípio que ora chamamos
de Supra-Pubic Endoscopic Surgery (S.P.E.S. - Colecistectomy). Foram analisados os resultados de trinta pacientes submetidos a esta modalidade
cirúrgica entre março e junho de 2012. A média de idade foi de 40,7 anos e as indicações foram: cólica biliar típica em 18 casos (60%); colecistite em 5
casos (16,6%); pancreatite biliar em 1caso (3,3%); pólipo em 3 casos (10%) e icterícia obstrutiva em 3 casos (10%). O índice de massa corporal médio dos
pacientes foi de 27,8 (23,1 - 35,1) e o tempo cirúrgico variou entre 24 e 70 minutos. Não houve necessidade de conversão para outro método. Não houve
complicações Peri ou pós- operatórias. O período de internamento e afastamento das atividades laborais foi equivalente à modalidade laparoscópica
convencional (4 portais epigástricos). A técnica mostrou-se segura e factível. Os resultados cosméticos foram extremamente satisfatórios. O método
mostra-se em acordo com a mínima invasão cirúrgica e atende muito bem aos anseios estéticos dos pacientes. Além de não haver incremento nos custos
do procedimento.

*UFC, Ceará.

TL.C.FIG.P.089
COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA PÓS LAPAROTOMIA EXPLORADORA
Bruna Gonçalves Sena Pinheiro*, Francinaldo Gonçalves Sena*

RESUMO - Introdução - A Colecistite Aguda Alitiásica é caracterizada pela ausência de cálculos biliares como causa da estase biliar. A sua ocorrência
em politraumatizados e em doentes em pós-operatório de intervenções não relacionadas à via biliar vem ganhando destaque na literatura, desde o
relato descrito por Duncan, em 1844. Objetivo - Relatar o caso de um paciente portador de Colecistite Aguda Alitiásica Pós Laparotomia Exploradora.
Casuística - FPS, 59 anos, em 6º PO de enterectomia, deu entrada no hospital apresentando dores intensas no quadrante superior direito (ponto cístico),
febre, leucocitose com desvio à esquerda, náuseas, vômitos e anorexia. Foi realizada uma re-laparotomia exploradora, o que constatou a afecção
de Colecistite Aguda Alitiásica decorrente do procedimento cirúrgico inicial, com colecistectomia para estabilização do quadro clínico. O paciente
evoluiu positivamente. Conclusão - Neste caso muitos fatores podem ter sido determinantes, como infecção, nutrição parenteral por tempo prolongado,
desidratação, jejum prolongado, insuficiência vascular, choque, insuficiência renal aguda, hipoperfusão ocasionada pela reconstrução mesentérica,
aumento das bilirrubinas séricas, diminuição do fluxo portal e estase da bile durante a ventilação mecânica com PEEP. O diagnóstico foi dificultado,
pois alguns dos sintomas foram considerados como decorrentes do procedimento cirúrgico inicial. O exame físico ficou prejudicado pelo estado alterado
do paciente e uso de medicamentos.

*UFPA; Orientador, Pará.

TL.C.FIG.P.090
COLECISTITE CALCULOSA AGUDA E SEPSE EM PEDIATRIA: RELATO DE CASO
Lucas Teixeira de Ponton*, Rodrigo Gui Queiroz*, Aline Benicio Braga Murgia*, Eduardo Zegobia Forcacini*, Carlos Eduardo
Garcia*, Marco Felipe Silva Fernandes*, Samir Ebaid*

RESUMO - Na população adulta, a colelitíase é mais frequente no sexo feminino e a presença de história familiar positiva é um fator de risco
consagrado na literatura. Por outro lado, em crianças e adolescentes ainda se conhece pouco sobre fatores de risco, etiopatogenia, quadro clínico,
diagnóstico, complicações, tratamento, seguimento e prognóstico. Em crianças, as complicações são menos frequentes e é grande o número de casos
sem etiologia definida. Ainda não há protocolos diagnóstico e terapêutico bem definidos em Pediatria. Este trabalho apresenta o caso de uma menina
de 9 anos com queixa de dor abdominal difusa evoluindo com sepse devido a colecistite calculosa aguda, confirmada pelo exame ultra sonográfico e
descartado causa hemolítica. Submetida a colecistectomia vídeo laparoscópica com colangiografia intra-operatória para estudo da anatomia biliar, sem
alteração. Recebeu alta hospitalar no 4º dia pós- operatório com boa evolução. Lactentes, crianças e adolescentes com colelitíase parecem constituir três
populações distintas em relação a: patogênese, fatores predisponentes, sintomatologia, complicações, tratamento e prognóstico. Mais atenção deve ser
dada à possibilidade de cólica biliar e colecistite aguda na avaliação de pacientes com sintomas abdominais inespecíficos, especialmente naqueles com
condições de risco associadas, e também no diagnóstico diferencial da dor abdominal recorrente. Ainda há controvérsias quanto ao melhor tratamento.

*Hospital Regional de Ilha Solteira, São Paulo.

62 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.091
COLEDOCOLITÍASE CAUSADA POR CISTO DE COLÉDOCO COM DIAGNÓSTICO EM IDADE ADULTA:
RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Gian Francisco de Macedo Almeida*, Vanessa de Souza Cabral*,
Karoline Rayana dos Santos*, Rafael Medeiros Bezerra CostA*

RESUMO - Introdução - Os cistos biliares apresentam uma incidência de 1:13.000 a 1:2milhões, sendo mais comum nos países asiáticos, com predomínio
no sexo feminino (3:1 a 4:1). 25% a 45% dos casos são diagnosticados em neonatos ou crianças, sendo 2/3 identificados durante a primeira década de
vida. 20% a 25% dos casos não são descobertos até a vida adulta. Relato de Caso - JGA, 37 anos, sexo masculino, admitido com quadro de dor abdominal
difusa, náuseas, icterícia e colúria há 10 dias. A colangiorressonância demonstrou: dilatação difusa das vias biliares intra e extra-hepáticas, com cálculo
obstrutivo de cerca de 1,3 cm em extremidade distal do colédoco; vesícula biliar com sinais de alterações inflamatórias crônicas, sem cálculos. O cálculo
presente na porção distal do colédoco foi formado devido à estase biliar causada pelo cisto, uma vez que na vesícula não havia cálculos. Foi realizada
colecistectomia, coledococistectomia e hepatojejunostomia em Y-de-Roux com drenagem trans-anastomótica. O anatomopatológico demonstrou
ausência de malignidade com linfadenite reacional. Conclusão - O cisto de colédoco é uma patologia rara, de diagnóstico difícil no adulto, uma vez
que a tríade clássica de dor abdominal, massa palpável em quadrante superior direito e icterícia é infrequente, sendo mais encontrada em crianças. O
exame padrão-ouro para confirmar o diagnóstico é a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, porém exames não invasivos são preferíveis por
apresentarem menor morbidade.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.092
CONDUTAS EM COLEDOCOLITÍASE - APLICAÇÃO RETROSPECTIVA DE PROTOCOLO
INTERNACIONAL EM CASOS COLEDOCOLITÍASE NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL
AGAMENOM MAGALHÃES - RECIFE - PE
Hugo Veiga Sampaio da Fonseca*, Sérvio Fidney Brandão de Menezes Correia*, Lyz Bezerra Silva*,
Raíssa Pantoja DANNECKER*, Marcelo Ernesto Luckwu FERRAZ*, Rodolfo Lavor Alencar*,
Flávio Augusto Melo de Arruda Barbosa*, Marília Agostinho de Lima Gomes*

RESUMO - Objetivos - Avaliar o manejo de portadores de colecistolitíase e relacionar a adequação da conduta a um protocolo internacional com
otimização do tempo de internamento e do custo ao SUS. Metodologia - Foram avaliados 288 pacientes com colecistolitíase submetidos a colecistectomia
no período de abril de 2010 a abril de 2012. Foi utilizado o protocolo da American Society of Gastroenterologic Endoscopy (ASGE). Os pacientes
foram divididos em: grupo A cuja conduta está em consonância com o protocolo da ASGE e grupo B, cuja conduta é discordante. Resultados - Houve
obediência ao protocolo em 75,3% dos casos. O tempo médio de internamento foi de 4,3 dias no grupo A contra 8,4 dias no grupo B. Quanto ao risco
de coledocolitíase, 71,6% foram considerados de baixo risco, 96,1% no grupo A contra 3,9% no grupo B, 20,8% foram de risco intermediário, 11,6% do
grupo A contra 88,4% do grupo B, e 22 pacientes foram de alto risco, 54,5% no grupo A contra 45,5% no grupo B. Foram realizadas 51 Ressonâncias
magnéticas, sendo 15,7% do grupo A e 84,3% no grupo B e 20 CPERs, 40% no grupo A e 60% no B. 11 pacientes foram submetidos à colangiografia
intra-operatória, todos do grupo A. O custo por paciente foi 48,2% menor no grupo A. Conclusão - O protocolo foi seguido na maioria dos casos, porém
houve discordância nos casos de risco intermediário e alto para coledocolitíase. A adequação ao protocolo da ASGE traz redução do custo hospitalar,
associada a redução de 51,2% no tempo de internação hospitalar.

*HAM - PE, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.093
CORPO ESTRANHO COMO CAUSA DE ABSCESSO HEPÁTICO
Walter de Biase da SILVA*, Helio Ponciano Trevenzol*, Helvio Martins Gervasio*, Claudemiro Quireze Júnior*,
Dinoel Cavalcante Guimarães Filho*

RESUMO - M.A.S. 52 anos, portadora de Lupus Eritematoso Sistêmico, iniciou quadro de dor em região epigástrica em moderada intensidade,
acompanhada de febre intermitente. Como antescedentes tinha história de hemicolectomia esquerda por complicações de colite e pulsoterapia sete dias
antes do início dos sintomas. Estava em uso de predinisona 20 mg dia e azatioprina 50 mg dia. Durante a evolução apresentou piora do quadro clínico e
na investigação propedêutica foi realizada Tomografia computadorizada de abdomem superior que evidenciou presença de abscesso de 5 cm de diâmetro
em segmento III hepático. Submetida a videolaparoscopia para drenagem do abscesso, foi encontrado no interior do abscesso corpo estranho (espinho
de peixe), que foi removido durante o procedimento de drenagem. Teve boa evolução pós-operatório.

*UFG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 63


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.094
CORRELAÇÃO DA ELASTOGRAFIA E DOPPLER NOS PACIENTES EM LISTA OU TRIAGEM PARA
TRANSPLANTE DE FÍGADO E CARCINOMA HEPATOCELULAR
Lucas Souto Nacif*, Denise Cerqueira Paranaguá Vezozzo*, Alina Matsuda*,
Wellington Andraus*, Rafael Soares Pinheiro*, Ruy Jorge Cruz*, Flair José Carrilho*,
Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*

RESUMO - Introdução - A elastografia percutânea é um instrumento não invasivo, que avalia a velocidade de uma onda de cisalhamento que se propaga
através do tecido, medindo a rigidez do fígado. O objetivo deste estudo foi analisar a rigidez na doença hepática terminal, hipertensão portal e presença
do carcinoma hepatocelular. Método - De outubro de 2012 a maio 2013 os dados clínicos de 54 pacientes provenientes da triagem/lista para transplante
hepático. A elastografia (Fibroscan e ARFI) e ultra-sonografia abdominal (USG) foi realizada. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, etiologia,
laboratorial e clínicas. Resultados - Alta prevalência de pacientes masculinos (72%). A média de idade foi de 52,32 (± 10,88) e a etiologia predominante
foi cirrose hepatite C. O MELD médio foi de 15,51 (± 5,86). O valor médio de PAC foi 205,10 (± 79,23) e E (Kpa) valor médio foi 31,5 (± 19,15).
Observamos HCC em 37% dos casos. ARFI do parênquima hepático foi 2,03 (± 0,61) e ARFI de lesão hepática foi 1,84 (± 0,66). Maioria dos casos
Fibrose 4 e esteatose 0 ou 1. Em relação ao USG doppler da veia porta observado baixa incidência (5%) de trombose e sinais moderados de hipertensão
portal (> 60%), com esplenomegalia e recanalização. A média da AFP foi de 32,23, as plaquetas valor médio foi de 108,79 (± 60,81) e RNI média foi
de 1,42 (± 0,36). Conclusão - A maioria apresentou fibrose 4 e esteatose grau 0/1, e observou-se nestes casos importante hipertensão portal e necessita
maior investigação nos HCC.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.FIG.P.095
DEFINIÇÃO DA ORIGEM DA ARTÉRIA GASTRODUODENAL ATRAVÉS DE LINFONODO SENTINELA:
CONTRIBUIÇÃO NA DISSECÇÃO DOS ENXERTOS HEPÁTICOS
Oliva Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes GomeS*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de Oliveira Neto*, Américo Gusmão*, Laécio Leitão*, Roberto Lemos*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A anatomia arterial do fígado é complexa e sua continuidade é importante para a boa função do enxerto. Identificação de
pontos anatômicos pode facilitar a identificação das estruturas no hilo hepático. Objetivo - Demonstrar a presença de um linfonodo sentinela na origem
da artéria gastroduodenal. Método - Estudo retrospectivo em 178 transplantes de fígado, entre 1999 e 2006. Os enxertos foram avaliados quanto a
presença de linfonodo sentinela através das descrições de back-table. A maioria (3/4) das dissecções foi realizada pelo mesmo cirurgião. Resultados - Em
178 dissecções no back-table, 137 enxertos foram marginais e com alterações anatômicas (forma do fígado e/ou arterial). Durante a cirurgia de bancada
o enxerto era acondicionado sempre com solução de belzer a 4ª C. A dissecção arterial acontecia após a VCI e antes da veia porta. A dissecção arterial
sempre iniciou no tronco celíaco. A identificação da artéria hepática própria se fez através do aparecimento de um linfonodo sempre posicionado na
saída da artéria gastroduodenal, mesmo quando a AHD em ramo da AMS ou havia tronco mesentérico. Conclusão - A presença de um marcador
anatômico, o linfonodo sobre a saída da artéria gastroduodenal, pode facilitar e tornar segura a preparação da suplência vascular de enxertos hepáticos
para o transplante.

*HUOC, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.096
DERIVAÇÃO ESPLENORENAL DISTAL - CIRURGIA PROSCRITA NA ESQUISTOSSOMOSE?
Valdinaldo Aragão de Melo1, Ytallo Juan O. Cardozo1, Getúlio SantAnna Goes2, Nathália Costa Monteiro2,
Rafaela Oliveira CARVALHO2, Eloy Vianey Carvalho de França2, Danilo Xavier Azevedo2,
Marcela Haydée Gomes de Medeiros2

RESUMO - Introdução - A cirurgia para hipertensão portal esquistossomótica foi durante muitos anos dividida entre as derivativas e não derivativas.
Entre as derivativas se destacou a derivação esplenorenal distal que se caracterizava por controlar o sangramento digestivo por varizes esofágicas e
causando um índice elevado de encefalopatia portosistêmica. A desconexão ázigo-portal com esplenectomia (DAPE) não apresentava encefalopatia
portosistêmica, mas não controlava o sangramento digestivo alto cuja recidiva era alta. Objetivo - Apresentar os resultados em longo prazo da derivação
esplenorenal distal. Resultados - A recidiva da DERD em esquistossomóticos foi de 4%. A incidência de encefalopatia portosistêmica foi de 8%. A
redução gradativa do fluxo hepático com o passar dos anos contribuiu para a não realização desta cirurgia nos dias atuais, além dos melhores resultados
com a endoscopia terapêutica.

1
UFS; 2Unit, Sergipe.

64 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.097
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NO IDOSO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Marco Felipe Silva Fernandes2

RESUMO - As variações anatômicas da disposição da árvore biliar são freqüentes, mas as anomalias congênitas da via biliar principal são excepcionais.
O cisto de colédoco é uma doença rara com uma incidência entre 1:100.000 a 1:150.000, mais comum no sexo feminino e a maioria dos casos apresenta-se
na infância sendo raro em adultos. O risco de transformação maligna desta doença aumenta com a idade, chegando a 14,5% acima dos 20 anos 2. Sua
etiologia congênita ainda é discutida, propondo-se que a lesão seja resultado da junção anômala dos ductos pancreáticos e do colédoco durante o período
embrionário. O diagnóstico da anomalia é feito através da opacificação da árvore biliar por via endoscópica, transparieto-hepática ou colangiografia
trans-operatória. Apresentamos um caso de cisto do colédoco, em paciente com 87 anos de idade, com quadro de icterícia obstrutiva e dilatação de vias
biliares intra e extra-hepatica, sem colelitíase ou espessamento vesicular ao estudo ultra sonografico. Durante investigação para exclusão de quadro
neoplásico evoluiu com colangite sendo submetido a procedimento cirúrgico com achado de cisto em ducto hepático comum e grande cálculo obstruindo
via biliar. Icterícia obstrutiva em idoso deve ser investigada processo neoplásico devido a sua incidência, porém deve-se atentar para o diagnóstico
diferencial de coledocolitíase primária com cisto de colédoco.

1
Hospital Regional de Ilha Solteira; 2 Hospital Unimed Araçatuba, São Paulo.

TL.C.FIG.P.098
DIMINUIÇÃO DE PERFUSÃO EM LOBO ESQUERDO DO FÍGADO EM PACIENTE COM COLANGITE:
RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Tácito do Nascimento Jácome*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*,
Sissi Cláudio Mota*, Karoline Rayana dos Santos*, Tâmara Maria Vale*, Itiel de Souza Aquino*

RESUMO - Objetivo - O presente estudo visa expor achado de trombose de ramo de veia porta em paciente em investigação de Colangite. Método -
Acompanhamento diário e prontuário de internação de paciente em um Hospital Universitário. Resultados - Paciente F.P.O., 76 anos, admitido para
investigação de quadro de Icterícia flutuante, dor em hipocôndrio direito, confusão mental e febre há um mês. Exames laboratoriais apresentando
Bilirrubina, AST, ALT, Fosfatase Alcalina e Gama GT elevados. USG abdominal sem alterações. TC de Abdômen evidenciando ausência de fluxo em
ramo esquerdo de veia porta (sugerindo trombose) e diminuição de perfusão em lobo esquerdo do fígado. Colangioressonância evidenciou ausência
de opacificação em ramo esquerdo de veia porta, identificando-se fluxo nos seus ramos periféricos. Angiotomografia de abdome e pelve evidenciou
sinais de trombose comprometendo grande extensão da veia porta esquerda, com reconstrução do fluxo nos seus ramos mais periféricos. Durante
internação, paciente fez uso de Clexane 60mg SC pela manha, evoluindo com normalização laboratorial e melhora dos sintomas iniciais, submetendo-se
a colecistectomia para tratamento da colangite. Conclusão - A trombose de ramos da veia porta pode não cursar com repercussão clínica e hemodinâmica,
porém pode estar relacionado a patologias severas, como coagulopatias e cirrose. Devido à idade e comorbidades associadas, optou-se por conduta
conservadora e investigação ambulatorial do caso, após recuperação cirúrgica.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.099
DOENÇA GRANULOMATOSA NÃO INFECCIOSA EM VESÍCULA BILIAR: RELATO DE UM CASO
Guilherme Andrade Lemes*, Gabriel Mendes Andraos*, Felipe Sales Nogueira Amorim Canedo*, Daniel Paiva Margalhães*,
Gustavo Fernandes Alvarenga*, Denis Masashi Sugita*

RESUMO - Introdução - Doença de Chron e sarcoidose são doenças com características granulomatosas, com poucos relatos de acometimento em
vesícula biliar. Objetivos - Apresentar um caso de doença granulomatosa não infecsiosa em vesícula biliar. Casuística - 1 caso. Método - Relato de
Caso retirado de prontuário. Resultados - Paciente, masculino, 53 anos. Referindo dor do tipo cólica em hipocôndrio direito, com irradiação para
abdome superior esquerdo, há 4 anos, a qual apresentava períodos de melhora e piora. Associava piora dessa dor com alimentação hiperlipídica. Negou
outros sintomas. Nos antecedentes, referiu cirurgia para correção de comunicação interatrial há 31 anos, doença de Chagas, irmão colecistectomizado
e hemorróidas. Ultrassonografia abdominal “compatível com cálculos biliares” e a paciente foi submetida à colecistectomia. Não foram encontrados
cálculos na vesícula retirada. Anatomopatológico sugeriu doença granulomatosa compatível com doença de Chron ou sarcoidose e ausência de
micobactérias, fungos e outros parasitas. A investigação seguiu com colonoscopia para identificação de lesões características de Chron. Conclusão
- Apesar de terem focos principais diferentes no organismo, as duas doenças compartilham manifestações sistêmicas semelhantes, além de padrões
histopatológicos e interações com a imunidade celular. Apesar da raridade do local de acometimento a diferenciação das doenças torna-se importante
para conduta terapêutica e condições de prognóstico e morbidade.

*UFG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 65


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.100
DRENAGEM PERCUTÂNEA ABSCESSO HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Annanda Carolina de Araujo MARTINS*, Anne Caroline Amorim BATISTA*, Samuel de Sousa GREGORIO*,
Lorena Mariana de Araujo MARTINS*, Carolina Case Cardoso MATIAS*, Natalia Arruda COIMBRA*

RESUMO - AFS, feminino, 70 a, casada, parda, natural e residente em São Luis foi admitida com história de febre, dor em hipocôndrio direito e
calafrios há dois dias. Nega náuseas e vômitos. Exame físico: Estado geral regular, normocorada, eupnéica, anictérica, febril (TX: 38,9º C), LOTE,
estado hemodinamicamente estável. Abdome: flácido, doloroso à palpação e percussão em HD, RHA presentes. Exames laboratoriais: hemogramas
seriados: 1. hb/ht=11,1/35,6; leuc=34.820. 2. hb/ht=10,4/33,5; leuc=34.750. 3. hb/ht=9,7/31,4. leuc=20.500; 4. hb/ht=8,7/29,8; leuc=9.260. USG de
abdome total: Fígado discretamente aumentado de tamanho, textura do parênquima heterogêneo, evidenciando-se imagem sólida isoecóica, contornos
bem definidos, medindo 5,2 cm, outra hipoecóica, contornos lobulados, medindo 7,4 x 5,4 cm localizados, respectivamente, nos segmentos 5 e 6,
podendo corresponder a abscesso hepático. TC de abdome total: Fígado de forma normal, contornos lobulados e densidade do parênquima heterogêneo
com vários nódulos hipodensos medindo 7,5 cm (segmento 8), 5,7 cm (segmento 4) e 5,4 cm (segmento 7). As imagens podem corresponder a abscessos
hepáticos. O tratamento consistiu na associação de antibioticoterapia com a drenagem percutânea dos abscessos. A paciente evolui sem febre e com
melhora da dor após início da antibioticoterapia (cefalotina 1 g) e da drenagem percutânea.

*Ceuma, Maranhão.

TL.C.FIG.P.101
EFEITO DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO DINÂMICO NA REGENERAÇÃO HEPÁTICA EM RATOS
Marcelle Souza Alves da Silva*, Paula Vieira Teixeira Vidigal*, Cristiane Gomes de Paiva Ferreira*,
Leonardo Duque de Miranda*, Ivana DUVAL-Araujo*, Tarcizo Afonso Nunes*

RESUMO - Objetivo - Determinar os efeitos do campo eletromagnético nas alterações histológicas devidas ao trauma hepático em ratos. Método - 20
ratos Wistar foram submetidos a lesão padronizada do lobo lateral esquerdo do fígado e, em seguida, distribuídos nos grupos C (controle) e E (estudo).
Os animais do grupo E foram expostos ao campo eletromagnético durante 2 horas, imediatamente após a operação, com repetição por mais duas
vezes em intervalos de 24 horas. No 3º DPO foi realizada relaparotomia e retirada da região lesada, que foi avaliada por meio de análise histológica e
determinação de área de necrose e área de regeneração. Marcadores de apoptose (ssDNA) e de proliferação celular (Ki67) foram utilizados para a análise
imunoistoquímica. Resultados - Não houve diferença entre os grupos com relação à inflamação, fibroplasia, angiogênese e extensão da área de necrose
e de regeneração. Na área de necrose não houve diferença significativa na expressão de Ki67 e ssDNA. Entretanto, na área de regeneração houve maior
expressão de Ki67 no grupo E (25,8 ± 10,7 vs. 13,8 ± 5,9, p=0,007), sem diferença na expessão de ssDNA. Conclusão - O uso do campo eletromagnético
em ratos com lesão traumática do fígado promoveu maior proliferação celular na área de regeneração hepática, mas não contribuiu para modificar as
alterações histológicas, assim como as áreas de necrose e de regeneração do parênquima hepático.

*Laboratório de Cirurgia Experimental, Faculdade de Medicina, UFMG, Minas Gerais.

TL.C.FIG.P.102
EMBOLIZAÇÃO DA VEIA PORTA AUMENTA SEGURANÇA NAS HEPATECTOMIAS
Annelyse de Araújo Pereira1,2, Yara Rocha Ximenes2, Roberto Van de Wiell Barros2,
Fabiano Souza Soares2, Germana Jardim Marquez1,2, Klinger Arnaldo de Araújo Mendes2,
Manoel Lemes da SILVA Neto2

RESUMO - Introdução - A embolização da veia porta (EVP) aumenta a ressecabilidade em pacientes submetidos à hepatectomia. A EVP induz
atrofia do lobo a ser ressecado e hipertrofia do lobo contralateral por desvio do fluxo portal. Objetivo - Relatar que a EVP é um método que aumenta
a segurança nas hepatectomias. Método - Foram relatados casos de 2 pacientes portadores de Tumor de Klatiskin (TK) e de Hepatocarcinoma
(HCC). Relato - pacientes do sexo masculino, JCF, 69 anos, TK, Bismuth 4 A e WGR, 68 anos, HCC, ambos com invasão dos segmentos hepáticos
V, VI,VII, VIII, IVA/B. Foram submetidos a EVP direita por via percutânea, pela radiologia intervencionista. Foram submetidos à hepatectomia
com intervalo de 3 semanas e a tomografia mostrou o crescimento do segmento lateral esquerdo do fígado, pela hepatimetria. Foram submetidos
à Hepatectomia Direita Ampliada (HDA). O paciente do TK envolveu ressecção do segmento I e uma hepático-jejuno anastomose à esquerda.
Apresentaram boa evolução perioperatória e pós-operatória. Conclusão - A EVP para hipertrofia do segmento a ser preservado aumenta o volume
hepático estimado em 8% a 16% entre 2 a 4 semanas, dependendo da técnica de mensuração bem como da doença hepática em questão. A associação
da hepatectomia e EVP reduz a morbimortalidade e aumenta os candidatos à ressecção de tumores hepatobiliares, pela atrofia de tecido hepático
insuficiente remanescente.

1
PUC-GOIÁS; 2Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.

66 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.103
ESTENOSE BENIGNA DE VIA BILIAR: UM RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Itiel de Souza Aquino*, Randolfo Randal Farias Ferreira Brito*, Virgínia Soares Feitosa*,
Graziela Cyntia Silva Santos*, Tácito do Nascimento Jácome*, Tâmara Maria Vale*, Indy Lopes Batista*

RESUMO - A colelitíase possui elevada incidência nos adultos em todo o mundo, sendo a colecistectomia muito frequente. Estenoses benignas das
vias biliares ocorrem associadas principalmente a lesões iatrogênicas inadvertidas dos ductos biliares na cirurgia. Relato de Caso - Homem, 49 anos,
apresentando moderada dor em hipocôndrio direito, icterícia, vômitos, inapetência e colúria há 21 dias. Submeteu-se a colecistectomia para tratamento
de colelitíase, com melhora dos sintomas à época do procedimento. Apresentou valores de bilirrubina total de 18,08 mg/dL (Direta =11,17 mg/dL e
Indireta = 6,91 mg/dL) e Fosfatase Alcalina de 1.445 U/L, com diagnóstico inicial de Icterícia Obstrutiva. Realizou-se TC de abdome para investigação,
evidenciando-se tumor em confluência dos ductos hepáticos (Bismuth tipo III), associado à dilatação de VB intra-hepáticas e aumento dos linfonodos
do hilo hepático. Procedeu-se a abordagem cirúrgica, identificando-se lesão cicatricial em VB na iminência do território intra-hepático. Realizou-se
Derivação Biliodigestiva (em Y-de-Roux), tendo o paciente evoluído com melhora significativa e alta hospitalar no 5º dia de pós-operatório. Discussão
- Sabendo-se que 80% das lesões iatrogênicas e estenoses de VB são diagnosticadas até 12 meses após o procedimento, a icterícia obstrutiva pós-
colecistectomia deve ser abordada como uma condição benigna, considerando a estenose cicatricial dos ductos biliares lesados. A correção cirúrgica
figura como a melhor abordagem terapêutica.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.104
HEPATECTOMIA DIREITA POR METÁSTASE DE TUMOR COLORRETAL - RELATO DE CASO
Elcio Darlan Miranda Ratier*, Marcel Rizeti Barbosa*, Sergio Danilo Tomiyoshi Tanahara*, Caio Fernando Cavanus Sheeren*,
Fabio Colagrossi Paes Barbosa*

RESUMO - Introdução - A metástase hepática do câncer colorretal é um achado freqüente no diagnóstico inicial do paciente, ou mesmo após a ressecção
do tumor primário. Objetivo - Descrever o caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com diagnóstico de câncer
colorretal e metástase hepática para o lobo direito. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - OG, homem, 63 anos, branco.
Apresentou quadro de adenocarcinoma de cólon, com cirurgia prévia em 2010 (colectomia esquerda e anastomose colorretal primária). Em 2011 foi
reoperado devido obstrução intestinal por aderências. Evoluiu com recidiva local do tumor, biópsia de reto positiva para adenorcarcinoma. Realizou
quimioterapia por 6 meses, terminando em janeiro de 2013. Na reavaliação, foi constatado nódulo hepático metastático em lobo direito. Devido o lobo
esquerdo conter cerca de 30% do parênquima hepático, foi feita embolização da veia porta em fevereiro de 2013 com a finalidade de aumentar o lobo
esquerdo. Esperou-se 45 dias para nova avaliação e o lobo esquerdo já representava cerca de 50% do órgão. Com isso foi realizada a hepatectomia
direita com sucesso, paciente permaneceu 2 dias de pós-operatório no CTI sem intercorrências. Permaneceu mais 5 dias na enfermaria, evoluindo
satisfatoriamente. Está em acompanhamento ambulatorial. Conclusão - Mesmo os pacientes com metástase hepática extensa em lobo direito podem ser
ressecados após técnicas de expansão do lobo esquerdo.

*HRMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.FIG.P.105
HEPATECTOMIA EM DOIS TEMPOS NA RESSECÇÃO ONCOLÓGICA NOS PACIENTES COM TUMORES
METASTÁTICOS HEPÁTICOS DE CÂNCER COLORRETAL. RELATO DE CASO
André Gustavo Santos Pereira*, Jorge Marcelo Padilla Mancero*, Gilberto Peron Junior*, Arnaldo Bernal Filho*, André
Capelozza*, João Paulo Kamimura*, Raul Carlos Wahle*, Adávio de Oliveira e Silva*

RESUMO - Introdução - Cirurgias curativas em pacientes com tumores malignos primários ou metastáticos de fígado com grandes ressecções têm alta taxa
de insuficiência hepática pós-operatória. Resultados preliminares utilizando a técnica de hepatectomia em 2 tempos tem sido proposta. Objetivo - Relatar
um caso empregando a hepatectomia em 2 tempos, na ressecção oncológica de tumor metastático de câncer colorretal. Casuística e Método - Relato de Caso
com revisão de prontuário. Resultados - Paciente masculino, 41 anos, submetido à retossigmoidectomia com anastomose primária, por adenocarcinoma
anular, encaminhado para nosso serviço com múltiplas imagens nodulares, sendo a maior no segmento VI, de 3,6cm e sem outras metástases. Indicada a
hepatectomia em 2 tempos, com volumetria pré-operatória (907,48 cm³). No 1º tempo da hepatectomia direita in situ e as ressecções dos nódulos do lobo
esquerdo (seg. II, III, IV). A seguir, ligadura da veia porta direita e a dissecção do parênquima. Após boa evolução clínica, na volumetria por TC do lobo
esquerdo no 6° PO (1.153,9 cm³), aumento 41,2%. No 7º PO, feito 2º procedimento, sendo ligada à artéria hepática direita, o ducto biliar direito e a veia
supra-hepática direita. Houve boa evolução clínica, com alta no 11° PO e encaminhado para quimioterapia adjuvante. Conclusão - Esse resultado nos levou
a concluir que essa técnica cirúrgica em 02 tempos, mostra-se promissora na condução de pacientes com lesões hepáticas potencialmente irressecáveis.

*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI), Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 67


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.106
HEPATOJEJUNOSTÔMIA EM ÔMEGA PARA DESCOMPRESSAO BILIAR EM NEOPLASIAS MALIGNAS
AVANÇADAS DE VESÍCULAS E HILO HEPÁTICO
Marcelo Stacanelli di PAULA*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*,
Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*, Isabella Coelho da Matta Machado*,
Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira

RESUMO - Objetivo - Relatar a experiência com a confecção da hepatojejunostomia em ômega para descompressão biliar em neoplasias malignas
avançadas de hilo hepático e vesícula. Método - A opção foi realizada em pacientes com icterícia obstrutiva, através deincisão subcostal bilateral
(Chevron), após verificar-se que o tumor de vesícula ou hilo hepático era irresecavel por causa de suas dimensões com envolvimento da artéria hepática
e veia porta, decidiu-se por operação paliativa para descompressão das vias biliares. Realiza-sehepatectomia parcial da parte anterior do segmento
III, utilizando eletrocauterio para controle do sangramento hepático. Os dados analisados foram: idade, sexo, morbidade, mortalidade, dosagem de
bilirrubinas séricas pré-operatórias e no sétimo diapós-operatório, prurido pré e pós-operatório. Resultados - Foram três pacientes sendo dois do sexo
feminino e um do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 65,3 anos, todos tiveram icterícia e pruridopré- operatório. Dois pacientes
tiveram neoplasia de vesícula biliar e o outro colangiocarcinoma. Não houve óbito ocorreuintra-hospitalar. A dosagem média no pré-operatório de
bilirrubina total reduziu e o prurido desapareceu. Nenhum paciente teve sangramento, fistula ou abcessos que são relatados como frequentes após
hepatojejunostomia em y. Conclusão - A derivação hepatojejunal em ômega é uma boa opção paliativa para tratar icterícia por câncer de vesícula ou via
biliar irresecável.

*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.FIG.P.107
HIPERTROFIA DO LOBO CAUDADO
Mauricio Alves Ribeiro*, Amanda Polaro Marreiro*, Paulo Celso Bosco Massarollo*,
Fabricio Ferreira Coelho*, Wangles de Vasconcellos Soler*, Alcides Augusto Salzedas Netto*,
Iron Pires de ABREU Neto*, Luiz Arnaldo Szutan*

RESUMO - Síndrome de Budd-Chiari é um epônimo para quadros clínicos que apresentam hepatomegalia, ascite e dor abdominal consequentes
a oclusão das veias hepáticas ou da veia cava inferior (VCI) entre o fígado e o átrio direito que frequentemente leva a intensa congestão, fibrose
e cirrose hepática. Inúmeras são as causas entre elas: doenças que levam a hipercoagulabilidade (trombofilias, gestação, contraceptivos orais,
doenças mieloproliferativas, entre outras), causas congênitas (membrana na VCI, hipoplasia de VCI), compressão externa por tumores entre
outras. O diagnóstico é feito por exames de imagem como tomografia, ressonância e angiografia. Achados frequentes são hepatomegalia com
aumento importante do lobo caudado, esplenomegalia e ascite. O aumento do lobo caudado ocorre devido a sua drenagem direta para a veia cava.
Apresentamos fotografia de aumento extraordinário do lobo caudado em paciente com Síndrome de Budd-Chiari submetida a transplante de fígado
em nosso serviço.

*FCMSCSP, São Paulo.

TL.C.FIG.P.108
INDICAÇÃO DE CIRURGIA DE HIPERTENSÃO PORTAL POR HIPERESPLENISMO
Valdinaldo Aragão de Melo1, Fábio Sérgio Onias Silva Júnior2, Roosevelt Santos Oliveira Júnior2,
José MACHADO Neto1, Clécio dos Santos1, Marckssuelly Cássia da Silva Melo1,
José Eduardo Hasman1, Franklin A. CARVALHO1

RESUMO - A Hipertensão Portal Esquistossomótica tem gradativamente reduzida a sua frequência em função da melhora da qualidade de vida e
controle dos vetores na transmissão da doença. As principais indicações do tratamento cirúrgico são hemorragia digestiva alta por ruptura das varizes
de esôfago e hiperesplenismo principalmente às custas de plaquetopenia. Objetivos - Avaliar a indicação de cirurgia por hipersesplenismo. Metodologia
- Estudo prospectivo, com avaliação de 20 casos de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para hipertensão portal esquistosomótica no Serviço de
Cirurgia Geral do Hospital Universitário da UFS e do Hospital de Cirurgia. Resultados - A indicação cirúrgica por hiperesplenismo foi de 75%. Estes
resultados demonstram uma mudança importante na indicação de cirurgia. O sangramento digestivo tem sido atualmente bem controlado com ligadura
elástica das varizes e a indicação de cirurgia sómente acontece na falha do tratamento endoscópico.

1
UFS; FBHC, Sergipe.

68 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.109
LITÍASE INTRA-HEPÁTICA SIMULANDO COLANGIOCARCINOMA: UM RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas1, Itiel de Souza Aquino1, Leonardo José Camilo do Nascimento2, Pedro Henrique Cavalcante Vale2,
Victor Emanuel Dantas Gomes2, Laíse Pereira Arcoverde Fechine Brito2, Ana Carolina de Araujo Pinheiro2, Enio Campos Amico2

RESUMO - O colangiocarcinoma é um câncer do epitélio biliar que evolui insidiosamente e é de difícil diagnóstico e prognóstico reservado, sendo
possível seu diagnóstico diferencial com outras obstruções do trato biliar. Relato de Caso - Homem, 57 anos, hipertenso, diabético, apresentava dor
epigástrica há 4 meses, de maior intensidade no último mês após ingestão de alimentos. Laboratório com sorologias negativas para hepatites B e C,
CEA 0,64, CA 19-9 18, GGT 804, bilirrubina total 3,83 e direta 2,83. Realizou Colangio-RM do Abdome que revelou espessamento parietal de vias
biliares do segmento lateral do lobo hepático esquerdo, determinando dilatação biliar periférica e atrofia deste lobo, além de linfonodomegalia peri-
hilar e HD de colangiocarcinoma do tipo infiltrativo periductal. Submeteu-se à laparotomia, sendo identificada atrofia do lobo hepático esquerdo e
lesão não identificada macroscopicamente. Foi realizada hepatectomia esquerda e, ainda, linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal, pancreático-
duodenais, retroportais e da artéria hepática comum. O PO transcorreu sem intercorrências. O histopatológico revelou litíase intra-hepática. Discussão
- A capacidade de estabelecer o diagnóstico histopatológico no pré-operatório para os pacientes que parecem ter a doença ressecável aos exames de
imagem é baixa, dessa forma os cirurgiões se habituaram a agir de forma agressiva ao recomendarem a ressecção hepatobiliar em pacientes com alto
índice de suspeita de câncer do trato biliar.

1
UFCG; 2UFRN, Paraíba.

TL.C.FIG.P.110
LOBECTOMIA ESQUERDA PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE CAROLI: RELATO DE CASO
José Celso de CARVALHO Junior*, Gisele Mione*, Gilberto Carlos da SILVA Filho*, Juliana Lopes Camargos Sousa*,
Tales Mendes Sabia*, Daniel Britto Santos*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*,
Carlos Eduardo de Castro Areal*

RESUMO - Dilatações saculares das vias biliares intra-hepáticas. Cerca de 20% dos casos existe envolvimento de apenas um dos lobos hepáticos,
freqüentemente o esquerdo. Quando os ductos maiores são afetados, caracteriza-se a Doença de Caroli. As complicações mais comuns são colangite
recorrente, abscesso hepático e litíase intra-ductal. Objetivo - Caso clínico de paciente jovem com apresentação inicial de colangite de repetição.
Materiais e Métodos - Feminina, 26 anos com queixas de dor abdominal, icterícia e picos febris há 4 meses.Na propedêutica evidenciaram-se alterações
compatíveis com Doença de Caroli. Resultados - Ultrassonografia abdominal total com dilatação das vias biliares intra-hepáticas em topografia de lobo
esquerdo com cálculos no interior destes ductos. CPRE revelou dilatações saculares das vias biliares intra-hepaticas esquerda com presença de litíase.
Colangiorressonância evidenciou acentuada dilatação das vias biliares exclusivamente do lobo esquerdo hepático, com calibre de até 20 mm, ectasia
também acentuada dos ductos à montante. Paciente foi submetido à lobectomia esquerda. Pós-operatório sem intercorrências. Conclusão - A doença
geralmente compromete todo o fígado, mas pode se localizar em um lobo, neste caso, o esquerdo. Não existe cura. O tratamento clínico e as medidas
cirúrgicas conservadoras são polêmicas, pois apresenta risco para desenvolvimento de colangiocarcinoma. A CPRE é o método com maior sensibilidade.
A hepatectomia parcial pode oferecer tratamento definitivo.

*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.FIG.P.111
MELANOMA HEPÁTICO: RELATO DE CASO RARO
Nadia Tomiko Anabuki*, Nereu Bastos Teixeira Costa*, Alexandre Borges de Brito Pimentel*,
André Luis Mourão de Oliveira Melo*, Cícero André Gomes Ribeiro*, Lucas Seixas Docca Júnior*,
Igor Ferreira Vieira*, Manuel Otton de Paiva Fernandes*

RESUMO - Introdução - O melanoma maligno é responsável por aproximadamente 1% de todas as mortes causadas por câncer nos Estados Unidos
e apenas 3% de todas as doenças malignas cutâneas. Embora considerada doença rara, representa 65% de todos os óbitos por câncer de pele. O
fígado e o baço raramente são os primeiros sítios de metástases de melanoma. Relato do caso - Mulher, 37 anos, com quadro de tumoração em região
epigástrica a três meses, de crescimento invasivo. Sem perda ponderal importante no período, com hábitos intestinais preservados e ausência de lesões
de pele. Tomografia de abdome evidenciou extensa massa tumoral acometendo fígado e duodeno. Submetida à hepatectomia central, linfadenectomia
e duodenectomia parcial. Laudo de anátomopatológico e imunoistoquímica diagnosticou melanoma maligno hepático. Paciente apresentou recidiva
tumoral após dois meses, com múltiplos implantes peritoneais e nova tumoração em hilo hepático. Avaliada pela oncologia cirúrgica e clínica, descartado
possibilidade, exceto suporte paliativo. Evoluiu com piora clínica, recusou internação hospitalar, teve alta à revelia. Conclusão - O diagnóstico de
melanoma maligno hepático é uma condição incomum, sendo na literatura relatado raríssimos casos.

*HBDF, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 69


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.112
MÚLTIPLOS ABSCESSOS HEPÁTICOS TARDIOS SECUNDÁRIOS À PANCREATITE
Sheilane Rodrigues*, Igor Ferreira Vieira*, Mariana DIAS*, Horácio Jorge MACEDO Neto*, Vítor Lima FERRAZ*,
Beatriz Sousa Barros*, Carlos ALBERTO*, Roland Montenegro*

RESUMO - Paciente do sexo feminino, 45 anos, encaminhada pela Clínica Médica para avaliação da Cirurgia Geral do Hospital de Base do Distrito
Federal devido quadro de dor abdominal difusa, maior intensidade em hipocôndrio direito, astenia, febre intermitente (39° - 40°C) e calafrios há
cerca de 30 dias. Perda ponderal de 10 kg em 15 dias, hepatomegalia, edema em membros inferiores. Histórico de pancreatite há 7 anos. Tomografia
de abdome contrastada com evidência de hepatomegalia devido lesão cística com 15 cm de diâmetro e diversas lesões císticas com diâmetros menores
e iguais a 5 cm associadas à pequena ascite. Indicada drenagem percutânea guiada por ultrassonografia, porém levantada hipótese de lesão sólida
durante avaliação. Houve pouca resposta ao tratamento clínico com antibioticoterapia de amplo espectro. Submetida a Laparotomia Exploradora
evidenciando área de parênquima hepático friável em segmento VII e VIII e drenagem espontânea de coleção purulenta. Bacterioscopia sem crescimento
de microorganismos e cultura para anaeróbios negativa. Paciente apresentou melhora clínica, porém evoluiu com novas coleções hepáticas após 20 dias,
submetida à redrenagem em segmentos VI, VII e VIII e biópsia hepática, ainda sem resultado. Hipótese diagnóstica de múltiplos abscessos hepáticos
tardios secundários à pancreatite. Paciente em acompanhamento ambulatorial.

*Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília.

TL.C.FIG.P.193
O PAPEL DA VEIA CAVA INFERIOR NA EVOLUÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA DO TRANSPLANTE DE
FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, José Willian Ferreira LIMA Junior*,
Jessé de OLIVEIRA*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - O conhecimento da anatomia vascular hepática e da VCI proporcionou maior segurança para as cirurgias hepáticas. Apoiado
nos conhecimentos fisiológicos de hemodinâmica a evolução das técnicas de transplante passaram a permitir bom diagnóstico nesses pacientes. Objetivo
- Demonstrar a evolução da técnica dos transplantes hepáticos e seus resultados com o aprimoramento técnico da preservação da veia cava inferior.
Método - Revisão da literatura. Foi realizada uma revisão sobre técnicas de transplante hepático associado aos resultados pós-transplante. Resultado
- Desde a década de 1950, trabalhos experimentais em transplante hepático demonstravam a necessidade de preservar a VCI e a colocação do by-pass
venovenoso era mandatória. Entretanto, em 1959 foi conseguido transplante experimental com preservação de VCI. Apesar de Calne (1968) ter realizado
o 1ºtransplante de fígado com preservação da VCI, essa técnica foi esquecida. O transplante hepático clínico foi normatizado com retirada da VCI
e by-pass venovenoso. Com as complicações desta técnica, Tzakis (1989) publica a 1ª série de transplante hepático com a técnica de preservação da
VCI, agora renomeada de piggyback. Os centros transplantadores absorveram o conhecimento técnico e standartizaram a nova técnica. Com isso, o
transplante intervivos, Split-liver, dominó, puderam ser mais utilizados e desenvolvidos. Conclusão - Com o aprimoramento técnico da preservação da
VCI, as complicações perioperatórias diminuíram.

*HUOC, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.114
O PAPEL DA VEIA SUPRA RENAL DIREITA NAS TÉCNICAS DE TRANSPLANTE HEPÁTICO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de Oliveira Neto*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Américo Gusmão*, Bernardo Sabat*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A dissecção da veia cava inferior (VCI) no transplante de fígado é realizada rotineiramente. A presença de marcadores
anatômicos pode facilitar a dissecção e permitir diminuição do tempo cirúrgico. Objetivo - Descrever a anatomia da veia supra renal direita (VSRD)
e sua contribuição nas diferentes técnicas do transplante de fígado. Método - Estudo retrospectivo em Hospital Público, nos pacientes adultos
submetidos ao transplante de fígado, entre janeiro de 2002 e janeiro de 2013, e que o autor realizou o procedimento. A técnica de hepatectomia, a
presença ou não de variação anatômica (venosa, adrenal ou renal) e a necessidade da ligadura da VSRD foram avaliados. Resultados - Entre os 700
transplantes de fígado realizados, apenas 110 foram contabilizados. A técnica convencional foi a de escolha (80), sendo a ligadura da VRSD sempre
realizada. A ligadura casual ou às cegas ocorreu em 15 (dos 80). Na técnica piggyback, a ligadura VSRD aconteceu apenas em 5 (dos 30). Isso
ocorreu quando a VRSD drenava de maneira anômala (anterior da VCI - 3 casos), drenava na VR esquerda (1) ou apresentava uma longa VSRD
paralela a VCI drenada na VRD. Conclusão - O conhecimento anatômico da VSRD e suas variações podem influenciar a estratégia cirúrgica de
escolha no transplante de fígado.

*HUOC, Pernambuco.

70 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.115
O SEGMENTO I DO FÍGADO NA ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira CostA

RESUMO - Introdução - Os pacientes com esquistossomose hepatoesplênica (EHE) apresentam o segmento lateral esquerdo do fígado aumentado de
volume devido ao hiperfluxo portal proveniente da veia esplênica. Ramos portais para o segmento I são provenientes do lado direito ou esquerdo, não
obedecendo regra na sua distribuição. Objetivos - Identificar em pacientes com EHE com passado de hemorragia digestiva alta (HDA) e indicação cirúrgica,
a presença de hipertrofia do segmento I do fígado. Métodos - Estudo retrospectivo entre adultos com EHE com indicação de cirurgia para hipertensão portal,
em um hospital do SUS-Recife/PE, entre janeiro de 2002 e julho de 2013. A avaliação foi realizada por USG abdominal pré-operatório e pela visualização e
palpação intraoperatória do segmento I após abertura do pequeno omento para ligadura da veia gástrica esquerda. Resultados - Quarenta e oito pacientes
foram estudados. Trinta e um do sexo masculino. A idade variou de 27 a 71 anos. Todos com passado de HDA. Em 28, a cirurgia ocorreu na emergência.
Tomografia de abdome foi realizada em 7 casos. Em todos, o segmento I foi visualizado e palpado no intraoperatório. Arteriografia hepática ocorreu em 3
casos. A hipertrofia do segmento I do fígado ocorreu em 6 situações. Em um desses, havia associação com doença alcoólica (anatomopatológico da biópsia
hepática). Conclusão - O hiperfluxo venoso portal parece não contribuir para o aparecimento de hipertrofia do segmento I do fígado em pacientes com EHE.

*HR, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.116
OBSTRUÇÃO BILIAR TARDIA EM RATOS WISTAR, APÓS CLAMPAGEM INTERMITENTE DO PEDÍCULO
HEPÁTICO
Gracinda de Lourdes Jorge*, Rodolfo dos Reis Tártaro*, Ana Candida Coutinho Facin*, Rosana Aparecida Trevisan Pereira*,
Cecília Amélia Fazzio Escanhoela*, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin*

RESUMO - Introdução - A oclusão vascular temporária do fluxo hepático é um dos procedimentos essenciais na cirurgia hepática. Objetivo - O objetivo
foi avaliar as alterações hepáticas tardias de ratos Wistar, após clampeamento intermitente do pedículo hepático (CIPH). Método - Ratos Wistar machos
(n=14), peso médio 281,1g, foram anestesiados com ketamine 5% (30 mg/Kg) e xylazine 2% (30 mg/kg) via intraperitoneal. No Grupo CIPH, n=7, os
animais foram submetidos à incisão em U no abdome, o pedículo hepático foi isolado, dissecado e submetido à clampeamento intercalado de 4 tempos
de (5 minutos de isquemia X 5 minutos de reperfusão), com micropinça. A incisão foi fechada com fio de algodão 3-0. No Grupo Operação Simulada
(GOS, n=7) os animais foram submetidos à anestesia, laparotomia e manipulação do pedículo hepático, posteriormente ao controle dos exames. No 35°
dia após jejum de 12 horas foi realizada coleta da biópsia hepática e das aminotransferases (AST/ALT). Resultados - Todos os animais do grupo CIPH
apresentaram dilatação do colédoco e aumento significativo nas enzimas hepáticas (p<0,05 pelo teste de Mann-Whitney), na histologia observamos
proliferação ductular (100% dos casos), septo porta-porta (42,8%), formação de nódulos (42,8%), focos de necrose (14,2%) e rolha de bile (14,2%).
No GOS estas alterações não foram encontradas. Conclusão - Em ratos Wistar, à clampagem intermitente do pedículo hepático cursou com quadro
morfológico semelhante à obstrução biliar.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.C.FIG.P.117
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM LESÃO DE VIAS BILIARES EM HOSPITAL DE
CAMPINA GRANDE - PB
Itiel de Souza Aquino*, Gian Francisco de Macedo Almeida*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Rafael Medeiros Bezerra Costa*,
Vanessa de Souza Cabral*, Karoline Rayana dos Santos*, Marcílio Vieira Costa Santos*

RESUMO - Objetivo - Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos de pacientes com lesão das vias biliares (LVB) atendidos no Hospital
de Trauma Dom Luís Gonzaga Fernandes de Campina Grande entre setembro de 2011 e setembro de 2012. Método - Realizou-se estudo retrospectivo
dos prontuários de pacientes internados no Hospital de trauma e submetidos a exploração de vias biliares, obtendo-se as seguintes variáveis: sexo, idade,
procedência, tipo de operação, sintomatologia, exames realizados, achados cirúrgicos, classificação da lesão, tempo total de internamento e condições
de alta. Resultados - A idade dos pacientes variou entre 14 e 80 anos (média de 40,22 anos), sendo 18 do sexo masculino (37,5%) e 30 (62,5%) do sexo
feminino. Foram constatados 48 casos de exploração de vias biliares, sendo identificados 30 casos de coledocolitíase (62,5%), 7 casos de lesão iatrogênica
da via biliar (14,5%), 2 pacientes apresentavam lesão de colédoco por trauma abdominal (4,1%), 2 com pancreatite biliar (4,1%) e 7 com lesão neoplásica
(14,5%). Os sintomas mais frequentes foram, em ordem decrescente de frequência, dor abdominal, náuseas e vômitos, icterícia, febre, distensão abdominal,
prurido, colúria e acolia fecal, perda ponderal. Todos os pacientes do estudo foram tratados cirurgicamente. Conclusão - A LVB é uma patologia de pequena
prevalência que vem apresentando aumento significativo em sua relevância em serviços de saúde, devido à grande morbimortalidade gerada por este quadro.

*UFCG, Paraíba.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 71


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.118
PERITONITE PURULENTA SECUNDÁRIA A ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO ROTO -
RELATO DE CASO
Pedro Luiz Genaro*, Carlos FERNANDO Filho*, Robson Luiz SILVEIRA*, Flavio MARIN FILHO*

RESUMO - Introdução - Abscessos hepáticos piogênicos de origem criptogênica têm foco inicial obscuro, porém raramente apresentam-se rotos em
cavidade abdominal ao seu diagnóstico. Objetivo - Descrever o caso de uma paciente admitida no Hospital Regional - MS, que apresentou diagnóstico
de abscesso hepático piogênico roto. Casuística - NAS, 62 anos, admitida com quadro de dor abdominal difusa, mais intensa em hipocôndrio direito há
dez dias, com relato de febre e vômitos. Ao exame estava, febril, taquicárdica e taquipneica, com sinais de sepse. Após estabilização inicial, foi realizado
USG e tomografia de abdome, revelando duas imagens sugestivas de abscessos hepáticos em seguimentos III e IV, além de coleções líquidas em cavidade.
Submetida à procedimento cirúrgico videolaparoscópico o qual evidenciou peritonite purulenta e terceiro abscesso hepático roto em seguimento VIII
com drenagem espontânea. Não encontrado outro foco infecioso intra-abdominal. Realizado drenagem dos abscessos e lavagem da cavidade. Método -
Relato do caso e revisão da literatura. Resultado - Submetida à nova intervenção cirúrgica por laparotomia devido piora clínica, encontrando coleção
purulenta subfrênica e pélvica, com lavagem de cavidade e drenagem fechada. Paciente evoluiu com pneumonia e derrame pleural à direita. Conclusão -
Abscesso hepático piogênico com rotura espontânea é raro, aumentando a mortalidade. A evolução dos exames de imagem e a intervenção cirúrgica
precoce têm reduzido as taxas de óbito.

*Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul.

TL.C.FIG.P.119
QUAL O LIMITE DE RESSECÇÃO DA VEIA CAVA INFERIOR INFRACARDÍACA NA CAPTAÇÃO
SIMULTÂNEA DE ENXERTOS HEPÁTICOS E CARDÍACOS EM DOADOR FALECIDO?
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de OLIVEIRA Neto*, José Willian Ferreira LIMA Junior, Bernardo Sabat*,
Paulo Sérgio Vieira de Melo*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A presença simultânea de várias equipes é comum na cirurgia de recuperação dos órgãos. A “disputa” pela VCI infracardíaca
ocorre pela necessidade de uma extensão segura para realização de anastomose pelas duas equipes. Objetivo - Descrever a experiência da retirada
conjunta de fígado e coração e as soluções encontradas para definir o limite da transsecção da VCI. Métodos - Estudo entre os doadores falecidos com
retirada conjunta de fígado e coração onde o autor principal participou entre 2002 e 2012. Resultados - 21 captações foram encontradas. Esternotomia
foi realizada inicialmente em 5 ocasiões. O manuseio do coração levou a hipotensão e bradicardia em 6 casos necessitando de retirada rápida dos órgãos.
Manobra de tração caudal do fígado sempre foi realizada. Inicialmente clampeava-se a VCI na altura do diafragma comprometendo o enxerto hepático.
Pinçamento da VCI há 2 cm do diafragma possibilitou extensão do segmento venoso. Ocorreu desperdício de enxerto hepático em uma situação.
Conclusão - Os limites de transsecção da VCI infracardíaca devem ser norteados, sem conflitos, pelos cirurgiões transplantadores com maior experiência.

*HUOC, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.120
RECONSTRUÇÃO DA VEIA HEPÁTICA DIREITA (VHD) INFERIOR CALIBROSA EM ENXERTO
HEPÁTICO DO DOADOR DOMINÓ
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de OLIVEIRA Neto*, José Willian Ferreira LIMA Junior, Bernardo Sabat*, Paulo Sérgio Vieira de Melo*,
Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A escassez de órgãos para o transplante impulsiona a busca de novas fontes. Dentre elas, órgãos de doadores vivos com alguma
doença metabólica que são candidatos ao transplante. A PAF é a principal doença estudada nos centros de transplante de fígado. Objetivo -Descrever a
reconstrução de efluxo venoso acessório do enxerto hepático do doador no transplante tipo dominó. Método - Estudo realizado em hospital público nos
pacientes submetidos ao transplante dominó, entre janeiro de 2002 e janeiro 2013. Resultados - Entre os 750 transplantes hepáticos realizados, 9 foram
pares do modelo dominó. Em todos a PAF com TTR 30 foram diagnosticados. A parestesia nos pés estava presente em 8/9. O doador falecido ocorreu
em todos para o doador dominó. Em 2 enxertos hepáticos do doador dominó, VHD inferior acessória de grande calibre (> 1 cm) foi encontrada. Na
reconstrução venosa, optou-se por artéria ilíaca de doador falecido (entre o fígado e a VCI reconstruída de enxerto de veia ilíaca de doador falecido).
Ou seja, além da reconstrução das veias hepáticas com veia ilíaca, foi necessária outra reconstrução com artéria ilíaca, do doador falecido. O enxerto
arterial foi alinhado no sulco da antiga VCI. Apresentou boa evolução. Conclusão - No transplante de fígado dominó, a necessidade de reconstruções
vasculares incomuns, pode ser necessária para viabilizar o procedimento.

*HUOC, Pernambuco.

72 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.121
RELATO DE CASO: DOENÇA CÍSTICA DAS VIAS BILIARES EM ADULTO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Francisco André Macêdo Fernandes*,
Cícero Abdon Malheiro Gomes*, Cássio Cortez dos Santos*, Annya Macedo Goes*, Francisco de Assis Costa*,
Olavo Napoleão de Araújo*

RESUMO - Introdução - A Doença Cística das Vias Biliares (DCVB) é bastante rara em adultos. Ocorre mais frequentemente em crianças, mulheres e
asiáticos. A classificação mais aceita é a de Todani que subdivide em cinco tipos. Sua etiologia não é totalmente esclarecida. A principal hipótese defende
seu desenvolvimento a partir de uma junção pancreatobiliar anormal com refluxo de secreção biliopancreática, ocorrendo também cistos congênitos. O
tratamento se baseia na classificação. Objetivo - Relatar um caso de DCVB em adulto e revisar a literatura quanto aos tratamentos específicos para cada
tipo. Relato de Caso - Mulher de 27 anos, com história de dor em abdome superior há um ano. Evoluiu com pancreatite aguda associada a colangite,
tratada clínicamente. Durante a CPRE, evidenciou-se dilatação cística fusiforme de via biliar extra-hepática (VBEH) com numerosos cálculos no seu
interior. Nessa ocasião, foi realizada papilotomia. A colangioresonância confirmou os achados de CC tipo I. A paciente foi encaminhada a cirurgia para
ressecção de VBEH, exploração de vias biliares e reconstrução com hepaticojejunoanastomose. Conclusão - Apesar de raro em adultos, a presença de CC
tipo I, deve ser tratado cirurgicamente com ressecção e reconstrução da via biliar. Porém, a escolha adequada do tratamento depende da classificação,
dos sintomas, da magnitude da cirurgia proposta, risco de complicações e potencial para desenvolvimento de câncer.

*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.

TL.C.FIG.P.122
RELATO DE CASO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DO TUMOR DE KLATINSK
Isabela Klautau Leite Chaves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Alysson Lopes Rodrigues*,
Luiz Nazareno França de Moura*, Carolina Costa Beckman Nery*, Claudio Claudino Alves Almeida*,
Rômulo José de Lima Veras*, Raquel Sacramento Maués*

RESUMO - Introdução - O tumor de Klatinsk é um colangiocarcinoma da bifurcação dos ductos hepáticos de crescimento agressivo e de prognóstico
reservado. Objetivo - Relatar caso de tumor de Klastinsk submetido à cirurgia. Casuística - Um paciente. Método - Estudo descritivo com informações
obtidas através da consulta com o paciente, da revisão do prontuário e literatura. Resultados - V. M. S., sexo masculino, 48 anos, com ictericia e perda de
peso há nove meses. ultrassonografia do sistema porta: dilatação das vias biliares intra-hepáticas com contornos irregulares estendendo-se ate o plano
da confluencia dos ductos hepaticos, caracterizando imagem nodular hiperecogenica de 3,1 x 2,1 cm. colangiorressonância: Lesão expansiva infiltrativa
centrada no hilo hepático com amputação da confluência dos ductos biliares direito e esquerdo e extensão inferior envolvendo o ducto hepático comum
associado à redução do calibre da artéria hepática direita, hipertrofia dos lobos direito e caudado. anatomopatologia: doença hepatobiliar com padrão
intra-hepático. Foi submebtido a cirurgia. Achado operatório: tumor envolvendo a via biliar principal Bismuth IIIa. Realizou-se, hepatectmia direita
+ colecistectomia + derivação biliodigestiva em y de Roux. Evoluiu bem no pós-operatório. Conclusão - Apesar dos tumores de Klatskin continuarem
sendo desafiadores nos dias atuais e seu manuseio difícil, há a possibilidade de tratamento cirúrgico curativo.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

TL.C.FIG.P.123
RESSECÇÕES DO SEGMENTO I EM ENXERTOS HEPÁTICOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Bernardo Sabat*, Roberto Lemos*, Paulo Sérgio Vieira de Melo*, Laécio Leitão*, Américo
Gusmão*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Thiago César Fernandes Gomes*,
Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - As inovações técnicas no transplante de fígado permitem a realização do procedimento cirúrgico de modo mais seguro e com
melhores resultados. As ressecções do parênquima hepático vêm permitindo transplantes cada vez mais ousados, como o transplante de segmento
hepático para os neonatos. A redução do enxerto hepático com ressecção de qualquer segmento pode permitir o maior aproveitamento dos órgãos.
Objetivo - Descrever a ressecção do segmento I em enxertos hepáticos. Método - Estudo retrospectivo, realizado em Hospital público do SUS, entre
setembro de 1999 e junho de 2009. Os enxertos hepáticos foram avaliados quanto ao tipo (completo ou parcial) e a modalidade (intervivos, dominó e
doador falecido). Resultados - Entre 335 transplantes de fígado realizados, foram encontrados 6 em que foi necessário ressecar o segmento I. Dois, foram
realizados transplante de fígado intervivos, e três, transplante parcial. Foram 3 em enxertos de doadores vivos e 3 em doadores falecidos. Apenas em
um, foi ressecado pela presença de tumor (adenoma), em doador falecido. Não houve complicações técnicas e sua retirada sempre foi isolada, nunca
associada a ressecção lobar. Conclusão - A ausência do segmento I nos transplantes de fígado parciais (Split-liver, reduzido e intervivos), pode diminuir
as complicações biliares isquêmicas do enxerto hepático.

*HUOC, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 73


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.124
RUPTURA DE HEMATOMA SUBCAPSULAR HEPÁTICO NA GESTAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Paula Francielle Valera Versage*, Ricardo Kenithi Nakamura*,
Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*

RESUMO - Introdução - A ruptura de um hematoma subcapsular hepático durante a gestação é uma complicação rara associada a síndromes
hipertensivas como pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, plaquetopenia). Incidência de 1 em 45.000
a 250.000 gestantes com mortalidade materna e perinatal entre 59% e 62%, respectivamente. Maior frequência em multíparas, acima de 32 semanas.
Objetivo - Relatar um caso de abdome agudo hemorrágico por ruptura de hematoma subcapsular hepático em gestante. Relato do caso - A.G.A., sexo
feminino, 23 anos, idade gestacional de 29 semanas deu entrada no pronto-socorro com dor abdominal súbita, estável hemodinamicamente. Realizou
RNM que evidenciou hematoma subcapsular de 12 x 5,2 x 3,5 cm em lobo hepático direito com liquido livre na cavidade e elevação de enzimas hepáticas.
Foi realizada cesariana e optou-se pelo tratamento conservador do hematoma com acompanhamento por RNM, monitorização e repouso. A paciente
evolui bem e após nove meses do parto, o hematoma regrediu para 3,4 x 2,1 cm e normalização das enzimas hepáticas. Conclusão - O diagnóstico
de ruptura de hematoma subcapsular deve ser suspeitado em gestantes com dor abdominal súbita e seu tratamento dependerá do quadro clínico. O
tratamento não-operatório deve ser considerado em pacientes estáveis.

*UFMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.FIG.P.125
SÍNDROME DE MIRIZZI - RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*, Tácito do Nascimento Jácome*,
Tâmara Maria Vale*, Graziela Cyntia Silva Santos*, Júlio César de Medeiros Dantas*,
Karoline Rayana dos Santos*

RESUMO - Introdução - Síndrome de Mirizzi (SM) consiste na obstrução extrínseca da via biliar por cálculo impactado no ducto cístico/infundíbulo
desencadeando inflamação, espasmo secundário do colédoco, podendo causar erosão, destruição total do ducto biliar, fístulas colecistobiliar. SM
ocorre 0,7-1,4% das colecistectomias (principalmente mulheres > 40 anos), manifestando-se com icterícia obstrutiva, perda ponderal. Objetivo - Relatar
provável caso SM em paciente com suspeita inicial Carcinoma de Vias Biliares (CVB). Método - Utilizou-se prontuário, mediante autorização formal.
Resultado - 79 anos, feminina, com icterícia permanente (3+/4+), colúria e perda ponderal há 3 m. Admitida na emergência por dor abdominal, portando
TC abdominal sugestiva CVB. Submetida à Laparotomia Exploradora, onde não se visualizou tumoração/características neoplásicas vias biliares;
identificaram-se cálculos, erosão em fundo vesícula biliar à via biliar proximal. Realizou-se colecistectomia (com biópsia) e reconstrução bilio-digestiva
em Y-de-Roux. Evoluiu sem intercorrências, com melhora da icterícia obstrutiva, recebendo alta 4° DPO, aguardando resultado histopatológico.
Conclusão - Devido à faixa etária, icterícia obstrutiva e perda ponderal, suspeitou-se CVB (reforçada pela TC). Porém a visualização macroscópica
intra-operatória sugeriu fortemente SM, mudando completamente prognóstico, não devendo ser excluída, principalmente em mulheres > 40 anos;
apenas histopatológico deve excluir neoplasia.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.FIG.P.126
TRANSPLANTE DE FÍGADO COM DOADOR EM CORAÇÃO PARADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*,
Raphael Torres*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - A escassez de órgãos para transplantes direciona os esforços para novas fontes. Doadores com coração parado poderiam
aumentar o número de órgãos aceitáveis. Objetivo - Relatar um transplante de fígado com enxerto de doador com coração parado. Métodos - Relato de
Caso. Resultado - MGJ, 60 anos, admitida na UTI com AVCi grave e evoluindo com coma no 5°dia. Confimado morte encefálica e encaminhado para
OPOS. O uso de vasopressores e taquiaritmia foi encontrado no momento da cirurgia de recuperação de órgãos. Apresenta PCR na UTI e é levada para
a cirurgia. Realizado toracotomia esquerda e MC interna. Simultaneamente realizado laparotomia exploradora e canulação vascular para perfusão
dos órgãos (Celsior)®. O tempo entre a PCR e a perfusão foi 23 min. No back- table AHDir anômala foi reconstruída. O receptor apresentou evolução
favorável. Conclusão - Doadores falecidos limítrofes pode permitir a expansão de órgãos para transplantes.

*HUOC, Pernambuco.

74 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.127
TRATAMENTO COMBINADO DE ADENOMA HEPÁTICO ROTO COM EMBOLIZAÇÃO E ALCOOLIZAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*,
Paula Francielle Valera Versage*, Mariana Ocampos Galvão*, João Ricardo Filgueiras Tognini*

RESUMO - Introdução - O Adenoma Hepático (AH) é um tumor benigno mais comum em mulheres jovens, associado ao uso de anticoncepcional.
Seu tratamento é cirúrgico pelos riscos de sangramento e malignização, principalmente se maiores de 5 cm. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente
com adenoma hepático roto com tratamento por embolização e alcoolização hepática. Relato de Caso - Paciente EPS, sexo feminino, 33 anos, com
queixa de dor abdominal em hipocôndrio direito há 2 dias associado a náuseas e vômitos. Relata uso de anticoncepcionais há mais de 15 anos. Nega
trauma abdominal. TC abdome evidenciando nódulo hepático no segmento VII, medindo 9,5 x 6,1cm com sinais de ruptura com acentuado hematoma
subcapsular, sugestivo de adenoma hepático roto. Foi submetida a laparotomia exploradora e drenagem de hematoma subcapsular. No 6o PO, foi
proposto embolização transarterial utilizando microesferas 300-500 micras. Após 4 dias do procedimento, TC de controle evidenciou necrose de 40%
da lesão. Após 3 meses, foi proposta a alcoolização do tumor hepático, através de punção transcutânea guiada por USG e TC, sem captação do
contraste após o procedimento. Imunohistoquímica com pesquisa de beta-catenina positiva difusamente em padrão de membrana. Conclusão - Casos de
emergência por adenoma hepático roto podem se beneficiar de um procedimento cirúrgico menos agressivo inicialmente e posterior tratamento definitivo
da lesão por embolização e alcoolização.

*UFMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.FIG.P.128
TRATAMENTO DE CISTO DE COLÉDOCO - RELATO DE CASO
Maíra Seabra Federici Teixeira*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*,
Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*, Marcelo Stacanelli di PAULA*

RESUMO - O cisto de colédoco se caracteriza por um defeito estrutural congênito da via biliar principal. Reportaremos o caso de uma paciente do sexo
feminino, de 57 anos, que apresentou quadro de icterícia, dor abdominal e perda ponderal. Ao exame de imagem foi diagnosticada com cisto de colédoco
tipo II de acordo com a classificação de Todani. O tratamento indicado foi a cirurgia de colecistectomia com excisão do cisto do colédoco e posterior
anastomose hepaticojejuno em Y-de-Roux. Com sua próxima relação com colangiocarcinoma, o acompanhamento deve ser regular. O objetivo desse
relato é descrever sintomas tardios da comorbidade e tratamento. O diagnóstico é importante devido as possíveis complicações durante sua evolução,
sendo a colangite a complicação mais comum, não deixando de lado o risco de obstrução biliar e malignização. O tratamento de escolha é a ressecção
do divertículo, o que fornece ao paciente uma melhor qualidade de vida. Ainda assim há trabalhos que referem neoplasia do ducto biliar mesmo após a
ressecção cirúrgica do mesmo. Com uma média do aparecimento da neoplasia em 9 anos. Consideramos cisto um saco fechado contendo uma membrana
biológica distinta e divisão celular no tecido próximo. Já o diverticulo é um termo utilizado para caracterizar uma evaginaçao semelhante a uma bolsa
e produzido em orgao tubular.

*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.FIG.P.129
TRAUMA DE VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS: RELATO DE CASO
Igor Ferreira Vieira*, Roland Montenegro Costa*, Mariana Dias Zanchetta*, Alexandre de Brito Borges Pimentel*,
Nadia Tomiko Anabuki*, Carlos Alberto Toledo Martinez*, Beatriz Souza Barros*, Ruytemberg Oliveira Rodrigues*,
Sheilane Rodrigues da Silva*

RESUMO - Introdução - As lesões traumáticas de vias biliares são eventos raros, porém complexos e normalmente associados a lesões de outras vísceras.
Sua maior incidência é encontrada no pós-operatório de colecistectomias videolaparoscópicas. Existem poucos dados na literatura sobre epidemiologia
de trauma de vias biliares por ferimento penetrante de abdome. Relato de Caso - Paciente masculino, 16 anos, admitido no Pronto Socorro do Hospital de
Base (DF) com queixa de dor e distensão abdominal há dois dias. Relatava ter sido vítima de perfuração por arma de fogo em hipocôndrio direito, sendo
atendido e submetido à laparotomia exploradora em outro serviço. Ao exame de admissão, foi observado ascite, sem outros achados. À paracentese
diagnóstica foi observado líquido de aspecto bilioso, o que foi confirmado com bioquímica da amostra (coleperitonio). Tomografia computadorizada
de abdome evidenciou apenas líquido livre em cavidade. Foi indicada CPRE que não observou extravazamento de contraste para cavidade abdominal
e parada na progressão do contraste ao nível do colédoco. Foi submetido a nova laparotomia exploradora, em que foi observada lesão completa de
colédoco, apresentando ligadura do coto distal ao fígado. Optou-se pela realização de derivação bilio-digestiva, e colocação de prótese em via biliar para
moldar a anastomose. Paciente recebeu alta no 8º dia pós-operatório sem queixas. Conclusão - Estudos epidemiológicos são necessários para melhor
compreensão desta lesão de difícil manejo.

*Hospital de Base do Distrito Federal - HBDF, Distrito Federal.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 75


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.130
TROMBOSE DE VEIA PORTA POR ONFALITE NEONATAL ASSOCIADA À ANEURISMA DE ARTÉRIA
ESPLÊNICA TRATADA COM EMBOLIZAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Paula Francielle Valera Versage*,
Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*

RESUMO - Introdução - A trombose de veia porta é considerada um evento raro com maior prevalência em pacientes cirróticos. Na criança, a trombose
de veia porta está relacionada com as intercorrências no período neonatal como a onfalite. Objetivo - Relatar um caso de uma paciente com onfalite
neonatal que evoluiu com trombose de veia porta, aneurisma de artéria esplênica gigante e adenoma hepático. Relato de Caso - F.A, sexo feminino, 33
anos, apresentou durante o período neonatal onfalite evoluindo com trombose de veia porta e hipertensão portal segmentar. Na vida adulta, apresentou
dor abdominal e foi realizado exames de imagem, com diagnóstico de aneurisma artéria esplênica gigante e adenoma hepático > 4 cm. Foi realizado
embolização do aneurisma e apesar do adenoma hepático com indicação cirúrgica foi optado, devido hipertensão portal, tratamento com alcoolização.
A paciente apresentou bons resultados e em acompanhamento rotineiro no ambulatório. Conclusão - O tratamento do aneurisma de a. esplênica e do
adenoma hepático devem ser menos invasivos em pacientes com hipertensão portal.

*UFMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.FIG.P.131
TUMOR DE CÓLON EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO: RELATO DE DOIS CASOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Américo Gusmão*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Thiago César Fernandes Gomes*, Roberto Lemos*, Laécio Leitão*,
Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - O tumor de cólon é comum na população geral e deve ser rastreada a partir da 4ª década. Com o aumento do número de
transplantes, esses indivíduos começam a apresentar maior longevidade e assim, adquirir as doenças de maior frequência. Objetivo - Descrever 2 casos
de tumor de cólon em receptores de transplante de fígado. Método - Relato de 2 casos. Resultados - 1.masc, 50 anos, natural e procedente de Recife,
transplantado de fígado com doador falecido em 2007, sem intercorrências. Recebe FK, micofenolato e corticoide como imunossupressor. No 2º mês
apresentou obstrução intestinal, sendo submetido a laparotomia, cujo achado foi tumor de ângulo hepático do cólon. Colectomia direita e anastomose
primária foram realizadas. Estudo anatomopatológico confirmou adenocarcinoma, Dukes B. 2.fem, 43 anos, natural e procedente do Rio de Janeiro,
transplantada de fígado em 2007 com dador falecido. Apresentou no pós-operatório imediato infecção por CMV que respondeu ao tratamento com
Ganciclovir. Recebeu alta com 30 dias de pós-operatório e IMS com FK e micofenolato. No 4º dia de pós-operatório de transplante de fígado, durante
colonoscopia de controle, por diarreia, identifica-se lesão ulcerada e 1 cm em sigmoide (adenocarcinoma -BX). Realizada colectomia esquerda com
anastomose primária. Conclusão - Malignidades colônicas são importantes entidades na população transplantada de fígado, sugerindo atenção quanto
ao acompanhamento ambulatorial para as doenças neoplásicas.

*HUOC, Pernambuco.

TL.C.FIG.P.132
VARIZES DUODENAIS EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - A hemorragia digestiva alta (HDA) em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica é originada por varizes esofagogástricas
na grande maioria das situações de emergência. Localização ectópica de variz sangrante pode dificultar o manejo terapêutico e apresentar evolução
desfavorável. Objetivos - Relatar o manejo dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica com varizes ectópicas, tipo duodenal. Métodos - Estudo
retrospectivo entre pacientes submetidos à esplenectomia e ligadura de veia gástrica em um hospital do SUS - Recife/PE, de janeiro de 2002 a julho de
2013. Resultados - Quatro pacientes foram encontrados entre os quarenta e cinco (operados na emergência) e dez (operados eletivamente). Três eram
homens e a idade variou de 17 a 70 anos. Quanto ao número de sangramentos antes da cirurgia variou de 1 a 14. Hemotransfusão ocorreu em todos
(variou de três a dez concentrados de hemácias). Endoscopia digestiva alta foi realizada mais de uma vez nos quatro pacientes (variou de 2 a 5). A
cirurgia ocorreu em um paciente no primeiro internamento. Esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda ocorreu sem intercorrência e todos
saíram da cirugia sem dreno cavitário. Um paciente precisou de UTI e evoluiu para o óbito no quinto dia pós-operatório por insuficiência renal e
coagulopatia. Conclusão - Pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e varizes duodenais sangrantes devem ser precocemente orientados para o
tratamento cirúrgico.

*HR, Pernambuco.

76 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.FIG.P.133
VARIZES GÁSTRICAS SANGRANTES EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - A forma hepatoesplênica da esquistossomose pode evoluir com hemorragia digestiva alta (HDA) secundária a varizes de esôfago
ou gástrica. Essas, frequentemente, são refratárias ao tratamento clínico levando os pacientes ao tratamento cirúrgico. Objetivos - Descrever a experiência
com o manejo cirúrgico dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica com varizes gástricas sangrantes. Métodos - Série de casos em um hospital do
SUS - Recife/PE, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Onze pacientes foram operados de emergência. Sete desses eram do sexo feminino.
A idade variou de 15 a 65 anos. Todos com episódios prévios de HDA. Em 7 pacientes a endoscopia digestiva alta programada era obedecida. O uso de
cianoacrilato ocorreu em 4 desses. Hemotransfusão aconteceu em todos os casos (variando de 3 a 8 concentrados de hemácias). Apenas em um paciente a
cirurgia ocorreu no primeiro internamento. A esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda ocorreu com dificuldade em três casos, sendo necessário
drenagem cavitária. Reoperação ocorreu em 2 (hemorragia no leito esplênico e soltura da ligadura da artéria esplênica). Ocorreu óbito em um paciente
(reoperado por hemorragia do leito esplênico evoluiu com coagulopatia, hipotensão e morte encefálica). Conclusão - O tratamento cirúrgico deve ser o
de escolha em pacientes esquistossomóticos com varizes gástricas sangrantes. O retardo da indicação cirúrgica pode proporcionar evolução desfavorável.

*HR, Pernambuco.

TL.C.INT.P.134
ABDOME AGUDO VASCULAR SECUNDÁRIO A MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL. RELATO DE CASO

pôsteres • INTESTINO
Marina Gabrielle Epstein*, Ariadne Dutra Oliveira*, Leandro Teixeira Rocha*, Stephanie Santin*, Sara Venoso Costa*,
Alexandre Zanchenko Fonseca*, Murillo de Lima Favaro*, Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de uma paciente com abdome agudo vascular devido a banda de Ladd. Relato de Caso - BJS, 14 anos, feminino,
natural de São Paulo foi admitida no Hospital Dr Moyses Deutsch com queixa de dor abdominal difusa e vômitos há 3 dias. Negava episódios prévios.
Ao exame encontrava-se febril, taquicárdica FC 120 bpm com abdome tenso, doloroso a palpação difusa e descompressão brusca positiva. Raio-x de
abdome agudo mostrou distensão as custas de delgado. Frente ao quadro clínico foi indicada laparotomia exploradora onde foi evidenciado extensa
necrose de alças de delgado. Identificado brida que fixava o cólon à parede póstero lateral direita do abdome, passando sobre intestino delgado. Realizada
enterectomia com jejunotransverso anastomose. Paciente evoluiu sem intercorrências. Discussão - Os vícios de rotação intestinal têm prevalência de um
caso para 500 nascidos vivos. A Banda de Ladd é uma brida que fixa o cólon à parede póstero lateral direita do abdome. O mesentério se fixa a uma base
estreita, podendo iniciar a torção sobre o eixo da artéria mesentérica superior e, desse modo, levar ao volvo intestinal agudo. O tratamento é cirúrgico
em todos os casos e consiste na secção das bandas fibrosas peritoneais anormais. Conclusão - A apresentação da má rotação intestinal em adolescentes é
rara. Ocorre mais frequentemente em crianças recém nascidas, não podendo descartar esta patologia como causa de abdome agudo em crianças maiores
e adultos.

*UNISA, São Paulo.

TL.C.INT.P.135
ADENOCARCINOMA DE DUODENO
Germana Jardim Marquez1, Andre Rezek Rodrigues1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2,
Izabella Cristina Cardozo Bomfim1,Danillo Gomes Leite1,Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino3, Juliano Servato
Oliveira1

RESUMO - Introdução - O tumor primário de duodeno (TPD) é raro, sendo responsável por 0,5% dos tumores do trato gastrointestinal. O adenocarcinoma
é o tipo histológico mais comum, destes os periampulares são os mais frequentes e apresentam perda de peso, anemia e síndrome colestática. O exame
padrão ouro para diagnóstico é a colangioressonância. O tratamento curativo é a duodenopancreatectomia, com sobrevida em cinco anos de 50%. Relato
- Paciente sexo feminino, 50 anos, há cinco meses apresentou icterícia progressiva, colúria, acolia, febre e vômitos. Foi internada sem queixas álgicas com
perda de 14 kg em duas semanas, ocasião em que foi feito diagnóstico de tumor periampular e realizada coledocostomia à Kher devido a grave colestase
e desnutrição. Recebeu alta e, após dois meses de seguimento ambulatorial, foi novamente internada e submetida a cirurgia de Whipple, evoluindo
com fístula no sétimo pós operatório (PO). Iniciada dieta parenteral até introdução progressiva de dieta via jejunostomia. Paciente retorna com dois
meses de PO, assintomática, aceitando dieta via oral e com ganho ponderal satisfatório. Anatomopatológico: Adenocarcinoma bem diferenciado (G1)
acometendo todas as camadas duodenais e cabeça de pâncreas, margens livres e linfonodos negativos. Conclusão - O TPD, apesar de pouco frequente,
deve ser levantado como hipótese para pacientes com síndrome colestática e perda de peso, visto que apresenta comportamento agressivo necessitando
de diagnóstico e tratamento precoce.

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Universidade Federal de Goiás; 3Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiânia, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 77


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.136
ADENOCARCINOMA DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO
Christian SPINA1, Monica Franco1, Priscila Lara Nogueira2, Aderson Aragão Moura2, José Luiz Motta2,
Nagamassa Yamaguchi2, José Eduardo GonçAlves2

RESUMO – Tumores (TU) malignos de intestino delgado são raros e as manifestações decorrentes desta doença são inespecíficas, dificultando seu
diagnóstico. Objetivo - Relatar caso de paciente com tu de intestino delgado localizado no jejuno. Relato de Caso - ARM, 51 anos, com queixas de fezes
escurecidas, astenia e palidez há 1 ano, sem perda ponderal. Portadora de talassemia minor há 10 a e em uso de ac.fólico. Mãe falecida de câncer de
mama aos 46 anos. Exames complementares: cápsula endoscópica e enteroscopia que evidenciaram lesão vegetante circunferencial estenosante a +-30
cm do Treitz, biopsiada e marcada com nanquim, revelando adenocarcinoma de intestino delgado. TC de abd: espessamento parietal concêntrico e
segmentar da alça entérica jejunal proximal, com 1,5cm de espessura e 3,8cm de comprimento, com linfonodos aumentados em número, de até 0,5 cm
na gordura mesentérica perijejunal. Realizada enterectomia segmentar com +-15cm de margem e anastomose primária manual, por via laparotômica,
com anatomopatológico da peça evidenciando adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado (pT3N0(0/8)Mx). Após a cirurgia, a paciente
evoluiu sem intercorrências. Conclusão - Tumores malignos de intestino delgado são incomuns, possuem queixas inespecíficas, necessitando de Métodos
diagnósticos auxiliares, como a cápsula endoscópica, enteroscopia e tomografia computadorizada (utilizada para o estadiamento). A cirurgia é o
tratamento utilizado, podendo ser acompanhada de quimioterapia adjuvante.

UNICID; 2IAMSPE, São Paulo.


1

TL.C.INT.P.137
APENDICITE AGUDA: APRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA PATOLOGIA CIRÚRGICA HABITUAL
Caroline Sauter Dalbem*, Thiago Franchi Nunes*, Fabio Colagrossi Paes Barbosa*,
Mariana Ocampos Galvão*, Paula Francielle Valera Versage*, Ricardo Kenethi Nakamura*,
Magali da Silva Sanches MACHADO*

RESUMO - Introdução - A apendicite aguda é uma urgência cirúrgica comumente encontrada na prática diária. Seu diagnóstico e o tratamento cirúrgico
precoce influem diretamente no prognóstico dessa patologia. Objetivo - Relatar apresentação incomum de um caso de apendicite aguda. Relato de
Caso - A.V.S. feminino, 22 anos, relatando dor abdominal há 12 dias, epigástrica tipo cólica com irradiação para região lombar bilateral, predominante
à direita, associada a náuseas e febre aferida. USG abdominal revelando nefrolitíase bilateral com dilatação pielocalicial à direita. Ao exame físico o
único achado abdominal relevante; Giordano positivo à direita. Iniciado antibioticoterapia devido quadro compatível com pielonefrite. Nas 24 horas
subsequentes a paciente evoluiu com sinais de sepse. Realizado TC de tórax e abdome que evidenciou pneumomediastino, retropneumoperitôneo e
pneumoperitôneo. Submetida a laparotomia exploradora que evidenciou apêndice retrocecal em fase supurativa com perfuração de sua base e drenagem
para retroperitôneo. Durante pós-operatório a mesma evoluiu com abscesso abdominal, pneumonia hospitalar e empiema pleural. A evolução do
caso foi satisfatória e a paciente recebeu alta hospitalar no 54º DPO. Conclusão - O diagnóstico de apendicite aguda é clínico e o cirurgião deve estar
constantemente atento para as diferentes apresentações clínicas da doença; podendo assim realizar o tratamento cirúrgico o mais precoce possível
evitando maiores taxas de morbimortalidade.

*UFMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.INT.P.138
COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA COMO CONSEQUÊNCIA DE VASCULOPATIA ISQUÊMICA
Liliane Lusvardi Barroso*, Renato de Mesquita Tauil *, Alexandre Marotta*,
Eduardo Fortes de Albuquerque*

RESUMO - Relato de Caso objetivando demonstrar o efeito isquêmico como causa de colecistite aguda alitiásica. Paciente feminina de 77 anos
com presença de vasculopatia abdominal com diagnóstico prévio evoluindo com dor abdominal difusa associada à síndrome infecciosa. Tomografia
demonstrou vesícula distendida com paredes espessadas e lesão hipoatenuante em baço. Realizada laparotomia exploradora com achado de colecistite
aguda alitiásica e infarto esplênico. Buscamos associação com esse relato da isquemia como parte da etiologia da colecistite aguda alitiásica.

*HRVP, São Paulo.

78 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.139
COLEDOCOLITÍASE E PANCREATITE AGUDA ASSOCIADOS À DIVERTÍCULO PERIPAPILAR
Gabriel Marques Favaro1, Tiago Franco VILELA FILHO1, Felipe Toyama AIRES1, Fernanda Fernandes AUDI1,
Matheus Romualdo Larindo Silva1, Marco Antônio Buch Cunha2, Munir CHARRUF1, Mirella de Fátima FUKUDA1

RESUMO - Paciente sexo feminino, 82 anos, com história de dor em abdome superior com irradiação para dorso há 2 dias, associada a náusea e vômito.
Ao exame físico, ictérica, abdome doloroso sem sinais de peritonite. Exames laboratoriais mostraram discreta leucocitose, bilirrubinas total 3,8 e direta
2,9 e amilase 710. A ultrassonografia evidenciou dilatação do ducto colédoco e imagem sugestiva de cálculo em seu interior, achados compatíveis com
pancreatite aguda e ausência de litíase vesicular. Optou-se pela realização de CPRE que mostrou compressão extrínseca direta do ducto colédoco distal
por divertículo duodenal peripapilar. Realizado varredura da árvore biliar com extração de dois cálculos. A paciente evoluiu com melhora clinica
e normalização dos exames laboratoriais com tratamento clínico. Acompanhamento ambulatorial por seis meses sem intercorrências. O divertículo
duodenal peripapilar é comum, assintomático e, usualmente, um achado incidental em exames de imagem do trato gastrointestinal superior, sendo
encontrado em até 25% deles. A incidência aumenta com a idade e sua correlação com doenças bilio-pancreáticas é bem discutida na literatura, porém
sua associação é controversa. O divertículo duodenal geralmente não requer tratamento específico. Tratamento cirúrgico é preconizado apenas em
vigência de complicações como hemorragia, perfuração, diverticulite, pancreatite e coledocolitíase recorrentes, presentes em aproximadamente 1 a 2%
dos casos de divertículos duodenais.

1
Serviço de Cirurgia Geral - Hospital Ana Costa; 2Serviço de Endoscopia - Hospital Ana Costa, São Paulo.

TL.C.INT.P.140
EVISCERAÇÃO VAGINAL DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*, Jose
Henrique Carneiro da Cunha Filho*, Mario Henrique Grilo*

RESUMO - Introdução - A evisceração vaginal é uma emergência médica que necessita de reconhecimento rápido e requer intervenção cirúrgica imediata.
Foi descrita pela primeira vez em 1907 por McGregor, desde então 85 casos de evisceração de intestino delgado foram documentados pelo mundo. Os
principais grupos de risco são mulheres na pós-menopausa, idade avançada, histórico de cirurgias ginecológicas, multiparidade, presença de enterocele.
Resultados - Relato sobre evisceração vaginal espontânea, em uma paciente com 81 anos, com antecedente de 2 perineoplastias prévias, admitida com queixa
de saida de conteúdo intestinal pela vagina após esforço físico, apresentando protusão dolorosa de intestino delgado por via vaginal. No exame pélvico,
notou-se protusão de 40 cm de intestino delgado com meso pelo intróito vaginal, com coloração de nitido sofrimento vascular. Optado por abordagem
tanto perineal quanto abdominal, sendo realizada enterectomia por via vaginal com grampeador TLC-75 mm do intestino eviscerado que não apresentava
viabilidade, e não foi possível a redução manual. Por via abdominal foi realizado enteroanastomose, após redução do restante do conteúdo intestinal
eviscerado, com sutura mecânica e perineoplastia por via abdominal. Conclusão - A realização de enterectomia ou não, depende do tempo de evolução e
sofrimento de intestino herniado, somado a presença de enterocele, mesmo que mínima, pode determinar necessidade de incisão abdominal.

*Hospital Regional do Vale do Paraíba, São Paulo.

TL.C.INT.P.141
EVOLUÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À LAPAROTOMIA EXPLORADORA DE EMERGÊNCIA POR
ISQUEMIA MESENTÉRICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*, Levi Cezar de Castro
Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - A isquemia mesentérica é uma catástrofe abdominal com evolução desfavorável quase certa. A necrose intestinal é o achado
mais frequente e que adiciona maior mortalidade. Objetivos - Descrever o manejo, o tratamento e a evolução dos pacientes com isquemia mesentérica
operados de emergência. Métodos - Estudo retrospectivo entre pacientes adultos submetidos à cirurgia de emergência por isquemia mesentérica em um
hospital do SUS - Recife/PE, de janeiro de 2002 até junho de 2013. Resultados - Vinte e oito pacientes foram avaliados, sendo 18 do sexo masculino. A
idade variou de 47 a 86 anos. Radiografia de abdome foi realizada em 18 pacientes e pneumoperitônio foi encontrado em 2. Choque na admissão foi
encontrado em 7 (PAS < 90 mmHg, Lactato ≥ 3; BE ≥ - 6 mmol/L). Isquemia esplâncnica foi encontrada em 3; do intestino médio, em 10; do intestino
posterior, em 5; e segmentar, em 10. Ressecção segmentar, colectomia direita e esquerda, ressecção de todo delgado (associada ou não com colectomia
total) foram as cirurgia realizadas. Em 8 pacientes foi realizado o “open close”. Dez pacientes evoluíram para óbito em 12 horas após a cirurgia. Oito
pacientes foram reoperados com nova isquemia e evoluíram para o óbito. Evolução favorável ocorreu em 10 pacientes (todos com isquemia segmentar).
Conclusão - A idade avançada associada com comorbidades e um diagnóstico tardio proporciona uma elevada mortalidade nos pacientes com isquemia
mesentérica com necrose intestinal.

*HR, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 79


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.142
FÍSTULA ESPONTÂNEA
Thaysa Lorranne Fernandes de Lima*, Natália Maira Resende*, Daniel do Nascimento ANTÔNIO*,
Iure Kalinine Ferraz de Souza*

RESUMO - Introdução - Trata-se de um relato de Caso de fístula entero-entérica espontânea. As fístulas entero-entéricas são geralmente encontradas
no contexto pós-operatório. As fístulas enteroentéricas espontâneas são de ocorrência rara. Metodologia - Revisão da literatura sobre o caso.
Resultados - Paciente de 59 anos, apresentando ferida de aproximadamente 1 cm de diâmetro na região da fossa ilíaca direita, há dois anos. O quadro
se iniciou com anorexia, febre e dor abdominal intensa, com melhora parcial após uso de dipirona. Inicialmente, a lesão apresentou-se pruriginosa,
com drenagem de secreção hialina e ao longo do tempo tornou-se amarelada. Há aproximadamente seis meses, começou a drenar secreção fecalóide
e gases. Ao exame abdominal, ausência de sinais de irritação peritoneal; dor generalizada, mais intensa a direita; massa palpável na região da fossa
ilíaca direita com presença de fístula êntero-cutânea com drenagem de secreção ora fecalóide, ora purosanguinolenta. Realizado fistulografia que
revelou comunicação entre a superfície externa com o apêndice vermiforme. A laparotomia revelou fístula de apêndice retrocecal para o flanco
direito. Realizada hemicolectomia direita e anastomose íleo-transverso. Discussão - As etiologias mais frequentemente envolvidas às fístulas entero-
entéricas nessa região são as doenças inflamatórias intestinais, as neoplasias e a diverticulite. Conclusão - O diagnóstico final foi de uma apendicite
complicada pela formação da fístula.

*UFOP, Minas Gerais.

TL.C.INT.P.143
FÍSTULAS COLECISTODUODENOCOLÔNICAS: RELATO DE CASO
Diogo Milioli Ferreira*, Mirla Fiuza DINIZ*, Iure Kalinine F. Souza*, Thiago Carneiro Machado*,
Afonso Cândido da S. Filho*

RESUMO - Fístulas bilio-digestivas podem se formar entre qualquer parte do sistema biliar extra-hepático e parte adjacente do trato gastrointestinal.
Essas fístulas são usualmente sequelas ou complicações de colelitíases de longa duração, sendo mais comum de ocorrerem entre a vesícula biliar e o
duodeno (Munene, et al, 2006). Fístulas envolvendo a vesícula biliar, duodeno e cólon são extremamente raras (Nemhauser, Thompson, 1965), havendo
poucos casos relatados na literatura mundial. Apresentamos o caso de uma mulher, 67 anos, cuja queixa principal era de dor em hipocôndrio direito
há 3 anos, sem vômitos. Nos últimos 4 meses houve piora da dor, que se tornou mais frequente e mais intensa. Ao exame físico apresentava abdome
plano, flácido e indolor a palpação. A ultrassonografia revelou dilatação difusa da árvore biliar, colédoco de calibre aumentado (8.3 mm), vesícula biliar
colabada e com ponto ecogênico de 3,4 mm, sugestivo de cálculos. A paciente foi submetida a videolaparoscopia para colecistectomia, mas durante
o procedimento cirúrgico foi observada aderência firme entre o cólon e o fundo da vesícula biliar, que impossibilitou a ressecção da mesma. Houve
conversão do método para laparotomia a Kocher, na qual observou-se fístulas colecisto-colônica e colecisto-duodenal no fundo e no corpo da vesícula,
respectivamente. Realizou-se colorrafia e duodenorrafia em dois planos e posterior exérese da vesícula biliar. No pós-operatório a paciente evoluiu bem,
sem intercorrências e com melhora da dor.

*UFOP, Minas Gerais.

TL.C.INT.P.144
GIST DE DELGADO COMO CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA - 3 CASOS
Renato de Mesquita Tauil1, Alexandre Marotta1, Eduardo Fortes de Albuquerque1,
Vinicius Cordeiro da Fonseca2

RESUMO - Introdução - A hemorragia digestiva de origem no intestino delgado e rara, sendo uma de suas causas o GIST, e seu diagnostico feito
muitas vezes apenas na Laparotomia Exploradora. Objetivo - Relatar 3 casos de hemorragia digestiva de origem em GIST de delgado. Relato dos casos
- Caso 1 - Paciente jovem e higido internado com quadro de melena que depois se transformou em enterorragia. EDA e Colono normais. Recebeu no
total 8 concentrados de hemacias, no ato operatório observado GIST de delgado com grande quantidade de sangue a partir deste. Caso 2 - Homem,
72 anos, com quadro de HDB, referindo vinte episódios semelhantes prévios, EDA normal; colono com diverticulos em cólon esquerdo com sinais
de sangramento recente. Optado por cirurgia e observado extenso GIST a 100 cm da válvula ilido cecal. Caso 3: Mulher de 82 anos, com quadro de
enterorragia maciça, com EDA e cólon normais. Recebeu no total 14 concentrados de emacias e observado GIST de delgado na cirurgia. Conclusão - O
GIST de delgado, apesar de raro, deve ser lembrado como causa de hemorragia digestiva principalmente quando as causas mais freqüentes sao excluídas
por endoscopia digestiva alta e baixa.

1
Hospital Regional do Vale do Paraiba; 2HCFMUSP, São Paulo.

80 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.145
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA MACIÇA POR DOENÇA DIVERTÍCULO EM JEJUNO
Gustavo Rodrigues Bezerra*, Ana Carolina Oliveira*, Anselmo Fernandes Rezende de Oliveira*, Frederick BUTTS*,
Viviane Tiemi KENMOTI*, Diogo Veiga GARBELINI*, Flávio Mendes de FREITAS*, Edson OSHIRO*

RESUMO - Introdução - A doença diverticular (DD) do intestino delgado tem prevalência de 0,3-1,9% no qual 20-25% se localiza no jejuno e acomete
preferencialmente homens e idosos. Objetivos - Relatar um caso de Hemorragia Digestiva Baixa (HDB) por DD em jejuno. Relato de Caso - Paciente
J.A.L., feminina, 67 anos, foi admitida no pronto socorro do Hospital Oswaldo Cruz, em Palmas-TO, com episódios de enterorragia franca e dor
abdominal há 24 horas. Desenvolveu choque hipovolêmico e foi encaminhada para unidade de terapia intensiva. Após suporte hemodinâmico e
estabilidade, precedeu-se com exames de endoscopia que excluiu hemorragia digestiva alta, e de videocolonoscopia a qual evidenciou HDB proveniente
do intestino delgado. Em seguida foi realizada uma arteriografia mesentérica que não localizou o local do sangramento. Com o retorno da instabilidade
hemodinâmica, a conduta foi laparotomia exploradora que evidenciou divertículos jejunais, que foram retirados com o ressecamento segmentar. Apesar
de todos os cuidados no pós-operatório, a paciente evoluiu para o choque séptico e disfunção múltipla dos órgãos após 12 dias de internação. Discussão
- A HDB é uma rara complicação da DD associada a uma alta taxa de mortalidade. A fonte de sangramento não é identificada em até 30-40% dos casos
por exames de imagens. A instabilidade hemodinâmica não responsiva a suporte é indicação de cirurgia de emergência. Conclusão - Apesar do manejo
segundo a literatura o desfecho de uma HDB pode ser negativo.

*UFT, Tocantins.

TL.C.INT.P.146
HÉRNIA ATRAVÉS DO FORAME DE WINSLOW – RELATO DE CASO
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fábio Galvão VIDAL*, Fábio da Silva CARLI*,
Adolfo Jose Chang JIMENEZ*, Fernanda Saturnino Cardoso*, Marcel Rizeti Barbosa*

RESUMO - Introdução - Hérnias através do forame de Winslow são raras, representando menos de 0,1% de todas as hérnias abdominais, e
correspondem a 8% de todas as hérnias internas, estando relacionadas em 0,5% até 4,1% dos casos de obstrução de intestino delgado. Objetivo
- Descrever caso clínico de paciente com hérnia de íleo distal através do forame de Winslow, ocasionando quadro de abdome agudo obstrutivo e
isquemia intestinal. Casuística e Método - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - Paciente masculino, 58 anos, brasileiro, apresentando
há 3 dias dor abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes, distensão abdominal, náuseas e vômitos fecalóides. Estável hemodinamicamente, sem
sinais de sepse. Radiografia de abdome demonstrando obstrução de intestino delgado. Paciente conduzido como abdome agudo obstrutivo, e após 12
horas de insucesso no tratamento clínico submetido à laparotomia exploradora, que evidenciou herniação de 80 cm de íleo distal através do forame
de Winslow, com isquemia de alças. Realizada redução da hérnia, enterectomia do segmento isquemiado e entero-anastomose término-terminal. Boa
evolução no pós-operatório, recebendo alta 8 dias após o procedimento. Conclusão - Embora rara, a hérnia interna através do Forame de Winslow
deve ser incluída no diagnóstico diferencial de pacientes com abdome agudo, principalmente obstrutivo, sendo o diagnóstico precoce e intervenção
cirúrgica rápida fatores de melhores resultados.

*HRMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.INT.P.147
HÉRNIA DE GARENGEOT ENCARCERADA – RELATO DE CASO
Eduardo Camargo Silva1, Rinaldo Antunes Barros1, Thereza Christina Valois MONTERROYOS1, Ricardo Silva Torres1,
Rodrigo Gonçalves Dantas1, Caio Santos HOLANDA1, Gabriel Oliveira Souza Lima1, Marcos Vinícius Tonhá Rodrigues2

RESUMO - Introdução - Hérnia Abdominal é uma massa circunscrita, formada por um órgão ou parte dele, que se projeta da cavidade que o contém
por um orifício natural ou acidental, podendo ser classificada em diafragmática, epigástrica, umbilical, inguinal e femural. Dentre as complicações
da hérnia, quando, não redutível é caracterizada como encarcerada e, por sua vez, quando esta associada ao comprometimento da vascularização
do conteúdo herniário, caracteriza-se como estrangulada. Objetivo - Relatar um caso clínico de uma paciente com Hérnia de Garengeot encarcerada.
Relato de Caso - A.Q.S. 47 anos, admitida no Hospital Clériston Andrade com dor inguinal direita de forte intensidade associada a abaulamento local
irredutível com flogose, diagnosticando hérnia femural encarcerada. Realizou cirurgia de urgência, notando-se anel herniário em orifício femural com
saco herniário contendo apêndice no seu interior, seguida de apendicectomia com correção do processo herniário. Discussão - Rene Jacques Croissant
de Garengeot, em 1731, descreveu o 1º caso de Hérnia Femoral contendo apêndice no seu interior. Hérnia de Garengeot é uma patologia cirúrgica rara
que trás dúvidas diagnósticas quanto à associação de sintomas de hérnia femoral encarcerada e apendicite, podendo comumente retardar o tratamento
aumentando a morbidade do quadro. Conclusão - Este relato de Caso torna-se relevante devido à raridade da incidência da patologia descrita, assim
como para manifestações atípicas de apendicite aguda.

1
HGCA; 2EBMSP, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 81


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.148
HÉRNIA DO OBTURADOR - CAUSA RARA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Eduardo IARED*, Camila Campos PADOVESE*, Mauricio Alves Ribeiro*, Andreia MANSOUR*, Fabio Gonçalves Ferreira*,
Roberto de Moraes CORDTS FILHO*, Elisa Maria de Camargo Aranzana*

RESUMO - A hérnia do Obturador é um tipo de hérnia extremamente rara que ocorre devido ao enfraquecimento da membrana que recobre o canal
do obturador, que é formado pela união dos ossos púbis e ísquio. Relatamos caso raro de hérnia do obturador encarcerada causando abdome agudo
obstrutivo tratada em nosso serviço. Paciente de 70 anos, deu entrada no serviço de emergência com distensão abdominal importante associado a
vômitos. No exame físico inicial apresentava distensão porem sem evidencias de herniações. Realizou tomografia de abdomen que evidenciou dilatação
de alças de intestino delgado e protusão de alça de delgado através do forame obturador esquerdo. Realizado tratamento cirúrgico utilizando-se tela de
polipropileno para correção do defeito. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória. A hérnia do Obturador é um evento raro (< 1% de todas as
hérnias), mais comum em mulheres (6:1 em relação aos homens, em torno da sexta década de vida. Por ser incomum, seu diagnóstico precoce é raro,
apresentando elevada mortalidade (10-40%). Relatamos este caso devido à raridade como causa de abdome agudo obstrutivo.

*HMSC – SP, São Paulo.

TL.C.INT.P.149
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL CAUSADA POR LEIOMIOMA DE INTESTINO DELGADO: UM RELATO
DE CASO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Darlan Alves de Araújo Júnior*,
Italo Silveira SAMPAIO*, Annya Macedo Goes*, Olavo Napoleão de Araújo Júnior*, José Jerônimo Coelho da Silva*,
Lucas Machado Gomes de Pinho PESSOA*

RESUMO - Introdução - Intussuscepção intestinal (II) é uma entidade mais comum em crianças e rara em adultos. A sua etiologia varia com a faixa
etária, sendo neoplasia a principal causa em adultos. Nestes são causa infrequente de obstrução intestinal (OI), tendo a ressecção cirúrgica do segmento
acometido como o tratamento padrão. Objetivo - Apresentar um caso de II causada por leiomioma (LM) de intestino delgado (ID) em adulto e revisar
a literatura quanto etiologia e tratamento. Relato - Sexo feminino, 68 anos, com quadro de dor abdominal tipo cólica, constipação e perda ponderal
não mensurada com seis meses de evolução. Procurou a emergência com agudização das queixas álgicas, distensão abdominal e vômitos fecalóides,
desidratada e estável hemodinamicamente. As Radiografias de emergência apresentavam alterações de OI com padrão de ID. Optado por laparotomia
exploradora com achado de II em íleo a um metro de válvula ileocecal, sendo realizado enterectomia com margens e anastomose primária. Evoluiu com
infecção de ferida cirúrgica, com alta no 21 dia de pós operatório. O histopatológico evidenciou padrão de células fusiformes de baixa atividade mitótica
em parede do ID. Na Imunohistoquimica encontramos Ki67 positivo, CD117, CD34 e os demais marcadores estudados negativos mostrando tratar-se
de um LM. Conclusão - Apesar de rara, II é causa de OI em adultos, tendo LM como etiologia de base infrequente, devendo ser tratado com cirurgia e
ressecção do segmento intestinal acometido.

*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.

TL.C.INT.P.150
INTUSSUSCEPÇÃO JEJUNO-GÁSTRICA PÓS GASTRECTOMIA PARCIAL – RELATO DE TRÊS CASOS
Iara Alves Coelho SGANZELLA*, Valdeir Fagundes de Queiroz *, Eduardo Lemos de Souza BASTOS*,
Aleixo Silva Neto*, Jefferson Ferreira de ARAUJO*, Samuel Cavalieri Pereira*,
Arthur Camargo BARBERIO*

RESUMO - Introdução - A intussuscepção jejuno-gástrica é uma complicação rara e grave que pode ocorrer em pacientes submetidos à gastrectomia
parcial ou gastroenteroanastomose. Objetivo - Relatar três casos de intussuscepção jejuno-gástrica pós gastrectomia parcial. Material e Método - Foi
realizado estudo retrospectivo de três pacientes com intussuscepção jejuno-gástrica, com idades entre 37 e 69 anos, sendo dois do sexo masculino e um
feminino, operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. Os pacientes apresentavam histórico de gastrectomia parcial com
anastomose tipo Bilroth II e intervalo pós- operatório entre 8 e 30 anos. Foram internados com quadro de dor, vômitos e distensão abdominal, e evolução
entre 2 e 4 dias. O diagnóstico da intussuscepção jejuno-gástrica foi realizado por meio de radiografia contrastada (“EED”) e endoscopia digestiva alta.
Resultados - O diagnóstico da intussuscepção jejuno-gástrica foi confirmado nos 3 casos, associado à obstrução intestinal a jusante por bridas em dois
casos e fitobezoar em um. Foi realizada laparotomia exploradora, optando-se por desfazer manualmente a intussuscepção e tratar a obstrução intestinal.
O tratamento cirúrgico foi resolutivo em todos os casos com evolução pós-operatória sem complicações. Conclusão - Intussuscepção jejuno-gástrica pós-
gastrectomia parcial constitui-se em uma urgência cirúrgica, que pode ocorrer quando há obstrução intestinal a jusante.

*FAMEMA, São Paulo.

82 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.151
INTUSSUSCEPÇÃO JEJUNOJEJUNAL POR LEIOMIOMA DE DELGADO
Mauricio Alves Ribeiro*, Paulo Henrique Fogaça de Barros*, Caio Gustavo Gaspar de Aquino*,
José Gustavo PARREIRA*, Jaqueline A Giannin PERLINGEIRO*, José Cesar ASSEF*

RESUMO - Os tumores de delgado são raros, entre os tumores malignos de delgado o os mais frequentes são: linfoma, GIST e o Adenocarcinoma.
Entre os tumores benignos os hamartomas e os adenomas são mais comuns. O diagnóstico pode ser feito por cápsula endoscópica, tomografia ou
enteroscópio com duplo balão. Apresentamos caso de paciente do sexo feminino, 59 anos, admitido no serviço de emergência com dor abdominal e
vômitos há 20 dias. No exame físico apresentava abdômen globoso, flácido, sem sinais de peritonite. Hemograma e gasometria normais. Insuficiência
renal e PCR 7,1. Realizou USG que evidenciou imagem sugestiva de intussuscepção intestinal provavelmente de cólon, confirmada por tomografia.
Submetida a laparotomia exploradora com intussuscepção jejujojejunal a 30 cm do ângulo de treitz. Realizado enterectomia segmentar com entero-
entero anastomose. O anatomopatológico diagnosticou leiomioma em parede entérica (CKit negativo, CD34 negativo, PS100 negativo e Ki67<1%.
Apresentou boa evolução pós-operatória com alta no quarto pós-operatório. Relatamos o presente caso devido sua raridade e dificuldade em realizar
o diagnóstico.

*FCMSCSP, São Paulo.

TL.C.INT.P.152
ÍLEO BILIAR - RELATO DE CASO
Bruna Gonçalves Sena Pinheiro1, Francinaldo Gonçalves Sena2

RESUMO - Introdução - O Íleo biliar é enfermidade rara decorrente basicamente de uma comunicação anormal entre a via biliar e o tubo digestivo,
secundária a uma colecistite que permite a migração de um cálculo biliar volumoso para a luz entérica. Mais frequente em idosos a partir dos 70
anos e em mulheres, pela maior incidência de litíase. Objetivo - Relatar o caso de um paciente acometido por Íleo-biliar. Casuística - Paciente, sexo
feminino, 27 anos, deu entrada no hospital com quadro clínico de Abdome Agudo Obstrutivo (dor abdominal difusa, náuseas, vômito, parada da
eliminação de fezes e de flato). Foi submetida à laparotomia exploradora, na qual foi possível visualizar um Cálculo Biliar impactado no Íleo terminal,
o que fechou o diagnóstico de Íleo-biliar. Realizou-se a retirada com cálculo com enterectomia segmentar, entero enterro anastomose e exploração
de vias biliares. A paciente teve boa evolução e sai de alta no 4º PO. Método - As informações foram obtidas por meio do acompanhamento da
cirurgia realizada, revisão do prontuário, supervisão médica e revisão da literatura. Conclusão - O conhecimento prévio deste quadro é de grande
importância, principalmente em atendimentos de urgência e emergência, pois o tratamento é eminentemente cirúrgico e a incidência de diagnóstico
no pré-operatório é relativamente pequena. O tipo de tratamento cirúrgico e sua abordagem com colecistectomia e correção das fístulas ou não
dependerão de vários fatores.

1
UFPA; 2Orientador, Pará.

TL.C.INT.P.153
ÍLEO BILIAR E A CONDUTA ADEQUADA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL NA EMERGÊNCIA
Gabriel Maranhão Silva1, Giulia Dal Cin ZANQUETTO1, Gabriela Rodrigues Santos1,
Mariana Rezende da Silva HASSAN1, Danielle Mendonça Andrade1, Luan Fellipe Bispo Almeida2,
Bruna NOVIELLO1, Marco Antônio de Jesus Nascimento2

RESUMO - A obstrução intestinal ainda é um mito para muitos médicos. Ela gera um desequilíbrio ácido base e hidroeletrolico levando a queda do
estado geral. O íleobiliar representa só 2% destes quadros, ocorre nos > 65 anos, com cálculo > 2,5 cm ou múltiplos cálculos, por ser mais insidiosa não
icterica. Metodologia - Relato de Caso aos moldes transversais. Objetivo - Estabelecer a conduta e diagnóstico de obstrução intestinal na emergência.
Relato de Caso - dor abdominal há 15 dias, em flanco direito, sem melhora com analgésicos, associado a desidratação importante, náuseas e vômitos,
estase gástrica, oligúria, distensão abdominal, com posteriori parada de eliminção de gazes e fezes e grande irritação peritoneal. Pct já sabia ser portadora
de Colelitiase, havia procurado Serviço PS no inicio sendo liberada, pois a obstrução só foi súbita pós 10 dias do inicio do quadro. Deu entrada no
Serviço de Cirurgia com Leucocitose de 25.000 7% de bastões, com confusão mental e queda do estado geral. Foi submetida à laparotomia exploradora
que detectou um íleobiliar, procedeu-se com uma entero-entero anastomose e devido a queda do estado geral a colecistectomia ficou para 2º tempo,
fez 15 dias de ciprofloxacino e metronidazol. Discussão - É mandatório H.V vigorosa, correção da gasometria, cateterização nasogástrica e vesical. A
antibioticoterapia sempre indicada associação de ciprofloxacino e metronidazol. No íeobiliar a cirurgia é mandatória - derivações bilio-digestiva em
especial a em Y-Roux.

1
UNIFESO; 2UFS, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 83


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.154
LINFOMA DE BURKITT COM ACOMETIMENTO DO TRATO GASTROINTESTINAL: RELATO DE CASO
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa2, Lásaro André Leite Costa1,
Diego Carlo Pereira Fernandes dos ANJOS1, Márcia Regina Amaral Ribeiro1, Marcelo Gonçalves Sousa1,
Luís Fábio Botelho1

RESUMO - Introdução - O Linfoma de Burkitt pertence ao grupo dos linfomas altamente agressivos, frequentemente apresentando acometimento
de sítios extranodais. Apresenta intensa proliferação celular e possui uma progressão extremamente rápida. Objetivo - Alertar para a necessidade do
conhecimento à respeito da evolução rápida do Linfoma de Burkitt por parte dos cirurgiões do aparelho digestivo, para que, sabendo da agressividade do
tumor, encaminhem com eficiência esse tipo de paciente para um serviço capaz de dar suporte e promover a cura para esses casos. Relato de Caso - ABS,
masculino, 26 anos, com quadro de dor abdominal em região periumbilical associada à febre. A TC de abdome revelou espessamento parietal difuso e
irregular na região ileocólica associada à lesão expansiva, sendo optado por uma abordagem cirúrgica. O laudo do AP revelou Linfoma Não-Hodgkin de
células de médio e grande porte. A Imunohistoquímica foi compatível com Linfoma de Burkitt. O paciente obteve alta hospitalar e não foi encaminhado
nem recebeu orientação com relação à necessidade de imediata realização de QT. Após passar por vários serviços sem que fosse instituída a conduta
adequada, foi encaminhado à Hematologia, onde foi iniciado o tratamento curativo de escolha, esquema CODOX-M +IVAC. Conclusão Os Linfomas
possuem agressividade e evoluções diversas, sendo imprescindível que a comunidade médica em geral tenha esse conhecimento.

UFPB; 2UFC, Paraíba.


1

TL.C.INT.P.155
MELANOMA INTESTINAL PRIMÁRIO: RELATO DE UM CASO
Guilherme Andrade Lemes1, Gabriel Mendes Andraos1, Daniel Paiva Margalhães1, Thiago David Aves Pinto1,
Sebastião Alves Pinto1, Orlando Milhomem Mota2

RESUMO - Introdução - O Melanoma é uma malignidade com altas taxas de mortalidade. Pode se metastatizar para qualquer órgão, inclusive
o trato gastrointestinal, que segue como uma ocorrência pouco comum. Embora dados de autopsia revelem achados de 50% de metástases para
o trato gastroenterico clinicamente essas metastazes são diagnosticadas em apenas 5% dos casos. Quando se trata de um sitio primário tem-se
um evento de maior raridade ainda sendo os locais mais frequentes: intestino delgado, estômago e colón. Objetivos - Relatar um caso de semi-
oclusão por um melanoma intestinal primário considerando sua agressividade e raridade. Casuística - 1 caso. Método - Relato se caso retirado
de prontuário. Resultados - Paciente deu entrada no pronto socorro com quadro de abdome agudo obstrutivo, foi encaminhado para cirurgia
e realizado enterectomia. O exame histopatológico foi sugestivo de neoplasia epiteliode indiferenciada infiltrativa e ulcerada comprometendo as
margens radiais e distais. O estudo Imuno-histoquimico que revelou proteína S-100 positiva, proteína melanossômica positiva e Ki-67 positivo
conferindo o diagnóstico de melanoma maligno. No pós-operatório foi feita dermatoscopia minuciosa em todo o corpo do paciente na qual não foi
observada lesões dermatológicas. Conclusão - A cirurgia tem garantido melhoras na sobrevida e morbidade e deve ser aliada a um histopatológico
certeiro já que o prognóstico é bastante reservado.

UFG; 2HGG, Goiás.


1

TL.C.INT.P.156
NEUROFIBROMA DUODENAL: RELATO DE CASO
Jose Celso de CARVALHO Junior1, Gisele Mione1, Rodrigo Martins Sales1, Daniel Britto Santos1,
Carlos Eduardo de Castro Areal1, Lilian Correa TELES2, Gustavo Barbosa Busquê PIRES1, Marcelo Soares da Cunha Peixoto1

RESUMO - Neurofibromatose tipo 1 é uma condição autossômica dominante com uma incidência de aproximadamente 1/3000 nascimentos.Trata-se
da mais freqüente neuromesoectodermose,doença que compromete os três folhetos germinativos embrionários. O envolvimento abdominal apresenta-
se através do crescimento de tumores no fígado, mesentério, retroperitônio, gástrico e/ou intestinal. Neoplasias gastrointestinais têm uma ocorrência
de 2-25%. As principais manifestações são hemorragia digestiva, dor, dispepsia e epigastralgia. Objetivo - Descrever o achado de um Neurofibroma
Duodenal durante propedêutica de um quadro de refluxo gastresofágico. Materiais e Métodos - feminina, 48 anos apresentando dispepsia e desconforto
abdominal há 3 semanas. Resultados - Ecoendoscopia evidenciando lesão hipoecogênica de aproximadamente 3 cm em muscular própria do bulbo
duodenal; anatomopatológico mostrando esofagite erosiva (grau B de Los Angeles); imuno-histoquímica favoreceu o diagnostico de neurofibroma.
Paciente foi submetido à duodenectomia de primeira porção, com exerése do tumor. Conclusão - O grande significado clínico da neurofibromatose tipo
1 está no grande potencial de malignização de seus tumores. Em aproximadamente 15% dos casos ocorre transformação maligna neurossarcomatosa.
Os estudos de imagem não só ajudam na avaliação e localização das lesões, mas também na identificação de lesões concomitantes e acompanhamento.
O tratamento definitivo é a ressecção cirúrgica.

Hospital Belo Horizonte; 2UNIFENAS, Minas Gerais.


1

84 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.157
O PAPEL DA CINTILOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HEMORRAGIA DIGESTIVA: RELATO
DE CASO
Harley PANDOLFI Jr.1, Lúcia Caetano Pereira2, Camila MIRI2, Ana Carolina Oliveira1

RESUMO - Introdução - Divertículo de Meckel (DM) é a anormalidade congênita gastrointestinal mais comum, resultante da obliteação incompleta
do ducto onfalomesentérico. Objetivo - Apresentamos o caso de uma criança de 9 meses, submetida à cintilografia evidenciando DM. Relato de Caso -
Menino, 9 meses, admitido no P.S. com evacuações sanguinolentas há 1 dia e palidez cutânea importante, que já havia apresentando duas internações
prévias com o mesmo quadro, porém com cintilografia e EDA normais. Enquanto aguardava colonoscopia realizou-se nova cintilografia, a qual
evidenciou Divertículo de Meckel e sangramento intestinal em flanco direito do abdome. Foi submetido à enterectomia segmentar e enteroanastomose
término-terminal, sem intercorrências. O anatomopatológico evidenciou Divertículo de Meckel e ectopia de mucosa gástrica. Método - Revisão de
artigos científicos nas bases eletrônicas de dados Scielo, PubMed, Capes. Discussão - O DM é geralmente assintomático. Suas complicações incluem
inflamação (28%), obstrução(34%) e hemorragia(38%). A cintilografia apresenta maior sensibilidade diagnóstica desde que na presença de sangramento
maior que 0,1-0,4ml/min. Conclusão - DM é a forma mais comum de apresentação dos remanescentes do ducto onfalomesentérico. A cintilografia tem
alta sensibilidade, se realizada na vigência do sangramento.

1
UFT; 2HIPP, Tocantins.

TL.C.INT.P.158
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR DIVERTÍCULO DE JEJUNO
Nelson Maeda Machado*, Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Marcio Augusto Ferreira*,
Adriano Visconti FACHIN*, Soraia Maria Féres MAEDA*

RESUMO - Introdução - A obstrução intestinal mecânica se constitui na parada de progressão do conteúdo entérico devido à um obstáculo mecânico
intraluminal, extraluminal ou intramural. O divertículo jejunal é uma rara entidade com incidência em torno de 0.3 a 1.3% em séries de autópsia.
Descrito inicialmente por Sommering em 1794. Suas complicações agudas incluem a diverticulite, hemorragia, perfuração e obstrução. Objetivo -
Relatar um caso de obstrução intestinal causado por divertículo jejunal. Casuística - D.R.R.J., 27 anos, masculino, com história de vômitos, dor
em cólica e distensão abdominal há 1 semana, perda de peso e relato de episódios semelhantes, nos últimos meses. Histórico do nascimento com
ânus imperfurado, submetido a várias cirurgias no período perinatal. Método - Paciente submetido ao trânsito de delgado, com dilatação do jejuno
proximal e dificuldade de progressão distal do contraste. Paciente foi submetido à laparotomia, onde observamos um longo divertículo jejunal,
com cerca de 18 cm, aderido ao retroperitônio formando uma alça obstruindo o jejuno proximal. Este foi ressecado, resolvendo a obstrução.
Resultados - Paciente recebeu alta no 5º. PO. O exame anatomopatológico evidenciou divertículo jejunal com epitélio típico. Reavaliado 3 meses após
cirurgia, assintomático. Conclusão - No abdome operado as bridas são causas frequentes de obstrução intestinal, embora outras afecções podem estar
presentes, necessitando de tratamento adequado.

*HUB, Brasília.

TL.C.INT.P.159
PERFURAÇÃO INTESTINAL POR TUBERCULOSE
Nathieli Pinhatti Colatreli*, Bruno Roberto Giannini Marini*, Maria Fernanda Martinelli TRABULSI*,
Leonardo Fiorilli ASSUNÇÃO*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de perfuração intestinal de origem tuberculosa. Método - Paciente de 54 anos, sexo masculino, andarilho, analfabeto,
desenhista, desnutrido e suspeita de tuberculose pulmonar. Apresentava hiporexia, astenia, dor abdominal mal caracterizada, hipocorado, hipotenso,
afebril. Pesquisou-se bacilo de Koch e HIV, tendo resultados negativos. Evoluiu no 13º dia de internação com dor abdominal difusa, com abdome
flácido, descompressão brusca negativa e presença de pneumoperitôneo em radiografia, sendo submetido à laparotomia com enterectomia ampliada.
Foi reoperado no 5º. pós-operatório por necrose segmentar e deiscência de suturas, evoluindo a óbito após 6 dias. Resultados - No intraoperatório,
apresentava fígado e baço sem alterações, múltiplas áreas de necrose e perfuração em íleo e jejuno, gânglios em mesentério e grande quantidade de
líquido seroso. À patologia, evidenciou enterite crônica e ulcerada, associada a trajeto fistuloso através da parede intestinal e tuberculose caseo-nodular
ativa em gânglio do mesentério. Conclusão - Com este caso pudemos perceber a dificuldade do diagnóstico de tuberculose intestinal, devido aos sintomas
inespecíficos como desnutrição, hiporexia, emagrecimento, tosse, dor abdominal inespecífica. Com isso, as chances de complicações como obstrução
intestinal, perfurações, sangramentos e fístulas aumentam, necessitando cirurgias de emergência e elevando as taxas de morbimortalidade.

*Hospital Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 85


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.160
PSEUDOMIXOMA PERITONEAL SECUNDÁRIO NEOPLÁSIA DE APÊNDICE CECAL – RELATO DE CASO
Marcel Rizeti Barbosa*, Julio Cesar Martins Aquino*, Marina Balbuena BUAINAIN*, Robson Luiz Silveira Jara*,
Elcio Darlan Miranda Ratier*, Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*

RESUMO - Introdução - Pseudomixoma peritoneal é uma doença incomum com presença de coleções gelatinosas abdominal e implantes mucinosos
peritoneais, secundária a tumor mucinoso. Objetivo - Descrever caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com
diagnóstico de pseudomixoma peritoneal. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - FFC, homem, 53 anos, branco, admitido
com dor abdominal há 5 meses. Com piora da dor há 5 dias em fossa ilíaca direita, irradiando para testículo direito. Estável, com massa volumosa
palpável em mesogástro, dolorosa a palpação, sem sinais de peritonite. Tomografia computadorizada evidencia volumosa lesão expansiva encapsulada,
com densidade de líquido espesso ocupando a região anterior do andar médio do abdome. Laparotomia exploradora com presença intracavitária
de secreção mucinosa, tumoração de 30 X 20cm, irregular, com pedículo em apêndice cecal e múltiplos implantes mucinosos; Realizada Exérese de
tumoração de apêndice cecal com resultado de anatomopatológico de Adenocarcinoma Mucinoso padrão Pseudomixoma Peritoneal de origem em
Apêndice Cecal. Paciente esta em tratamento quimioterápico. Conclusão - Neoplasias malignas de apêndice cecal são de difícil diagnóstico clínico,
devido sua baixa incidência e também devido a sua manifestação clínica inespecífica, cujo diagnóstico de certeza é determinado pelo exame histológico.

*HRMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.INT.P.161
RELATO DE CASO DE ENDOMETRIOSE INTESTINAL COMO CAUSA DE ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
COM ACOMETIMENTO LINFONODAL
Talita Soares VIANA*, Guilherme Andrade Lemes*, Leandro Carvalho Moreira*, Fernando Correa Amorim*, Ronaldo Figueiredo
Alves*, Pedro Henrique da Silva RUGUE*

RESUMO - Introdução - A endometriose é uma desordem benigna comum ginecológica, definida como glândulas e estroma endometrial fora da
cavidade endometrial, podendo estar associada a dor cíclica pélvica, dismenorréia, dispaurenia, disúria e disquezia. A endometriose intestinal afeta 3 a
37 % das pacientes com endometriose, implanta-se na serosa e algumas vezes invade a muscular própria. O relato de Caso com acometimento linfonodal
nas peças de ressecção é raro. Objetivo - Relato de Caso de endometriose intestinal como causa de abdome agudo obstrutivo com acometimento
linfonodal em uma paciente de 44 anos admitida no serviço do HC/UFG em 28/06/2013, submetida a laparotomia exploradora em 02/07/2013, intra-
operatório evidenciando tumoração infiltrativa em íleo terminal, cistos enegrecidos para-uterinos com grande infiltração no espaço vesico-uterino e reto-
uterino, lesões sugestivas de endometriose, pacientes submetida a hemicolectomia direita, histerectomia parcial envolvendo ovários e tubas uterinas e
colecistectomia. Anátomo-patológico das lesões confirmando endometriose em ovários, tubas, intestino até muscular própria, inclusive em um linfonodo
dos 17 dissecados. Discussão - Quando a endometriose é intestinal seus sintomas são disquezia, hematoquezia cíclica, afilamento das fezes e obstrução
intestinal. A história e o exame físico predizem sua presença em 80 % dos casos. Pode se utilizar como exames de imagem complementares. Devendo ser
lembrada em casos de abdome agudo obstrutivo.

*Universidade Federal de Goiás, Goiás.

TL.C.INT.P.162
RELATO DE CASO – ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*, Juliana Lopes Camargos Sousa*,
Filipe Borges de Moraes*, Giordana Nascimento Brandão*, Tales Mendes Sabia*, Lara Mendes Rezende Costa*,
Marcelo Soares da Cunha Peixoto*

RESUMO - O adenocarcinoma de apêndice é uma doença rara, apresentando-se como uma das etiologias da apendicite aguda, podendo apresentar
agressividade loco-regional. Evidenciado um caso desta afecção e diante da sua raridade e dificuldade para firmar o diagnóstico, julgamos oportuno
relatá-lo. Objetivo - Descrever o achado de um adenocarcinoma de apêndice durante propedêutica de um abdome agudo cirúrgico. Materiais e Métodos
- Feminina, 69 anos, avaliada inicialmente com queixas de dor em fossa ilíaca direita, vômitos, febre e sinais de irritação peritoneal. Resultados -
submetida à apendicectomia por laparotomia com hemicolectomia direita. Anatomopatológico evidenciou achados sugestivos de adenocarcinoma
invasor, com invasão de serosa, porem com margens ressecadas livres. Estadiamento T3NxMx. A imuno-histoquímica evidenciou adenocarcinoma de
apêndice vermiforme. Conclusão - O adenocarcinoma do apêndice é uma neoplasia rara, representando cerca de 0,2% a 0,5% de todas as neoplasias
gastrointestinais. A incidência entre o sexo masculino para o feminino se faz na proporção de 5:2, e incide principalmente entre a sexta e sétima décadas
de vida. O tratamento de escolha do adenocarcinoma do apêndice é cirúrgico. Os tumores diagnosticados pelo exame anatomopatológico de uma
apendicectomia devem ser submetidos a uma hemicolectomia direita num segundo tempo, independente do tamanho da lesão.

*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.

86 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.163
TRATAMENTO DE FÍSTULA ENTEROCUTÂNEA EM HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA
Valdinaldo Aragão de Melo1, Flávio Luiz Cabral DÓSEA1, Iracy Carine Hora BRAGA1, Daisy D. Panta Oliveira2,
Tonhara Alves Almeida2, Bruno Augusto Andrade VITOR2, Manuela Oliveira Melo Bomfim2,
Leandro José Tojal Siqueira2

RESUMO - Introdução - A hérnia inguinal é uma condição frequente em pacientes do sexo masculino, que pode encarcerar e por vezes estrangular.
A formação de fístulas enterocutâneas é rara na literatura. Objetivo - apresentar um caso de fístula enterocutânea consequente a hérnia encarcerada
conduzida no Serviço de Cirurgia geral da FBHC. Relato de Caso - Paciente de 54 anos, masculino, portador de hérnia inguinal bilateral há 13 anos,
evolui com quadro de encarceramento e formação de fístula enterocutânea à esquerda por 7 dias. Procedeu-se a ressecção da fístula com anastomose
término-terminal do jejuno em plano único. Redução do conteúdo e realizado hernioplastia inguinal bilateral por vídeolaparoscopia. Apresentou
evolução pós-operatória satisfatória, sem intercorrências.

1
FBHC; 2UFS, Sergipe.

TL.C.INT.P.164
TUMOR CARCINOIDE DE INTESTINO DELGADO
Marcela Juliano Silva1, Bárbara Luiza de Britto CANÇADO1, Letícia Ferreira Bueno1, Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2,
Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2, Tiago Ferreira PAULA2, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2,
Allisson Morais Moreira2

RESUMO - Introdução - O tumor carcinoide ileal é uma rara lesão maligna, de crescimento lento, que predomina em homens. O quadro clínico pode
variar desde sintomas inespecíficos até um quadro de abdome agudo. Casuística - Paciente masculino, 56 anos, iniciou quadro de dor abdominal difusa,
distensão abdominal, parada de eliminação de flatos, sem irritação peritoneal. PCR de 96 mg/L e TC de abdome com acentuada dilatação de alças
jejunais e ileais, edema da parede de alças jejunais no flanco esquerdo, com redução abrupta do calibre ao nível do hipogástrio sem evidência de lesões
expansivas associadas, com características de bridas (cirurgia prévia: apendicectomia). Optado por tratamento clínico com melhora total do quadro.
Em uma semana, evoluiu com enterorragia e melena franca. Optado por laparotomia exploradora sendo visualizado lesões constritivas, nodulares, de
aspecto endurecido, esbranquiçadas, de 2 cm de diâmetro, no íleo, a cerca de 50 cm da válvula íleo-cecal, acometendo a parede do delgado e invadindo
a raiz do mesentério. Anatomopatológico: presença de tumor carcinoide com margens de ressecção livres e presença de metástase em 8 linfonodos de
11 dissecados. Atualmente, em tratamento clínico oncológico. Discussão - Até 90% desses casos evoluem com dificuldade diagnóstica pré-operatória,
o que se justifica pela baixa especificidade dos exames habitualmente empregados para o estudo do intestino médio e pela apresentação sintomática
inespecífica na maioria dos pacientes.

1
PUC GO; 2SCMGO, Goiás.

TL.C.INT.P.165
TUMOR DESMOIDE
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Hermínio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com história prévia de adenocarcinoma de próstata apresentando tumor desmóide de intestino
delgado. Objetivo - Relatar caso de tipo raro de tumor intestinal. Casuística - Homem de sessenta anos apresentando quadro de dor em epigástrio,
febre e vômito. Realizada tomografia que evidenciou massa heterogênea em mesogastro com 10,0 x 11,0 cm, arredondada, com relação íntima com as
alças intestinais sugerindo GIST. Foi submetido à laparotomia que evidenciou tumoração esbranquiçada dura, esférica e lisa em parede de jejuno com
aderências de íleo. Feita a dissecção das aderências e enterectomia com 5 cm de margem. A histopatologia revelou proliferação de células de núcleos
ovoides, com citoplasma amplo, nucléolo diminuído, padrão cromatínico delicado, dispostas em feixes entrelaçados com extensa formação de colágeno
denso. A imunohistoquímica os anticorpos para proteína S-100 e CD 34 negativos e positivo para C-Kit Cd 117, determinando tratar-se de fibromatose
intestinal. Métodos - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultados - a fibromatose intestinal ou tumor desmóide intraabdominal é um tipo de
proliferação fibroblástica em consequência a um trauma cirúrgico ou espontaneamente. São tumores raros de origem mesenquimal. Seu tratamento
é controverso já que apresentam alto índice de recidiva após ressecção. Conclusão - Os tumores desmoides são raros e devem ser tratados em caso de
pacientes sintomáticos cujos tumores são ressecáveis.

*HFA, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 87


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.166
TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINAL: RELATO DE CASO E REVISÃO LITERÁRIA
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Rodrigo Ferreira da ROCHA2, Renato Raulino MOREIRA2, João Eduardo de Sena Souza Pinto2,
Jund da Silva REGIS2, Salime Saráty Malveira2, Pablo de Melo Maranhão PEREIRA2, Bárbara Augusta Macedo Martins e Silva3

RESUMO - Os tumores do estroma gastrintestinal (GIST) são originados nas células Intersticiais de Cajal, que expressam a proteína C-KIT, acometendo
principalmente estômago e intestino delgado. O tratamento por excisão radical é Padrão-Ouro, com sobrevida após 5 anos de 40-60%. Objetivou-se
traçar o perfil clínico, cirúrgico e epidemiológico de Caso de GIST atendido na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará em 2012. Homem, 73
anos, com queixas de mal estar geral e Hematoquezia iniciados há 10 dias. Nesse período, procurou atendimentos em hospitais, relatando dor abdominal
e piora dos sintomas; recebeu 8 bolsas de concentrados de hemácias. exame físico: Cote, Hipocorado (3+/4+), bom estado geral. Abdome Globoso, RHA
presentes, doloroso à palpação em Hipocôndrio Esquerdo, descompressão brusca negativa. solicitados exames de Imagem. EDA: sem sangramento ativo
ou recente. TC Abdominal: espessamento parietal focal, em topografia jejunal de aprox. 4 cm, realçado após contraste, com estreitamento luminal.
Colonoscopia: doença hemorroidária grau I, esparsos divertículos em sigmóide, pólipo séssil em cólon direito. Realizada Laparotomia exploradora
com enterectomia de 10cm, contendo lesão tumoral, e enteroentero-anastomose a 180cm do ângulo de treitz. Anatomopatológico: neoplasia fusocelular
parietal de histogênese não definida. Imunohistoquímica: tumor estromal gastrointestinal (GIST) fusocelular. Evoluiu bem em pós-operatório, com
acompanhamento ambulatorial, sem queixas de nova HDB.

Universidade Federal do Pará; 2Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; 3Centro Universitário do Estado do Pará, Pará.
1

TL.C.INT.P.167
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL C-KIT (CD 117) NEGATIVO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Walter Ludwig Armin Schroff*,
Willian Pires de Oliveira Júnior*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente idoso que apresentou tumor estromal gastrointestinal (GIST). Objetivo - Relatar o caso de uma
variante rara do GIST com CD 117 negativo. Casuística - Paciente de 70 anos com quadro de abdome agudo inflamatório. Foi realizada tomografia
de abdome que demonstrou coleção arredondada, de paredes espessadas e conteúdo heterogêneo, em topografia infraumbilical direita, com cinco
centímetros em seu maior eixo, obliterando a gordura mesentérica adjacente, em contiguidade com segmento de alça de intestino delgado. Na laparotomia
viu-se tumoração ovoide em íleo, vinhosa, de oito centímetros, aderida a parede da alça. Foi realizada a enterectomia com 8 cm de margem e feita
enterro-entero anastomose. O histopatológico mostrou neoplasia fusocelular com três mitoses para cada 50cga. As células estavam dispostas em feixes
entrelaçados e curtos, com citoplasma amplo e vacuolado. A imunohistoquímica foi negativa para anticorpos para proteína S-100, CD 34 e CD 117. O
anticorpo anti-DOG 1 foi positivo. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultado - Os GIST são neoplasias derivadas das células de Cajal.
Apresentam baixo potencial metastático, porém são localmente invasivas e seu potencial maligno é determinado pelo tamanho do tumor e o número de
mitoses por 50cga. Apenas 4% dos GIST são CD 117 negativos, sendo esses anti-DOG 1 positivos. Conclusão - O GIST é doença de potencial maligno
incerto que deve ser ressecada quando possível.

*HFA, Brasília.

TL.C.INT.P.168
VOLVO DE CECO E CÓLON ASCENDENTE EM PACIENTE COM MEGACÓLON CHAGÁSICO PÓS
RETOSSIGMOIDECTOMIA: RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Vanessa de Souza Cabral*, Karoline Rayana dos Santos*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*

RESUMO - Introdução - O megacólon chagásico é causa de constipação crônica e dor abdominal, apresentando como complicação principal o fecaloma
(65%), seguido de volvo de sigmoide (31,5%), obstrução e perfuração. No Brasil, é causa importante de volvo. Relato de Caso - MSM, 49 anos, sexo feminino,
natural e procedente de Campina Grande - PB, admitida em serviço hospitalar, apresentando dor, distensão abdominal, vômitos e parada do trânsito intestinal
há 3 dias e antecedente cirúrgico de retossigmoidectomia devido ao megacólon chagásico. Ao exame físico, apresentava abdome doloroso difusamente e
hipertimpânico, com ruídos hidroaéreos hipoativos. Realizaram-se exames laboratoriais e radiografia de abdome total evidenciando importante dilatação
de cólon com sinais de obstrução (imagem em “grão de café”). Paciente foi submetida a laparotomia exploradora, sendo visualizado volvo de ceco e cólon
ascendente necrosado por aderência. A anastomose anterior não foi identificada devido à perda da anatomia pela dilatação excessiva. Foi realizado aspiração
de gás do segmento do cólon dilatado, desfeita rotação de cólon e realizada hemicolectomia direita, com ileotransversoanastomose látero-lateral. Conclusão
- O megacólon chagásico tem indicação de tratamento cirúrgico devido aos sintomas de constipação e risco de complicações. Teoricamente, a cirurgia ideal
deve resolver o sintoma principal, que é a constipação intestinal, evitar a recidiva, ter pouca morbidade e mortalidade e curar o paciente.

*UFCG, Paraíba.

88 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.INT.P.169
VOLVO INTESTINAL EM TORNO DE CORDÃO FIBROSO DE DIVERTÍCULO DE MECKEL
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlitler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com quadro de abdome agudo obstrutivo cuja causa era um volvo intestinal ao redor de cordão
fibroso de um divertículo de Meckel. Objetivo - Relatar uma causa rara de obstrução intestinal e realizar uma breve revisão da literatura. Casuística
- Um paciente de 16 anos que apresentou quadro de abdome agudo obstrutivo. Foi levado para cirurgia na qual se viu que a causa da obstrução era
a torção de segmento ileal ao redor do cordão fibroso que conectava um divertículo de Meckel à cicatriz umbilical. Foi desfeita a torção e procedida
a diverticulectomia e exérese do cordão fibroso, além da rafia enteral de onde foi retirado o divertículo. O paciente apresentou boa evolução, tendo
recebido alta no quinto dia de pós-operatório. Método - Relato de Caso e breve revisão da literatura. Resultados - A literatura demonstra que o
divertículo de Meckel aparece quando há persistência da extremidade intestinal do conduto onfalomesentérico. Situa-se na borda antimesentérica do
íleo terminal a cerca de 40 cm da válvula ileocecal e, algumas vezes, está conectado à cicatriz umbilical por um cordão fibroso que pode funcionar como
um eixo em torno do qual a alça intestinal pode rodar e produzir volvo. Tal quadro pode ser adequadamente conduzido com a desconfecção do volvo e
diverticulectomia. Conclusão - O volvo intestinal por cordão fibroso de divertículo de Meckel é causa rara de obstrução intestinal e pode ser tratado com
desconfecção da torção e diverticulectomia.

*HFA, Brasília.

TL.C.MIS.P.170

pôsteres • Miscelânea
ABDOME AGUDO EM PACIENTES COM DOENÇA HEMATOLÓGICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - Pacientes com doença hematológica apresentam uma menor sensibilidade à dor e podem ser um desafio para o diagnóstico de
abdome agudo. Objetivos - Descrever o manejo e o tratamento de abdome agudo em pacientes com doença hematológica. Métodos - Estudo retrospectivo
entre pacientes adultos admitidos na emergência de um hospital do SUS - Recife/PE entre janeiro de 2002 e junho de 2013, com doença hematológica.
Foram avaliados a etiologia da doença hematológica, o tipo de abdome agudo e o tratamento. Resultados - Foram encontrados 16 pacientes, sendo 10 do
sexo masculino. A idade variou de 19 a 61 anos. Hemorragia digestiva alta (HDA) ocorreu em 4 pacientes. Etiologia da doença hematológica foi: anemia
falciforme (6), leucemia (6), linfoma (2) e púrpura trombocitopênica imune (2). Úlcera péptica perfurada foi encontrada em 5 casos; apendicite, em 4;
abscesso esplênico roto, em 3; tumor de cólon direito obstruído, em 1; perfuração de delgado, em 1; e colecistite aguda, em 2. laparotomia exploradora
ocorreu imediatamente em 9. Em 4 pacientes foi realizada tomografia de abdome e em 5, endoscopia digestiva alta. Ultrassonografia de abdome na
emergência foi realizada apenas em 1. Complicações pós-operatórias aconteceram em 7 (abscesso cavitário, evisceração, infecção de ferida operatória).
Ocorreu óbito em 3 pacientes. Conclusão - O abdome agudo em doença hematológica geralmente é de manejo difícil e de prognóstico incerto e está
relacionado com diagnóstico precoce.

* HR, Pernambuco.

TL.C.MIS.P.171
ABDOME AGUDO POR ROTURA DE ANEURISMA DE ARTÉRIA ESPLÊNICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ricardo Estevam Martins*, Frederico Gomide SANDOVAL*, Adriana Tieme TANIGUCHI*, Luis
Eduardo Ataide REQUEL*, Murilo Barcelos de Souza*, Jodé Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*

RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de abdome agudo por rotura de aneurisma de artéria esplênica, tratada inicialmente através de laparotomia
exploradora e posteriormente arteriografia com embolização. Método - A embolização através de arteriografia para lesões vasculares é opção diagnós-
tica e terapêutica importante em casos de lesões vasculares traumáticas ou não traumáticas. Relato de Caso - Paciente admitido na sala de emergência,
transferido de outro serviço, após evoluir com epigastralgia súbita importante, síncope e hipotensão. Apresentava-se em intubação orotraqueal, instável
hemodinamicamente, com queda dos níveis de Hemoglobina de 11,2 para 6,7. Realizada laparotomia exploradora, após tomografia abdominal. No
inventário da cavidade observou-se hematoma em Zona II, sem sinais expansivos e hemoperitônio volumoso, compatível com imagem tomográfica
pré-operatória. Optado por realização de “Damage Control”. Após 24 horas na Unidade de Terapia Intensiva, foi submetido à arteriografia com embo-
lização de aneurisma de artéria esplênica. O paciente evoluiu com instabilidade hemodinamicamente e óbito após 48 horas. Conclusão - A realização de
arteriografia em pacientes com lesões vasculares pode determinar o diagnóstico, com possibilidade de conduta terapêutica definitiva através desse mesmo
procedimento. A indicação e realização precoces podem ser determinantes na evolução do caso.

*Santa Casa de Limeira, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 89


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.172
ABSCESSO ESPLÊNICO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa2, Diego Barão da Silva3, Artur de Holanda Paes Pinto3,
Juliano Fernandes da Costa3, Ana Carolina Navarro Ribeiro HENRIQUES1

RESUMO - Introdução - O abscesso esplênico é uma enfermidade rara que acomete mais comumente indivíduos com algum grau de imunossupressão,
como pacientes com neoplasia em uso de quimioterápicos, portadores de HIV e usuários crônicos de corticóides. Objetivos - Alertar para possibilidade
desse diagnóstico em paciente imunocompetente com sintomas inespecíficos. Relato de Caso - PSC, masculino, 72 anos, iniciou quadro de febre, calafrios,
anorexia e discreta distensão abdominal após realização de biópsia de próstata transretal. Paciente foi internado com suspeita de pielonefrite, sendo ini-
ciado rocefin e flagyl, sem melhora clínica ou ambulatorial. Evoluiu com piora da distensão, febre elevada e taquicardia. O hemograma mostrou discreta
leucocitose associada a aumento do PCR e VHS. A Tomografia Computadorizada de Abdome e Pelve revelou baço de dimensões pouco aumentadas
apresentando áreas contrastantes esparsas no parênquima, medindo a maior cerca de 4 cm, de localização em pólo superior, sendo compatível com a
hipótese de abscesso esplênico. Foi realizado tratamento de escolha com antibioticoterapia venosa (meropenem e vancomicina) e esplenectomia total.
Conclusão - O abscesso esplênico pode ocorrer após um procedimento invasivo em indivíduo imunocompetente, havendo necessidade, então, de se pensar
nesse diagnóstico em paciente com quadro clínico e laboratório infeccioso.

UFPB, Paraíba; 2UFC, Ceará; 3HSPE.


1

TL.C.MIS.P.173
ANGIOMIXOMA AGRESSIVO DE PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Lais Teixeira DALLACQUA1, Waston Gonçalves Ribeiro2, Laura Rosa Carvalho DIAS2, Arthur Jefferson Belchior Silva2,
Ellano de Brito PONTES1, Felipe Machado dos Santos1, Tiago Rodrigues CAVALCANTE2,
Renato Sodré Ribeiro1

RESUMO - Introdução - Descrito em 1983 um tumor agressivo, mesenquimal, de crescimento lento e insidioso: o Angiomixoma Agressivo (AA). Mé-
todo - Estudo realizado em abril de 2013, no HUPD, em São Luís-MA. Resultados - J.S.M., 40 anos, feminino. Procurou auxílio médico após quadro de
hipermenorréia há 5 meses, acompanhada de aumento do volume abdominal e cefaléia. Nega alterações do hábito intestinal, dor e perda ponderal. USG
transvaginal: útero com imagens nodulares em região fúndica (8,8 x 7,6 e 2,9 x 2,6 cm). J.S.M. foi encaminhada para histerectomia total em 04/04/13,
quando foi visualizada massa abdominal de aparência cística e renal, sem origem uterina, optando-se pela miomectomia. Após isso, foi realizada TC de
abdome total: formação expansiva cística, conteúdo homogênio de paredes finas, 21 x 21 cm, ocupando região abdomino-pélvica. USG pélvica: coleção
de aspecto mucinoso em mesogástrio e flancos. Ao exame físico: abdome globoso, flácido, com massa palpável da pelve até 2 cm da cicatriz umbilical,
de consistência endurecida, pouco móvel e indolor. Em 22/04/13, J.S.M foi submetida à laparotomia exploradora. Realizou-se a ressecção completa de
tumor (cerca de 2 kg) bem delimitado em parede abdominal, de consistência fibroelástica e sem comprometimento de demais órgãos. A paciente teve alta
em bom estado geral. Conclusão - O AA é um tumor com recorrentes recidivas locorregionais (25-47%), com menos de 350 casos descritos na literatura
e 2 casos de metástases relatados. O tratamento cirúrgico é a terapêutica de escolha.

UFMA, 2HUUFMA, Maranhão.


1

TL.C.MIS.P.174
APÊNDICE CECAL DUPLO COM APENDICITE AGUDA: RELATO DE CASO
José Roberto Alves*, Ícaro Godeiro de Oliveira Maranhão*, Patrick Vanttinny Vieira de Oliveira*,
Enio Campos Amico*

RESUMO - Foram descritos menos de 100 casos de apêndice cecal duplo, sem relatos nacionais. Seu diagnóstico acontece na maioria dos casos de forma
incidental durante apendicectomias. Relato de Caso - Homem, branco, 36 anos, sobrepeso, com dor em andar inferior de abdome há 24 horas associado
a náuseas, vômito e febre baixa. Realizou exames de sangue demonstrando leucocitose (sem desvio para esquerda) e ultrassonografia exibindo parede de
apêndice cecal espessada associado localmente à pequena quantidade de líquido e bloqueio de alças. Submetido a laparotomia (incisão de McBurney)
identificou-se após lise de aderências e liberação cecal a presença de apêndice cecal inflamado. Próximo ao íleo evidenciou-se outro bloqueio de alças,
que após nova liberação possibilitou o reconhecimento de outro apêndice cecal. Realizado apendicectomia dupla e iliectomia segmentar. Discussão - A
duplicação do apêndice cecal neste caso foi classificada como tipo B de Cave-Walbridge modificada (origem cecal diferente). Apesar de rara essa variação
anatômica, é importante e recomendado a realização da liberação cecal do retroperitônio durante as apedicectomias para proporcionar o reconhecimen-
to da possível existência de apêndice cecal duplo. Conclusão - A ausência de avaliação cirúrgica adequada do ceco pode deixar de identificar a presença
de um segundo apêndice cecal. Isto poderá gerar futuras dificuldades diagnósticas e problemas médico-legais devido à possibilidade de nova inflamação
do apêndice cecal remanescente.

*UFRN, Rio Grande do Norte.

90 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.175
ÁSCARIS NA VIA BILIAR EM PÓS-OPERATÓRIO DE APENDICECTOMIA - RELATO DE CASO
Eduardo Santos SILVEIRA JUNIOR*, Eduardo Santos SILVEIRA*, Raiza de Melo Valadares CAVALCANTE*,
Fabiana Teofilo Veras Silva*, Daniel de Alencar Macedo DUTRA*

RESUMO - Introdução - As enteroparasitoses seguem geralmente um curso benigno, mas podem em alguns casos, gerar complicações. Uma delas é
a penetração de vermes pela via biliar provocando obstrução ou até mesmo colangite. Relato - 5 anos, sexo feminino, natural de zona rural. Entrada
em serviço de emergência com quadro clínico de apendicite. US confirmou a suspeita clínica e revelou vesícula e vias biliares sem alterações. Durante
a cirurgia foi identificada apendicite supurada. Realizada apendicectomia, lavagem da cavidade e antibioticoterapia, tendo alta hospitalar após 7 dias.
No 10º dia a paciente retorna ao serviço com dor abdominal tipo cólica em hipocôndrio direito, sinal de Murphy positivo e icterícia. Novo US reve-
lou imagem sugestiva de parasita em vesicula e via biliar. Realizada nova laparotomia com retirada do verme morto da via biliar e colecistectomia. A
paciente permaneceu internada por 1 semana, tratada com antibióticos e albendazol, tendo alta hospitalar sem outras complicações. Conclusão - As
enteroparasitoses costumam ter cursos benignos, mas podem apresentar complicações como obstrução da via bilar. Neste caso, a manipulação cirúrgica
durante apendicectomia com lavagem da cavidade pode ter facilitado ou provocado a entrada do parasita pela papila duodenal, provocando quadro de
icterícia obstrutiva e cólica.

*UESPI, Piauí.

TL.C.MIS.P.176
BAÇO ECTÓPICO COM BAÇO ACESSÓRIO - RELATO CASO
Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*,
Augusto Jose da Silva Albuquerque Cavalcante*, Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*,
Maíra Seabra Federici Teixeira*, Marcelo Stacanelli di PAULA*

RESUMO - Relatamos o caso de um adolescente, masculino, 14 anos de idade, previamente hígido, procedente da região metropolitana de Belo Hori-
zonte; com queixa de dor em fossa ilíaca esquerda, há aproximadamente 4 meses, não acompanhada de febre, sintomas constitucionais, ou alteração do
hábito intestinal, com piora nos últimos dias. O exame físico inicial mostrou que o paciente estava discretamente hipocorado, apresentava uma massa
palpável e mesmo visível em quadrante inferior esquerdo do abdome, dolorosa à palpação; mas encontrava-se afebril, normotenso, sem taquicardia. A
tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve mostrou baço ectópico, de localização pélvica à esquerda, com 16 cm em seu maior eixo, sem realce
do parênquima na fase contrastada, sugerindo infarto; artéria esplênica com torção em região próxima ao hilo; e ainda baço acessório adjacente a face
lateral do rim esquerdo, medindo 1,4 x 1,4 cm. O paciente foi submetido à laparotomia, sendo revertida a torção da artéria esplênica e realizada a fixação
do baço em sua loja. Após a cirurgia, o paciente evoluiu sem intercorrências, tornando-se assintomático, sem dor à palpação abdominal, recebendo alta
hospitalar sete dias após o procedimento. A TC, repetida antes da alta, ainda mostrava um baço aumentado (17 cm no maior eixo), com realce apenas
periférico na fase contrastada, agora hipocôndrio esquerdo.

*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.MIS.P.177
CISTO DE ÚRACO SIMULANDO ABDÔMEN AGUDO
Belisa Tiegs Ferreira1, Leonardo Parreira GOMIDE2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho1,
Antenor COUTO Neto1, Sidney Ribeiro de Resende1, Djalma Antônio da SILVA JUNIOR1, Izabella Rezende Oliveira2

RESUMO - Introdução - Úraco tem sua origem na separação do alantóide com a cloaca ventral, sendo um remanescente embrionário. Estende-se desde
a cicatriz umbilical até a bexiga, sua obliteração ocorre entre a 6ª-12ª semana, sendo raros casos de persistência após vida adulta. Neste trabalho temos
o objetivo relatar um caso de cisto de úraco simulando abdômen agudo. Relato de Caso - Paciente masculino, 39 anos, deu entrada no Hospital Santa
Genoveva com dor abdominal periumbilical iniciada há 2 dias, tendo como única alteração laboratorial elevação da proteína C reativa. Evoluiu com
localização da dor para fossa ilíaca direita com sinal de blumberg positivo, associado a febre e hiporexia. Novos exames foram realizados, com achado
ultrassonográfico de líquido livre em FID. Foi submetido à apendicectomia, sem confirmação histopatologica. Com boa evolução, recebeu alta, no
mesmo dia retornou ao hospital com queixa de saída de secreção umbilical purulenta e fétida, sendo então diagnosticado cisto de úraco. Foi realizada
laparotomia com ressecção de úraco remanescente até ápice da bexiga. Paciente recebeu alta hospitalar sem intercorrências. Discussão - As anomalias
uracais podem se manifestar através de cisto, fístula, divertículo ou ainda persistência do seio uracal. O cisto é apresentação mais freqüente, sendo sua
principal complicação a infecção. Ruptura espontânea como ocorreu nesse caso é rara, mesmo assim deve ser considerada diagnóstico diferencial em
casos de abdômen agudo.

1
HSG-GO, 2PUC-GO, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 91


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.178
CISTO ESPLÊNICO: RELATO DE 2 CASOS
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*

RESUMO - Cistos esplênicos possuem ocorrência pouco freqüente. Os cistos não parasitários podem ser classificados em pseudocistos (pós-traumáticos
ou sem causa definida) ou verdadeiros (congênitos ou neoplásicos), de acordo com a ausência ou presença, de epitélio de revestimento interno. São mais
freqüentes na segunda e terceira décadas de vida, mas podem aparecer na infância. Objetivo - Relatar dois casos de cistos esplênicos em pacientes com
sintomas inespecíficos, sendo diagnosticado em exames de imagem. Relato de Caso - Masculino, 39 anos, pardo, procedente de São Paulo, queixando-se
de saciedade precoce há 1 ano e episódios de febre não aferida e mialgia há 7 meses, realizou Rx tórax, no qual havia calcificação circular em região de
hipocôndrio esquerdo. Tc evidenciando cisto esplênico volumoso. No outro caso mulher de 58 anos com queixa de má digestão, com cisto esplenico
volumoso em US, confirmado em TC. Ambos pacientes foram submetido à esplenectomia total. Conclusão - Cistos esplênicos são entidades de difícil
diagnóstico, encontrados de forma incidental em exames de rotina ou no intra-operatório de cirurgias abdominais. O tratamento cirúrgico depende
do tamanho do cisto ou de sintomas compressivos, podendo a cirurgia ser a esplenectomia parcial ou total, além do destelhamento do cisto em casos
selecionados.

*Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.

TL.C.MIS.P.179
CISTO ESPLÊNICO EPITELIAL GIGANTE
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com dor abdominal intensa causada por cisto esplênico epitelial gigante. Objetivo - Relatar
uma causa rara de dor abdominal. Casuística - Mulher de 20 anos com dor em hipocôndrio esquerdo, vômitos e leucocitose. A tomografia de ab-
dome revelou massa em topografia de quadrante superior esquerdo compatível com cisto esplênico ou pancreático. Foi realizada laparotomia que
evidenciou cisto esplênico de 17,0 x 15,0cm profundo no parênquima tendo sido realizada esplenectomia. O histopatológico demonstrou tratar-se
de cisto esplênico epitelial. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultado - Foram relatados menos de 1.000 casos de cistos esplênicos
até hoje. Os cistos epiteliais perfazem ¼ dos cistos esplênicos verdadeiros e cerca de 5% do total de cistos esplênicos não parasitários e são diag-
nosticados antes dos 20 anos. Geralmente são assintomáticos, mas podem causar sintomas se romperem ou por compressão. A cirurgia é indicada
nos maiores que 5 cm ou sintomáticos, sendo ideal a preservação do baço se possível. Em caso de cisto profundo ou central deve-se proceder a
esplenectomia. Conclusão - Os cistos esplênicos epiteliais são raros e devem ser removidos caso sejam maiores que 5 cm, mantendo-se o máximo de
tecido esplênico possível.

*Hospital Federal do Andarai - HFA, Rio de Janeiro.

TL.C.MIS.P.180
CISTO ESPLÊNICO GIGANTE EM ADOLESCENTE
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Samir Ebaid1, Marco Felipe Silva Fernandes2, Aline Benicio Braga Murgia1

RESUMO - Os cistos esplênicos podem ser congênitos ou adquiridos e raramente acometem a população pediátrica. Encontrados acidentalmente em
exames ultra-sonográficos, aparecem como volumosa tumoração em topografia do hipocôndrio esquerdo, associada a sintomas obstrutivos e dor abdo-
minal. O tratamento pode ser expectante, naqueles casos de cistos pequenos descobertos incidentalmente, ou consistir de ressecção cirúrgica, nas lesões
volumosas, preservando sempre que possível o tecido esplênico. É relatado um caso clínico de paciente do sexo feminino, com quinze anos de idade e
sintomas dispépticos, que apresentava volumosa tumoração em quadrante superior esquerdo do abdome, ultrapassando a linha media, na qual a ultra-
-sonografia e a tomografia computadorizada evidenciaram tratar-se de lesão cística esplênica. Uma laparotomia exploradora confirmou a lesão cística
do baço que infiltrava o pedículo esplênico, foi optado pela esplenectomia devido a fatores anatômicos e presença de baço extranumerário em flanco
esquerdo. O exame anatomopatológico diagnosticou cisto esplênico epitelial benigno. Um exame cintilográfico, realizado seis meses após a cirurgia,
demonstrou tecido esplênico de pequeno volume impregnado por material radioativo, característico do órgão extra numerário. A descapsulação é um
método eficiente e seguro para o tratamento do cisto esplênico, com preservação do parênquima do baço de sua função imunológica, porém em casos
específicos deve-se realizar a esplenectomia.

1
Hospital Regional de Ilha Solteira, 2Hospital Unimed Araçatuba, São Paulo.

92 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.181
CISTO MESENTÉRICO VOLUMOSO COMO CAUSA DE SEMIOCLUSÃO INTESTINAL EM ADULTO JOVEM
Sheilane Rodrigues*, Carlos Alberto Toledo Martinez*, Mariana Dias Zanchetta*,
Cícero André Gomes Ribeiro*, Ruytemberg Oliveira Rodrigues*, Eduardo Augusto de ARAÚJO*,
Rogério do Carmo Moreira*, Lúcio Lucas PEreira*

RESUMO - Paciente do sexo masculino, 39 anos, procurou o serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Base do Distrito Federal com quadro de dor
abdominal difusa associada a náuseas e vômitos pós-prandiais, pirose e epigastralgia. Relato de perda ponderal de 15 Kg em 5 meses. Ritmo intestinal
alternando episódios de obstipação e diarreia. Ao exame físico apresentou submacicez em epigastro, mesogastro e hipocôndrio direito, com dor à pal-
pação e percussão, hepatomegalia e episódios de distensão abdominal. Realizou tomografia computadorizada de abdome evidenciando volumosa lesão
cística em cavidade peritoneal inframesocólica, volume de 2.484 cm³ e hipótese diagnóstica de cisto omental ou cisto mesentérico. Durante investigação
foi realizada nova Tomografia e levantada hipótese de hérnia interna. Paciente foi submetido à laparotomia exploradora evidenciando volumosa lesão
cística em mesentério, com íntimo contato com alças intestinais de delgado e cólon, grande quantidade de aderências entre alças e entre alças de delgado
e o cisto. Biópsia da lesão evidenciando cisto mesentérico, citologia negativa para malignidade. Paciente permanece em acompanhamento ambulatorial.

*Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília.

TL.C.MIS.P.182
CISTO MESENTÉRICO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1,
Carlos Eduardo Garcia1, Marco Felipe Silva Fernandes2, Samir Ebaid1

RESUMO - Os cistos mesentéricos são tumores intra-abdominais raros, de múltiplas origens. Desde o primeiro relato feito por Benevienae em 1507,
aproximadamente 800-900 casos de cistos mesentéricos foram descritos na literatura. Sua incidência pode variar conforme os diferentes trabalhos, de
um em cada 27.000 a 250.000 admissões hospitalares, ou então de 1:20.000 crianças e 1:100.000 adultos. A sua distribuição é igual em ambos os sexos,
predominando na fase adulta da vida. A localização mais comum é no intestino delgado. Normalmente são tumores assintomáticos ou com manifes-
tações clínicas discretas e não específicas. O diagnóstico é feito pela presença da massa abdominal, em investigações clínicas ou por quadro de abdome
agudo, principalmente durante o ato cirúrgico. Paciente do sexo feminino com quadro de dor durante pratica física em flanco direito. O diagnóstico foi
feito pela tomografia abdominal, que revelou um tumor cístico e compressão extrínseca do ureter direito. A operação não teve complicações e a doente
recebeu alta no terceiro dia de pós-operatório. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso de cisto mesentérico que apesar de sua incidência rara
segundo a literatura, deve ser investigado no diagnóstico diferencial em quadros de dor abdominal crônica.

1
Hospital Regional de Ilha Solteira, 2Hospital UNIMED Araçatubal, São Paulo.

TL.C.MIS.P.183
COLECISTECTOMIA PARCIAL VIDEOLAPAROSCÓPICA COMO TRATAMENTO DE COLECISTITE AGUDA
DE APRESENTAÇÃO INCOMUM
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Ana Cristina ISA*, Rafael Lacerda Pereira FEICHAS*,
Ernesto Aparecido ALARCON JUNIOR*, Igor de Almeida Melo*, Thiago Bittencourt HASSEGAWA*,
Alexandre Augusto Pinto Cardoso*

RESUMO - Introdução - A colecistectomia parcial a Torek é uma opção a ser realizada em casos extremos. Relato de Caso - Paciente do sexo masculino,
oitava década de vida, com quadro arrastado de dor abdominal em hipocôndrio direito, tendo realizado diversos exames ultrassonográficos que eviden-
ciavam colelitíase, sem sinais de colecistite aguda. Pela persistência do quadro de dor realizou CT de abdome que evidenciou massa hepática junto ao
leito vesicular, sendo optado por abordagem cirúrgica para diagnóstico diferencial entre colecistite aguda e tumor. Durante procedimento identificada
vesícula biliar com sinais inflamatórios e formação de cavidades abscedadas no leito hepático. Devido a friabilidade dos tecidos, para evitar-se lesões
iatrogênicas optou-se pela realização de colecistectomia parcial e drenagem tubulolaminar da cavidade. Evolução pós-operatória satisfatória, com fístula
biliar de baixo débito. Recebeu alta com dreno e realizou colangiorressonância posteriormente, que mostrou colédoco de calibre máximo de 7 mm e bom
fluxo biliar para o duodeno, além de mínima coleção residual. Retirado dreno sem intercorrências. Anatomopatológico confirmou colecistite aguda.
Conclusão - No presente caso, de apresentação incomum e evolução arrastada, houve sucesso no tratamento com colecistectomia parcial e drenagem
da cavidade.

*Hospital de Aeronáutica de São Paulo - HASP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 93


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.184
CONDILOMA ANAL GIGANTE: RELATO DE CASO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Marco Felipe Silva Fernandes2, Samir Ebaid1

RESUMO - O condiloma acuminado gigante (CAG) é conhecido como tumor/síndrome de Buschke-Löwenstein (TBL), carcinoma verrucoso de Acker-
man, ou como condilomatose pré-cancerosa de Delbaco y Unna. Sua incidência na população é de 0,1%. Histologicamente, apresenta aspecto benigno,
mas clínicamente demonstra comportamento de malignidade, ao infiltrar os tecidos adjacentes. Em um CAG é possível identificar coilocitose, mitoses
infrequentes, acantose (hiperceratose) e membrana basal intacta. O tumor de Buschke-Löwenstein apresenta 60 a 66% de recorrência após tratamento. O
rápido crescimento deste tumor costuma estar associado a deficiências da imunidade ou gravidez. Em 1975, Sturm chamou a atenção para a possibilidade
de degeneração maligna do CAG em carcinoma de células escamosas. O objetivo deste trabalho foi descrever o caso clínico de um condiloma acuminado
gigante (CAG) em um paciente portador da síndrome de imunodeficiência adquirida, uma vez que esta variedade de condiloma é pouco descrita na literatu-
ra. Apesar da indicação cirúrgica com ampla ressecção de tecido, que é a modalidade de tratamento mais eficaz, foi optado pelo paciente a eletrofulguração
das lesões com taxa de recidiva de 10% da área em 6 meses de seguimento. Em conclusão, deve-se sempre investigar a causa da imunossupressão e a cirurgia
com excisão ampla da lesão é a modalidade de tratamento mais eficaz, porém em casos especiais esta opção terapêutica pode ser abordada.

1
Hospital Regional de Ilha Solteira; 2 Hospital UNIMED Araçatuba, São Paulo.

TL.C.MIS.P.185
CONFECÇÃO DE VIAS ALIMENTARES POR LAPAROSCOPIA PARA NUTRIÇÃO ENTERAL: SÉRIE DE
CASOS
Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, Bruno Sadayoshi Lara SHIMIZU*, Susan Sugisawa KAY*, Leandro Teodoro CRIPPA*,
José SAMPAIO Neto*, Alcides José BRANCO FILHO*, Luís Sérgio NASSIF*

RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutri-
ção enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A gastrostomia e a jejunostomia laparoscópica são procedimentos novos e vem
ganhando aceitação pelo baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Avaliar indicações e complicações de confecção de
vias alimentares por laparoscopia. Método - Análise retrospectiva de pacientes submetidos à confecção de vias alimentares por laparoscopia pelo serviço
de Cirurgia Geral do Hospital Santa Casa de Curitiba, de maio/2012 a maio/2013. Resultados - Foram 7 pacientes submetidos à confecção laparoscópica
de via alimentar, sendo 3 jejunostomias e 4 gastrostomias. Um dos pacientes que realizou gastrostomia necessitou de conversão para jejunostomia por
extravasamento de conteúdo gástrico e dermatite ao redor da sonda, única complicação. Dos pacientes submetidos à jejunostomia, 1 foi por demência
por doença de Alzheimer e alto risco de broncoaspiração, 1 por câncer de esôfago distal e 1 por tumor em fossa nasal. Dos pacientes submetidos à
gastrostomia, 1 foi por sequela de acidente vascular cerebral, 1 por câncer de esôfago metastático e 2 por tumor de laringe. Conclusão - Confecção de
vias alimentares por laparoscopia para nutrição enteral parece ser uma alternativa reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta
baixos índices de complicação.

*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.

TL.C.MIS.P.186
DIAGNÓSTICO TARDIO DE HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA COMO CAUSA DE SEPSE: RELATO DE CASO
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Henrique Valério de Mesquita*, Leandro de Souza Lehfeld*, Tatiana Paschoalato*,
Gustavo da Silveira Trindade*, Rodrigo Broggio TEOFILO*, Inaiê Rodrigues Luz*

RESUMO - Introdução - A hérnia inguinal e suas complicações muitas vezes não são lembrados como diagnóstico diferencial de abdome agudo. Ob-
jetivo - Relatar caso de hérnia inguinal encarcerada diagnosticada tardiamente. Relato de Caso - Homem, 81 anos, com relato de dor abdominal com 1
semana de evolução, tendo procurado P.S. por diversas ocasiões, sem resolução. Iniciou quadro de vômitos abundantes e queda de Hb de 14,8 para 12,
sendo internado por hipótese de hemorragia digestiva alta. Evoluiu com piora clínica importante e foi transferido ao nosso serviço por sepse de foco
indeterminado. À admissão na UTI apresentava-se com sinais francos de choque séptico, abdome distendido e doloroso à palpação difusamente. Exames
laboratoriais evidenciaram insuficiência renal, hipercalemia, lactato elevado, anemia, leucocitose. Feita expansão volêmica, início de drogas vasoativas
e CT que evidenciou hérnia inguinal encarcerada com distensão de alças. Acionada equipe de Cirurgia Geral para abordagem cirúrgica. Durante o
procedimento paciente apresentou duas paradas cardiorrespiratórias, revertidas. Identificada alça de delgado obstruída, sem sinais de necrose. Para
abreviar o tempo cirúrgico, feita exteriorização da mesma (ileostomia) e fechamento da parede. Paciente evoluiu a óbito na UTI algumas horas mais
tarde. Conclusão - Não devemos olvidar o diagnóstico diferencial de hérnia inguinal complicada em casos de abdome agudo. O diagnóstico tardio foi
crucial para evolução desfavorável do presente caso.

*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.

94 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.187
DOENÇA DE CROHN ASSOCIADA À SÍNDROME DE FOURNIER - RELATO DE CASO
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fábio Galvão VIDAL*,
Carlos Henrique Marques dos SANTOS*

RESUMO - Introdução - A Síndrome de Fournier é caracterizada por uma infecção aguda dos tecidos moles do períneo, com celulite necrotizante se-
cundária a germes anaeróbicos ou bacilos gram-negativos, ou ambos. Objetivo - Descrever caso clínico de uma paciente admitida no Hospital Regional
de Mato Grosso do Sul com diagnóstico de Síndrome de Fournier. Casuística e Método - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - Paciente
AMM, 31 anos, sexo feminino, branca, com história de diarreia sanguinolenta há 9 meses, sem dor abdominal. Solicitados endoscopia digestiva alta,
que evidenciou úlcera em esôfago distal, e colonoscopia que evidenciou pancolite leve, com hipótese diagnóstica de Doença de Crohn. Tratada com
Azatioprina, boa resposta terapêutica. Paciente assintomática da doença de Crohn realizou colecistectomia para tratamento de colelitíase, evoluindo
no pós-operatório com exacerbação da pancolite, desenvolvendo a síndrome de Fournier em região perineal, submetida à debridamento cirúrgico e
antibioticoterapia de amplo espectro. Evoluiu com cicatrização parcial da ferida em 4 meses, e atualmente em tratamento com azatioprina, corticóides
sistêmicos e adalimumabe. Conclusão - A Doença de Crohn associada à Síndrome de Fournier é rara, no entanto o tratamento desta última não difere
independentemente de qualquer etiologia.

*HRMS, Mato Grosso do Sul.

TL.C.MIS.P.188
DUCTO CÍSTICO COM IMPLANTAÇÃO NA VIA BILIAR PELO DUCTO HEPÁTICO DIREITO
Nelson Maeda Machado*, Marcio Pedroso MIYAHARA*, Marcio Augusto Ferreira*,
Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Adriano Visconti FACHIN*, Soraia Maria Féres MAEDA*

RESUMO - Introdução - As Variações na anatomia da via biliar extra-hepática há muito são conhecidas. Embora um estudo mais sério a cerca da
anatomia cirúrgica começou com advento da colecistectomia em 1882. Atualmente na era da videocirurgia, o estudo destas anomalias tem foco na
tentativa de evitar lesões inadvertidas da via biliar, com suas desastrosas consequências. Objetivo - Relatar os achados colangiográficos de uma paciente
submetida à colecistectomia com colangiografia intra-operatória em nosso Serviço, que apresentava uma variação anatômica de grande importância
cirúrgica. Casuís­tica - RRB, 31 anos feminina, diagnóstico de colelitíase. Método - Submetida à colecistectomia videolaparoscópica com colangiografia
intraoperatória. O ducto cístico foi dissecado e reparado e canulado com intracath para realização da colangiografia, onde observamos que o ducto
cístico penetrava na via biliar, no ducto hepático direito. Resultados - Após a identificação da alteração anatômica, cuidado redobrado foi empregado
na clipagem do ducto cístico para evitar a lesão ou angustiamento do ducto hepático direito. No pós-operatório, que ocorreu sem anormalidades, a
paciente recebeu alta, no 1º. Dia. Conclusão - As variações anatômicas da via biliar quando não detectadas podem levar a lesões graves da via biliar. A
colangiografia intraoperatória pode ter um papel importante consequentemente na prevenção destas.

*HUB, Brasília.

TL.C.MIS.P.189
EPIDEMIOLOGIA DO ACESSO VENOSO CENTRAL EM PACIENTES ADULTOS EM UMA UTI DE
HOSPITAL DE TRAUMA EM RECIFE-PE
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*,
Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - A cateterização venosa central é fácil e segura, de maneira geral. A preocupação com complicação mecânica e infecciosa
deve ser parte da avaliação da qualidade da UTI. Objetivos - Descrever características do paciente, do dispositivo intra-venoso e suas complicações
em pacientes adultos de uma UTI de Hospital do SUS - Recife/PE. Métodos - Estudo retrospectivo em pacientes internos na UTI adulto, entre agosto
e outubro de 2004. Resultados - Quinze pacientes preencheram os critérios de inclusão. O tempo médio de permanência do cateter foi de 15,4 dias.
A idade média dos pacientes foi de 40,46 anos. A veia subclávia direita foi a escolhida em 10 pacientes. Reanimação e monitorização foi a principal
indicação (10). Pneumotórax ocorreu em 3 situações (sendo em um caso, bilateral). A remoção do cateter foi por: fim da indicação da PVC (2), sus-
peita de foco infeccioso (3), infecção do sítio de punção (7), obstrução (1), fratura (1), indeterminado (2). Culturas positivas em 11 pacientes. Destes,
nove estavam em uso de antibióticos e quatro, com nutrição parenteral. Os germes isolados foram Staphylococcus aureus (1), Staphylococcus spp (2),
Pseudomonas sp (2), Bacilo Gram Negativo não-fermentador (3), Proteus mirabilis (1), Providência (1) e Candida (1). Conclusão - A cateterização
venosa central deve ser sempre avaliada à luz das características do ambiente hospitalar em que o paciente se encontra, pois pode acarretar compli-
cações graves com evolução desfavorável.

*HR, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 95


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.190
GASTROSQUISE E ONFALOCELE: AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS E DA
MORTALIDADE PÓS-OPERATÓRIO DE RECÉM-NASCIDOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA EM BELÉM - PA
EMANUEL JOSÉ BAPTISTA Oliveira*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Luiz Claudio Lopes Chaves*,
Allan Herbert Feliz Fonseca*, Marcelo do Prado Magalhães*, Luciana Fernandes Cavalleiro de MACÊDO*,
Rômulo José de Lima Veras*, Isabela Klautau Leite Chaves*

RESUMO - Introdução - Os defeitos congênitos da parede abdominal vêm apresentando relevância crescente como causa de sofrimento e prejuízos
à saúde da população, com destaque para onfalocele e a gastrosquise. Objetivos - Dessa forma, o presente trabalho objetiva avaliar parâmetros epi-
demiológicos, bem como a mortalidade pós-operatório de recém-nascidos com gastrosquise e onfalocole. Relato - Para isso, foram analisados dados
de 86 pacientes com diagnóstico dessas duas patologias. Os dados foram analisados estatisticamente. Com os resultados obtidos, observa-se que a
mortalidade nos casos de gastrosquise foi de 57,3%, enquanto que nos casos de onfalocele foi de 54,6%. A gastrosquise foi encontrada em 75 casos e
a onfalocele em 11, predominando o sexo masculino em 55,8%. As médias de idade materna e peso do recém-nascido foram 19 anos e 2200 gramas
nos casos de gastrosquise, e nos casos de onfalocele foram de 26 anos e 2695 gramas. A maioria dos partos ocorreu com média de 37 semanas de
idade gestacional.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

TL.C.MIS.P.191
GASTROSQUISE E ONFALOCELE: AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS E DO TEMPO
MÉDIO DE JEJUM NO PÓS-OPERATÓRIO DE RECÉM-NASCIDOS EM NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM - PA
Emanuel José Baptista Oliveira*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Allan Herbert Feliz Fonseca*,
Luciana Fernandes Cavalleiro de MACEDO*, Isabela Klautau Leite Chaves*, João Felipe da Costa Nunes*,
Aline Pozzebon Gonçalves*, Luiz Claudio Lopes Chaves*

RESUMO - Introdução - Os defeitos congênitos da parede abdominal vêm apresentando relevância crescente como causa de sofrimento e prejuízos à
saúde da população, com destaque para onfalocele e a gastrosquise. Objetivo - Dessa forma, o presente trabalho objetiva avaliar o tempo médio de jejum
no pós-operatório de gastrosquise e onfalocele de recém-nascidos mantidos em nutrição parenteral total até introdução da dieta enteral, além de avaliar
os parâmetros epidemiológicos. RESUMO - Para isso, foram analisados dados de 86 pacientes com diagnóstico dessas duas patologias. Os dados foram
analisados estatisticamente. Com os resultados obtidos, observa-se que o tempo médio nos casos de gastrosquise foi 12,1 dias, enquanto que nos casos
de onfalocele foi de 09 dias. A gastrosquise foi encontrada em 75 casos e a onfalocele em 11. Os neonatos com gastrosquise foram submetidos à correção
cirúrgica com fechamento primário em 85,3% dos casos, enquanto que na onfalocele em 90,9% foi realizado fechamento primário. Conclusão - Sendo
assim, o estudo conclui que os casos de onfalocele apresentam tempo médio de jejum inferior aos casos de gastrosquise.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

TL.C.MIS.P.192
GASTROSTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: DESCRIÇÃO DE TÉCNICA
José SAMPAIO Neto*, Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, André Gustavo MASCHIO*,
Emanuel Antônio GRASSELLI*, Bruno Sadayoshi Lara SHIMIZU*, Denise Sbrissia e Silva GOUVEIA*,
Leandro Teodoro CRIPPA*

RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutrição
enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A gastrostomia laparoscópica é um procedimento novo e vem ganhando aceitação
pelo baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Descrever técnica de gastrostomia videolaparoscópica realizada pelo
Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Curitiba. Método - Análise retrospectiva de 4 casos com avaliação de vídeos das cirurgias. Técnica - Primeiro,
é realizada uma laparoscopia diagnóstica para avaliar se o paciente apresenta alguma contra indicação ao procedimento. Após inventário da cavidade,
a técnica utilizada consiste na abertura da parede anterior do estômago com introdução de sonda de gastrostomia, seguida de insuflação do balonete.
Realizado fixação da sonda com invaginação serosa utilizando PDS 3.0 e fixação da parede gástrica à aponeurose com prolene 2.0. Após o tempo lapa-
roscópico, a sonda de gastrostomia é fixada a pele com sutura de fio inabsorvível. Conclusâo - A gastrostomia laparoscópica parece ser uma alternativa
reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta baixos índices de complicação.

*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.

96 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.193
GIST DUODENAL SANGRANTE: UM RELATO DE CASO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Paulo Henrique Dourado Figueiredo*,
Ricardo Rangel de Paula PESSOA*, Carlos Enéia Soares RICCA*, Liziane Hermogenes Lopes Nery*,
Bárbara Bianca Linhares de Medeiros*, Yan Novaes Dias FAÇANHA*

RESUMO - Introdução - Tumores estromais gastrintestinais (GIST) são as neoplasias mais comuns de origem mesenquimal que se originam do trato
gastrintestinal (TGI). Eles geralmente expressam a proteína c-kit e reagem com o anticorpo CD 117. Essas neoplasias podem se originar em qualquer
lugar do TGI e 3 a 5% dos GISTs surgem nos duodenos. Objetivo - Relatar um caso raro de hemorragia digestiva alta. Relato - Sexo feminino, deu
entrada com de quadro hemorragia digestiva alta, em choque hipovolêmico, mas com sensório preservado. Foi feita a reanimação volêmica. A EDA
revelou uma lesão elevada, não pulsátil, de aproximadamente 2 cm, ulcerada na superfície, em topografia de 2ª a 3ª porção duodenal. A TC de abdome
com contraste não mostrou lesão em topografia duodenal. Procedeu-se uma ecoendoscopia que mostrou lesão subepitelial em 3ª porção duodenal, em
4ª camada econdoscópica (muscular própria) de 3,7m de diâmetro, distando 10cm da papila de Vater. Foi feita exérese cirúrgica da lesão através de
enterectomia segmentar com anastomose duodeno-jejunal primária latero-lateral. A paciente evoluiu no pós-operatório sem intercorrências. O histo-
patológico demonstrou proliferação fusocelular de baixo grau em intestino delgado. Conclusão - Apesar de ser uma causa rara, a possibilidade de um
GIST duodenal sangrante deve ser aventada nos casos de hemorragia digestiva alta. As ressecções conservadoras são seguras e tem mesmos resultados
em termos oncológicos quando comparadas à duodenopancreatectomia.

*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.

TL.C.MIS.P.194
HÉRNIA DE SPIEGEL TRATAMENTO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
Nelson Maeda Machado*, Soraia Maria Féres MAEDA*, Marcio Augusto Ferreira*,
Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Adriano Visconti FACHIN*

RESUMO - Introdução - A hérnia ventro-lateral, semilunar, para-retal externa ou hérnia de Spiegel caracteriza-se pela protusão de órgãos ou tecidos
pela linha semilunar. É uma afecção de tratamento cirúrgico e considerada rara. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com hérnia de Spiegel do
lado esquerdo, submetida ao tratamento videolaparoscópico. Casuística - GAO, feminina, 46 anos, há 6 meses com abaulamento em abdome à esquerda
aos esforços. Ultrasonografia de abdome com relato de hérnia de parede abdominal à esquerda com saco herniário. Método - Paciente foi submetida ao
tratamento videolaparosópico, sem intercorrências. Resultados - A paciente recebeu alta no 1º. PO. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial há 2
meses, sem queixas maiores ou sinal de recidiva. Conclusão - Podemos concluir que a hérnia de Spiegel é afecção rara, e o tratamento videolaparoscópico
pode ser feito com bom resultado.

*Clínica Gastrocentro, São Paulo.

TL.C.MIS.P.195
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CRÔNICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ricardo Estevam Martins*, Ignacio Leite da Costa*,
Adriana Tieme TANIGUCHI*, Frederico Gomide SANDOVAL*, Luis Eduardo Ataide REQUEL*,
José Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*

RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de hérnia diafragmática crônica, de provável etiologia traumática. Método - As hérnias diafragmáticas tardias
pós-traumatismo fechado são raras, de sintomatologia pobre e como tal de difícil diagnóstico. A taxa de incidência de rotura do diafragma, segundo
a literatura, varia de 0.8-3.3% de todos os politraumatizados. O diafragma esquerdo rompe mais frequentemente (69%) que o direito (24%), sendo a
bilateralidade descrita mais raramente (15%). Relato de Caso - Paciente feminina, 27 anos, com história de dispnéia aos esforços há mais de 10 anos, com
piora progressiva. Relatou complicação na segunda gestação, após cesária, devido à hérnia diafragmática, sem sucesso com tratamento cirúrgico via
abdominal na época, há cerca de 1 ano. Tomografia Computadorizada evidenciou atelectasia de pulmão direito e presença de múltiplos segmentos de
alças intestinais em hemitórax direito. Realizada correção cirúrgica via torácica, com sucesso. Apresentou boa evolução pós-operatória. Conclusão - A
abordagem preferencial é a via abdominal. Muitos autores defendem que nos casos das lesões à direita, em que existem intensas aderências pleurais à
cápsula do fígado, a abordagem via torácica é preferível, pois facilita a dissecção dessas aderências e possibilita a redução do fígado à sua posição abdo-
minal. Sempre que se suspeita de hérnia diafragmática a opção deverá ser a cirurgia com redução dos órgãos herniados para a sua posição anatômica e
correção do defeito herniário.

*Santa Casa de Limeira, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 97


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.196
HÉRNIA EPIGÁSTRICA COMPLEXA
Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Norrara Amanda Teles Martins*, Ingrid Steltenpool Torminn Borges*,
Ana Carolina Henrique Aciolli Martins Soares*, Germana Jardim Marquez*, Renato Miranda de Melo*

RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10 cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC
≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Relato de Caso - Paciente masculino, 40 anos, IMC 31, cadeirante (paralisia cerebral e poliomie-
lite), cifoescoliose torácica destro-convexa grave. Há 30 anos com protrusão epigástrica irredutível e cólicas. TC abdominal mostrou anel mesogástrico
de 8 cm e volume do saco herniário (1148 cm3) de 24% em relação ao da cavidade abdominal (4804 cm3), configurando perda de domicílio. Realizado
pneumoperitônio progressivo (7200 cm3 de ar ambiente), bem tolerado. Infelizmente, a hérnia não foi corrigida por impossibilidade de intubação traque-
al, mesmo sob videolaringoscopia, nem de traqueostomia, limitadas pela obesidade, a conformação do pescoço e as sequelas neuromotoras associadas.
Conclusão - As planilhas de custo e remuneração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos
daqueles mais simples. É premente que tais questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravi-
dade desses casos e na alta complexidade do seu tratamento.

*PUC-Goiás, Goiás.

TL.C.MIS.P.197
HÉRNIA INCISIONAL (HI) COMPLEXA: RELATO DE CASO
Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1,
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Norrara Amanda Teles MARTINS1, Rafael Naves TOMÁS1, Renato Miranda de Melo2

RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC ≥
30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 67 anos, IMC 34, etilista. Em fevereiro/2012 foi submetido à corre-
ção de hérnia umbilical encarcerada e, dois meses após, à colectomia direita por adenocarcinoma do ceco. Evoluiu com vômitos persistentes, diarréia
crônica e hérnia incisional mediana, detectada aos dois meses PO (anel de 12 cm + abdome em avental). Manteve o quadro diarreico que o fez perder
30 kg, sendo operado da hérnia, um ano após, pela transposição com o saco herniário e dermolipectomia. Conclusão - As planilhas de custo e remune-
ração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples. É premente que tais
questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e na alta complexidade do
seu tratamento.

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2Universidade Federal de Goiás. Goiás.

TL.C.MIS.P.198
HÉRNIA INCISIONAL COMPLEXA: RELATO DE CASO
Gilberto Borges do PRADO JÚNIOR*, Lucas Araújo Barbosa*, Ricardo Duarte MARCIANO*, Andre Rezek Rodrigues*,
Alexandre Augusto F. BAFUTTO*, João Gabriel Piccirilli MADEIRA*, Fernando Correia Amorim*, Renato Miranda de Melo*

RESUMO - Introdução - As hérnias incisionais (HI) ocorrem em 11% das laparotomias. O diâmetro do anel pode ultrapassar 10 cm, mas, por si só,
não reflete a magnitude do problema. Obesidade, úlceras, fístulas ou estomias e a perda de domicílio dificultam o manejo desses pacientes e aumentam
a frequência de complicações. Objetivo - Relatar um caso de HI complexa. Relato de Caso - Paciente feminina, 63 anos, hipertensa, IMC 47, tabagista,
apresentava HI infra-umbilical, volumosa, multirrecidivada, de múltiplos anéis, com aumento do volume nos últimos 3 meses. Realizou uma sessão de
pneumoperitônio pré-operatório (500 mL), que foi interrompido devido a desconforto abdominal. Evoluiu com choque séptico e bolha necrótica pe-
riumbilical. À laparotomia havia isquemia de alças de delgado, além de conteúdo purulento em cavidade peritonial. Realizou-se enterectomia extensa,
limpeza da cavidade e peritoniostomia. A paciente foi a óbito sete horas após. Discussão - A gravidade de uma hérnia não depende somente do tamanho
do anel, mas também ou sobretudo das comorbidades sistêmicas e locais que apresenta. O quadro clínico e a evolução dessa paciente justificam a tipifi-
cação desse caso como de uma hérnia incisional complexa. Concluímos que esses pacientes possuem prognóstico reservado e devem ser adequadamente
avaliados, preparados e conduzidos em serviços com capacidade plena instalada e equipe multiprofissional atuante.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

98 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.199
HÉRNIA INCISIONAL GIGANTE COM OCUPAÇÃO DE BOLSA ESCROTAL, TRATADA APÓS USO DE
PNEUMOPERITÔNEO PROGRESSIVO
Claudia Nishida Hasimoto*, José Guilherme Minossi*

RESUMO - Introdução - A correção das hérnias volumosas da parede abdominal constitui um grande desafio na prática cirúrgica, em virtude das difi-
culdades técnicas e do alto índice de complicações locais e sistêmicas, como a recidiva, a infecção e principalmente as complicações respiratórias e cardio-
vasculares. Em razão disso, muitos recursos têm sido utilizados no pré e no pós-operatório destas cirurgias, de modo a permitir a sutura dos tecidos sem
tensão e também prevenir as complicações anteriormente descritas. Relato de Caso - M.F., masculino, 63 anos, aposentado. Paciente apresentava queixa
de abaulamento abdominal após laparotomia realizada há 9 meses para o tratamento de hérnia inguinal encarcerada. Ao exame físico presença de gran-
de abaulamento infra-umbilical, cujo conteúdo descia para a bolsa escrotal esquecida, anteriormente a musculatura da parede anterior. Foi realizada a
técnica do pneumoperitônio através de punção no hipocôndrio esquerdo com agulha de Veress sob anestesia local e após insuflação de 1 litro de CO2,
punção com agulha de intracath e colocação de cateter. Foi realizado injeção diária de ar ambiente (1 litro), durante 20 dias consecutivos. A correção do
defeito herniário foi realizado pela técnica de Stoppa, sem dificuldades ou intercorrências. Conclusão - O pneumoperitônio progressivo pré-operatório é
um recurso recomendado para o preparo desses pacientes e permite a correção desses defeitos complexos da parede abdominal.

*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.C.MIS.P.200
HÉRNIA LOMBAR COMPLEXA
Norrara Amanda Teles Martins*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Germana Jardim Marquez*,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*,
Renato Miranda de Melo*

RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeu-
rótico (anéis múltiplos) ≥ 10cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade
(IMC ≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdomi-
nal ≥ 20%, independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 78 anos, IMC 32, portador de hipertensão arterial,
diabetes e insuficiência renal crônica, em hemodiálise. Submetido à nefrectomia direita por acesso lombar, em agosto/2012, na época com 105 kg/1,58
m (IMC 42). Apresentou infecção do sítio cirúrgico, evoluindo com hérnia incisional após quatro meses PO e, desde então, emagreceu 25 kg sob
orientação nutricional. Há dois meses, foi submetido à correção de sua hérnia, mediante colocação de grande tela de polipropileno em posição pré-
-peritonial e fechamento do defeito sobre ela, sem intercorrências e com evolução satisfatória até o momento deste relato. Conclusão - As planilhas
de custo e remuneração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples.
É premente que tais questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e
na alta complexidade do seu tratamento.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.MIS.P.201
HÉRNIA TRANS-MESENTÉRICA CONGÊNITA EM ADULTO: RELATO DE CASO
Marina Rodrigues Costa1, Amanda Rodrigues Scipião1, Stephane Nery de Castro1, Camilla Neves Jacinto1,
Maria Gabriela Motta Guimarães1, Paulo Victor Pontes ARAÚJO1, Caio Alcobaça MARCONDES2

RESUMO - Introdução - Hérnia interna congênita é uma protusão de víscera abdominal através de orifício no interior da cavidade abdominal e pélvica,
quando não há história de cirurgia prévia ou outra causa secundária. Objetivo - Relatar um caso de hérnia trans-mesentérica congênita. Relato de Caso
- RML, 84 anos, masculino, apresentou quadro de distensão e dor abdominal associada à parada de eliminação de flatos e fezes há cinco dias, sugerindo
obstrução intestinal. A tomografia computadorizada de abdome e pelve evidenciou distensão líquida de alças delgadas com níveis hidroaéreos, desta-
cando-se concentração de alças ileais no flanco e na fossa ilíaca esquerda com deslocamento posterior do cólon descendente, densificação do mesentério
adjacente e engurgitamento vascular, com tortuosidade da artéria mesentérica superior que apresentava trajeto “desviado” na direção da fossa ilíaca
esquerda, sendo o conjunto sugestivo de hérnia interna (trans mesentérica). O paciente foi submetido à laparotomia exploradora com achado cirúrgico
de hérnia interna estrangulada com necrose em alça de intestino delgado. Foi realizada colostomia a mikulicz, com posterior reconstrução de trânsito
intestinal. Conclusão - As hérnias internas congênitas em adultos são condições raras (2% de todas as hérnias internas em adultos), sendo o diagnóstico
precoce e a intervenção cirúrgica imediata fundamentais para a boa evolução do quadro.

1
Universidade Federal do Ceará; 2Hospital Universitário Walter Cantídio, Ceará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 99


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.202
HÉRNIA UMBILICAL COMPLEXA
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*, Germana Jardim Marquez*, Izabella Cristina
Cardozo Bomfim*, Norrara Amanda Teles Martins*, Renato Miranda de Melo*

RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10 cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC
≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 70 anos, IMC 33. Desde criança apresenta abaulamento da cicatriz
umbilical, que aumentou muito com o ganho excessivo de peso nos últimos 15 anos (168 kg/1,72 m = IMC 56). Há um ano foi submetido à cirurgia
bariátrica laparoscópica, estando atualmente com 98 kg. Refere cólicas frequentes. Ao exame, observa-se volumosa hérnia umbilical irredutível e abdome
em avental. US de parede abdominal mostra defeito ventral com 10 cm de diâmetro, contendo alças intestinais e omento, e diástase dos mm. retos de 5,6
cm. Está sob preparo para correção conjunta (herniorrafia umbilical + abdominoplastia). Conclusão - As planilhas de custo e remuneração dos planos
de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples. É premente que tais questões sejam
reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e na alta complexidade do seu tratamento.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.MIS.P.203
ICTERÍCIA COMO CONSEQUÊNCIA DE LITÍASE DA VIA BILIAR
Marina Tomaz ESPER*, Chadi Emil ADAMO*, Iuri Fernando Coutinho e Silva*, Bárbara Atanasia DOMINGUES*,
Sarson Rener Custódio de Oliveira*, Matheus Botelho Santos*, Lucas de Miranda GODOY*, Ricardo Alves Ribeiro de FARIA*

RESUMO - Introdução - A principal causa de icterícia obstrutiva é litíase da via biliar principal. Os cálculos são formados na vesícula biliar por
acúmulo de substâncias que podem se deslocar para as vias biliares obstruindo-as. Objetivo - Relato de Caso abordando a ictérica como consequência
de litíase de via biliar. Relato de Caso - J.S.,45 anos,sexo masculino,janeiro de 2013 iniciou dor no hipocôndrio direito (HD).Em maio, paciente com
icterícia e fezes esbranquiçadas. Chegou ao hospital com queixa de inapetência, astenia, náusea e dor em HD. A colangioressonância evidenciou
coledocolitíase. Foi diagnosticado com calculose de via biliar sem colangite ou colecistite sendo submetido a uma cirurgia de papilotomia e colecistec-
tomia. Resultados - Com a obstrução da árvore biliar não ocorre liberação da bile para o intestino gerando o acúmulo desta no sangue.A bilirrubina
(BI) irá ser excretada pelos rins deixando a urina enegrecida e as fezes esbranquiçadas.Os rins não conseguirão excretar toda a BI que irá se acumular
nos tecidos causando icterícia e efeitos tóxicos.A ausência da bile no intestino pode acarretar má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis.
A bile concentrada na árvore biliar pode gerar colonização bacteriana e infecções locais e/ou sistêmicas. Na icterícia obstrutiva o paciente pode
desenvolver hipotensão e insuficiência renal aguda. Conclusões - Como a obstrução das vias biliares pode sérios danos ao organismo é necessário
tratamento emergencial.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

TL.C.MIS.P.204
INFILTRADO NEUTROFÍLICO EM PULMÕES DE CAMUNDONGOS COM PERITONITE INDUZIDA
ASSOCIADA A LÍQUIDO COM PH ÁCIDO OU ALCALINO
Bruno Fagundes MUNIZ*, Moacir FERREIRA Jr*, Rafael Calvão Barbuto*, Luana Oliveira PRATA*,
Yuri Lobato Guimarães*, Cláudio Alvarenga Campos MAYRINK*, Marcelo Vidigal CALIARI*,
Ivana Duval Araujo*

RESUMO - Introdução - A peritonite bacteriana associa-se a complicações como a pneumonia. Objetivo - Determinar experimentalmente se o pH do
líquido na cavidade peritoneal pode aumentar o influxo de neutrófilos para o pulmão. Método - Induziu-se a peritonite em 24 camundongos por meio de
ligadura e punçao do ceco. Os animais foram distribuídos em três grupos. No primeiro, foi injetada salina com pH 7 na cavidade peritoneal. No segundo,
foi feita injeção de salina com pH 8,0 e no terceiro salina com pH 3,0. Após 2 horas, metade dos animais de cada grupo foi morta e a outra metade tratada
com lavagem da cavidade e antibióticos e mortos após 24 horas do tratamento. Foram feitas biópsias do pulmão de todos os animais, e feita morfometria
para determinar a contagem de neutrófilos em 20 campos aleatórios. Como padrão, foi feita contagem da população de neutrófilos em 3 animais não ma-
nipulados. Resultados - No grupo com peritonite e solução alcalina sem tratamento, houve maior população de leucócitos no pulmão (p=0,04), mas com
melhor resposta ao tratamento instituido, com redução dos leucócitos no pulmão. Os animais com peritonite associada ao liquid ácido não mostraram
redução da celularidade no pulmão após o tratamento, sugerindo persistência do estímulo inflamatório. Conclusão - A peritonite associada a conteúdo
com pH ácido promove reação infamatória sistêmica prolongada com maior risco de dano pulmonar apesar do tratamento instituido

*UFMG, Minas Gerais.

100 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.205
ÍLEO ADINÂMICO POR SEPSE FÚNGICA
Flávio MARIN FILHO1, Marcio Eduardo de Souza PEREIRA2, Luiz Augusto de Oliveira Fonseca1, Pedro Luiz Genaro1,
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN1

RESUMO - Introdução - Íleo adinâmico também denominado íleo paralítico é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é
propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica.Objetivo - Descrever o caso de uma doente admitida no
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul que apresentou diagnóstico de Íleo Adnâmico por causa incomum. Metodologia - Relato de Caso e revisão
por literatura. Resultados - HFS, sexo feminino, 23 anos portadora de paralisia cerebral, em uso de corticóide e anticonvulsivantes. Encaminhada do
interior do estado no 10º PO de apendicectomia com história de distenção abdominal importante associado à parada de eliminação de gases e fezes,
febre e sinais de sepse. Submetida a procedimento cirúrgico de urgência o qual evidenciou líquido seroso livre na cavidade com pequena lesão de serosa
em ceco e transverso, distenção de alças sem sinais inflamatórios ou isquêmicos, demais estruturas sem alterações sendo em seguida admitida no CTI.
Mantendo o quadro de entrada com febre persistente em uso de antibioticoterapia largo espectro, hemograma sem leucocitose, hemo/uro cultura negati-
va para bactéria, eletrólitos normais. No 8º DIH hemo/uro cultura positiva para Cândida albicans. Iniciado Micafungina após dois dias paciente evolue
com melhora importante e resolução do quadro. Conclusão - Íleo adinâmico é uma alteração comum no entanto sua resolução ocorre apenas com o
tratamento correto da causa a qual pode ser rara.

1
HRMS, 2SCCG. Mato Grosso do Sul.

TL.C.MIS.P.206
JEJUNOSTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: DESCRIÇÃO DE TÉCNICA
José SAMPAIO Neto*, Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, Liu ESTRADIOTO*, Marco Aurélio SEBBEN*, Rodrigo
Coutinho PASSOS*, Sulamita Shizuko OKAYAMA*, Diogo Francesco CASTOLDI*

RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutrição
enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A jejunostomia laparoscópica é um procedimento novo e vem ganhando aceitação pelo
baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Descrever técnica de jejunostomia videolaparoscópica realizada pelo Serviço de
Cirurgia Geral da Santa Casa de Curitiba. Método - Análise retrospectiva de 3 casos com avaliação de vídeos das cirurgias. Técnica - Primeiro, é realizada
uma laparoscopia diagnóstica para avaliar se o paciente apresenta alguma contra indicação ao procedimento. Então, o ângulo de Treitz é identificado e são
contados 20 cm de alça jejunal com fixação da alça ao peritônio parietal com fio de prolene 3.0. É realizada abertura da alça jejunal com eletrocautério,
introduzida uma sonda nasoenteral nº 16 e fixada com uma sutura em bolsa. É realizada fixação adicional do jejuno ao peritônio parietal com prolene 3.0. A
cavidade é desinsuflada sobre visualização direta para evitar acotovelamento da alça. E, por fim, a sonda é fixada a pele com fio inabsorvível. Conclusão - A
jejunostomia laparoscópica parece ser uma alternativa reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta baixos índices de complicação.

*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.

TL.C.MIS.P.207
LESÃO DE VIA BILIAR EM VIDEOLAPAROSCOPIA COM FÍSTULA BILIAR E DRENO DE KEHR
LOCALIZADO EM REGIÃO DE BULBO DUODENAL
Rômulo José de Lima Veras*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Claudio Claudino Alves Almeida*,
Carolina Costa Beckman NERY*, João Felipe da Costa Nunes*, Isabela Klautau Leite Chaves*, Victor Soares Peixoto*,
Leonardo da Silva Santos*

RESUMO - Introdução - A litíase biliar é umas das patologias cirúrgicas mais comuns e a colecistectomia um dos procedimentos cirúrgicos mais reali-
zados, sendo a via laparoscópica o método preconizado atualmente, sendo de suma importância conhecer suas posiveis complicações. Objetivo - Relatar
um caso de fistula de dreno de kehr para bulbo duodenal em um paciente que foi submetido à colecistectomia videolaparoscópica e que teve lesão de
colédoco durante o ato cirúrgico, seguida de coledocoplastia a kehr. Relato de Caso - Paciente de 49 anos com quadro de colelitiase foi submetido à cole-
cistectomia VLP, sendo que durante a dissecção do triângulo de Calot, em virtude de múltiplas aderências, houve lesão do ducto colédoco de forma pun-
tiforme. Procedeu-se a colocação do dreno de Kehr, coledocorrafia e colangiografia. Realizou-se CPRE para retirada dos cálculos no 3°Pós-operatório.
Submetido à nova colangiografia no 18º PO foi observado imagem sugestiva de coledocolitiase, com nova CPRE realizada. Entretanto a papilotomia
não revelou cálculo e a colangiografia feita no mesmo momento demonstrou que não havia enchimento de colédoco proximal, sendo evidenciado uma
fístula biliar, com o dreno de Kehr em região de bulbo duodenal. Optou-se por nutrição parenteral prolongada,com resolução do quadro fistuloso. Con-
clusão - Lesões da via biliar principal são de extrema importância e correção deve ser o mais precoce possível, pois as complicações decorrentes dessas
lesões podem ser de difícil reparo.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 101


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.208
LESÃO ESPLÊNICA COMO COMPLICAÇÃO DE COLONOSCOPIA
Guilherme KAPPAZ1, Rodrigo Biscuola Garcia1, Fernando Furln Nunes2, Juliana Abbus Ferreira2,
Renato Araujo Pereira2, Edison Dias RODRIGUES FILHO2, Ricardo Staffa2, Cely de Melo Bussons2

RESUMO - Introdução - A rotura esplenica pós Colonoscopia é uma complicação rara e com diagnóstico sempre realizado com radiologia, principal-
mente a tomografia. Relato - Mulher, 62 anos, Com quadro de dor abdominal após realização de colonoscopia eletiva. POT de cardioplastia laparoto-
mica há 6 anos. Procurou PS com taquicardia, tendo resposta a volume e, após estabilização realizada TCD com material com densidade de snague em
cavidade, ar proximo de ângulo esplênico. Optado por laparotomia sendo observada grande quantidade de sangue em cavidade abdominal e duas lesões
esplênicas, um grau I e um grau III com Sangramento ativo. Optado por Esplenectomia com controle do sngramento e estabilização da paciente. Evolui
bem tendo alta no 4° PO. Discussão - A rotura esplênica pós colonoscopia é uma comploicação rara e por isso a dificuldade de diagnóstico precoce,
sendo, portanto, o diagnóstico realizado com auxilio de propedêutica armada, sendo a tomografia o exame a ser realizado. A esplenectomia na maioria
das vezes acaba sendo a opção terapeutica pelo grande sangramento ou dificuldade de dissecção da lesão.

1
Hospital Villa Lobos, 2Gastromed. São Paulo.

TL.C.MIS.P.209
LESÃO IATROGÊNICA DE ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA DURANTE COLECISTECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA
Marcela Juliano Silva1, Tiago Ferreira PAULA2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2,
Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2, Letícia Ferreira Bueno1, Gustavo Inácio de Gomes Marques2,
Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE2, Manoel Lemes da Silva Neto2

RESUMO - Introdução - A lesão iatrogênica de via biliar (LIVB) é uma das complicações mais temidas associadas à colecistectomia, com incidência
variando de 0,1-0,6%. Apenas 15% destas são reconhecidas durante o próprio procedimento. Ocasionalmente, podem ocorrer também lesões vasculares,
principalmente com a artéria hepática direita (AHD). Casuística - Paciente de 56 anos, masculino, submetido à colecistectomia videolaparoscópica
(CVL). Durante o ato, houve ligadura da AHD, com impossibilidade de correção. Optou-se por conduta expectante. Dois meses após a CVL, o paciente
encontrava-se assintomático. A Tomografia Computadorizada (TC) de abdome evidenciou infarto/liquefação em lobo hepático direito (LHD), com
maior envolvimento dos segmentos V e VIII. Após dois meses, foi feita nova TC que mostrou controle do infarto no LHD e diminuição volumétrica
da área isquêmica, com melhora dos achados radiológicos em análise comparativa ao exame anterior. Hoje, 3 anos após a CVL, o paciente mantém-se
assintomático e em acompanhamento ambulatorial. Conclusão - A lesão vascular durante uma CVL é bastante rara. Pode levar a disfunção hepática
fulminante e a necessidade de transplante hepático de emergência. Poucos estudos reportam sobre este tipo de lesão. Sabe-se que é bastante complexa e
que requer cirurgiões experientes. Nesse caso, mostrou-se sucesso com conduta expectante.

1
PUC GO, 2SCMGO. Goiás.

TL.C.MIS.P.210
LESÃO IATROGÊNICA DE VIA BILIAR COMBINADA A UMA LESÃO DE ARTÉRIA
HEPÁTICA PÓS-COLECISTECTOMIA
Marcela Juliano Silva1, Tiago Ferreira PAULA2, Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França
Lacerda Lino2, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2, Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE2, Manoel Lemes da Silva Neto2

RESUMO - Introdução - A lesão iatrogênica de via biliar (LIVB) é uma das complicações mais temidas associadas à colecistectomia. Ocasionalmente,
lesões do ducto biliar estão associadas a lesões vasculares, o que pode levar a disfunção hepática fulminante e a necessidade de transplante hepático de
emergência. O prognóstico dessas lesões está diretamente relacionado às condições do paciente. Casuística - Homem de 54 anos submetido à colecistec-
tomia convencional devido a colelitíase. Evoluiu dois dias após a cirurgia com icterícia, colúria e acolia fecal. Exames laboratoriais com hiperbilirrubine-
mia de 15,0 à custa de direta e enzimas hepáticas bastante elevadas. Solicitado uma colangioressonância que evidenciou colecistectomia com moderada
colestase intra-hepática e “stop” abrupto ao nível da confluência dos ductos hepáticos, sem evidência de lesões expansivas. Na laparotomia exploradora
visualizou-se ligadura do ducto hepático comum e artéria hepática direita, além de fígado com padrão colestático e sem sinais de necrose. Realizado
hepatico-jejunoanastomose. Quanto à lesão da artéria hepática direita mantivemos conduta expectante devido a impossibilidade de correção da mesma.
Atualmente o paciente encontra-se assintomático. Conclusão - A LIVB associada à lesão de artéria hepática é bastante rara. O manejo destes pacientes
é bastante complexo e requer serviços de atenção terciária especializados no tratamento deste tipo de lesão.

1
PUC -GO, 2SCMGO. Goiás.

102 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.211
LESÕES IATROGÊNICAS DE VIAS BILIARES EM COLECISTECTOMIAS (CCT): DOIS CASOS
Marcela Juliano Silva1, Leandro Cancellara de Oliveira BARIANI 1, Emanuely Magalhães Melo Borges1, Letícia Ferreira Bueno1,
Bárbara Luiza Britto CANÇADO1, Tiago Ferreira PAULA2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2, Manoel Lemes da Silva Neto2

RESUMO - Introdução - As lesões iatrogênicas de vias biliares (LIVB) são complicações com incidência progressiva nas CCT. Com o advento da
laparoscopia, as LIVB tiveram aumento de até 0,8 %. Relato 1 - Mulher de 38 anos submetida à CCT convencional por colelitíase. Iniciou quadro de
epigastralgia e icterícia 19 meses após a cirurgia. Colangiorressônancia (CRNM) evidenciou estenose de colédoco. Realizado dilatação endoscópica do
colédoco e colocado prótese. Três anos após, por recorrência dos sintomas, foi realizado hepático-jejunoanastomose em Y-de-Roux. Até o momento, as-
sintomática. Relato 2 - Homem de 44 anos submetido à CCT videolaparoscópica. Uma semana após procedimento retorna com intensa dor em abdome
superior, vômitos e icterícia. CRNM revelou moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas com “stop” abrupto no nível da confluência dos hepá-
ticos, onde havia artefatos de clipes cirúrgicos além de trajeto fistuloso entre a confluência dos hepáticos e volumosa coleção intraperitoneal adjacente ao
hilo hepático. Com o diagnóstico de fístula de ducto hepático comum e bilioma, foi realizado hepatico-jejunoanastomose em Y-de-Roux. Atualmente,
assintomático. Conclusão - A reconstrução do trajeto biliar, por meio da hepatico-jejunoanastomose em Y-de-Roux permanece sendo a terapêutica de
escolha. Com estes casos, busca-se ressaltar a importância em controlar os fatores que predispõe às LIVB, tais como uma técnica dissecção meticulosa
e uma atenção às variações anatômicas possíveis.

1
PUC-GO, 2SCMGO, Goiás.

TL.C.MIS.P.212
MANEJO DE PACIENTES COM APENDICITE GRAU IV ATRAVÉS DE APENDICECTOMIA, CECOSTOMIA E
DIETA ORAL DE ALTA ABSORÇÃO: QUATRO RELATOS DE CASOS
Micaelle Jozinne Gonçalves Fernandes Cardoso1, Marina Rodrigues Costa2, Lissa Beltrão Fernandes3, Thiago Costa MAIA3,
Sarah Barreira CAVALCANTE3, Vanessa Rodrigues Costa4, Antônio Aldo MELO FILHO1

RESUMO - Introdução - A apendicite é causa mais comum de abdome agudo cirúrgico e, apesar da literatura extensa, o manejo da apendicite compli-
cada é contraditório. Objetivo - Relatar quatro casos de pacientes pediátricos que apresentaram apendicite grau IV e tiveram como conduta apendicec-
tomia e cecostomia, com uso de terapia com dieta oral de alta absorção. Relatos - Quatro pacientes, com média de idade de 9 anos, apresentavam clínica
sugestiva de apendicite aguda, com dor abdominal, diarreia, febre e dor à palpação da fossa ilíaca direita, dentre os principais sintomas. Os pacientes
foram submetidos à laparotomias exploradoras nas quais os achados foram compatíveis com apendicite grau IV, com o ceco apresentando-se bastante
friável. Foram realizadas apendicectomia e cecostomia protetora, direcionando uma fístula estercoralis. Os pacientes iniciaram dieta oral de alta absor-
ção precocemente, evoluindo com fechamento espontâneo da fístula, com intervalo de tempo de fechamento da fístula variando em torno de 15 dias, sem
necessidade de novas abordagens. Conclusão - A cecostomia como direcionamento de fístula estercoralis em crianças com apendicite grau IV mostrou-se
segura e efetiva. A terapia utilizando dieta oral de alta absorção possibilita fechamento espontâneo da fístula, evitando longos períodos de jejum, dieta
parenteral ou nova abordagem cirúrgica.

1
Hospital Infantil Albert Sabin, 2Universidade Federal do Ceará, 3Universidade Federal do Ceará, Ceará. 4Universidade Federal da Paraíba, Paraíba.

TL.C.MIS.P.213
METÁSTASE HEPÁTICA EM CARCINOMA FOLICULAR DA TIREOIDE
Tiago Ferreira PAULA1, Marcela Juliano Silva2, Norrara Amanda Teles Martins2, Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE1, Juliana
Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes1, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino1, Manoel Lemes da Silva Neto1, Gustavo
Inácio de Gomes Marques1

RESUMO - Introdução - O Carcinoma Folicular da Tireoide (CFT) constitui cerca de 10% de todas as doenças malignas da tireoide. É uma neoplasia
maligna do epitélio da tireoide que se apresenta como uma massa tireoidiana assintomática. Pode metastatizar para pulmão, osso, fígado e outros locais,
via hematogênica. Casuística - Paciente masculino, de 73 anos, que apresentava em tomografia computadorizada (TC) de abdome pequena lesão nodular
no segmento II do lobo esquerdo hepático, sugestiva de cisto simples. Realizou nova TC de controle um ano após que evidenciou volumosa lesão expan-
siva sólida e com extensa área central de necrose/degeneração cística, de dimensões acentuadamente aumentadas quando comparada ao exame anterior.
Marcadores tumorais sem alterações. Foi submetido à hepatectomia esquerda e o anatomopatológico evidenciou carcinoma de padrão folicular com per-
fil imunohistoquímico de tireóide como sítio primário. Posteriormente, foi submetido a tireoidectomia total. Em ressonância magnética de coluna dorsal,
foi evidenciado lesão expansiva no corpo vertebral e pedículo direito de T8, com extensão paravertebral a direita e para o canal vertebral com aparente
envolvimento de raiz de T8 a direita. Foi iniciado radioterapia e tosilato de sorafenibe. Conclusão - O CFT apresenta maior disseminação para ossos e,
raramente, para fígado. A importância deste caso reside na raridade da disseminação hepática e na ocorrência clínica mais frequente em mulheres idosas.

1
SCMGO, 2PUC-GO, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 103


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.214
NECROSE AGUDA DA VESÍCULA BILIAR COM FORMAÇÃO DE BILIOMA, SECUNDÁRIA À CÁLCULO
OBSTRUTIVO DO COLÉDOCO
Claudia Nishida Hasimoto*, Irio GONÇALVES Júnior*, José Guilherme Minossi*

RESUMO - Relato de Caso - Paciente 45 anos, feminina, deu entrada com história de dor abdominal em hipocôndrio direito, com irradiação para todo
hemi-abdome direito, com início há 15 dias, acompanhado de náuseas e vômitos. Negava icterícia, colúria e acolia. Sabidamente portadora de colelitíase.
Negava outras comorbidades. No exame físico de entrada encontrava-se em REG, dispnéica, abdome globoso, distendido, doloroso à palpação de hemi-
-abdome direito, principalmente em HCD. Exames laboratoriais: BT-2,33, FA-224, gama GT-318, amilase-9. TC de abdome: dilatação de colédoco (1,8
cm) até região da cabeça pancreática, vesícula biliar de paredes finas, sem cálculos. Presença de coleção líquida em região abdominal direita. A ressonân-
cia de abdome revelou dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas com falha de enchimento de 3,2 x 2,2 x 1,9 cm, vesícula biliar de dimensões reduzi-
das e coleção líquida no recesso hepato-cólico. Paciente foi submetida à laparotomia exploradora que evidenciou vesícula biliar de dimensões reduzidas,
murcha e com necrose puntiforme em parede posterior e sem cálculo, presença de um grande cálculo no colédoco e realizado drenagem de cinco litros de
bilioma. Paciente evoluiu bem. Comentário - A necrose da vesícula biliar é um achado raro, sendo mais comum em mulheres idosas, embora tenha sido
relatada em todos os grupos etários. Manifesta-se clínicamente semelhante à colecistite aguda e quando o diagnóstico é precoce o prognóstico é bom.

*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.C.MIS.P.215
NEOPLASIA ESOFÁGICA E GÁSTRICA SINCRÔNICAS - RELATO DE CASO
Pedro Luiz Genaro*, Julio Cézar Martins Aquino*, Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Marina Balbuena BUAINAIN*,
Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fabio Galvão VIDAL*, Diogo Gome AUGUSTO*

RESUMO - Introdução - O carcinoma epidermóide de esôfago tem frequente associação com neoplasias do trato aerodisgestivo, sendo a associação com
lesões não-aerodigestivas infrequentes. Objetivo - Descrever o caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com diagnós-
tico de neoplasia esofágica e gástrica sincrônicas. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - CS, sexo masculino, 56 anos, etilista
crônico e tabagista de longa data, com história de hematêmese e melena há 8 dias. Ao exame físico apresentava-se caquético, desidratado e hipocorado
4+/4+, porém estável hemodinamicamente. Nos exames laboratoriais apresentava anemia importante com hemoglobina de 2,0 g/dL e hematócrito de
6,6%. Realizada transfusão imediata de 3 concentrados de hemácias e submetido a EDA, compatível com lesão elevada de esôfago e lesão ulcerada
gástrica, sendo enviado material para anatomopatológico. O anatomopatológico foi compatível com carcinoma escamoso invasivo moderadamente
diferenciado de esôfago e adenocarcinoma tubular invasivo pouco diferenciado de estômago. Paciente foi submetido a laparotomia para confecção de
jejunostomia alimentar pela técnica de Witzel, pois a doença gástrica era irresecável de acordo com o estadiamento. Conclusão - A presença de lesões
sincrônicas de esôfago e estômago é rara, mas deve sempre ser pesquisadas, pois possuem os mesmos fatores de risco e se descobertas no início podem
ser ressecadas com boa chance de cura.

*Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul.

TL.C.MIS.P.216
NEOPLASIAS PRIMÁRIAS MÚLTIPLAS: QUATRO SÍTIOS PRIMÁRIOS EM DOIS ANOS. RELATO DE
CASO
Rinaldo Antunes Barros*, Eduardo de Souza Barreto*, Felipe Carvalho LEÃO*, Léo Dantas Pereira*,
Lorenza Andrés Almeida de Souza*, Lucas Almeida Santana ROCHA*, Mariana May CEDRO*

RESUMO - Introdução - As Neoplasias Primárias Múltiplas se configuram como neoplasias malignas, com sítio e histologia diferentes da primeira,
excluindo a possibilidade de que a segunda seja metástase da primeira. Objetivo - Relatar caso clínico de Neoplasia Primária Múltipla. Relato de Caso -
C.N.P., sexo feminino, 52 anos, admitida com Abdômen Agudo Obstrutivo por Neoplasia de Cólon Transverso, foi submetida à colectomia segmentar.
O anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferenciado, (T3N0M0), sem indicação de terapia adjuvante. Após quatro meses,
apresentou nódulo sólido em mama direita de aproximadamente 2 cm no seu maior diâmetro, no qual foi constatado carcinoma ductal infiltrativo,
sendo submetida à quadrantectomia com pesquisa de linfonodo sentinela negativo, seguida de quimioterapia adjuvante por quatro meses. Após dois
meses, apresentou lesão vegetante em 2ª porção duodenal irressecável, invadindo as vias biliares, vasos mesentéricos, veia porta e rim direito, com biópsia
evidenciando adenocarcinoma indiferenciado. Notou-se outra lesão em rim esquerdo sugestiva de neoplasia de outro sítio, estando em tratamento on-
cológico paliativo. Conclusão - Além da raridade do quadro, este relato de Caso chama a atenção para a dificuldade na elucidação diagnóstica definitiva
dessa mutação oncogênica. Aguça-se o interesse pelo conhecimento da patogenia e reforça-se, então, a necessidade de estabelecer mais estudos para
auxiliar na condução de casos como esse.

*Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia.

104 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.217
O USO DE TOXINA BOTULÍNICA DO TIPO A NAS HÉRNIAS COM PERDA DE DOMICÍLIO
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Renato Miranda de Melo1, 2, Norrara Amanda Teles Martins1,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1

RESUMO - Introdução - As hérnias com perda de domicílio constituem desafio para o cirurgião, uma vez que a redução do conteúdo herniado pode
causar aumento súbito da pressão intra-abdominal e síndrome compartimental, com morbi-mortalidade elevada. Além do pneumoperitônio progressivo
pré-operatório, a aplicação de toxina botulínica do tipo A - TBA (IBARRA-HURTADO, 2009), ao provocar a paralisia temporária da musculatura
parietal, distendendo-a, é uma alternativa promissora nesses casos, pois permite a redução do conteúdo herniado e a correção da hérnia sem causar as
consequências da hipertensão cavitária. Caso - Paciente feminina, 62 anos, IMC 32. Hérnia epigástrica há 18 anos, corrigida, mas recidivada, progressi-
vamente maior, culminando em perda de domicílio. TC de abdome mostrou anel com 8 cm de diâmetro e volume abdominal de 4.380cm³. Foi aplicada
a toxina em 5 pontos a cada lado na musculatura oblíqua do abdome. Após 6 semanas, o anel herniário estava inalterado, mas o volume da cavidade
ampliou em 25% (5.504 cm³). No PO imediato, necessitou de ventilação mecânica, durante 48h, evoluindo sem outras complicações. Conclusão - A
aplicação pré-operatória da TBA é medida efetiva para ampliar a cavidade abdominal. Entretanto, pelo fato de apenas distender a musculatura parietal,
não trabalha o músculo diafragma, o que explica a dificuldade ventilatória observada. É fundamental associar a fisioterapia respiratória e motora, para
reduzir essa grave complicação.

1
PUC-GO, 2UFG, Goiás.

TL.C.MIS.P.218
OBESIDADE E O DIABETES - A IMPORTÂNCIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA
Danielle Mendonça Andrade1, Gabriel Maranhão Silva1, Renata Isabela Feitosa de CARVALHO2,
Anna Marcella Quintanilha Barbosa de Mello1, Paula Bittencourt VASCONCELLOS1, Isadora Teles SANJUAN3,
Luan Fellipe Bispo Almeida4, Bruna NOVIELLO1

RESUMO - Objetivo - Descrever a eficácia da Cirurgia Metabólica em portadores de DM2 e discutir os mecanismos de reversão da comorbidade. Me-
todologia - Transversal, a partir da análise de 10 artigos nos anos de 2011-12 no Scielo, sobre bariátrica, remissão de DM2. Resultados - Objetivo inicial
a perda de peso, foi observada importante melhora e até mesmo controle definitivo do DM2 após a Derivação gastrojejunal em Y-de-Roux; assim como
em outras técnicas. Remissão da doença em 82,9% dos pacientes após este procedimento cirúrgico. A média do IMC no pré-operatório era de 42 e após
seis meses 29,6. Demonstrou-se que mais mulheres fizeram parte dos participantes; com idade entre 20-58 anos; Tendo redução dos níveis de glicemia de
jejum e pós-prandial, Hb glicada, insulina, lipidograma e pressão arterial. O seguimento se deu de forma ambulatorial após 7 dias de, 1, 3 e 6 meses da
cirurgia. A técnica padrão ouro foi a Fobi-Capella em Y-de-Roux. Os principais mecanismos de mudança glicêmica se dão à exclusão duodenal que reduz
capacidade absortiva. A neoglicogênese intestinal aumentou. O rearranjo da anatomia do intestino proximal leva a um efeito benéfico na homeostase da
glicose independente dos níveis de GLP1 ou alteração no peso. Conclusão - Seguindo as indicações da SBD submeteram-se a cirurgia, podendo-se inferir
que é meio eficaz de perda de peso e normalização de medidas laboratoriais utilizadas no diagnóstico da Síndrome Metabólica.

1
UNIFESO, Rio de Janeiro; 2UNIT, Sergipe; 3Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 4UFS, Sergipe.

TL.C.MIS.P.219
PANCREATITE CRÔNICA COM EVOLUÇÃO ATÍPICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ciro Eduardo FALCONE*, Adriana Tieme TANIGUCHI*, Frederico Gomide SANDOVAL*,
Luis Eduardo Ataide REQUEL*, Ricardo Estevam Martins*, José Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*

RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de pancreatite crônica com evolução atípica. Método - As pancreatites de etiologia alcoólica evoluem para cro-
nicidade se mantido o agente causal, podendo apresentar-se clínicamente de formas diversas. Relato de Caso - Paciente masculino, 30 anos, internado
devido a dor abdominal associada à vômitos há 3 meses. História de etilismo crônico pesado. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome evidenciou
esteatose hepática, sinais de pancreatite (Balthazar B), e espessamento de última porção duodenal e jejuno. Após 48 horas, nova TC com administração
de contraste via oral, mostrou espessamento de porção final de duodeno, com obstrução total, sem passagem de contraste. No 3º dia de internação
hospitalar o paciente evoluiu com piora da dor abdominal, sinais de irritação peritoneal e queda nos níveis hematimétricos, sendo indicada laparotomia
exploradora. No inventário da cavidade observou-se hemoperitônio, duodeno endurecido, friável e edematoso, lesões típicas de pancreatite junto ao
ângulo de Treitz (lesões em “Pingo de Vela”), realizada tentativa de passagem de sonda nasoenteral sem sucesso, optado por realização de gastro-entero
anastomose. O paciente evoluiu favoravelmente. Realizada Endoscopia Digestiva Alta após 01 mês que evidenciou apenas gastro-entero anastomose,
sem outras alterações. Conclusão - Na pancreatite de etiologia alcoólica a apresentação clínica pode variar, simulando quadros obstrutivos frequente-
mente encontrados em doenças neoplásicas.

*Santa Casa de Limeira, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 105


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.220
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA UTILIZAÇÃO DO CATETER VENOSO CENTRAL EM PACIENTES
ADULTOS NA ENFERMARIA DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO, TERCIÁRIO EM
RECIFE/PE
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*,
Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - Os pacientes submetidos à cirurgia de emergência, assim como, cirurgias eletivas maiores devem ser monitorizadas. A colo-
cação do cateter venoso central é útil e simples podendo contribuir para a identificação precoce de alteração patológica do perioperatório. Objetivos
- Descrever características da população adulta submetida à cateterização venosa central e suas complicações, na enfermaria de cirurgia geral de um
hospital do SUS-Recife/PE. Métodos - Estudo realizado entre agosto e outubro de 2004 em pacientes adultos submetidos à punção venosa central.
Resultados - Trinta e três pacientes preencheram os critérios de inclusão. A idade média entre eles foi 46,87 anos. O tempo médio de permanência do
cateter foi 10,21 dias. O motivo da remoção do cateter foi fim da indicação (10), suspeita de foco infeccioso (7), infecção do sítio de punção (6), choque
pirogênico (1), obstrução (1), fratura (1), indeterminado (6). Cultura com crescimento bacteriano ocorreu em 25 casos. Os germes foram Staphylococcus
aureus (9), Staphylococcus spp (8), Staphylococcus epidermidis (2), Staphylococcus coagulase-negativo (1), Klebisiella (1), Pseudomonas sp (1), Bacilo
Gram Negativo não-fermentador (2), Proteus mirabilis (1). Ocorreu um óbito relacionado com sepse de origem da corrente sanguínea. Conclusão - Es-
tudos epidemiológicos sobre procedimentos invasivos devem ser estimulados, pois poderá proporcionar informações sobre a melhor escolha e manejo
de futuras complicações.

*HR, Pernambuco.

TL.C.MIS.P.221
PERÍODO DE AFASTAMENTO DO TRABALHO APÓS COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schilittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Texto que usou artigos da literatura para determinação de um período seguro de retorno ao trabalho após colecistectomia
videolaparoscópica. Objetivo - determinar, em dias, o tempo seguro de retorno ao trabalho após uma videocolecistectomia. Casuística - Avaliação de 5
trabalhos que totalizaram 1.021 pacientes submetidos a colecistectomia por videolaparoscopia e que tiveram seu período de convalescença acompanha-
do para determinação do período necessário de afastamento das atividades laborais. Método - Feita a pesquisa no PubMed contendo os termos tempo
de afastamento, atestado médico e colecistectomia videolaparoscópica. Obtidos os 5 trabalhos tendo sido feito o cálculo da média de dias de afastamento
do trabalho após a videocolecistectomia ponderada pela amostra de cada trabalho. Resultados - Foi obtida uma média de 13,5 dias; uma média pondera-
da pela amostra de 11 dias de afastamento; sendo o trabalho com menor média teve média de 7 dias e a maior média foi de 22 dias. Conclusão - É seguro
o retorno ao trabalho em 11 dias após uma videocolecistectomia.

*HFA, Brasília.

TL.C.MIS.P.222
PERÍODO DE AFASTAMENTO DO TRABALHO APÓS HERNIORRAFIA INGUINAL À LICHTENSTEIN
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Walter Ludwig Armin Schroff*,
Willian Pires de Oliveira Júnior*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*

RESUMO - Introdução - Texto que usou artigos da literatura para determinação de um período seguro de retorno ao trabalho após herniorrafia inguinal
à Lichtenstein. Objetivo - determinar, em dias, o tempo seguro de retorno ao trabalho após uma herniorrafia inguinal à Lichtenstein. Casuística - Ava-
liação de 4 trabalhos que totalizaram 855 pacientes submetidos a herniorrafia inguinal à Lichtenstein e que tiveram seu período de convalescença acom-
panhado para determinação do tempo necessário de afastamento das atividades laborais. Método - Feita a pesquisa no PubMed contendo os termos
tempo de afastamento, atestado médico e herniorrafia à Lichtenstein. Obtidos os 4 trabalhos tendo sido feito o cálculo da média de dias de afastamento
do trabalho após a cirurgia ponderada pela amostra de cada trabalho. Resultados - Foi obtida uma média de 18,27 dias; uma média ponderada pela
amostra de 24,49 dias de afastamento; sendo o trabalho com menor média teve média de 17 dias e a maior média foi de 21 dias. Conclusão - É seguro o
retorno ao trabalho em 24,49 dias após uma herniorrafia inguinal à Lichtenstein.

*HFA, Brasília.

106 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.223
PNEUMOPERITÔNEO SERIADO COMO OPÇÃO NO TRATAMENTO DAS HÉRNIAS GIGANTES
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*,
Guilherme Augusto Y. Seimaru*, Mario Henrique Grilo*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*

RESUMO - Introdução - A hérnia incisional, por definição, consiste na protrusão de vísceras abdominais através de orifícios ou áreas da parede abdo-
minal anormalmente enfraquecida. Representa a falência da via de acesso empregada ou a síntese defeituosa dos planos anatômicos parietais. Podem
ser classificadas em hérnias de pequenas e médias (anel de até 6 cm), grandes (= 10 cm), gigantes (= 20 cm) e monstruosas (> 20 cm). A correção das
hérnias gigantes constitui um desafio técnico, devido ao alto índice de recidiva e alta morbimortalidade. Objetivo - Discutir o tratamento das hérnias
incisionais gigantes através com relato de 2 casos e revisão de literatura. Resultados - Foram realizados 2 casos de hérnias gigantes,pacientes do sexo
masculino, um com 62 anos e outro com 67 anos, através do pneumoperitôneo progressivo pré-operatório realizado por 14 dias. Os procedimentos de
punção e insuflação ocorreram sem intercorrências. A técnica cirúrgica consistiu na colocação de tela pré-peritoneal, deixando parte da tela exposta. Um
dos pacientes recebeu alta no 7 po. O outro paciente desenvolveu fasciíte necrotizante no 17 po e evoluiu a óbito. Ambos não apresentaram sintomas de
síndrome compartimental. Conclusão - A técnica do pneumoperitôneo induzido pode representar uma alternativa viável e barata no tratamento destas
hérnias, restabelecendo o equilíbrio conteúdo X continente da cavidade abdominal, porem não parece diminuir os índices de recidiva, nem a morbimor-
talidade do procedimento.

*Hospital Regional do Vale do Paraiba - HRVP, São Paulo.

TL.C.MIS.P.224
PNEUMOPERITÔNIO PROGRESSIVO NO TRATAMENTO DE HÉRNIA INCISIONAL COM PERDA DE
DOMICÍLIO: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Miki Mochizuki1, Letícia Franceschi2

RESUMO - Apesar do desenvolvimento de novos materiais para síntese de parede e o aumento do número de procedimentos vídeo-laparoscópicos, as
hérnia incisionais continuam a ocupar uma boa parte do quotidiano dos serviços de cirurgia. Felizmente, na grande maioria dos casos, com boa técnica
e bons materiais é possível a realização do tratamento através de abordagem direta, sem maiores dificuldades. Há, entretanto, aqueles casos que chamam
atenção ainda na sala de espera pelo volume e, no consultório, pelo desafio que configuram para o cirurgião e para o paciente. Muitas estratégias sur-
giram nas últimas décadas e já estão bem estabelecidas na literatura médica, mas precisam ser rememoradas de tempos em tempos. Recentemente, em
nosso serviço, deparamos com um caso com uma hérnia com perda de domicílio e a documentação do caso foi bastante ilustrativa e por isso decidimos
fazer o relato do caso e compartilhar as imagens do processo.

1
HFC, 2UFSCar, São Paulo.

TL.C.MIS.P.225
PRESENÇA DO TNF NO LÍQUIDO PERITONEAL DE CAMUNDONGOS COM PERITONITE BACTERIANA
EM MEIO ÁCIDO OU ALCALINO
Gabriel Mendonça Netto*, José Gonçalves Jr*, Rafael Calvão Barbuto*, Yuri Lobato Guimarães*, Silvânia Ferreira*, Ivana
Duval Araujo*

RESUMO - Introdução - A peritonite causa ativação de macrófagos peritoneais e inflamação e sepse sistêmica. O pH do líquido irritante pode
influenciar essa inflamação. Objetivo - Avaliar a secreção de TNF e IL6 pelo peritônio após peritonite induzida e infusão de solução ácida, neutra
ou alcalina. Metodologia - 48 camundongos swiss submetidos à ligadura e punção do ceco foram distribuídos em 3 grupos. No primeiro grupo, foi
infundida na cavidade peritoneal salina com pH 7,0. No segundo grupo, infundida salina com pH 3,0, e no terceiro grupo infusão de salina com pH
9,0. 8 animais de cada grupo foram mortos após 2 horas da CLP e o líquido peritoneal colhido para dosagem de TNFα e IL-6. Os demais foram
tratados com lavagem da cavidade peritoneal e ceftriaxona IM e, após 24 horas do tratamento, mortos e colhida amostra de lavado peritoneal para
dosagem de TNFα e IL-6. As citocinas foram dosadas através de ELISA. Resultados - Após 2 horas da indução da peritonite, houve aumento signi-
ficativo da concentração de TNFα e IL-6 nos grupos com pH da solução peritoneal ácida ou alcalina. Após 24 horas do tratamento, houve elevação
significativa da secreção de TNFα e IL-6 nos grupos com solução em pH 7,0, mas não naqueles que foram tratados após peritonite em meio ácido
ou alcalino. Conclusão - O pH do líquido presente na peritonite é fator que aumenta a estimulação aos macrófagos peritoneais, mas esse efeito pode
ser revertido pela lavagem da cavidade peritoneal.

*UFMG, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 107


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.226
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO COM EVOLUÇÃO ATÍPICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Leandro de Souza Lehfeld*, Tatiana Paschoalato*,
Gustavo da Silveira Trindade*, Murilo Rodrigues do Carmo*, Renato de Mesquita Tauil*, Rodrigo Augusto Rosolen*

RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de pseudocisto pancreático com evolução atípica. Método - O diagnóstico de pseudocisto pancreático deve ser
sempre considerado. Relato de Caso - Paciente feminina, 37 anos, internada devido à crise hipertensiva, com achado em Tomografia Computadorizada
(TC) de lesão cística em cabeça pancreática, com 1,1 cm. Realizou Ressonância Nuclear Magnética (RNM) posteriormente, que evidenciou lesão cística
em cabeça de pâncreas com 4,7 X 4,5 X 4,3 cm. Após um mês reinternou, em unidade de terapia intensiva, por novo quadro de crise hipertensiva, sendo
realizadas novas TC, RNM e COLANGIORNM que mostraram lesão expansiva cística em cabeça de pâncreas, sem planos de clivagem com o arco
duodenal, com a veia porta e mesentérica superior, sugestivo de sangramento no interior da lesão. Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
(CPRE) evidenciou invasão doudenal e da via biliar principal, com formação de fístula entre volumosa tumoração pancreática e duodeno com invasão
da via biliar principal. Biópsias confirmaram processo inflamatório com necrose e ausência de neoplasia. Exames seriados de TC, RNM e COLAN-
GIORNM mostraram evolução favorável, com redução progressiva da lesão pancreática. Nova CPRE após 6 meses evidenciou presença de discreta
fistula entre duodeno e via biliar principal. Conclusão - Nas lesões pancreáticas a apresentação clínica pode variar, simulando quadros invasivos frequen-
temente encontrados em doenças neoplásicas.

*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.

TL.C.MIS.P.227
RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO - RELATO DE UM CASO
Marisa Rafaela DAMASCENO Lima1, Helder Costa IKEGAMI2, Pedro Sampaio MARQUES Neto2, Luciano Gomes Moura2,
Patrícia Tavares Sena2, Bruno Filo Creão Garcia PEREIRA2

RESUMO - Rabdomiossarcoma foi descrito por weber em 1854. São neoplasias malignas do músculo esquelético subdivididos em embrionário ou
botrióide, alveolar e pleomórfico. Para o diagnóstico é necessária a imunohistoquímica. Apresenta-se em qualquer sítio, sendo mais frequente na cabeça
e pescoço, seguida pelo trato genitourinário. Relatamos caso de rabdomiossarcoma de localização rara. Paciente masculino, 68 anos. Queixas - Dor em
fossa ilíaca direita, hiporexia, plenitude gástrica. Relatou dor em menor intensidade, na mesma topografia, há 2 anos. Exame Físico - Cote, bom estado
geral. Abdome doloroso à palpação, com massa em quadrante inferior. Solicitado exames. Afp: 4,27; cea: 2,2; ca-125: 8; ca 19-9: 9,4; bhcg: negativo. Tc
abdominal - Lesão expansiva na região hipogástrica direita em contato com psoas direito, com 10 x 9 x 7,6 cm, deslocando ureter e artéria ilíaca comum
direita, comprimindo veias cava inferior e ilíaca comum direita. Indicada biópsia, com laparotomia exploradora, excisão de lesão tumoral, rafia de veia
cava inferior e patch de ptfe. Paciente passou 4 dias na UTI, evoluindo bem, sem maiores complicações. Recebeu alta hospitalar no 20º po. Retorno
Ambulatorial - Anatomopatológico: neoplasia fusocelular e epitelióide com atipias, extensas áreas de necrose e alto índice mitótico; imunohistoquímica:
rabdomiossarcoma embrionário. Neste caso, o rabdomiossarcoma se apresenta em faixa etária pouco frequente e localização rara, com evolução insi-
diosa e poucos sintomas.

1
Universidade Federal do Pará; 2Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Pará.

TL.C.MIS.P.228
RABDOMIOLISE EM PACIENTE OBESO MÓRBIDO SUBMETIDO AO BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX
João Felipe da Costa Nunes*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Luiz Claudio Lopes Chaves*, Allan Herbert Feliz Fonseca*,
Marcelo Prado Magalhães*, Luiz Nazareno França de Moura*, Aline Pozzebon Gonçalves*, Emanuel José Baptista Oliveira*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso cirúrgico de um paciente obeso mórbido que foi submetido ao Bypass Gástrico em Y-de-Roux Videolaparos-
cópica e evoluiu com Rabdomiólise intensa e Síndrome Compartimental Abdominal (SCA). Método - As informações foram obtidas através da revisão
do prontuário do paciente. Resultados - Paciente masculino, 35 anos, IMC 43,21, hipertenso e diabético tipo II, apresentava história de ganho de peso
excessivo há 10 anos, refratário há tratamento clínico. Foi submetido à Bypass Gástrico em Y-de-Roux videolaparoscópico, evoluindo no 1º pós-opera-
tório (PO) na UTI com desconforto respiratório e tosse com expectoração sanguinolenta, sendo optado, após piora clínica e radiológica no 5º PO, pela
intubação orotraqueal mais ventilação mecânica e antibioticoterapia. Os exames laboratoriais do 16º PO revelaram uma mioglobina no valor de 4.094
ng/mL com insuficiência renal aguda (Creatinina 2,6 mg/dL), necessitando durante a evolução de hemodiálise. O valor máximo alcançado foi 7.448 ng/
mL. O paciente foi submetido à múltiplas abordagens cirúrgicas devido SCA e deiscência parcial da gastroenteroanastomose, evoluindo com SARA,
Pneumonia, Insuficiência renal e Choque séptico, indo à óbito no 33º pós-operatório. Conclusão - A rabdomiolise, apesar de complicação rara, pode
ocorrer em pacientes obesos grau III submetidos à cirurgia bariátrica. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir com insuficiência
renal aguda e grave ameaça à vida.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

108 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.229
RELATO DE CASO: HÉRNIA EPIGÁSTRICA GIGANTE COM PERDA DE DOMICÍLIO CONTENDO CÓLON
TRANSVERSO E A MAIOR PARTE DO ESTÔMAGO
Pedro Zanina Neto de Oliveira1, Heber Cardoso Wanderley1, Noêmia Marra Canêdo Guimarães1, Raphael Gomes Morais1,
Gabriela Resende Horbilon2

RESUMO - Introdução - As hérnias epigástricas ou hérnias da Linha Alba são protrusões de gordura extraperitoneal ou eventualmente um saco herni-
ário contendo vísceras abdominais através da linha média entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical. Correspondem a 1,5 a 3,5% de todas as hérnias
abdominais e de 1 a 5% das hérnias operadas. Relato do Caso - Paciente de 59 anos, hipertensa controlada, ex-tabagista 30 maços/ano. Nega cirurgias
abdominais prévias, G3P2A1, trabalhadora braçal aposentada. Refere há 15 anos abaulamento epigástrico aos esforços, de início insidioso e indolor.
Relata que com o passar dos anos, o abaulamento tornou-se irredutível e apresentou aumento significativo de volume, cursando com episódios de dor
abdominal e vômitos pós-alimentares. Nunca havia procurado assistência médica especializada. Foi admitida com quadro sugestivo de abdome agudo
obstrutivo, com TC de abdome evidenciando falha aponeurótica em linha média de região epigástrica com cerca de 6,8 cm e saco herniário contendo
cólon transverso e parte do estômago. Discussão - As hérnias epigástricas são geralmente pequenas falhas aponeuróticas e tendem a ser sintomáticas,
sendo a dor o sintoma mais comum. Hérnias verdadeiras com sacos herniários grandes são raras e no início fazem diagnóstico diferencial com diástase
de reto. Conclusão - Ainda que raras as hérnias abdominais de Linha Alba “espontâneas” podem chegar a grandes volumes e apresentar perda de domi-
cílio, tornando-se uma ameaça à vida do paciente.

1
HGG, 2UFG, Goiás.

TL.C.MIS.P.230
RELATO DE CASO: HÉRNIA TRAUMÁTICA ABDOMINAL
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Yoshifumi Seimaru*,
Mario Henrique Grilo*, Murilo de Oliveira Fernandes*

RESUMO - Introdução - A definição atual para hérnia traumática é uma ruptura músculo fascial com pele íntegra na ausência de hérnias prévias. Estas
ainda causam controvérsias em relação a seu manejo considerando as variáveis envolvidas: extensão da lesão, contaminação, lesões associadas e condi-
ções sistêmicas. O diagnóstico é feito por tomografia, seguida de diagnóstico intra-operatório. A incidência é de aproximadamente 1%, com aumento
recente devido a progressão da energia cinética dos eventos causadores. Discussão - O presente relato de Caso discorre sobre um paciente envolvido em
colisão de alta energia cinética carro x muro com cinto de duas pontas do banco traseiro. Apresentava na admissão hematoma em trajeto de cinto com
abaulamento infra umbilical de aproximadamente 6 cm em maior diâmetro. Na tomografia foi evidenciado líquido livre e pneumoperitôneo além da
hérnia traumática. Durante a cirurgia, observou uma hérnia em trajeto de cinto com lesão de delgado e mesentério a 70 cm da válvula ileocecal e explo-
são de ceco, com minima contaminação da cavidade. Realizada colectomia direita ampliada, incluindo a lesão de delgado, com anastomose primária
e reparo da hérnia com tela de prolene no mesmo tempo cirúrgico. o paciente evoluiu de maneira satisfatória, com alta no 6 po. Conclusão - O reparo
destas hernias continua assunto controverso, sendo o uso de próteses, a nosso ver, técnica factível e de bom resultado, desde que o paciente não apresente
contraindicação para o reparo primário.

*Hospital Regional do Vale do Paraiba - HRVP, São Paulo.

TL.C.MIS.P.231
RELATO DE CASO: PRESENÇA DE SCHISTOSOMA MANSONI EM LIPOMA
Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto Flávio Campos MINEIRO Filho*,
Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira*, Marcelo Stacanelli di PAULA*

RESUMO - Esquistossomose está entre as doenças parasitárias mais combatidas no mundo e é um dos maiores desafios de saúde publica no mundo.
Encontra-se presente em 14 países, em alguns o controle é um desafio como Sudão, em outros já foi eliminada como na Tunisia. No Brasil a doença resulta
da infecção com parasita S. Mansoni. Uma vez o humano infectado o verme circula pelo sistema sanguineo alojando-se em diferentes tecidos, especialmente
no pulmão, na mucosa colorretal, nos espaços porta do fígado e raramente no rin e sistema nervoso central. Objetivo - Relatar o caso de um paciente de 32
anos, anos procedente e residente em Belo Horizonte, vendedor, com lipoma da regiao perianal em gluteo esquerdo de crescimento insidioso durante um
ano, qual foi ressecado e em seu anatamopatológico foi visualizado larvas de esquistossoma. Método - As informações foram colhidas através do acompa-
nhamento do paciente ambulatorialmente e hospitalar através de consultas, cirurgia e análise patológica da peça cirurgica. Considerações Finais - Uma vez
o humano infectado a doença progride para um estágio com complicações graves como hipertensão portal, hemorragia digestiva alta, insuficiência hepática
grave que geralmente levam a morte. Uma vez diagnósticada antes destas complicações é uma entidade tratável com antiparasitário como praziquantel e
oxaminiquine, mas fica claro a necessidade do melhor saneamento básico e educação como medida principal no combate a doença.

*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 109


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.232
RELATO DE CASO: PSEUDOCISTO GIGANTE DE ADRENAL - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES
CÍSTICAS ABDOMINAIS
Raphael Gomes Morais*, Gustavo Tomaz Franco*, Divino Martins Correia Júnior*, Rafael Alves Tumeh*,
Fernanda Ribeiro Arcanjo*, Pedro Zanina Neto de Oliveira*, Matheus Castrillon Rassi*, Heber Cardoso Wanderley*

RESUMO - Introdução - Apesar dos avanços dos métodos de imagem, as lesões intra-abdominais ainda continuam, por vezes, necessitando de aborda-
gem cirúrgica para definição da origem e extensão. A grande quantidade de órgãos intra-abdominais e suas relações anatômicas íntimas contribuem para
a indefinição. Relato - Paciente 67 anos, feminino, com dor epigástrica, em região lombar e hipocôndrio direitos (HCD) há cerca de 1 ano, com massa
palpável em HCD. Ultrassonografia evidenciou imagem anecóica homogênea de 15,30 x 12,27 x 11,37 cm e volume de 1.117,62 cm3, em abdome supe-
rior. Tomografia computadorizada mostrou volumosa lesão cística de contornos regulares ocupando hipocôndrio e flanco direitos, com efeito expansivo
deslocando a glândula adrenal direita e a veia cava inferior para esquerda, não sendo possível determinar a origem da lesão. Durante a laparotomia foi
identificado cisto em posição retroperitoneal, proveniente da glândula supra-renal direita. Realizado adrenalectomia direita e exérese do cisto. Histopa-
tólogico evidenciou pseudocisto de adrenal, sem sinais de malignidade. Discussão - Pseudocistos de adrenal são massas císticas raras originadas dentro
do córtex ou medula adrenal, delimitados por uma parede fibrosa, representando 32 a 56% dos cistos de adrenal. Apenas 7% apresentam potencial ma-
ligno. O tamanho do cisto determina a apresentação clínica. Conclusão - Devemos considerar as lesões císticas de adrenal, apesar de raras, no diagnóstico
diferencial das lesões císticas abdominais.

*Hospital Geral de Goiânia, Goiás.

TL.C.MIS.P.233
RELATO DE CASO: PSEUDOMIXOMA PERITONEAL
Nathieli Pinhatti Colatreli*, Rodrigo Tadeu Rodrigues Silvestre*, Bruno Roberto Giannini Marini*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de pseudomixoma peritoneal. Método - Paciente de 77 anos, masculino, submetido à herniorrafia epigástrica,
tendo em saco herniário conteúdo mucinoso. Evoluiu no 11º pós-operatório com evisceração e submetido à ressutura de parede com colocação de tela.
No 7º pós-operatório apresenta dor abdominal difusa mal caracterizada, associado à constipação intestinal. Exames laboratoriais sem alterações. Ra-
diografia de abdome: distensão gasosa entero cólica com formação de níveis hidro aéreos e resíduos fecais nos cólons. Tomografia de abdome: acentuada
ascite loculada com realce na projeção do peritônio parietal. Distensão gasosa de alças delgadas com formação de nível líquido. Estase fecal na projeção
do cólon ascendente. É submetido à laparotomia contendo grande quantidade de secreção mucinosa por toda a cavidade abdominal. Após sete dias
evolui com sepse e óbito. Resultados - Patologia: pseudomixoma perotonei associado a depósito de sais de cálcio. Presença de adenocarcinoma mucinoso
e papilífero bem diferenciado. Conclusão - O pseudomixoma peritoneal é um carcinoma de baixo grau de malignidade, raro, de curso indolente, com in-
cidência de 1:1.000.000. A inespecificidade dos sintomas dificulta o diagnóstico preciso, como foi nossa experiência. Assim, há poucos médicos treinados
para o seu tratamento, necessitando de centros especializados para cirurgia citorredutora e quimioterapia hipertérmica intraperitoneal.

*Hospital Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, São Paulo.

TL.C.MIS.P.234
ROTURA DIAFRAGMÁTICA EXTENSA E LESÃO INTRAPERITONEAL DA BEXIGA APÓS TRAUMA
ABDOMINAL FECHADO
João Felipe da Costa Nunes*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, André Takashi Oti*, Luiz Claudio Lopes Chaves*,
Allan Herbert Feliz Fonseca*, Marcelo Prado Magalhães*, Aline Pozzebon Gonçalves*, Emanuel José Baptista Oliveira*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso cirúrgico de uma paciente vítima de acidente automobilístico, que evoluiu com lesão da cúpula diafragmática
esquerda e intraperitoneal da bexiga. Método - As informações foram obtidas na sala de emergência do Hospital de referência em trauma em Belém.
Resultados - Paciente deu entrada na emergência com história de acidente automobilístico sem cinto de segurança, sendo ejetada do veículo. Foi atendida
aos moldes do ATLS. Apresentava-se com vias aéreas pérvias, taquidispnéica, murmúrio vesicular diminuído à esquerda, hemodinamicamente estável,
Glasgow 13 e fratura exposta em perna direita. Procedeu-se à drenagem pleural à esquerda. Paciente, porém, permaneceu taquidispnéica. O RX de tórax
pós-drenagem demonstrava bolha de gás intratorácica e elevação de cúpula diafragmática esquerda. Sendo assim, foi submetida à Laparotomia explo-
radora com achados de hemoperitônio, herniação de fundo de estômago, baço, alças de delgado por rotura 8 cm no hemidiafragma esquerdo, além de
lesão intraperitoneal de 4 cm em bexiga. Optou-se por redução do conteúdo herniário e herniorrafia com polipropileno 2-0 e cistorrafia em dois planos
com Vicryl. No 1º PO, paciente apresentou PCR súbita, revertida após manobras de ressuscitação. Evoluiu com insuficiência renal dialítica, indo à óbito
no 5º PO. Conclusão - A ocorrência de ruptura diafragmática após acidente automobilístico é rara, sendo imprescindível o diagnóstico e tratamento
precoces, pois a mortalidade pode alcançar 50%.

*Hospital Ophir Loyola, Pará.

110 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.235
SÍNDROME DE MIRIZZI: RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta*, Cassia Farris*, Andressa Sarda MAIOCHI*, Ana Claudia Dall‘oglio*,
Celso Nilo Didone*, Carolina COMANDULLI*, Samir de Paula Abdalah*

RESUMO - Introdução - A Síndrome de Mirizzi é complicação rara da colelitíase, caracterizada pelo estreitamento do ducto hepático comum. Relato de
Caso - Masculino, 62 anos, iniciou há 3 meses com icterícia, astenia, inapetência, anorexia, prurido generalizado e perda de 10 kg. Exames laboratoriais
evidenciaram Hemoglobina 7,6 g/dl, Hematócrito 22%, Leucócitos 10.300 sem desvio a esquerda, VHS 133 PCR 29 AST 105 UI/ml ALT: 160 UI/ml
Bilirrubinas Totais 24,82 mg/dl, Bilirrubina direta 22,5 mg/dl Fosfatase Alcalina 727 GGT: 557. Tomografia de abdome: sinais de colecistite calculosa
aguda com cálculo de localização infundibular com provável acometimento também do ducto cístico. Compressão extrínseca sobre a porção proximal do
colédoco, promovendo acentuada ectasia das viais biliares. O diagnóstico foi de Síndrome de Mirizzi, sendo submetido à colecistectomia, exploração de
vias biliares e colocação de dreno de Kehr. No 15º pós-operatório (PO) evoluiu com piora do estado geral e TC mostrando extravasamento de contraste
pelo colédoco. Submetido a laparotomia, com colocação de dreno de sucção para monitorar o extravasamento. No 5º PO evolui com descompensação
clínica e óbito. Discussão - Por ser condição incomum e pelas possíveis complicações, a Síndrome de Mirizzi deve ser incluída sempre no diagnóstico
diferencial de icterícia obstrutiva em pacientes com cálculos biliares.

*Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí, Santa Catarina.

TL.C.MIS.P.236
SÍNDROME DE MIRIZZI: RELATO DE CASO
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Marcelo Soares da Cunha Peixoto*, Tales Mendes Sabia*,
Giordana Nascimento Brandão*, Filipe Borges de Moraes*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*,
Rodrigo Martins Sales*, Jaeder Teixeira de Siqueira*

RESUMO - A síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da colelitíase que determina a obstrução das vias biliares extra-hepáticas, ocorrendo em não
mais do que cerca de 0,5% dos casos. Pode ocorrer por impactação de cálculo na ampola da vesícula biliar, ou no ducto cístico gerando um aumento
na pressão intraluminal da via biliar com edema local e compressão do ducto hepático comum. Objetivo - Relatar um caso de síndrome de Mirizzi. Ma-
teriais e Métodos - Feminino, 36 anos apresentando icterícia obstrutiva, prurido, acolia fecal e colúria. Ultrassom de abdômen demonstrou cálculo no
interior da vesícula biliar, com dilatação de vias biliares e parede de vesícula biliar espessada. Colangiorresonância evidenciou cálculo em porção distal
em infundíbulo e cístico, comprimindo o ducto hepático comum. O tratamento foi cirúrgico e com boa evolução. Discussão - Pacientes submetidos a
cirurgias biliares apresentam incidência da síndrome de Mirizzi de cerca de 0,7 a 1,4% na população geral. A colecistopatia biliar crônica é a maior causa
de fístula biliar espontânea. A inespecificidade dos sinais e sintomas da síndrome de Mirizzi, torna necessário o estudo complementar das vias biliares
por exames de imagem. Conclusões - Não há um único procedimento padrão para o tratamento da síndrome de Mirizzi, sendo às vezes necessárias, mais
de uma abordagem cirúrgica, por vezes com propostas diferentes, para a resolução de uma mesma afecção.

*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.

TL.C.MIS.P.237
TÉCNICAS DE TRANSPLANTE DE FÍGADO PARA RESSECÇÃO DE TUMORES RETROPERITONEAIS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Raphael Torres*,
Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução - Os tumores retroperitoneais frequentemente são grandes e com íntima comunicação vascular. A sua ressecção deve ser reali-
zada com cautela e perícia para evitar complicações hemorrágicas. As manobras cirúrgicas realizadas no transplante de fígado permitem o manuseio
direto e seguro dos grandes vasos retroperitoneais. Objetivo - Demonstrar a utilização das técnicas de transplante de fígado nas ressecções de tumores
retroperitoneais. Método - Estudo realizado em hospital público em pacientes adultos submetidos à ressecção de tumores retroperitoneais entre janeiro
de 2002 e junho de 2013. Dados demográficos, etiologia, tipo de técnica e evolução foram avaliados. Resultados - doze ressecções de tumores retroperi-
toneais utilizando a técnica do transplante de fígado foram realizadas, sendo 8 pacientes do sexo feminino. A idade variou de 32 a 84 anos. Tumor de
adrenal não-funcionante ocorreu em 8 (adenoma 3, Feocromocitona 3, cisto hemorrágico 1 e hiperplasia 1). Angiomiolipoma renal foi o diagnóstico
de dois casos e lipossarcoma em outros 2. A distribuição da massa era predominante á direita em 9 casos. A incisão foi subcostal em 5, e em J em 5. A
incisão em L (à esquerda) foi realizada em 2 situações. A preservação da VCI foi utilizada à semelhança da técnica piggback do transplante de fígado
torna a cirurgia de ressecção de tumores retroperitoneais mais segura e, quando possível, sem necessidade de hemotransfusão.

*Hospital Universitário Oswaldo Cruz - HUOC, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 111


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.238
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE HÉRNIA INGUINOESCROTAL GIGANTE
Gabriel Alves Carrião1, Juliana Ferreira de Souza1, Paula Mortoza Lacerda1, Isabella Cristina de Sousa Paiva1,
Ana Luiza de Oliveira Queiroz Teófilo1, Pollyana Rodrigues Pimenta1, Félix André Sanches Penhavel2,
Fernando Corrêa Amorim2

RESUMO - Introdução - O tratamento cirúrgico da doença herniária ainda representa um desafio para o cirurgião geral, já que não existe nenhuma
técnica que se mostrou isenta de recidiva ou de complicações. O conceito de hérnia inguinoescrotal gigante ainda é controverso na literatura. Objetivo -
Relatar caso de hérnia da região inguinal gigante com tratamento cirúrgico atípico. Método - Os dados foram obtidos em prontuários no HC da UFG.
Resultados - JAN, 58 anos, masculino. Ao exame, apresentava abaulamento de região inguinal até o escroto, que atingia o joelho. A hérnia era irredutível
e havia perda de domicílio. Foi submetido à inguinotomia com dissecção do saco herniário; o conteúdo voltou para o interior da cavidade abdominal
somente por incisão mediana infra umbilical. Após tensão na cavidade abdominal, foi feita incisão relaxadora em lâmina anterior da bainha do reto
abdominal e colocação de grande tela de polipropileno no espaço pré-peritoneal pela técnica de Stoppa. Paciente se recusou à orquiectomia a direita,
evoluindo com infecção no escroto e testículo, sendo preciso debridamento e curativo por 5 vezes. Após 6 anos de tratamento, ainda mantém retorno
ambulatorial, sem recidiva e com complicação de atrofia testicular e discreto linfedema em escroto. Conclusão - O tratamento foi um desafio, sendo
escolhida a técnica a colocação de grande tela no pré-peritônio à maneira de Stoppa, com ampliação da cavidade abdominal com incisão relaxadora na
bainha do músculo reto abdominal.

1
PUC-GO, 2HC-GO, Goiás.

TL.C.MIS.P.239
TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE CISTO ESPLÊNICO NÃO PARASITÁRIO
Poliana de Paula Vieira Borges dos Reis Soares1, Marcelo Oliveira Rodrigues da Cunha2, Lurymi Takashi BORDÃO2,
Douglas Guilherme Antunes Vilela dos SANTOS1

RESUMO - Introdução - Os cistos esplênicos são em sua maioria assintomáticos, sendo diagnosticados de forma acidental. Objetivo - Relatar e discutir
um caso de cisto esplênico benigno, de acometimento pouco comum e sua abordagem videolaparoscópica. Método - V.R.V.,sexo feminino, 37 anos,
branca, com queixa de dor abdominal em andar superior esquerdo, com piora progressiva, associada à plenitude e desconforto gástrico. Foi realizado
USG de Abdome onde foi constatado baço com limites precisos com presença de cisto medindo 4,2 x 3,9 cm e TC de abdome que revelou baço de forma
e volume normais, contornos lisos e regulares, apresentando imagem ovalada, medindo cerca de 54 x 44 x 41 mm nos maiores diâmetros. Resultados - À
videolaparoscopia constatou presença de cisto esplênico em região posterior, optado pela esplenectomia total, a cirurgia procedeu sem intercorrências e
a paciente evolui bem. Após a cirurgia o material foi encaminhado ao anatomopatológico que revelou baço com superfície externa recoberta por serosa
e lesão cística em uma das extremidades medindo 5,0 cm de diâmetro, com hipótese diagnóstica de cisto epitelial simples, tipo mesotelial. Conclusão - O
tratamento cirúrgico do cisto esplênico deve ser realizado em cistos maiores de 5 cm ou sintomáticos, apesar das diversas técnicas cirúrgicas descritas na
literatura a esplenectomica ainda é a técnica padrão.O tratamento por via laparoscópia visa favorecer o menor tempo cirúrgico e a menor incidência de
comorbidades pós-operatória.

1
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC, Araguari, 2Hospital Santo Antônio LTDA, Minas Gerais.

TL.C.MIS.P.240
TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE COM ORIFÍCIO DE ENTRADA E SAÍDA ABDOMINAL
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Yoshifumi Seimaru*,
Mario Henrique Grilo*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*

RESUMO - Introdução - Ferimentos abdominais por arma branca são uma causa relativamente comum de trauma abdominal penetrante, principalmen-
te em áreas de grande densidade populacional, como nas grandes cidades, onde a violência urbana toma níveis crescentes e causa aumento proporcional
do número de casos deste tipo de trauma. Resultados - Relatar caso de paciente masculino de 32 anos, vítima de fab com orifício de entrada em fiE e
orifício de saida em FID, com evisceração de epiplon a admissão e sinais claros de peritonite. O paciente foi encaminhado a laparotomia exploradora
sendo evidenciado secção completa de sigmoide, além de 3 perfurações de alças de delgado. Sendo realizado sigmoidectomia com anastomose prima-
ria, e rafia das lesões de delgado. Conclusão - A faixa etária e o sexo dos pacientes acometidos por este tipo de trauma tem representação semelhante
entre os estudos internacionais e feitos no Brasil, com o predomínio de pacientes entre a segunda e terceira década de vida e do sexo masculino; e vem
tornando-se cada vez mais frequentes e graves.

*Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.

112 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.241
TROMBOSE DE VEIAS PORTA E MESENTÉRICA SUPERIOR COM ISQUEMIA INTESTINAL
SECUNDÁRIA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Leandro de Souza Lehfeld*,
Tatiana Paschoalato*, Gustavo da Silveira Trindade*, Murilo Rodrigues do Carmo*,
Renato de Mesquita Tauil*, Rodrigo Augusto Rosolen*

RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de trombose de veias porta e mesentérica superior com isquemia intestinal secundária. Método - A trombose
venosa das veias porta e mesentérica superior podem evoluir com quadro de isquemia intestinal secundária por limitar o fluxo arterial causando edema
e infarto segmentar. Relato de Caso - Paciente masculino, 50 anos, internado devido à dor abdominal. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome
evidenciou trombose de veias porta e mesentérica superior. Após 48 horas, evoluiu com sinais de irritação peritoneal, sendo indicada laparotomia explo-
radora. No inventário da cavidade observou-se isquemia de intestino delgado de 2,70 m de extensão, entre 20 cm da válvula ileocecal e 1,80 m do ângulo
de Treitz, optado por realização de enterectomia do segmento comprometido, confecção de ilestomia terminal e sepultamento do coto distal. O paciente
evoluiu favoravelmente. Anátomo-patológico confirmou infarto agudo hemorrágico segmentar e meso congesto. O paciente apresentou boa evolução
pós-operatória com uso de anticoagulação plena. Conclusão - Na trombose venosa abdominal, o aumento da pressão hidrostática das veias porta e
mesentérica superior causam sequestro de líquido intraluminal e edema de parede intestinal, com hipovolemia relativa e hemoconcentração, levando a
vasoconstrição e infarto dos segmentos intestinais afetados, hemorragia e necrose focal eventuais.

*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.

TL.C.MIS.P.242
TUMOR DESMOPLÁSICO DE PEQUENAS CÉLULAS REDONDAS
Fernanda Cristina Zoletti*, Ricardo Reinert Marques*, Walter Wendausen Rothbarth*

RESUMO - Objetivo - Documentar um caso de uma doença pouco freqüente no mundo inteiro e de diagnóstico difícil pelos sintomas pouco específicos.
Método - Relato de Caso. Resultados - É descrito um caso de TDPCR em uma criança de 6anos submetido à laparotomia exploradora com ressecção do
tumor localizado na escavação reto vesical, já apresentando metastases peritoniais, com difícil diagnóstico anatomo patológico pela raridade do caso.
Conclusão - Devido a elevada agressividade do TDPCR, o prognóstico é reservado e embora o tratamento possa prolongar a vida em casos isolados,
este não é curativo. A apresentação clínica é relacionada a sintomas gastrointestinais ou genito-urinário, secundário à compressão extrínsecas da massa
abdominal ou pélvica. Também é identificada sintomatologia relacionada a eventuais metástases à distância, para órgãos como fígado, os pulmões e as
cadeias ganglionares. A recidiva é freqüente, com sobrevivência baixa. O tratamento é multidisciplinar, combinando cirurgia agressiva, quimioterapia e
radioterapia.

*UNOESC, Santa Catarina.

TL.C.MIS.P.243
TUMOR DESMOIDE EXTRA-ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Marina Rodrigues Costa*, Vanessa Azevedo Mendonça*, Vanessa Rodrigues Costa*,
Amanda Rodrigues Scipião*, Valéria Cristina do Rosário Rebouças*, Caio Braga Malveira*

RESUMO - Introdução - O tumor desmóide (TD) é uma neoplasia benigna, que se origina de estruturas fasciais ou músculo-aponeuróticas. Apre-
senta crescimento loco-regional, porém a recorrência é freqüente. Acomete principalmente portadores de polipose adenomatosa familiar dos cólons
(PAF), sendo rara ocorrência isolada. Possui maior incidência em mulheres em idade reprodutiva, principalmente no puerpério. Objetivo - Relatar
caso de TD em mulher sem antecedentes de PAF, 8 meses após ter sido submetida a uma cesariana. Relato do Caso - Paciente, feminino, 25anos,
apresentou quadro de dor em hipogástrio direito associada à presença de nódulo palpável, em julho de 2012. O ultrassom revelou formação nodu-
lar hipoecogênica, ovalada, de limites definidos, medindo 4,6 x 2,1 cm, heterogênea, no tecido subcutâneo, deslocando posteriormente o músculo
reto abdominal. A análise com doppler colorido evidenciou fluxo no interior da lesão na região subcutânea. Foi optado por tratamento cirúrgico
e a paciente foi submetida à ressecção tumoral, com colocação de prótese para reconstituição da parede abdominal. O anatomopatológico da peça
cirúrgica confirmou o diagnóstico. Após 7 meses da cirurgia, a paciente apresentou recidiva tumoral, sendo submetida a nova abordagem cirúrgica,
com margens mais amplas. Conclusão - O TD é uma neoplasia benigna pouco frequente, cujo tratamento deve ser cirúrgico, porém alguns casos são
tratados com terapia sistêmica ou radioterapia.

*Universidade Federal do Ceará, Ceará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 113


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.MIS.P.244
USO DO CURATIVO À VÁCUO NO TRAUMA ABDOMINAL
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Roger Moreira*, Edison Dias Rodrigues*, Juliana
Abbud Ferreira*, Cely de Melo Bussons*, Ricardo Staffa*, Renato Araujo Pereira*

RESUMO - Uso do curativo à vácuo no trauma abdominal. A necessidade de peritoniostomias traz aos cirururgião a escolha de qual o melhor método
para cobertura temporária e o manejo do fechamento abdominal. O uso do curativo a vácuo está associado à melhora da perfusão local, controle de in-
fecção, diminuição do edema e proliferação do tecido de granulação. Relato - Paciente feminino, 26 anos, vítima de acidente automobilístico com trauma
abdominal fechado e lesão cervical. Apresentou desinserção pélvica dos músculos retos abdominais em região de cinto de segurança e lesão de delgado.
Após laparotomia exploradora e enterectomia foi constatada impossibilidade de fechamento da musculatura e da parede abdominal naquele momento,
optado então pela realização de peritoneostomia com curativo à vácuo. Para complementação do tratamento foi submetida a 20 sessões de câmara
hiperbárica. Resultado - A paciente foi submetida a diversas trocas de curativos, a cada 48-72 horas, por 12 semanas, sendo submetida ao tratamento
definitivo após definidas as condições para o fechamento abdominal. Discussão - O curativo à vácuo pode ser aplicado como tratamento para pacientes
que necessitam de peritoneostomia após trauma abdominal, tendo as vantagens de poder ser aplicado durante longos períodos, facilitar a granulação
dos tecidos e diminuir infecção local. Conclusão - No caso apresentado, a paciente teve grande beneficio da utilização do curativo a vácuo como auxiliar
para o fechamento definitivo da parede abdominal.

*Gastromed, São Paulo.

TL.C.OBE.P.245
ANÁLISE DE 1838 PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DA OBESIDADE COM
pôsteres • OBESIDADE

BALÃO INTRAGástrico
Ricardo Jose Fittipaldi Fernandez1, Bruno Sander2, Andréia Nishyiamamoto de Oliveira1,3, Beatriz Peixoto1, Renata Rodrigues de
Oliveira2, Caroline Fernandes2, Antonio Fabio Teixeira1,4, Cristina Fajardo Diestel1,3

RESUMO - Introdução - O balão intragástrico (BIG) mostra-se possivelmente eficaz no tratamento do excesso de peso. Objetivo - Avaliar eficácia e
complicações do tratamento com BIG nos pacientes das clínicas Endogastro Med Service e Sander. METODOS: Foram analisados 1840 pacientes.
Utilizou-se BIG a Allergan. Os pacientes apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) inicial mínimo de 27 kg/m² e foram acompanhados por equipe
multidisciplinar. Dados analisados com estatística descritiva, análise de variância e teste t de student. Resultados - 100 pacientes foram excluídos: 77
(4,2%) por retirada precoce, 11 (0.6%) por perda de peso nula, 10 (0.54%) por ganho de peso e 02 por gravidez (0,11%). A incidência de fungo foi 0.27%
(n=5) e de vazamento 0.43% (n=8). Os pacientes apresentaram perda significativa de peso, com IMC final (28,83 ± 4,68 kg/m2) significativamente menor
que o IMC inicial (36,41 ± 5,6 kg/m²) (p<0,0001). A redução média do IMC foi 7,58 ± 3,51 kg/m². A média da perda percentual do peso corporal foi de
20,56 ± 7,84% e da perda percentual do excesso de peso foi de 74,84 ± 46,49. Houve maior perda percentual do peso inicial em pacientes com obesidade
grau III do que em pacientes com sobrepeso e obesidades graus I e II (p<0,001). Houve maior redução do IMC e maior perda % do peso inicial em
homens do que em mulheres (p<0,0001 e p=0,018, respectivamente). Conclusão - O tratamento endoscópico do excesso de peso com BIG se estabelece
como uma ótima opção terapêutica a esta patologia.

1
Endogastro Med Service, 2Clínica Sander, 3UERJ, 4Clínica Gastros,Bahia.

TL.C.OBE.P.246
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA BARIÁTRICA COM CEFAZOLINA EM INFUSÃO CONTÍNUA:
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NO TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
Rafael Anlicoara*, Álvaro Antônio Bandeira FERRAZ*, Luciana Teixeira de Siqueira*, José Guido Corrêa de Araújo Junior*,
Josemberg Marins Campos*, Edmundo Machado FERRAZ*, Clarissa Guedes NORONHA*

RESUMO - Objetivos - Relacionar a concentração de cefazolina no tecido celular subcutâneo de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica e o índice de massa
corpórea (IMC). Métodos - Dezoito pacientes avaliados durante o período de Outubro/2011 a Maio/2012. Utilizados 2 g de cefazolina na indução anestésica,
associados a 1 g, em infusão contínua, durante a cirurgia. Amostras de tecido celular subcutâneo, obtidas no início e fim da cirurgia, foram analisadas através
de cromatografia a líquido de alta eficiência para determinar a concentração do antibiótico. As análises estatísticas foram realizadas através dos testes de
Mann-Whitney, Wilcoxon e teste t-Student. Resultados - A maioria da amostra foi de pacientes do sexo feminino (61,1%), com idade média de 39,4 ± 11,6 anos
e IMC médio de 40,5 ± 3,98. O tempo médio das cirurgias foi de 95,8 ± 18,7 minutos. A concentração de Cefazolina encontrada no tempo inicial foi de 6,66
± 2,56 µg/ml e, ao término da cirurgia, de 7,93 ± 2,54 g/ml. Os pacientes com IMC < 40 kg/m2 apresentaram concentrações de cefazolina inicial e final maior
que os pacientes com IMC ≥ 40 kg/m2. Não houve infecção de sítio cirúrgico na amostra estudada. Conclusões - Nas cirurgias bariátricas, o acréscimo de 1g
de Cefazolina, em infusão endovenosa contínua, aos 2 g na indução anestésica propicia concentração no tecido celular subcutâneo acima da concentração
inibitória mínima para os principais agentes causadores de ISC. Houve correlação inversa entre o IMC e a concentração de Cefazolina.

*HC-UFPE, Pernambuco.

114 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.OBE.P.247
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE
GASTROPLASTIA REDUTORA
Claudia NISHIDA*, Karine Aparecida Arruda*, Jose Willian Zucchi*, Fernanda Gaffo Akune*, Luis Eduardo Naresse*,
Celso Vieira Leite*, Daniele Cristina Cataneo*, Antonio José Maria Cataneo*

RESUMO - Introdução - A gastroplastia é um procedimento cirúrgico de grande porte, utilizado como tratamento para obesidade, que pode levar a
alterações funcionais no momento pós-operatório. Objetivo - Avaliar em pacientes submetidos à gastroplastia redutora, se existe queda da força muscular
respiratória no momento da alta hospitalar, tomando como base os valores obtidos no momento pré-operatório. Métodos - Foram avaliados candidatos
à gastroplastia redutora por laparotomia mediana. As avaliações foram realizadas no pré-operatório (Pré) e na alta hospitalar (PO). Os pacientes
foram submetidos, a anamnese, exames, espirometria, testes de esforço e manovacuometria. As pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória
máxima (PEmáx), foram obtidas de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Resultados - Foram avaliados 68
pacientes, sendo 57 pacientes do sexo feminino (83,8%). A idade e IMC médios foram de 41,16 ± 10,37 anos e 45,36 ± 6,19 kg/m2. A mediana (desvio
interquartílico) da PImáx no Pré foi 85,00 (75,00; 100,00) cmH2O e no PO 60,00 (55,00; 65,00) cmH2O, com queda de 29,4% na força muscular no PO
(p<0,001). Os valores de PEmáx de maneira semelhante apresentaram queda significativa de 36,4% da força expiratória (p<0,001), sendo que a mediana
no Pré foi 110,00 (95,00; 120,00) cm H2O e no PO de 70,00 (55,00; 80,00) cm H2O. Conclusão - No PO de gastroplastia redutora há piora importante na
força muscular, sendo mais acentuada a expiratória.

* Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.C.OBE.P.248
CAPACIDADE FUNCIONAL EM OBESOS MÓRBIDOS: PROPOSTA DE NOVA EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO
DO TESTE DE CAMINHADA
Marco Aurélio Santo*, Raphael Custodio Pabst*, Alexandre Vieira Gadducci*, Gabriela Correia de Faria Santarém*,
Daniel Riccioppo*, Denis Pajecki*, Flavio Masato Kawamoto*, Roberto de Cleva*

RESUMO - Introdução - A obesidade está associada a uma redução na mobilidade e funcionalidade do indivíduo, com repercussões na qualidade de vida.
Algumas equações têm sido propostas para predizer o teste de caminhada de seis minutos. O objetivo do estudo foi comparar os resultados observados com
os valores preditos pelas equações. Casuística e metodologia - Foram avaliados 89 pacientesobesos, 78,65%do sexo feminino, com idade média de 40,87 ± 9,6
anos, peso médio de 125,36 ± 20,49 kg e estatura média de 163 ± 9,22 cm. Para predizer a distancia esperada, utilizamos equações para adultos saudáveis
brasileiros (Soares e Pereira) e para população americana (Enright et al). Resultados - A média da DTC6 percorrida foi de 517,47 ± 50,56 metros. A DTC6
predita pela equação brasileira para o grupo foi de 481,40 ± 43,88 m. O intervalo de confiança de 95% (IC-95%) aplicado à equação superestima a DTC6
em 68,55 m e subestima em 137,49 m. A DTC6 predita pela equação americana para o grupo foi de 521,99 ± 51,66 m. O IC-95% aplicado a equação
superestima a DTC6 em 153,96 m e subestima em 131,85 metros. Propomos a equação preditiva para a DTC6 em obesos mórbidos. TC6: 739,631 - (1,075
x idade) - (3,978 x IMC) + 42,135 (se gênero masculino). Conclusão - As equações não são adequadas para predizer o desempenho da funcionalidade de
obesos mórbidos por meio do cálculo da DTC6. A nova equação proposta para predizer a DTC6 em obesos mórbidos precisa ser validada.

* HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.P.249
CIRURGIA BARIÁTRICA E GESTAÇÃO, UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Alberto João Berra Fagali*, Carlos Haruo Arasaki*, Elesiario Marques Caetano*, José Carlos del Grande*,
Fernando Augusto Herbella*

RESUMO - Objetivo - Relatar a evolução após gravidez de uma série de pacientes previamente submetidas a cirurgia bariátrica. Material: Foram estudados
vinte e dois casos de gravidez após gastroplastia e derivação em Y-de-Roux, com e sem anel de silicone, ocorridos no período de 2002 a 2011. As pacientes
tinham idade entre 20 e 38 anos e evolução satisfatória no período pós-operatório Metodologia - Trata-se de um estudo retrospectivo com análise de uma
base de dados, levantamento de prontuário médico, e com informações atualizadas através de contato telefônico. Aspectos clínicos do acompanhamento
materno e fetal foram considerados, durante o período gestacional e no puerpério. Foi realizada revisão da literatura, por meio das bases de dados LILACS,
IBECS. Resultados - Todas as gestações observadas foram de feto único, sendo que 40,9% dos casos foram submetidos a parto cesáreo. Observou-se
18,2% de gestações abortadas, 2 casos (9,0%) de óbito neonatal e um caso (4,5%) de óbito materno e fetal. Notou-se também 4,5% de partos prematuros
e 4,5% de recém-nascidos com baixo peso ao nascer. Conclusões - Duas em cada cinco pacientes, que engravidaram após cirurgia bariátrica, apresentaram
alguma complicação relacionada com a gestação ou puerpério. Nessa circunstância, recomenda-se atenção especial desde o início da gravidez. Investigações
adicionais ainda são necessárias para estabelecer recomendações para a mulher em idade fértil que já foi submetida à cirurgia bariátrica e deseja engravidar.

*EPM-Unifesp, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 115


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.OBE.P.250
GASTROPLASTIA REDUTORA: CORRELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE INTERNAÇÃO GLOBAL E EM UTI E
OS TESTES CARDIOPULMONARES PRÉ-OPERATÓRIOS
Claudia Nishida Hasimoto*, Karine Aparecida Arruda*, Jose Willian Zucchi*, Fernanda Gaffo Akune*, Luis Eduardo Naresse*,
Celso Vieira Leite*, Daniele Cristina Cataneo*, Antonio José Maria Cataneo*

RESUMO - Introdução - O local cirúrgico e as comorbidades comuns nos candidatos a gastroplastia redutora colaboram para o desenvolvimento de
complicações pós-operatórias (CPO) que aumentam o tempo de internação (tPO) e a permanência em UTI (tUTI). Objetivo - Avaliar quais variáveis
pré-operatórias tem correlação com os desfechos pós-operatórios na gastroplastia redutora. Método - Os candidatos a gastroplastia redutora foram
submetidos a uma avaliação no pré-operatório, constando de espirometria, manovacuometria (PImáx e a PEmáx), teste de caminhada (TC6) e teste de
escada (TE). Foi aplicado o coeficiente de Pearson para verificar a correlação entre as variáveis tPO, tUTI e CPO e os resultados dos testes. Resultados -
Foram avaliados 103 pacientes, 80 mulheres (77%). A idade média foi de 40,45 ± 10,27 anos e o IMC de 46,54 ± 6,48 kg/m2. Cinco pacientes apresentaram
CPO. O tPO médio foi de 4,4 ± 1,9 dias, com máximo de 19 dias e tUTI médio foi de 0,49 ± 0,76, com máximo de 4 dias. O tPO e as CPO não apresentaram
correlação significativa com os resultados dos testes. No entanto, o tUTI apresentou correlação significativa com o IMC (r=0,24; p=0,014), a carga
tabágica (r=0,206; p=0,036), a PImáx (r= -0,207; p=0,036), a distância no TC6 (r= -0,207; p=0,044) e a dessaturação após o TC6 (r=0,28; p=0,005).
Conclusão - A PImáx e a distância do TC6 apresentaram correlação com o tUTI e prever pontos de corte para esses testes pode ser útil.

* Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.C.OBE.P.251
HEMATOMA DE PAREDE ABDOMiNAL
Natália Rizzato Alécio*, Tassiane Bonotto Horvatich*, Fuiz Antonio de OLIVEIRA Filho*, Leonardo Castro Marinzeck*,
Fernando César Ferreira Pinto*, Fabio Augusto Brassarola*

RESUMO - Introdução - É o acúmulo de sangue no músculo ou entre este e sua bainha aponeurótica em consequência da ruptura dos vasos ou do próprio
músculo. Fatores predisponentes gravidez, HAS, aterosclerose, insuficiência cardíaca, pós-operatório, distensão abdominal, ascite, doenças musculares
degenerativas e doença do colágeno, tosse durante infecções respiratórias, constipação intestinal, exercícios musculares, terapia anticoagulante. Relato de
Caso - JDFH, 58 anos, com hequimose extensa em hemi-abdome direito. Paciente relata que durante esforço físico sentiu uma dor em pontada em flanco
direito necessitando de parada da sua atividade. Relata dor em flanco direito irradiando para dorso e coluna dorsal, 7 dias após apresentou início de
hequimose em flanco com progressão da área em para dorso e todo hemi-abdome direito e região periumbilical. Diabético e hipertenso. Medicamentos em
uso: enalapril, netformina 850 mg, anlodipino 5 mg propanolol 40 mg, furosemida 40 mg, sinvastatina 20 mg, AAS 100 mg. Abdome globoso, presença de
hequimose iniciado em hemi-abdome direito e região periumbilical com extensão até dorso direito. Us: edema difuso de subcutâneo. Conclusão - Patologia
assustadora pela sua visualização extensa com tratamento conservador consistindo em repouso, uso de gelo local, analgésicos e anti-inflamatório, deve ser
corretamente diferenciado de outras causas de abdome agudo para que o tratamento seja adequado,evitando intervenções cirúrgicas desnecessárias.

* UNAERP, São Paulo.

TL.C.OBE.P.252
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA: UM RELATO DE CASO
Rômulo José de Lima Veras*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, José Francisco Vasconcelos BORBOREMA*,
Cláudio Claudino Alves Almeida*, Carolina Costa Beckman Nery*, João Felipe da Costa Nunes*,
Aline Pozzebon Gonçalves *, José Gabriel Miranda da PAIXÃO*

RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de hérnia diafragmática por trauma abdominal penetrante em hospital de trauma de Belém. Método - Revisão
do prontuário do paciente e documentação fotográfica. Resultados - M.P.B., 18 anos, sexo masculino,procedente do interior do Pará, deu entrada
em hospital de referência em Trauma de Belém, com história de ferimento por arma branca(FAB) na altura do 7º espaço intercostal à esquerda há
6 horas. Recebeu 1° atendimento em hospital do interior, onde foi submetido a “Laparotomia Exploradora + Esplenorrafia + Toracostomia fechada
com drenagem pleural em selo d’água esquerda”. Ao exame físico apresentava-se consciente, orientado, taquicárdico, taquipnéico, desidratado e com
PA=140 x 80 mmHg. Apresentava expansão assimétrica de tórax e ferida operatória de incisão paramediana supraumbilical, além de dor à palpação
abdominal profunda difusamente, com descompressão brusca negativa. Paciente foi submetido a tratamento inicial do ATLS e realizou CT de tórax,
sendo evidenciado hérnia diafragmática contendo estômago, colón transverso e alças intestinais. Optou-se por nova laparotomia exploradora com rafia
de lesão de 7 cm da cúpula diafragmática esquerda após redução da hérnia e drenagem de hemitórax esquerdo. Paciente evoluiu bem, recebendo alta
em 3º pós-operatório. Conclusão - FAB em transição tóraco-abdominal tem chance de lesar o diafragma, acarretando risco de hérnia diafragmática
traumática e comprometimento da ventilação adequada do paciente.

* Hospital Ophir Loyola, Pará.

116 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.OBE.P.253
INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E DO NÚMERO DE CÁLCULOS BILIARES NO
DESENVOLVIMENTO DA COLECISTITE AGUDA
Tiago Torres Melo1, Valdemir José Alegre Salles2

RESUMO - Objetivo - Analisar a prevalência de colecistite aguda de acordo com o índice de massa corpórea (IMC) e o número de cálculos biliares.
Método -Estudo retrospectivo analítico,no qual foram analisados 64 pacientes portadores de colelitíase do Hospital Universitário de Taubaté, entre
janeiro de 2010 e janeiro de 2011. Resultados - Dos pacientes, 23,4% eram do sexo masculino e 76,6% do sexo feminino. A média da idade na amostra
foi de 44,4 anos. A média do valor do IMC foi de 28,8. A ocorrência de cálculo único foi de 34,4% e de múltiplos em 65,6%. A análise da correlação
entre o valor elevado do IMC e a presença de cálculo único não mostrou diferença estatística significativa (p=0,68). A análise da correlação entre o
valor elevado do IMC e a ocorrência de colecistite aguda não mostrou diferença estatística significativa (p=0,80). Dentre os pacientes portadores de
colecistite aguda, 63,2% apresentavam dois ou mais cálculos e 36,8%, cálculo único. Dos portadores de colecistite crônica, 66,7% apresentavam dois ou
mais cálculos e 33,3%, cálculo único. A análise da correlação entre a presença de cálculo único e a ocorrência de colecistite aguda não mostrou diferença
estatística significativa (p=0,79). Conclusão - A elevação do peso corporal não está relacionada com a presença de cálculo vesicular único. Os pacientes
com sobrepeso ou obesidade e aqueles portadores de cálculo único não tiveram maior probabilidade de desenvolver colecistite aguda. Descritores -
Colecistite aguda. Cálculos biliares. IMC. Obesidade.

1
Santa Casa de São Paulo; 2UNITAU, São Paulo.

TL.C.OBE.P.254
KWASHIORKOR EM PACIENTE COM BALÃO INTRAGÁSTRICO - RELATO DE CASO
Ricardo Jose Fittipaldi Fernandez1, Cristina Fajardo Diestel1,2, Bruna Saraiva NESI1

RESUMO - Introdução - O Kwashiorkor é uma síndrome que comumente afeta crianças com baixo nível sócio-econômico e com alimentação
extremamente hipoproteíca, tendo como sinais mais comuns uma síndrome edemigênica (SE) e dermatite. Porem, pode acontecer raramente em adultos
onde ocorra uma redução drástica da ingestão protéico-calórica, neste caso ocasionada pelo balão intragástrico. Relato de Caso - Paciente de 34 anos,
feminino, índice de massa corporal 34,02 kg/m2, que após a implantação de balão intragástrico (BIG), evoluiu com náuseas e vômitos em grande
intensidade a partir da segunda semana de tratamento, porem a paciente recusou-se a retirar o BIG. Procurou diversas vezes serviço de emergência para
hidratação e reposição hidro-eletrolitica. Aos 28 dias da colocação, optou-se pela retirada da prótese, que transcorreu sem intercorrências. Paciente então
evoluiu com SE, com importante edema de membros inferiores e ascite. Surgiram então lesões bolhosas nos pés e tornozelos. Dosagem sérica de albumina
foi 2,5 g/ dL. Após extensa investigação cardiológica, vascular e renal, nada de alterado foi encontrado. A SE foi então atribuída a hipoalbuminemia por
desnutrição aguda causada pela hiperemese. Iniciado furosemida 80 mg/dia e dieta hiperprotéica, com pronta resolução da SE. Conclusão - A síndrome
de Kwashiorkor, embora rara em adultos, pode ocorrer em pacientes que apresentem hiperemese pelo BIG.

1
Endogastro Medservice; 2UERJ, Rio de Janeiro.

TL.C.OBE.P.255
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR FITOBEZOAR PÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX
Rennel Pires de Paiva*, Marco Túlio Alves Cruvinel*

RESUMO - Obstrução intestinal por fitobezoar após by pass gástrico em Y-de-Roux Bezoares são causas raras de obstrução do intestino delgado
após bypass gástrico em Y-de-Roux. O presente relato de Caso descreve uma paciente de 58 anos que desenvolveu obstrução intestinal ao nível da
entero-enteroanastomose (Y-de-Roux) por um fitobezoar, 2 anos após ser submetida a uma gastroplastia vertical redutora em Y-de-Roux, sem anel, por
via aberta. A paciente foi admitida com quadro de intensa dor abdominal, náuseas e vômitos há 24 horas, relatando início dos sintomas após ingesta
de “Cocada”. Exames de imagem, raios-X e tomografia mostram imagem em “miolo de pão” volumosa no flanco esquerdo, e níveis hidro-aéreos. A
paciente foi inicialmente submetida à videolaparoscopia exploradora e posterior conversão para laparotomia, onde foi encontrada tumoração volumosa
ao nível da enteroanastomose obstruindo a alça alimentar e a bileo-pancreática. Realizada enterotomia cerca de 10 cm abaixo da enteroanastomose
e retirada manual do fitobezoar, em seguida irrigação da alça alimentar com soro fisiológico. A paciente evoluiu bem, recebendo alta no segundo dia
de pós-operatório, e permanece assintomática. A formação de fitobezoar deve ser considerada no diagnóstico diferencial nos quadros de obstrução
intestinal após by pass gástrico.

*ICB - Instituto de Cirurgia Bariátrica de Goiânia, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 117


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.OBE.P.256
PLASMA DE ARGÔNIO NO TRATAMENTO DO REGANHO DE PESO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA:
RESULTADOS INICIAIS
Ricardo José Fittipaldi Fernandez1, Cristina Fajardo Diestel1,2,3

RESUMO - Introdução - O reganho de peso é um problema pós cirurgia e ocorre, em parte, pela dilatação da anastomose gastro-jejunal, o que ocasiona
um esvaziamento gástrico mais rápido e maior ingestão alimentar. Objetivo - Avaliar a eficácia da fulguração endoscópica com plasma de argônio
(FPA) da anastomose e do coto gástrico objetivando a redução do diâmetro dos mesmos. Métodos - Foram analisados 16 pacientes submetidos a, pelo
menos, 01 sessão de FPA. A fulguração foi realizada na anastomose e no coto gástrico. Foi utilizada potência de 80 w na 1ª sessão de FPA e 70 w nas
seguintes, com fluxo de 02 litros de argônio. Objetiva-se obter uma anastomose com diâmetro menor ou igual a 10 mm. Os dados foram analisados com
a estatística descritiva, o teste t de Student e a correlação de Spearman. Resultados - Dos 16 pacientes analisados, 87,5% eram mulheres (n=14). A média
de peso reganhado em relação ao peso máximo perdido após a cirurgia foi de 40,83% (6,45-72). Houve uma redução significativa do índice de massa
corporal (IMC) no final da análise (média=33,32 kg/m²) em relação ao início do tratamento (IMC médio=36,56 kg/m²) (p<0,0001). A perda média em
percentual do peso reganhado foi de 86,71%. Houve correlação significativa entre a redução do IMC e o maior número de sessões realizadas (p=0,0388).
Os pacientes analisados ainda permanecem em tratamento. Conclusão - A FPA se mostra eficaz no tratamento do reganho de peso pós-cirurgia de
gastroplastia redutora com bypass em Y-de-Roux.

1
Endogast ro Medservice; 2UERJ; 3Uni-Rio, Rio de Janeiro.

TL.C.PAN.P.257
A IMPORTÂNCIA DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO NO ADENOCARCINOMA DA
pôsteres • PÂNCREAS

AMPOLA DE VATER
José Roberto Alves*, Patrick Vanttinny Vieira de Oliveira*, Ícaro Godeiro de Oliveira Maranhão*, Enio Campos Amico*

RESUMO - O adenocarcinoma de Ampola de Vater representa 0,5% dos cânceres gastrointestinais. Objetivo - Apresentar a importância do perfil clínico-
epidemiológico desse câncer. Método - Estudo observacional e retrospectivo em pacientes com adenocarcinoma da Ampola de Vater do Hospital Universitário
Onofre Lopes de fevereiro/2008 a julho/2013. Resultados - Identificados 22 pacientes (54,5% homens). Apresentaram idade média de 56,2 anos, sendo três
(13,6%) com idade igual ou menor que 40 anos. Os principais fatores de riscos foram: tabagismo (45,5%) e etilismo (31,8%). As manifestações clínicas mais
prevalentes foram: icterícia (90,9%), dor abdominal superior (81,8%), perda ponderal (81,8%), prurido cutâneo e colúria (72,7%). Em 16 casos (72,7%) os
exames pré-operatórios suspeitaram de tumor na Ampola de Vater. Os outros: 3 casos (13,6%) existia dúvida entre origem pancreática e periampular, outro
caso (4,5%) para origem apenas pancreática e os últimos 2 (9,1%) não existiam informações nos prontuários. Ademais, em 3 pacientes a endoscopia digestiva
alta convencional não apresentou alterações. Conclusão - Percebe-se que nos pacientes ictéricos cada vez mais jovens a hipótese diagnóstica de câncer da
Ampola de Vater deve ser considerada, mesmo naqueles aos quais apresentarem exame endoscópico convencional normal. Algumas vezes esse tipo de
câncer não apresenta definição diagnóstica pré-operatória, necessitando de confirmação por exame anatomopatológico detalhado.

*Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade. Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN), Rio Grande do Norte.

TL.C.PAN.P.258
ACELERANDO A RECUPERAÇÃO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*, Levi Cezar de Castro
Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*

RESUMO - Introdução - Ressecção pancreática é uma das partes da abordagem multimodal e multidisciplinar no tratamento atual dos tumores
periampulares. A introdução de modificações nos cuidados perioperatórios proporciona benefícios na evolução dos pacientes. Objetivos -
Descrever a experiência inicial com estratégias perioperatórias que possibilitem uma recuperação mais rápida em pacientes submetidos à
gastroduodenopancreatectomia. Métodos - Relato de Casos. Resultados - Três pacientes foram submetidos à cirurgia de Whipple. As idades eram de
47, 43 e 66 anos, sendo um do sexo masculino. Hidratação venosa com 10 ml/kg de peso foi realizada diariamente. Administração de vitamina C (dose
de 500 mg/dia) e arginina (0,5 mg/kg/dia) também ocorreu. Jejum pré-operatório foi diminuído para seis horas. Hidratação intra-operatória ocorreu
tentando manter PVC < 6 e diurese de 0,5 ml/kg/hora. Extubação na sala de operação foi realizada em todos. A sonda nasogástrica foi retirada na sala de
operação e a sonda nasoenteral foi passada apenas em um caso. Vasopressor não foi utilizado e a alta da UTI ocorreu entre 10-16 horas após a cirurgia.
Deambulação foi realizada em menos de 48 horas e dieta líquida, no segundo dia pós-operatório. Alta hospitalar ocorreu no sétimo, décimo e oitavo
dia de pós-operatório. Acompanhamento ambulatorial vem sendo realizado em todos. Conclusão - Mudanças no manejo perioperatório de cirurgia
pancreática pode permitir evolução mais favorável e menor desconforto aos pacientes.

* Hospital da Restauração - HR, Pernambuco.

118 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.259
AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NÃO INFLUENCIARAM NOS RESULTADOS DE 61 PACIENTES
SUBMETIDOS À DUODENOPANCREATECTOMIA (DP).
Paulo Amaral*, Rodolfo Santana*, Flávio Silano*, Eric Ettinge*, Ricardo Amaral*, Lorena Almeida*,
Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*

RESUMO - Introdução - Condições sócio-econômicas desfavoráveis, geralmente implicam em: dificuldade de acesso ao serviço de saúde, condições
inadequadas de educação, nutrição, saneamento básico. Objetivo - Avaliar se as condições sócio-econômicas influenciaram nos resultados das DP
realizadas pelo serviço de Cirurgia digestiva do Hospital São Rafael BA. Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados por meio de fichas padronizadas,
preenchidas prospectivamente de 2005-2013. 61 pacientes foram submetidos a DP: Convênios (CON) - 33(54,1%); e SUS – 28 (45,9%). Os grupos foram
homogêneos quanto a média de idade, sexo, comorbidades, necessidade de transfusão e tempo cirúrgico. Resultados - Uma complicação intra-operatória
no (CON) e duas no SUS (p=0,46). As complicações relacionadas ao sítio cirúrgico foram: Clavien I – 5(21,7%) SUS e 3(13,63%) CON p=0,58; Clavien
II 12(52,2%) SUS e 9(40,9%) CON p=0,45, Clavien IIIA nenhum caso SUS e 1 (4,5%%) (CON) p=1, Clavien IIIB 5(21,7%) SUS e 6(27,3%) CON p=1,
Clavien V 1(4,3%) SUS e 3(13,63%) CON, p=0,62. Não relacionada ao sítio cirúrgico: Clavien II 14(77,8%) SUS e 20(74,1%) CON p=0,77, Clavien
IVB 3(16,7%) SUS e 6(22,2%) CON p=0,48, Clavien V 1(5,6%) SUS e 1(3,7%) CON p=1. Permanência média 24 dias SUS e 18,9 dias CON p=0,08.
Reabordagem 4(14,3%) SUS e 6(18,2%) CON, p=0,74. Conclusão - Não se observou diferença nas complicações intra e pós-operatória entre os pacientes
operados pelo SUS e pelo convênio.

*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.

TL.C.PAN.P.260
CISTO DE COLÉDOCO EM PACIENTE DE 65 ANOS - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*,
Marcelo B. Tavares*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*

RESUMO - A dilatação cística dos ductos biliares ou cisto de colédoco é uma condição incomum, grave e que necessita de tratamento cirúrgico. A
manifestação da doença ocorre mais na lactância e infância, porém a maioria dos diagnósticos é feita durante a vida adulta. No presente relato, a
paciente de 73 anos deu entrada no pronto-socorro do Hospital do Vale do Paraíba, com quadro de dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. A
paciente era colecistectomizada há 50 a e apresentava nos exames de imagem dilatação acentuada de vias biliares intra e extra-hepática, também foi
visualizada em várias Tc a presença de estrutura muito semelhante à vesícula biliar, que no intra-operatório foi identificado como sendo o ducto cístico.
Durante o intra-operatório foi observado uma obstrução extrínseca da 2º porção duodenal, pela grande dilatação do colédoco (20 cm), foram retirados
2 cálculos, 6 e 3 cm. Foi optado pela realização da derivação bileo-digestiva. A paciente evoluiu bem, porém permaneceu a dilatação das vias biliares
evidenciada em Tc de abdome 3 meses após cirurgia.

* Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.

TL.C.PAN.P.261
DIAGNÓSTICO DE INSULINOMA EM PACIENTE COM SÍNDROME PSIQUIÁTRICA
Marina Rodrigues Costa1, Lásaro André Leite Costa2, Marcelo Gonçalves Sousa2, Patrícia Mayara Sales Pereira2,
Patrícia Maia Barreto2, Normando Guedes PEREIRA Neto2, Vanessa Rodrigues Costa2

RESUMO - Introdução - O insulinoma é uma patologia rara e de difícil diagnóstico, no entanto, pode ser suspeitado a partir da realização de anamnese
associada a um exame simples, rápido e de baixo custo, a glicemia capilar. Objetivo - Alertar para a dificuldade no diagnóstico do insulinoma em paciente
com síndrome neuropsiquiátrica, em que as desordens glicêmicas nestes nem sempre são pesquisadas rotineiramente, retardando, assim, o tratamento.
Relato de Caso - CRF, masculino, 44 a, apresentava quadro de confusão temporal e espacial, amnésia e sintomas adrenérgicos durante o sono há um
ano. Evoluiu com piora progressiva da sintomatologia, com importante comprometimento das suas atividades cotidianas. Na suspeita de distúrbio
neuropsiquiátrico, iniciou terapia com fenobarbital, evoluindo com piora do quadro. Durante um episódio de exacerbação em que procurou o serviço
de emergência foi realizado pela primeira vez, uma glicemia capilar, que revelou o valor de 35 mg/dl. O paciente melhorou após a normalização do
nível glicêmico, caracterizando, então, a tríade de Whipple. Na hipótese de insulinoma foi encaminhado ao HULW, onde foi realizado uma RNM que
detectou nódulo de 0,8 cm em topografia de processo uncinado do pâncreas, confirmado pela dosagem de insulina e pró- insulina, assim definindo o
diagnóstico. Conclusão - A glicemia na rotina da emergência é de suma importância em pacientes com sintomatologia neuropsiquiátrica.

1
UFC; 2UFPB, Paraíba.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 119


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.262
DOR ABDOMINAL EM MULHER JOVEM: TUMOR DE FRANTZ, RELATO DE CASO
Alexandre de Brito Borges Pimentel*, Roland Montenegro Costa*, Lúcio Lucas Pereira*, Renato SABBAG*,
Nadia Tomiko Anabuki*, Robsson Menezes Leal*

RESUMO - Introdução - Neoplasias pancreáticas são raras abaixo dos 50 anos, 78% dos casos em pacientes com, ou acima dos 60 anos. Região
cefálica mais acometida, adenocarcinoma ductal a neoplasia mais frequente. Neoplasias císticas têm um aumento em sua incidência, graças a maior
uso de exames de imagem, levando a diagnósticos precoces e muitas vezes, ansiedade em pacientes assintomáticos. Relato. Id.: 15 a, Fem. QP.: dor
abdominal, lombalgia, astenia, plenitude precoce, inapetência.Sem febre, alteração intestinal, outros sintomas, comorbidades, trauma. Labs.: (BT: 3.1),
sem outras alterações. TC abd + PET-SCAN, mai/2013: Massa hipodensa, sólida, 5,5 x 5,7 x 6,7 cm, cabeça/colo do pâncreas, encapsulada, aumento do
metabolismo. Sem envolvimento de vasos ou dilatação de ductos pancreáticos/colédoco. Realizada duodenopancreatectomia, anastomoses colédoco-
jejunal T-L, gastro-pancreática por telescopagem (téc. de Montenegro) e gastro-jejunal T-L em Y-de-Roux Linfadenectomia, achado de malignidade em
congelamento. AP: Pâncreas: Tumor sólido, pseudopapilar (Tumor de Frantz). Margens livres. Linfonodos (15) livres. O tumor de Frantz, mais frequente
em mulheres jovens (3 a-4 a década de vida), predomina na região corpo-caudal, sem fatores de risco conhecidos até o momento. Tumor encapsulado,
baixos potencial de invasão local e de geração de metástases, sua ressecção é sempre indicada. Boas chances de cura após a mesma. O caso chama a
atenção por não seguir as características topográficas e populacionais da neoplasia.

* HBDF, Brasília.

TL.C.PAN.P.263
DUODENOPANCREATECTOMIA CEFÁLICA ASSOCIADA À PANCREATECTOMIA CAUDAL NA DOENÇA
DE VON HIPPEL-LINDAU
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1, Guilherme Naccache Namur2, Telesforo Bacchella1,
Estela Regina Ramos Figueira1, Ulysses Ribeiro Jr.2, Ivan Cecconello1

RESUMO – Introdução - A doença de Von Hippel-Lindau (DVHL) é autossômica dominante, caracterizada por neoplasias cerebelares, carcinoma renal,
feocromocitoma, entre outros. Os achados pancreáticos ocorrem em 70-80% sendo os cistos os mais freqüentes seguidos pelos tumores neuroendócrinos
(TNEP) geralmente múltiplos. Nos pacientes com múltiplas lesões pancreáticas a pancreatectomia total pode ser necessária, porém traz piora da
qualidade de vida. Método - Relato de dois pacientes com DVHL e múltiplos TNEP submetidos a tratamento cirúrgico onde se evitou a pancreatectomia
total. Resultados - Duas pacientes jovens (média 37,5 anos), IMC médio de 22,5 m/kg previamente submetidas à adrenalectomia bilateral. A paciente 1
apresentava 4 nódulos entre1,2-4 cm, sendo 3 cefálicos e um na cauda e foi submetida à duodenopancreatectomia (DPT) e enucleação de lesão em cauda.
A paciente 2 apresentava 3 nódulos entre 1,3-3,5 cm, o maior na cauda e foi submetida a DPT e pancreatectomia caudal com esplenectomia. O tempo
operatório médio foi de 397 min e o tempo de internação de 14 dias e nenhuma evoluiu com diabetes. Conclusão - No tratamento dos TNEP múltiplos na
DVHL as ressecções segmentares podem evitar pancreatectomia total e a consequente diabetes de difícil controle em casos selecionados. O seguimento
pós-operatório é essencial e a totalização da pancreatectomia pode vir ser necessária.

1
HCFMUSP; 2Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, São Paulo.

TL.C.PAN.P.264
GLUCAGONOMA EM PROCESSO UNCINADO DO PÂNCREAS: PANCREATECTOMIA PARCIAL COM
PRESERVAÇÃO DO DUODENO – RELATO DE CASO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Mariana Ocampos Galvão*, Paula Francielle Valera Versage*,
Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*

RESUMO - Introdução - O glucagonoma é um tumor raro das ilhotas pancreáticas, que surge em geral na quinta década de vida e localiza-se mais
frequentemente na cauda do pâncreas. Objetivo - Relatar um caso de glucagonoma em processo uncinado do pâncreas submetido à pancreatectomia parcial
com ressecção do processo uncinado com preservação do duodeno. Relato de Caso - V. C. G., sexo masculino, 63 anos, hipertenso e diabético, assintomático,
com achado ultrassonográfico de abdome total evidenciando nódulo na cabeça do pâncreas. A Ressonância Nuclear Magnética constatou presença de
nódulo em processo uncinado do pâncreas aderido a terceira porção do duodeno, sólido, hipercaptante, medindo 3,5 x 3, 3 x 2,8 cm de diâmetro. Amilase:
80, lipase: 25, CA 19-9: 3,7, CEA: 2,8. Com a suspeita diagnóstica de Tumor Neuroendócrino do pâncreas foi indicada a ressecção cirúrgica optando por
pancreatectomia parcial com ressecção do processo uncinado e preservação do duodeno. Paciente recebeu alta no 4° PO sem sinais de fístula. O resultado
do anatomopatológico indicou Neoplasia Neuroendócrina bem diferenciada Grau II, com marcador Ki-67 de 5%, e expressão para glucagon. Paciente
encontra-se bem sem sinais de recidiva da lesão. Conclusão - A pancreatectomia parcial com ressecção do processo uncinado e preservação do duodeno
pode ser uma alternativa menos agressiva que a cirurgia de Whipple para tumores menos agressivos, com mesmo potencial de cura e menos complicações.

* UFMS, Mato Grosso do Sul.

120 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.265
HEPATOCARCINOMA EM FOCO DE TECIDO HEPÁTICO ECTÓPICO EM CABEÇA PANCREÁTICA:
RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Florence Quarella*, Francisco CALLEJAS Neto*, Elinton Adami Chaim*, Martinho Gestic*, Murillo Utrini*,
Everton Cazzo*, Ricardo Rossetto*

RESUMO - Homem, 65 anos com dor em região epigástrica, empachamento há dois meses e perda de 2 kg no período. Exame Físico - tumoração
palpável em região epigástrica. Exames laboratoriais sem alterações. Tomografia computadorizada de abdome: lesão hipervascularizada em
processo uncinado do pâncreas com aproximadamente 8 cm de extensão. Conduta - gastroduodenopancreatectomia com reconstrução em dupla
alça em Y-Roux com ressecção de nódulo hepático em segmento III. Evoluiu bem no pós-operatório imediato. Resultado do Exame Histológico -
Hepatocarcinoma na lesão pancreática e negativo para neoplasia no nódulo hepático (esteatose), com confirmação por imunohistoquímica. Segue
em acompanhamento ambulatorial há 36 meses, sem evidência de recidiva tumoral ou doença hepática em tomografias computadorizadas de abdome
de controle. Dados de revisão da literatura mostram aproximadamente 20 casos de hepatocarcinoma em tecido hepático ectópico e sem evidência de
doença hepática associada. A carcinogênese nesses casos aparentemente é maior devido a alterações arquiteturais no tecido ectópico, com sistemas
vasculares e ductal incompletos.

*Unicamp, São Paulo.

TL.C.PAN.P.266
LINFOMA FOLICULAR PANCREÁTICO: RELATO DE CASO
Andreia Cristina de PAULA*, Sergio CARVALHO*, Jorge Adas DIB*, Anwar Fausto Felix SABBAG*, Jorge A THOMÉ*

RESUMO - Introdução - Linfoma primário de pâncreas é um tipo raro de linfoma extranodal e constitui menos de 0,5% de todas as neoplasias
malignas pancreáticas. Objetivos - Relatar um raro caso de linfoma pancreático primário folicular de baixo grau, diagnóstico, tratamento, seguimento,
evidenciando a importância clínica em comparação com dados da literatura. Relato de Caso - Paciente feminino, 39 anos de idade, com dor em abdome
superior. Realizada tomografia abdominal que evidenciou lesão expansiva em cabeça de pâncreas de 5,5 x 4,5 cm, que realça pelo meio de contraste,
sem linfadenomegalia. CA19-9: 13,2 U/ml normal. O ultrassom endoscópico foi inconclusivo. A paciente foi submetida à cirurgia de Wipple. A
imunohistoquímica evidenciou linfoma pancreático não Hodgkin B folicular de baixo grau, com linfonodos negativos. A paciente foi submetida a 6 ciclos
de quimioterapia R-CHOP e esta em seguimento, sem evidências de recidiva há um ano. Conclusão - Linfoma primário de pâncreas é uma rara neoplasia
que não apresenta características clínicas e em exames de imagens específicas para diagnóstico diferencial com outras neoplasias malignas pancreáticas.
A punção aspirativa guiada por ultrassom endoscópico requer experiência do citopatologista, assim como técnicas avançadas de imunohistoquímica
para o diagnóstico final. O tratamento cirúrgico e a quimioterapia adjuvante são importantes armas para o tratamento eficaz e uma melhor sobrevida.

* FAMERP, São Paulo.

TL.C.PAN.P.267
LIPOSSARCOMA MIXOIDE EM RETROPERITÔNEO: RELATO DE CASO
Annanda Carolina de Araujo Martins1, Llorena Mariana de Araujo Martins1, Anne Caroline Amorim Batista1,
Carolina Case Cardoso MATIAS1, Samuel de Sousa GREGORIO2, Danilo Everton Cunha CAVALCANTE3,
Natalia Arruda COIMBRA1

RESUMO - FAC, 64 anos, masculino, negro, casado, lavrado, iniciou quadro de dor abdominal difusa, mais intensa em epigástrio, tipo peso, associada
à pirose, inapetência e perda de peso e aumento de volume abdominal há 6 meses. Ao exame físico - egreg, eupnéico, anictérico, acianótico, afebril,
emagrecido, hipocorado (++/4+), abdome: globoso, doloroso a palpação evidenciando massa extensa palpável. Exames complementares - HB: 9,20g/
dl; HT: 29,30%; LEUC: 9.130/Mm3; PLAQ: 450.000/mm3; provas renais e hepáticas sem alterações. Marcadores tumorais sem alterações. EDA: gastrite
leve enantemosa, compressão externa do estômago. TC de abdomen total: RIM D apresentando três imagens císticas localizadas no pólo superior (4,5
x 3,3 cm), no pólo inferior (3,8 x 2,8 cm) e no terço médio (1 x 0,8 cm). Pâncreas de avaliação prejudicada pela presença de volumosa ormação cística
de paredes regulares, medindo 21,5 x 17,4 x 12,3 cm localizado no retroperitoneo. Hipótese possível de pseudocisto de pâncreas. Colangioressonância:
massa expansiva na cauda do pâncreas. Realizar diagnóstico diferencial com GIST. PCT foi submetido à pancreatotomia + nefrectomia + segmentectomia
intestinal + esplenectomia + biópsia pancreática distal + exerese de margem pancreática. Biópsia - massa compatível com lipossarcoma mixóide, medida:
30 x 30 x 20 cm, 8.654 G, grau de diferenciação 2, presença de células neoplásicas no tecido conj. pancreático, no tecido conj. peri-adrenal e periarterial
e no tecido adiposo do hilo renal. Foi admitido na UTI e evoluiu a óbito após dois dias.

1
CEUMA; 2HMDM; 3UFMA, Maranhão.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 121


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.268
MANEJO DE COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA DE WHIPPLE
Belisa Tiegs Ferreira1, Sidney Ribeiro de Resende1, Djalma Antônio da Silva Junior1, Gabriel Alves Carrião2,
Mariana Silva Guimarães2, Izabella Rezende Oliveira2, Fernando Correa Amorim3, Fátima Mrué3

RESUMO - Introdução - A duodenopancreatectomia é uma das mais complexas cirurgias do aparelho digestivo. É tida como único tratamento com
possibilidade de cura para tumores da região peri-ampular. Publicações recentes relatam uma mortalidade operatória abaixo de 2% e um índice de
complicações de cerca de 40%. Dentre essas destacam-se fístula pancreática, sepse, infecção da ferida operatória, abcesso intra-abdominal, hemorragia
digestiva alta, hemorragia intra-abdominal, obstrução da saída gástrica e fístula colédoco-jejunal. Objetivo - Conhecer a cirurgia de Whipple e o manejo
de suas complicações. Métodos - Revisão de literaturas dos bancos de dados: SciELO e MEDLINE. Resultados - A complicação mais frequente é a
fístula pancreática, sendo que o principal fator relacionado é a técnica operatória utilizada para a confecção da anastomose. A utilização da técnica
de anastomose ducto-mucosa para a reconstrução mostrou-se segura e pode ser uma boa opção na realização da pancreatojejunostomia. A longo
prazo, pode ocorrer má-absorção, por diminuição da produção de componentes do suco pancreático, ocasionado pela retirada da cabeça do pâncreas.
Conclusão - A morbimortalidade operatória dos pacientes submetidos à duodenopancreatectomia tem diminuído, devido aos avanços atuais na técnica
operatória, na assistência anestésica e nos cuidados intensivos pós-operatórios. Porém, ainda é importante a continuidade em estudos que tomem por
objetivo a redução e o melhor manejo de possíveis complicações.

1
HSG-GO; 2PUC-GO; 3HC-GO, Goiás.

TL.C.PAN.P.269
MODIFICAÇÕES DA TÉCNICA DE RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO DA
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA TÊM IMPACTO NA EVOLUÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de Oliveira Neto*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Américo Gusmão*, Cláudio Moura Lacerda*

RESUMO - Introdução -A cirurgia continua sendo a melhor opção para as lesões periampulares. Melhor condicionamento perioperatório e modificações
da técnica cirúrgica determina menos complicações. A alteração do manejo peri-operatório se justifica pela boa resposta. Objetivo - Relatar a experiência
na cirurgia de Wipple nos tumores periampulares. Método - Estudo em hospital público, em pacientes submetidos à cirurgia de Wipple realizadas pelo
autor principal, de janeiro de 2002 a janeiro de 2013. Resultados - 25 procedimentos foram realizados, 19 eram homens. A idade variou de 47 a 71 anos.
O IMC variou de 18 a 32. HAS e DM ocorreu em 18 pacientes. A colocação de prótese ocorreu em 3 casos. Ligadura tardia da artéria gastrod, secção
biliar precoce e anastomose gastrojejunal em parede posterior ocorreu em 17 pacientes. Drenagem cavitária fechada foi realizada nos 25 casos. O uso de
cola de fibri`na foi necessário em 20 casos. Fístula pancreática foi identificada em 7 casos (5,ducto- mucosa e 2, telescopagen). Boa evolução em todos.
Uso de hemoderivados ocorreu em 15 (sendo 5 no intraoperatório). Abscesso cavitário foi identificado em 2, em 1, necessária re-laparotomia, tendo
ambos boa evolução. Hemorragia pós-operatória ocorreu em 1 paciente, sendo necessária exploração cirúrgica. Esse apresentou falência de múltiplos
órgãos e óbito no 5º dia do pós-operatório. Conclusão - Modificações da técnica cirúrgica na cirurgia de Wipple contribui para um procedimento seguro
e uma evolução mais favorável.

*HUOC, Pernambuco.

TL.C.PAN.P.270
PANCRATECTOMIA E HEPATECTOMIA SIMULTÂNEA EM CÂNCER DE PÂNCREAS
Mauricio Alves Ribeiro*, Celso Henrique Scacchetti de Almeida*, Nathalie Puliti Hermida Reigada*,
Fabio Gongalves Ferreira*, Luiz Arnaldo Szutan* Sylvia Heloisa Arantes Cruz*, Elisa Maria de Camargo Aranzana*

RESUMO - O diagnóstico de câncer de pâncreas ainda é tardio, frequentemente no momento do diagnóstico o paciente já apresenta doença localmente
avançada ou disseminada. A realização do tratamento de metástase hepática de neoplasia de pâncreas não neuroendócrina é controversa, e o tratamento
sincrônico ainda pouco realizado em nosso meio. Relatamos caso de paciente do sexo masculino, 67 anos, admitido no serviço de emergência com dores
abdominais. Ao exame apresentava-se anictérico e com dores em andar superior. Realizou tomografia que evidenciou neoplasia de cauda de pâncreas
com envolvimento do baço e metástase hepática no segmento VI e VII, com CA125 110 e CA19-9 5150 Submetido à pancreatectomia corporo-caudal,
esplenectomia, e segmentectomia hepática VI e VII, no pós-operatório realizou tratamento adjuvante. Evolui com icterícia obstrutiva por compressão
linfonodal, sendo realizado drenagem interna por via transparieto hepática. Realizou novamente quimioterapia, porém sem resposta, evoluindo com
carcinomatose. Paciente morreu no pós-operatório 1 ano. Apesar dos avanços da quimioterapia e de ser factível com baixa morbi-mortalidade a
realização de hepatectomia e pancreatectomia simultânea por câncer de pâncreas ainda é controverso com sobrevida baixa, e por enquanto o diagnóstico
precoce é a única forma de obter bons resultados em termos de sobrevida.

*FCMSCSP, São Paulo.

122 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.271
PANCREAS TRANSPLANTATION: ANATOMICAL LANDMARKS AND SURGICAL TECHNIQUE
Leandro Ryuchi Iuamoto*, Eleazar Chaib*, Ruy Jorge CRUZ JUNIOR*, Rubens A. Macedo Junior*,
Alexandra Crescenzi*, Vinícius Rocha Santos*, Flávio Henrique Ferreira Galvão*,
Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*

RESUMO - Multiorgan procurement requires good anatomical knowledge and simultaneous pancreas-kidney transplantation has gained acceptance as
therapeutic modality for patients with end-stage renal disease secondary to diabetes mellitus. Transplant surgeons should be familiar with all techniques
for pancreas transplantation. Currently there are few surgical innovations such as retroperitoneal pancreas graft placement behind the right colon
or duodenoduodenostomy. Our aim is to assess a technique for pancreas procurement in a multiorgan donor, back table procedures, the recipient
operation with systemic bladder and enteric drainage for exocrine pancreatic secretion as well as systemic and portal venous drainage. In conclusion,
prevention of technical failure remains the main objective for pancreas transplantation surgeons. Because of the many variables associated with pancreas
transplantation, no single surgical technique is universally devisable, therefore, the surgeons should be familiar with different techniques for taking intra-
operative wise decision.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.P.272
PANCREATITE TRAUMÁTICA EM TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO: RELATO DE CASO
Monize Romualdo de Carvalho Rocha1, Iure Kalinine Ferraz de Souza1, Thiago Carneiro Machado2,
Rachel Figueiredo Melilo-Carolino1

RESUMO - A pancreatite traumática está presente em 1 a 12% dos traumas abdominais. 75% das lesões pancreáticas são simples e necessitam de
tratamento clínico exclusivo. Nesse relato de Caso apresentaremos o acompanhamento do quadro clínico-cirúrgico de uma criança de 6 anos com
pancreatite traumática por trauma abdominal contuso diagnosticada durante laparotomia exploradora. Análise dos resultados dos exames laboratoriais
e imaginológicos, descrição do ato cirúrgico e revisão da literatura. A criança foi admitida com dor abdominal difusa 10 dias após queda de bicicleta.
Estável, abdome tenso com dor intensa e difusa, acentuada em fossa ilíaca direita (FID), Blumberg positivo, presença de tatuagem traumática em região
epigástrica. Leucocitose de 21.000 com desvio à esquerda e ultrassonografia abdominal com presença de líquido livre em FID. Realizado laparotomia
exploradora com identificação de moderado volume de líquido ascítico serosanguinolento na cavidade abdominal, cabeça do pâncreas endurecida e com
lesões em pingo de vela, sem sinais de ruptura. Tratada clinicamente com suspensão da dieta oral, hidratação, antibioticoterapia, analgesia e inibidor
da bomba de prótons. Evolução com melhora clínica e estabilidade hemodinâmica. É importante reconhecer a pancreatite traumática, pois possui
mortalidade média de 19% e faz parte do diagnóstico diferencial de abdome agudo inflamatório no trauma abdominal contuso e, na maioria dos casos,
sem necessidade de abordagem cirúrgica.

1
UFOP; 2Hospital Arnaldo Gavazza, Minas Gerais.

TL.C.PAN.P.273
PANCREATOJEJUNOSTOMIA PELA TÉCNICA DE PENG: RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Maria Clara Rodrigues Lima Medeiros1, Marina Sousa de Matos1, Natália Rocha da Silva1, Jeffany Silva Santos1, Jaldo Santos
Freire2, Rodrigo Rodrigues Vasques3, José Maria Assunção2

RESUMO - A GDP é atualmente a única forma de tratamento segura e eficaz para pacientes selecionados com patologias benignas e malignas do
pâncreas. Porém, a morbidade pós-operatória é elevada, sendo a fístula de anastomose pancreaticojejunal a causa mais importante. Peng e colaboradores
estabeleceram uma nova técnica de anastomose com uma taxa de fístula de 0%. Nesta nova técnica há o encerramento da anastomose, onde é realizado
o binding envolvendo o jejuno, o qual o pâncreas está invaginado. Esta ligadura deve ser apenas apertada o suficiente para que a ponta de uma
pinça hemostática passe por debaixo da ligadura. São cuidados devidos desta técnica a preservação da irrigação da região distal à ligadura e teste
específico para avaliar sua permeabilidade. Paciente feminino, 45 anos, chega ao ambulatório relatando que há 3 dias deu entrada na emergência com dor
epigástrica. O US de abdome total: presença de imagem ovalada de aspecto nodular na cabeça do pâncreas. Já a TC de Abdome: pâncreas apresentando
lesão expansiva heterogênea de 5 cm localizada na cabeça pancreática, sem dilatação de vias biliares e do Wirsung. Durante a cirurgia, devido às
condições cirúrgicas (consistência pancreática e ducto pancreático fino) aliadas às evidências científicas recentes, optou-se pela cirurgia de Whipple pela
técnica de Peng. A técnica de Peng tem-se demonstrado uma excelente opção por evitar a complicação de fístula pancreática e contribuir para diminuição
do tempo de hospitalização dos pacientes.

1
Universidade CEUMA, 2UFMA, Maranhão. 3UEPA, Pará.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 123


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.274
PARACOCCIDIOIDOMICOSE: SIMULANDO NEOPLASIA DE CABEÇA PANCREÁTICA
Diego Cezar da Silva PECHUTTI*, Mônica Yurie Ayabe*, José Guilherme Minossi*, Leonardo Pelafsky*,
Claudia Nishida Hasimoto*, Juan Carlos Llanos*, Rodrigo Severo de Camargo Pereira*,
Walmar Kerche de Oliveira*

RESUMO - A paracoccidioidomicose (PB micose) é causada pelo fungo Paracoccidioidodes braziliensis, presente no solo da zona rural. Os órgãos mais
acometidos são pulmões e linfonodos. Existem duas formas clínicas: aguda e crônica. A forma aguda atinge jovens e causa síndrome mononucleose
like: febre, perda de peso, linfonodomegalias. A forma crônica engloba 90% dos casos sendo os pulmonares o principal órgão acometido O U.S e a
Tomografia mostraram grande tumor de cabeça de pâncreas. Optado por tratamento operatório, onde o achado foi de uma grande massa em cabeça
pancreática, irressecavel, com dilatação de colédoco de 1,5 cml. Realizado bileodigestivo. A congelação de gânglio mostrou inflamação granulomatosa
com fungos, e confirmado em lamina como paracoccidioidomicose. Iniciado tratamento com SMX-TMP, com melhora clínico-laboratorial e imagem.
Paciente encontra-se assintomático. O paciente do caso relatado tem uma forma incomum da paracoccidioidomicose. Não há dados precisos sobre a
incidência da PB micose no Brasil porque não é doença de notificação compulsória. O diagnóstico é feito por pesquisa do fungo em escarro ou aspirado
de linfonodo acometido. Em caso negativo, pode ser realizado biópsia. O tratamento de escolha é feito com itraconazol. As drogas de menor custo são
SMX-TMP e cetoconazol. Não existe cura definitiva. O tratamento visa melhora clínica. Todos os pacientes em remissão devem ser reavaliados devido
ao potencial risco de reativação do fungo e recidiva da doença.

*UNESP, São Paulo.

TL.C.PAN.P.275
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO POR TRAUMA E SUA ABORDAGEM CIRÚRGICA: RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Karoline Rayana dos Santos*, Vanessa de Souza Cabral*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*, Gian Francisco de Macedo Almeida*,
Randolfo Randall Farias Ferreira Brito*

RESUMO - Introdução - A maior incidência dos casos de pseudocistos pancreáticos em adultos está associada à etiologia inflamatória. O pseudocisto
pancreático por trauma apresenta-se como uma entidade relativamente rara e mais preponderante em crianças. Relato de Caso - Paciente do sexo masculino,
29 anos, com história prévia de ferimento por arma branca em região superior do abdome à esquerda há 5 meses, apresentando dor abdominal há três meses,
associada a febre contínua, dispneia aos pequenos esforços e perda de peso. A Ultrassonografia abdominal total demonstrou coleção líquida intraperitonial
septada em flanco esquerdo com volume de cerca de 377 mL e a Tomografia Computarizada de abdome total, realizada 2 dias depois, evidenciou aumento
da coleção líquida intra-abdominal, localizada adjacente à grande curvatura gástrica e anterior ao corpo e à cauda pancreáticas, com volume estimado
de 390 mL - 11,5 x 7,5 x 8,7 cm, nos maiores eixos). Procedeu-se a intervenção cirúrgica por meio da Derivação Pseudocisto-jejunal em Y de Roux com
anastomose término-lateral jejuno-jejunal, fechamento do coto jejunal distal e anastomose pseudocisto-jejunal. A cirurgia se sucedeu sem intercorrências
e o paciente recebeu alta com resolução dos sintomas. Conclusão - A maioria dos autores advoga que a cistojejunoanastomose com alça em Y de Roux é o
método de melhores resultados quando possível realizar derivação interna, independente da etiologia do pseudocisto.

*UFCG, Paraíba.

TL.C.PAN.P.276
RELATO DE CASO: PANCREATITE AGUDA GRAVE NECROTIZANTE
Inaiê Rodrigues Luz*, Junia de Cassia Baldim*, Mariana de Freitas Andrade*, Rafaela Teixeira Tavares*, Elcio Shyioiti Hirano*,
Rosimara Denaldi*, Marcelo Kassouf*, Paulo Jose Rego da Cruz*

RESUMO - Introdução - A pancreatite aguda é uma doença que causa apreensão nas equipes médicas devido ao potencial de gravidade e gama variada
de complicações associadas. Seu impacto nas populações vem aumentando significativamente nos últimos anos assim como os custos advindos das
internações com os pacientes, vítimas desta afecção. A litíase biliar e o etilismo são responsáveis por 80% dos casos, 10% abrangem causas diversas,
entre elas dislipidemia, CPRE, drogas, e 10% correspondem às causas idiopáticas. Relato de Caso - Homem, branco, 70 anos, hipertenso, usuário de
marcapasso, em uso de captopril, AAS, sinvastatina, deu entrada no PS com dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e hiporexia ha 3 dias, com piora
progressiva, sem alterações urinárias, intestinais ou febre. Ao exame físico encontrava-se desidratado +/4+, taquipnéico, taquicárdico, afebril, sem
alterações do aparelho cardiopulmonar, abdome tenso, doloroso á palpação difusa, DB presente difusamente. Exames revelaram Ranson 3, TC abdome
evidenciou processo inflamatório agudo pancreático e peripancreático com necrose de 50% da área pancreática, com líquido livre adjacente. Evoluiu
com IOT e VM, choque hemodinâmico e necessidade de droga vasoativa. Conclusão - A pancreatite aguda constitui constante desafio para o cirurgião,
revelando que, se muito já foi feito, ainda nos resta um longo trajeto a ser percorrido.

*Hospital Municipal Walter Ferrari, São Paulo.

124 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Pôsteres

TL.C.PAN.P.277
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE RECIDIVADA DE ESTENOSE DE VIA BILIAR APÓS
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Taiul*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes Albuquerque*, Marlon Alves Olivetti*,
Priscila Guimarães Brugger*, Diogo Marcelo Furtado*

RESUMO - Introdução - A gastroduodenopancreatectomia (GDP) é uma técnica associada historicamente com elevada taxa de mortalidade e
morbidade. Mesmo com a queda da taxa de mortalidade, as taxas de complicações tem-se mantido constante. Objetivo - Descrever relato de Caso
de paciente com tumor de cabeça de pâncreas, que apresentou estenose da via biliar após GDP dois anos após o procedimento. Foi submetido a
CPRE, ocorrendo recidiva da estenose e indicando a cirurgia de derivação biliodigestiva. Casuística - Trata-se de paciente do sexo feminino, idade
de 55 anos, acompanhada no HRVP no ano de 2010 a 2012. Método - Descrição de caso clínico a partir de dados clínicos, laboratoriais e cirúrgicos
obtidos através de revisão de prontuário. Resultados - Paciente com história de realização de GDP devido a tumor de cabeça de pâncreas e CPRE
por estenose da porção proximal do ducto hepático direito visto na colangio ressonância magnética após dois anos do procedimento cirúrgico.
Tratamento proposto foi cirurgia com ressecção da estenose e derivação biliodigestiva através de anastomose entre o íleo e o ducto hepático esquerdo.
Não foram evidenciados sinais de malignidade no exame anatomopatológico. Conclusão - A obstrução da via biliar em um paciente após a realização
da GDP pode resultar de tumor recorrente, estenose da anastomose ou lesão da via biliar. No insucesso da intervenção endoscópico, na maioria dos
casos o tratamento cirúrgico está indicado.

*HRVP, São Paulo.

TL.C.PAN.P.278
TUBERCULOSE PANCREÁTICA SIMULANDO NEOPLASIA AVANÇADA
Claudia Nishida Hasimoto1, Bibiane Rodrigues Borges2, Marcelo Vasconcellos Angelotti2, José Guilherme Minossi1

RESUMO - Relato de Caso - Paciente 36 anos, feminina, etilista, referia queixa de dor epigástrica constante há 2 meses, acompanhada de náuseas,
vômitos, diarréia sanguinolenta e emagrecimento. Apresentava-se em BEG, anictérica, emagrecida, abdome globoso, flácido, doloroso à palpação de
epigástrio, sem massas palpáveis. Exames Laboratoriais - GGT-51, FA-148, BT-0,2, Ca19.9 -< 2. Colonoscopia: dolicocólon. TC de abdome: processo
expansivo heterogêneo, de limites mal definidos, na cabeça pancreática e processo uncinado, porção proximal da veia porta e segunda/terceira porção
do duodeno. Nódulo hepático heterogêneo, hipoatenuante, localizado no segmento IVb. Evolução - Tentado a realização de biópsia percutânea devido
a suspeita de neoplasia de pâncreas com metástase hepática, porém resultado foi inconclusivo. Optado então pela biópsia a céu aberto e o resultado de
diversos fragmentos evidenciou hiperplasia linfóide reacional, ausência de neoplasia, tecido pancreático sem particularidades. Paciente foi encaminhada
para avaliação da infectologia e gastroclínica que optaram pelo tratamento empírico com COXCIP – 4 por 2 meses e manutenção com rifampicina e
isoniazida por mais 4 meses. Paciente evoluiu com melhora da dor, da diarréia, apresentou ganho de peso e aguarda exame de controle. Comentário -
O presente caso mostra a importância da obtenção do diagnóstico etiológico de lesões expansivas pancreáticas, eventualmente há lesões passíveis de
tratamento clínico, embora raras.

1
Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP; 2Hospital Estadual de Bauru, São Paulo.

TL.C.PAN.P.279
TUMOR DE FRANTZ: RELATO DE CASO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Ricardo Kenithi Nakamura*, Paula Francielle Valera Versage*,
Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*

RESUMO - Introdução - O tumor sólido pseudopapilar do pâncreas (TSP), é uma neoplasia pancreática rara, descrita pela primeira vez em 1959, por
Frantz et al. É mais observada em mulheres jovens e geralmente é assintomático. As lesões são tipicamente grandes e encapsuladas, com baixa agressividade
e excelente prognóstico após sua completa ressecção. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com TSP. Relato do Caso - M.V.D., sexo feminino, 29
anos, assintomática, natural e procedente de Campo Grande – MS, professora de educação física, com achado ao ultrassom de tumor de cabeça de
pâncreas. A TC mostrou lesão sólida de cabeça e corpo de pâncreas, de 6,2 x 5,1 cm, com efeito compressivo na parede posterior do antro e estruturas
adjacentes. À ecoendoscopia, foi observado tumor de 6,5 x 4,5 cm, com plano de clivagem com a veia mesentérica superior, sem dilatação de colédoco
e do Wirsung. Biópsia com laudo sugestivo TSP. CA19.9: 5,7. Submetida à gastroduodenopancreatectomia com anatomopatológico confirmando TSP,
total de 29 linfonodos, todos negativos. Imunohistoquímica com Ki67 positivo 1%. Apresentou fístula pancreática no pós-operatório, resolvida com
tratamento clínico com drenagem. Evoluiu bem, retornando às atividades após 60 dias, sem sinais de recidiva da lesão durante o seguimento. Conclusão
- O diagnóstico pré-operatório do tumor sólido pseudopapilar do pâncreas é difícil devendo ser suspeitado em pacientes jovens. O tratamento cirúrgico
é bem tolerado e costuma ser curativo.

*UFMS, Mato Grosso do Sul.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 125


CIRURGIA • ORAIS
TL.C.COL.O.280
AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA DO CÂNCER COLORRETAL EM GOIÂNIA DE ACORDO COM SEXO
E A FAIXA ETÁRIA NO PERÍODO DE 1988 A 2008
Gabriela Serra Godoy*, Júlia Borges Ramos*, Fátima Mrué*
Resumo - Introdução - O câncer colorretal (CCR) representa cerca de 10% de todos os cânceres do mundo e 3ª e 2ª causa de câncer em
homens e mulheres, respectivamente. No Brasil, o CCR foi responsável por 12471 mortes em 2009. Para 2012 esperou-se 30140 casos novos.
Apesar da influência genética, a maioria dos casos é de ocorrência esporádica. Estudos recentes apontam que as mudanças hormonais nas
mulheres após a menopausa tornam a mucosa colorretal mais predisposta ao desenvolvimento do câncer. Objetivo - Avaliar incidência e
localização do CCR em faixas etárias presumidas como pré-menopausa, perimenopausa (PERM) e pós-menopausa (POSM) em mulheres,
comparando com dados obtidos para o sexo masculino, num período de 21 anos. Método - Serão avaliados os dados do Registro de Câncer
de Base Populacional de Goiânia no período de 1988 a 2008. Resultado - Ao longo deste período foram registrados 3125 casos de CCR, sendo
1688 em mulheres e 1437 em homens. Em relação à localização houve aumento dos casos localizados no ceco, ascendente e transverso nas
mulheres, comparativamente em relação aos homens. Nas faixas etárias PERM e POSM, no ceco, observou-se aumento de 45,4% para 63%
nas mulheres; nos homens ocorreu diminuição de 54,5% para 36,9%. Observou-se também discreto aumento nas mulheres em relação ao
cólon transverso. Discussão - Os resultados demonstram aumento do CCR na localização do ceco após o período presumido de menopausa
nas mulheres, sugerindo um possível efeito hormonal.

*PUC – GO, Goiás.

TL.C.COL.O.281
RECONSTRUÇÃO DE PAREDE ABDOMINAL COM ROTAÇÃO DE RETALHO APÓS RESSECÇÃO
DE TUMOR AVANÇADO DE CÓLON
Fabrício Barbosa matos*, Fernando Elias de Oliveira Cruz*, Rodrigo Barbosa Matos*, Emmanuel Conrado de Souza*,
Matheus PORTO*, Tattyany Freitas Leite*, Uadson Mauricio Araújo de Jesus*
Resumo - Relatamos um caso do paciente JJMN 51 anos com formação expansiva em ceco e cólon ascendente medindo cerca 11,6 x
8,1 x 7,7 cm, sugerindo processo neoplásico com invasão extensa da parede abdominal com necrose e fistula colo-cutânea. A colonoscopia
demonstrou lesão vegetante, de limites imprecisos, superfície irregular, muito friável, que ocluía aproximadamente 90% da luz. A biópsia da
lesão concluiu tratar-se de adenocarcinoma bem diferenciado. Foi então encaminhado ao nosso serviço para tratamento cirúrgico. Nesta
ocasião, apresentava lesão ulcerada de grandes proporções em fossa ilíaca direita com forte odor fecaloide. Submetido a colectomia direita
com ressecção em bloco da volumosa massa tumoral fistulizada para a pele, envolvendo íleo distal, ceco, cólon ascendente e adenomegalia em
inserção de meso. Realizado ressecção da massa tumoral, linfadenectomia e anastomose íleotransverso. A reconstrução da parede abdominal
foi feita com rotação de segmento do peritônio seguido de reforço com uso de tela de Marlex no local da aponeurose do reto abdominal e
oblíquo externo e posterior rotação de retalho miocutâneo da fáscia lata sobre a tela. O paciente evoluiu bem durante a internação, receben-
do alta hospitalar no 8º DPO com acompanhamento no ambulatório oncológico de cirurgia geral. Paciente evoluiu com plena cicatrização
do retalho com reconstrução completa da parede abdominal.

*Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Bahia.

TL.C.ESO.O.282
ANÁLISE COMPARATIVA DA ANASTOMOSE MANUAL E MECÂNICA DO ESÔFAGO CERVICAL
COM O TUBO GÁSTRICO ISOPERISTÁLTICO DE GRANDE CURVATURA NO TRATAMENTO
orais • ESôfago

CIRÚRGICO PALIATIVO DO CÂNCER DE ESÔFAGO TORÁCICO IRRESSECÁVEL


Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida Leandro MERHI*,
Daniel Guimarães Machado*, João Paulo Zenum Ramos*, Liliana ICHINOHE*
Resumo - Introdução - Pela grande incidência de pacientes com CA de esôfago irressecável, se faz necessário um tratamento paliativo que
proporcione um melhor resgate da deglutição mesmo que se tenha uma curta sobrevida, tendo como opção o tubo gástrico isoperistáltico (TGI).
Objetivo - Avaliar as complicações da anastomose esofagogástrica cervical (AEGC) com o TGI com intuito paliativo comparando a sutura
mecânica (SM) com a manual (SML) em paciente com CA de esôfago. Casuística - 110p sendo 79 M com idade de 59 a 79 anos, submeteram-se
a cirurgia proposta. Método - A anastomose do TGI com o coto esofágico a nível cervical foi realizada pela alocação alternada em 2 Grupos:
A-50p-SM; B-50p-SML. Foram avaliadas complicações sistêmicas, locais e satisfação com a cirurgia. Resultados - 42p com deiscência anasto-
momótica, 8(16%) no GrA e 24(48%) no GrB; estenose da anastomose em 32p (64%) GrA e 19 (39%) no GrB; 39 p apresentaram complicações
sistêmicas, a maioria pulmonar, sendo 16 (32%) GrA e 23 GrB (46%). Ocorreram 7 óbitos por complicações sistêmicas, sendo 3 (6%) do GrA e
4 (8%) do GrB. Avaliação com media de 2,9 anos de pós-operatório em 87p, referiram estarem satisfeitos com o ato cirúrgico, pois conseguiram
resgatar a deglutição, sendo 67p(77%) normal e 20 (23%) disfagia para sólidos. Conclusão - OTGI com SM ofereceu menor frequência de deis-
cência anasotomótica em relação a SML, mas ambas técnicas proporcionaram melhora significativa da deglutição.
?

*PUC Campinas, São Paulo.

126 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.283
ANÁLISE COMPARATIVA DA SUTURA MECÂNICA E MANUAL DA ANASTOMOSE ESOFAGOGÁSTRICA
CERVICAL NA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO PELA MUCOSECTOMIA
ESOFÁGICA
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida Leandro MERHI*, Paula
CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitz REIS*
Resumo - Introdução - A sutura mecânica tem demonstrando maior segurança por minimizar a deiscência da anastomose esofagogástrica. A técnica
da mucosectomia esofágica (ME) demonstra menor morbidade em relação a esofagectomia transmediastinal para o tratamento do megaesôfago Objeti-
vo - Comparar a sutura mecânica com a manual em pacientes com megaesôfago avançado submetidos a ME. Casuística - 92 pacientes com megaesôfago
avançado com 69p do sexo masculino; idade de 23 a 72 anos. Método - A técnica utilizada foi a ME com conservação da túnica muscular por via cervi-
coabdominal e transposição gástrica por dentro da túnica muscular pelo mediastino posterior e anastomose esôfago gástricacervical sendo os pacientes
divididos em 2 Grupos pela alocação alternada: GRUPO A: 46p-sutura mecânica circular: GRUPO B: 46p- sutura manual. Resultados – GRUPO A:
5p (10,8%) fistula anastomótica; 3p (6,5%) hidropneumotórax; 4p (9,7%) infeção pulmonar. GRUPO B: 9p (19,5%) fistula anastomótica; 4p (8,6%)
hidro pneumotórax; 3p (6,5%) infecção pulmonar. Na avaliação tardia com seguimento médio de 5,6 anos em 78p, 68p (87,1%) apresentaram deglutição
normal. Conclusão - A sutura mecânica parece ter mais vantagens em relação a manual pela menor incidência de deiscência anastomótica em relação
a manual, além de que a mucosectomia esofágica é um procedimento adequado em pacientes com megaesôfago avançado pela pequena frequência de
complicações pleuropulmonares e mediastinais.

*PUC Campinas, São Paulo.

TL.C.ESO.O.284
ANÁLISE DA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DA ESOFAGITE CÁUSTICA
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzan SAID*, Douglas Rissanti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*,
Samir CHAGAS*
Resumo - Introdução - Apesar da legislação normatizar a comercialização das substâncias corrosivas, estas ainda continuam como fator agressor ao
nível do esôfago, evoluindo às vezes a estenoses intensas refratarias ao tratamento endoscópico. Objetivo - Avaliar retrospectivamente as complicações
da terapêutica cirúrgica (TC) em pacientes portadores de esofagite casuística. Método: - 53p, com predominância no sexo feminino em 34(64,1%), sendo
as indicações: perfuração aguda: 4p;atresia cicatricial: 3p; estenose extensa -8p; refratária a dilatação endoscópica-38p. Em relação ao procedimento
cirúrgico os pacientes foram divididos em 2 Grupos: A: sem ressecção do esôfago, -29p(54,7%) sendo a reconstrução realizada com o colo retrosternal. B:
Com ressecção do esôfago -24((45,3%)- sendo a reconstrução realizada com o estômago (14p) ou o colo (10p). Resultados - O A apresentou complicações
em 9p (31%) e o B em 9p (37,5%) Neste Grupo B as complicações foram mais frequentes com a reconstrução colônica (6p-60%), X estômago (3p-21,4%).
A fístula/estenose da anastomose cervical- 16p, sendo mais frequente com o colo (12p-30,7%) X estômago (2p-14,2%); infecção pulmonar -14p (26,4%);
C-vascular-1p com óbito (1,8%). Na avaliação tardia de 8 meses a 13 anos em 49p, todos referiram estarem satisfeitos por terem resgatados a deglutição
Conclusões - Apesar da TC apresentar morbidade não desprezível, principalmente com a transposição colônica, ela é factível, por ter proporcionado um
resgate adequado da deglutição na maioria dos pacientes.

*PUC Campinas, São Paulo.

TL.C.ESO.O.285
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA RECONSTRUÇÃO FARINGOESOFÁGICA NO CARCINOMA DE
HIPOFARINGE E ESÔFAGO CERVICAL: ANÁLISE RETROSPECTIVA EM 69 PACIENTES
Jose Luis Braga de Aquino*, Jose Francisco Sales CHAGAS*, Maria Beatriz Nogueira PASCOAL*, Luis Antonio BRANDI FILHO*,
Fernanda FRUET*, Douglas Rissarti Pereira*
Resumo - Objetivo - Avaliar retrospectivamente as complicações da reconstrução farino esofágica em pacientes submetidos à faringolaringectomia cir-
cular (FLC) associada à esofagectomia parcial ou total por CEC de hipofaringe (HF) e esôfago cervical (EC). Casuística - 69p com Ca de HF e EC com
sexo M-55p e media de idade -62,5a. Método - 43p submetidos à FLC com esofagectomia cervical (GR-A),sendo 40p reconstruídos com tubo gástrico
isoperistáltico (TGI), 3 com retalho microcirúrgico de jejuno. 26p submetidos a FLC com esofagectomai total (GR-B), sendo realizado transposição
gástrica em 24p e com o cólon em 2p. Resultados - Complicações sistêmicas ocorreram em 6p do GrA (14,2%) e em 11do GrB (45,8%) com óbito em
1p do GrA e em 3 do GrB. Complicações locais, a maioria por deiscência das anastomoses, ocorreram em 27p (64,2%) no GrA e em 11p (45,8%) do
GrB, com óbito em 1 pdo GrA (2,7%) e 1p do GrB (4,5%).Todos pacientes dos 2 Grupos com deiscência evoluíram com deglutição satisfatória após
tratamento conservador da fístula. Conclusão - Tanto a reconstrução com TGI quanto a transposição gástrica/colônica são procedimentos com alto
índice de morbidade, mas com grande resolutividade na maioria dos casos; a transposição gástrica apresentou maior índice de complicações sistêmicas
em relação ao TGI por necessitar da esofagectomia transmediastinal. Os pacientes obtiveram deglutição satisfatória em ambos procedimentos após
resolução das complicações.

*PUC Campinas, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 127


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.286
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DA ACALASIA IDIOPÁTICA DO
ESÔFAGO
Jose Luis Braga de Aquino*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*, Marcelo Manzano SAID*,
Juliana Alves de Lima*, Paula CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitz REIS*

Resumo - Introdução - A acalasia idiopática do esôfago (AIE) é uma doença de etiologia desconhecida, mas que compromete a nutrição do seu por-
tador devido à disfagia. Objetivo - Demonstrar os resultados da terapêutica cirúrgica de pacientes com AIE, avaliando complicações locais e sistêmicas.
Casuística - 27p com AIE, com predominância do sexo M-18p e com idade variável de 29 a 63a. Método - A confirmação da AIE foi através da exclusão
da DCHAGAS com sorologias negativas, exclusão de cardioapatia chagásica e mega cólon. 20p com doença GRAU I/II e 7 com GRAU III/IV. A tera-
pêutica foi seletiva baseada no Grau da doença -:I/II-cardiomiotomia;III/IV- esofagectomia transmedistianal (ETM) - 2p ou mucosectomia esofágica
(ME). -5p. Resultados - Cardiomiotomia- 1p com infeção pulmonar (5%).Esofagectomia Transmediastinal- 2p com hidro pneumotórax, 1p com fistula
da anastomose esofagogástrica. Mucosectomia esofágica- 1p com fístula da anastomose esofagogástrica; 1p com infecção pulmonar. Na avaliação tardia
com media de 7,5 a, em 21p todos os pacientes tanto do grupo da cardiomiotomia como da ETM e ME referiram boa qualidade de vida pelo resgate da
deglutição normal e o retorno as atividades habituais. Conclusão - O tratamento cirúrgico da AIE de acordo com o grau da doença foi válido, sendo que
a ME ofereceu melhores resultados na avaliação precoce em relação à ETM, pelo menor índice de complicações.

*PUC Campinas, São Paulo.

TL.C.ESO.O.287
ANASTOMOSE CERVICAL NA ESOFAGECTOMIA PARA TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA
DA JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA COM RECONSTRUÇÃO COM GASTROPLASTIA: ANÁLISE DE
RESULTADOS
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Julio Rafael mariano da Rocha*, Ulysses RIBEIRO JUNIOR*,
Sergio Szachnowicz*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Edno Tales Bianchi*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Não há consenso sobre a técnica da anastomose esofagogástrica após esofagectomia para tratamento de adenocarcinoma de
transição esofagogástrica. O foco deste estudo é analisar os resultados da anastomose cervical no nosso serviço. Método - Foram revisado o prontuário
dos pacientes submetidos à esofagectomia com reconstrução com gastroplastia e anastomose cervical esôfagogástrica durante o período de 2000 a 2012
na nossa instituição Resultados - O total de pacientes foi 112 sendo 84,4% homens e a média de idade de 62 anos (33 a 79). 89,3% foram submetidos
à abordagem transmediastinal e 12 por via toracoscópica. Apenas 8,9% foram submetidos à neoadjuvância. Anastomose com grampeador linear foi
realizado em 87,5% e os demais a anastomose manual em 2 planos. Houve um total de 17,8% de fístula, porém não houve nenhuma correlação com o
tipo de anastomose (p=0,5). O tempo médio de diagnóstico da fístula foi de 5,6 dias (3-10). Quando o diagnóstico da fístula foi realizado antes do quinto
dia, houve pior evolução relacionado a complicações clinicas. Houve necessidade de reoperação em 5,3% e a mortalidade relacionada com a fístula foi
de 0,01%. O seguimento tardio mostrou 13,4% de estenose anastomótica, todas resolvidas por dilatação. Conclusão - Anastomose cervical é um proce-
dimento seguro e com baixa taxa de mortalidade e morbidade, sendo essas maiores em pacientes com diagnostico com menos de 5 dias após a cirurgia.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.O.288
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO DE MEGAESÔFAGO AVANÇADO
Carlos Eduardo Soares de MACEDO*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Natália Lyra Silva*, Mariana Campos*, José Guido Corrêa de
ARAÚJO JÚNIOR*, Francisco Felippe Rolim de Araujo*, Clarissa Guedes NORONHA*, Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*

Resumo - Introdução - O tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado é controverso, com alguns autores indicando esofagectomia e outros a
cirurgia de Heller. A doença de Chagas é a principal causa em nosso meio. Objetivo - Avaliar a recidiva de disfagia e complicações pós-operatórias nos
pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado pelas duas técnicas. Método - Estudo retrospectivo, longitudinal, incluindo
pacientes portadores de megaesôfago avançado, submetidos à Heller ou esofagectomia. A disfagia pós-operatória foi avaliada pela escala de Visick e as
complicações pela escala de Clavien. Resultados - Dos 14 pacientes incluídos, cinco foram submetidos à Heller e nove à esofagectomia. Ambos os grupos
foram semelhantes em relação a gênero, idade e comorbidades. Os submetidos à Heller apresentaram menor tempo cirúrgico (186 vs. 256 min) e menos
complicações (20 vs. 77,7%), com disfagia pós-operatória mais frequente (20 vs. 0%), embora sem diferença estatística (p>0,05), com um seguimento
médio de 41 e 49 meses respectivamente. Dos seis pacientes que apresentaram disfagia pós-operatória (três em cada grupo), todos tratados com dilatação
endoscópica, apenas um permanece com disfagia moderada na última avaliação clínica. Conclusão - A cirurgia de Heller mostrou resultados semelhantes
aos da esofagectomia no controle de sintomas no seguimento de médio prazo, com tendência a menos complicações, se mostrando uma boa opção no
tratamento inicial do megaesôfago avançado.

*HC-UFPE, Pernambuco.

128 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.289
AVALIAÇÃO DA ESOFAGECTOMIA DE RESGATE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER DE
ESÔFAGO AVANÇADO
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*,
Paula CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitzs REIS*, Luisa von NIELANDER*

Resumo - Introdução - Apesar das varias opções terapêuticas, o prognóstico do CA de esôfago continua sombrio. A esofagectomia de resgate (ER) surge
como opção terapêutica para aqueles pacientes com persistência da doença após quimiorradioterapia. Objetivo - Avaliar os resultados da ER em pacientes
com CA de esôfago submetidos previamente a quimiorradiação com intenção exclusiva. Casuística - 18p com CEC de esôfago, submetidos à ER, após
inicialmente ter sido realizado quimiorradiação com intenção exclusiva por terem tumores considerados irressecáveis.16p-M com idade variável de 59 a 76 a.
Método - Em todos os pacientes a cirurgia foi realizada entre 6 a 9meses após o termino da quimiorradioterapia. A técnica padronizada foi a esofagectomia
por toracotomia direita, com transposição gástrica até a região cervical para a reconstrução do trânsito. Resultados - 5p(27,7%) deiscência da anastomose
esofagogástrica, com 1 óbito 7p(38,8%)-infecção pulmonar com 2 óbitos. Na avaliação tardia em 13 p analisados com tempo médio de 5,6 a, 4 evoluíram a
óbito, sendo 3 por recidiva locorregional e 1 por mts. pulmonar e hepática. 2p encontram-se vivos, mas com doença vigente e em esquema de quimioterapia.
Os 7 restantes sem sinais de doença e referem estarem satisfeitos com o resultado da cirurgia. Conclusão - Apesar da morbidadade não desprezível, a ER
parece ter indicação adequada em pacientes bem selecionados, pois proporcionou resgate adequado da deglutição e sobrevida satisfatória a médio prazo.

*PUC Campinas, São Paulo.

TL.C.ESO.O.290
AVALIAÇÃO DA SUTURA MECÂNICA E MANUAL NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO DIVERTÍCULO
FARINGOESOFÁGICO
Jose Luis Braga de Aquino*, Jose Francisco Sales CHAGAS*, Maria Beatriz Nogueira PASCOAL*, Luis Antonio BRANDI FILHO*,
Douglas Rissarti Pereira*, Fernanda FRUET*, Marcelo Manzano SAID*

Resumo - Introdução - A terapêutica cirúrgica do divertículo faringoesofágico (DFE) mais utilizada é a diverticulectomia com a cricomiotomia; pelo fato
de às vezes haver deiscência da sutura do faringe pela técnica manual, faz com que retarde a deglutição. Objetivo - Avaliar retrospectivamente os resultados
da diverticulectomia com cricomiotomia utilizando a sutura manual e mecânica em pacientes com DFE.CASUSITICA:56 p, sendo 41 M; com idade media
de 69,5 a Método - Diverticulectomia /cricomiotomia sendo a sutura do faringe realizado com sutura mecânica linear em 23 p(GRUPO A) e manual em
33p(GRUPO B). Resultados - GRUPO A: infecção pulmonar -2p(8,6%); deiscência da sutura -1p(4,3%). GRUPO B-infecção pulmonar-4p(12,1%); deiscên-
cia da sutura- 7p(21,2%). A avaliação tardia realizada entre 6m a 16 anos em 43 p evidenciou que 1p do GRUPO A,(5,5%) apresentou disfagia para solido/
pastosa intermitente; 4p do GRUPO B(12,1%) apresentaram também disfagia solido/pastosa, sendo que um deles foi evidenciado estenose da sutura da
faringe, mas com boa evolução com dilatação endoscópica. Conclusão - A diverticulectomia com cricomiotomia e sutura da faringe com a técnica mecânica
se mostrou mais eficaz que a técnica manual por ter proporcionado menor incidência de complicações locais e com resgate mais precoce da deglutição

*PUC Campinas, São Paulo.

TL.C.ESO.O.291
AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DA ESOFAGECTOMIA DE URGÊNCIA: ESTUDO RETROSPECTIVO
EM 31 PACIENTES
Jose Luis Braga de Aquino*, Douglas Rissanti Pereira*, Gustavo Cecchino NARDINI*, Luis Felipe Luciano LOPEZ*,
Walter PAULO NETO*

Resumo - Objetivo - Analisar retrospectivamente as complicações em uma serie de pacientes com perfuração esofágica, submetidos à esofagectomia de
urgência. Método - 31p submetidos à esofagectomia de urgência por perfuração esofágica, com idade de 21 a 78a e predomínio no sexo M-23p (74,1%).A
indicação cirúrgica: dilatação endoscópica-21p;CEC de esôfago perfurado-3p; Cirurgia de H. Hiatal: 4p; EDA diagnostica-1p; Candidíase esofágica-1p;
Deiscência anastomose esofagogástrica abdominal-1p. 20p (64,5%) foram submetidos à cirurgia ate 24 hs. e os 11 restantes (35,5%) após 24hs. Técnica
cirúrgica: 29p (93,5%)-esofagectomia transmediastinal; 2p(6,5%)- esofagectomia por toracotomia. Reconstrução do trânsito esofágico: 29p-(93,5%)- es-
tômago; 2p(6,5%)-colo. Em 28p(90,3%) a cirurgia foi em 2 tempos e nos 3 restantes (9,7%) em 1 tempo cirúrgico. Resultados - Pacientes sobreviventes:
24p (77,1%); destes 11p (45,8%) não apresentaram nenhuma complicação, enquanto 13 (54,2%) evoluíram com uma ou mais complicações: infecção
pulmonar-8p; fístula anastomotica-9p; cardioarrtimia-1p; mediastinite-1p. Os 7 pacientes que evoluíram a óbito (22,9%), foram consequentes ao choque
séptico. Dos 20p submetidos ao procedimento cirúrgico ate 24 hs.,11p(55,0%) apresentam morbidade e os 11p após 24 hs., todos apresentaram morbida-
de (100,0%). Conclusão - A perfuração do esôfago é um evento grave e a esofagectomia de urgência, apesar de alta morbidade, ainda é um procedimento
factível em pacientes bem selecionados.

*PUC Campinas, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 129


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.292
AVALIAÇÃO FUNCIONAL ESOFÁGICA EM PACIENTES PORTADORES DE ESTENOSES
LARINGO-TRAQUEAIS
Ary NASI1, Angela CG Marinho Falcão1, Sergio Szachnowicz1, Anna Carolina B. Dantas1, Rubens Antonio Aissar Sallum1, Paulo F.
G. Cardoso2, Helio MINAMOTO2, Ivan Cecconello1

Resumo - Introdução - O RGE situa-se dentre os fatores coadjuvantes na gênese, e recidiva pós-correção cirúrgica da estenose traqueal. A supres-
são ácida nestes pacientes pode prevenir estenose inflamatória na subglote. Objetivo - Avaliar a motilidade e o refluxo ácido gastroesofágico (RGE)
em pacientes portadores de estenoses laringo-traqueais. Métodos - Avaliação funcional foi realizada por esofagomanometria estacionária com cateter
perfundido de 8 canais (4 radiais) e pHmetria esofágica ambulatorial de 24 horas com 2 canais (proximal e distal). Resultados - Foram avaliados 80
pacientes. 29 (36%) apresentavam sintomas típicos de RGE. A manometria (n=73) revelou pressão respiratória média do esfíncter inferior do esôfago
(EIE) de 21,3 ± 9 mmHg, sendo que 18 (24,6%) apresentaram hipotonia do EIE. O corpo esofágico revelou amplitude média de 100 mmHg. Observou-
-se hipocontratilidade esofágica em 10,9% dos casos. A pHmetria de 24 horas (n=74) demonstrou que 37 (50%) apresentaram refluxo ácido patológico e
escore de DeMeester médio de 21,2. Houve predomínio de RGE supino (média de 4,3% do tempo total). Trinta pacientes (40,5%) apresentaram refluxo
supraesofágico. Conclusões - A avaliação funcional nos portadores de estenoses laringo-traqueais revelou que apesar da maioria ser assintomática do
ponto de vista digestivo, há incidência elevada de RGE ácido patológico com predomínio supino e alta prevalência de refluxo supraesofágico na presença
de motilidade esofágica essencialmente normal.

FMUSP, 2InCor-HCFMUSP, São Paulo.


1

TL.C.ESO.O.293
AVALIAÇÃO LABORATORIAL PRÉ E PÓS-OPERATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS À OPERAÇÃO
DE SERRA-DÓRIA
Felix André Sanches Penhavel*, Ruver de Andrade Martins*, Walter de Biase da Silva NETO*, Francisco Albino REBOUÇAS
JÚNIOR*, Fernando Gonçalves de Lima*, Karine Borges de Medeiros*, Rafaela Nascimento FERRO*, Carlos da Costa Neves*

Resumo - O megaesôfago é uma manifestação frequente da forma digestiva da doença de Chagas. As formas avançadas e as recidivadas podem ser
tratadas com a operação de Serra Doria. Esta consiste de cardioplastia, associada à gastrectomia parcial e à anastomose gastrojejunal, em Y de Roux.
Apesar dos bons resultados sobre o tratamento da disfagia, as principais repercussões laboratoriais, sobretudo aquelas relacionadas à gastrectomia,
foram pouco estudadas. Assim, foram estudados prospectivamente 27 pacientes em pré-operatório e 19 no 90º dia de pós-operatório. Nos dois perío-
dos foram dosados e comparados estatisticamente: hematócrito, hemoglobina, linfócitos, transferrina, ferritina, ferro e albumina. No pré-operatório
observaram-se níveis reduzidos de hemoglobina em 37 % dos pacientes, dos quais 30% tinham ferro baixo. No pós-operatório, observou-se queda da
hemoglobina e redução da ferritina ou ferro sérico em um terço dos pacientes. Estas alterações nos permitem inferir que, no pré-operatório, pelo menos
parte dos pacientes tinha hemoglobina baixa por deficiência de ferro. O déficit de ferro agravou-se em pós-operatório, o que pode ser explicado pelo agra-
vo de condições prévias, perdas sanguíneas ou falha de absorção relacionada à cirurgia. Tais observações nos permitem recomendar o acompanhamento
desses parâmetros no pós-operatório da operação de Serra Doria.

*UFG, Goiás.

TL.C.ESO.O.294
AVALIAÇÃO PELA MANOMETRIA ESOFÁGICA (ME) E PHMETRIA ESOFÁGICA DE 24 HS (PH) EM
PACIENTES COM SINTOMAS PÓS FUNDOPLICATURA (FP)
Ricardo Guilherme VIEBIG*, Sergio Viebig Araujo*Janaina Tomiye Yamakata FRANCO*

Resumo - Introdução - A FP pode provocar sequelas ou falhar. À endoscopia, une-se a ME e a pH para verificar complicações. Objetivos - Estudo de
pacientes em situação pós FP. Pacientes e Métodos - Registrou-se as queixas e o resultado endoscópico. Considerada ME anormal, quando pressão de
repouso do EIE menor que 10 ou pressão residual do relaxamento maior que 6 mmHg. pH anormal quando exposição ácida acima de 2%. Analisadas
frequências, em médias e correlação com variáveis. Resultados - 83 pacientes, P.O. médio de 78 meses. 28 tinham disfagia, 24 pirose,18 ambos e 13 sinto-
mas laríngeos. Na EDA 25 com hérnia de hiato,23 esofagite e 15 ambos. FP em 48 pacientes, ausente ou não descrita em 15. A ME foi normal em 24.
Destes, 7 tinham disfagia,10 pirose,18 pH normal e 1 alterada.37 apresentaram hipotonia do EIE. Destes, 14 com pH alterada,10 normais e 13 não fize-
ram. 21 pacientes com FP justa, 5 com pH alterada (4 com refluxos prolongados), 6 normais e 10 não fizeram. 46 pacientes com disfagia, 8 tiveram ME
normal,18 FP justa e 20 hipotonia. Com pirose isolada, 11 tiveram pH alterada, 9 normal e 4 não fizeram. 13 com queixas laríngeas, 8 com ME normal
e 5 alterada. pH anormal em 1. Discussão - Nenhuma análise determinou superioridade de algum método. Nem sempre o sintoma teve correspondência
a um pressuposto achado. Conclusão - Sintomas persistentes após FP devem ser avaliados por endoscopia, manometria e pHmetria em conjunto, pois
isoladamente nenhum método mostrou-se eficaz.

*MoDiNe-IBEPEGE, São Paulo.

130 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.295
CIRURGIA PARA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO – INDICAÇÕES
Julliana Rodrigues Soares*, Carolina Rossetto Marques*, Emily Adame SCHLENKER*, Felipe Dórea Bastos*,
Larissa Triunfo COSTA*

Resumo - Trata-se da apresentação sucinta das indicações de cirurgia na DRGE, levando em consideração outras formas de tratamento disponíveis.
Objetiva esclarecer quais situações devem ser tratadas cirurgicamente, levando em consideração o custo benefício, resolução dos sintomas e melhora na
qualidade de vida do paciente, em detrimento à terapia clínica. Foi realizada revisão da literatura com base nos bancos de dados do PubMed, MedLine,
SciELO e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: Doença do refluxo gastroesofágico tratamento cirúrgico, doença do refluxo gastroeso-
fágico tratamento cirúrgico indicações e cirurgia do refluxo gastroesofágico. A partir da análise da literatura pesquisada constatou-se que a cirurgia,
como tratamento da DRGE, está indicada como opção terapêutica nos pacientes em terapia prolongada com Inibidores da Bomba de Prótons (IBP);
pacientes com DRGE crônica que não respondem apropriadamente à terapêutica clínica com IBP ou que apresentam efeitos adversos com o uso dos
mesmos; e naqueles que optam pela cirurgia a despeito da efetividade da terapia com IBP. Por fim, não houve consenso se a cirurgia está indicada nos
casos complicados de DRGE, como pacientes com esôfago de Barret, úlceras e estenose; assim como em pacientes com manifestações extra-esofágicas,
exemplo as manifestações respiratórias (asma, tosse, dor torácica, entre outros).

*MULTIVIX, Espírito Santo.

TL.C.ESO.O.296
COMPARAÇÃO DO QUESTIONÁRIO GERD-HRQL APLICADO PESSOALMENTE E POR TELEFONE EM
PACIENTES SUBMETIDOS À FUNDOPLICATURA LAPAROSCÓPICA À NISSEN
Guilherme Tommasi KAPPAZ*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Sérgio Szachnowicz*, Júlio Rafael Mariano da Rocha*,
Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - O questionário de qualidade de vida GERD-HRQL foi desenvolvido para pacientes com DRGE. Objetivo - Avaliar a satisfação
dos pacientes submetidos à fundoplicatura laparoscópica à Nissen, e comparar a satisfação dos pacientes entrevistados no ambulatório com pacientes
entrevistados por telefone. Método - 178 pacientes operados entre 2005 e 2009 foram selecionados. Noventa pacientes foram encontrados e 45 puderam
vir ao hospital para entrevista (grupo A). Os outros 45 pacientes foram entrevistados por telefone (grupo B). A qualidade de vida foi avaliada por meio
de: 1) Questionário GERD-HRQL, traduzido para o português; 2) Pergunta “Se você pudesse escolher hoje, faria a cirurgia novamente?”; 3) Pergunta
“Se você pudesse classificar a sua melhora dos sintomas entre 0 e 10, que nota você daria?”. Resultados - A pontuação média dos homens do grupo A no
foi 4,09 e das mulheres 8,39. No grupo B, os homens tiveram pontuação média de 12,37 e mulheres 15,35. A comparação entre os grupos revelou que o
grupo A apresentou uma pontuação menor quando comparado ao grupo B, entre os homens (p=0,018), mulheres (p=0,049) e ambos os sexos (p=0,002).
Porém, quando se comparou os outros métodos de avaliação de qualidade de vida, não houve diferença estatística entre os grupos A e B (p=0,714 e
p=0,642). Conclusão - A satisfação dos pacientes com o tratamento cirúrgico é elevada. O uso do questionário GERD-HRQL mostrou pior qualidade
de vida dos pacientes entrevistados por telefone.

*Hospital das Clínicas – FMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.O.297
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO (VLH) DA DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO (DRGE): 174 PACIENTES
Saulo Rodrigues Conceição Vieira*, Euler de Medeiros ÁZARO FILHO*, Joao Eduardo Marques Tavares de Menezes ETTINGER*, Jorge
Reis Pinheiro de Lemos*, Rodolfo Santana*, Paulo Cezar Galvão do Amaral*

Resumo - Introdução - A DRGE acomete cerca de 40% da população adulta, sendo um problema epidemiológico significante, necessitando de um mé-
todo seguro e efetivo em seu tratamento. A VLH preenche estes critérios associado aos benefícios da cirurgia minimamente invasiva. Objetivo - Avaliar
as complicações relacionadas a correção cirúrgica da DRGE por VLH. Casuística - 174 pacientes. Método - Foram avaliados os pacientes submetidos
a VLH (Flop Short Nissen), através de fichas preenchidas prospectivamente no serviço, entre janeiro de 2005 e maio de 2013, quanto a: idade, sexo,
complicações intra-operatórias e pós-operatórias relacionadas ou não ao sítio cirúrgico, conversão, mortalidade, permanência hospitalar e readmissões.
Resultados - Entre os pacientes, 100 foram mulheres (57.4%) e 74 homens (42%). Idade média foi de 46 anos (16-81). Tivemos 1 complicação intra-ope-
ratória (lesão hepática, 0,57%). Não observamos complicações pós-operatórias não relacionadas ao sítio cirúrgico. Como complicação relacionada ao
sítio tivemos um caso de sepse abdominal por abscesso (0,57%). Não houve conversão. Dois pacientes foram reabordados. Não ocorreu óbito. O tempo
médio de internação foi de 28h (8-78h) e 29 pacientes (18%) permaneceram mais que 24h internados, sendo os motivos principais disfagia (55%) e dor
abdominal (18%). Houve 6 reinternamentos (3,44%) sendo 3 por disfagia. Conclusão - A disfagia transitória é a complicação mais comum desta cirurgia
e a causa de aumento da permanência hospitalar.

*Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 131


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.298
ESOFAGECTOMIA ROBÓTICA - EXPERIÊNCIA INICIAL
Marina Gabrielle Epstein1, Vladimir SCHRAIBMAN1, Mayte Soares2, Gabriel Naman MACCAPANI1,
Antonio Luiz Vasconcellos MACEDO1

Resumo - Introdução - A esofagectomia é uma cirurgia tecnicamente difícil e que necessita de um cirurgião e um time cirúrgico habilidosos e experien-
tes. O sistema robótico permite ao cirurgião trabalhar em um espaço estreito como o mediastino, superando a limitação espacial experimentada pelo uso
da técnica laparoscópica. Objetivo - Demonstrar a nossa experiência pessoal com 12 pacientes que foram submetidos à esofagectomia robótica. Métodos
- No período de junho de 2010 a abril 2013, 12 pacientes foram submetidos à esofagectomia robótica por neoplasia esofágica e de cárdia. Houve predo-
mínio do sexo masculino (83%), com média de idade de 60,5 anos. A análise histopatológica demonstrou 8 casos de adenocarcinoma, 2 de carcinoma
epidermoide e 2 casos de displasia de alto grau. Resultados - A duração média da operação foi de 310 minutos. O tempo médio de permanência hospitalar
foi de 18,2 dias com mortalidade em 60 dias de 8,3%, por fístula aórtica. 2 pacientes necessitaram de transfusão de hemoconcetrados. Discussão - A eso-
fagectomia é operação complexa com elevada taxa de complicações per e pós-operatórias e índice de mortalidade que varia de 5% a 19%. Conclusão - A
esofagectomia robótica é factível e segura para os pacientes que necessitam de ressecção esofágica. O sistema robótico da Vinci permitiu refinamentos
técnicos devido à imagem tridimensional e instrumentos com maior amplitude de movimentos.

Hospital Albert Einstein, 2Universidade de Santo Amaro, São Paulo.


1

TL.C.ESO.O.299
FUNDOPLICATURA TOTAL SEM LIBERAÇÃO DOS VASOS GÁSTRICOS CURTOS: VÁLVULA COM A
PAREDE ANTERIOR OU COM AS PAREDES ANTERIOR E POSTERIOR? ANÁLISE DA DISFAGIA PÓS-
OPERATÓRIA
Adorísio Bonadiman*, José Francisco de Mattos FARAH*, Alexandre Chartuni Pereira Teixeira*, Adriano Corona Branco*,
Marcos Claudio RADTKE*, Guilherme ZANCO*

Resumo - Introdução - A fundoplicatura total laparoscópica (FTL) sem liberação rotineira dos vasos gástricos curtos (VGC), é feita através de duas técni-
cas: a FTL a Nissen e a FTL a Rossetti. A literatura consultada carece de estudos que comparem os resultados destas duas técnicas. Objetivo - Comparar a
incidência de disfagia grave pós-operatória em pacientes submetidos à FTL primárias, utilizando as paredes gástricas anterior e posterior (FTL a Nissen) ou
apenas a parede gástrica anterior (FTL a Rossetti). Casuística - Foram incluídos 289 pacientes submetidos a FTL primária, sendo 160 FTL a Rossetti e 129
FTL a Nissen. Método - Estudo retrospectivo baseado em banco de dados, comparando a incidência de disfagia grave pós-operatória em pacientes subme-
tidos a FTL primária sem liberação de VGC. Para análise estatística, utilizamos os testes ANOVA e de Igualdade das Proporções. Resultados - A incidência
de disfagia grave pós-operatória na FTL a Nissen foi de 1,55% e na FTL a Rossetti foi de 4,37%. A necessidade de tratamento cirúrgico da disfagia foi de
0,78% nos pacientes submetidos a FTL a Nissen, contra 2,5% na FTL a Rossetti. Em todos os pacientes reoperados por disfagia após FTL a Rossetti foram
encontradas válvulas torcidas, enquanto na FTL a Nissen não foi observada qualquer alteração anatômica. Conclusão - A realização de FTL utilizando
apenas a parede gástrica anterior está relacionada a confecção de válvulas mal posicionadas. A incidência de disfagia grave é semelhante nas 2 técnicas.

*HSPE-SP, São Paulo.

TL.C.ESO.O.300
HÉRNIA HIATAL GIGANTE: COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO ELETIVO E
DE URGÊNCIA
Diogo Stinguel THOMAZINI1, Daniel Andrade REIS1, Adorísio Bonadiman1, Rafael Eler dos REIS1, Marcos Claudio RADTKE1,
Alberto GOLDEMBERG2, Edson José LOBO2, José Francisco de Mattos FARAH1

Resumo - Introdução - A cirurgia eletiva nos portadores de hérnia de hiato gigantes (HHG) assintomáticas ainda é controversa. Segundo alguns
autores, o seguimento destes pacientes é seguro a médio e longo prazo. Entretanto, durante o acompanhamento podem ocorrer complicações como
sangramento, anemia, volvo e perfurações, levando algumas vezes a cirurgias de urgência e gerando dúvidas quanto à segurança do tratamento conser-
vador. Objetivo - Comparar os resultados do tratamento cirúrgico eletivo e de urgência (vigência de complicações) em pacientes com HHG. Metodologia
- Análise retrospectiva de 151 pacientes com HHG registrados em banco de dados, sendo 127 sintomáticos crônicos, submetidos à cirurgia eletiva e 24
pacientes com complicações agudas, submetidos a tratamento de urgência. Comparamos a morbidade, mortalidade e média de internação. Resultados -
A morbidade nos pacientes submetidos à cirurgia eletiva foi de 11,81%, comparado a 75% nos pacientes com complicações agudas. A mortalidade foi de
0,78% no tratamento eletivo e 4,16% no tratamento de urgência. A média de internação foi de 3,28 dias no grupo eletivo contra 11 dias na urgência. Con-
clusão - A morbimortalidade do tratamento de urgência dos pacientes portadores de HHG é superior que a do tratamento cirúrgico eletivo. Estes resul-
tados sugerem que devemos avaliar os riscos e benefícios do tratamento cirúrgico eletivo em pacientes dos portadores HHG, mesmo oligossintomáticos.

HSPE-SP, 2Unifesp, São Paulo.


1

132 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.301
IMPACTO DO LINFONODO METASTÁTICO NA SOBREVIDA GERAL NO ADENOCARCINOMA DE
JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA BASEADO NA NOVA CLASSIFICAÇÃO DA AJCC (7 EDIÇÃO)
Flavio Roberto Takeda*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Ulysses Ribeiro Junior*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Sergio Szachnowicz*, Guilherme STELKO*, Anna Carolina Batista Dantas*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Recentemente, a sétima edição da Amercian Joint Commitee on CÂNCER (AJCC) mudou a classificação do linfonodo aco-
metido no estadiamento. O foco desse estudo é determinar o impacto com este novo sistema na sobrevida dos paciente. Método - Foram revisados os
pacientes operados durante 2000 a 2012. Siewert I e II foram submetidos à esofagectomia e Siewert III a gastrectomia total, todos submetidos a linfade-
nectmia D2. As variáveis estudadas foram agrupadas da seguinte maneira: número de linfonodos(N), N0 vs. NX; N1 vs. N2; N1 vs. N3, de acordo com a
antiga classificação (AC) e a nova (NC). Resultados - 192 pacientes com adenocarcinoma de transição esofagogástrica, 68,7% eram homens. 53,1% eram
Siewert I e II. De acordo com a antiga e a nova classificação respectivamente foram: 33,9%, 33,9% eram N0; 23,4%, 18,2% eram N1; 28,1, 15,1% eram
N2 e 14,6%, 32,8% eram N3. A sobrevida média foi de 27,4. Na analise multivariável, de acordo com a AC, comparando com a sobrevida global N1
vs. N2 [p=0,052, RR 3,69 (CI 1,63-8,33)] e N1 vs. N3 [p=0,005, RR 3,84 (CI 1,64-8,96)] e a NC, comparando a sobrevida N1 vs. N2 [p=0,052, RR 2,73
(CI1,01 – 8,17)] e N1 vs. N3 [p=0,005, RR3,99 (CI 1,51 -10,58)] Conclusão - A classificação N revisada promove uma melhor homogeneidade, melhora
o poder prognóstico e incorpora característica que melhoram o manejo clinico

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.O.302
OPERAÇÃO DE SERRA-DÓRIA: TRATAMENTO DO MEGAESÔFAGO E SINTOMAS DIGESTIVOS NOVOS
EM CASUÍSTICA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Felix André Sanches Penhavel1, Dan Linetzky Waitzberg2, Enio Chaves de Oliveira1, Helio Ponciano Trevenzol1,
Claudemiro QUIREZE JÚNIOR1, Lucio Kenny Morais1, Dinoel Cavalcante GUIMARÃES FILHO1, Leandro Carvalho Moreira1

Resumo - O megaesôfago avançado ou o recidivado podem ser tratados com a Operação de Serra Doria, que consiste de cardioplastia associada à gas-
trectomia parcial e anastomose jejunal em Y de Roux. Apesar da baixa mortalidade e de bons resultados no tratamento da disfagia, torna-se pertinente
avaliar as repercussões da cirurgia sobre sintomas digestivos prévios e o aparecimento de sintomas novos, sobretudo ligados à gastrectomia. Os dados
da literatura sobre o tema são escassos e se restringem a gastrectomias realizadas em outras circunstâncias. O objetivo desse estudo foi avaliar prospec-
tivamente modificações de sintomas digestivos pré-operatórios e detectar sintomas novos após o 90º dia pós-operatório. Foram incluídos 19 pacientes,
avaliados nos dois períodos segundo protocolo pré-estabelecido. Os sintomas pré-operatórios, em percentuais, foram: disfagia (100%); regurgitação
(94,7%); azia (52%); e odinofagia (37%). No 90º dia pós- operatório, 15 pacientes (80%) tiveram remissão total e 4 (21%) permaneceram com disfagia
leve. A regurgitação, azia e odinofagia tiveram remissão total; 11 pacientes (58%) assintomáticos. Sintomas novos: síndrome de dumping, 2 pacientes
(10,5%); plenitude pós-prandial, 1 (5,3%); diarreia, 2 (10,5%). Conclusão - A cirurgia de Serra Doria foi eficaz para o tratar o megaesôfago; sintomas
novos, possivelmente condicionados pela gastrectomia, foram observados em 5 pacientes (26,3%).

1
Hospital das Clínicas, UFG, Goiás. 2Faculdade de Medicina, USP, São Paulo.

TL.C.ESO.O.303
QUAL A IMPORTÂNCIA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PACIENTES APÓS TRANSPLANTE DE
PULMÃO?
Sergio Szachnowicz*, Angela C. G. Marinho Falcão*, Ary NASI*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Julio Rafael Mariano da
Rocha*, Francisco CBC Seguro*, Rafael Medeiros CARRARO*, Ricardo Henrique de Oliveira Braga TEIXEIRA*, José Eduardo
AFONSO JUNIOR*, Paulo Manoel Pego Fernandes*, Ivan Cecconello*
Resumo - Background - Transplante pulmonar tornou-se tratamento eficaz para a fase final de doença pulmonar. Nestes pacientes, a motilidade
anormal do esófago tem sido associada com a piora da função pulmonar e DRGE mais grave, considerada um fator de risco para o desenvolvimento
de rejeição crónica, após o transplante de pulmão. Objetivo - Avaliar a prevalência da DRGE e a motilidade esofágica em pacientes após transplante de
pulmão. Métodos - Foram avaliados 15 pacientes consecutivos submetidos à transplante pulmonar simples ou duplo. Foi realizado manometria esofá-
gica, pHmetria esofágica (com duplo sensor, o sensor distal foi posicionado 5 cm acima do EIE e o sensor proximal no ESE) e endoscopia. Resultados
- Nesta população de pacientes, a ocorrência de RGE patológico ocorreu em cinco pacientes (33,3%) sendo que em quatro (26,6%) ocorreu também
refluxo supra-esofágico. Quatro pacientes apresentaram hipotonia do EIE (26,6%) e dois (13,3%) tinham hipocontratilidade do segmento distal do corpo
esofágico. Dos 5 pacientes diagnosticados, 4 apresentaram algum grau de piora de função pulmonar. Conclusão - Após o transplante do pulmão, 33%
dos doentes apresentaram refluxo ácido gastroesofágico patológico. O refluxo gastroesofágico predispõe ao aumento da rejeição crônica do enxerto,
podendo levar mesmo à perda deste. Sua avaliação é importante, pois pode demandar terapias como a cirurgia, com o objetivo de reduzir a exposição
do epitélio pulmonar do conteúdo gástrico.

*FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 133


Cirurgia • Orais

TL.C.ESO.O.304
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HÉRNIA DE HIATO GIGANTE COM TELA DE DUPLA FACE
Rafael Eler Dos REIS1, Adorísio Bonadiman1, Daniel Andrade REIS1, Diogo Stinguel THOMAZINI1, Adriano Corono Branco1, Edson
José LOBO2, Alberto GOLDEMBERG1, José Francisco de Mattos FARAH1

Resumo - Introdução - O reparo da hérnia hiatal gigante (HHG) com rafia dos pilares diafragmáticos evolui com altas taxas de recidiva. O uso de
próteses em outras hérnias e o avanço na tecnologia das telas impulsionaram o seu uso na hiatoplastia. Próteses absorvíveis apresentam menores taxas de
complicações e maiores de recidiva comparadas às não absorvíveis. Este trabalho visa mostrar nossa experiência em hiatoplastia com tela não-absorvível.
Métodos - Relato de série de casos de 40 hiatoplastias com tela e fundoplicatura videolaparoscópicas no período entre Março de 2008 e Abril de 2013,
utilizando tela dupla face (poliéster e matriz de colágeno), fixada com grampos metálicos após crurorrafia. O seguimento clínico foi complementado
por endoscopia digestiva alta em todos os pacientes. Resultados - Dos 40 pacientes, 11 eram do sexo masculino e 29 feminino, possuindo entre 37 e 91
anos e média de 67 anos. O tempo médio de seguimento foi de 16 meses (3 a 48 meses). Ocorreram complicações em 7 (17,5%) com internação maior
que 7 dias. Durante o seguimento, registramos dois óbitos não relacionados, dois pacientes (5%) apresentaram recidiva dos sintomas e da hérnia, oito
(20%) apresentavam recidiva da hérnia porém, oligossintomáticos e 28 (70%) assintomáticos e sem recidiva. Não ocorreram complicações relacionadas
à prótese. Conclusão - O seguimento a curto e médio prazo mostrou que o uso da tela não absorvível é seguro e eficaz, devendo ser considerada como
opção no tratamento da HHG.

HSPE-SP, 2Unifesp, São Paulo.


1

TL.C.EST.O.305
A SOLUÇÃO DE CARNOY MELHORA A IDENTIFICAÇÃO DE LINFONODOS APÓS A GASTRECTOMIA D2:
orais • ESTÔMAGO

RESULTADOS DE UM ESTUDO PROSPECTIVO, RANDOMIZADO


Andre Roncon Dias*, Edno Tales Bianchi*, Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos*, Ulysses RIBEIRO JUNIOR*, Marina
Pereira*, Osmar Kenji Yagi*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*

Resumo - Objetivos - Comparar o Carnoy com o formaldeído na fixação de peças cirúrgicas de gastrectomias D2. Verificar se linfonodos ressecados são
perdidos com a preparação habitual e se este fato influencia o estadiamento. Métodos 30 espécimes cirúrgicos foram randomizados para fixação habitual
com Formaldeído a 4% (formol) ou com Carnoy (60% etanol, 30% clorofórmio e 10% ácido acético glacial). Adicionalmente, após a dissecção do grupo
do formaldeído, a gordura residual a ser descartada foi imersa no Carnoy e re-dissecada após 24 horas. Os cirurgiões ficaram cegos para a randomização
e o mesmo patologista dissecou todos os espécimes. Os critérios de exclusão foram: Linfadenectomia não D2, gastrectomia total, ressecções multiviscerais.
Resultados - O número médio de linfonodos encontrados foi de 36,1 para o grupo formol e 50,6 para o grupo Carnoy, esta diferença foi significativa (p=
0.045). Nos casos do grupo formol a revisão da gordura residual, após fixação com Carnoy e nova dissecção, revelou linfonodos presentes e que estavam
sendo perdidos. Desses casos 40% (6/15) apresentavam linfonodos metastáticos que estavam sendo desprezados, sendo que o estadiamento foi modificado
em 2 casos. Considerando o grupo formol pós-revisão com Carnoy o número de linfonodos médios encontrados subiu para 50,6 sendo equivalente ao do
grupo Carnoy (p= 1.0). Conclusões - O uso do Carnoy aumenta o número de linfonodos encontrados e permite um estadiamento mais preciso.

*ICESP- HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.EST.O.306
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES DE 60 PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIAS – MAIORES OU
MENORES? MANEJO CLÍNICO OU CIRÚRGICO?
Flavio SILANO*, Rodolfo Santana*, Eric ETTINGER*, Ricardo Amaral*, Lorena Carneiro*, Carolina ADAN*, Lorena Almeida*,
Paulo Amaral*

Resumo - Introdução - Ainda não exista consenso em como definir grau de complicação em cirurgia, porém, a avaliação dos resultados está ganhando
cada vez mais atenção. Objetivo - Estratificar as complicações cirúrgicas das gastrectomias realizadas pelo serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do
Hospital São Rafael, Bahia, em maiores ou menores e o seu manejo (clínico ou cirúrgico). Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados por meio de
fichas padronizadas preenchidas prospectivamente de 2005-2013. Foi utilizado a escala de complicações cirúrgicas em graus de Clavien-Dindo. Sessenta
pacientes foram gastrectomizados, 55% total, 33,33% parcial e 11,66% cunha, 41,66% do sexo masculino, 58,33% sexo feminino, com média de idade de
54 anos. As complicações foram divididas em relacionadas ou não ao sítio cirúrgico. Resultados - 15 pacientes (25%) apresentaram complicações relacio-
nadas ao sitio cirúrgico, sendo que 6 (10%) foram complicações menores Clavien II; 6 (10%) necessitaram de reabordagem Clavien IIIB e desses 2 (3,33%)
foram a óbito Clavien V. 13 pacientes (21,7%) apresentaram complicações não relacionadas ao sítio cirúrgico, sendo 10 (16,7%) complicações menores
Clavien II e 3 (5%) com disfunção orgânica única Clavien IVA. Conclusão - A morbimortalidade do procedimento está compatível com a literatura e a
maioria das complicações foram consideradas menores e foram manejadas clinicamente.

*Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.

134 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.EST.O.307
EMPREGO DA PARTIÇÃO GÁSTRICA ASSOCIADA A GASTRO-ENTERO ANASTOMOSE PARA PALIAÇÃO
DE TUMORES GÁSTRICO DISTAIS OBSTRUTIVOS E IRRESSECÁVEIS
Marcus Fernando Kodama PERTILE*, Thiago Nogueira COSTA*, Osmar Kenji Yagi*, Andre Roncons Dias*,
Donato Roberto MUCERINO*, Ulysses Ribeiro Junior*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Partição gástrica associada a gastro-entero anastomose tem sido empregada para o tratamento de tumores gástricos obstrutivos
distais com o objetivo de melhorar o esvaziamento gástrico e diminuir a ocorrência de sangramento tumoral Objetivo - Analisar segurança e efetividade do
procedimentos. Métodos - Análise descritiva e retrospectiva de série de casos do serviço. Resultados - Vinte e três pacientes foram submetidos ao procedimen-
to nos últimos 6 anos. A idade média foi de 68,7 anos. Seis pacientes tinham IMC inferior a 18,5. Treze pacientes (56%) apresentavam uma pontuação de 0
ou 1 na escala de obstrução de esvaziamento gástrico (GOOS) significando ingesta apenas de líquidos via oral. Seis pacientes ingeriam alimentos pastosos
(GOOS=2) e 4 pacientes dieta pobre em resíduos ou geral (GOOS=3). Todos pacientes tinham performance de 1 ou 2 na escala do ECOG. A duração média
do procedimento foi 166 minutos. Valor do GOOS após o procedimento foi 2 ou 3 em 22 (95%) dos pacientes, alcançado em média após 4,2 dias da cirurgia.
O tempo médio de internação foi de 7,8 dias. Três pacientes tiveram complicações cirúrgicas menores (Clavien-Dindo I-II) e 1 paciente morreu 10 dias após
o procedimento. A sobrevida media foi de 185 dias com manutenção da capacidade de alimentação durante este período. Conclusão - Partição gástrica
pode ser empregada com segurança para o tratamento da obstrução gástrica tumoral com manutenção prolongada da capacidade de alimentação via oral.

*HC FMUSP, São Paulo.

TL.C.EST.O.308
ESTUDO DA CAPACIDADE PREDITIVA DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL GLOBAL E SUAS
VARIÁVEIS NAS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DO CÂNCER GÁSTRICO
Guilherme Frederico Rojas Silva1, Luciana de Souza Penhalbel Silva2, Fabiane Regina de Oliveira Guimarães3,
Juliana Moreli França3, Francisco Garcia PARRA3, Eumildo CAMPOS Júnior3, Aldenis Albaneze BORIM2,3

Resumo - Introdução - A desnutrição afeta adversamente o paciente cirúrgico oncológico, levando-o a maiores morbidades e mortalidade operatórias.
Porém, não há um padrão ouro de avaliação nutricional como fator preditivo de morbimortalidade nesses pacientes. Objetivo - Analisar e comparar a
capacidade dos métodos nutricionais no prognóstico de complicações associadas às gastrectomias por câncer gástrico. Casuística e Métodos - Estudo
observacional prospectivo envolvendo 66 pacientes. Foram analisados: Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), Avaliação Nutricional Objetiva
(ANO), Índice de Risco Nutricional (IRN) e Índice Prognóstico de Sheffield (IPS). Os resultados foram comparados com a morbimortalidade cirúrgica,
tempo de internação total e em UTI. Resultados - A desnutrição esteve presente em 80,7%, 66,7% e 85% nas ANSG, ANO e IRN, respectivamente. O IPS
demonstrou alto risco cirúrgico em92% dos pacientes. Houve concordância leve entre a ANSG e IRN (Kappa=0,30). A ANSG demonstrou maior tempo
de internação hospitalar nos desnutridos (p<0,05). A maioria dos pacientes (62,9%) esteve com estágio avançado com maior incidência de complicações
(p<0,01), sendo a pneumonia associada à linfopenia (p<0,05). Conclusão - ANSG e o IRN tiveram concordância mais próxima. A ANSG demonstrou
associação entre desnutrição e maior tempo de internação hospitalar. A pneumonia foi observada no tumor avançado e na linfopenia, aumentando os
dias de internação hospitalar e em UTI (p<0,05).

1
HU-UFGD, Mato Grosso do Sul. 2FAMERP, 3FUNFARME, São Paulo.

TL.C.EST.O.309
INCIDÊNCIA, PADRÕES DE RECORRÊNCIA E FATORES PREDITIVOS RELACIONADOS À RECIDIVA
PRECOCE E TARDIA EM CÂNCER GÁSTRICO
Leonardo Medeiros MILHOMEM1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso2, Alan KAGAN1, Eliane Duarte Mota1,
Ailton Cabral FRAGA FILHO1, Orlando Milhomem da Mota1

Resumo - Introdução - A recorrência é um fenômeno frequente em pacientes com Ca gástrico tratado. Os modelos e métodos atuais de seguimento
destes pacientes possuem pouco impacto em relação a melhora de sobrevida. Dados referentes à incidência total e cumulativa, padrões de recorrência e
fatores preditivos relacionados ao período de manifestação desta condição, podem permitir a identificação de pacientes em perfil de risco. Métodos - Um
total de 550 pacientes tratados entre 2004 e 2010 foram avaliados retrospectivamente. Características demográficas, clínicas, patológicas e relacionadas
ao tratamento cirúrgico e multimodal foram analisadas. Resultados - Do total de pacientes, 144 (26,18%) apresentaram recorrência, sendo 118 (81,94%)
precoces e 26 (18,05%) tardias. Do total de pacientes, as recorrências hematogênicas (44,13%) e peritoneais (40%) foram predominantes em relação a
recorrência loco - regional (11,72%) e mista (4,13%). Não houve diferença significativa em relação aos padrões de recorrência entre os períodos precoce
e tardio. O tamanho das lesões > 5 cm (p=0,026) e o grau de diferenciação (p=0,03) das lesões foram fatores com significância estatística relacionados
a recidiva precoce. Houve tendência a melhora de sobrevida pós-recidiva no grupo de pacientes com recidiva tardia em comparação e recidiva precoce.
Conclusões - Em pacientes com alto risco de recorrência, o diâmetro das lesões e o grau de diferenciação demonstraram associação à recorrência precoce.

1
ACCG. 2 HGG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 135


Cirurgia • Orais

TL.C.FIG.O.310
ANASTOMOSE ESPLENORRENAL DISTAL (AERD) EM CIRRÓTICOS COM HDA NA ERA DOS
TRANSPLANTES
orais • fígado

Tercio Genzini*, Roberta Genaro da Silva*, João William Costa TEIXEIRA*, Felipe Costa TEIXEIRA*, Marcelo Perosa Miranda*,
Fernando PECHY*, Luiz Francisco ZENI*, Andreia KATAIAMA*

Resumo - Introdução - A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) em cirróticos permanece complicação de alta mortalidade, tem alto risco de recidiva
hemorrágica e a insistência no tratamento endoscópico eleva o custo do tratamento e não altera o prognóstico. As alternativas para estes casos são a des-
compressão portal e/ou o transplante de fígado (TF). Material e Métodos - Analisamos o seguimento de pacientes cirróticos, com boa reserva funcional
hepática, e HDA com recidiva após tratamento endoscópico e farmacológico. No período de 2000 a 2010, 18 pacientes cirróticos (6 VHC, 4 Criptogêni-
cas, 3 VHB + VHD, 3 auto imunes e 2 VHB) foram submetidos a AERD. Todos apresentavam pelo menos 1 episódio de HDA (1 a 6), foram submetidos
a tratamento endoscópico com ligadura ou esclerose de VE, faziam uso de propranolol (40 a 160 mg) para manter FC entre 55 e 60 bpm e persistiam com
VE com risco de sangramento. Doze tinham medidas de gradiente portal > 12 (14 a 34 mmHg). Resultados - 78% eram do sexo masculino, todos eram
CHILD-PUGH A com MELD entre 8 e 15. O seguimento médio foi de 6 anos. Ocorreu 1 recidiva de HDA (6%) tratada endoscopicamente, 1 necessida-
de de TF (6%) por HCC (VHB) e 1 óbito (6%). O MELD aumentou em 12 pacientes para valores menores que 15 e permaneceu igual ou diminuiu em 4.
Conclusão - AERD é eficaz, preserva a função hepática e pode evitar a indicação de TF por HDA recidivante em cirróticos com boa reserva funcional.

*Hospital da Beneficência Portuguesa, São Paulo.

TL.C.FIG.O.311
APLICAÇÃO DO ESCORE BAR EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE FÍGADO
Ivan Dias CAMPOS JUNIOR*, Elaine Cristina Ataide*, Anaisa Portes Ramos*, Elisabete Yoko Udo*, Ilka FSF Boin*

Resumo - Utiliza-se o sistema BAR (Balanced of Risk) para o prognóstico de sobrevida (SV) dos pacientes pós-transplante hepático. Objetivo - Ve-
rificar a aplicação do BAR como predição de SV em pacientes após transplante. Métodos - Efetuou-se um estudo observacional retrospectivo em 300
pacientes transplantados entre 1997 a 2012. Excluíram-se os pacientes que realizaram técnica tradicional, uso de enxertos duplos ou reduzidos e os com
dados incompletos. Avaliaram-se os dados do doador e do receptor. Para cada paciente foi calculado o BAR por meio do site www.assessurgery.com/
bar-score. Os pontos de corte para BAR foram de 13, ponto médio da escala, e 8, cutoff do serviço. A análise estatística foi efetuada usando-se método
de Kaplan-Meier para SV, teste de Mann-Whitney para comparação entre grupos e análise regressão logística múltipla. Resultados - A SV estimada
para pacientes com BAR ≥ 13 foi ao final de 12 meses de 48% vs. 67 % (p =,027) e para BAR ≥ 8, 59% % vs. 71 % (p =,042). A análise de regressão
múltipla mostrou como fatores determinantes para SV < 3 meses: BAR < 13 pontos (OR=8,6;IC95%=2.045-40.462; p=0.005) e uso de concentrado de
hemácias (CH) acima de 6 unidades (u) no intraoperatório (OR=5,32; IC95%=2.143-14.23; p=0.0005) e para SV<12 meses: CH > 6u intraoperatório
(OR=5,7;IC95%=2.436-14.246;p=0.0001) e idade do doador >50 anos (OR=3,8;IC95%=1.408-10.96;p=0.009). Conclusões - Para a população estudada
o BAR com ponto de corte em 8 e 13 foi um fator preditor de SV nos tempos estudados.

*Unicamp, São Paulo.

TL.C.FIG.O. 312
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR ATRAVÉS DAS PRESSÕES INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA
DE PACIENTES SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA E COM O EMPREGO
DO SILS PORT
Eduardo Crema*, Marisa de Carvalho Ramos*, Juverson Alves TERRA JÚNIOR*, Guilherme Azevedo Terra*, Cristhiene Inácio
Fernandes*, Alex Augusto da Silva*

Resumo - Introdução - Após várias modificações técnicas uma nova e única porta de entrada foi descrita pela cicatriz umbilical. São descritas altera-
ções da função pulmonar em pós-operatório (PO) de cirurgia abdominal, que ocorrem tanto na cirurgia convencional como na laparoscópica. Objetivos
- Avaliar a força muscular respiratória (PImáx e PEmáx), antes e após 24h e 48h após colecistectomia laparoscópica e por portal único. Metodologia - A
técnica foi utilizada em 20 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica, e 20 com portal único, para avaliação da força muscular respiratória.
Resultados - Nos pacientes do grupo “SILS PORT”observou-se que houve redução da PImáx nos dois momentos do pós-operatório e quando compa-
rado com os valores pré-operatórios sendo que às 24h a redução foi significante. No grupo laparoscópico houve redução da PImáx em ambos os mo-
mentos estudados no pós-operatório e a redução foi significante às 24h e às 48h. A redução da PImáx no grupo SILS PORF às 24h foi significantemente
menor que a laparoscópica. Quando comparado a PEmáx no SILS PORT e na laparoscópica houve redução significativa as 24h. As 48h a redução
foi significante somente no grupo laparoscópico. A comparação entre os grupos não foi significante. Conclusão - Os pacientes do grupo SILS PORT
apresentaram menor comprometimento da função inspiratória (PImáx) no pós-operatório às 24h, e proporcionou uma melhora mais rápida da PEmáx,
quando comparado à técnica laparoscópica.

*UFTM, Minas Gerais.

136 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.FIG.O.313
CIRURGIA HEPÁTICA: EXPERIÊNCIA EM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE REFERÊNCIA - HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UFG
Bruno Parreira Gomide*, Talita Soares Viana*, Lucio Kenny Morais*, Fatima MRUE*, Claudemiro QUIREZE JUNIOR*, Edmond
Raymond Le Campion*, Matheus Castrillon Rassi*, Wagner Costa Braga*

Resumo - Introdução - Existem poucos relatos em nosso meio do perfil dos pacientes submetidos à hepatectomia. Este fato serviu de estímulo para o
presente estudo. Objetivo - Avaliar os dados demográficos dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática, bem como mortalidade operatória,
relatando a experiência do serviço. Método - Revisão de prontuário dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática no Hospital das Clínicas da
UFG entre janeiro 2008 e dezembro de 2012. Foram excluídas da amostra as biópsias hepáticas. Resultados - Foram realizadas no serviço, 32 ressecções
hepáticas: 81% por doenças malignas, sendo 68% por metástases e 13% por doença maligna primária. As metástases de tumor de cólon compreenderam
60% dos casos e 13% carcinoma hepatocelular.19% foram adenomas. Sessenta e um por cento dos pacientes eram do sexo feminino, e a média de idade foi
de 44,54 anos. O tipo de ressecção mais realizada foi a segmentectomia (72,88%). A mortalidade operatória foi de 6,1%.Conclusão - A metástase de tumor de
cólon foi a indicação mais frequente de ressecção hepática. A alta frequência do adenoma, apesar da indicação cirúrgica por se tratar de uma doença benig-
na, talvez seja decorrente do encaminhamento direcionado destes pacientes e do predomínio de mulheres. A mortalidade encontrada foi baixa, compatível
com a relatada em grandes centros, mostrando que a hepatectomia pode ser realizada com segurança em centros universitários de referência.

*UFG, Goiás.

TL.C.FIG.O.314
EFEITOS DE FRAGMENTOS DE HEPARINA EM LESÃO HEPÁTICA SECUNDÁRIA À ISQUEMIA /
REPERFUSÃO HEPÁTICA
Ênio Rodrigues VASQUES*, Ana Maria COELHO*, Emílio E. Abdo*, Sandra N. SAMPIETRE*, Eleazar CHAIB*,
Luiz A.C. D‘Albuquerque*, Ivan Cecconello*, José Eduardo Monteiro da CUNHA*

Resumo - Introdução - Isquemia e reperfusão (I/R) são presentes na cirurgia e transplante hepático e o cálcio é um dos fatores de morte celular com o
envolvimento do trocador Sódio-Cálcio (NCX). Fragmentos de heparina como a enoxaparina atuam sobre o NCX no peptídeo inibidor de troca (XIP)
inibindo-o e facilitando a saída do cálcio. Objetivo - Avaliar os efeitos da enoxaparina e fondaparinux em lesões hepáticas secundárias à I/R em ratos.
Material e Métodos - Ratos machos Wistar submetidos à isquemia do pedículo hepático comum dos lobos mediano e lateral por 60 minutos e reperfusão
por 4 horas, em 3 grupos com n=6: Controle: solução salina; Enox: enoxaparina IV (2 mg/kg) e Fond: fondaparinux IV (0,03 mg/Kg), injetados 0,4 ml
na veia peniana, 10 minutos antes da reperfusão. Dosadas alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), após 4h de reperfusão.
Resultados - Diminuição significativa de ALT e AST nos Grupos Enox e Fond em relação ao Controle (p <0,05) e sem significância entre os Grupos Enox
e Fond. Conclusão - A diminuição dos níveis de ALT e AST produzidos pela administração de enoxaparina e fondaparinux em modelo de I/R hepática
sugere proteção hepatocelular, possivelmente por diminuição do cálcio intracelular decorrente da inibição do XIP presente no NCX.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.FIG.O.315
ESTUDO COMPARATIVO DO ESTRESSE CIRÚRGICO AVALIADO PELOS NÍVEIS DE CORTISOL E ACTH
EM PACIENTES SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA E COM EMPREGO SILS PORT
Eduardo Crema*, Juverson Alves TERRA JÚNIOR*, Lidia ABDALA*, Guilherme Azevedo Terra*, Roseli Aparecida da Silva Gomes*,
Aiodair MARTINS Júnior*, Alex Augusto da Silva*

Resumo - Introdução - Após várias modificações técnicas uma nova e única porta de entrada foi descrita pela cicatriz umbilical e denominada de
portal único. Os níveis plasmáticos de ACTH e Cortisol aumentam em consequência de vários tipos de agressões e tem sido utilizado para quantificar
o estresse cirúrgico. Objetivo - Avaliação dos níveis séricos de ACTH e Cortisol em colecistectomia laparoscópica e portal único Sils Port. Metodologia
- Foram estudados 40 pacientes portadores de colelitíase de 18 a 70 anos, sendo 20 pacientes, por sorteio, pertenceram ao grupo laparoscópico e foram
submetidos à colecistectomia. 20 constituíram o grupo com utilização do Sils Port. A avaliação comparativa do ACTH e cortisol no pré-operatório, na
indução, 2, 6, 12 e 24h após o procedimento cirúrgico. Resultados - Observou-se elevação dos níveis de cortisol no momento da indução, 2 e 6h quando
comparado com o pré-operatório em ambos os grupos. Notou-se que às 6h, os níveis médios de cortisol foi significantemente (P < 0,01) maiores no
grupo laparoscópico (18,33 ± 20,28) quando comparado com o grupo SILS PORT (9,38 ± 9,58). Aos níveis de ACTH, nota-se elevação expressiva dos
níveis após 2h do início da cirurgia em ambos os grupos, aumento este estatisticamente significante. Contudo, não significante com a comparação entre
os grupos estudados. Conclusão - O estresse cirúrgico avaliado pelos níveis de Cortisol foi maior na colecistectomia laparoscópica às 6 horas, quando
comparado com o emprego do SILS PORT.

*UFTM, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 137


Cirurgia • Orais

TL.C.FIG.O.316
EVOLUÇÃO DE CIRRÓTICOS COM HDA TRATADOS COM TIPS REVESTIDO
Tércio Genzini*, João William Costa TEIXEIRA*, Regina Gomes dos Santos*, Marcelo Perosa Miranda*, Fernando PECHY*,
Roberta Genaro*, Luiz Francisco ZENI*

Resumo - Introdução - HDA em cirróticos é seguida de elevada mortalidade. Quando a perspectiva futura do paciente é o transplante, o TIPS é uma
alternativa eficaz como tratamento. Materiais e Métodos - Este trabalho analisa a evolução de 30 cirróticos com indicação de transplante que apresen-
tavam HDA como complicação, submetidos a implante de TIPS, com anestesia geral sendo utilizadas próteses revestidas com PTFE no período de
2008 a 2012. 21 homens (70%), com idade média 48 anos, 29 portadores de cirrose hepática (97%) de várias etiologias (VHC 11, criptogênica 6, álcool
4, VHB 2, NASH 2, autoimune 1, VHC + álcool 1, VHC + VHB + VHD 1, VHB + VHD 1) e 1 com Síndrome de Budd-Chiari. MELD pré TIPS
médio 16 (9 a 26), Child-Pugh A 5, B 19 e C 6. Resultados - Num seguimento de 3,4 anos (1 a 10), 4 pacientes apresentaram recidiva da HDA (13%), 3
pacientes evoluíram a óbito (10%), 18 foram inscritos em lista de espera para TF (60%), dos quais 8 (44%) alcançaram o Tx. O MELD após o TIPS foi
de 18 (9 a 36), Child A 6, B 17 e C 7. 9 (30%) pacientes apresentaram encefalopatia após TIPS.5 pacientes encontram-se bem (17%), sem recidiva e sem
necessidade de TF. Conclusão - Apesar das inovações, o caráter não seletivo do desvio de fluxo hepático induzido pelo TIPS piora a função hepática e
leva à necessidade de TF. Apenas 17% dos pacientes mantiveram-se sem recidiva e sem necessidade de TF, indicando que o TIPS deve ser indicado em
pacientes com perspectivas de TF.

*Hospital da Beneficência Portuguesa, São Paulo.

TL.C.FIG.O.317
INCIDÊNCIA DE CARCINOMA INCIDENTAL DE VESÍCULA BILIAR NOS PACIENTES SUBMETIDOS À
COLECISTECTOMIA DE URGÊNCIA
Marina Gabrielle Epstein*, Luiz Vagner Sipriani Junior*, Adriano Sampaio*, Diego Garcia*, Mauricio Rocco de Oliveira*,
Stephanie SANTIN*, Murillo de Lima Favaro*, Marcelo Augusto Fontenelle RIBEIRO JUNIOR*

Resumo - Objetivo - Avaliar a incidência de neoplasia de vesícula biliar incidental, em pacientes submetidos à colecistectomias por colecistite aguda
Método - Foram avaliados, prontuários e anatomopatológicos das colecistectomias realizadas entre setembro de 2009 a março de 2012, no Hospital Dr.
Moyses Deutsch. A análise dos dados obtidos foi pelo SPSS Statistics versão para Windows 20.0.0. O teste estatístico aplicado às tabelas de contingência
foi o qui-quadrado, enquanto as variáveis contínuas com distribuição normal foram comparadas pelo teste t de Student não pareado. Resultados - Fo-
ram realizadas 434 colecistectomias de urgência. Trezentas e vinte e quatro pacientes eram do sexo feminino e cento e dez do sexo masculino. Em todos
os casos a colelitíase estava presente. Foram identificados 5 casos de carcinoma incidental de vesícula biliar. A idade dos pacientes que apresentaram
carcinoma incidental foi estatisticamente superior (p<0,05, p=0,01678) aqueles sem doença maligna (média de 42,2 anos; mediana 40 anos). Quando
comparamos o grupo de pacientes com menos de sessenta anos ao grupo de pacientes com sessenta anos ou mais, observamos uma incidência de 3,75%
de carcinoma incidental no grupo dos pacientes mais velhos, estatisticamente superior (p<0,05; p=0,020) a encontrada entre os pacientes com menos de
60 anos de idade (0,58%). Conclusão - A incidência aumenta com a idade, sendo maior em pacientes com mais de 60 anos (3,75%).

*UNISA, São Paulo.

TL.C.FIG.O.318
RELAÇÃO DOSE/NÍVEL DE TACROLIMUS NO TRANSPLANTE DE FÍGADO: ESTUDO PROSPECTIVO E
COMPARATIVO (REJEIÇÃO/INFECÇÃO)
Lucas Souto NACIF*, André Ibrahim DAVID*, Márcio Augusto Diniz*, Alessandra CRESCENZI*, Wellington ANDRAUS*,
Rafael Soares Pinheiro*, Ruy Jorge Cruz*, Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*

Resumo - Introdução - Transplante de fígado é tratamento da doença terminal do fígado, mas acompanha complicações que vem sendo amenizadas.
Objetivo - Correlacionar a relação da dose/nível de tacrolimus nas complicações precoces após os transplantes de fígado. Método - Dados de 44 doentes
transplantados de fígado, de novembro de 2011 a maio de 2013, excluídos doador vivo, fulminante, split e os muito graves. Análise estatística com medidas
descritivas das variáveis e comparativo entre os grupos (infecção x sem; rejeição x sem) através da Análise de Variância (ANOVA) no programa estatístico R,
versão 2.15.1. com p < 0,05. Resultados - Alta prevalência do sexo masculino (68,18%). A idade média de 52,43 (±12,33) e mediana de 55,5 (variação, 19-71).
O tempo médio de internação de 16,1 ±9,32 dias. Causa principal foi cirrose VHC (47,7%). A média do MELD foi de 26,18 ±4,28. Significância estatística
na dose média de tacrolimus entre os grupos com e sem infecção independente do tempo (p=0,001) ou grupo (p<0,001). A dose de tacrolimus e a presença de
rejeição ou não são diferenças na dose média de tacrolimus (p=0,0314) e as médias dos valores de TFG para os grupos com e sem rejeição em todo período
(p=0,0084). Importante diminuição da TFG, quando o nível/dose de tacrolimus aumentou mais do que 10 ng/ml. Conclusão - A dose/nível de tacrolimus,
quando o valor médio foi acima de 10 ng/ml, mostrou piora da função renal, evitando a rejeição celular aguda, mas com mais infecção.

*FMUSP, São Paulo.

138 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.FIG.O.319
TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Ivan Dias CAMPOS JUNIOR*, Ilka FSF Boin*, Jazon RS Almeida*, Carmem S. P. Lima*, Elaine Cristina Ataide*

Resumo - Atualmente o transplantehepático (TXH) é a principal opção para doentes com cirrose hepática associada ao CHC, com potencial de cura
para ambas as doenças. O objetivo foi analisar a intenção de tratamento em neoplasia de fígado nos último 17 anos. Método - Trata-se de um estudo re-
trospectivo analítico transversal em pacientes com diagnóstico de CHC acompanhados no período de 1996 a 2013. A amostra foi retirada dos pacientes
do ambulatório da Unidade de TX -Unicamp. 1722 pacientes que deram entrada no ambulatório 367 pacientes tinham diagnóstico de CHC, dos quais
54 não foram adicionados à lista de espera para o TX de fígado por apresentarem critérios que os excluíram. Foram analisados o número de pacientes
submetidos a transplante, os que ainda permanecem ativos na lista e os que foram retirados por drop out e a sobrevida dos mesmos ao final do 3.o e
10.o ano de avaliação pelo método de Kaplan-Meier. Resultados - Dos 1668 pacientes listados, 313 eram CHC sendo 148 deles foram submetidos a TXH
63 realizaram hepatectomia, 95 foram removidos por condições clinicas, óbito ou outras e 7 pacientes continuaram ativos. A média de idade foi de 58,4
anos; 82,2% eram homens. A sobrevida pós-TX foi de 65% (3 anos) e 48.6% (10 anos), enquanto para os pacientes em lista de espera foi de 30% e 7,03%.
O tempo médio de espera em lista de TXH foi 6 meses. Conclusão - O TXH se mostrou excelente alternativa para os pacientes com CHC, aumentando
assim a sobrevida desses pacientes

*Unicamp, São Paulo.

TL.C.MIS.O.320
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DA COLEDOCOLITIASE RESIDUAL
Guilherme Andrade Lemes*, Raquel Mamedes dos Santos*, Berivaldo Dias Ferreira*, Lucio Kenny Morais*,

orais • miscelãnea
Claudemiro QUIREZE Junior*, Felix Andre Sanches Penhavel*, Matheus Castrillon Rassi*,
Edmod Raymond Le Campion*

Resumo - A coledocolitíase residual representa grande desafio na avaliação diagnóstica e proposta terapêutica. Neste contexto, realizamos estudo
retrospectivo com o objetivo de avaliar critérios clínicos, laboratoriais e métodos de imagem para o seu diagnóstico; avaliar o resultado do tratamento
através de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos, bem como a ocorrência de complicações e sua repercussão no período de internação. Foram estu-
dados 49 (quarenta e nove) pacientes portadores de coledocolitíase residual internados na Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Goiás, no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2012. Foram incluídos pacientes submetidos previamente a
colecistectomia, nos quais o diagnóstico de coledocolitíase foi feito posteriormente (pela não realização de colangiografia trans-operatória) ou no pró-
prio curso da colecistectomia, porém postergando-se o tratamento. Pudemos concluir: a maioria dos pacientes portadores de coledocolitíase residual
tem como sintoma principal a icterícia; a ultra-sonografia não é um método diagnóstico eficaz, uma vez que demonstrou alteração de via biliar em cerca
de 50% dos pacientes; tanto o procedimento endoscópico como o cirúrgico mostraram alto índice de clereance da via biliar (acima de 90%), sendo a
morbidade baixa e mortalidade nula em ambos os procedimentos; o período de internação foi menor quando o procedimento endoscópico foi realizado

*UFG, Goiás.

TL.C.MIS.O.321
AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA CARDÍACA E ÍNDICES PONDERAIS APÓS BYPASS GÁSTRICO
EM Y-DE-ROUX: MODELO EXPERIMENTAL
Silas ROCHA Neto1, Carlos Henrique TOLEDO NETTO1, Edson Gomes Silva1, Lucas Junior Barbosa de Oliveira2, William Adalberto
Silva3, Philipi Coutinho de Souza3, Nádia Fátima Gibrim Pereira Dias4, Maria Cristina Costa RESCK2,3

Resumo - Objetivos - Avaliar a cirurgia bariátrica à perda de peso seguido da avaliação morfológica da parede ventricular e estudo do índice de massa
cardíaca. Metodologia - Trinta ratos Wistar, machos, com 27 dias de idade e peso 100±50g foram submetidos à dieta hiperlipídica por 5 semanas. No
ato operatório seu peso é de 350±50g. A pesquisa foi aprovada pelo CEUA sob o nº 31A. Os animais foram divididos em um grupo controle (n=15),
após jejum e sob anestesia foram submetidos à manipulação gástrica e intestinal. No grupo operado (n=15), foram submetidos à gastrectomia parcial
com derivação jejuno-ileal em Y-de-Roux. Os animais foram pesados semanalmente e eutanasiados após 90 dias. O coração foi coletado e pesado. O
ventrículo esquerdo foi isolado e pesado para a morfometria de sua parede. Foi feita coleta de sangue para avaliação do perfil lipídico. Resultados - O
grupo operado apresentou um peso médio cardíaco de 1,18 g e do VE 0,69g. No grupo controle o peso médio do coração foi de 1,41g, e do VE 0,94g.
A morfometria da parede do VE revelou uma espessura 19% maior no grupo controle. O perfil lipídico expresso em mg/dL revelou valores médios de
CT 78, TG 102 e HDL 44, para o grupo operado; o grupo controle mostrou CT 77, TG 106 e HDL 56. O grupo controle apresentou um ganho de peso
23% maior que o operado. Conclusões - A cirurgia bariátrica reduz o peso do animal, diminui a espessura da parede ventricular e aproxima o índice de
massa cardíaca ao padrão fisiológico.

1
Universidade José do Rosário Vellano, 2 Unifenas, Minas Gerais. 3Unicamp, 4Unip, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 139


Cirurgia • Orais

TL.C.MIS.O.322
EFEITO DA LAVAGEM DA CAVIDADE PERITONEAL COM SOLUÇÕES SALINAS A 0,9% E A 3% NA
INJÚRIA PULMONAR PRECOCE DE GERBIS COM PERITONITE INDUZIDA
Vinicius Rodrigues Taranto Nunes*, Rafael Calvão Barbuto*, Paula Teixeira Vieira Vidigal*, Guilherme Nogueira PENA*,
Sílvia Lunardi Rocha*, Yuri Lobato Guimarães*, Marcelo Vidigal CALIARI*, Ivana Duval Araujo*

Resumo - Introdução - A lavagem da cavidade peritoneal é amplamente difundida no tratamento da peritonite, no entanto alguns estudos questiona-
ram o seu uso. Objetivo - Avaliar o efeito da lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas a 0,9% e a 3% sobre a injúria pulmonar em gerbis com
peritonite induzida. Método - 34 gerbis machos foram distribuídos nos grupos: Controle (n=9), submetidos à laparotomia no tempo zero, relaparotomia
após 2h, e sacrifício após um total de 6h; Sem lavagem (n=8), submetidos à indução de peritonite por ligadura e punção do ceco (LPC) no tempo zero,
relaparotomia para secagem da cavidade e ressecção do segmento isquêmico após 2h, e sacrifício após um total de 6h; Salina (n=8), submetidos à in-
dução de peritonite por ligadura e punção do ceco (LPC) no tempo zero, relaparotomia para lavagem da cavidade com solução salina morna a 0,9% e
ressecção do segmento isquêmico após 2h, e sacrifício após um total de 6h; e Hipertônico (n=9), submetidos ao mesmo procedimento do grupo salina,
porém utilizando solução salina a 3%. Após a morte, foi coletado o pulmão esquerdo de cada animal para análise morfométrica. Resultados - Nos grupos
salina e hipertônico, houve redução significativa na contagem nuclear média no pulmão quando comparado ao grupo sem lavagem (p<0,01). Conclusão
- A lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas mornas a 0,9% e a 3% tem efeito benéfico na resposta inflamatória sistêmica precoce em gerbis,
modulando e reduzindo a injúria pulmonar.

*Faculdade de Medicina, UFMG, São Paulo.

TL.C.MIS.O.323
RESPOSTA ORGÂNICA AO TRAUMA CIRÚRGICO
Leonardo Parreira Gomide1, Izabella Rezende Oliveira2, Mariana Silva Guimarães2, Gabriel Alves Carrião2, Hermínio Maurício da
Rocha Sobrinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho1, Belisa Tiegs Ferreira1, Djalma Antônio da Silva Junior1

Resumo - Introdução - Resposta ao trauma é o conjunto de alterações hormonais, imunológicas e metabólicas que decorrem após uma situação de
estresse. A agressão cirúrgica desencadeia uma reação neuroimunoendócrina semelhante à encontrada em uma situação de trauma. Esta resposta é
complexa e visa restaurar a homeostase corporal. Objetivo - Demonstrar a importância de se compreender a resposta orgânica ao trauma. Métodos - Re-
visão bibliográfica nas bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE. Discussão - Durante a fase aguda do trauma um grande número de neutrófilos
e leucócitos mononucleares migram em direção ao sítio inflamatório. Neste contexto, sobressaem as citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6)
produzidas pelas células teciduais residentes e pelos monócitos, linfócitos e leucócitos que migram para sítio inflamatório. Estes mediadores induzem
à elevação dos níveis plasmáticos de prostaglandinas, o aumento da síntese de proteínas da fase aguda hepática, o aumento da degradação proteica
muscular e da lipólise sistêmica e estimula a hematopoiese, a geração de fibroblastos e reparação tecidual. Conclusão - A resposta orgânica ao trauma
apresenta importância fundamental em cirurgia e nos ajudar a compreender os sinais clínicos encontrados em pacientes que sofreram uma situação de
estresse. A resposta imune é importante, pois, embora a resposta metabólica ao trauma tenha como princípio básico preservar o organismo, agressões
intensas e descontroladas podem levar o paciente ao óbito.

HSG-GO, 2 PUC-GO, Goiás.


1

TL.C.MIS.O.324
SURGICAL TREATMENT OF IATROGENIC BILIARY INJURY: LESSONS LEARNED OVER A FOURTEEN
YEAR PERIOD
Guilherme Andrade Lemes*, Raquel Mamedes dos Santos*, Talita Soares Viana*, Fernando Correa Amorim*, Lucio Kenny
Morais*, Claudemiro QUIREZE JUNIOR*, Edmond Raymond Le Campion*, Matheus Castrillon Rassi*

Resumo - Iatrogenic bile duct injuries may result in severe patient disability and mortality. This study aimed the evaluation of the clinical features,
diagnostic and definitive surgical treatment. Single-center database review of patients referred for definitive treatment for bile duct injuries during both
laparoscopic and conventional cholecystectomies at HC-UFG from 1998-2012. Variables studied included the classification of the bile duct injury (Bis-
muth), clinical presentation, diagnostic studies, definitive surgical repair and results of the entire hospital care. 32 patients were eligible for this study.
The majority of the cohort consisted of women (92%), and the mean age was 46 years old. The injury occurred mainly during conventional operations
(81%), and intraoperative cholangio gram was not routin ely performed (85%). Clinical features at admission included obstructive jaundice (85%), exter-
nal biliary fistula (12%), internal biliary fistula (23%) and septic shock (35%). Imaging prior to definitive repair included CT scans (46%), ERCP (27%),
USG (27%), MR (3,8%). Accordingly to Bismuth, the lesions were classified as B1(7,7%), B2(53,8%), B3(23%), B4(11,5%) and B5(3,8%). Associated
lesions included right hepatic artery ligation in two patients (7,6%). Definitive repair consisted of choledocal-doudenal anastomosis (7,7%) and Roux en
Y hepático-jejunoanastomosis (92,3%)and mortality was 3,8%. Conclusion - Operative cholangiograms may not prevent the accident.

*UFG, Goiás.

140 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.MIS.O.325
SURGIMENTO DE HÉRNIAS APÓS PROCEDIMENTOS INVASIVOS
Gabriel Alves Carrião1, Izabella Rezende Oliveira1, Mariana Silva Guimarães1, Leonardo Parreira Gomide2,
Mayse Meireles de Azeredo Coutinho2, Belisa Tiegs Ferreira2, Antenor COUTO Neto2,
Fernando Correa Amorim3

Resumo - Introdução - O surgimento de hérnias após procedimentos invasivos se trata em particular da hérnia incisional. Esta consiste no abaulamen-
to ou protusão provocada pela saída de vísceras abdominais, geralmente omento, alças intestinais ou cólon, através de pontos de fraqueza da parede
abdominal em linhas de sutura de cirurgias anteriores. Objetivo - Verificar o surgimento de hérnias após procedimentos invasivos. Método - Revisão
integrativa da literatura, realizada em junho de 2013, baseada em buscas nas bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultado - Ao contrário
das demais hérnias que ocorrem em pontos naturais da parede abdominal, as hérnias incisionais ocorrem em pontos previamente hígidos que foram
enfraquecidos por cirurgia ou trauma, tanto em adultos como em crianças. Entre 2% a 11% dos pacientes submetidos à laparotomia podem desenvolver
hérnias incisionais. Estas aparecem insidiosamente geralmente no primeiro ano após a cirurgia e aumentam progressivamente se não tratada cirurgica-
mente. Entre as principais causas e fatores de risco encontram-se: incisão incorreta, fios de absorção muito rápida, fechamento sob tensão, nós inade-
quados, tecidos enfraquecidos, paciente obeso e tabagista. É importante o tratamento precoce para diminuir chances de recorrências. Conclusão - Dessa
forma, é necessário fazer a escolha adequada da incisão, ter cuidados de antissepsia e antibioticoprofilaxia, realizar drenagens em contra-abertura e
evitar esforços da parede abdominal.

1
PUC-GO, 2HS-GO, 3 HC-GO, Goiás.

TL.C.MIS.O.326
THE MANAGEMENT OF SYMPTOMATIC CHOLELITHIASIS DURING PREGNANCY
Higor Chagas Cardoso*, Talita Soares Viana*, Fernando Correa Amorim*, Lucio Kenny Morais*,
Claudemiro QUIREZE JÚNIOR*, Raquel Mamedes dos Santos*, Felix Andre Sanches Penhavel*,
Carlos Costa Neves*

Resumo - Background - The management of symptomatic cholelithiasis during pregnancy remains controversial. We compared outcomes after medi-
cal versus surgical management of biliary tract disease in pregnant patients. METHODS: We reviewed the clinical course of patients with symptomatic
cholelithiasis during pregnancy from April 1998 to December2008 at university hospital. Results - twenty-six women pregnancies were admitted with
biliary tract disease. Of the 16 women who presented with symptomatic cholelithiasis, 10 underwent surgery while pregnant. There were no deaths,
preterm deliveries, or intensive care unit admissions. Six patients were treated medically. Their clinical courses were complicated by symptomatic in 10
patients (100%), by labor induction to control biliary colic (8 patients), and by premature delivery in 1 patients. Each relapse in the medically managed
group accounted for an additional ten days in hospital. Conclusion - Surgical management of symptomatic cholelithiasis in pregnancy is safe, decreases
days in hospital, and reduces the rate of labor induction and preterm deliveries

*UFG, Goiás.

TL.C.OBE.O.327
ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL DO RISCO CARDIOVASCULAR ANTES E APÓS TRATAMENTO
CIRÚRGICO DA OBESIDADE MÓRBIDA

orais • obesidade
Marco Aurélio Santo*, Tainá Curado Gomes de Barros*, Richard Moraes*, Miwa FUKUMOTO*,
Newton KANASHIRO*, Mario HATTORI*, Alan Garms Marson*, Roberto de Cleva*

Resumo - A perda de peso após a gastroplastia reduz o risco cardiovascular. O objetivo do presente estudo foi avaliar o risco cardiovascular por meio
da relação TG/HDL-c antes e após o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Casuística e métodos - Retrospectivamente, 700 pacientes operado no
período de 2007 a 2012. Foi calculada a razão TG/HDL-c nos seguintes períodos: I: (6 a 12 meses), II: (12 a 24 meses) e III: (24 a 36 meses). Considerados
pacientes de risco homens e mulheres que apresentaram essa razão maior ou igual a 3,5mg/dl e 2,5mg/dl, respectivamente. Resultados - A razão TG/HDL
foi calculada em 117 pacientes masculinos no período pré-operatório (7,1 + 3,7), sendo que 62 (53%) apresentaram a razão ≥ 3,5mg/dl. Na fase I apenas
7 (13,5%) dos 52 pacientes estudados apresentavam a razão ≥ 3,5 mg/dl (p<0,001). Dos 35 fase II, apenas 5 (14,3%) apresentaram a relação ≥ 3,5 mg/dl
(p<0,001). Na fase III, apenas 4 pacientes (18,2%) apresentaram a razão ≥ 3,5mg/dl (p<0,05). Das 498 pacientes estudadas no período pré-operatório,
280 (56,2%) apresentaram a razão TG/HDL ≥ 2,5 mg/dl. Na fase I apenas 47 (17,9%) das 263 pacientes analisadas mantinha a relação ≥ 2,5 mg/dl
(p<0,001). Das 192 na fase II, apenas 26 (13,5%) apresentaram a relação ≥ 2,5mg/dl (p<0,001). Das 114 no na fase III, apenas 13 (11,4%) mantinham a
razão ≥2,5 mg/dl (p<0,001). Em suma a cirurgia bariátrica determina redução significativa da relação TG/HDL, e, portanto, da resistência à insulina e
RCV em obesos mórbidos

*HC-FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 141


Cirurgia • Orais

TL.C.OBE.O.328
ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL INDUZIDA POR DIETA DE MUITO BAIXO VALOR CALÓRICO
NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
Marco Aurelio Santo*, Marcela Serafim*, Veruska SCABIN*, Flavia Arantes Ximenes*, Aline Biaseto BERNHARD*, Mitsunori
MATSUDA*, Paulo ENGLER*, Roberto de Cleva*, Flavio Masato KAWAMOTO*

Resumo - Introdução - O impacto da dieta hipocalórica na modificação da composição corporal ainda é pouco conhecido. O objetivo é avaliar a
alteração da composição corporal de pacientes obesos, no pré-operatório de cirurgia bariátrica, após dieta de muito baixo valor calórico. Casuística e
Métodos - Foram avaliados 101 pacientes obesos internados para realização de cirurgia bariátrica. Receberam dieta de muito baixo valor calórico, em
média de 600 ou 6 kcal/Kg peso atual/dia, desde a admissão hospitalar até a véspera da cirurgia. A avaliação nutricional foi realizada no primeiro dia
de internação e um dia antes da cirurgia, considerando-se o peso, altura, IMC e as alterações de gordura corporal, avaliada por bioimpedância elétrica
(BIA). Resultados - 78 pacientes (78%) eram do sexo feminino, com idade média de 45,3±12,0 anos. Foram acompanhados durante um período médio de
9,5 ± 1,2 dias. A média de peso e IMC inicial foram de 126,95 ± 21,91kg e 47,8 ± 6,0kg/m², respectivamente, e final de 122,77 ± 21,23kg e 46,36 ± 5,98 kg/
m². A perda ponderal (PP) média foi de 4,56±1,7 kg (4%) e houve redução média de 1,45 ± 1,0kg/m² no IMC. A média inicial e final de gordura corporal
(GC) foi de 65,5 ± 15,1kg (51,3 ± 6,2%) e 60,8± 15,4 kg (49,0 ± 7,4%), com uma redução média de 4,8kg (2,4%). Conclusão - A dieta de muito baixo
valor calórico, instituída por período curto em preparo pré-operatório de cirurgia bariátrica, embora não proporcione redução ponderal significativa,
determina redução principalmente da massa gordurosa.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.O.329
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ÓLEO DE PALMA E
GLUTAMINA EM DIABÉTICOS TIPO 2
Eduardo Crema*, Juliana Máximo Coutinho*, Juverson Alves Terra Junior*, Raissa PORTA*, Luciana Garcia Pereira CASTRO*,
Critsthiene Inácio Fernandes*, Alex Augusto da Silva*

Resumo - Introdução - A glutamina eo óleo de palma são estímulos eficazes à produção de GLP-1. Objetivos - Avaliar o efeito da administração do
óleo de palma e glutamina através da composição corporal em DM2 submetidos à interposição ileal. Metodologia - 17 pacientes submetidos à interpo-
sição ileal com exclusão duodenojejunal há pelo menos 2 anos, com idade média de 51,6 anos (31-60), com diagnóstico de DM2, avaliados nutricional-
mente antes e após a administração por via oral de 9,1g/dia de óleo de palma e 10g de glutamina. Resultados - A Circunferência Abdominal (CA) foi
de 102,21 e 100,52 pré e pós estímulo, respectivamente queda de 1,66%. Houve um aumento de peso de 0,7% após a ingesta (72,65kg) em relação a pré
ingesta (72,2kg). O IMC médio foi de 27,23 e 27,41 antes e após a ingesta, respectivamente, o aumento de 0,7%. A massa corporal magra em kg antes
e depois da administração respectivamente foi de 49,64kg e 51,11kg, aumento de 2,88%. A média % corpóreo de massa magra antes e após, respectiva-
mente, foi de 67,86% e 70,03%, portanto um aumento de 2,17%. A média de massa gorda em kg antes e após a ingesta, respectivamente, foi de 23,32kg
e 22,45kg, diminuição de 3,73%. A média % de massa gorda antes e após a ingesta, respectivamente, foi de 32,48% e 30,85%, queda de 1,63%. Conclu-
são - A administração de óleo de palma e glutamina por 60 dias foi útil no aumento da massa magra e redução da massa gorda dos DM2 submetidos à
interposição ileal sem ressecção gástrica.

*UFTM, Minas Gerais.

TL.C.OBE.O.330
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS MÓRBIDOS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
BIA E IAC
Marco Aurelio Santo*, Aline Biaseto BERNHARD*, Veruska SCABIN*, Marcela Serafim*, Denis PAJECKI*, Daniel RICCIOPPO*,
Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Existem controvérsias quanto à metodologia utilizada para medir a composição corporal. Existem dois métodos validados para
essa população na literatura, a bioimpedância elétrica (BIA) e o índice de adiposidade corporal (IAC). O presente estudo teve por objetivo comparar as
duas metodologias em obesos mórbidos. Casuística e Métodos - Foram avaliados 167 indivíduos obesos, 82,59% do sexo feminino, idade média de 44 anos
e IMC médio de 49,48kg/m2. Dados registrados: peso, altura, e circunferência do quadril. A gordura corporal foi determinada pela BIA e pelo IAC. Resul-
tados - Os pacientes tiveram uma média de 53,35% (±5,37) de gordura corporal segundo a BIA e 50,51% (±13,59) segundo o IAC. A diferença entre os dois
métodos não foi significativa. A porcentagem de gordura corporal determinada pelo IAC foi 2,84% menor que a encontrada na BIA. Essa diferença variou
quando o IMC foi dividido em três faixas: abaixo de 45kg/m2 foi de 3,1%, entre 45,1 a 49,99kg/m2 a diferença foi de 3,78%, e acima de 50kg/m2 a diferença
foi de 1,86%. Do mesmo modo, não houve diferença significativa entre os métodos. Conclusão - O IAC é um bom método para avaliar a gordura corporal
em obesos mórbidos pela simplicidade de cálculo, baixo custo e resultados similares aos obtidos pela BIA, especialmente em superobesos (IMC>50kg/m2).

*HC-FMUSP, São Paulo.

142 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.OBE.O.331
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PACIENTES OBESOS IDOSOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Marco Aurélio Santo*, Ana Lumi LAMAJI*, Denis PAJECKI*, Daniel RICCIOPPO*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Roberto de Cleva*, Wilson Jacob*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Obesidade em idosos está associada com exacerbação do declínio funcional. O objetivo do estudo é descrever o perfil de
pacientes obesos graves idosos para cirurgia bariátrica Casuística e métodos - Pacientes com idade superior a 60 anos e IMC > 35Kg/m² foram subme-
tidos à avaliação clínica geriátrica, com análise de co-morbidades, uso de medicamentos, presença de dor, atividades diárias de vida (ADL), atividades
instrumentais diárias de vida (IADL) e teste “Timed Up and Go”(TUG), cujo tempo limite foi considerado até 10 segundos. Resultados - Avaliados 60
pacientes, com média de idade de 64,1 anos (60 a 72), sendo 75% mulheres. A média do peso foi de 121,1 Kg (72,7 a 204) e do IMC de 47,2 Kg/m² (35 a
68,9). Cerca de 80% dos pacientes tinham IMC > de 40 Kg/m² e quase a metade (47,5%) relatavam alguma dificuldade na IADL. 31 pacientes queixavam-
-se de dor diária. o TUG esteve comprometido (> de 10 segundos) em metade dos pacientes e 10 pacientes (25%) necessitavam de algum auxílio mecânico
para caminhar. Houve correlação entre IMC e comprometimento das atividades diária (IMC > de 47 kg/m²). Também identificou-se associação entre
comprometimento da IADL e TUG (p<0,05), bem como da IADL e queixa de dor diária (p<0,05). Conclusão - A prevalência de limitação funcional em
pacientes obesos graves idosos é alta, assim como a queixa de dor diária. O comprometimento funcional deve ser considerado como co-morbidade na
análise da indicação para cirurgia bariátrica.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.O.332
CIRURGIA REVISIONAL PARA O TRATAMENTO DE REGANHO DE PESO APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA
EM Y DE ROUX (DGYR)
Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Elióbas NUNES Filho*, José Guido Corrêa de ARAÚJO JÚNIOR*,
Josemberg Marins Campos*, Edmundo Machado Ferraz*, Clarissa Guedes NORONHA*, Thiago Xavier de Barros Correia*

Resumo - Objetivo - Avaliar os resultados de técnicas de cirurgia revisional para reganho de peso após Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR).
Material e Métodos - Análise retrospectiva de 29 pacientes que apresentaram reganho do peso após cinco anos do by-pass gástrico, submetidos a quatro
diferentes tipos de cirurgia revisional. 9 pacientes se submeteram a um aumento no comprimento da alça alimentar para 200 cm; 13 pacientes foram
submetidos ao aumento do comprimento da alça alimentar associado a colocação de anel gástrico de silicone, 2 pacientes foram submetidos ao aumento
do comprimento da alça alimentar e plicatura gástrica e 5 pacientes à plicatura gástrica associada à colocação de um anel gástrico de silicone. Resultados
- A maioria dos pacientes era do sexo feminino e a idade média foi de 42 anos. O peso médio pré-operatório antes da cirurgia revisional foi 117,8 kg. A
média de acompanhamento pós-operatório da cirurgia revisional foi de 13,7 meses. Perda de peso após a cirurgia de revisão foi observada em todos os
grupos, mas foi maior em pacientes com maior tempo de seguimento. Pacientes que se submeteram a colocação de um anel de silicone apresentaram
maior perda de peso do que aqueles que o tinham desde a derivação gástrica em Y de Roux. Conclusão - A cirurgia revisional pode ser uma ferramenta
útil para alcançar a perda de peso em pacientes que apresentam reganho de peso após bypass gástrico.

*HC-UFPE, Pernambuco.

TL.C.OBE.O.333
CORRELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE DE CAMINHAR E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS
MÓRBIDOS
Marco Aurélio Santo*, Gabriela Correia de Faria SANTARÉM*, Alexandre Vieira Gadducci*, Paulo Roberto Silva*, Júlia Greve*,
Aline Biaseto BERNHARD*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - A obesidade está associada a uma redução na mobilidade do indivíduo. Estudos clínicos vêm demonstrando uma relação ne-
gativa entre o índice de massa corporal (IMC) e a distância no TC6’ (DTC6). O objetivo do presente estudo foi correlacionar a capacidade de caminhar
através do TC6’ em pacientes obesos mórbidos (OM) com a composição corpórea (massa magra corporal = MMP, massa de gordura corporal = MGP,
massa magra de membros inferiores = MMP_MI e massa de gordura de membros inferiores = MGP_MI, em valores percentuais) no pré - operatório
de cirurgia bariátrica. Casuística e Metodologia - Foram avaliados 89 indivíduos com indicação de cirurgia bariátrica, sendo 78,65% do sexo feminino,
com idade média de 40,87 ± 9,6 anos e IMC médio de 47,12 ± 5,50 kg/m2. A capacidade funcional foi avaliada pelo TC6’ e a composição corporal pela
bioimpedância (Inbody®), onde as variáveis da composição corporal foram corrigidas pelo peso corporal (%). Resultados - A média da DTC6 (m) foi
de 517,47 ± 50,56. O sexo masculino apresentou uma DTC6 maior (p < 0,01) que o feminino (548,62 ± 45,77 m e 509,02 ± 48,73 m, respectivamente). O
grupo superobeso (SO) apresentou DTC6 menor (p < 0,01) que o grupo obeso (O) (IMC: 40 a 49,9 kg/m2) (SO: 495,47 ± 58,89 m e O: 527,06 ± 43,62 m).
Conclusão - Observou-se uma DTC6 menor em superobesos que em obesos. A MGP e a MGP_MI determinam menor desempenho funcional enquanto
que MMP e MMP_MI estão diretamente relacionadas a maior capacidade funcional em OM.

*HC-FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 143


Cirurgia • Orais

TL.C.OBE.O.334
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Sérvio Lúcio Dainese NEGRINI*, Caroline Nicolau NARDI*, Victor Arrais Araújo*, Guilherme Garcia
Barros*, Douglas Rodrigues da COSTA*, Denis PAJECKI*, Roberto de Cleva*

Resumo - Introdução - A hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem associação com a obesidade. O objetivo do estudo foi avaliar se o diagnóstico
e tratamento da HAS em pacientes com obesidade mórbida (OM) são realizados de acordo com as diretrizes propostas pela Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Casuística e Metodologia - 134 pacientes obesos mórbidos e com HAS. A avaliação foi feita através de anamnese com questionário de 34
perguntas. Resultados - Foram analisados 134 questionários respondidos. 82,1% sexo feminino, com idade média de 47,0. O IMC variou de 35 a 76 kg/
m2. Em relação ao preparo do paciente para mensuração da pressão arterial (PA), 59 (44%) não receberam orientação adequada, 24 (17,9%) não manti-
veram repouso prévio, 41 (30,6%) não foram orientados a não conversar, 78 (58,2%) não foram questionados quanto a prática de atividade física antes
da medida, 85 (63,4%) não foram questionados quanto a ingestão prévia de café, álcool ou alimentos, 77 (57,5%) não foram questionados quanto a não
ter fumado previamente à aferição da PA. Em relação à medida da PA, 20 pacientes (14,9%) não assumiram posicionamento adequado; em 104 (77,6%)
não foi realizada a medida da circunferência do braço para escolha do manguito adequado; em 112 (83,6%) não foi realizada mais de uma medida em
ambos os braços e na posição ortostática e supina. Conclusão - O diagnóstico e tratamento medicamentoso de HAS não estão seguindo as normas con-
templadas nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.O.335
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ÓLEO DE PALMA E GLUTAMINA SOBRE O GLP1 E GLICEMIA
EM PACIENTES DIABÉTICOS TIPO 2 SUBMETIDOS A INTERPOSIÇÃO ILEAL DUODENOJEJUNAL SEM
RESSECÇÃO GÁSTRICA
Eduardo Crema*, Juliana Máximo Coutinho*, Tharsus Dias TAKEUTI*, Guilherme Azevedo Terra*, Luci Mara da Silva*

Resumo - Introdução - A cirurgia bariátrica induz perda de peso e melhora da glicemia em DM tipo 2. O óleo de palma está associado a aumento da secre-
ção do GLP-1 e aumento do aporte celular de glicose. Objetivo - Avaliar o efeito da administração do óleo de palma e da glutamina sobre os níveis séricos de
GLP1, PYY e da glicemia em DM tipo 2. Metodologia - Avaliou-se prospectivamente 20 pacientes DM 2 há mais de 3 anos, e insulinoterapia, submetidos à
cirurgia com interposição do segmento ileal de 100 cm, sem ressecção gástrica, idade 18 a 60 anos, e IMC 26 a 34. Os estímulos usados foram administração
oral 9,1g/dia de óleo de palma e 30 g/dia de glutamina. Resultados - Observou-se redução da glicemia 1h (170,79), e 2h (161,91), após a glutamina. Os va-
lores basais do GLP-1 foram detectáveis mesmo antes do estímulo, sendo muito superiores aos valores normais. Observou-se também a elevação dos níveis
de GLP-1 após 1h do estímulo com óleo de palma (17,79), quando comparado com os basais (13,96). Notou-se também a elevação expressiva dos valores
médios de GLP-1 após uma hora do estímulo com glutamina (151,92), quando comparados com os basais (28,52). Valores estes que permaneceram eleva-
dos até 2h após o estímulo (31,43). O mesmo foi observado com a elevação do PYY após 1h (404,22) e 2h (412,55) do estímulo quando comparado com os
basais (346,33). Conclusão - Os estímulos (óleo de palma e glutamina) foram úteis na redução da glicemia e elevação dos níveis dos hormônios GLP-1 e PYY.

*UFTM, Minas Gerais.

TL.C.OBE.O.336
ESTEATO HEPATITE NÃO-ALCÓOLICA EM PACIENTES PRÉ E PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA
ATENDIDOS NOS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA DE PALMAS - TO
Danilo Lopes Castro*, Bethânia Luciana dos Santos*, Lais de Souza Meireles*, Flávio Mendes de FREITAS*,
Diogo Veiga GARBELINI*, Fernanda Germano Melo*, Karla patrícia CARVALHO NOLETO*, Jorge Luiz de Mattos ZEVE*

Resumo - Introdução - A esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) é a terceira causa de doença hepática crônica mais frequente nos EUA, superada pela
hepatite C e a doença hepática alcoólica. Objetivos - Investigar as variáveis biológicas, laboratoriais, imaginológicas, hábitos de vida e abordagem terapêutica
empregada nos pacientes portadores de EHNA pré e pós cirurgia bariátrica (CB) no Município de Palmas-TO. Casuística - Pacientes submetidos à CB, com
evidência clínica, laboratorial e imaginológicas de EHNA; excluindo-se aqueles com consumo semanal de álcool maior que 140g (homens) e 70g (mulheres),
infecções e outras doenças hepáticas. Metodologia - Corresponde a um estudo quantitativo, descritivo, longitudinal e prospectivo, no período de 2013 a 2014,
por meio da aplicação de um protocolo e análise histopatológica de tecido hepático. As variáveis serão analisadas através de programas digitais de estatística,
aceitando-se grau de significância p<0,5. Resultados - Estão sendo analisados 14 pacientes, dos quais 92,9% são do sexo feminino, 78,6% possuem entre 21
a 40 anos e 42,9% nunca tiveram hábito etilista. Dos casos, 78,6% não apresentam diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial sistêmica e não realizam ati-
vidades físicas. O IMC de 92,9% dos casos são maiores que 40 e 71,4% não apresentam dislipidemia. 50% dos pacientes apresentam esteatose de moderada
a grave. Conclusão - Ainda não concluído, resultados parciais mostram grave incidência de esteatose com padrões voltados para EHNA.

*Universidade Federal do Tocantins, Tocantins.

144 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.OBE.O.337
MARCADORES NÃO INVASIVOS PARA PREDIÇÃO DE FIBROSE AVANÇADA/CIRROSE HEPÁTICA NA
OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Lívio Fiolo DUARTE*, Milton CRENITE*, Claudia Marques de Oliveira*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Denis PAJECKI*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - A obesidade mórbida (OM) está associada coma doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). O objetivo deste estudo
foi determinar se os testes não invasivos poderiam predizer doença hepática avançada em pacientes com obesidade mórbida. Casuística e Métodos - Foram
estudados retrospectivamente 652 pacientes obesos. Foram calculados os seguintes índices preditores de cirrose: APRI, AAR, índice AP, CDS e HALT-C.
Os resultados obtidos com os índices foram comparados com os resultados de 96 biópsias hepáticas realizadas por indicação clínico-cirúrgica durante o
ato operatório. As biópsias foram classificadas segundo Brunt. Resultados - Tabela 1 - Estádio das biópsias hepáticas Estadio Indivíduos 0 54 (56,25%) 1 27
(28,12%) 2 6 (6,25%) 3 2 (2,08%) 4 4 (4,166%) Nesta análise estatística compararam-se os dados dos diversos marcadores (APRI, AAR, índice AP, CDS e
HALT-C) associados aos 5 níveis de estadiamento (pela biópsia hepática). Observaram-se características comuns nos estadiamentos 0,1 e 2 (doença em es-
tágio inicial/moderado) e nos estadiamentos 3 e 4 (doença avançada). Conclusão - Concluímos que APRI é o melhor índice clínico-laboratorial para predizer
presença de doença hepática avançada em pacientes com obesidade mórbida. Valores de APRI abaixo de 0,51 afastam fibrose avançada ou cirrose (estádios
3 e 4 de Brunt) com sensibilidade de 100% e especificidade de 98% (com valor preditivo positivo de 75% e valor preditivo negativo de 100%).

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.O.338
ANÁLISE CLÍNICO-PATOLÓGICA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS TUMORES NEUROENDÓCRINOS
DO PÂNCREAS: RESULTADOS PRELIMINARES

orais • Pâncreas
Thiago Costa Ribeiro*, Ricardo JUREIDINI*, Telesforo Bacchella*, Ana Gabriela Vivarelli Fernandes*, Jéssica OKUBO*,
Guilherme Naccache Namur*, Ivan CECONNELLO*, Estela Regina Ramos Figueira*

Resumo - Introdução - Tumores neuroendócrinos de pâncreas (TNP) são tumores raros de apresentação heterogênea. O tratamento das lesões de
potencial maligno incerto e a associação do tamanho do tumor com sobrevida ainda são controversos. O objetivo do estudo é avaliar os resultados do
tratamento cirúrgico. Métodos - Estudo retrospectivo, sendo incluídos pacientes com TNP que foram submetidos à ressecção do tumor entre 1990 a
2012. Parâmetros avaliados: idade, sexo, diagnóstico, cirurgia, tamanho do tumor e tempo de seguimento. Resultados - Foram incluídos 75 pacientes,
57% mulheres, com idade de 45,91 ± 23,22 anos. Foi diagnosticado tumor funcionante em 75% dos casos, sendo 56% insulinomas. As cirurgias foram
pancreatectomia corpo-caudal em 29% dos casos, enucleação em 25%, e DPT ou GDP em 27%. O tempo de seguimento foi de 13,17 ± 7,95 anos. O
tamanho dos tumores foi de 2,0 (0,4 a 16) cm, sendo que os não funcionantes apresentaram diâmetros maiores quando comparados aos insulinomas, 2,0
(0,6 a 3,4) cm e 3,75 (0,5 a 16) cm, respectivamente (p=0,0031). Conclusão - O insulinoma apresentou maior incidência de 56% dos casos, correspondendo
a 75% dos tumores funcionantes. Os tumores não funcionantes apresentam maiores diâmetros na época do tratamento, justificado pelo seu crescimento
mais silencioso e desenvolvimento de sintomas relacionados a compressão de outras estruturas pelo tumor mais tardiamente.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.O.339
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES EM 61 PACIENTES SUBMETIDOS A DUODENOPANCREATECTOMIAS
(DP) – MAIORES OU MENORES? MANEJO CLÍNICO OU CIRÚRGICO?
Rodolfo Santana*, Flávio SILANO*, Eric ETTINGER*, Ricardo Amaral*, Fernanda Lopes*, Carolina ADAN*, Lorena Carneiro*,
Paulo Amaral*

Resumo - Introdução - Ainda não existe consenso em como definir grau de complicações em cirurgia, porém, a avaliação dos resultados está ganhando
cada vez mais atenção. Objetivo - Estratificar as complicações cirúrgicas das duodenopancreatectomias realizadas pelo serviço de Cirurgia do Aparelho
Digestivo do Hospital São Rafael, Bahia, em maiores ou menores e o seu manejo (clinico ou cirúrgico). Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados
por meio de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente de 2005-2013. Foi utilizado a escala de complicações cirúrgicas em graus de Clavien-
-Dindo. 61 pacientes foram submetidos a DP, 27 (44,26%) do sexo masculino e 34(55,74%) do sexo feminino, com média de idade de 52 anos. As com-
plicações foram divididas em relacionadas ou não ao sítio cirúrgico. Resultados - 30 pacientes (49,1%) apresentaram complicações relacionadas ao sítio
cirúrgico, sendo que 19 (31,1%) pacientes tiveram complicações menores (Clavien I e II), 11(18%) necessitaram reabordagem cirúrgica e destes 4(6,6%)
foram a óbito (Clavien V). 35 pacientes (57,3%) apresentaram complicações não relacionadas ao sítio, dos quais 26(42,6%) apresentaram complicações
menores (Clavien II) e 9(14,75%) dos pacientes apresentaram DMOS (Clavien IV B), destes 2(3,2%) foram a óbito (Clavien V). Conclusão - Apesar da
alta morbidade do procedimento a maioria das complicações foram consideradas menores e foram manejadas clinicamente.

*Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 145


Cirurgia • Orais

TL.C.PAN.O.340
DUODENOPANCREATECTOMIA NA OITAVA DÉCADA DE VIDA
Thiago Costa Ribeiro1, Guilherme Naccache Namur2, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1,
Estela Regina Ramos Figueira1, Telesforo Bacchella1, Ulysses Ribeiro Jr.2, Ivan Cecconello1

Resumo - Introdução - Nas última duas décadas, as melhorias nos cuidados perioperatórios levaram ao aumento do número de duodenopancreatec-
tomias em pacientes extremamente idosos. Objetivo - Comparar os resultados imediatos dos pacientes com mais de 75 anos submetidos a duodenopan-
createctomia com pacientes de menor idade. Método - Foram avaliados retrospectivamente os dados, expressos como médias, dos pacientes submetidos
a duodenopancreatectomia de 01/2009 a 08/2013 no ICESP. Teste T de Student foi utilizado para análise estatística (p < 0,05). Resultados - Total de 87
pacientes foram avaliados, dos quais 10 procedimentos laparoscópicos foram excluídos da análise. Quinze pacientes tinham mais de 75 anos e 62 menos
de 75. Os grupos eram equivalentes ao sexo, IMC e risco anestésico. Os pacientes mais idosos receberam mais transfusões sanguíneas, permaneceram em
média 1,3 dia a mais na UTI e precisaram mais frequentemente de reinternação (35% x 14%), no entanto as taxas de morbi-mortalidade foram iguais
entre os grupos, bem como tempo de internação e radicalidade das ressecções. Conclusão - Duodenopancreatectomia é um procedimento seguro quando
realizado em pacientes extremamente idosos bem selecionados.

HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.


1

TL.C.PAN.O.341
DUODENOPANCREATECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA. EXPERIÊNCIA EM DEZ CASOS
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo JUREIDINI2, Guilherme Naccache NAMUR2, Vagner Birk Jeismann1, Ulysses Ribeiro Jr.2,
Wilson Modesto POLLARA2, Telesforo Bacchella1, Ivan Cecconello1

Resumo - Introdução - A duodenopancreatectomia laparoscópica (DPVL) apresenta alta complexidade técnica e longa curva de aprendizado. Aplicou-se
critérios restritos para indicação do método. Objetivo - Analisar os resultados de 10 casos operados por acesso totalmente laparoscópico. Método - Foram
avaliados os dados pré-operatórios, intraoperatórios e o desfecho imediato de 10 pacientes. Após duas complicações graves, passamos a utilizar critérios
restritos: atrofia pancreática distal, IMC< 30, dilatação biliar e ausência de invasão vascular ou sinais de colangite. Resultados - Não houve conversões.
O IMC médio foi de 23,3 KG/m, oito pacientes eram femininas e a média de idade foi 50 anos. Seis pacientes foram operados por adenocarcinoma de
papila, dois por adenocarcinoma de pâncreas e 2 por tumor de Frantz O tempo cirúrgico médio foi de 515 minutos com perda sanguínea estimada em 100
ml. A média de internação foi de 8 dias com necessidade de reinternação em 3 casos. O único óbito da série foi o primeiro paciente por infarto agudo do
miocárdio no segundo PO. Outras complicações da série: aneurisma de A esplênica (1), fístula pancreática Tipo B (2), fístula biliar (1) e tromboembolismo
pulmonar (1). Até o presente momento não há recidivas. Conclusão - A aplicação de critérios seletivos restritos pode contribuir para a diminuição da
morbidade do procedimento na curva de aprendizado técnico. A DPVL deve ser realizada em centros especializados.

FMUSP, 2Instituto do câncer do Estado de São Paulo.


1

TL.C.PAN.O.342
PANCREATECTOMIA DISTAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Guilherme Naccache Namur2, Vagner Birk Jeismann1,
Ulysses Ribeiro Jr.2, Wilson Modesto POLLARA1, Telesforo Bacchella1, Ivan Cecconello1

Resumo - Introdução - O acesso laparoscópico é considerado padrão para as ressecções pancreáticas distais. Apresenta melhores resultados quanto a
evolução pós operatória e índices de morbidade semelhantes ao acesso convencional. Padronizou-se a dissecção da direita para a esquerda para melhor
dissecção dos vasos esplênicos e linfadenectomia quando indicada. Objetivo - Analisar 77 casos operados conforme abordagem padronizada de dissecção
por acesso laparoscópico. Método - Avaliou-se 77 pacientes submetidos a pancreatectomia distal por videolaparoscopia no Instituto do Câncer do Es-
tado de São Paulo. Resultados - Todos os casos foram submetidos a dissecção do parênquima pancreático proximal à lesão e individualização dos vasos
esplênicos, independente da realização ou não da esplenectomia, com posterior transecção do parênquima pancreático e dissecção distal da cauda. Hou-
ve duas conversões e nenhum óbito na serie. A indicação cirúrgica foi diversa: 35% lesões mucinosas, 15% serosas, 28% por tumores neuroendócrinos e
22% por outras indicações. A esplenectomia foi realizada 53% dos casos. O tempo médio de cirurgia foi de 135 minutos, perda sanguínea estimada em
50 ml e média de oito dias de internação. Conclusão - A pancreatectomia distal videolaparoscópica é um procedimento seguro podendo ser considerado
a via de acesso preferencial em casos selecionados com bons resultados oncológicos e boa evolução pós-operatória.

HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.


1

146 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais

TL.C.PAN.O.343
PANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO. ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA
NO BRASIL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*

Resumo - Objetivo - Apresentar experiência inicial com pancreatectomia laparoscópica com portal único. Segundo nosso conhecimento, trata-se
do primeiro relato do uso desta técnica em cirurgia do pâncreas laparoscópica no Brasil e na América Latina. Métodos - Portal único com cobertura
de gel é introduzido por meio de incisão de 3 cm periumbilical. Procedimento inicia-se com exploração da cavidade com laparoscópio e exame ultra-
-sonográfico do pâncreas. Acesso à retro-cavidade é obtido e o corpo e cauda do pâncreas são totalmente explorados. A porção pancreática contendo o
tumor é ressecada e a peça é retirada pelo portal único. A cavidade é revista e é deixado dreno. Resultados - Nós realizamos esta técnica em 7 pacientes,
sendo 5 mulheres e dois homens. Em cinco casos o baço e os vasos esplênicos foram preservados. Cinco casos de tumor neuro-endócrino, um IPMN e
um cistadenoma mucinoso. O tempo cirúrgico variou de 90 a 180 minutos. Sangramento foi mínimo em todos os casos e todos pacientes receberam alta
entre o segundo e quarto dia pós-operatório. Dois pacientes desenvolveram fístula pancreática grau A, autolimitada, e foram tratados com drenagem
prolongada. Conclusão - Pancreatectomia distal laparoscópica com portal único é procedimento seguro desde que realizado em centros especializados e
por equipes com experiência em cirurgia pancreática e laparoscopia avançada.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.O.344
PANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA. DA ENUCLEAÇÃO À DUODENOPANCREATECTOMIA. 11 ANOS
DE EXPERIÊNCIA
Marcel Autran Cesar Machado1, Fabio Ferrari Makdissi1, Rodrigo Canada Surjan1, Jose Celso ARDENGH1,
Suzan Menasce GOLDMAN2

Resumo - Objetivos - Nossa experiência com ressecção pancreática laparoscópica começou em 2001. O objetivo deste trabalho é rever nossa expe-
riência pessoal de 11 anos com ressecção pancreática laparoscópica. Métodos - Todos os pacientes submetidos a pancreatectomia laparoscópica de 2001
a 2012 foram analisados. Dados pré-operatórios e variáveis intra-operatórias foram analisados. Resultados - 96 pacientes foram identificados. Média
de idade foi de 55 anos. 60 pacientes eram do sexo masculino. 88 foram realizadas por laparoscopia (91,6%),4 necessitaram de auxílio da mão (4,2%) e
uma robótica. Três pacientes foram convertidos. Quatro pacientes necessitaram de transfusão de sangue. A mortalidade foi nula, mas a morbidade foi
alta, principalmente devido a fístula pancreática (28,1%). 61 pacientes foram submetidos a pancreatectomia distal, 18 foram submetidos à enucleação
de pâncreas, 7 duodenopancreatectomias com preservação de piloro, 5 ressecção do processo uncinado, três centrais e duas pancreatectomias totais.
Conclusão - Pancreatectomia laparoscópica é uma realidade. Técnicas que poupam tecido pancreático como enucleação, ressecção do processo uncinado
e pancreatectomia central, devem ser usadas para evitar insuficiência endócrina e/ou exócrina, que poderiam ser prejudiciais para a qualidade de vida
do paciente. Duodenopancreatectomia laparoscópica é uma operação segura, mas deve ser realizada em centros especializados e por cirurgiões laparos-
cópicos adequadamente treinados.

1
FMUSP, 2 UNIFESP, São Paulo.

TL.C.PAN.O.345
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO INSULINOMA PANCREÁTICO
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1, Guilherme Naccache Namur2,
Estela Regina Ramos Figueira1, Telesforo Bacchella1, Wilson Modesto POLLARA1, Ivan Cecconello1

Resumo - Introdução - O insulinoma é a neoplasia neuroendocrina pancreática mais comum. O diagnóstico costuma ser clínico-laboratorial, comple-
mentado por exames de imagem para definição do tratamento, que é cirúrgico. Método. Revisão da casuística do Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo de insulinoma pancreático entre 2010 e 2013. Resultados - Foram operados 16 casos no período. A maioria dos pacientes era do sexo feminino
(81,2%), a média de idade foi 47 anos e 13 pacientes apresentavam nódulo único. As cirurgias realizadas foram: enucleação (43%), pancreatectomia
distal c/ preservação esplênica(18%), pancreatectomia distal com esplenectomia (12%), pancreatectomia central (6%), duodenopancreatectomia (12%)
e pancreatectomia total (6%). O acesso laparoscópico foi utilizado em 6 pacientes. O tempo médio de internação foi de 8,6 dias e 13 pacientes apresen-
taram fistula pancreática tipo A ou B conforme o ISGPF. Um paciente apresentou fistula C tratada por drenagem percutânea e outro foi submetido a
esplenectomia por infarto esplênico. Observou-se um óbito por sepse relacionada a cateter. Um caso apresentou recidiva dos sintomas devido a lesão
sincrônica inicialmente despercebida necessitando nova enucleação. Conclusão - O tratamento do insulinoma pancreático é cirúrgico e a conduta deve
ser individualizada, favorecendo procedimentos que poupam parênquima. A via videolaparoscópica é segura, principalmente nas ressecção segmentares.

1
HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 147


Cirurgia • Orais • ESPECIAIS

TLE.C.ESO.O.346
CARDIOMIOTOMIA COMO TRATAMENTO DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO/LIMÍTROFE: ANÁLISE DE
RESULTADOS
orais • ESPECIAIS

Rubens Antonio Aissar Sallum*, Edno Tales Bianchi*, Julio Rafael Mariano da Rocha*, Sergio Szachnowicz*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Ary Nasi*, Thais Pereira*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Até pouco tempo atrás a esofagectomia era tratamento padrão para acalasia em formas avançadas, no entanto, com a popula-
rização da cardiomiotomia por laparoscopia e por este procedimento ser menos mórbido que a esofagectomia, atualmente é crescente a indicação dessa
cirurgia em alguns casos avançados. Objetivo - Apresentar o resultado da cardiomiotomia em pacientes com acalasia em formas avançada e limítrofe
Métodos No período entre 2000 a 2012, 653 pacientes foram submetidos a cardiomiotomia em nossa instituição, destes foram identificados 47 com apre-
sentação avançado/ limítrofe, tal apresentação foi considerada quando o esôfago apresentava mais do que 10 cm de dilatação ou até 7 cm e atonia, porém
todos tinham o eixo do esôfago preservado. Resultados - A média de idade foi de 61 anos, 25 (56%) eram homens e apenas 11 (23%) tinham sorologia
negativa para chagas. A via de acesso foi laparoscópica em 40 (85%) dos pacientes. A mortalidade perioperatória foi de 1 caso devido a pneumonia por
aspiração, e morbidade nula. No seguimento em longo prazo, 5 (10,6%) necessitaram de dilatação pneumática após a cirurgia por recidiva dos sintomas.
Nenhum caso necessitou de esofagectomia. Conclusão - A cardiomiotomia laparoscópica mostrou ser um procedimento efetivo e seguro mesmo em
pacientes que apresentam formas mais avançadas da doença.

*HCFMUSP, São Paulo.

TLE.C.ESO.O.347
REOPERAÇÃO NA ACALÁSIA RECIDIVADA: EXPERIÊNCIA DE SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Sergio Szachnowicz*, Edno Tales Bianchi*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Angela Cristina Gomes Marinho Falcão*, Ary NASI*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - O tratamento da acalasia admite diversas opções terapêuticas tanto endoscópicas como o cirúrgico que atualmente ainda
permanece como padrão ouro. No entanto, a recidiva dos sintomas ocorre em torno de 10 % em cinco anos, até quase 30% m 30 anos. Objetivo - Avaliar
os resultados da reoperação nos doentes com recidiva de sintomas após tratamento cirúrgico da acalasia. Métodos - No período de 2000 a 2013, foram
avaliados 33 pacientes submetidos à tratamento cirúrgico conservador da acalasia, após recidiva dos sintomas de tratamento cirúrgico prévio (10 opera-
dos em nosso serviço e 23 operados anteriormente em outros serviços). Resultados - A classificação radiológica foi: 18% - II, 73% - III e 9% - IV. Todos
os pacientes tinham sido submetidos a dilatação prévia. A via laparoscópica foi realizada em 48,4% e a mortalidade nula. Os achados operatórios foram:
miotomia incompleta em 33,3%, fibrose da miotomia/progressão da doença em 54,6% e problemas técnicos (hiato ou fundoplicatura) em 12,1%. Sete
pacientes(21,2%) necessitaram dilatação, cinco (15,15%) ainda com algum grau de disfagia. Todos tiveram ganho mantido de peso, sem necessidade de
reintervenção. Conclusões - A remiotomia na acalásia é factível, segura e com resultados satisfatórios mesmo por laparoscopia, em pacientes que não
respondem a dilatação endoscópica.

*HCFMUSP, São Paulo.

TLE.C.EST.O.348
METÁSTASES LINFÁTICAS NO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE. VALE A PENA A APLICAR AS REGRAS
DO ORIENTE PARA O OCIDENTE?
Leonardo Medeiros MILHOMEM*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*, Alan KAGAN*, Jales Benevides SANTANA FILHO*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral FRAGA JÚNIOR*, Orlando Milhomem da Mota*

Resumo - Objetivos - Dados referentes a frequência e fatores preditivos em câncer gástrico precoce(CGP) são escassos na literatura ocidental. As
indicações de tratamentos menos invasivos são baseadas em estudos orientais e questionadas no ocidente. Analisamos fatores preditivos relacionados
à metástase linfática em CGP e a perspectiva de impacto da aplicação dos critérios da JGCA em pacientes tratados em um hospital terciário. Méto-
dos - 130 pacientes com CGP, tratados entre janeiro de 1998 e dezembro de 2011 foram incluídos na análise. Achados clínicos, cirúrgicos e patológicos
foram avaliados. Resultados - Metástases linfáticas foram observadas em 7,27% dos pacientes com tumores restritos a mucosa e 21,62% dos tumores da
submucosa. Tumores indiferenciados(p=0,02), tipo difuso de Lauren(p=0,035), a invasão da submucosa(p=0,022) e presença de invasão tumoral além
da SM2 (p=0,011), a presença de invasão linfática(p=0,036) e invasão vascular (p=0,036) foram significativamente relacionadas à metástase linfática
em análise multivariada. 40 pacientes (30,7%) apresentavam critérios de indicação de ESD, com perspectiva de redução de morbi- mortalidade. Con-
clusões - Diferenciação histológica, tipo histológico de Laurén, infiltração da submucosa, especialmente além de SM2, invasão linfática e vascular são
fatores de risco independente relacionados a metástase linfática em CGP. Tratamentos menos invasivos, respeitando os critérios da JGCA podem ser
uma alternativa em pacientes selecionados.

*ACCG, Goiás.

148 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Orais • ESPECIAIS

TLE.C.FIG.O.349
ERA MELD PROMOVEU AUMENTO DO NÚMERO TOTAL DE TRANSPLANTES COMBINADOS
FÍGADO E RIM
Lucas Souto NACIF*, Wellington ANDRAUS*, Luciana Bertocco de Paiva HADDAD*, Rafael Soares Pinheiro*, Rodrigo Bronze
MARTINO*, Vinicius Rocha Santos*, Ruy Jorge Cruz*, Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*

Resumo - Introdução - O transplante combinado fígado e rim é estabelecido para tratamento do estagio de doença terminal de fígado e rim. Objetivo
- Analisar os resultados do transplantes combinados de fígado e rim, antes e após a adoção do MELD. Método - Dados clínicos de 705 transplantes
realizados de janeiro de 2002 a julho de 2012, em nossa instituição e estado de SP. A sobrevida global pelo método de Kaplan-Meier para os pacientes
que se submeteram ao transplante combinado fígado e rim ou somente o transplante de fígado. Avaliação do número de transplantes combinados antes
e depois da adoção do MELD. Os valores médios e desvios-padrão foram usadas para examinar as variáveis normalmente distribuídas. Resultados -
Houve uma alta prevalência de pacientes do sexo masculino que se refere a ambas as modalidades de transplante. A idade média dos pacientes também
foi similar em ambos os grupos, com predominância de homens de meia-idade. A razão principal para o transplante foi cirrose hepatite C (25,8%) no
grupo combinado. As taxas de sobrevida média e mediana e sobrevivência ao longo de 10 anos, foram semelhantes entre os grupos (p=0,620). A pon-
tuação pelo MELD aumenta ao longo do período analisado para os pacientes que se submeteram a duas modalidades de transplante (p=0,46). Houve
um aumento no número de duplos após a utilização do escore MELD. Conclusão - A adoção do escore MELD aumentou o número de transplantes
combinados fígado e rim. A taxa de sobrevivência é semelhante ao isolado.

*FMUSP, São Paulo.

TLE.C.FIG.O.350
HEPATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO. ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA NO
BRASIL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*

Resumo - Objetivo - Apresentar experiência inicial com hepatectomia laparoscópica com portal único. Segundo nosso conhecimento, trata-se do
primeiro relato do uso desta técnica em cirurgia do fígado laparoscópica no Brasil e na América Latina. Métodos - Portal único com cobertura de gel é
introduzido por meio de incisão de 3 cm periumbilical. Procedimento inicia-se com exploração da cavidade com laparoscópio e exame ultrassonográfico
do fígado. Acesso intra-hepático ao pedículo Glissoniano dos segmentos 2 e 3 é realizado e o pedículo é seccionado com grampeador vascular. Fígado
é seccionado com bisturi harmônico e veia hepática esquerda é seccionada com grampeador. A peça é retirada pelo portal único. A cavidade é revista
mas não é deixado dreno. Resultados - Nós realizamos esta técnica em 8 pacientes, sendo 7 mulheres e um homem. Seis pacientes apresentavam adenoma
hepático, um cistadenoma hepático e um colangiocarcinoma. O tempo cirúrgico variou de 48 a 120 minutos. Sangramento foi mínimo em todos os casos
e todos pacientes receberam alta no primeiro ou segundo dia pós-operatório. Conclusão - Segmentectomia lateral esquerda laparoscópica com portal
único é procedimento seguro desde que realizado em centros especializados e por equipes com experiência em cirurgia hepática e laparoscopia avançada.

*FMUSP, São Paulo.

TLE.C.MIS.O.351
IRRADIAÇÃO HEPÁTICA AUMENTA TEMPO LIVRE DE DOENÇA EM PACIENTES SUBMETIDOS A
TRATAMENTO ADJUVANTE PARA O CÂNCER GÁSTRICO?
Andre Chen*, Karina MOUTINHO*, Guilherme STELKO*, Carlos Bo-Shur HONG*, Flavio Roberto Takeda*,
Ulysses Ribeiro Junior*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Após o INT-0116, o tratamento adjuvante com quimio e radioterapia se tornou padrão para o câncer gástrico. Com o advento
da radioterapia conformacional 3D (3DCRT) é possível aplicar doses adicionais no fígado. É possível que essa dose possa eliminar micrometastáses
hepática e aumentar o tempo livre de doença. Método - Foram revisado os pacientes tratados com quimio e radioterapia adjuvante segundo o esquema
de Macdonald. As varáveis estudadas foram agrupadas da seguinte maneira comparação: número de linfonodos(N), comparado N0-1 vs. N2; Estadio T,
comparado T1-2 vs. T3-4; linfadenectomia, comparado D0-1 vs. D2; tipo histológico, difuso vs. outros; volume de fígado que recebeu radioterapia como
uma variável continua. Resultados - No período entre 2009 e 2012, 104 pacientes foram tratados. O seguimento médio foi de 18,3 meses. 50% era T3 e 35%
T4. 22% era N2 e 41% N3. O tipo histológico era intestinal em 42%, difuso em 42% e adenocarcinoma NOS em 20%. Linfadenectomia D2 foi realizado
em 63%. A sobrevida livre de doença média foi de 27,3 meses. Na análise multifatorial N [0,02, HR 1,61 (CI 1,07 – 2,42)] e V20 hepático [p=0,009, HR
0,96 (CI 0,93-0,99)] correlacionaram com sobrevida livre de doença. Conclusão - Durante a programação do tratamento adjuvante para câncer gástrico
deve-se escolher campos para radioterapia que tratem maior volume hepático possível.

*ICESP – HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 149


Cirurgia • Orais • ESPECIAIS

TL.C.OBE.O.352
ALTERAÇÕES ENDOSCÓPICAS RELACIONADAS À DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO:
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OBESOS MÓRBIDOS E SUPER-OBESOS
Marco Aurélio SANTO*, Sylvia Regina QUINTANILHA*, Rafael Nery*, Cesar Augusto MIETTI*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Allan Garms Marson*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - A obesidade está correlacionada com diversas comorbidades, dentre elas a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). O
objetivo foi correlacionar o grau de IMC (Índice de Massa Corporal) com a presença e tamanho da hérnia hiatal, e com a presença e gravidade da esofa-
gite. Casuística e Métodos - Análise retrospectiva de laudos endoscópicos pré-operatórios de 717 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. A hérnia do
hiato foi classificada em pequena (até 3 cm), média (3 a 5 cm) e grande (> de 5 cm), e a esofagite conforme a classificação de Los Angeles. Os pacientes
foram divididos em 3 grupos de acordo com o IMC em: Grupo I: IMC < 40 kg/m2; Grupo II: IMC ≥ 40 e < 50 kg/m2 e Grupo III: IMC ≥ 50. Resulta-
dos - Cento e trinta e quatro pacientes (18,7%) apresentavam esofagite erosiva. Dentre estes, segundo a classificação de Los Angeles, 104 (14,5%) eram
do tipo grau A, 25 (3,5%) do Grau B e 5 (0,7%) do Grau C. Considerando-se apenas os portadores de esofagite erosiva, 77,6% apresentavam esofagite
Grau A, 18,7% Grau B e 3,7% Grau C. Pacientes superobesos apresentam prevalência maior de esofagite do que obesos com IMC < 40 (obesidade GII)
(p=0,03). A hérnia de hiato esteve presente em 56 pacientes (8% da amostra), sendo que, destas, 44 eram pequenas, 9 eram médias e 5 eram grandes. Não
houve correlação entre a presença ou tamanho da herniação hiatal com o IMC. Conclusão - Há uma associação positiva entre a presença de obesidade
e DRGE, particularmente nos pacientes super-obesos.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.O.353
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE SEVERA EM ADOLESCENTES - RESULTADOS TARDIOS
Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Danilo Belém Rodrigues de Holanda*,
José Guido Corrêa de ARAÚJO JÚNIOR*, Natália Lyra Silva*, Clarissa Guedes NORONHA*,
Thiago Xavier de Barros Correia*, Mariana Gomes MUNIZ*

Resumo - Objetivo - Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico de obesidade severa em adolescentes. Métodos - Estudo retrospectivo e descritivo
de 2737 pacientes portadores de obesidade severa submetidos à Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) no período de 2002 a 2011 no HC-UFPE.
Selecionados 44 pacientes com idade média de 18,1 anos, 37 operados por laparotomia, 14 do sexo masculino e 30 do feminino. Seguimento ambulato-
rial de 20 pacientes (45,45%). Todos os pacientes foram acompanhados no pré-operatório por equipe multidisciplinar e a indicação cirúrgica aprovada
por toda a equipe. Na análise estatística, foram utilizados o teste t de Student para diferença de médias, quiquadrado para proporções e o exato de
Fisher para amostras reduzidas. Resultados - Entre os 20 pacientes adolescentes seguidos, 14 eram do sexo feminino. Do grupo de 5 adolescentes em
uso de antihipertensivos ou hipoglicemiantes antes da cirurgia, 4 (80%) tiveram a suspensão da medicação e 1 (20%) reduziu a dose da medicação em
50% no pós-operatório. A média de perda ponderal foi de 45,4 kg após seguimento médio de 60 meses. Não houve mortalidade no grupo estudado nem
complicações operatórias graves. Entre os que realizaram o acompanhamento pós-operatório com equipe multidisciplinar, 18 ficaram com IMC<30.
Conclusões - Adolescentes submetidos a DGYR têm perda de peso satisfatória e melhora das comorbidades. Baixa taxa de complicações e nenhum óbito.
Todos os pacientes ficaram satisfeitos com os resultados pessoais.

*HC-UFPE, Pernambuco.

150 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


CIRURGIA • VÍDEOS
TL.C.V.354
MANOMETRIC PARAMETERS IN PATIENTS WITH SUSPECTED GASTROESOPHAGEAL
REFLUX DISEASE AND NORMAL PH MONITORING
Camille Diem Benatti1, Fernando A. M. Herbella1, Marco G. Patti2

ABSTRACT - Background - The diagnosis of gastroesophageal reflux disease (GERD) may be difficult in some cases. pH monitoring
is the gold standard test for the evaluation of GERD but esophageal manometry is classically not indicated for making or confirming
a suspected diagnosis of GERD. This study aims to evaluate the manometric findings in patients with suspected GERD and normal
pH monitoring. Methods: 100 adult patients that underwent esophageal manometry and ambulatory pH monitoring for suspected
GERD were retrospectively studied. Patients were divided in Group A: normal reflux score (n=60, 72% women, mean age 51 years)
and Group B: abnormal reflux score (n=40, 70% women, mean age 54 years). Patients were questioned regarding the presence of
symptoms. All patients were submitted to upper endoscopy to evaluated the presence of hiatal hernia, esophagitis and Barrett`s
esophagus. Esophageal manometry and pH monitoring was performed in all patients. Results - Heartburn was more frequent in
group B and epigastric pain was more frequent in the group A, while the prevalence of other symptoms was similar between groups.
Abnormal endoscopy, hiatal hernia and esophagitis were more frequent in group B with significant risk for GERD. LES length and
pressure were lower in patients from group B. Esophageal motility was similar between groups. Conclusions: Our results show that:
(1) symptoms are unreliable to diagnose GERD, (2) abnormal endoscopy is more frequent in patients with GERD, (3) LES length
and pressure are decreased in patients with GERD, and (4) patients with clinical predictors for GERD are not more likely to have
manometric parameters to suggest GERD.

1
Unifesp; 2University of Chicago Pritzker School of Medicine, São Paulo.

TL.C.V.355
PROPOSTA DE NOVA TÉCNICA PARA RECONSTRUÇÃO DA VIA BILIAR UTILIZANDO TUBO
DE SEGMENTO JEJUNAL NO TRATAMENTO DO CISTO DE COLÉDOCO
Eduardo Crema*, Alex Augusto da Silva*, Juverson Alves Terra Junior*, Juliana Máximo Coutinho*,
Marina Gimenez*, Diogo Rodrigues Cassiano*

Resumo - O tratamento do cisto de colédoco extra hepático é a ressecção cirúrgica completa com reconstrução do trato biliar com
um segmento de jejuno excluso à Roux-em-Y. Contudo, a maioria destes pacientes é jovem e com longa expectativa de vida. Sabe-se que
o desvio da bile do duodeno e do segmento proximal do jejuno pode acarretar várias alterações funcionais, dentre elas, o aumento da
incidência de úlceras pépticas, redução da absorção de gordura de cadeia longa e esteatorreia. Estas anastomoses quando feitas com a
via biliar pouco dilatada cursam com alta taxa de complicações que culminam com estenoses e com a reconstrução em alça exclusa que
dificulta ou impossibilita o acesso diagnóstico e terapêutico endoscópico. No intuito de reconstruir a via biliar de maneira fisiológica. A
retubularização transversa de um segmento jejunal proporciona um tubo de calibre proporcional ao da via biliar e com pregas jejunais
longitudinais. Empregou-se em 3 pacientes submetidos à ressecção laparoscópica de cisto de colédoco a reconstrução com a interposi-
ção do tubo de jejuno entre o hepático e o duodeno. A evolução foi satisfatória nos 3 pacientes femininos de idade 22,33 (17-28 anos). A
avaliação clínica, laboratorial e de imagem (US, DISIDA e colangiorressonância) é normal em um tempo médio de acompanhamento
de 23,4 meses (8 a 38 meses). O vídeo mostra a ressecção cirúrgica do cisto de colédoco, a confecção do tubo e as anastomoses entre o
tubo e o ducto hepático e com o duodeno.

*UFTM, Minas Gerais.

TL.C.COL.V.356
TROCA DE SONDA DE GASTROSTOMIA COM CATETER MAGNÉTICO SEM ENDOSCÓPIA
Vídeos • Cólon

José Renato Dacache BALIEIRO*

Resumo - O autor apresenta vídeo de troca de sonda de gastrostomia por tração, utilizando cateter magnético que apreende por in-
trodução orogástrica o coto seccionado da sonda presa a um ímã. Em seguida é introduzido pelo orifício da gastrostomia um fio preso
a um pequeno objeto metálico que é tracionado pelo cateter magnético até a cavidade oral, onde é preso à nova sonda e tracionada e
ancorada no estômago.
?

*Hospital César Leite – Manhuaçu, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 151


Cirurgia • Vídeos

TL.C.COL.V.357
COLECTOMIA DIREITA LAPAROSCÓPICA COM RESSECÇÃO ALARGADA ASSOCIADO À LIGADURA
DE VEIA GONADAL E SALPINGO-OOFORECTOMIA DIREITA
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*

Resumo - O tratamento cirúrgico laparoscópico das neoplasias do cólon e reto já passou pelo crivo do método científico e é comprovadamente tão
seguro e radical quanto os procedimentos por laparotomia, com superior resultado peri-operatório do método laparoscópico em relação a tempo de
internação, perda sanguínea, tempo de duração do íleo pós-operatório entre outras vantagens, sendo assim o método de escolha para o tratamento
dessas patologias. Um preceito oncológico que deve sempre ser seguido nos tumores com invasão de órgãos e estruturas adjacentes (classificados
como T4b) é a ressecção em monobloco, ou seja, evitar que essas aderências sejam desfeitas a fim de reduzir o índice de fraturas dos tumores e disse-
minação local da doença. Essa abordagem se faz especialmente desafiadora no acesso laparoscópico a depender do volume de doença local, órgãos
acometidos e mobilidade do tumor na cavidade abdominal. Este vídeo tem por objetivo demonstrar uma colectomia direita ampliada, com ressecção
radial alargada, associada à ligadura da veia gonadal direita e salpingo-ooforectomia direita, respeitando o preceito oncológico de ressecção em
monobloco, como abordagem factível e de escolha para essa forma de apresentação, com o intuito de associar à ressecção cirúrgica alargada os
benefícios do método laparoscópico.

*Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.

TL.C.COL.V.358
EXCISÃO COMPLETA DO MESOCÓLON (ECM) E LIGADURA VASCULAR CENTRAL (LVC) NA
COLECTOMIA DIREITA POR VÍDEOLAPAROSCOPIA
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*, Sérgio Carlos Nahas*

Resumo - A excisão completa do mesocólon (ECM) foi descrita pela primeira vez por Hohenberger e cols. em 2009, na qual há o emprego dos concei-
tos aplicados à excisão total do mesorreto no tratamento do câncer do cólon. O objetivo é manter íntegro o revestimento peritoneal que envolve o cólon
e o mesocólon e proceder uma ligadura vascular central (LVC) tanto da artéria quanto da veia de drenagem em suas origem e inserção. O resultado é
uma menor taxa de recidiva local e consequente ganho de sobrevida já que é possível através da técnica de ECM um maior número de espécimes não
violados e uma taxa de ressecção linfonodal maior. A técnica foi descrita em ressecções por laparotomia e preferencialmente para lesões localizadas no
cólon direito. Os primeiros relatos desta abordagem realizada por laparoscopia são recentes e datam de 2012. Esses limitam-se a estudar a aplicabilidade
da técnica por via laparoscópica e comparar seus resultados àqueles obtidos por laparotomia. Carecemos ainda de estudos prospectivos e randomizados
comparando os resultados da técnica de ECM + LVC com a ressecção padrão para colectomias oncológicas a fim de que se estabeleça de fato esta abor-
dagem como padrão-ouro no tratamento radical do câncer de cólon, apesar dos dados preliminares serem evidentemente favoráveis. Temos por objetivo
demonstrar a sistematização da técnica de colectomia laparoscópica direita com os conceitos de ECM e LVC como factível e segura no tratamento do
câncer do cólon direito.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.COL.V.359
GASTROPEXIA ANTERIOR VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE VOLVO GÁSTRICO
CRÔNICO
Paulo Henrique Oliveira de Souza*, José Roberto Martins de Souza*, Saulo Rollemberg Caldas Garcez*,
João Paulo Barreto da Cunha*, Priscila de Lara Nogueira*, Aderson de Moura Aragão*,
Izabella Cristina Cristo Cunha*

Resumo - Introdução - O volvo gástrico pode ser definido como a rotação anormal de uma parte do estômago sobre seu próprio eixo. Esta rara con-
dição pode apresentar desde sintomas intermitentes de dor abdominal e vômitos até obstrução completa. Objetivo - O presente relato tem como objetivo
descrever um caso de volvo gástrico crônico, tratado com gastropexia anterior videolaparoscópica eletiva. Método - Relato de caso com revisão de dados
de prontuário. Resultados - Paciente S.D.S., sexo feminino, 49 anos, com história de seis anos de quadro dispéptico e de doença do refluxo gastroeso-
fágico, com terapia medicamentosa sem sucesso. Encaminhada para a avaliação cirúrgica após resultado de EED que revelou refluxo gastroesofágico
secundário a volvo gástrico axial. A endoscopia digestiva alta (EDA) mostrava apenas esofagite erosiva, grau III de Savary-Miller e cárdia incontinente.
A paciente foi então submetida à gastropexia anterior videolaparoscópica, em que parede anterior gástrica foi ancorada à parede abdominal anterior
e ao diafragma com pontos separados de poliéster 2-0. A paciente evoluiu bem no pós-operatório e recebeu alta no 2° dia pós-operatório. Durante o
acompanhamento ambulatorial, a paciente relata resolução completa dos sintomas, sem necessidade de uso de IBPs ou procinéticos. Conclusão - A gas-
tropexia anterior videolaparoscópica demonstrou neste caso ser uma opção viável e segura de tratamento para o volvo gástrico crônico.

*HSPE-SP, São Paulo.

152 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


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TL.C.COL.V.360
RETOPEXIA LAPAROSCÓPICA ASSOCIADA À COLPOPEXIA EXTRA-PERITONEAL COM TELA
PHYSIOMESH (TM)
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*

Resumo - Há diversas técnicas cirúrgicas para tratar a procidência de parede total do reto, podendo ser a cirurgia realizada por via abdominal, via
perineal, associadas ou não a procedimentos para melhorar a continência. A laparoscopia apresenta-se como estratégia especialmente interessante para
o acesso abdominal no tratamento desta patologia benigna já que reduz a morbidade operatória sem prejudicar o desfecho, levando a ganhos signifi-
cativos no período peri-operatório para o paciente, que em sua maioria encontra-se na terceira idade. Apesar do acesso perineal apresentar vantagens
importantes como menor morbidade pela menor manipulação da cavidade abdominal, esta via de acesso é limitada pelos seus índices de recidiva maiores
que as técnicas por via abdominal e por limitar as cirurgias combinadas para o tratamento de eventuais prolapsos associados, como prolapso uterino e
o vesical no caso das mulheres, que são frequentemente associados à procidência do reto. Demonstramos uma cirurgia realizada em uma paciente do
sexo feminino, de 74 anos, com procidência de parede total do reto recidivada após uma retossigmoidectomia, associado à prolapso vaginal (submetida
à histerectomia por via vaginal previamente) e com incontinência fecal. O procedimento escolhido foi a retopexia laparoscópica sem ressecção (dado
hábito intestinal, ressecção prévia e déficit de continência), associado à colpopexia extra-peritoneal com auxílio de prótese (tela PhysiomeshTM), também
por laparoscopia.

*Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.

TL.C.ESO.V.361
ANGULAÇÃO ESOFAGIANA PÓS HERNIORRAFIA HIATAL
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Cely de Melo Busson*,

vídeos • esôfago
Juliana Abbud Ferreira*, Renato Araujo Pereira*, Edison Dias Rodrigues Filho*, Ricardo Staffa*

Resumo - Introdução - A cirurgia laparoscópica para a correção do refluxo gastro-esofágico é considerada o “padrão ouro” no tratamento da
doença. Algumas complicações são descritas, dentre elas a estenose da junção esofagogástrica, disfagia consequente ao fechamento justo do hiato
esofágico, angulação do eixo esofagiano, torção do fundoplicatura ou migração para o tórax. Objetivo - ST, masculino, 65 anos, com disfagia persis-
tente, inclusive a líquidos, emagrecimento importante associado em pós-operatório tardio, de cirurgia laparoscópica para correção de hérnia hiatal.
Diagnosticada estenose na EDA, refratária às 3 dilatações com balão hidrostático de 20 mm e 30 mm. Realizada reabordagem laparoscópica, com evi-
dência de angulação esofagiana pela sutura do hiato, sendo realizada nova hiatoplastia sob sonda de Fouchet. Discussão - A disfagia pós-operatória
pode ocorrer de maneira intermitente e tende a desaparecer em até 30 dias após o procedimento, sem necessidade de tratamento específico ou nova
intervenção cirúrgica. Porém no caso de disfagia persistente, principalmente quando associada à perda de peso ou de disfagia importante também a
líquidos, o que ocorre em aproximadamente 3% dos casos, deve ser realizada uma investigação diagnóstica minuciosa. Conclusão - A disfagia grave
e persistente no pós-operatório da cirurgia anti-refluxo é um sintoma que pode indicar falha na operação e deve ser criteriosamente avaliada sendo
a re-operação a última opção terapêutica.

*Gastromed, São Paulo.

TL.C.ESO.V.362
CARCINOSSARCOMA DE ESÔFAGO TRATATADO POR VIDEOTORACOSCOPIA
João Bosco CHADU JUNIOR*, Jefferson Alvim Oliveira*, Luzmar de Paula Faria*, Larissa Bonato de Andrade*, Valter Vilela da
Costa*, Ismara Lourdes Silva Januário Chadu*

Resumo - Objetivo - Demonstrar uma esofagectomia videotarocoscópica para tratamento de sarcoma de esôfago. Resultados - Paciente MRC, 54
anos, masculino, branco, procurou o ambulatório com história de disfagia e emagrecimento. Iniciamos o procedimento pela videotarocoscopia com
o paciente em decúbito ventral com entubação traqueal seletiva, instalação do pneumotórax com pressão de 6 mmhg e passagem de quatro troca-
teres. Realizamos o inventário da cavidade pleural que mostrou tumor de esôfago de 10 cm de extensão, dissecção e liberação do esôfago inferior
com abertura da pleura mediastinal, liberação do lobo inferior do pulmão, dissecção e ligadura da veia ázigos com suturas manuais com fios de seda
2-0, realizadas identificação e ligaduras do nervo vago superiormente e ducto torácico inferiormente. Realizadas ligaduras de artérias esofageanas.
Liberação cuidadosa do esôfago da membrana traqueo-esofágica. Dissecção e retirada de linfonodos torácicos realização dos tempos abdominal e
cervical com linfadenectomia abdominal, confecção de tubo gástrico e anastomose esôfago-gástrica. O anátomo-patológico confirmou o diagnós-
tico de carcinossarcoma. O paciente encontra-se no quarto mês de pós-operatório em acompanhamento ambulatorial Conclusão - A esofagectomia
videotarocoscópica é um procedimento factível, porém meticuloso e que pode proporcionar um pós-operatório com menos morbidade. Recuperação
rápida e uma boa radicalidade oncológica.

*UFU, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 153


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TL.C.ESO.V.363
CIRURGIA DE THAL-HATAFUKU-MAKI LAPAROSCÓPICA COMO ALTERNATIVA PARA O
MEGAESÔFAGO AVANÇADO
Aldo Elias Kiyoshi Takano de Saidneuy*, Bruna Cecilia Neves de Carvalho*, Glauco Leonel Perticarrari Osório*,
Ailton Ferreira de Souza Filho*, Leonardo Christian Laia*, Erton Rivo Bancher*,
Gustavo Fernandes*, Laercio Robles*

Resumo – Introdução - A esofagocardiomiotomia foi descrita inicialmente por Heller e constitui modalidade terapêutica para os casos de megaesôfago
não avançado. O tratamento cirúrgico nos casos avançados é preferencialmente a esofagectomia. As cirurgias de Serra Dória (SD) e Thal-Hatafuku-
-Maki (THM) são alternativas à esofagectomia. A THM acabou perdendo espaço, por acarretar refluxo gastroesofágico importante. Todavia, essa
experiência está atrelada ao período anterior à disponibilização dos inibidores de bomba de próton (IBP). Ela está formalmente indicada nos pacientes
com megaesôfago grau III forma avançada e IV sem condições clínicas para esofagectomia. Objetivo - Relatar um caso de THM laparoscópica Relato
MFC, 62 anos, feminino, disfagia progressiva para sólidos há 7 anos e perda ponderal, com diagnóstico de dolicomegaesôfago e sorologia negativa
para Chagas. Foi submetida à THF laparoscópica, sem intercorrências, alta hospitalar no 5º. Pós-operatório: apresentou-se sem disfagia e aceitou dieta
sólida no primeiro mês. Mantém-se assintomática há 5 meses em uso de IBP. Conclusões - É uma cirurgia com baixos índices de complicações, boa
resolutividade dos sintomas e menores índices de morbimortalidade em comparação a esofagectomia e a SD. A THM laparoscópica aparenta ser uma
modalidade promissora como terapêutica para o megaesôfago avançado por ser factível em centros de média complexidade, ter baixos custo e índices de
complicações e agregar às vantagens da laparoscopia.

*Hospital Santa Marcelina, São Paulo.

TL.C.ESO.V.364
PASSOS TÉCNICOS DA ESOFAGECTOMIA POR VIDEOTORACOSCOPIA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO
DO CARCINOMA ESPINOCELULAR DO ESÔFAGO
Ivan Cecconello*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Sergio Szachnowicz*,
Ulysses Ribeiro Junior*, Marcos Roberto Tacconi*, Edno Tales Bianchi*,
Julio Rafael Mariano da Rocha*

Resumo - Introdução - A esofagectomia é uma das cirurgias mais complexas dentre todas as realizadas no aparelho digestivo. No tratamento do
carcinoma espinocelular de esôfago há uma série de detalhes técnicos importantes a serem seguidos que podem mudar a evolução do paciente, como,
por exemplo, na linfadenectomia torácica extensa. Com o advento da toracoscopia, é possível oferecer uma melhor recuperação pós-operatória mesmo
mantendo a radicalidade cirúrgica. Método - Apresentamos o vídeo de uma paciente com um carcinoma espinocelular de esôfago torácico médio pós-
-tratamento neoadjuvante que foi submetida à esofagectomia em 3 campos. Será dado ênfase na padronização da linfadenectomia na abordagem por
toracoscopia. Conclusão - O vídeo demonstra que mesmo com uma técnica minimamente invasiva é possível oferecer uma ótima radicalidade cirúrgica
com segurança seguindo a padronização de nosso serviço.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.C.ESO.V.365
RECARDIOMIOTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA PARA TRATAMENTO DA RECIDIVA DA DISFAGIA EM
PACIENTE PREVIAMENTE SUBMETIDO À MIOTOMIA
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Edno Tales Bianchi*, Sergio Szachnowicz*, Flavio Roberto Takeda*
Francisco Carlos Bernal Costa Seguro*, Ricardo Zugaib Abdalla*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - A recidiva dos sintomas de disfagia em doentes submetidos à cardiomiotomia pode acometer de 10 a 30 % dos pacientes com o
segmento em longo prazo. Dentre as causas conhecidas podem ser por miotomia incompleta, problemas na fundoplicatura, fibrose na área de miotomia
e eventual progressão do distúrbio motor esofágico. Um dos tratamentos possíveis quando na recidiva dos sintomas é a reabordagem cirúrgica com nova
miotomia evitando assim a esofagectomia. Método - Apresentamos o vídeo de uma paciente de 48 anos com doença de chagas e com antecedente de ter
sido submetida à cardiomiotomia com fundoplicatura a Heller-Pinotti há 20 anos. Foi então submetida a uma nova abordagem com lise da fibrose e nova
miotomia e fundoplicatura. Resultado - O vídeo demonstra a dificuldade técnica do procedimento passo a passo. Tal cirurgia foi realizada há 18 meses e
paciente segue sem disfagia e com reganho de peso. Conclusão - A reabordagem cirúrgica conservadora da miotomia é um procedimento factível e que
atinge bons resultados como demonstrado no vídeo.

*HCFMUSP, São Paulo.

154 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Vídeos

TL.C.ESO.V.366
VIA TORACOSCÓPICA COMO ALTERNATIVA DE ABORDAGEM DE LEIOMIOMA ESOFÁGICO
Gerson Suguiyama Nakajima*, Arteiro Queiroz Menezes*, Tatiana Minda H. Cattebeke*, Rubem Alves da Silva Neto*,
Rebeca Di Tommaso Santos*, Suzi Marla Carvalho Maron*

Resumo - “Via toracoscópica como alternativa de abordagem de leiomioma esofágico: relato de caso atendido no Hospital Universitário Getúlio
Vargas, em Manaus, Amazonas”. Introdução - Leiomioma de esôfago é o tumor benigno de esôfago mais comum, tem ocorrência rara, entre 1% a 4%.
Dos sintomas mais frequentes, destacam-se disfagia, refluxo gastroesofágico e dor retroesternal. A difícil diferenciação com as formas de blastoma e
sarcoma torna consensual a cirurgia; a toracoscopia videoassistida tem sido a via de acesso mais utilizada atualmente. Objetivos - Relatar a enucleação
por via toracoscópica de um caso de leiomioma de esôfago. Métodos - Paciente, 30 anos, masculino. Relatava evolução gradativa há anos de disfagia a
sólidos, sem outros comemorativos. Foi realizada Endoscopia Digestiva Alta, detectando-se lesão tumoral ocupando grande parte da luz esofagiana,
a 20 cm da Arcada Dental Superior, sem alterações de mucosa. À Tomografia Computadorizada de tórax: uma lesão com densidade de partes moles,
de contornos lobulados, medindo 3 cm x 2 cm no terço proximal que determinava compressão extrínseca e redução da luz esofagiana. Resultados - O
paciente foi submetido à enucleação do tumor por via toracoscópica em julho de 2010, sem intercorrências. Ao exame anatomopatológico, confirmou-se
Leiomioma esofageano. Conclusão - A via toracoscópica mostra-se uma via segura e eficaz para a ressecção de leiomiomas de esôfago, além de provocar
uma recuperação pós-operatória mais eficaz ao paciente.

*UFAM, Amazonas.

TL.C.EST.V.367
GASTRECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM TUMOR T4 COM HEPATECTOMIA SEGMERNTAR NÃO
REGRADA

vídeos • estômago
Bruno Zilberstein*, Maurice Youssef Franciss*, Juliana Abbud Ferreira*, Cely de Melo Bussons*,
Fernando Furlan Nunes*, Renato Araujo Pereira*, Edison Dias Rodrigues Filho*, Ricardo Staffa*

Resumo - A evolução da complexidade do manejo do câncer gástrico tornou necessário o aprimoramento das técnicas cirúrgicas laparoscópicas. A
ressecção cirúrgica do tumor permanece como a única opção curativa nessa neoplasia. A extensão da ressecção gástrica, a necessidade da remoção de
outros órgãos e principalmente a extensão da linfadenectomia foram amplamente estudados. Paciente com diagnóstico de tumor localmente avançado,
sendo submetida à laparoscopia com realização de gastrectomia e ressecção segmentar hepática esquerda não regrada. Evolui favoravelmente, tendo alta
e acompanhamento com equipe de oncologia, sendo instituído tratamento quimioterápico. Em controle Nutricional e quimioterapia atualmente. Dis-
cussão - A videolaparoscopia ficou por muitos anos confinada à doenças benignas do trato digestivo. Com o aprimoramento dos cirurgiões, cirurgias de
maior complexidade foi se tornando parte da rotina nos centros cirúrgicos. A ressecção gástrica é a única alternativa no tratamento dos adenocarcinomas
gástricos, sendo a linfadenectomia D2 a preconizada para intuito de cura. Além disto, a ressecção do tumor com diminuição da massa tumoral e, caso
possível eliminação de doença macroscópica traz melhora da qualidade de vida do paciente, mesmo em casos de ressecção de órgãos adjacentes. A res-
secção tumoral videolaparoscópica se torna possível e com eficácia semelhante a laparotomia em casos em que a equipe treinada realiza o procedimento.

*Gastromed, São Paulo.

TL.C.EST.V.368
PARTIÇÃO GÁSTRICA LAPAROSCÓPICA PARA O TRATAMENTO PALIATIVO DE TUMOR GÁSTRICO
DISTAL OBSTRUTIVO
Marcus Fernando Kodama Pertile RAMOS*, Thiago Nogueira Costa*, Osmar Kenji Yagi*, Andre Roncon Dias*, Fabio Pinatel
Lopasso*, Ulysses Ribeiro Jr*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - Partição gástrica associada à gastro-entero anastomose tem sido empregada para o tratamento de tumores gástricos obstru-
tivos distais com o objetivo de melhorar o esvaziamento gástrico e diminuir a ocorrência de sangramento tumoral. Objetivo - Demonstrar a técnica de
partição gástrica laparoscópica. Método - Vídeo editado de um procedimento. Descrição - Paciente com tumor gástrico obstrutivo distal associado à
carcinomatose, invasão do pâncreas e hilo hepático. Apesar do paciente apresentar doença avançada, ele mantinha uma performance clínica satisfatória
(ECOG=2) e a sua principal queixa era incapacidade de alimentar-se adequadamente com uma pontuação de 1 na escala de obstrução de esvaziamen-
to gástrico (GOOS). O procedimento foi realizado com o uso de 2 trocars de 5 mm e 2 trocars de 10-12 mm. Uma sonda de Faucher foi posicionada
ao longo da pequena curvatura para permitir a manutenção de uma pequena comunicação entre as duas câmaras gástricas. A partição foi realizada
utilizando-se 2 cargas de ENDO GIA 60 mm iniciando na grande curvatura 5 cm proximal a lesão em direção a pequena curvatura. Uma gastro-entero
anastomose mecânica na câmara gástrica proximal foi realizada para reconstituir o trânsito. A duração do procedimento foi de 180 min. O paciente
aceitou dieta líquida em 2 dias e ingeriu alimentos sólidos (GOSS=3) em 1 semana. Conclusão - Partição gástrica laparoscópica pode ser empregada com
segurança para o tratamento da obstrução gástrica tumoral.

*HC FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 155


Cirurgia • Vídeos

TL.C.FIG.V.369
ALPPS TOTALMENTE LAPAROSCÓPICO
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
VÍDEOS • fígado

Resumo - Objetivo - Apresentar o vídeo de cirurgia de ALPPS totalmente laparoscópica. Trata-se de cirurgia hepática em 2 tempos com limpeza do
fígado esquerdo, ligadura da veia porta direita e bipartição do fígado no primeiro tempo e trisegmentectomia direita no segundo tempo. Os dois tempos
foram realizados totalmente por videolaparoscopia. Métodos - Paciente sexo feminino, 56 anos, portadora de metástases hepáticas múltiplas. Primeiro
tempo: segmentectomia S2, enucleações em S3 e bipartição do fígado ao nível do ligamento falciforme associado à ligadura da veia porta direita. Segun-
do tempo: trisegmentectomia direita. Os dois procedimentos foram realizados totalmente por videolaparoscopia Resultados - Evoluiu bem, sem intercor-
rências e sem necessidade de transfusão sanguínea. Paciente recebeu alta no 5º e 7º dia de pós-operatório, respectivamente. Houve regeneração completa
do fígado e a paciente está sem sinais de recidiva 8 meses após o procedimento. Conclusão - ALPPS é um procedimento revolucionário que permite
ressecção R0 mesmo em pacientes com múltiplas metástases hepáticas ocupando todo o fígado. Está indicado em pacientes com futuro remanescente
hepático muito pequeno. É possível de ser realizado por laparoscopia, desde que em pacientes selecionados e por equipe capacitada e com experiência
em cirurgia hepática e laparoscopia avançada.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.FIG.V.370
CIRURGIA DE ALPPS: USO DE PNEUMOPERITÔNIO PARA REDUZIR ADERÊNCIAS
NO SEGUNDO TEMPO
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*

Resumo - Objetivos - Mostrar passo a passo uma nova técnica de hepatectomia em 2 tempos. Chamada de ALPPS, associa-se a bi-partição do fígado e
ligadura da veia porta para aumentar a hipertrofia do fígado remanescente. Apresentamos um vídeo de um procedimento ALPPs com o uso de pneumo-
peritônio. Métodos - Paciente do sexo feminino, 29 anos, com câncer de cólon e metástases hepáticas sincrônicas foi submetida à ressecção hepática em
2 tempos pela técnica ALPPS por possuir futuro remanescente hepático extremamente pequeno. Resultados - Primeiro tempo: 30 minutos de pneumo-
peritônio, seguido de ressecção S2 e múltiplas enucleações no fígado esquerdo. Veia porta direita foi ligada e o fígado bipartido. A cavidade abdominal
foi fechada parcialmente, trocarte de 10 mm foi deixado para criar um pneumoperitônio durante 30 minutos adicionais. A segunda etapa ocorreu três
semanas depois, e consistiu em trisectionectomia direita ampliada para o segmento 1. A paciente se recuperou e recebeu alta após 7 e 9 dias, respecti-
vamente. A tomografia computadorizada no pós-operatório mostrou fígado remanescente completamente regenerado. Conclusões - O procedimento
ALPPS é uma técnica revolucionária que permite ressecção R0 mesmo em pacientes com doença hepática disseminada. O uso de pneumoperitônio
durante o primeiro tempo é uma ferramenta simples que pode prevenir adesões, permitindo segundo tempo mais fácil. Este vídeo pode ajudar cirurgiões
a executar e padronizar esse complexo procedimento.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.FIG.V.371
EXÉRESE DE NÓDULO HEPÁTICO PEDICULADO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
João Paulo Barreto da Cunha*, Rogério Machado Cury*, Paulo Henrique Oliveira de Souza*,
Saulo Rollemberg Caldas Garcez*, Priscila de Lara Nogueira*, Aderson de Moura Aragão*,
Izabella Cristina Cristo Cunha*

Resumo - Introdução - A hiperplasia nodular focal (HNF) é a segunda lesão nodular benigna mais frequente do fígado, mais encontrada em mu-
lheres jovens. Trata-se de uma proliferação de hepatócitos não neoplásicos, hiperplásicos, dispostos de forma anormal. Objetivo - O presente relato
tem como objetivo descrever um caso de um nódulo hepático pediculado ressecado por videolaparoscopia. Método - Relato de caso com revisão de
dados de prontuário. Resultados - Paciente W.G., sexo feminino, 49 anos, com história de miomatose uterina, em preparo pré-operatório com a equipe
da Ginecologia, foi submetida à tomografia computadorizada, que diagnosticou incidentalmente um nódulo localizado entre o polo anterior do baço
e o lobo hepático esquerdo com origem exofítica no lobo hepático esquerdo e vasos nutridores provenientes do parênquima hepático medindo 4,7
cm. Encaminhada para o Serviço de Gastroenterologia Cirúrgica para avaliação do caso. A laparoscopia diagnóstica foi realizada e visualizada lesão
nodular pediculada no lobo hepático esquerdo. A lesão foi ressecada, sem intercorrências e a paciente recebeu alta em boas condições no 3º dia pós-
-operatório. O anatomopatológico diagnosticou hiperplasia nodular focal. Conclusão - A videolaparoscopia diagnóstica com exérese da lesão, neste
caso, revelou uma forma de apresentação pediculada, pouco usual para a hiperplasia nodular focal, além de não ter sido mostrado nenhum achado
característico aos exames de imagem.

*HSPE-SP, São Paulo.

156 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Vídeos

TL.C.FIG.V.372
HEPATECTOMIA DIREITA COM ANASTOMOSE BILIO-DIGESTIVA POR LAPAROSCOPIA
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*

Resumo - Objetivo - Apresentar um vídeo com aspectos técnicos de uma hepatectomia direita totalmente laparoscópica associada à anastomose
bilio-digestiva em Y de Roux em paciente portador de colangiocarcinoma. Método - Paciente do sexo feminino 58 anos, com dor no quadrante superior
direito, foi encaminhada para avaliação. Ultrassonografia abdominal revelou dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas. Histórico médico era
normal, exceto por uma colecistectomia aberta há 30 anos. Ressonância mostrou massa no ducto biliar direito, com dilatação distal das vias biliares.
Diagnóstico provável colangiocarcinoma intra-hepático papilífero produtor de mucina. Decisão foi realizar uma hepatectomia totalmente laparoscópica
com linfadenectomia hilar e hepaticojejunostomia em Y de Roux. Resultados - O tempo operatório foi de 400 minutos. Perda de sangue estimada de
400 ml, sem necessidade de transfusões. Recuperação pós-operatório foi sem intercorrências e a paciente recebeu alta hospitalar no décimo dia pós-
-operatório. O diagnóstico final foi de neoplasia intraductal papilífera do ducto biliar. As margens cirúrgicas estavam livres. Conclusão - Hepatectomia
direita laparoscópica com hepaticojejunostomia é factível e segura, desde que realizada em centro especializado e por equipe com experiência em cirurgia
hepatobiliar e laparoscópica avançada. Este vídeo pode ajudar cirurgiões a realizar com segurança este complexo procedimento.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.INT.V.373
APENDICITE AGUDA COM PNEUMOPERITÔNIO SIMULANDO ÚLCERA PERFURADA - RELATO DE
CASO

VÍDEOS • intestino
Jovino Nogueira da Silva Menezes1, Heitor Soares de Souza2
Resumo – Introdução - Pneumoperitôneo é associado à perfuração gástrica ou duodenal. Raro encontrar na literatura, correlação clínica-radiológica
em apendicite aguda. Simulando um quadro de úlcera perfurada. Objetivo - Apresentar um raro caso de sinal radiográfico de pneumoperitônio em
apendicite aguda. Metodologia - Relato de caso baseado em estudo observacional ocorrido no Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo
Grande, em outubro de 2010. Através de anamnese e revisão de prontuário médico. Com suporte de revisão bibliográfica que constatou a raridade do
caso. Resultado - Homem de 43 anos, usuário crônico de antiinflamatórios não esteroides, admitido no serviço de emergência da Santa Casa de Campo
Grande referindo dor abdominal súbita. Com alteração do estado geral e sinais de peritonite aguda sem sinais de descompressão brusca dolorosa. A
radiografia simples de tórax apresentava pneumoperitônio e hemograma sugestivo de infecção bacteriana. O paciente foi submetido à laparotomia ex-
ploradora com apendicectomia cecal e instituído antibioticoterapia de amplo espectro e apresentou boa evolução pós-operatória. A biópsia do apêndice
vermiforme confirmou o diagnóstico de apendicite aguda. A apendicite aguda é uma frequente patologia cirúrgica, com diagnóstico baseado no exame
clínico, estudos de imagem e exames laboratoriais.(3) Dentre os vários achados radiográficos abdominais documentados na literatura, ar livre na cavidade
peritoneal associado a um apêndice inflamado agudo é raro.(1,2,4,5) O provável mecanismo fisiopatológico do pneumoperitônio refere haver produção de
gás bacteriano devido ao abcesso Peri – apendicular.(2). Conclusão - Um caso raro de sinal radiográfico de abdome, pneumoperitônio, associado à apen-
dicite aguda. Supõem que possa se tratar de ar produzido por bactérias Peri apendiculares.
Referências Bibliográficas - 1. Canelas ALC et al. Pneumoperitoneum in association with perforated appendicitis in a Brazilian Amazon woman. Case report. G Chir. 2010 Mar;31(3):80-2. PubMed PMID:
20426916. 2. Rodrigues et al. Pneumoperitoneum due to perforated appendicitis: a rare anatomo-radiologic correlation. ABCD Arq Bras Cir Dig 2008;21(3):142-3 3. Brenner AS et al. Apendicectomia
em Pacientes com Idade Superior a 40 Anos - Análise dos Resultados de 217 Casos. Rev Bras Coloproct, 2006;26(2):128-132. 4. Petroianu A et al. Nova imagem radiográfica de apendicite aguda, como
acúmulo fecal no ceco. Rev Col Bras Cir. [periódico na Internet]. 2006;33(4). 5. Cizmeli M.O. et al. Acute appendicitis associated with pneumoperitoneum. Br J Clin Pract. 1990 Dec; 44(12):646-7.

1
UNIDERP; 2Santa Casa de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

TL.C.INT.V.374
RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE ADENOMA DE DUODENO
Edno Tales Bianchi*, Henrique Dametto Giroud Joaquim*, Leandro Barchi*, Carlos Eduardo Jacob*, Bruno Zilberstein*, Ivan
Cecconello*

Resumo - Introdução - Adenomas de duodeno são achados ocasionais de endoscopias em 0,4 a 3% dos exames. Essa afecção pode apresentar-se com
sintomas obstrutivos altos. Objetivo - Demonstrar ressecção laparoscópica com auxílio endoscópico de adenoma duodenal. Método - O vídeo mostra
caso de paciente de 77 anos com perda ponderal de 12 kg em 18 meses associado à epigastralgia e vômitos frequentes. A endoscopia digestiva alta revelou
lesão elevada de 15 x 20 mm em segunda para terceira porção duodenal, em borda contra mesenterial. A biopsia confirmou tratar-se de adenoma túbulo-
-viloso. Foi realizado ultrassonografia endoscópica que confirmou que lesão preservava camada submucosa. Indicada ressecção por via laparoscópica.
Procedimento realizado como demonstrado no vídeo. Realizada endoscopia digestiva alta intraoperatória para asseguar a papila e garantir perviedade
duodenal. Realizada ressecção em cunha com fechamento primário do duodeno em dois planos com drenagem de cavidade, sem intercorrências. Resul-
tados - Anátomo patológico confirmou que se tratava de adenoma tubular com displasia de baixo grau. Paciente teve vômitos após reintrodução de dieta
oral no 2o pós-operatório, sendo mantido em jejum por 5 dias, momento que houve aceitação de dieta, seguido de alta hospitalar. Dreno sacado no 9o
pós-operatório. Conclusão - A ressecção laparoscópica de adenoma de duodeno é segura e com baixa morbidade, sendo procedimento de escolha para
essa afecção quando não ressecável por via endoscópica.

*HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 157


Cirurgia • Vídeos

TL.C.INT.V.375
SUBOCLUSÃO INTESTINAL POR BRIDA
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Cely de melo Bussons*, Fernando Furlan Nunes*, Ricardo Staffa*,
Roger Willian Fernandes Moreira*, Juliana Abbud Ferreira*, Edison Dias Rodrigues Filho*

Resumo - Introdução - O tratamento cirúrgico da obstrução intestinal por aderências se mostra desafiador em determinadas circunstâncias, é assunto
frequente de discussões de casos cirúrgicos, especialmente quando se trata de reoperações, tem grande potencial para lesões inadvertidas durante sua
execução. Objetivo - Apresentar a experiência do manejo da suboclusão intestinal, por aderência pós- operatória com utilização da videolaparoscopia.
Método - Homem, 40 anos, PO tardio de gastroplastia vertical com bypass jejunoileal latero- lateral, apresentando no último mês dor abdominal tipo có-
lica, em epigastro e periumbilical, com náuseas e vômito mais acentuados após alimentação, optando por dieta liquidificada. Em TC, definiu-se quadro
de suboclusão intestinal, sugerindo hérnia de Petersen. Realizada laparoscopia com identificação de moderada distenção de alças de delgado e um ponto
de aderência formada por uma parte do grande omento junto à parede abdominal, em local de punção com trocater de cirurgia prévia, com alças de
delgado ocupando o andar superior do abdômen e criando um espaço virtual com mesocólon transverso. Realizada a lise da aderência com tesoura co-
aguladora sem outras lesões. Discussão - O tratamento videolaparoscópico da subocusão intestinal em pós-operatório de cirurgia bariátrica é alternativa
válida e tem sido empregado em nosso serviço com resolução do quadro abdominal, sem aumento do risco de lesões inadvertidas durante sua execução.

*Gastromed, São Paulo.

TL.C.MIS.V.376
REPARO LAPAROSCÓPICO DE LESÕES IATROGÊNICAS DAS VIAS BILIARES APÓS
vídeos • miscelÂnea

COLECISTECTOMIA ABERTA
Hamilton Belo de França Costa*, Dilúzia Diniz de França Costa*, Izabelle Diniz de França Costa*,
Gabrielle Diniz de França Costa*, Juliana Alves Aguiar da Silva Costa*, Washington Luiz da COSTA Filho*,
Yasmim Oliveira de Carvalho*

Resumo - Introdução - As lesões iatrogênicas das vias biliares (LIVB) são complicações temidas associadas à colecistectomia, um desafio para cirur-
giões. Seu tratamento depende da natureza e extensão das lesões, da presença ou ausência de bilioma, e tempo para o diagnóstico da lesão e objetiva
o controle da sepse e do vazamento de bile, e deve realizado em centros de referências. As lesões da LIVB são divididas em fístulas e estenoses, as 1ªs
relatadas de 0.1% to 0.5% das colecistectomias abertas e 2% das laparoscópicas. Objetivo - Descrever caso de lesões de colédoco após colecistectomia
aberta, reparada com sucesso em abordagem laparoscópica. Casuística - RFN, 29 anos, masc, submetido à colecistectomia convencional por colecistite
litiásica. Após a cirurgia, apresentou dor abdominal intensa em hipocôndrio direito e distensão abdominal. USG ABD: grande quantidade de líquido
intracavitário. Transferido para o nosso serviço, foi submetido à laparoscopia. Achados: hemoperitônio e coleperitônio (2000 ml), sem sangramento ati-
vo, 2 lesões em colédoco abaixo do cístico (na parede anterior e na posterior). Realizada coledocorrafias e drenagem da via biliar por via trancística com
Nelaton 6. Alta no 3º DPO. Colangiografia 15º DPO: normal. Método - Apresentação de vídeo: Reparo laparoscópico de LIVB. Resultado e Conclusão
- A laparoscopia consiste via segura e adequada para reparo de LIVB, oferecendo vantagens da abordagem minimamente invasiva, melhor visualização
das lesões e com menor morbimortalidade.

*Gastro Clínica de Campina Grande, Paraíba.

TL.C.OBE.V.377
BYPASS GÁSTRICO SEM ANEL VIDEOLAPAROSCÓPICO
vídeos • obesidade

Hamilton Belo de França Costa*, Dilúzia Diniz de França Costa*, Izabelle Diniz de França Costa*, Gabrielle Diniz de França Costa*,
Juliana Alves Aguiar da Silva Costa*, Washington Luiz da COSTA Filho*, Yasmin Oliveira de Carvalho*

Resumo - Introdução - Obesidade é definida por índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2. Os indivíduos obesos com índice de massa corpórea
acima de 40 kg/m2, obesos mórbidos, e os de 35 a 40 kg/m2 com comorbidades são beneficiados e tem indicação para a cirurgia bariátrica. O bypass
gástrico em Y de Roux por laparoscopia (BGYRL) é considerado padrão ouro dentre os procedimentos bariátricos. Os pacientes submetidos à BGYRL
obtêm melhora das comorbidades e melhor taxa de sucesso em longo prazo. Objetivo - Apresentar um vídeo de um BGYR por videolaparoscopia com
sua sistematização técnica. Casuística - CSF, 45anos, feminino, hipertensa, IMC 43. Após avaliação pré-operatória com equipe multidisciplinar e passar
por um programa de perda de peso pré-operatória, objetivando uma perda de 10% do seu peso, para diminuir riscos e facilitar o procedimento, conse-
guiu perder apenas 7% do seu peso. Foi realizado um bypass gástrico laparoscópico, com confecção de pequena bolsa de 5 a 7 cm e um bypass em Y de
Roux com alça biliopancreática de 1 metro e alça alimentar de 1,5 metros, sem drenagem da cavidade abdominal. Recebeu dieta líquida a partir do 1º
DPO e recebeu alta hospitalar com 48 horas. Conclusão - O BGYRL é segura, eficaz e excelente técnica bariátrica, necessita de experiência em cirurgia
laparoscópica avançada e de curva de aprendizado, e possibilita perda ponderal e melhora de comorbidades.

*Gastro Clínica de Campina Grande, Paraíba.

158 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Vídeos

TL.C.OBE.V.378
CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR COM A COMPOSIÇÃO CORPÓREA NA OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Alexandre Vieira Gadducci*, Gabriela Correia de Faria Santarém*, Paulo Roberto Silva*,
Júlia Greve*, Marcela Serafim*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - O acréscimo de gordura pode exercer alterações na força muscular. O objetivo do estudo foi correlacionar parâmetros de força
muscular dos membros inferiores com a composição corporal em obesos mórbidos. Casuística e Métodos - Foram avaliados 132 indivíduos com obesos
mórbidos, sendo 76,52% dos pacientes do sexo feminino, idade média de 41 anos e IMC médio de 47,2 kg/m2. A força muscular foi avaliada pelo dina-
mômetro isocinético (Biodex) e a composição corporal pela bioimpedância (Inbody), sendo as variáveis da força muscular e da composição corporal
corrigidas pelo peso corporal (%). Resultados - Obesos do sexo masculino apresentaram maior força muscular (p< 0,001) em comparação com as mulhe-
res [força de extensão (146,07 ± 29,1 vs. 117,14 ± 27,19) e flexão (66,42 ± 16,33 vs. 54,08 ± 14,59)]. Pacientes obesos apresentaram maior força (p<0,001)
de extensão (130,65 ± 30,62 vs. 110,03 ± 24,08) e flexão (59,92 ± 15,92 vs. 50,88 ± 14,01) em comparação aos superobesos. A composição corporal em
média, foi de 28% de massa muscular total. Houve diferença significativa (p<0,001) com moderada correlação positiva entre a força [extensão (r= 0,51) e
flexão (r=0,45)] e a massa muscular. Houve diferença significativa (p<0,001) com moderada correlação inversa entre a força muscular [extensão (r=-0,51)
e flexão (r=-0,45)] com a massa gorda. Conclusão - A massa muscular, determinada pela BIA, está diretamente correlacionada com a força de extensão
e flexão dos membros inferiores em obesos mórbidos.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.C.OBE.V.379
OBSTRUÇÃO POR BALÃO
Paulo Roberto Rodrigues Bicalho*, Luciano Andrey Ferreira Bicalho*, Emerson Silveira de Araújo*

Resumo - Introdução - Dispositivos intragástricos (BIB) têm sido usados desde 1985 para tratar a obesidade. Trata-se de medida temporária, não-
-cirúrgica, restritiva utilizada por pacientes que desejam emagrecer e não obtiveram redução de peso com medidas comportamentais isoladamente e/
ou medicamentos. O uso do dispositivo dentro das recomendações do fabricante tem sido descrita como segura e efetiva e diversas publicações relatam
ausência de complicações. A inobservância das recomendações citadas ou falhas nos procedimentos de seguranças podem provocá-las, resultando em
necessidade de cirurgia, uma complicação rara, porém, relatada na literatura. Objetivos - Apresentar um caso de migração do dispositivo intragástrico
para emagrecimento que evoluiu com obstrução intestinal. Casuística - CMO, 33 anos, sexo feminino, branca, solteira, fisioterapeuta, previamente
hígida. Procurou o consultório do especialista com dor abdominal intensa, náusea, vômito, afebril, com sensação de distensão abdominal. A paciente
tinha um índice de massa corporal no início do tratamento de 32 kg/m2, após nove meses e em uso do segundo BIB atingiu uma perda de peso de 20 kg
(SIC). Resultados e Conclusão - realizou-se tomografia abdominal que não visualizou o BIB na topografia habitual, porém, revelou uma oclusão intesti-
nal jejunal provocada pela migração do mesmo. A paciente foi submetida à laparoscopia com três portais e o BIB foi removido através de uma pequena
enterotomia. O pós-operatório transcorreu sem intercorrências.

*Serviendos, Minas Gerais.

TL.C.PAN.V.380
DERIVAÇÃO COLEDOCODUODENAL LATERO-LATERAL VIDEOLAPAROSCÓPICA: PASSO-A-PASSO
Mauricio Paulin Sorbello*, Ricardo Jureidini*, Guilherme Naccache Namur*, Thiago Nogueira Costa*,
Telesforo Bacchella*, Ivan Cecconello* vídeos • pâncreas
Resumo - Introdução - A derivação biliodigestiva através de anastomose coledocoduodenal é aceita como tratamento para casos de coledocolitíase
com dilatação das vias biliares que não podem ser resolvidos pela endoscopia, sendo indicada, especialmente, em pacientes idosos. A via laparoscópica
pode ser uma opção para realização deste procedimento apesar de exigir conhecimento técnico laparoscópico avançado. Objetivo - Apresentar vídeo
dos principais tempos técnicos da derivação coledocoduodenal videolaparoscópica, realizada no Serviço de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP.
Paciente e Método - Mulher, 78 anos, três laparotomias prévias: gastrectomia subtotal por úlcera péptica (1974), transversectomia por adenocarcinoma
(1997), degastrectomia com linfadenectomia à D2 e colecistectomia por adenocarcinoma de coto gástrico (2008). Evoluiu com coledocolitíase e dila-
tação das vias bilares. Realizada derivação coledocoduodenal videolaparoscópica. Não houve complicações decorrentes do procedimento. A paciente
recebeu alta no quinto dia pós-operatório, assintomática. Conclusão - A via laparoscópica parece ser uma opção segura e eficaz no tratamento cirúrgico
da coledocolitíase com dilatação das vias biliares que não podem ser resolvidos pela endoscopia, sendo indicada, especialmente, em pacientes idosos,
proporcionando os benefícios da abordagem minimamente invasiva, com baixa morbidade, menor dor pós-operatória e retorno abreviado às atividades,
quando comparada à via aberta.

*FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 159


Cirurgia • Vídeos

TL.C.PAN.V.381
DERIVAÇÃO HEPATICOJEJUNAL EM Y-DE-ROUX VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DA
COLEDOCOLITÍASE ASSOCIADA À FÍSTULA COLECISTODUODENAL: ASPECTOS TÉCNICOS
Mauricio Paulin Sorbello*, Ricardo Jureidini*, Guilherme Naccache Namur*, Thiago Nogueira Costa*,
Telesforo Bacchella*, Ivan Cecconello*

Resumo - Introdução - A derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux é a técnica de escolha para os casos de coledocolitíase com dilatação importante das
vias biliares e que não podem ser tratados através de procedimentos endoscópicos. A via laparoscópica pode ser opção para realização deste procedimen-
to, proporcionando menor morbimortalidade, quando comparada à laparotomia, porém não está muito difundida por demandar técnica laparoscópica
avançada. Objetivo - Apresentar vídeo com os tempos técnicos da derivação hepoaticojejunal videolaparoscópica para tratamento da coledocolitíase
associada à fístula colecistoduodenal, realizada no Serviço de Cirurgia de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP. Paciente e Método - Em uma doente
com 50 anos de idade, com coledocolitíase associada à fístula colecistoduodenal, após três tentativas de resolução da coledocolitíase por via endoscópica
sem sucesso, foi indicada derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux e colecistectomia por via videolaparoscópica. Não houve complicações relacionadas
ao procedimento. A paciente recebeu alta no sexto dia pós-operatório. Conclusão - A via laparoscópica parece ser uma opção segura e eficaz para a
realização de anastomose biliodigestiva em Y-de-Roux, proporcionando os benefícios da abordagem minimamente invasiva, com baixa morbidade,
menor dor pós-operatória e retorno abreviado às atividades, quando comparada à laparotomia.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.V.382
DUODENOPANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PRESERVAÇÃO DO PILORO E
RECONSTRUÇÃO EM DUPLA ALÇA JEJUNAL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*,
Marcel Cerqueira Cesar Machado*

Resumo - Objetivo - Apresentar vídeo de duodenopancreatectomia laparoscópica com reconstrução em dupla alça. Método - Paciente feminina, 53
anos, com tumor cístico na cabeça do pâncreas foi encaminhada para tratamento. Foram utilizados cinco trocartes. A operação começou com a manobra
de Kocher e mobilização do pâncreas. Artéria gastroduodenal e ducto biliar comum foram seccionados. Duodeno foi seccionado com grampeador. O
túnel da porta foi cuidadosamente criado e uma fita foi passada em torno do colo do pâncreas. Jejuno foi seccionado. Pâncreas foi dividido. Processo
uncinado é cuidadosamente dissecado. Após ressecção da cabeça do pâncreas, pancreaticojejunostomia término-lateral com anastomose ducto-mucosa
é realizada. Y de Roux é criado deixando 40 centímetros de alça jejunal para a hepaticojejunostomia. Finalmente, duodenojejunostomia término-lateral
é realizada em posição antecólica. Resultados - Tempo operatório foi de 9 horas. Sangramento foi mínimo sem transfusão. Recuperação foi boa e pa-
ciente recebeu alta no nono dia. Não apresentou fístula pancreática ou outra complicação. Patologia demonstrou um tumor neuroendócrino cístico bem
diferenciado. Margens cirúrgicas estavam livres. Paciente está bem, sem nenhum sinal da doença 12 meses após a operação. Conclusão - Duodenopan-
createctomia laparoscópica com preservação do piloro e reconstrução em dupla alça jejunal é viável e pode ser útil para diminuir gravidade da fístula
pancreática pós-operatória.

*FMUSP, São Paulo.

TL.C.PAN.V.383
PANCREATECTOMIA CENTRAL TOTALMENTE LAPAROSCÓPICA COM PANCREATOJEJUNOSTOMIA
DUCTO-MUCOSA EM Y DE ROUX
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*

Resumo - Objetivo - Apresentar um vídeo com os aspectos técnicos de uma pancreatectomia central totalmente laparoscópica. Método - Paciente femi-
nina, 53 anos com tumor sólido no colo do pâncreas foi encaminhada para tratamento. Quatro trocartes são usados. Ultrassom intraoperatório é usado
para localizar o tumor e o ducto pancreático principal. Pâncreas é seccionado com grampeador endoscópico. Espécime cirúrgico é removido para avaliar
margens cirúrgicas. A seguir é realizada pancreatojejunostomia ducto-mucosa em Y de Roux. Cavidade abdominal é drenada. Resultados - Realizamos
três casos consecutivos de pancreatectomia central laparoscópica com a técnica descrita acima. O tempo operatório variou de 280 a 430 minutos, com a
perda de sangue inferior a 100 ml, em todos os casos. Recuperação pós-operatória foi sem intercorrências e os pacientes receberam alta entre o quinto e
oitavo dia de pós-operatório. Um paciente desenvolveu fístula pancreática grau A que se resolveu espontaneamente após três semanas. Nenhum paciente
desenvolveu insuficiência pancreática exócrina e endócrina no acompanhamento de 8 a 13 meses. Conclusão - Pancreatectomia central totalmente lapa-
roscópica com pancreatojejunostomia é uma técnica útil para a remoção de tumores localizados no colo do pâncreas. Embora mais difícil tecnicamente,
esta técnica evita insuficiência pancreática exócrina e endócrina. Este vídeo pode ajudar cirurgiões a realizar com segurança este complexo procedimento.

*FMUSP, São Paulo.

160 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Cirurgia • Vídeos

TL.C.PAN.V.384
WHIPPLE LAPAROSCÓPICA
Saturnino Ribeiro do NASCIMENTO NETO*, Ricardo Manfredine*, Diogo Swain Kfouri*, Eurico Cleto Ribeiro de Campos*,
Leticia Maria Schimitt Moreira*

Resumo - A cirurgia de Whipple é o procedimento de escolha para o tratamento dos tumores periampulares. A primeira GDP laparoscópica foi
realizada por Gagner em 1994. No entanto, tal cirurgia não ganhou popularidade no meio médico visto que se trata de cirurgia vídeo-avançada que
demanda equipe treinada, múltiplas anastomoses bem como aumento no tempo cirúrgico. Neste vídeo apresentamos uma Gastro-duodeno pancrea-
tectomia laparoscópica, realizada para o tratamento de tumor periampular em paciente de 75 anos com IMC de 29. O paciente fora estadiado com TC
de abdômen e colangiorressonância. O tempo cirúrgico foi de 8 h, perda sanguínea de 200 ml e a reconstrução foi em alça única. Nesta utilizamos PDS
0000 para a anastomose ducto-mucosa e PDS 000 para sutura pancreato-jujunal. A anastomose bilio-digestiva fora feita em plano único e contínuo de
PDS 0000. A gastro-entero anastomose foi realizada com endogia 60 mm em parede posterior. A Whipple laparoscópica é uma alternativa no tratamento
dos tumores periampulares proporcionando ao paciente todas as vantagens da cirurgia minimamente invasiva. No entanto requer equipe treinada bem
como maior custo e maior tempo cirúrgico.

*HPM-PR, Paraná.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 161


Gastroenterologia • Pôsteres

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Temas Livres
Gastroenterologia
Pôsteres • Orais • Vídeos • Fotos

162 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • PÔSTERES
TL.G.ESO.P.385
ACHADOS MANOMÉTRICOS EM PACIENTES COM DISFAGIA
Joffre REZENDE NETO*, Joffre Rezende Filho*

Resumo - Introdução - A manometria esofagiana vem sendo empregada na prática clínica como método de avaliação de sintomas esofagianos,
notadamente a disfagia. A frequência dos achados manométricos em pacientes com disfagia pode variar conforme a região geográfica. Objetivo
- Avaliar os achados manométricos em pacientes com disfagia atendidos no Instituto de Gastroenterologia de Goiânia (IGG). Métodos - Foi
realizada uma análise retrospectiva dos achados de manometrias esofagianas, em pacientes com disfagia, realizadas no Laboratório de Motili-
dade Digestiva do IGG, no período de janeiro de 2004 a junho de 2013. A manometria esofagiana computadorizada foi realizada com sistema
de infusão continua com baixa complacência. Os critérios diagnósticos dos achados manométricos seguiu a classificação habitual (Spechler,
Gut 2001 49:145-151). Resultados - Foram avaliados 224 pacientes. O exame manométrico foi considerado normal em 63 (28,1%) e anormal
em 161 (72,9%). Acalasia idiopática ou esôfagopatia chagásica foi encontrada em 121 (56%); espasmo esofagiano distal em 19(8,4%); peristalse
hipertensiva (esôfago em quebra-nozes) em10(4,4%); peristalse débil em 10 (4,4%). Houve diagnóstico de possível disfagia lusória em 1 caso.
Conclusões - A manometria esofagiana demonstrou alterações motoras em 70% dos pacientes com disfagia, sendo a confirmação diagnóstica
de acalasia, o achado mais prevalente. O diagnóstico manométrico de espasmo esofagiano difuso em pacientes com disfagia é pouco comum.

*UFG, Goiás.

TL.G.ESO.P.386
ASSOCIAÇÃO DE DOENÇA CELÍACA E RETOCOLITE ULCERATIVA: RELATO DE CASO
César Al Alam Elias*, Carlos Fernando Francesconi*, Cristina Flores*, André Hofstaetter*, Daniel Lemons*,
Roberta Lunkes*

Resumo - Introdução - O presente caso descreve jovem com diagnóstico doença celíaca (DC), resposta inadequada à dieta e diagnóstico
subsequente de retocolite ulcerativa (RCU). Relato de caso - Mulher, 16 anos, diarreia há 2 meses, 10 evacuações/dia, sem restos patológicos.
Referia astenia, emagrecimento e dor abdominal. Apresentava anemia ferropriva (Hb= 4,7). Endoscopia digestiva alta (EDA) evidenciou
bulbo com nodosidade e D2 com pregas normais, mas serrilhadas. Histologia com atrofia parcial de vilos, compatível com DC (Marsch
IIIa). Após 1 mês da dieta engordou 5 kg, melhorou da anemia, mas persistiu com diarreia que melhorou parcialmente com metronidazol.
Após 6 meses recorreu com diarreia. Nova EDA realizada era normal e biópsia de D2 mostrou melhora da atrofia e do infiltrado linfoci-
tário. Realizou colonoscopia, que identificou pancolite com presença exsudação, úlceras e friabilidade, compatível com RCU em atividade
acentuada, confirmado com histologia. Foi então iniciado prednisona e mesalazina, com resposta clínica inicial, mas incompleta, apresen-
tando remissão após 4 meses de azatioprina. Discussão - Pacientes com doença celíaca apresentam risco aumentado de doença inflamatória
intestinal (DII), em torno de 10-12% (3,5 para RCU e 8,5% para Crohn). Todavia coortes com paciente com DII não identificam aumento
da prevalência de DC. A ausência de resposta à dieta, a presença de anemia e sintomas gastrointestinais baixos devem sugerir a realização
de colonoscopia para descartar DII.

*Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

TL.G.ESO.P.387
AVALIAÇÃO INICIAL DO IMC EM DIVERSAS FAIXAS ETÁRIAS E REAVALIAÇÃO APÓS 10 ANOS
Mauro Willemann Bonatto1, Gabriel da Rocha Bonatto2, Letícia Alcântara2, Caroyine Doneda Silva Santos3,
Adriana Brianez1, Ricardo Shigueo Tsuchiya1, Carlos Alberto de Carvalho3, Tomaz Massayuki Tananka1

Resumo - Introdução - Sobrepeso e obesidade são definidos como acúmulo de gordura anormal ou excessivo que podem prejudicar a
saúde, sendo a quinta causa de risco para mortes globais. No Brasil, uma recente pesquisa nacional mostrou que sobrepeso afeta cerca de
50% dos adultos e que a prevalência de obesidade é de 12,5% e 16,9% em adultos homens e mulheres, respectivamente. Objetivo - Avaliar
quanto ao sexo, a alteração do IMC inicial e após 10 anos em pacientes com faixa etária de 20 a 60 anos. Metodologia - Estudo retrospectivo
e descritivo, realizado com 400 pacientes de ambos os sexos, sendo 50% de cada, com idade entre 20 a 60 anos, divididos em faixas etárias
com intervalo de cinco anos atendidos na Gastroclínica Cascavel. Para a coleta de dados, foi realizada uma análise de banco de dados
interno. Os dados de peso e estatura foram utilizados para cálculo do IMC e analisados conforme classificação deste índice. Resultados - A
faixa etária de 20 a 30 anos, em ambos os sexos, manteve a média de IMC normal por período de 10 anos. Notou-se um aumento gradual
em indivíduos do sexo masculino acima de 30 anos e principalmente no grupo com idade maior de 46 anos. A maioria dos pacientes com
avaliação de eutrofia inicial manteve-se neste padrão, bem como os pacientes com avaliação de sobrepeso/obesidade inicial. Conclusão - O
sobrepeso e obesidade foram recentes em indivíduos acima dos 30, principalmente do sexo masculino e não houve alterações importantes
em pacientes com eutrofia inicial.
?

1
UNIOESTE, Paraná; 2UNIPLAC, Santa Catarina; 3Gastroclínica Cascavel, Paraná.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 163


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.388
CONTRASTES NA MORTALIDADE POR NEOPLASIA ESOFÁGICA NO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
Michel Ribeiro Fernandes1, Guilherme Pereira Simor1, Maitê Pedrotti1, Martin Batista Coutinho da Silva1,
Eduardo Batista Schneider1, Daniele de Sena Brisotto2, Lieverson Augusto Guerra1

Resumo - Introdução - Estudos apontam que as diferenças socioeconômicas podem ser fatores relevantes na incidência de neoplasia de esôfago. His-
toricamente, o Rio Grande do Sul (RS) possui um desenvolvimento geográfico desigual, com predomínio de áreas rurais no sul do estado e urbano no
norte. Nos últimos anos, essa patologia apresentou um declínio de mortalidade significativo no RS, boa parte devido ao maior reconhecimento dos seus
fatores de risco. Objetivo/Método - Vinte e seis cidades do RS foram selecionadas aleatoriamente e agrupadas conforme sua localização geográfica entre
Norte e Sul. Todas tiveram suas taxas de mortalidade (TxM) por neoplasia esofágica calculadas entre os anos de 2000 e 2009, bem como o IDH. A fonte
de dados foi o DATASUS. Resultados - Comparando-se os grupos norte e sul obteve-se diferença significativa nas TxM (8,4 ± 6,1 vs. 9,8 ± 6,3; P=0,022),
respectivamente. Quanto ao gênero, os homens registram maior TxM em relação às mulheres (13,9 ± 3,0 vs. 4,4 ± 1,2; P<0,001). Analisando as TxM
com o IDH obtemos uma correlação entre estes (Pearson = -0,488; P=0,011). Conclusão - Nossas análises demonstram que há uma maior ocorrência
de óbitos por neoplasia esofágica no Sul do que no Norte do RS, apresentando como possível coadjuvante o nível de qualidade de vida menor no Sul.
Estudos futuros deverão correlacionar este achado com maiores ocorrências de fatores de risco como tabagismo, que pode por influência da fronteira ser
um fator primordial nos hábitos sociais e culturais da região sul do RS.

1
Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul; 2Hospital São Vicente de Paulo – HSVP, São Paulo.

TL.G.ESO.P.389
DISFAGIA ASSOCIADA À NEUROFIBROMATOSE
Fernanda Gonçalves Faria*, Bianca Gullo Espinola*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*,
Carlos Eduardo Brandão Mello*

Resumo - Introdução - Neurofibromatose (NF), neurofibroma e Schwannoma são os principais tumores do sistema nervoso periférico. Trata-se de
transtorno genético autossômico dominante com penetração completa e expressões fenotípicas diversas. A NF tipo 1 se manifesta como lesões prolife-
rativas microscópicas de nervos autônomos e células intersticiais (Cajal) até massas grosseiras de neurofibromas e tumores estromais gastroenintestinais
(GIST). Tem progressão crônica podendo levar à paresia facial e disfonia por compressão de nervos próximos. Manifestações digestivas ocorrem em 5-25%
e são tardias, surgindo em geral após as lesões cutâneas. Disfagia pode ocorre por comprometimento motor difuso do esôfago, neurinoma plexiforme
mimetizando lesão tumoral ou GIST. Relato de caso - Mulher, 69 anos, saudável, nega tabagismo e etilismo, diagnóstico de neurofibromatose em 2002,
evoluindo com disfonia, ptose palpebral e lesões cutâneas. Desde então, sintomas de RGE e disfagia progressiva para alimentos sólidos. Atualmente,
disfagia acentuada para líquidos e perda ponderal. EDA: Ausência de esofagite ou hérnia de hiato. Esofagomanometria - Aperistalse em 100% das de-
glutições. Conclusão - Disfagia é uma possível complicação de portadores da NF-1.

*Hospital Universitário Gaffree Guinle – UNIRIO, Rio de Janeiro.

TL.G.ESO.P.390
DIVERTÍCULO DE ZENKER - RELATO DE CASO
Pedro Lhermusieau Barros1, Hugo Silva Camilo2, Murilo Meneses Nunes1, Matheus Vieira Matos1,
Luiz Carlos Pedreira Barros3, Rodrigo Álvares Salum Ximenes1, Guilherme Andrade Lemes1,
Gustavo Honorato Godoi Martins1

Resumo - Introdução - Embora o divertículo de Zenker seja relativamente infrequente, ele deve ser sempre considerado em casos de disfagia, halitose
e doenças broncoaspirativas. Ele ocorre por uma dilatação infundibuliforme que aparece em paredes de órgãos tubulares e pode ser proveniente de
malformações congênitas, tração da parede de uma víscera por um processo inflamatório e herniação devido a um aumento da pressão intraluminal
associada a defeitos na camada muscular. Objetivo - Relato de caso de um paciente portador de um divertículo de Zenker. Relato do caso - Paciente, 52
anos, masculino, com história de disfagia alta, regurgitações, tosse ao ingerir alimentos e, no período noturno, associada à sensação de borborigmos
na região cervical. Ao exame radiológico e endoscópico há denuncia de volumoso divertículo faringoesofagiano (Divertículo de Zenker). Paciente foi
submetido à ressecção e sutura do esôfago. O RX após o procedimento cirúrgico evidenciou um bom resultado, trânsito esofagiano livre e ausência
de fistulização. Método - Relato de um caso com revisão bibliográfica. Discussão - O divertículo de Zenker consiste basicamente em uma deformação
sacular dilatada, localizada na parede póstero-inferior da mucosa faríngea. Embora seja pouco frequente, deve ser incluído no diagnostico diferencial
em quadros de halitose e disfagia. Conclusão - Deve-se sempre se atentar quanto à possibilidade de haver um divertículo de Zenker na presença de
sintomas característicos.

1
UFG; 2PUC-GO; 3Hospital Amparo, Goiás.

164 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.391
EPIDEMIOLOGIA DOS TUMORES MALIGNOS DO ESÔFAGO: CARCINOMA EPIDERMOIDE VERSUS
ADENOCARCINOMA
Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*, Mauro Masson Lerco*, Vania Cristina Lamônica*

Resumo - Dentre as neoplasias que acometem o trato gastro intestinal, o câncer do esôfago classifica-se entre aquelas de maior agressividade, tendo
em vista o diagnóstico tardio. O câncer do esôfago pode ser classificado, segundo a histologia, em carcinoma epidermoide (CE) e adenocarcinoma (AC).
O objetivo do presente trabalho é analisar a epidemiologia do câncer do esôfago, nos 2 tipos histológicos. Casuística e Método - Foram estudados 100
pacientes com câncer do esôfago (91 homens). Os pacientes foram divididos em 2 grupos de 50, na dependência da histologia: G1-carcinoma epidermoide
e G2-adenocarcinoma. Foram estudados: dados demográficos (idade, gênero, raça); avaliação nutricional (índice de massa corporal-(IMC), porcentagem
de perda ponderal (%PP), hemoglobina (HB), albumina sérica (ALB); hábitos de vida (Alcoolismo e tabagismo); esôfago de Barrett (EB). Resultados
- dados demográficos - idade e gênero, sem diferença; raça-maior incidência de raça negra no G1; avaliação nutricional-IMC-valores mais elevados em
G2 (p=0,006); %PP, HB e ALB-sem diferença entre os grupos; hábitos de vida-associação álcool/tabaco - valores mais elevados em G1; tabaco-valores
mais elevados no G2; EB: 6% em G2 e 0% em G1. Conclusões - 1) O CE é mais prevalente na raça negra; 2) O consumo associado do álcool e tabaco é
observado com maior frequência no CE; 3) O AC é mais prevalente na raça branca; 4) Obesidade, tabagismo e esôfago de Barrett são os fatores de risco
mais importantes para o AC.

*UNESP, São Paulo.

TL.G.ESO.P.392
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA (EE): UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Germana Jardim Marquez*, Norrara Amanda Teles
Martins*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*, André Rezek Rodrigues*, Danillo Gomes Leite*, Daniel Strozzi*

Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma entidade clínica patológica emergente que cursa com denso infiltrado eosinofílico no esôfago,
imunologicamente mediada e caracterizada clinicamente por sintomas de disfunção esofágica. É considerada uma doença isolada do esôfago. Relato de
caso - Paciente masculino, 23 anos, com epigastralgia há 2 anos, iniciou terapêutica com IBP, sem sucesso. Fez endoscopia digestiva alta (EDA) + biópsia
gástrica (gastrite leve). Dobrou-se a dose do IBP, associou-se um pró-cinético. Sem melhora, evoluiu com disfagia para sólidos. Realizada nova EDA, com
biópsia esofágica (90 eosinófilos/campo). Encaminhado ao serviço de alergia, porém não compareceu. Após três meses, apresentou episódio de impactação
alimentar, realizando EDA de emergência para desobstrução esofágica. Após o ocorrido, procurou o serviço de alergia onde realizou testes imediatos e
tardios evidenciando alergia respiratória (ácaros e barata) e alimentar (milho e soja). Iniciado tratamento para rinite alérgica, excluídos o milho, a soja e
seus derivados da dieta e inserido fluticasona (aerosol deglutido), 500mcg de 12/12hs. Após três meses, nova EDA não apresentou alterações. Foi retirada
a fluticasona e mantida a dieta. Paciente evoluiu assintomático. Conclusão - EE deve ser sempre lembrada em pacientes que apresentam sintomas de
disfunção gastro-esofágica e não estão evoluindo bem ao tratamento.

*PUC-GO, Goiás.

TL.G.ESO.P.393
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA CURSANDO INICIALMENTE COM ESTENOSE ESOFAGEANA.
RELATO DE CASO
Gilberto Borges do Prado Júnior1, Lucas Araújo Barbosa1, Ricardo Duarte Marciano1, Alexandre Augusto Ferreira Bafutto1,
Juliana de Paula Guimarães2, Sarah Vidal da Silva, Aurelio Ricardo Troncoso Chaves Júnior1, Mauro Bafutto4

Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma doença inflamatória do esôfago caracterizada por infiltração de eosinófilos no epitélio es-
camoso do esôfago. Acomete mais homens, sem relação clara com etnia ou raça. A fisiopatologia está relacionada com atopia em combinação com o
aumento de imunoglobulina E. Objetivo - Relatar um caso de EE com manifestação inicial de estenose esofágica. Relato de caso - L.C.F., 24 anos, sexo
masculino, relata que desde a infância tinha episódios de disfagia de alívio espontâneo. Há 1 ano e 8 meses teve episódio de impactação alimentar, sendo
realizada dilatação endoscópica com vela de Savary-Gilliard, devido a estenose grave do terço médio do esôfago, obtendo boa resposta ao tratamento.
Posteriormente, realizou nova endoscopia que revelou diminuição do calibre na porção média, sinais de esofagite moderada distalmente, além de biópsia
que evidenciou EE moderada com vários eosinófilos. Está em uso de esomeprazol 40 mg e prednisona 20 mg, atualmente em remissão do quadro. Dis-
cussão - A EE possui como sintomas clássicos disfagia, pirose, odinofagia e impactação de alimentos. O achado histológico caracteriza-se por eosinofilia,
acompanhada de microabcessos. A inflamação crônica pode levar a um processo irreversível de remodelação e estenose esofágica. No caso o paciente
apresentou estenose esofageana como manifestação inicial, o que comumente não ocorre em pacientes com EE. Concluímos que a EE pode manifestar-
-se inicialmente com estenose de esôfago.

1
PUC Goiás; 2Liga de Gastro - Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3Liga do Sistema Digestivo - Universidade Federal de Goiás; 4Instituto Goiano de Gastroenterologia, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 165


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.394
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
Danillo Gomes Leite*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Germana Jardim Marquez*,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Marília Adriano Mekdessi*, Daniel Strozzi*

Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma entidade clínica patológica emergente, imunologicamente imediada, cuja patogênese está
associada com atopia. Cursa com denso infiltrado eosinofílico no esôfago e clinicamente por sintomas de disfunção esofágica. Relato de caso - Paciente
masculino, 20 anos, com quadro de disfagia tolerável desde a infância. Negava demais sintomas. Há três anos, iniciou uma piora clínica caracterizada
por episódios de impactação esofágica e vômitos. Realizou endoscopia digestiva alta(EDA) que mostrou uma panesofagite com traqueização da mu-
cosa e subestenose anelar no esôfago cervical, além de hérnia hiatal por deslizamento de pequeno volume e gastrite antral enantematosa-nodular leve.
Biópsia do esôfago revelou 100 eosinófilos/campo. Paciente foi submetido a dilatação esofágica e iniciou tratamento com fluticasona 250 mcg, 4 jatos,
12/12 hrs; montelucaste de sódio 10 mg, 1 comprimido/dia; e pantoprazol 40 mg, 2 comprimidos/dia. Testes alérgicos revelaram-se positivos para leite,
carne de frango, soja, ácaros e picada de formiga. Paciente segue em tratamento medicamentoso e acompanhamento no serviço de gastroenterologia,
imunologia e nutrição. Apresentou melhora clínica. Conclusão - EE deve ser sempre lembrada em pacientes que apresentam história de atopia e sintomas
de disfunção gastro-esofágica, na ausência de doença do refluxo e resposta a provas terapêuticas. Na faixa etária pediátrica sua manifestação pode ser
mais inespecífica dificultando o diagnóstico precoce.

*PUC-Goiás.

TL.G.ESO.P.395
ESOFAGITE NECROTIZANTE AGUDA: CAUSA INCOMUM DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Bruno Pereira de Moraes*, Marina Paiva*, Rafaela Cristina Goebel Winter Gasparoto*,
Michelle Kucera Kesties*, Simone Lopes Guedes Moreira*, Leonardo Altieri*

Resumo - Introdução - A esofagite necrotizante aguda (ENA) é uma causa rara de hemorragia digestiva alta (HDA), resultante da combinação de
isquemia esofágica, corrosão pelo conteúdo gástrico e prejuízo nos mecanismos de reparação da mucosa. Objetivo - Relatar dois casos que ilustram
a condição, com desfechos distintos. Relatos de caso - Caso 1 - EPC, masculino, 40 anos, etilista crônico. Admitido por hematêmese há 12 horas. Sem
ingestão cáustica ou de AINE. EDA evidenciou pigmentação esofágica acastanhada circunferencial em esôfago distal. Histologia mostrou necrose da
mucosa esofágica. Tratado com jejum, cristaloides, nutrição parenteral total, inibidor de bomba de prótons (IBP) e sucralfato. EDA de controle revelou
mucosa esofágica normal. Reintroduzida dieta oral após 5 dias, com posterior alta hospitalar. Caso 2 - MPQ, feminino, 84 anos, hipertensa, diabética,
coronariopata. Internada por infecção urinária. Evoluiu com pneumonia nosocomial e melena. EDA evidenciou mucosa esofagiana enegrecida e friável.
Iniciados IBP, dieta enteral e suporte clínico. Paciente evoluiu com quadro séptico e óbito. Discussão/Conclusão - A ENA deve ser incluída no diagnóstico
diferencial da HDA. Tem causa multifatorial (isquemia esofágica associada à hipoperfusão em doenças críticas). A terapia é inespecífica: bloqueadores
da secreção ácida, medidas gerais, como hidratação, tratamento das patologias de base e repouso esofágico. O prognóstico é desfavorável, pela gravidade
das situações clínicas subjacentes.

*Hospital do Servidor Público Municipal - HSPM, São Paulo.

TL.G.ESO.P.396
ESTENOSE ESOFÁGICA APÓS INGESTÃO DE DRAMIN. RELATO DE CASO
Monica Yuri AYABE*, Marcelo Pacheco Gonçalves*, Mauro Masson Lerco*, Davi Lopes Luvizoto*,
Diego Cesar da Silva Pechutti*, Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*

Resumo - As estenoses benignas do esôfago têm diversas etiologias, sendo as mais comuns a péptica, a caustica, pós escleroterapia e medicamento-
sa. As medicações que causam lesões com maior frequência são: tetraciclina, acido ascórbico, sulfato ferroso e quinidina. A estenose esofágica após
ingestão de Dramin é um evento pouco comum, fato que motivou a presente comunicação. Relato de caso - Paciente feminina, 26 anos, branca, casada
apresentou síndrome labiríntica, sendo medicada com Dramin (suspensão). Logo após a ingestão da droga sentiu intenso formigamento da língua, com
edema e hiperemia da mesma, seguida de vômitos que duraram 2 semanas, inúmeras vezes por dia. Após tratamento os vômitos cessaram, porém iniciou
um quadro de disfagia progressiva, com perda de 20 kg em 2 meses. O exame contrastado do esôfago demonstrou estenose do mesmo, em extensão de
10cm, a qual foi confirmada por endoscopia. A paciente foi submetida a esofagectomia e esofagogastroplastia trans-hiatal com excelente evolução. Os
autores concluem que a droga ingerida (Dramin) deve ter causado efeito deletério na barreira anti refluxo gastroesofágico, acarretando diminuição da
pressão no esfíncter inferior do esôfago, episódios de refluxo gastroesofágico que culminaram com a estenose péptica, a qual foi confirmada por estudo
anatomopatológico da peça cirúrgica.

*UNESP, São Paulo.

166 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.397
ESTUDO DE UMA SÉRIE DE CASOS DE ESOFAGITE EOSINOFÍLICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE
BRASÍLIA
Káritas Rios Lima Matsunaga1, Cecília de Oliveira Maia Pinto1, Marcos de Vasconcelos Carneiro2, Julio Cesar VELOSO3, Flavio
Hayato EJIMA3,4, Stefânia Burjack Gabriel1,2,5, Técio de Araújo Couto2,6, Heinrich Bender Kohnert Seidler7,8

Resumo - Introdução - esofagite eosinofílica (EoE) é uma doença esofágica crônica, de baixa prevalência, mediada por imuno/antígenos, caracterizada
histologicamente por inflamação eosinofílica. Objetivo - descrever as características clínicas, endoscópicas e histológicas de casos de pacientes com EoE.
Método - estudo descritivo de uma série de casos, formada por pacientes com infiltração eosinofílica da mucosa esofágica entre os anos de 2010 e 2013
num centro médico privado. Foram coletados dados clínicos e endoscópicos do pedido de biópsia e do laudo histopatológico, sendo o diagnóstico de EoE
firmado pela presença de 20 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento em pelo menos um fragmento da mucosa esofágica. Casuística - 54058
pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta. Resultados - 280 (0,5%) exibiram infiltrado eosinofílico no esôfago, sendo 72,14% do sexo masculino;
idade média de 33,94 anos (10-69 anos). Resgatou-se o pedido de biópsia em 260 dos casos, com 85,38% apresentando suspeita clínica de EoE; 53,46%
com descrição de alterações endoscópicas, sendo 64,74% destes com características sugestivas de EoE, e 75,76% sem menção aos sintomas clínicos. Em
92,8% dos casos, realizaram-se biópsias gástricas, sendo detectado H. pylori em 36,15%. Detectou-se fibrose subepitelial em 38,57%. Conclusão - A EoE
apresentou baixa prevalência, idade média 33,94 anos; gênero masculino predominante; alta suspeição clínica e fibrose subepitelial detectada em mais
de 1/3 dos casos.

1
HFA; 2HBDF; 3Gastroscope; 4HRT; 5Gastro e Fígado; 6Unidade de Fígado; 7Laboratório Brasiliense; 8UnB, Brasília.

TL.G.ESO.P.398
HISTOPLASMOSE ESOFÁGICA: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Thaís David Das Neves Alves2, Sebastião Alves Pinto1, Thaysa Cardoso Silva3,
Maria Luiza Freire Santos Silva2, Natalia Orquisia Luz Hoesker2, Mariana Ferreira Mazzoni2, Daniela Medeiros Milhomem Cardo4

Resumo - Introdução - A histoplasmose é uma micose profunda causada por Histoplasma sp., proveniente de excrementos de morcegos e aves. Pode
ter envolvimento pulmonar ou sistêmico. Lesões aerodigestivas superiores são encontradas principalmente associadas à doença sistêmica, afetando prin-
cipalmente imunossuprimidos (p.ex. HIV). A infecção se dá através da inalação dos conídeos. Dentro de complexos macrofágico-linfoides, o fungo irá
multiplicar-se, alcançando linfonodos e, em seguida, a circulação sistêmica, instalando-se em órgãos (p.ex. esôfago). Objetivo - Relatar caso de paciente
Imunocomprometido com Histoplasmose Esofágica(HE). Relato de caso - Paciente do sexo masculino (A.V.D) de 47 anos, HIV positivo. Quadro clínico
de disfagia rapidamente progressiva, pirose e queda importante do estado geral. No exame endoscópico foi evidenciado extensos focos de ulceração com
depósitos de fibrina. Realizado múltiplas biópsias, as quais revelaram em estudo histopatológico mucosa esofágica exibindo epitélio escamoso com extensa
área erosiva recoberta por induto fibrinoleucocitário e acentuada reação inflamatória crônica granulomatosa com células gigantes multinucleadas perme-
adas por numerosas estruturas leveduriformes identificáveis à Histoplasma sp. O paciente entrou em protocolo de tratamento para SIDA e antifúngicos
com boa resposta terapêutica. Conclusão - A HE, assim como outras doenças oportunistas, podem complicar casos de pacientes imunocomprometidos
e devem ser prontamente identificadas e combatidas em tempo hábil.

1
INGOH, Goiás; 2Faculdade de Medicina de Petrópolis, Rio de Janeiro; 3Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás; 4Hospital São Salvador, Goiás.

TL.G.ESO.P.399
MIGRAÇÃO AGUDA DA VÁLVULA APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Juliana Abbud Ferreira*, Renato Araujo Pereira*,
Ricardo Staffa*, Roger Willian Fernandes Moreira*

Resumo - Introdução - Com a videolaparoscopia no tratamento da DRGE houve um aumento significativo das operações, com recuperação mais rápida,
menor dor e melhor aceitação pelos pacientes. Uma das complicações da é a migração da fundoplicatura para o tórax, que ocorre em 0,2 a 6% dos casos.
Esta complicação pode ocorrer pela liberação insuficiente do esôfago, defeito na confecção da hiatoplastia, dissecção extensa do fundo gástrico com
ligadura dos vasos breves, entre outras causas. O diagnóstico é feito pela sintomatologia clínica, alterações radiológicas e/ou tomográficas. O tratamento
é a cirúrgico. Objetivo - DAPS, 37 anos, feminino, com dor epigástrica, náuseas e vômitos, procura o PS no 20°PO hiatoplastia e fundoplicatura à Nissen.
Realizado RX tórax com migração do estômago para o tórax, confirmada pelo EED e TC. Submetida a nova laparoscopia, com redução da hérnia e
confecção de nova fundoplicatura e reforço com tela. Resultados - Paciente evolui com melhora dos sintomas, dieta líquida no segundo dia de PO e alta
no quarto dia. Em retornos sequenciais não apresentou novas queixas com boa aceitação da dieta. Conclusão - A migração da válvula anti-refluxo para o
tórax é complicação rara, porém esperada na operação de tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, seu tratamento deve ser cirurgia de urgência,
que pode ser realizada também pela via laparoscópica e com o uso de prótese no reforço do pilar esofagiano.

*Gastromed, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 167


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.400
PRESBIESÔFAGO E DISFAGIA - UM RELATO DE CASO
Bárbara Falcão Rodrigues URBANO*, Alessandra Pressotti Correia*, Luciana Cristina Polli*,
Renato Katipiam Giron*, Alexandre Venâncio de Sousa*, Roberto Anania de Paula*

Resumo - Introdução - O termo presbiesôfago caracteriza um conjunto de alterações na manometria durante a peristalse do esôfago. Os principais
sintomas são disfagia, dor torácica, regurgitação e pirose. Objetivo - Chamar a atenção para o presbiesôfago como diagnóstico diferencial de neoplasia
na disfagia progressiva. Material e Métodos - Estudou-se um caso de uma paciente, 85anos, que chegou ao hospital com queixa de importante perda
ponderal e disfagia progressiva há 1 ano, tosse crônica, regurgitação e inapetência há 1 semana. Foi submetida a endoscopia digestiva alta e EED que
evidenciaram esôfago de diâmetro aumentado em toda sua extensão e estreitamento fixo em seu terço médio, sendo confirmado o diagnóstico de pres-
biesôfago. Discussão - Com o aumento da expectativa de vida torna-se necessário o conhecimento sobre as alterações dos diversos sistemas relacionadas
ao envelhecimento. Alguns autores relatam que o presbiesôfago pode estar relacionado a doenças como o diabetes mellitus ou ao uso excessivo de medi-
cações. Nesse caso, entretanto, a paciente não apresentava comorbidades ou fazia uso de medicamentos Conclusão - Em pacientes com história de perda
ponderal e disfagia progressiva a hipótese de neoplasia deve ser considerada. Uma vez afastada, outros diagnósticos diferenciais, como o presbiesôfago,
merecem destaque, uma vez que em muitos casos pode mimetizar uma estenose neoplásica.

*Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo.

TL.G.ESO.P.401
SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR POR ACALASIA CHAGÁSICA
Dulcyane Ferreira de Oliveira 1,2, Matheus Augusto Ferreira Guimarães1,2, Anna Carolina Franco1,2,
Tabata Natashe Vicente Machado2, Igor Carlos Dueti Vilalba Souza De Abreu2, Ademar Garcia2

Resumo - Introdução - A síndrome da artéria mesentérica superior (SAMS) é uma doença rara (0,2-1%), caracterizada por compressão da terceira
porção do duodeno pela artéria mesentérica superior e aorta abdominal, causando obstrução gastrointestinal alta. Objetivos - Descrever um caso clínico
de um paciente com acalasia chagásica, que desenvolveu SAMS por consumpção devido à doença de base e analisar esta associação. Método - Relato de
caso e revisão literária. Resultado - Paciente, sexo masculino, 60 anos, portador de Doença de Chagas, desnutrido, encaminhado ao serviço de cirurgia
geral do Hospital Geral Universitário para correção cirúrgica de megaesôfago chagásico grau II. Radiografia baritada não evidenciou SAMS, sendo feito
diagnóstico intra-operatório. Realizou-se uma cardiomiomectomia à Heller - 08 cm acima e 02 cm abaixo da cárdia, preservando-se a mucosa esofágica
íntegra; confecção de válvula anti-refluxo à dor e hiatoplastia posterior; além da realização de duodenojejunoanastomose látero-lateral trans-mesocólica,
entre a segunda porção do duodeno e jejuno, a 15 cm do ângulo de Treitz. Paciente, evoluiu em boas condições clínicas, recebendo alta hospitalar em 6º
pós-operatório, com ganho ponderal de 05 kg em 02 meses. Conclusão - No Brasil a Doença de Chagas é endêmica, e os médicos precisam estar cientes
desta associação rara, a fim de seu reconhecimento precoce para permitir uma abordagem adequada, interrompendo o ciclo de perda de peso e obstrução
intestinal secundário a SAMS.

HGU; 2UNIC,
1

TL.G.ESO.P.402
TUBERCULOSE ESOFÁGICA: RELATO DE CASO
Vanessa Camelier de Assis CARDOSO*, Marcos Clarêncio Batista Silva*, Igelmar Barreto Paes*, Maria Alice Pires Soares*, Maria
Conceição Galvão Sampaio*

Resumo - Tuberculose esofágica. Introdução - O envolvimento esofágico por micobactérias é raro. Usualmente decorre de lesão por contiguidade a
partir de estruturas adjacentes como linfonodos mediastinais. Disfagia é o principal sintoma. EDA com biópsia é o exame diagnóstico de escolha, sendo
a TC de tórax útil para diferenciação entre lesão esofágica primária e secundária. O tratamento é baseado no esquema RIPE por 6 - 9 meses com bom
prognóstico. Relato de caso - Paciente hígido com relato de dor torácica e disfagia progressiva, há 3 semanas. Nega tosse ou febre. Perda ponderal não
quantificada no período. EDA evidenciou em esôfago médio, úlcera ovalar, profunda, friável, medindo cerca de 3 cm, bordos regulares, base recoberta
por fibrina e orifício marginal sugestivo de fístula. TC de tórax com lesões em região para-traqueal e infra-carinal, sugestivas de linfonodos mediastinais
patológicos, sem alteração no parênquima pulmonar. Intradermorreação de Mantoux reator (30 mm). Sorologia para HIV negativa. A biópsia da lesão
revelou processo inflamatório crônico granulomatoso com necrose caseosa e tecido de granulação, sugestivo de tuberculose. Baciloscopia negativa.
Realizou tratamento com esquema RIPE por 06 meses com regressão da lesão esofágica. Conclusão - É importante o reconhecimento desta entidade no
diagnóstico diferencial das lesões esofágicas, também em pacientes imunocompetentes, uma vez que o diagnóstico e a intervenção precoces implicam
melhor prognóstico.

*Serviço de Endoscopia Digestiva e Centro de Hemorragia Digestiva Prof. Dr. Igelmar Barreto Paes - Hospital Geral Roberto Santos, Bahia.

168 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.ESO.P.403
TUMOR DE CÉLULAS GRANULOSAS (TUMOR DE ABRIKOSSOFF) DE
ESÔFAGO – RELATO DE CASO
Cecília Pacheco Lemes*, João Luiz Brisotti*, Clayton Pacheco Lemes*, Stephanie Kalandra Müller*

Resumo - O tumor de células granulares (TCG) é uma neoplasia rara, descoberta por Abrikossoff em 1926, com forte evidência de possuir origem
neural. A neoplasia apresenta lesões geralmente benignas e mais comumente encontradas na região de cabeça e pescoço (50%). Sua localização no
trato gastrointestinal é incomum (8%), sendo mais frequente no esôfago do que em outras partes. A literatura descreve presença de TCG em 0,012
a 0,033% das endoscopias digestivas altas realizadas, sendo que esta proporção se repete em materiais de autópsia. O artigo tem como objetivo
descrever o caso de um paciente com esse diagnóstico incidental endoscópico, bem como discutir achados clínicos, endoscópicos, patológicos, e seu
acompanhamento ambulatorial.

*Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, São Paulo.

TL.G.ESO.P.404
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL TRATADO COMO PSEUDOCISTO PANCREÁTICO
Raíssa Espírito Santo Almeida*, Renato Duffles Martins*, Vitorio Luís Kemp*,
Charliana Uchoa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Marina Santos e Souza*,
Vanessa Paula Lins Porto Mota*, Alex Baia Gualter Leite*

Resumo - Introdução - Os tumores estromais gastrointestinais (GISTs) são relativamente raros, representando 1 a 3% das neoplasias malignas do TGI.
Tipicamente, se apresentam como neoplasias subepiteliais, que se originam em qualquer local do trato digestivo, principalmente no estômago e intestino
delgado, mas podem ocorrer também em sítios extraintestinais, como omento, mesentério e retroperitônio. Relato do caso - Paciente do sexo feminino,
74 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes tipo 2, apresentando na TC de abdome lesão cística abdominal retrogástrica, complexa, em amplo
contato com o parênquima pancreático, de grande volume (28 x 26 x18 cm), com paredes levemente irregulares, acompanhada de sintomas compressivos
e perda de peso. Com a hipótese diagnóstica de pseudocisto pancreático, foi submetida a cistojejunoanastomose com reconstrução em Y de Roux, para
drenagem do mesmo. Evoluiu com anemia e quadro de melena, sendo internada para investigação. Realizados EDA, colonoscopia, cintilografia e arterio-
grafia, sem definição do sítio de sangramento. Devido à hipótese de sangramento pela lesão cística, a paciente foi submetida a duodenopancreatectomia.
A análise morfológica da peça cirúrgica, associada ao perfil imuno-histoquímico, foi compatível com tumor estromal gastrointestinal (GIST) de alto grau
histológico de malignidade. No pós-operatório, a paciente evoluiu a óbito, secundário a sepse foco abdominal.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.ESO.P.405
TUMORES SINCRÔNICOS DO ESÔFAGO
Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*, Mauro Masson Lerco*, Walmar Kerche de Oliveira*

Resumo - Os tumores sincrônicos (TS) são lesões neoplásicas em número de duas ou mais, localizadas em um mesmo órgão. Os TS do cólon são
comuns e observados em 20% dos espécimes ressecados. Todavia os TS do trato digestivo alto são raros. O objetivo desta comunicação é apresentar os
aspectos epidemiológicos e clínicos de pacientes com TS do esôfago. Dentre os 190 pacientes com câncer do esôfago atendidos (CE) nos últimos 10 anos
em nossa instituição, 10 apresentavam TS (grupo 1). A epidemiologia, clínica e evolução desses pacientes foi comparada com 10 pacientes com CE com
lesão única (grupo 2). Os pacientes do grupo 1 eram 8 homens, com idade média de 60,6 anos. No grupo 2, a idade média foi de 56,4 anos, acometendo
10 homens. Em todos os pacientes (n = 20), o tipo histológico observado foi o carcinoma epidermoide. Nos pacientes com TS, as localizações preferen-
ciais das lesões foram os segmentos médio e distal do esôfago (n = 9). No grupo 2, 3 pacientes apresentavam a lesão no segmento médio, 3 no distal e
2 no superior. O consumo de álcool foi referido por 8 pacientes do grupo 1 e no grupo 2, por todos os pacientes. O uso do tabaco foi confirmado por
todos os pacientes. O estudo tomográfico revelou doença avançada em todos os pacientes. A sobrevida média dos pacientes do grupo 1 (6,6 meses) não
diferiu da observada no grupo 2 (6,5 meses). Os autores concluem que a epidemiologia, clínica e evolução dos pacientes com TS do esôfago não diferem
da observada naqueles com lesão única.

*UNESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 169


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.406
Pôsteres • ESTÔMAGO/DuODENO

A PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO COMO CAUSA DE INTERNAÇÃO EM


HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA DE JOÃO PESSOA - PB
Frederico Tácito Rodrigues de Souza1, Iana Lícia Cavalcanti de Castro1, Thiago Mendonça Ferreira1, Geiza Fernanda Filgueira Alcindo1,
Vitor Regis Caroca2, Rafael da Cruz Rios Sampaio1, Danillo Teixeira Vilas Boas1, Wellington Hugo da Silva1

Resumo - As Doenças do Aparelho Digestivo (DAD) são cada dia mais frequentes contribuindo com uma parcela importante nos números de atendi-
mentos e internações nos serviços conveniados ao SUS. No estado da Paraíba, no ano de 2008, as DAD correspondiam a 7,49% das causas de internações.
Os objetivos desta pesquisa são analisar a prevalência das DAD como causa de internação em hospitais da rede pública de saúde de João Pessoa - PB, entre
os anos de 2008 e 2012 e observar a oscilação dos números. A pesquisa de campo é do tipo observacional, com abordagem descritiva. Os dados da pesquisa
foram colhidos no portal do DATASUS. A amostra analisada foi de 417.355 internações. Neste período as DAD foram responsáveis por 34.095 internações
hospitalares, o que representa 7,23% do total. Em 2008 as DAD correspondiam a 7,49% das causas de internações; no ano seguinte esse valor subiu para
7,64%; em 2010 subiu 0,89% em relação ao ano anterior. Em 2011 chegou ao seu ápice com 8,80%; já em 2012 houve uma pequena regressão, caindo para
8,29%. Apesar da regressão no último ano da amostra, o estudo observou uma taxa de crescimento de 0,16% ao ano, o que representa um aumento de 261
internações a cada ano. A maior oscilação ocorreu entre 2009 e 2010, que foi de 0,89%, o que representa 968 internações a mais em relação ao ano anterior.
Conclui-se que as DAD segue um crescimento linear e com uma participação importante no número global de internações no período compreendido.

Faculdade de Medicina Nova Esperança; 2UFCG, Paraíba.


1

TL.G.EST/DUO.P.407
A PREVALÊNCIA DAS ÚLCERAS GÁSTRICA E DUODENAL COMO CAUSA DE INTERNAÇÃO NA REDE
PÚBLICA DE SAÚDE DE JOÃO PESSOA - PARAÍBA
Frederico Tácito Rodrigues de Souza1, Iana Lícia Cavalcanti de Castro1, Thiago Mendonça Ferreira1, Rafael da Cruz Rios Sampaio1,
Geiza Fernanda Filgueira Alcindo1, Wellington Hugo da Silva1, Victor Regis Caroca2, Danillo Teixeira Vilas Boas1

Resumo - As Úlceras Gástricas e Duodenais (UGD) são patologias que podem gerar quadros sintomatológicos importantes que levam o paciente a
procurar os serviços de urgência devido ao seu poder de morbimortalidade. Dentre as úlceras, a gástrica é a mais frequente, porém as duas são agrupadas na
mesma classificação do DATASUS. Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência das Úlceras Gástricas e Duodenais como causa de internação
em hospitais da rede pública de saúde de João Pessoa-PB no ano de 2012 e visualizar a sua relevância dentre as causas de internações agrupadas nas DAD.
A presente pesquisa de campo é do tipo observacional com abordagem descritivo, onde foi analisada uma amostra de 85.629 internações na rede pública de
saúde de João Pessoa, referente ao ano de 2012. Os dados foram colhidos no portal DATASUS. Dentre as 85.629 internações, as DAD foram responsáveis
por 7.100, o que representa 8,29% das internações no período. As UGD foram responsáveis por 0,69% das internações por DAD e 0,05% das internações
totais, o que equivale a 49 internações. No mês de janeiro do ano pesquisado não foi registrado nenhuma internação por UGD e o mês setembro foi o que
mais registrou, num total de 11, gerando uma média de 04 internações por mês. Conclui-se que as UGD contribuíram com um número pequeno no total das
internações, tanto dentre as DAD quanto ao número total de internações e observou-se um aumento discreto em relação ao ano anterior.

Faculdade de Medicina Nova Esperança; 2UFCG, Paraíba.


1

TL.G.EST/DUO.P.408
ADENOCARCINOMA DISCOESIVO GÁSTRICO PRECOCE: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Sebastião Alves Pinto1, Kennedy Carlos da Costa Silva2, Thaysa Cardoso Silva3,
Paulo Teodoro Bueno Lopes4, Thais David das Neves Alves5, Camila Dutra Pimenta3, Guilherme Andrade Lemes3

Resumo - Introdução - Adenocarcinoma Discoesivo Gástrico (ADG) é uma das variantes de tumores gástricos malignos segundo classificação da OMS-
2010 e corresponde ao subtipo Difuso da classificação de Lauren. Caracterizado por baixa diferenciação associada a células em anel de sinete e ao padrão de
crescimento infiltrativo por células isoladas. Sua relevância decorre, sobretudo, da maior incidência em jovens, do comprometimento linfonodal exuberante e
da baixa sobrevida no diagnóstico tardio, que é bastante frequente. Objetivos - Relatar aspectos clínico-patológicos de um caso ADG precoce. Casuística - 1
caso. Relato de caso - Paciente do sexo feminino 62 anos, evoluindo progressivamente com sintomas dispépticos há 6 meses. Na endoscopia digestiva alta a
distensibilidade gástrica era preservada e foram evidenciadas lesões erosivas rasas em antro e corpo, sendo realizadas múltiplas biópsias. Análise histopato-
lógica revelou adenocarcinoma gástrico invasor, com padrão histológico discoesivo com células em anel de sinete (difuso), em 15% da amostra. Não foram
evidenciadas invasão angiolinfática, perineural nem extensão para submucosa. Realizada nova endoscopia com biópsia, confirmando o diagnóstico prévio
de ADG precoce. Paciente seguiu para tratamento em Natal-RN. Conclusão - O diagnóstico precoce do ADG é infrequente, sobretudo em fases iniciais, e
quando realizado gera dúvidas quanto ao melhor manejo, sendo este um campo para discussão e estabelecimento de consensos específicos.

INGOH, Goiás; 2Hospital Santa Isabel, São Paulo; 3Faculdade de Medicina – UFG, Goiás; 4Faculdade de Medicina – UFMT, Mato Grosso; 5Faculdade de Medicina de Petrópolis,
1

Rio de Janeiro.

170 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.409
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE
CASO
Tatiane E. de Souza*, Leticia Rosevics*, Ricardo H. Camiña*, Sérgio O. Ioshii*, Fábio Kakitani*,
Sandra Teixeira*, Sérgio Bizinelli*

Resumo - Introdução - O câncer gástrico (CG) é raro abaixo dos 40 anos, com diagnóstico tardio. Objetivo - Relatar caso de adenocarcinoma gástrico
em paciente jovem. Relato de caso - F.C.S., masculino, 39 anos, tabagista e etilista. Admitido por abdome agudo e irritação peritoneal, submetido à
laparotomia exploradora com úlcera gástrica pré-pilórica de parede anterior perfurada, biópsia negativa para malignidade, submetido à ulcerorrafia
a Graham com boa evolução. Ao acompanhamento teve perda de 8 kg e desconforto epigástrico. À endoscopia digestiva alta apresentou lesão úlcero-
-vegetante de antro gástrico, subestenosante, de bordos irregulares, limites imprecisos, friável. Primeiramente biópsia inconclusiva, na sequência diagnós-
tico de adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado. No intra-operatório caracterizou-se irressecabilidade, extensão para duodeno, cabeça de
pâncreas, vasos mesentéricos e acometimento linfonodal; optando-se por gastroenteroanastomose paliativa. Encaminhado à Oncologia, para tratamento
de adenocarcinoma gástrico IIIc. Discussão - Abaixo dos 40 anos o CG, apesar de adenocardinoma, é mais agressivo, tem escassa sintomatologia inicial
e diagnóstico tardio, com prognóstico reservado e baixa sobrevida. Os poucos trabalhos publicados sobre essa faixa etária dificultam a análise e con-
clusão mais consistente. Conclusão - O adenocarcinoma gástrico pode ter sintomatologia atípica, principalmente em baixa idade, possibilitando apenas
tratamento paliativo ao diagnóstico.

*UFPR, Paraná.

TL.G.EST/DUO.P.410
ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA HELICOBACTER PYLORI EM PACIENTES
DISPÉPTICOS DE UMA CLÍNICA DE ENDOSCOPIA NA CIDADE DE MANAUS
Luiz Carvalho Neto*, Juliana Vianna Pereira*, Ana Beatriz da Cruz Lopo de Figueiredo*,
Michelle Miranda Passarinho*, Diego Rocha de Lucena Herrera Mascato*, Nathalie Xavier de Almeida*

Resumo - Helicobacter pylori é uma bactéria associada à presença de inflamação crônica da mucosa gástrica, úlcera péptica, e em casos mais graves,
ao câncer gástrico. De acordo com estudos anteriores, a prevalência de infecção pela bactéria foi em torno de 70% no estado do Amazonas. O objetivo
do estudo foi comparar três métodos diagnósticos: histopatologia de biópsia gástrica, teste da urease e PCR. Para tanto, 60 pacientes dispépticos, com
indicação de endoscopia digestiva alta (EDA) e biópsia gástrica foram avaliados quanto à presença da bactéria no estômago, durante período de janeiro de
2007 a novembro de 2009. Após o consentimento livre e esclarecido dos pacientes e aplicação de um questionário, foi realizada a EDA com biópsia, sendo
retirados 5 fragmentos do antro, para realização da análise histopatológica, teste de urease e PCR; e mais dois fragmentos do corpo para o histopatoló-
gico. Quanto aos resultados, no histopatológico do antro, a H. pylori estava presente em 33 (55,0%) pacientes. Já no exame histopatológico do corpo, foi
encontrada em 19 (31,7%) pacientes, e no teste da urease e PCR, a H. pylori foi positiva em 14 (23,0%) pacientes. Comparando os três métodos, conclui-se
que o histopatológico antral possui maior especificidade (92,6; 96,3; 96,3, respectivamente comparado com o histopatológico do corpo, urease e PCR)
que sensibilidade (51,5; 39,4; 39,4 respectivamente). A prevalência da bactéria constatada neste estudo (58,3%) foi inferior à encontrada no Amazonas.

*UFAM, Amazonas.

TL.G.EST/DUO.P.411
AVALIAÇÃO DA MORBIDADE POR CÂNCER DE ESTÔMAGO NO PERÍODO DE 2008 A 2012 EM GOIÁS
Fabianna Silva Almeida*, Gyovanna Lourenço Luz Alves*, Isabela Palmeira Gomes*, Rodrigo Almeida Matos*,
Mayara Moreira de Deus*, Bruna Borges Lamounier*, Bruna Arrais Dias*, Mayra Freitas Storti*

Resumo - Introdução - A incidência e a mortalidade do câncer de estômago (CAE) encontram-se entre as cinco principais localizações primárias de
câncer no mundo, sendo a maioria dos casos nos países em desenvolvimento. O pico de incidência se dá em homens, por volta dos 70 anos. No Brasil,
está em terceiro lugar entre homens e em quinto, entre as mulheres. No resto do mundo, há um declínio nos países mais desenvolvidos. Os principais
fatores etiológicos são a infecção por Helicobacter pylori e a dieta. Objetivo - Analisar a morbidade por CAE entre os anos 2008 a 2012 no estado de
Goiás. Casuística e Métodos - Estudo epidemiológico descritivo de base populacional em que considera a base de dados do sistema de informação epi-
demiológica e de morbidade no Sistema Único de Saúde. A classificação da morbidade por CAE baseou-se na Classificação Internacional de Doenças
(CID): Neoplasias (tumores) Capítulo II da CID 10, lista de morbidade: Neoplasia maligna do estômago. Resultados - Foram registrados 1643 casos de
CAE em Goiás entre 2008 e 2012. O número de casos em cada ano, respectivamente, foi: 284, 362, 309, 363, 325. Conclusão - O estudo demonstrou que
entre os anos analisados houve uma similaridade dos valores, mantendo-se alto os valores de morbidade. É necessário, portanto, a implementação de
estratégias que previnam o CAE, como melhorias na conservação dos alimentos, saneamento básico e alterações no estilo de vida.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 171


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.412
DETECÇÃO E ANÁLISE DA TRANSLOCAÇÃO CROMOSSÔMICA T(11;18)(Q21;Q21) EM PORTADORES
DE LINFOMA MALT GÁSTRICO
Karine Sampaio Lima*, Vitor Nunes Arantes*, Walton Albuquerque*, Ana Paula Drummond LAGE*,
Luiz Gonzaga Vaz COELHO*

Resumo - Linfomas MALT representam aproximadamente 7% de todos os linfomas não-Hodgkin e, no mínimo, 1/3 deles se apresentam como linfo-
ma MALT gástrico primário (LMG). A proliferação do LMG de baixo grau é estimulada por cepas de H. pylori (presente em torno de 90% dos casos).
A erradicação do microrganismo induz remissão completa do LMG de baixo grau em torno de 80% dos casos. Tem sido sugerido que a presença da
translocação genética t(11;18)(q21;q21), condicionaria independência das células do LMG ao estímulo antigênico, com consequente não regressão tu-
moral após erradicação do H. pylori. Objetivo - Estudo da presença da t(11;18) em oito pacientes com LMG. Métodos - Transcrição reversa - reação em
cadeia da polimerase (RT-PCR), a partir de biópsias gástricas de LMG armazenadas em RNAlater®, utilizando primers específicos para API2-MALT1.
Resultados - Por eletroforese em gel de agarose identificou-se a translocação em 50% (4/8) dos casos. Entre eles, dois (50%) apresentaram regressão his-
tológica tumoral após erradicação do microrganismo e os dois restantes necessitaram tratamento quimioterápico. Entre os quatro casos sem a presença
da t(11;18) obteve-se remissão completa do LMG após erradicação da bactéria em três deles, sendo o outro caso identificado como LMG de alto grau.
Conclusões - A implantação da metodologia para avaliar a presença da t(11;18) pode contribuir para melhor compreensão quanto à patogenicidade do
LMG e definição mais precoce da terapêutica ideal.

*Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.

TL.G.EST/DUO.P.413
DIAGNÓSTICO PRECOCE DE TUMOR NEUROENDÓCRINO DUODENAL: RELATO DE CASO
Andressa Monteiro Sizo*, Bruno Pereira de Moraes*, Rafaela Cristina Goebel Winter Gasparoto*,
Michelle Kucera Kesties*, Leonardo Altieri*

Resumo - Introdução - Os tumores neuroendócrinos (TNE) são neoplasias raras. O tubo digestivo é o principal sítio e apenas 2% deles acomete o
duodeno. Costumam ter diagnóstico tardio, já em estágio avançado, pelo curso indolente e sintomatologia frustra. Objetivo - Relato de caso clínico de
TNE duodenal, em que diagnóstico foi precoce e o tratamento não invasivo. Relato de caso - ORM, feminino, 77 anos, assintomática, em investigação de
anemia ferropriva. Endoscopia Digestiva Alta visibilizou formação elevada séssil de 4 mm em bulbo duodenal. Anatomopatológico foi compatível com
TNE. Solicitada ecoendoscopia, que revelou lesão restrita à camada mucosa profunda e ausência de linfonodos perilesionais. Estadiamento tomográfico
não mostrou metástases. Submetida à ressecção endoscópica da lesão, como proposta terapêutica curativa. Discussão - A sintomatologia dos TNE é
diversas vezes frustra, variando conforme a localização e a produção endócrina do tumor. Menos de 10% dos pacientes com TNE duodenal têm sintomas,
levando ao diagnóstico tardio e em fase metastática. Tumores < 1 cm e confinados à submucosa podem ser estadiados e ressecados pelo auxílio de eco-
endoscopia, que deve ser considerada em pacientes de idade avançada e com comorbidades. Conclusão - O diagnóstico precoce dos TNE é fundamental
para melhora do prognóstico. Assim, deve ser conhecido por gastroenterologistas, cirurgiões e endoscopistas, que devem incluir essa possibilidade no
diagnóstico diferencial de lesões elevadas duodenais.

*Hospital do Servidor Público Municipal – HSPM, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.414
DOENÇA CELÍACA ASSOCIADA À SÍNDROME DE DOWN - RELATO DE CASO
Dayana Forti Colleta Borotti*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*, Carlos Eduardo Brandão Mello*

Resumo - Introdução - Doença Celíaca (DC) ou Enteropatia Sensível ao Glúten é doença inflamatória auto-imune da mucosa e submucosa duodenal,
causada pela ingestão de glúten por indivíduos geneticamente susceptíveis. É comum associação com história familiar (1o grau), Síndrome de Down (SD),
Turner, William, Addison, Sjogren, Diabetes Mellitus tipo I e Anemia Ferropênica. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, diarreia crônica,
distensão abdominal, perda de peso e atraso de crescimento. Na SD, a suspeita clínica da DC pode não ser aventada devido à ausência de sintomas típicos
e dificuldade na coleta de dados com o paciente. Relato de caso - Mulher, 18 anos, portadora de Síndrome de Down e hipotireoidismo, há 4 meses com
epigastralgia, náusea e inapetência. Exames laboratoriais - Anticorpos (AC) Anti-Endomísio reagentes - IgM, IgA 1/80 e IgG 1/20; AC Anti-Gliadina
reagentes - IgG 60 U/ml e IgM 114 U/ml. EDA - Bulbo duodenal de aspecto nodular e diminuição de vilosidades em segunda porção duodenal caracte-
rística importante para o diagnóstico da DC. Anatomopatológico - Duodenite Crônica, infiltrado inflamatório linfoplasmocitário e alguns eosinófilos,
atrofia duodenal acentuada tipo III nos Critérios de Marsh-Oberhaud compatível com Doença Celíaca. Conclusão - Em portadores de SD e sintomas
gastro-intestinais a associação com DC deve ser lembrada.

*Hospital Universitário Gaffre Guinle, Rio de Janeiro.

172 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.415
DOENÇA DE MÉNÉTRIER: RELATO DE CASO
Lívia Maria Barbosa Moreira*, Camila Adour Mendes*, Diana de Castro Vivas*, Marina Dodsworth de Barros*,
José Edmilson Pereira e Silva*, Marcius Silveira BATISTA*, Elisa Oliveira*, Luis Pinheiro Quinelatto*

Resumo - Relato de caso - Doente 50 anos, sexo feminino, sem antecedentes relevantes, recorreu ao Serviço de Gastroenterologia do Hospital Naval Marcílio
Dias, com queixa de epigastralgia, náusea, plenitude pós prandial e perda ponderal de 18 kg com evolução de dois anos. Endoscopia digestiva alta, identificou
aumento difuso das pregas gástricas ao nível de corpo e fundo e diminuição da distensibilidade do órgão após insuflação de ar. Mucosa antral normal. Foi
submetida a três exames endoscópicos com realização de biópsias utilizando fórceps padrão cujo estudo histológico revelou Gastrite Crônica moderada.
Optou-se por realizar macrobiópsia com alça diatérmica. A análise deste material evidenciou hiperplasia faveolar difusa sendo compatível com Doença de
Ménétrier. Ecoendoscopia mostrou aumento da segunda camada corroborando com o diagnóstico. A dosagem de CEA, gastrina sérica e proteína C reativa
encontravam-se dentro dos valores de referencia, albumina sérica: 2,8. Discussão - A Doença de Ménétrier é uma entidade rara e de etiologia desconhecida,
caracterizada pela presença de hipertrofia das pregas gástricas. É considerada uma condição pré- neoplásica, uma vez que se associa ao câncer gástrico em
até 15% dos doentes. Terapia, exceto a ressecção cirúrgica do estômago, está limitada a medidas de suporte e reflete a compreensão limitada da patogênese
desta doença. Seu diagnóstico exige o estudo de toda mucosa gástrica e biópsias com fórceps padrão pode não ser adequado.

*HNMD, Rio de Janeiro.

TL.G.EST/DUO.P.416
DOENÇA DE WHIPPLE – CAUSA RARA DE DIARREIA CRÔNICA
Aryana Isabelle de Almeida Neves*, Flávia Peixoto Campos Lima*, Jamile Silva de Carvalho*, Bruno César da Silva*,
Genoile Oliveira Santana*, Valdiana Cristina Surlo*

Resumo - Doença de Whipple (DW) é infecção bacteriana crônica multissistêmica rara, que pode afetar articulações, trato gastrointestinal, fígado, pele,
rins, medula óssea, sistema nervoso central e cardiovascular. O intestino delgado é a região mais afetada, causando má absorção. Paciente masculino, 56
anos, procedente de Salvador - BA, cabeleireiro. Há 9 anos iniciou diarreia líquida, 8 dejeções ao dia, espumosas, sem sangue, muco e restos alimentares,
vômitos, astenia, febre esporádica e perda de 10 kg. IMC: 15,8. Parasitológicos, antiendomísio, antitransglutaminase, coproculturas, anti HIV e PPD
negativos; função renal, hepática e tireoidiana normais; ferro sérico 18 μg/dL; hemoglobina 8,7 g/dL; volume corpuscular médio 74.6 fl; albumina: 2 g/
dL. Endoscopia digestiva alta: pangastrite atrófica e duodenite edematosa intensas. Colonoscopia: ileíte edematosa. Biópsias duodeno e íleo macrófagos
vacuolados contendo grânulos PAS positivos na lâmina própria. Coloração para Ziehl-Nielsen negativa. Excluído envolvimento cardíaco, articular e
neurológico. Tratado com ceftriaxone (2 g/dia) por duas semanas. Alta com prescrição de sulfametoxazol-trimetoprim por 1 ano. Houve melhora do
quadro, dos níveis de hemoglobina (12,1 g/dL) e ganho ponderal de 18 kg em 4 meses. Apesar de rara, é importante lembrar Doença de Whipple em
pacientes com diarreia crônica associada a sintomas sistêmicos. Antes de 1952 tratava-se de uma doença fatal, mas atualmente o prognóstico é excelente.

*UFBA, Bahia.

TL.G.EST/DUO.P.417
EFEITO DE EXTRATO DE PRÓPOLIS SOBRE A EXPRESSÃO PROTEICA DE ONCOGENES E
DESENVOLVIMENTO DE LESÕES GÁSTRICAS INDUZIDAS POR CARCINOGÊNESE EXPERIMENTAL
PELA N-METIL-N´-NITRO-N-NITROSOGUANIDINA (MNNG), EM MONGOLIAN GERBILS
Marcella Barbosa Sampaio*, Iure Kalinine Ferraz de Souza*, Jacqueline Braga Pereira Dantas*, Bernardo Pinto Coelho Keüffer Mendonça*,
Amanda Jackcelly Borges Neves*, Diego Pires de Melo*, Linamar Salomé Santana Machado*, Silvia Dantas Cangussú*

Resumo - Introdução - O câncer gástrico (CG) é multifatorial e o processo de carcinogênese relaciona fatores endógenos e exógenos que atuam sinergi-
camente na oncopromoção e iniciação levando á lesões pré-neoplásicas e ao CG. Estudos mostram o efeito anticarcinogênico do extrato de própolis(EP)
e derivados na toxicidade de células tumorais e indução de apoptose. Objetivo - Avaliar a expressão de oncogenes em lesões da mucosa gástrica de Ger-
bils submetidos á carcinogênese experimental por MNNG e tratados com EP e relacionar sua expressão com resultados histopatológicos. Material - 40
Mongolian Gerbils, peso:+/-120g. Método - Animais em 4 grupos de 10, sendo: G1-controle/G2-EP (0,1%),VO ad libitum,12 sem/G3-MNNG (100 μg/
ml),VO ad libitum, 10 sem/G4-MNNG (100 μg/ml), 10 sem + EP (0,1%) 12 sem. Análises estatísticas feitas no Epi Info2000® com teste do Qui-quadrado.
Para avaliar os receptores oncogênicos será utilizada a técnica semi-quantitativa de imunohistoquímica. Expressão do RNAm dos oncogenes(RTK/
RAS-FGFR2) por PCR tempo real. Resultados - 6 Gerbils do G1,4 do G2,10 do G3 e 7 do G4 desenvolveram pangastrite leve.G3 e G4 apresentaram
displasia leve. Resultados histopatológicos do G4, análises morfométricas comparativas e parciais da expressão gênica em andamento. Conclusão - O EP
possui propriedades anti-carcinogênicas. Contudo ainda não há resultados significativos para que a análise comparativa atendesse aos objetivos. Até a
data do congresso, resultados parciais justificarão a apresentação e suscitarão discussão.

*UFOP, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 173


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.418
EFEITOS DA PRESENÇA DE HELICOBACTER PYLORI SOBRE O PESO CORPORAL E O VALOR
CALÓRICO DA DIETA
Helena Alves de Carvalho Sampaio1, Daianne Cristina Rocha1, Ana Jessica Nascimento de Oliveira1, Laís Marinho Aguiar1,
Mariana Dantas Cordeiro1, Raíssa Maria Alves Lima1, Soraia Pinheiro Machado Arruda1,
Gerardo Magela Soares Frota Filho2

Resumo - Introdução - Pesquisas mostram que a infecção por Helicobacter pylori pode influenciar peso corporal e consumo alimentar, mas o tema
ainda é controverso. Objetivo - Avaliar se há relação do peso corporal e valor calórico dietético com a presença de Helicobacter pylori (Hp). Casuística
- Amostra constituída por 140 pacientes que realizaram endoscopia digestiva alta em um hospital de referência neste tipo de atendimento. Método - A
presença da bactéria foi verificada através do teste da urease. O índice de massa corporal - IMC (kg/m2) foi determinado a partir da aferição de peso e
altura. Foram realizados dois recordatórios alimentares de 24 horas, sendo um referente a um dia de final de semana, com análise das calorias através
do software DietWin Profissional 2.0. Foi aplicado o teste t de Student na comparação dos dados, com p < 0,05 como nível de significância. Resultados
- Dentre os pacientes, 78 eram Hp negativos e 62 positivos, com idade similar, respectivamente, 39,6 ± 11,9 anos e 39,9 ± 12,1 anos. Não houve diferença
entre os grupos (p = 0,208), considerando as médias de IMC, 27,8 ± 6,1 Kg/m2 no grupo Hp negativo e 26,6 ± 4,8 kg/m2 no grupo Hp positivo. Da
mesma forma não houve diferença considerando ingestão calórica: 1683 ± 646,5 Kcal entre os Hp negativos e 1630 ± 581,7 kcal entre os Hp positivos (p
= 0,610). Conclusão - Nos pacientes avaliados não houve associação entre peso corporal ou valor calórico da dieta e infecção pelo Helicobacter pylori.

UECE - Universidade Estadual do Ceará; 2Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.


1

TL.G.EST/DUO.P.419
GASTRITE AUTOIMUNE CURSANDO COM ANEMIA CRÔNICA. RELATO DE CASO
Alexandre Augusto Ferreira Bafutto1, Ricardo Duarte Marciano1, Lucas Araújo Barbosa1, Gilberto Borges do Prado Júnior1,
Aline de Castro Pereira2, Alana de Oliveira Alarcão Morais1, Diego Mendes do Carmo1, Mauro Bafutto3

Resumo - Introdução - A gastrite auto-imune (tipo A) caracteriza-se por uma atrofia das glândulas gástricas no corpo e fundo, geralmente poupando antro,
e evoluindo posteriormente com uma metaplasia intestinal. O paciente geralmente é assintomático, mas a anemia perniciosa pode ser uma manifestação da
doença. Objetivo - Relatar um caso de gastrite atrófica auto-imune. Relato de caso - L.M., 57 anos, relata que há 15 anos apresentava quadro de anemia sem
causa aparente. Realizou endoscopia digestiva alta em 2012 que evidenciou à biópsia pangastrite crônica moderada com atrofia corporal moderada e pesquisa
de Helicobacter pylori positiva. Colonoscopia normal. Suspeitou-se de gastrite autoimune, confirmada com dosagem reagente (1/160) de auto-anticorpo
anticélula parietal e gastrina de 403 pg/dL. Erradicou H. pylori há 1 mês. Faz uso de vitamina B12 intramuscular em meses alternados para reposição da
mesma. Atualmente está em remissão da anemia. Discussão - A gastrite tipo A pode estar presente em todas etnias, todavia não há estudos que demonstrem
com precisão a prevalência dessa doença. Há atrofia das glândulas gástricas cursando com hipocloridria ou acloridria e redução de células parietais, o que
resulta na redução de absorção de vitamina B12 e consequente anemia perniciosa. O diagnóstico é histopatológico e imunológico. O tratamento consiste em
reposição de vitamina B12. Conclui-se que em casos de anemia crônica sem causa aparente, deve-se levantar hipótese de gastrite autoimune.

PUC Goiás; 2Universidade Federal de Goiás; 3Instituto Goiano de Gastroenterologia, Goiás.


1

TL.G.EST/DUO.P.420
GASTRITE FLEGMONOSA POR USO DE TERAPIA BIOLÓGICA EM DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL - RELATO DE CASO
Carine Leite1, Marta Brenner Machado2

Resumo - Introdução - A terapia biológica foi uma das maiores inovações da terapêutica da doença inflamatória intestinal. O ônus é a alta incidência
de infecções oportunistas, muitas não vistas comumente na prática clínica. Relato de caso - Paciente masculino, 30 anos, doença inflamatória intestinal
indeterminada (pancolite). Doença refratária a azatioprina e prednisona, retossigmoidoscopia com sinais de atividade severa. Indicada terapia bioló-
gica com infliximabe, 5 mg/kg, com resposta clínica inicial, entretanto interna seis semanas após por epigastralgia, náusea e febre. Submetido à nova
retossigmoidoscopia, com atividade severa, e endoscopia digestiva alta com nodularidade, intenso enantema, edema e erosões rasas em toda mucosa
gástrica (biopsiado) e bulbo. O anatomopatológico (AP) evidenciou microtrombos em vasos da submucosa, infiltrado polimorfonuclear formando
microabscessos e focos de necrose, compatível com gastrite flegmonosa (GF). Iniciados vancomicina e cefepime, com rápida resposta. Endoscopia após
14 dias evidenciou apenas pangastrite enantematosa, AP gastrite crônica. Conclusão - Os sintomas de GF são febre, epigastralgia, vômito com sangue
ou pus. Mais comum em imunossupressos, há um relato após terapia biológica para artrite reumatoide. Relatamos um dos primeiros casos de GF em
doença inflamatória. O biológico foi o gatilho, e o reconhecimento precoce da patologia, diferenciando-a de manifestações da colite, levou-nos ao sucesso
terapêutico em doença de alta mortalidade.

UFRGS; 2PUCRS, Rio Grande do Sul.


1

174 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.421
GENÓTIPOS DO H. PYLORI ICEA1, VACA E ALELOS EM PORTADORES DE GASTRITE, ÚLCERA
PÉPTICA E CÂNCER GÁSTRICO EM FORTALEZA, NORDESTE DO BRASIL
Matthaus Rabelo da COSTA*, Cícero Igor Simões Moura Silva*, Maria Helane Rocha Batista Gonçalves*,
Maria Aparecida Alves de Oliveira*, Francisco Will Saraiva Cruz*, Kassiane Cristine da Silva Costa Maia*,
Tiago Gomes da Silva Benigno*, Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga*

Resumo - Os desfechos clínicos decorrentes da infecção por H. pylori parecem estar relacionados aos fatores de virulência da bactéria os quais variam
geograficamente. Estudos prévios demonstraram que o gene iceA1 se correlaciona com aumento nos níveis de IL-8 e com úlcera péptica. Objetivo - Avaliar
a prevalência do gene iceA1 e sua relação com o genótipo vacA em cepas de H. pylori provenientes de portadores das principais afecções gástricas. Foram
colhidos fragmentos da mucosa gástrica de 112 pacientes, sendo 42 com câncer gástrico, 31 com úlcera péptica, 39 com gastrite, atendidos prospectiva-
mente, no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará - UFC. O DNA foi extraído do tecido e analisado por
PCR para averiguar a presença de iceA1, vacA e alelos. Do total de pacientes estudados, 84/112 (75.0%) tinham cepas que expressaram o gene iceA1. A
expressão do gene iceA1 estava associada ao genótipo vacA s1m1 em 58/84 (69.0%), 3/84 (3.6%) foram iceA1/vacAs1m2 e 10/84 (11.9%) foram iceA1/
vacAs2m1 e 1/84 (1.2%) com o perfil iceA1/vacAs2m2, 10/84 (11.9%) cepas apresentaram o gene iceA1 em cepas com genótipo misto de vacA, 2/84 (1.2%)
expressou iceA1/vacAs1 sem alelo m. Não houve significância na presença do gene iceA com os genótipos do gene vacA nem com as afecções estudadas.
O gene iceA1 não se comporta como um marcador de virulência do H. pylori na região estudada.

*UFC, Ceará.

TL.G.EST/DUO.P.422
GENÓTIPOS DO H. PYLORI OIPA, VACA E ALELOS EM PORTADORES DE GASTRITE, ÚLCERA PÉPTICA
E CÂNCER GÁSTRICO EM FORTALEZA, NORDESTE DO BRASIL
Matthaus Rabelo da COSTA*, Lígia Carneiro BucÃo*, Francisco Will Saraiva Cruz*, Alzira Maria de Castro Barbosa*, Maria Helane Rocha
Batista Gonçalves*, Cícero Igor Simões Moura Silva*, Maria Aparecida Alves de Oliveira*, Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga*

Resumo - O gene oipA, codifica uma das proteínas da membrana externa do H. pylori, que atua na adesão bacteriana às células da mucosa gástrica e na
indução de processos inflamatórios, estando esse gene associado ao risco de úlcera duodenal. No Brasil, não há nenhum estudo analisando a associação
entre o gene oipA e o H. pylori. Objetivo - Avaliar a prevalência do gene oipA e sua associação com o genótipo vacA nas cepas de H. pylori de portadores das
principais afecções gástricas. Foram avaliados, prospectivamente, 112 pacientes, 42 com câncer gástrico, 31 com úlcera péptica, 39 com gastrite, atendidos
no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará - UFC. Foram colhidos fragmentos da mucosa gástrica, extraído o
DNA do tecido que foi analisado por PCR para averiguar a presença de oipA e vacA. Dos 112 pacientes, 55 (49.1%) eram masculinos, 57 (50.9%) femininos,
idade variou de 10 a 84 anos, média de 53,6 anos. Das cepas, 54/112 (48.2%) expressaram oipA. A expressão dos genótipos vacA foi: 32/54 (59.2%) foram
oipA+/vacA s1m1, 3/54 (5.6%) foram oipA+/vacAs1m2 e 9/54 (16.7%) foram oipA+/vacAs2m1. Não houve amostras com o perfil oipA+/vacAs2m2. Hou-
ve significante associação entre o gene oipA e o alelo vacA s1 (p = 0.04) com gastrite - (p = 0.04; O.R: 2.29; 95% I.C: 1.03-5.08). Houve relação inversa da
expressão de oipA com câncer gástrico (p = 0.05; O.R: 0.44; 95% I.C: 0.20-0.97). Estes resultados mostram a associação desse gene com a gastrite.

*UFC, Ceará.

TL.G.EST/DUO.P.423
GRANDE CARCINOMA GÁSTRICO COM CRESCIMENTO SUPERFICIAL
Gustavo Lima Almeida Pimpão1, Heinrich Bender Kohnert Seidler1, Liliana Sampaio C. Mendes2, Marília Marques P. Lira2,
Natália Álvares do Amaral1, Hélis Sousa Amorim1

Resumo - Objetivo - Descrever um caso de carcinoma gástrico precoce de grande tamanho. Discussão - Cânceres gástricos representam uma as principais
causas de morte por câncer. O prognóstico da doença, no entanto, está intimamente associado ao estágio do tumor, com 90% de sobrevida em 10 anos
nos casos de câncer precoce. Lesões medindo acima de 3 cm estão estatisticamente associadas a metástase nodal, refletindo o comportamento agressivo
dessa neoplasia. Raros casos (< 5% dos cânceres de estômago), no entanto, exibem comportamento biológico caracterizado por crescimento preferencial-
mente lateral, sem tendência de invasão de camadas profundas. Esses tumores basicamente mantêm as características morfológicas dos tumores precoces
pequenos (< 3 cm), assim como o bom prognóstico associado a estas lesões. Relatamos um caso com essas características, exibindo crescimento limitado
à mucosa, e um tamanho usualmente grande, mesmo para os tumores de crescimento lateral. Conclusão - Carcinomas gástricos são lesões agressivas,
com prognóstico intimamente associado ao estágio da doença. Usualmente, lesões pequenas já apresentam associação com disseminação da neoplasia.
Apresentamos um caso incomum evidenciando a disparidade entre tamanho e estágio do tumor, com uma lesão grande mantendo tanto as características
morfológicas como comportamentais de um câncer precoce.

1
UCB; 2HBDF, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 175


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.424
INFECÇÃO POR H. PYLORI E HÁBITOS DE VIDA NO DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS
GASTRODUODENAIS EM UMA POPULAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Ruth Maria Dias Ferreira Vinagre1, Igor Dias Ferreira Vinagre2, Adenielson Vilar e Silva1, Amanda Alves Fecury1,
Luisa Caricio Martins1

Resumo - Introdução - As manifestações clínicas da infecção por H. pylori são determinadas por vários fatores, tais como: diferentes respostas do
hospedeiro ao estímulo bacteriano, fatores de virulência específicos do organismo e influências ambientais ou a combinação desses fatores. Objetivos
- Esse estudo tem como objetivo comparar a prevalência e a associação dos fatores de risco, tais como: infecção por cepas H. pylori CagA+, consumo
excessivo de bebidas alcoólicas, uso de tabaco e hábitos inadequados de alimentação entre pacientes com diferentes doenças gastrointestinais e a associa-
ção deles com achados histopatológicos. Casuística - Em estudo prospectivo, foram coletadas amostras de 442 pacientes. Métodos - Os pacientes foram
submetidos a um questionário padronizado com perguntas sobre hábitos de vida (uso excessivo de álcool, de tabaco, e hábitos alimentares). A presença
do H. pylori e do gene cagA foi detectada utilizando a PCR. As biópsias gástricas foram avaliadas histologicamente. Resultados - O consumo de bebida
alcoólica, uso de tabaco, dieta inadequada e infecção por cepas H. pylori CagA+ foram maiores entre pacientes com úlcera péptica e adenocarcinoma.
Os pacientes infectados por cepas H. pylori CagA+ apresentaram inflamação gástrica de maior intensidade. Conclusão - A presença de infecção por
cepas H. pylori CagA+, o consumo excessivo de álcool, tabaco e hábitos de alimentação inadequados, aumentam o risco de desenvolvimento de úlcera
péptica e carcinoma gástrico.

NMT/UFPA; 2UFPA, Pará.


1

TL.G.EST/DUO.P.425
KRUKEMBERG – APRESENTAÇÃO DE DIFÍCIL DE DIAGNÓSTICO NO CÂNCER GÁSTRICO
Gabriel Maranhão Silva1, Danielle Mendonça Andrade1, Renata Isabela Feitosa de Carvalho2, Giulia Dal CIn Zanquetto1, Caroline
Paias Ribeiro3, Anna Marcella Quintanilha Barbosa de Mello1, Luan Fellipe Bispo Almeida4, Otávio Augusto Oliveira de ARAGÃO2

Resumo - Introdução - Câncer gástrico ocorre em algum ponto da mucosa do estômago. Produz disseminação: continuidade, sanguínea, implante: ová-
rios: Krukemberg. Objetivo - Paciente de 71 anos fazia exame de USG de ovários de rotina, em abril, percebeu aumento do volume do abdome, dito como
ascite submetida a laparotomia exploratória retirado 2 fragmentos que identificaram adenocarcinoma, mas celularidade a esclarecer, provável metástase.
Incialmente suspeitava-se de ovário ser o sitio primário, nova massa de 3cm na área dos ovários em 2012, em 2011 não havia. RNM: formação ovalares
heterogêneas axiais, medindo 33 mm a direita e 30 mm a esquerda.TC do abdome superior com contraste apresentando estômago aparente espessamento
difuso da parede gástrica.TC da pelve com contraste: formação ovalar heterogenia, na topografia anexial direita medindo 39 X 31 mm em intimo contato
com a parede lateral do sigmoide. Biópsia do estômago- laudo microscópio adenocarcinoma tipo gástrico padrão foveola. Microscopia: Adenocarcinoma
infiltrado no tecido adiposo no peritônio parietal e no mesentério; EDA: mucosa do antro hiperemiada. Conclusão - Gastrite enantematosa leve do antro
e pregas corpo gástrico exuberantes e hiperplasiadas e displásicas, neoplasia gástrica. Diagnóstico e início do tratamento em 3 meses, logo submetida a
anticorpos monoclonais com fim paliativo, associada quimioterapia: paliativa, periodicidade 3 semanas com 6 ciclos. Respondendo com a redução da
ascite e melhora clínica da paciente.

UNIFESO, Rio de Janeiro; 2UNIT, Sergipe; 3UNIFENAS, Minas Gerais; 4UFS, Sergipe.
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TL.G.EST/DUO.P.426
LINFOCITOSE INTRAEPITELIAL DUODENAL EM INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI
Carine Leite1, Luiz Edmundo Mazzoleni1, Guilherme Becker Sander1, Gustavo Drügg Hahn2, Lorien Acosta Zarif2,
Luise Meurer1, Tobias Cancian Milbradt3, Felipe Mazzoleni3

Resumo - Introdução - O Helicobacter pylori (H. pylori) está envolvido em várias alterações do aparelho digestivo. Aumento de linfócitos intraepiteliais
(LIE) na segunda porção duodenal (D2) está entre os achados apontados como secundários a esta infecção crônica. Neste aspecto guidelines recomendam
a pesquisa da bactéria nos casos de linfocitose intraepitelial em D2, como diferencial para doença celíaca precoce. Objetivo - Avaliar se a presença do
H. pylori está relacionada com aumento de LIE em D2 de dispépticos funcionais. Métodos - Estudo transversal de pacientes inclusos no ensaio clínico
Heroes (Helicobacter Erradication Relief of Dyspetic Symptoms). Pacientes dispépticos funcionais foram submetidos à endoscopia digestiva alta, com
pesquisa do H. pylori por anatomopatológico e urease, além de biópsias de D2 analisadas através de coloração por H&E. Foi considerado aumento de
LIE a presença de mais de 30 LIE/100 enterócitos na ausência de alterações arquiteturais da mucosa. Resultados - Foram avaliados 83 pacientes H. pylori
negativos e 276 H. pylori positivos. Dentre os negativos observou-se aumento de LIE em 13 casos (15,7%) e entre os positivos 63 casos (22,8%). Não houve
diferença estatisticamente significativa entre a presença da infecção e linfocitose intraepitelial (Chi-square 0,161;p=0,2). Conclusão - Não foi observada
relação entre a infecção gástrica pelo H. pylori e aumento de LIE na mucosa duodenal.

UFRGS, 2UFCSPA; 3HCPA, Rio Grande do Sul.


1

176 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.427
LINFOMA MALT GÁSTRICO: UM RELATO DE CASO
Paula Ferreira Lacerda*, Alysson Alves Araujo*, Mariana Sousa Sala*, Marina Pinto Franco Dias*, Denise Akemi Hebara*,
Roberta Cambraia da Cunha Ferreira*, Paula Brechara Poletti*, Gerson Nogueira de Moraes*

Resumo - Introdução - Os linfomas não Hodgkin do trato gastrintestinal são raros, sendo o subtipo mais comum o linfoma MALT gástrico. É uma
doença indolente, comumente diagnosticada na fase inicial, cujo tratamento depende da presença ou ausência do Helicobacter pylori (HP). Relato de
caso - Mulher de 74 anos procurou o ambulatório por epigastralgia, eructações, náuseas e perda de 5 kg em 6 meses. Endoscopia mostrou área de epitélio
nodular com erosões lineares em antro proximal e a histologia evidenciou linfoma marginal extranodal (Linfoma MalT), confirmado na imunohisto-
química. A sorologia para HP era positiva (IgG e IgM) e as tomografias de tórax e abdome, solicitadas para rastreamento, não evidenciaram lesões
secundárias. Discussão - O sistema de estadiamento de Lugano e pesquisa do HP são usados para definir o manejo após diagnóstico. Na doença inicial
com HP positivo indica-se a erradicação da bactéria, enquanto nos HP negativos é indicada radioterapia. Já os pacientes com doença avançada deverão
ser avaliados para imuno/quimioterapia. Não existem estudos randomizados comparando os diferentes tratamentos, mas a erradicação do HP alcança
remissão histológica em ate 80% dos casos, sendo a terapia de escolha para a doença Lugano I ou II, se HP positivo. Conclusão - A paciente recebeu
antibioticoterapia por 14 dias e evoluiu com melhora clínica e resolução dos sintomas. Segue em acompanhamento ambulatorial, devendo ser submetida
a nova EDA a cada 3 meses até remissão histológica completa.

*IAMSPE-HSPE, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.428
MANTENDO A INTEGRIDADE DA MUCOSA GASTRODUODENAL EM PACIENTE EM USO PROLONGADO
DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho1, Luciana Meireles de Azeredo Coutinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3,
Lara Meireles de Azeredo Coutinho2, Aline Salles Abdo4, Larissa Lopes Harada2, Lucyana Côrtes Torres2,
Ana Luiza Rassi de Mendonça2

Resumo - Um dos efeitos mais temidos em pacientes utilizando Nutrição Parenteral Total (NPT) prolongada é a atrofia da mucosa do trato gastrointes-
tinal. O presente trabalho demonstra como a correta prescrição de uma Nutrição Parenteral Total (NPT), com aminoácidos específicos, protegeu paciente
de 7 anos de atrofia da mucosa gastro-duodenal após uso de NPT prolongada. Relata-se um caso de criança de 7 anos, sexo masculino, o qual referia
dor abdominal, diarreia crônica e hiperêmese. Após testes de sensibilização positivos para alimentos, Endoscopia Digestiva Alta (EDA) sem alterações
significativas e tentativa de nutrição enteral, foi firmado o diagnóstico de enteropatia autoimune. Iniciou em dieta zero, o uso de NPT com valor calórico
total de 75 kCal/kg e 68 g de aminoácidos, empregando Soramin 10%. Após 8 meses em uso contínuo de NPT, paciente repetiu a EDA que apresentou
estômago com pregueamento mucoso habitual, cárdia normal, boa distensibilidade e contratilidade normal, peristaltismo antral preservado e mucosa
antral sem alterações; duodeno com mucosa rósea e íntegra. A microscopia determinou relação vilosidade/cripta: 3/1, linfócitos intraepiteliais dentro
dos padrões histomorfológicos habituais e mucosa sem atrofia. Foi possível concluir que o uso prolongado de NPT não resulta em atrofia da mucosa
gastro-duodenal quando é devidamente formulada e prescrita, com aminoácidos com bom custo-benefício que atuam mantendo a mucosa íntegra.

1
Tecnomed Indústria; 2PUC Goiás; 3Hospital Santa Genoveva, Minas Gerais; 4Hospital da Criança, Goiás.

TL.G.EST/DUO.P.429
MELANOMA METASTÁTICO DE ESTÔMAGO E DUODENO: RELATO DE CASO
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Paulo de Tarso Peres Irulegui*, Rodrigo Corrêa Hid Fixfex*

Resumo - O melanoma maligno é uma forma de neoplasia cutânea agressiva e a incidência de metástases no trato digestivo é de 33%, comprometendo
em geral o intestino delgado. As metástases gástricas ocorrem em apenas 7% dos casos, podendo levar a complicações como hemorragia digestiva. A
ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha uma vez que alivia os sintomas e aumenta a sobrevida a longo prazo. Apresentamos o caso de paciente do
sexo masculino, 69 anos, com história de melanoma em couro cabeludo há 2 anos e posterior exérese de gânglio cervical metastático. Referia epigastralgia
de início há 1 mês, acompanhada de pirose ocasional e plenitude pós prandial frequente. Endoscopia digestiva alta evidenciou lesões metastáticas vegetan-
tes, negro-violáceas, de superfície regular, em corpo gástrico, fundo e segunda porção duodenal. O resultado do exame histopatológico revelou tratar-se
de melanoma metastático infiltrativo de mucosa gástrica e duodenal. Paciente foi encaminhado ao serviço de oncologia de referência para continuidade
do tratamento quimioterápico e faleceu devido a doença avançada. Concluímos que em pacientes portadores de melanoma cutâneo, a possibilidade de
doença metastática no aparelho digestivo deve ser fortemente considerada quando houver o surgimento de sintomas gastrointestinais. Essa suspeição
permite diagnóstico menos tardio e maior chance de intervenção curativa.

*Faculdade de Medicina de Itajubá, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 177


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.430
NÍVEIS DE GRELINA EM PACIENTES HELICOBACTER PYLORI POSITIVOS E NEGATIVOS
Helena Alves de Carvalho Sampaio1, Daianne Cristina Rocha1, Soraia Pinheiro Machado Arruda1,
Ticihana Ribeiro de Oliveira1, Gláucia Posso Lima1, Antônio Augusto Ferreira Carioca2,
José Ruver Lima Herculano Júnior3, Maria Luisa Pereira de Melo1

Resumo - Introdução - A relação entre a presença de Helycobacter pylori (Hp) e os níveis de grelina plasmática, um peptídeo envolvido com o controle
do apetite, tem sido estudada, especulando-se que a infecção reduz tais níveis, levando à perda de apetite, mas os resultados ainda são controversos.
Objetivo - Comparar os níveis de grelina total em pacientes Hp negativos e positivos. Método - Foram avaliados 50 pacientes que buscaram o serviço
de endoscopia digestiva de um hospital público, no período de fevereiro a maio de 2013. Para análise da presença da bactéria, os pacientes realizaram
endoscopia digestiva após seis horas de jejum, onde foram colhidos três fragmentos do antro gástrico para o teste de urease. Para análise de grelina foi
realizada coleta de sangue antes do exame endoscópico e determinados os níveis de grelina total através do teste ELISA. Foram considerados normais
valores entre 340 e 519 pg/mL. Resultados - Os níveis de grelina sérica estavam adequados, reduzidos ou elevados em, respectivamente, 50%, 25% e 25% dos
Hp positivos; e 50%, 18% e 32% dos pacientes Hp negativos. Não houve diferença estatística entre ambos os grupos (p = 0,678). Conclusão - A infecção
pelo Helicobacter pylori não influenciou níveis de grelina nos pacientes avaliados.

UECE - Universidade Estadual do Ceará; 2USP - Universidade de São Paulo; 3Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
1

TL.G.EST/DUO.P.431
O DESAFIO DO TRATAMENTO DA DISPEPSIA FUNCIONAL EM PACIENTE COMÓRBIDA NA
ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA À SAÚDE – RELATO DE CASO
Leticia Rosevics*, Francielle Carvalho*, Joseane Maria Andrade Mouzinho de Oliveira*, Francisco Ottmann*

Resumo - Introdução - Dispepsia funcional consiste em uma afecção de alta prevalência, diagnosticada pelos critérios de Roma III. Objetivo - Relatar
o caso de uma paciente atendida pela atenção primária, evidenciando a necessidade interdisciplinar na abordagem à dispepsia funcional. Relato de caso -
Paciente L.V.V., feminina, 64 anos, história de dispepsia funcional há 13 anos, realizada endoscopia e tratamento para H. pylori, em uso de pantoprazol,
ranitidida e bromoprida. História de acidente vascular encefálico, hipertensão, hipercolesterolemia, depressão e hipotireoidismo, em uso de ácido acetil
salicílico, fluoxetina, levotiroxina, losartana, sinvastatina e flavenos. Nos últimos 6 meses ela passou por alterações em sua estrutura familiar, fato que
piorou a sua dispepsia, fazendo-a utilizar por conta própria antiácidos, além de dores articulares, em uso de paracetamol. Dois pontos chaves na dispepsia
funcional são presentes nesse caso, a H. pylori foi tratada, e sua depressão é acompanhada com medicação e psicoterapia. O estresse emocional e o uso
contínuo de AINE podem ter agravado a dispepsia nos últimos meses. Conclusão - Dispepsia funcional é um desafio no tratamento. A atenção primária,
por ser o local de excelência do atendimento à saúde, foi capaz de acompanhar as necessidades da paciente, e supri-las em todos os níveis de tratamento
necessitados, a exemplo da endoscopia, psicoterapia, atendimento domiciliar e medicação.

*UFPR, Paraná.

TL.G.EST/DUO.P.432
OBSTRUÇÃO DUODENAL - UMA APRESENTAÇÃO INCOMUM DE ENTERITE POR STRONGYLOIDES
STERCORALIS: RELATO DE CASO
Aryana Isabelle de Almeida Neves*, Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Fernando Antonio M S da Ressurreição*,
Manoel Correia de Araujo Sobrinho*, Marta Cristina Tenório Lins*, Aline Araújo Padilha*,
Nilton Cavalcanti Macedo Neto*

Resumo - Introdução - Obstrução duodenal é uma complicação rara da infecção por Strongyloides stercoralis, com poucos casos descritos. A maioria
dos pacientes é masculino e de meia-idade. O diagnóstico é feito pelo aspirado duodenal, biópsia, ou peça cirúrgica. Objetivo - Relatar caso de estron-
giloidíase com obstrução duodenal. Relato de caso - Homem, 44 anos, apresentava dor abdominal epigástrica e em hipocôndrio direito há 2 anos, antes
intermitente e depois constante. Quadro piorava com o jejum prolongado ou após refeições copiosas. Perda ponderal de 20 kg. Hábito intestinal diário.
Tabagista e etilista. Neste internamento foi diagnosticado diabetes. EDA: gastrite enantematosa leve de antro e lesão com aspecto blastomatoso em
duodeno. TC de abdome: massa sólida heterogênea com captação irregular pelo contraste e limites parcialmente definidos, medindo cerca de 6 x 5x 4 cm
nos maiores diâmetros, envolvendo a 2ª porção duodenal, que exibia espessamento parietal significativo e estenose luminal, a cabeça do pâncreas com
focos de calcificações. Paciente foi submetido à cirurgia de Whipple, evoluiu bem. Anatomopatológico - Mucosa duodenal exibindo intenso infiltrado
inflamátorio plasmocitário e alguns polimorfonucleares com presença de estrutura parasitária compatível com estrongiloidíase, ausência de malignidade.
Conclusão - Pela apresentação incomum, além do amplo espectro de manifestações da doença, o diagnóstico final é difícil.

*UFAL, Alagoas.

178 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.433
PNEUMATOSE GÁSTRICA SECUNDÁRIA A GASTRITE ENFISEMATOSA – RELATO DE CASO
Carolina Frade Magalhães Girardin Pimentel Mota*, Catia Rejania R de Melo*, Marcos Túlio M. Meniconi*,
Edilson Duarte dos Santos Junior*, Luiz Borrotchin*, Claus Francisco Grasel*, Lucas Assad de Paula*

Resumo - Introdução - A presença de gás na parede gástrica, denominada pneumatose gástrica, é um achado de imagem raro. No trato gastrointesti-
nal, o cólon é mais frequente e o estômago o mais raro. A mortalidade na vigência desse quadro pode alcançar 38%. Várias são as etiologias, infecciosa
(gastrite enfisematosa- GE), isquêmica e traumática. Objetivo - Descrever um caso de pneumatose gástrica secundária a GE. Relato de caso - LB, 65 anos,
atendido no pronto socorro com dor abdominal, em faixa no andar superior, de forte intensidade, associada a episódio de vômito e diarreia líquida,
sem elementos anormais. Relaciona início do quadro após viagem a Israel. Exame sem irritação peritoneal. Laboratório com leucocitose, sem desvio.
Ultrassom sugestivo de aerobilia. Tomogragia com acentuado espessamento e pneumatose parietal da grande curvatura do fundo e corpo gástrico. Res-
sonância com espessamento parietal concêntrico e regular do jejuno proximal, portograma aéreo em lobo hepático esquerdo. Hemoculturas negativas.
Após antibioticoterapia e dieta parenteral, paciente apresentou melhora clínica importante. Tomografia 4 dias com diminuição do portograma aéreo,
assintomático. Discussão - Séries descrevem casos autolimitados e casos graves. A GE, com alta mortalidade, ocorre por infecção gástrica com presença de
gás intramural pelo metabolismo do germe. A importância do seu conhecimento está no diagnóstico precoce e pronto início do tratamento. Tais aspectos
foram fundamentais para a boa evolução deste caso.

*Hospital Samaritano de São Paulo, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.434
PÓLIPOS DE GLÂNDULAS FÚNDICAS: ASSOCIAÇÃO COM O USO CRÔNICO DE INIBIDORES DA
BOMBA DE PRÓTONS E COM AUSÊNCIA DE INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI
Ana Filomena Buzolin Barbosa*, Ciro Garcia Montes*, Cristiane Kibune Nagasako*, José Olympio Meirelles dos Santos*,
Fábio Guerrazzi*, Maria Aparecida Mesquita*

Resumo - Introdução - Estudos recentes têm demonstrado um aumento na prevalência dos pólipos de glândulas fúndicas (PGF). Objetivos - Avaliar a
prevalência relativa dos PGF em relação aos outros tipos de pólipos, suas características, e possíveis associações com o uso crônico de inibidores da bomba
de prótons (IBP) e com a infecção pelo H. pylori. Métodos - Análise do banco de dados do Gastrocentro - Unicamp e dos prontuários de todos os pacientes
com o diagnóstico de pólipos gástricos no período de janeiro de 2010 a março de 2012. Uso crônico de IBP foi considerado como uso contínuo por mais que
12 meses, enquanto que a infecção pelo H. pylori foi considerada negativa quando o exame histológico e o teste da urease foram negativos. Resultados - O
número de pacientes com pólipos foi de 239, sendo que os tipos histológicos mais frequentes foram os PGF (37,4%) e os hiperplásicos (33,7%). A comparação
dos dados referentes aos PGF em relação aos outros pólipos mostrou os seguintes resultados com significância estatística (p<0,05): pacientes mais jovens (53
± 16 vs. 57±16 anos); maior frequência de pólipos múltiplos (70,6% vs. 45,9%); maior frequência do uso crônico de IBP (56,9% vs. 40,1%); menor frequência
de infecção pelo H. pylori (18,7% vs. 50,6%). Conclusões - Na casuística recente de pólipos do Gastrocentro o tipo histológico mais frequente é o pólipo de
glândulas fúndicas. A presença desses pólipos parece estar associada com o uso crônico de IBP e com a ausência de infecção pelo H. pylori.

*Unicamp, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.435
PRESCRIÇÃO DE INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS EM PACIENTES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA –
EXPERIÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DO MEIO-OESTE CATARINENSE
Denis Conci Braga1, Silvia Mônica Bortolini1, Rodnei Bertazzi Sampietro1, Suélen Camila Fontana Bordignon2, Mariana Cassol2

Resumo - Introdução - Muitas vezes, os inibidores da bomba de prótons (IBPs) são usados empiricamente para tratamento das síndromes dispépticas.
Objetivo - Avaliar o perfil dos pacientes que utilizam IBPs de forma continuada, com prescrição médica, no município de Água Doce, situado na região
meio-oeste de Santa Catarina. Casuística e Método - Trata-se de um estudo retrospectivo, de base populacional, transversal, analítico-descritivo. Foram
incluídos todos os pacientes que continham receita médica com IBP prescrito de modo continuado e que procuraram atendimento na Estratégia Saúde
da Família. O período compreendido para amostragem foi de maio a julho de 2013. Resultados - Foram avaliados 95 pacientes. Destes, 74,19% (n= 71)
eram do sexo feminino. O omeprazol foi o IBP prescrito em 100% das receitas. Apenas 33,68% (n= 32) tinham endoscopia prévia. Dentre os pacientes
que faziam uso irregular (n= 31), 77,42% (n= 24) tomava o medicamento apenas quando tinha sintoma. O sintoma mais comumente relatado foi a
epigastralgia, em 58,94% (n= 56), seguido pela azia ou pirose em 36,36% (n= 40). Ainda, 25,26% (n= 24) relataram ter aumentado a dose por conta
própria em algum momento durante o tempo de uso. Entre os pacientes que nunca realizou endoscopia, 30,64% (n= 19) utilizava IBP de forma irregular.
Conclusão - A prescrição do omeprazol fora das indicações estabelecidas constitui erro de prescrição, e o seu uso deve estar limitado às durações de
tratamento definidas para cada condição clínica.

1
Secretaria Municipal de Saúde e Promoção Social de Água Doce, 2Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, Santa Catarina.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 179


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.436
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO H. PYLORI NA GASTRITE ATRÓFICA DO CORPO E PERFIL
HISTOPATOLÓGICO DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA NA MUCOSA GÁSTRICA
Alfredo J. A. Barbosa*, Rivelle D. Pereira*, Camila Salgado C. Silva*, Hulie Martins Ferreira*,
Priscilla Maria C. Oliveira*

Resumo - Introdução - Admite-se que a gastrite atrófica do corpo (GAC) seja principalmente de natureza autoimune, mas há relatos de que o H. pylori
(Hp) pode ser o responsável principal pelas lesões inflamatórias que ocorrem neste tipo de gastrite. Essa controvérsia permanece ainda como motivo
de debate. Objetivos - Analisar as alterações inflamatórias da mucosa gástrica na GAC associada e não associada à infecção pelo Hp. Métodos - Foram
revistos 2.564 casos de biópsias endoscópicas consecutivas com diagnóstico histológico final de gastrite crônica de um hospital geral de Belo Horizonte.
Confirmou-se que 196 (7,6%) deles apresentavam GAC, dos quais 9 (4,6%) eram portadores da infecção pelo Hp (Giemsa). A histopatologia desses casos
foi avaliada e comparada com os resultados obtidos de 18 casos aleatórios de GAC não associados com Hp. Resultados - Não houve diferença significativa
entre a intensidade e o tipo de exsudato inflamatório de mononucleares, eosinófilos e neutrófilos entre os 2 grupos de pacientes em relação à mucosa do
corpo e a mucosa antral. A frequência da metaplasia intestinal no corpo foi igualmente semelhante nos pacientes Hp positivos (100%) e Hp negativos
(94%). A mucosa antral mostrou-se igualmente preservada em todos os pacientes. Conclusões - (1) a presença da bactéria Hp na GAC parece não modificar
o perfil histopatológico observado na mucosa atrófica do corpo, e (2) nesses pacientes a mucosa antral parece ser resistente à ação patogênica da bactéria.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.G.EST/DUO.P.437
PREVALÊNCIA DO GENE DUPA DO H. PYLORI EM PACIENTES COM GASTRITE
Ana Beatriz de Almeida Maia1, Maria Aparecida Alves de Oliveira1, Cícero Igor Simões Moura Silva1, Tiago Gomes da Silva
Benigno1, Dulciene Maria Magalhaes Queiroz2, Priscilla Castro Gurgel Lopes1, Miqueias Manoel de Vasconcelos1,
Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga1

Resumo - Introdução - O gene promotor de úlcera duodenal (dupA) tem sido descrito como fator de risco para úlcera duodenal e proteção para o câncer
gástrico, no entanto, existem variações regionais na prevalência e associação com desfechos clínicos. Objetivo - Avaliar associação do gene dupA com o
grau de atividade e intensidade da gastrite crônica, e com presença dos genótipos do Helicobacter pylori (Hp) cagA, vacA e seus alelos. Método - Estudo
transversal prospectivo realizado no Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC), aprovado pelo comitê de ética do HUWC. Foram colhidos frag-
mentos de biópsia gástrica pela endoscopia digestiva alta (analisadas pela classificação de Sidney) detecção do Hp foi realizada através do teste rápido
de urease e histopatologia. O DNA extraído da biopsia gástrica, amplificado pela técnica de PCR utilizando “primers” específicos para os genes dupA,
cagA, vacA. Resultado - Foram avaliados 50 pacientes Hp positivo pela histologia, teste da urease e PCR,16 eram do sexo masculino e 34 do feminino,
com idade de 23 a 78 anos (mediana = 40,5). O gene dupA estava presente em 96% (48/50) das cepas. A presença do gene dupA está associada a maior
grau de inflamação no antro (44/48; p= 0,05). Não se encontrou associação entre a presença do genótipo dupA com os genes cagA e vacA. Conclusão -
Foi encontrado alta prevalência do gene dupA nos pacientes com gastrite e significante associação com inflamação no antro.

UFC, Ceará; 2UFMG, Minas Gerais.


1

TL.G.EST/DUO.P.438
RELATO DE CASO DE ASCITE EM PACIENTE COM GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA
Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Karina Zamprogno de Souza*, Marília Majeski Colombo*,
Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturim Signorelli*

Resumo - Introdução - Gastroenterite Eosinofílica (GE) é uma doença rara, de etiologia desconhecida, caracterizada pela infiltração de eosinófilos
na parede do trato gastrointestinal (TGI). Provavelmente tem origem imuno-alérgica. Mais comum em homens (3:2), na 3ª e 5ª décadas de vida. Tal-
ley et al (1990) classificou a GE em Mucosa (25-100%): dor abdominal, vômitos, diarreia, perda de peso; Muscular (13-70%): obstrução e perfuração
intestinal; Serosa (12-40%): distensão abdominal, ascite exsudativa e osinofílica. A base do tratamento está no uso de corticoide. Cursa com remissão/
reagudização. Objetivo - relato de caso de Ascite Eosinofílica. Material e Método - revisão de prontuário, avaliação de exames laboratoriais e biópsias.
Resultados - paciente masculino, 69 anos, com dor abdominal e ascite. Eosinofilia periférica (leucócitos: 21.390/mm3 /42% eosinófilos), IgE:1.089UI/ml
(VR: até 100UI/ml) e líquido ascítico com leucócitos: 12.200/mm3/94% eosinófilos / GASA 0,8. EDA normal com biópsias de estômago e duodeno com
infiltrado eosinofílico. Iniciado prednisona 60mg/dia com boa resposta clínica e laboratorial - ausência de ascite, sangue periférico com leucócitos de
12.940/mm3 e 1,6% de eosinófilos. Seguiu com desmame gradual da prednisona. Encontra-se assintomático. Conclusão - Embora rara, principalmente o
acometimento da serosa com ascite, GE deve ser lembrado como diagnóstico diferencial de ascite. O tratamento adequado apresenta boa resposta clínica
e melhora da qualidade de vida.

*UFES, Espírito Santo.

180 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.439
RELATO DE CASO: GIST
Marina Dodsworth de Barros*, Lívia Maria Barbosa Moreira*, Camila Adour Mendes*, Diana de Castro Vivas*, José Edmilson
Pereira e Silva*, Marcius Silveira BATISTA*, Luís Pinheiro Quinelatto*, Elisa Oliveira*

Resumo - Masculino, 67 anos, submetido à Endoscopia digestiva alta devido à melena e anemia, evidenciando na parede anterior e grande curvatura
gástrica, lesão de 5cm subpediculada, superfície rósea com erosões planas. O histopatológico revelou neoplasia mesenquimal formada por células fusi-
formes, sem atipias, com índice mitótico baixo. A imunohistoquímica demonstrou positividade para os anticorpos CD34, CD117 e Actina de músculo
liso, confirmando o diagnóstico de GIST.O paciente submeteu-se à ressecção videolaparoscópica do tumor com margem cirúrgica de 2cm. O tratamento
adjuvante foi feito com imatinibe por um ano. Discussão - GIST é um tumor mesenquimal, originado das células intersticiais de Cajal, que pode se
localizar em todo o trato gastrintestinal, sendo sua neoplasia não epitelial benigna mais comum. Frequentemente é assintomático, sendo um achado
endoscópico ou em exame de imagem, entretanto pode se manifestar com disfagia, hemorragia ou desconforto abdominal. Sua sintomatologia e seu
potencial de malignidade estão relacionados ao seu tamanho e índice mitótico. Diagnóstico - baseia-se nas características morfológicas celulares típicas
e imunohistoquímica positiva para c-kit. O tratamento principal é a ressecção cirúrgica completa com margens negativas, a qual depende da localização
e do tamanho do tumor, sendo a recidiva frequente. O imatinibe age na atividade tirosina quinase dos receptores Kit, podendo ser usado como terapia
adjuvante ou neoadjuvante no tratamento do GIST.

*HNMD, Rio de Janeiro.

TL.G.EST/DUO.P.440
RENDU OSLER WEBER
Cássia Lemos Moura*, Paulo Eugenio de Araujo Caldeira Brant*, Felipe Bertollo Ferreira*, Nayara Salgado*, Thatja Silveira
Cajuba de BRITO*, Priscila Pulita Azevedo Barros*, Priscilane Giacomin Alves*, Kelly Cristina dos Santos*

Resumo - Objetivos - Osler-Rendu-Weber (ROW) é uma doença autossômica dominante rara associada a má formações venosas e arteriais. Pacientes
podem desenvolver má formações venosas e má formações artério-venosas em vários órgãos. Motivo da Comunicação: Relatar caso clínico de paciente
com diagnóstico de Rendu Osler Weber. Relato de caso - Feminino, 53 anos, admitida para investigação de anemia crônica. Relatava episódios de epistaxe
na infância, assim como seu irmão, e 3 AVC´s isquêmicos. Na EDA com ectasias vasculares gástricas e bulbo duodenal; colonoscopia com angiectasia no
ceco e cólon ascendente e broncoscopia com angiectasia em traqueia. TC de abdome com dilatação da artéria hepática e ramos principais, com formação
de circulação colateral peri-portal proeminente; formação hipodensa no lobo hepático direito, com calcificações periféricas que podem corresponder a
hematoma subagudo ou aneurisma trombosado de artéria intra-hepática; veia porta proeminente; formações hipodensas no baço, que podem corres-
ponder com hemangioma; aneurisma de artéria esplênica. Feito tratamento com argônio. Discussão - A HHT tem a epistaxe a principal manifestação
clínica. Com má formação venosa e artério-venosa em vários órgãos. No trato gastrointestinal tem-se as má formações venosas na mucosa como principal
evidência da doença. Essas duas manifestações são responsáveis pela anemia ferropriva presentes nesses pacientes. Apesar de muito rara ROW entra nos
diagnósticos diferenciais de anemias crônicas.

*Hospital São Camilo - HSC, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.441
REVISÃO DA LITERATURA: EFEITOS DE EXTRATO DE BRÓCOLIS NA CARCINOGÊNESE GÁSTRICA
Laurice Barbosa FREITAS*, Iure Kalinine Ferraz de Souza*, Marília Fontenelle e Silva*, Sônia Maria de Figueiredo*,
Sanny Miquelante Yoshida*

Resumo - Introdução - Apesar do aprimoramento dos métodos propedêuticos e terapêuticos, a incidência do Câncer Gástrico (CG) ainda é elevada
e seu tratamento associado a altas taxas de morbiletalidade. Assim, cada vez mais, privilegia-se a profilaxia e o diagnóstico precoce, a fim de reduzir as
taxas de mortalidade associadas ao CG. Estudos apontam que o princípio ativo sulforafano, presente em alimentos como o brócolis, é capaz de inibir a
carcinogênese gástrica. Objetivo - Conhecer possíveis efeitos do extrato de brócolis no aparecimento e desenvolvimento do CG. Metodologia - Revisão
não sistemática de seis artigos científicos, dos anos de 1997 a 2012, utilizando a base de dados PubMed e as palavras-chave: broccoli, gastric cancer e He-
lycobacter pylori. Resultados - O brócolis é uma fonte rica em isotiocianatos (ITC). O sulforafano é um dos ITC mais estudados, com ação na modulação
de eventos relacionados ao câncer, como suscetibilidade a agentes cancerígenos, morte celular, ciclo celular, angiogênese, invasão, metástase e atividade
antioxidante. Nos mamíferos, o sulforafano é um potente indutor de enzimas protetoras e manifesta seu efeito celular antioxidante, anti-inflamatório e
anti-angiogênico, através do fator de transcrição Nrf2. Conclusão - Os resultados apresentados justificam a realização de novos estudos experimentais
e de ensaios clínicos controlados, que avaliem o efeito do uso profilático do brócolis, em populações que apresentam fatores de risco para o desenvolvi-
mento do CG.

*UFOP, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 181


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.442
SCHWANNOMA GÁSTRICO: RELATO DE CASO
Eduardo Aguiar SILVA Neto*, Talytha da Costa COELHO*, Vanessa Castro Lino de Oliveira*, Iohana Vieira da Silva*,
Thays de Oliveira Carmo Borges*, Izzys Martins Lima*, Maysa Campos Mota*, Lenita Vieira Braga*

Resumo - Schwannomas são tumores raros, originados de nervos com bainhas de células de Schwann. Crescem lentamente e tem como localizações
mais frequentes: estômago, cólon e reto. Representam 0,2% de todas as neoplasias gástricas. Os schwannomas são tumores benignos, sua malignização é
rara. São preponderantemente assintomáticos, mas ocasionalmente há presença de sangramento ou massa palpável. A endoscopia digestiva alta (EDA)
direciona o diagnóstico. Apresentamos aqui, um caso de Schwanomma gástrico. Paciente sexo feminino, 44 anos, queixando-se de dor abdominal as-
sociada a melena e hematêmese. Há 2 anos procurou atendimento médico com quadro de hemorragia digestiva. Foi feita uma EDA que revelou lesão
polipoide ulcerada em fundo gástrico de 2,5 cm com coágulo visível e sangrante. Realizou-se uma hemostasia endoscópica com adrenalina no local. Uma
vez que o tratamento endoscópico não seria mais resolutivo, ressecou-se em cunha a lesão. O primeiro estudo revelou um possível GIST. No entanto, o
segundo estudo evidenciou positividade para a proteína S100 direcionando o diagnóstico para um tumor de origem neural. O estudo imuno-histoquímico
comprovou então o diagnóstico de Schwannoma. Os pacientes de uma forma geral tem excelente prognóstico após ressecção cirúrgica completa, a taxa
de recorrência é praticamente nula. Em conclusão, o Schwannoma gástrico é uma neoplasia rara, benigno, positivo para S-100 e vimentina, que é parte
do diagnóstico diferencial dos tumores mesenquimais.

*UniEVANGÉLICA, Goiás.

TL.G.EST/DUO.P.443
SÍNDROME DE PSEUDO-MEIGS EM PACIENTE COM TUMOR DE KRUKENBERG: RELATO DE CASO
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Paulo de Tarso Peres Irulegui*,
Rodrigo Correa Hid Fixfex*

Resumo - A Síndrome de Pseudo-Meigs (SPM) é um termo utilizado para descrever pacientes que apresentam derrame pleural associado a tumor
ovariano, porém não necessariamente o tumor benigno de ovário, como ocorre na Síndrome de Meigs (SM). Em pacientes oncológicos com ascite e der-
rame pleural, deve-se considerar ambas as síndromes no diagnóstico diferencial. Apresentamos o relato de paciente do sexo feminino, 35 anos, que referia
amenorreia há 10 meses e aumento progressivo do volume abdominal. Investigação inicial com ultrassom transvaginal evidenciou massa de 700 cm3 em
região anexial esquerda. Há 2 meses foi encaminhada ao HE de Itajubá, referindo o surgimento recente de dispneia progressiva, ausculta pulmonar e Rx
tórax confirmaram presença de derrame pleural extenso principalmente à direita. Ressonância nuclear magnética identificou massa tumoral em região
anexial esquerda e ascite volumosa. A paciente foi submetida a ooforectomia esquerda e análise histopatológica confirmou a presença de células em anel
de sinete. Há 20 dias a paciente foi reinternada pelo surgimento de epigastralgia e EDA evidenciou lesão ulcerada em grande curvatura de corpo gástrico,
cuja biópsia revelou adenocarcinoma gástrico invasivo pouco diferenciado. Concluiu-se tratar de tumor de Krukenberg e a paciente foi encaminhada ao
serviço de oncologia de referência. A diferenciação entre a SM e a SPM, por vezes difícil de realizar, assume papel de suma importância no prognóstico
e na estratégia terapêutica.

*Faculdade de Medicina de Itajubá, Minas Gerais.

TL.G.EST/DUO.P.444
TROMBOCITOPENIA INDUZIDA POR OMEPRAZOL – RELATO DE CASO
Mariana Nunes Viza Araujo*, Byanca Hekavei HUL*, Odery Ramos Júnior*, Anderson Roberto Dallazen*,
Gibran Avelino Frandoloso*

Resumo - Introdução - Omeprazol é o fármaco protótipo da classe dos inibidores da bomba de prótons (IBP) amplamente receitado para tratar di-
versas patologias gastroduodenais. Possui poucos efeitos colaterais, mas a facilidade de acesso à medicação associada à banalização do uso tem gerado
inúmeros relatos de adversidades, entre elas, a trombocitopenia. Relato de caso - Masculino, 67 anos, casado, natural de Curitiba-Paraná. Internou no
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) para drenagem de abcesso inguinal esquerdo pós herniorrafia inguinal. Hemograma
pré-operatório e hemogramas prévios revelavam plaquetopenia (inferior a 100 mil/mm³) persistente há 3 anos, sem sangramentos. Fazia uso de 20mg/
dia de omeprazol desde 2007. Tratou e erradicou H. pylori em 2011. Após descartar diagnósticos diferenciais, o corpo clínico conduziu o internamento
com a manutenção da prescrição diária, exceto pela retirada do omeprazol. Após 48h, paciente respondeu com ascensão diária da linhagem megaca-
riocítica atingindo 228mil plaquetas/mm³. Nenhuma outra medida foi tomada entre a retirada da droga e a alta do paciente, favorecendo o diagnóstico
de trombocitopenia induzida por omeprazol. Discussão - Há casos de plaquetopenia por IBP descritos na literatura que obtiveram desfecho parecido
e bom prognóstico, sem quaisquer sinais de sangramento. Conclusão - Os profissionais da saúde devem dar importância à possibilidade de alterações
hematológicas secundárias à droga, visto a sua ampla utilização.

*UFPR, Paraná.

182 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.445
TUMOR CARCINOIDE DE DUODENO: RELATO DE CASO
Jorge Andre Cartaxo Peixoto1, David Feder1, Isabelle Andrade Santiago de Oliveira2,
Louise Rayra Alves Bezerra2, Rafael Baia Cardozo Silva2, Raquel Cavalcante Callou2,
George Nilton Nunes Mendes2, Carlos Ney Alencar de Araújo2

Resumo - Carcinoides são tumores raros que se originam de células produtoras de hormônios e que, por sua vez, frequentemente produzem hormônios
e outros neurotransmissores. Tipicamente, tumores carcinoides crescem lentamente e ocorrem principalmente no estômago, intestino delgado, intestino
grosso, apêndice vermiforme, timo ou pulmão. Objetivo - Relatar um caso de tumor carcinoide descoberto ao acaso em polipo duodenal. Casuística e
Métodos - Realizamos pesquisa em prontuários de pacientes submetidos a endoscopia digestiva no Centro de Endoscopia Digestiva do Crato-CE, através
de seu banco de dados e selecionando todos os casos de tumores e pólipos duodenais. Resultados - Paciente de 49 anos queixando-se de dor epigástrica de
forte intensidade, que melhorava com a alimentação, clocking, pirose e diarreia de longa duração. Realizou endoscopia digestiva que evidenciou polipo de
parede anterior de duodeno, semi-pediculado e superfície ulcerada. A biopsia do polipo mostrou tratar-se de tumor carcinoide. Realizado polipectomia
endoscópica através da técnica de mucosectomia. Histopatológico e imumohistoquímica confirmaram o diagnóstico. Paciente evoluiu assintomático.
Conclusão - Devemos estar sempre atentos às queixas do paciente para que cada vez mais consigamos fazer diagnósticos e tratá-los com sucesso.

1
Faculdade de Medicina do ABC, 2 Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.446
TUMOR DE KRUKENBERG SECUNDÁRIO A LINITE PLÁSTICA
Jorge Andre Cartaxo Peixoto1, David Feder1 *, George Nilton Nunes Mendes2, Maria Manuela Martins Rolim2,
Felipe Carvalho Rodrigues de Melo2, Carlos Ney Alencar de Araújo2, Hiarley Emanoel Ferreira Silva2,
Raquel Cavalcante Callou2

Resumo - O tumor de Krukenberg é uma entidade rara, caracterizada por neoplasia ovariana secundária a um tumor do trato gastrointestinal, fre-
quentemente bilateral, volumoso e assintomático. Afeta geralmente mulheres na quarta década de vida, correspondendo a 1%-5% de todos os tumores
ovarianos. Objetivo - relatar um caso de Tumor de Krukenberg secundário a linite plástica gástrica. Casuistica e Métodos - Foi realizado pesquisa em
prontuários de pacientes submetidos a endoscopia digestiva no Centro de Endoscopia Digestiva do Crato-CE, através de seu banco de dados e selecio-
nando todos os casos de câncer gástrico com metástases abdominais. Resultado - Paciente de 63 anos referindo dor abdominal de moderada intensidade,
vômitos pós-prandiais precoces, aumento do volume abdominal e perda de peso de 10 kg em 2 meses. Ao exame físico apresentava-se com estado geral
precário e abdômen globoso, ascítico e indolor. Realizado endoscopia digestiva que verificou infiltração difusa do estômago com pouca distensibilidade
e algumas áreas ulceradas. Ultrassonografia do abdômen mostrou ascite volumosa e aumento dos ovários. TC de abdômen evidenciou ascite volumosa,
implantes peritoneais e nódulos sólidos ovarianos bilaterais. Biópsia gástrica revelou adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado. Conclusão - Algumas
patologias apesar de raras podem aparecer em nossa clínica diária e por isto devemos estar sempre atentos a este tipo de patologia.

1
Faculdade de Medicina do ABC; 2 Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.P.447
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST): DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HEMORRAGIA
DIGESTIVA ALTA
Andre Rezek Rodrigues1, Germana Jardim Marquez1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1,
Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Danillo Gomes Leite1, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2,
Tiago Ferreira Paula2, Leandro Mendonça Pedroso2

Resumo - Introdução - Tumor estromal gastrointestinal (GIST) é a neoplasia mesenquimal mais comum do trato gastrointestinal (TGI), correspondendo
a 3% dos tumores malignos, sendo o estômago o local mais envolvido (60%). Devido ao rápido crescimento do tumor em relação ao suprimento vascular,
a manifestação clínica é hemorragia digestiva alta (HDA), podendo apresentar sintomas inespecíficos (anemia, perda de peso e plenitude pós-prandial).
Objetivo - Discutir a importância da investigação de GIST no diagnóstico diferencial de HDA não varicosa. Relato de caso - DPB, 42 anos, sexo feminino,
refere dor epigástrica com melhora após alimentação. Endoscopia digestiva alta (EDA) mostrou pólipo de 1,5 cm. Após 3 meses evoluiu com astenia,
hematêmese, melena e piora da dor. Realizou nova EDA evidenciando pólipo de 8 cm. Durante pré-operatório piorou quadro de HDA, sendo internada
para reposição sanguínea e cirurgia. Submetida à gastrectomia parcial com anatomopatológico evidenciando lesão mesenquimal fusocelular ulcerada,
sugestivo de GIST. Discussão e Conclusão - As principais etiologias de HDA não varicosa são as úlceras duodenais (25-30%), lesão aguda da mucosa gas-
trointestinal (5-20%), úlcera gástrica (20%), esofagites (7-12%) síndrome de Mallory-Weiss (5-15%), neoplasia (5%) e lesão de Dieulafoy (0,5-14%). Apesar
de ser uma causa incomum de HDA, ao abordarmos um paciente com este quadro, devemos investigar o GIST como possível causa do sangramento.

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 183


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.EST/DUO.P.448
TUMOR ESTROMAL GÁSTRICO (GIST) DE GRANDE VOLUME – RELATO DE CASO
Pedro Lhermusieau Barros1, Murilo Meneses Nunes1, Hugo Silva Camilo2, Paulo Lhermusieau Pedreira3,
Larissa de Rezende Mikael4, Yuri Kossa Barbosa1, Luiz Carlos Pedreira Barros5, Robson Vieira Silva Junior1

Resumo - Introdução - Os tumores estromais gástricos (GIST’s) são relativamente raros e acometem principalmente pacientes acima dos 50 anos. Os
GISTs são frequentemente assintomáticos e diagnosticados incidentalmente por exames de imagem ou endoscópicos. Os possíveis sintomas são dor
abdominal, hemorragia, massa abdominal palpável, anemia ferropriva, sintomas dispépticos, emagrecimento e fenômenos obstrutivos. Objetivo - Rela-
tar um caso de um paciente com um GIST de grande volume. Relato de caso - Paciente de 70 anos, masculino, com história de desconforto e distensão
abdominal de longa data e massa palpável no andar superior do abdome. Os exames de imagem demonstraram lesão tumoral volumosa. Submetido à
cirurgia, com ressecção de massa tumoral medindo 20,0 x 15,0 cm de diâmetro, retrogástrica, com fixação na parede gástrica posterior e pâncreas distal.
Foi realizada ressecção ampliada com gastrectomia parcial, pancreatectomia distal, esplenectomia total e linfadenectomia retroperitonial. Exame his-
topatológico sugestivo de Tumor Estromal Gástrico (GIST). Método - Relato de caso com revisão bibliográfica. Discussão - A presença de uma grande
massa abdominal gerando alterações clínicas associadas a seu efeito compressivo e aderências gerou uma emergência cirúrgica, que levou à pesquisa
histopatológica, evidenciando GIST. Conclusão - Os GIST’s são geralmente assintomáticos e de pequeno volume, porém manifestações atípicas podem
ocorrer e devem ser consideradas como diagnóstico diferencial.

UFG; 2PUC-GO; 3UFF; 4UCB; 5Hospital Amparo, Goiás.


1

TL.G.FIG.P.449
ABSCESSOS HEPÁTICOS DE REPETIÇÃO ASSOCIADOS À LITÍASE INTRA-HEPÁTICA
Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Marcos de Vasconcelos Carneiro*, Rodrigo Barbosa Villaça*,
Pôsteres • fÍGADO

Lílian Silva Mendonça Almeida*, Stefania Burjack Gabriel*, Francisco Machado da SilvA*,
Káritas Rios Lima Matsunaga*, Pedro Robério de Melo Nogueira Junior*

Resumo - Introdução - A maioria dos abscessos piogênicos é isolada e localiza-se no lobo direito do fígado. Uma causa rara é a calculose intra-hepática.
Essa doença caracteriza-se por cálculos pigmentares e frequentemente está associada a estenoses ductais. Objetivo - Relatar caso de abscesso hepático
recorrente associado à litíase hepática. Relato de caso - Mulher, 52 anos com dor intensa em hipocôndrio direito, vômitos há 5 dias. Colecistectomizada
há 30 anos. Histórico de abscesso hepático tratado há 2 anos. Exames Laboratoriais - AST: 24 UI/L, ALT: 16 UI/L, FA: 216 UI/L, GGT: 249 UI/L. TC
de abdome: fígado com múltiplas lesões hipoatenuantes, com impregnação periférica e central pelo contraste, gás no interior das vias biliares intra e
extra-hepáticas, colédoco medindo 1,1 cm. Colangiorressonância: estenose nos ramos biliares direito e esquerdo, dilatação de vias biliares intra-hepáticas,
cálculos intra-hepáticos. EDA: papilite com fístula onde se observa saída de bile clara. Tratada com ciprofloxacino e metronidazol. Retorno dos sinto-
mas após antibioticoterapia. Abordagem definitiva: laparotomia com hepatectomia parcial (segmentos II, V e VIII), evidenciando-se múltiplos cálculos
intra-hepáticos. Conclusão - A litíase intra-hepática é um fator associado à formação de abscessos piogênicos. É necessária alta suspeição para as duas
entidades a fim de diagnosticá-las precocemente e estabelecer tratamento definitivo.

*HFA, Brasília.

TL.G.FIG.P.450
AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS: INICIATIVA MUNICIPAL
Matheo Casagrande*

Resumo - O Ambulatório de Hepatites Virais na cidade Marau no Rio Grande do Sul foi criado graças aos esforços do poder publico municipal e
também aos esforços da Associação Marauense de Portadores de Hepatites Virais - AMHEC. Seu início foi há 18 meses, onde tínhamos 25 pacientes
em tratamento sendo 5 tratando hepatite C e os demais tratando hepatite B. Neste inicio de trabalho implementamos a formação de uma equipe multi-
disciplinar formada por enfermeira, psicóloga, nutricionista, farmacêutica, auxiliar de enfermagem e medico. Neste período visamos a capacitação dos
ESFs da cidade que são em número de 12, fornecendo informações em relação a busca ativa aos portadores de hepatites virais para que aumentássemos
o nosso número de pacientes diagnosticados. No momento ampliamos de 25 para 70 pacientes em tratamento sendo 20 em hepatite C, 3 coinfectados
VHC/HIV e 47 portadores de hepatite B sendo que destes 47, 45 são portadores de vírus B Mutante com Hb e AG não reagente. E somente dois pacientes
são HB e AG reagentes

*Ambulatório de Hepatites Virais Marau, Rio Grande do Sul.

184 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.451
ANÁLISE PRELIMINAR: APLICAÇÃO DA BATERIA DE AVALIAÇÃO FRONTAL EM CIRRÓTICOS
PORTADORES DE ENCEFALOPATIA
Karina Zamprogno de SouzA*, Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Marilia Majeski Colombo*,
Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturini Signoreli*

Resumo - Introdução - Encefalopatia hepática (EH) é um grupo heterogêneo de anormalidades neuropsiquiátricas em portadores de disfunção hepática.
EH pode ser classificada em mínima (EHM), cujo diagnóstico é feito por testes neuropsicológicos ou persistentes, cujo diagnóstico é feito por manifes-
tações clínicas. Uma alternativa para avaliação de EHM seria a Bateria de Avaliação Frontal (FAB), uma bateria para avaliar a presença e a gravidade
das síndromes disexecutivas. Objetivo - Avaliar se o FAB em cirróticos pode inferir EH. Casuísta e Método - Estudo observacional corte transversal, em
59 cirróticos do Serviço de Gastroenterologia do HUCAM, com aplicação do FAB. Resultados - Média de idade da amostra: 57,7anos, 78,3% homens,
68,3% etilistas e abstêmios, 20% HbsAg positivos, 25% anti-HCV positivos, 13,3% apresentavam EH, 38,3% Child A, 38,3% Child B e 23,3% Child C.
Pontuação média do FAB da amostra:10,6 e mediana:11 pontos, 81,7% dos casos apresentaram até 13 pontos e apenas 18,3% apresentaram FAB maior
que 13 pontos. Entre os quesitos do FAB, o de maior comprometimento foi a Abstração, onde 46,7% não pontuaram. Em 8 pacientes com EH franca,
a média: 7,75 e a mediana: 5,5 pontos, 50% não pontuaram em Sequência Motora, GO-NO-GO e Instruções Conflitantes, 62% não pontuaram em
Semelhança. Nos casos sem EH, a média e a mediana do FAB foi de 11 pontos. Conclusão - Pontuação do FAB é inferior em encefalopatas, podendo ser
um método de triagem, principalmente na EH grau I e na EHM.

*UFES, Espírito Santo.

TL.G.FIG.P.452
ANÁLISE DE FATORES PREDITORES PARA RESPOSTA VIROLÓGICA SUSTENTADA NO TRATAMENTO
DA HEPATITE C
Priscila Rabelo Penido Resende*

Resumo - A resposta virológica sustentada (RVS) é definida pela negativação do PCR anti-HCV no final do tratamento e sua confirmação após seis
meses. Alguns fatores tais como, sexo, genótipo 2 e 3, baixa carga viral, idade menor que 40 anos, peso menor que 75 kg e ausência de fibrose, cirrose e
esteatose hepática, são relatados na literatura como preditores da RVS. Numa casuística de 147 pacientes portadores de Hepatite C, atendidos no CTR
Orestes Diniz - BH/MG 65 foram tratados. Perfil: 19 mulheres 47 homens. Média de idade: 48,06 a e o peso médio: 70,6 kg. O ALT > 1,5 em 67,7% dos
pacientes. Detectada inflamação moderada a grave em 52.3 % e fibrose grave em 67,7%. Genótipo 1: 46 pacientes (69,2%) e não 1: 17 (26,2%). 18 pacientes
obteve êxito no tratamento com RVS após 6 meses. Numa análise detalhada dos fatores preditores de RVS, foram encontrados: Sexo p: 0,87 RR: 0,92,
Inflamação p: 0,85 RR: 1,19, Fibrose p: 0,11 RR: 0,51, ALT p:0,22 RR: 2,41. A análise dos dados não mostrou relação estatisticamente significativa com
nenhum dos parâmetros analisados, nem mesmo aqueles citados pela literatura. Os parâmetros ALT, fibrose mostraram valores de p quase significativos.
Este fato foi atribuído a uma casuística de n pouco representativo, devido a grande exclusão provocada pelos critérios para o tratamento. Apesar dos
estudos já existentes, são necessários ensaios com uma casuística maior para que seja estabelecida relação entre RVS e fatores preditores.

*CTR - Orestes Diniz, Minas Gerais.

TL.G.FIG.P.453
APRESENTAÇÃO ATÍPICA DO CARCINOMA HEPATOCELULAR COM FRATURA ÓSSEA
Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*, Charliana Uchôa Cristovão*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Patrícia Souza de Almeida*, Ivonete Sandra Souza e Silva*

Resumo - Introdução - Carcinoma Hepatocelular é a neoplasia primária mais comum do fígado. Dos vários sítios de metástase, o mais comum é o
pulmão, seguido de linfonodos e ossos. As metástases ósseas variam de 1 a 20% em autópsias. Relato de caso - Homem de 54 anos, internado com diag-
nóstico de fratura patológica de fêmur esquerdo, foi submetido à ressecção de lesão lítica, colocação de endoprótese e biópsia óssea. No pós-operatório
evoluiu com melena associada a perda de função hepática. Neste período, o resultado da biópsia, após análise histopatológica e imunohistoquímica,
evidenciou carcinoma hepatocelular metastático ósseo. Realizada tomografia computadorizada trifásica de abdome que revelou lesão heterogênea hepá-
tica em segmento VIII, de 5,7 cm de diâmetro, além de múltiplos nódulos de menor tamanho, localizados difusamente em todo o parênquima hepático,
sugestivo de carcinoma hepatocelular infiltrativo. Foram observadas ascite e linfonodomegalia peri-aórtica e peri-celíaca neste exame. A dosagem da
alfa-fetoproteína sérica foi normal. Houve positividade para infecção pelo HCV mediante dosagem de HCV-RNA pela reação em cadeia da polimerase
(PCR). Diante da ausência de critérios para tratamento curativo como transplante hepático ou ressecção cirúrgica, o mesmo foi encaminhado para
seguimento ambulatorial. Conclusão - Embora metástases ósseas sejam sítios comuns do carcinoma hepatocelular, a apresentação a partir da metástase
é um evento raro, sobretudo com fratura óssea.

*UNIFESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 185


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.454
APRESENTAÇÃO ICTÉRICA DE LINFOMA DE HODGKIN – RELATO DE CASO
Charliana Uchôa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Vitório Luís Kemp*, Roberto José de Carvalho Filho*

Resumo - Introdução - O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia do sistema linfático que acomete preferencialmente adultos jovens, entre 15 e 40
anos. O quadro clínico mais comum é adenomegalia periférica (50%), com acometimento extranodal em até 15%. Relato de caso - SMS, 39 anos, masc.,
previamente hígido. Há 3 meses com febre (38-40°C), sudorese noturna e perda de peso (10 kg). Há 1 mês, apresentou icterícia, colúria e acolia, sem
prurido, dor abdominal ou náuseas. Ao exame: palidez cutâneo-mucosa; icterícia (3+/4+); hepatomegalia dolorosa (13 cm); Traube ocupado; ausência de
linfonodomegalias periféricas e estigmas de insuficiência hepática. Exames complementares: pancitopenia; hipoalbuminemia; ALT e AST de 10-12 xN;
FA e GGT 4 x N; BT 10-14 mg/dL (BD > BI); AP 50%; DHL 1,8 xN. Investigação negativa para vírus hepatotrópicos, HIV, leishmaniose e tuberculose.
RM abdome: hepatoesplenomegalia, sem dilatação de vias biliares; baço no limite superior. TC tórax: aumento discreto de linfonodos mediastinais. Bx
hepática: células de Reed-Sternberg; imuno-histoquímica compatível com LH. Bx de medula óssea: infiltração neoplásica medular. Estadiamento IV b.
Iniciada quimioterapia com dexametasona + CHOP, seguidos de ABVD. Evoluiu com melhora dos sintomas B, ganho de peso de 14 kg e resolução da
icterícia colestática e pancitopenia. Motivo da apresentação: Embora o comprometimento hepático do LH seja raro, seu diagnóstico deve ser considerado
em casos de icterícia colestática associada a sintomas B.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.455
APRESENTAÇÃO NÃO CLÁSSICA DA DOENÇA DE WILSON
Tabata Cristina Alterats Antoniaci*, Paula Sant Anna Siqueira*, Aristides Rodrigues JR*,
Jose Eduardo Vasconcelos Fernandes*, Gustavo Henrique Alterats Antoniaci*

Resumo - Introdução - A Doença de Wilson é uma doença genética autossômica recessiva causada pelo acumulo do cobre. Ocorre mutação no GENE
ATP 7B, do cromossomo 13. Clínica clássica representada pela tríade de doença hepática, neurológica e oftalmológica. Objetivo - Relato de caso com
apresentação clínica na forma não clássica. Método - Relato de caso de paciente e como foi feito seu diagnostico e seguimento. Relato de caso - R.B.P.,
28 anos, natural de Itaberaba/ Bahia, procedente de Santos - SP, internado com edema generalizado e urina escurecida. Admissão: Consciente, sem alte-
ração neurológica. ABD - globoso, ascítico indolor a palpação superficial e profunda. MI - edema 3/4 bilateral. LAB: HB: 12,7/ ALB - 1,77/ BT - 3,16/
BD - 2,22/ TGO- 128,2/ TGP - 58,9 / TAP - 17% RNM Abdome: hepatopatia crônica com sinais de hipertensão portal; veia porta pérvia; esplenomegalia;
ascite volumosa; EGD - varizes esofágicas de grosso calibre, tortuosos e arroxeados. HBSAG - Negativo; Anti-HCV - Não reagente; Anti-HBE - Não
reagente. Exame oftalmológico = Presença de Anéis de Kayser-Fleischer. Foi diagnosticada Doença de Wilson; o mesmo evoluiu com confusão mental
e ascite refrataria, sendo então encaminhado para transplante hepático, com sucesso. Conclusão - No relato acima o diagnóstico deve-se aos métodos
exames subsidiários. Com isso o diagnóstico precoce levou ao tratamento correto para a doença hepática fulminante, aumentando a sobrevida do paciente.

*Santa Casa de Santos, São Paulo.

TL.G.FIG.P.456
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA BIÓPSIA HEPÁTICA GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA EM
SERVIÇO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO MARANHÃO
Fábio Gomes Teixeira*, Álvaro Modesto da Silva Rodrigues*, Ílis Maria Lucas Xavier*, Emanuella Costa da Rocha*,
Janaína Martins de Sousa Broder*, Sergio Henrique Diniz Faray*, Thaís Mesquita Medeiro Rocha*

Resumo - Introdução - A completa avaliação das doenças hepáticas necessita não somente de exames clínicos e laboratoriais, mas também de estudo
histopatológico de material obtido através de biópsia hepática. Objetivo - Avaliar a efetividade da biópsia hepática guiada por ultrassonografia realizada
em um Hospital Universitário de referência no Estado do Maranhão. Método - Estudo transversal e descritivo, com pacientes submetidos a biópsia
hepática guiada por ultrassonografia no Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão (HUPD-UFMA), no período
de janeiro de 2006 a dezembro de 2011. Resultados - Foram avaliadas 278 biópsias hepáticas em 272 pacientes. A média de idade foi de 45,88%, sendo
140 (51,5%) do sexo feminino. A hepatite C foi a principal indicação de biópsia, representando 60,7% dos casos, seguida pela hepatite B (17,6%), hepatite
autoimune (2,9%) e demais patologias (18,8%). A média de tamanho do fragmento hepático foi de 1,3 cm. A média de espaços porta em cada fragmento
foi de 9. Foram satisfatórios para análise histopatológica 95% (264) dos fragmentos obtidos. A maioria não apresentava fibrose, e o achado de esteatose
se fez presente em 43,9% das amostras, enquanto a sobrecarga de ferro ocorreu em 5,4%. Conclusão - Em 95% das biópsias hepáticas guiadas por ultras-
sonografia, o fragmento obtido foi suficiente para a análise histológica, demonstrando a efetividade deste procedimento no Serviço.

*UFMA, Maranhão.

186 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.457
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA EM
USUÁRIOS DA FARMÁCIA ESTADUAL DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS DO MARANHÃO (FEME)
Fábio Gomes Teixeira*, Adalgisa de Sousa Paiva Ferreira*, Karlla Fernnanda Custódia Silva Leal*,
Reinaldo Izidório dos SANTOS Filho*

Resumo - Introdução - A infecção pelo Vírus da Hepatite C é a principal causa de morte por doença hepática e indicação de transplante hepático em
países ocidentais. Objetivos - Avaliar a efetividade do programa de tratamento da hepatite C crônica em usuários da Farmácia Estadual de Medicamentos
Excepcionais do Maranhão (FEME), determinar a taxa de resposta virológica sustentada (RVS) e identificar as taxas de interrupção do tratamento.
Métodos - Foram analisados os dados de 256 pacientes, tratados para hepatite C crônica na FEME no período de Janeiro de 2005 a Julho de 2009. Re-
sultados - A RVS por intenção de tratar foi de 57%. O sexo masculino foi predominante (66%). A média de idade encontrada foi de 52,5 anos, havendo
predomínio de indivíduos não brancos em relação aos brancos. O genótipo 1 foi o mais comum (77%) e 150 (58,6%) pacientes apresentaram carga viral
superior a 400.000 UI/ml. Com relação ao esquema de tratamento, o interferon peguilado associado ribavirina foi utilizado por 80,5% dos pacientes,
sendo a taxa de interrupção do tratamento de 13,3%. Foram identificados como fatores independentemente associados à RVS: cor branca, não cirróticos,
ter genótipo não 1 e carga viral abaixo de 400.000 UI/ml. Conclusão - Estes achados demonstram a efetividade do tratamento fornecido pela FEME, que
possibilita a cura da maioria dos pacientes, prevenindo a progressão para doença hepática terminal e suas consequências desastrosas.

*UFMA, Maranhão.

TL.G.FIG.P.458
AVALIAÇÃO MELD, ROCKALL, CHILD-PUGH E BAVENO EM PACIENTES COM HEMORRAGIA
DIGESTIVA ALTA
Lucianno Viana Ribeiro1 Pedro Araujo Bussad1, Flavio Monteiro Lopes1, Renata Cecilia Magalhães dos Santos1,
Jorge do Prado Correia Neto2, Rodolfo de Assis2, Arnaldo Pereira da Silva2

Resumo - Introdução - Hemorragia digestiva alta (HDA) representa significativo percentual em atendimento de urgência e emergência. As causas são
diversas, porém a abordagem dividida em varicosa e não varicosa determina fluxogramas de atendimento mais eficazes. Os altos índices de morbimorta-
lidade e elevados custos de tratamento adequado sugerem que o diagnóstico precoce, com tratamento profilático de lesões com potencial hemorrágico, é
fundamental para modificação do curso da doença hemorrágica digestiva. Casos - O programa de residência médica em endoscopia iniciou em abril de
2013, na cidade de Almenara, Vale do Jequitinhonha. Foi realizada análise retrospectiva de casos de HDA durante o período de abril a agosto de 2013.
Foram analisados prontuários de 22 pacientes com HDA, sendo que em dez a etiologia foi varicosa, para avaliação dos índices de Rockall, Baveno, Meld
e Child-Pugh. Dos pacientes avaliados houve um óbito. Todos os pacientes após estabilização clínica foram submetidos à endoscopia e o tratamento
adequado foi instituído. Conclusão - No Vale do Jequitinhonha a esquistossomose é endêmica, com elevada prevalência de varizes esofagogástricas por
hipertensão porta. Os protocolos de tratamento determinam a estabilização hemodinâmica e avaliação de critérios laboratoriais, sendo, recomendado a
realização de endoscopia digestiva somente após as medidas terapêuticas clínicas iniciais.

1
Instituto Lucianno Viana Ribeiro; 2Hospital Deraldo Guimarães, Minas Gerais.

TL.G.FIG.P.459
COMPLICAÇÃO DE PARACENTESE: RELATO DE CASO
Karina Zamprogno de Souza*, Fernanda Schwanz Coutinho*, Marilia Majeski Colombo*, Mayara Fiorot Lodi*,
Maria da Penha Zago Gomes*, Izabelle Venturini Signoreli*

Resumo - Introdução - Paracentese abdominal deve ser realizada em todo paciente com ascite, independente da etiologia. É um procedimento funda-
mental para diferenciar a causa da ascite, para diagnóstico de peritonite bacteriana espontânea e para terapêutica. Em geral, apresenta baixos riscos,
desde que respeitada a técnica correta. A complicação mais grave é a hemorragia. (Pache; Bilodeau, 2005) em uma série de casos, com 4500 paracenteses,
obteve a taxa de hemoperitôneo inferior a 0,2%, independente das provas de coagulação ou da contagem de plaquetas; com principais fatores de risco
para sangramento: alta pontuação de Child, Meld, clearance de creatinina reduzido, deficiência de fibrinogênio e da coagulação intravascular dissemi-
nada. Evidenciando a necessidade de mais estudos sobre os fatores de risco para hemoperitôneo pós-paracentese. Objetivo - Relatar caso de paciente
masculino, 50 anos, cirrótico por álcool, Child C, hipertenso não controlado. Internado com ascite de grande volume que, após ser submetido a para-
centese aliviadora e diagnóstica, apresentou hemoperitôneo e em 24 horas evoluiu a óbito. Material e Método - revisão de prontuário, com avaliação
de exames laboratoriais e pelo laudo de necropsia. Resultado - O caso relatado chama atenção para uma complicação de paracentese, que embora rara,
pode ser fatal. Conclusão - Devemos pesquisar fatores de risco que possam predizer um risco maior de hemoperitôneo, ao realizarmos este procedimento
em portadores de cirrose hepática avançada.

*UFES, Espírito Santo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 187


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.460
COMPLICAÇÃO RARA DE CIRROSE HEPÁTICA: ASCITE QUILOSA
Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Karina Zamprogno de Souza*,
Marilia Majeski Colombo*, Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturine Signoreli*

Resumo - Introdução - Ascite Quilosa (AQ) é um achado raro e consiste no acúmulo de líquido peritoneal rico em triglicerídeos (TG). A etiologia é
multifatorial e, em adultos, as principais causas são por cirrose hepática (CH) e malignidades. Está presente em 0,5-1% dos pacientes com CH e ascite. O
aspecto do liquido ascítico (LA) é leitoso e a dosagem de TG apresenta valores > 200 mg/dl. Malignidades sempre devem ser pesquisadas. O tratamento
da AQ em cirróticos consiste principalmente no manejo da ascite com dieta hipossódica e diuréticos, pode ser acrescentado triglicerídeos de cadeia média
(TCM) à dieta para melhor recuperação nutricional. Objetivo - Relatar dois casos de ascite quilosa. Material e Método - Revisão de prontuários e avaliação
de exames laboratoriais. Resultados - Paciente masculino, 46 anos, diabético, portador de doença renal crônica e CH por esteatohepatite não alcoólica.
Apresentava LA de aspecto leitoso, triglicerídeos 654mg/dl. Segundo paciente masculino 65anos, CH por álcool, LA leitoso com triglicerídeos de 355
mg/dl. Introduzido dieta assódica e com TCM, diurético só foi feito no 2º paciente (o 1º não foi introduzido diurético devido disfunção renal). Pacientes
apresentaram redução do volume abdominal e melhora nutricional. Conclusão - Embora rara, a AQ pode estar presente e, nos adultos, as causas mais
comuns são malignidades e CH. A investigação deve ser voltada para a causa dessa ascite para obtermos tratamento efetivo.

*UFES, Espírito Santo.

TL.G.FIG.P.461
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS HEPATOPATIAS: HEMOCROMATOSE HEREDITÁRIA – RELATO DE
CASO
Priscila Rabelo Penido Resende*

Resumo - L.M.M, 56 anos, masculino, com elevação crônica de aminotransferases. Assintomático. Exames: ALT: 79; ferritina: 1650; IST: 75%; ferro:
126; Alfa1-AT: 116. Sorologia para hepatites virais: negativas. US abdome: aumento da ecogenicidade hepática sugestivo de esteatose hepática moderada
a acentuada. Biópsia hepática: compatíveis com esteatohepatite não alcoólica (A2 F1) e siderose grau 2. Pesquisa genética: homozigoto para H63D.
Iniciado tratamento com sangrias terapêuticas; acompanhamento hematológico, triagem familiar. Paciente evoluiu com melhora importante dos exames
laboratoriais e realiza sangrias esporádicas. Hemocromatose hereditária é uma desordem autossômica recessiva caracterizada pelo acúmulo excessivo de
Fe no corpo, sobretudo no fígado. Tem início insidioso, é raramente diagnosticada antes dos 20 anos. A mutação genética é igualmente distribuída entre
os sexos, mas existem mais homens doentes do que mulheres devido às “perdas fisiológicas”. As alterações morfológicas nos órgãos são caracterizadas
por deposição de hemossiderina. O diagnóstico baseia-se na comprovação da deposição acentuada do Fe no fragmento de biópsia hepática e/ou por
meio da realização de testes genéticos para a detecção de mutações. O tratamento visa esgotar os estoques corpóreos aumentados de Fe. A propedêutica
das hepatopatias crônicas deve ser extensa, pois pode revelar mais de um agente causador de lesão hepatocelular.

* Ambulatório Hospital Vera Cruz, Minas Gerais.

TL.G.FIG.P.462
DOENÇA DE CAROLI: RELATO DE CASO
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Luciano Gomes Moura2, Brenda Marques Rodrigues1,
Pedro Ruan Chaves Ferreira2, Wagner Wanzeler Pacheco3, Mara Pureza Marques3,
Thalita Cristina De Oliveira Brandão Campos1

Resumo - Doença de caroli (DC) é patologia rara, consistindo na dilatação das vias biliares intrahepáticas (VBIH) e ausência de outras doenças
hepáticas ou viscerais; agregada à fibrose periportal é denominada Síndrome de Caroli. Geralmente o único sintoma é dor abdominal recorrente em
abdome superior; colangite é muito frequente, podendo ser forma de aparição. Relatamos caso de paciente com DC, internado na Fundação Santa Casa
de Misericórdia do Pará, observando complicações e manifestações clínicas da doença, associando comorbidades do paciente. C.E.O.A., Masculino,
33 anos. Queixas - Dor abdominal, edema em MMII, colúria. Antecedentes - cirrose biliar por dc; uso contínuo de ciprofloxacino 1g/dia; cirurgias: co-
lecistectomia (2010); ex-etilista e ex-tabagista. Exame Físico - Cote, ictérico (2+/4+), taquipnéico. Múrmurio vesicular diminuído em 1/3 inferior direito
com crepitações. Abdome globoso, circulação colateral, RHA presentes, hepatomegalia dolorosa, descompressão brusca negativa. Evoluiu com tosse
produtiva esverdeada e dor à respiração. Suspeita de fístula bílio-brônquica. TC tórax: nódulo calcificado residual, sem realce anômalo após contraste.
TC de abdome: hepatomegalia, dilatação e cálculos (2,8 mm) em VBIH. Progrediu com bom estado geral, sem evidências de fístula. Recebeu alta no 10º
dia de internação, com acompanhamento ambulatorial para transplante hepático. Conclusão - A distribuição bilobar acarretou complicações acentuadas
e presença de quadro clínico clássico.

1
Universidade Federal do Pará; 2 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; 3Hospital Ophir Loyola, Pará.

188 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.463
DOENÇA DE WILSON: DIAGNÓSTICO EM PACIENTE COM ENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO E
HEPÁTICO
Arlene dos Santos Pinto*, Daniela Calado Lima COSTA*, Aline de Almeida Sousa e Silva*, Herton Luiz Alves Sales Filho*, José
Miguel Luz Parente*, Mirian Palha Dias Parente*

Resumo - A Doença de Wilson é um distúrbio hereditário no qual há um defeito na excreção biliar de cobre. Paciente, 21 anos, masculino, pardo, solteiro,
técnico em agropecuária, natural e procedente de zona rural do sul piauiense. Realizou exames laboratoriais que evidenciaram plaquetopenia, tendo sido
internado para elucidação diagnóstica. Queixava-se de fraqueza e tremor de extremidades durante o repouso, alteração de marcha e intensa irritabilidade,
que se instalaram de forma insidiosa nos últimos seis meses. Exames laboratoriais mostraram elevação de aminotransferases 1,5 vezes acima do valor
de referência e plaquetopenia; Ultrassonografia de abdome evidenciou hepatopatia crônica. Biópsia hepática mostrou moderado infiltrado inflamatório
linfocitário portal, e frequentes inclusões glicogênicas intranucleares. Estudo do cobre revelou: ceruloplasmina 2,9 mcg (VR: 22-58); cobre urinário 19,03
mcg (VR:60-140); cobre sérico 32,8 mcg (VR: 59-158). Ressonância magnética de crânio mostrou, na porção anterior do putâmen e no núcleo caudado,
áreas sugestivas de depósitos de metal. Com os resultados apresentados, foi firmado o diagnóstico de Doença de Wilson e iniciado tratamento com d-
-Penicilamina 1g/dia e medidas higienodietéticas (fisioterapia e alimentação pobre em cobre). O paciente obteve melhora do quadro clínico neurológico
e hepático. Conclusão - Relatamos o caso de um paciente com doença de Wilson, cujo quadro clínico teve início com manifestações neurológicas.

*UFPI, Piauí.

TL.G.FIG.P.464
EFICÁCIA DO CLAPEAMENTO PROLONGADO DO DUCTO BILIAR COMUM DO RATO WISTAR, NA
INDUÇÃO DE LESÕES HEPÁTICAS
Gracinda de Lourdes Jorge*, Rodolfo dos Reis Tártaro*, Ana Candida Coutinho Facin*, Rosana Aparecida Trevisan Pereira*,
Cecília Amélia Fazzio Escanhoela*, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin*

Resumo - Introdução - A disfunção hepática pós-ressecção, traumatismo ou transplante hepático é multifatorial, mas não se conhece bem seus efeitos tardios
sobre a via biliar no rato Wistar. Objetivo - Objetivo avaliar lesões hepáticas tardias, após Clampeamento Prolongado do Ducto Biliar Comum (CPDBC) em
ratos Wistar. Método - 10 ratos Wistar, machos, peso médio ± 304 g, anestesiados com tiopental sódico e diazepan iv. Grupo: (CPDBC n=5), submetidos à
incisão abdominal, o DBC foi isolado, dissecado e submetido à clampeamento prolongado de 40 minutos com micro pinça. Após este tempo de oclusão a pinça
foi removida e a incisão fechada. Grupo Operação Simulada (GOS n=5), os ratos em condições de normalidade, foram submetidos, à anestesia, laparotomia
e manipulação do DBC, posteriormente a exames de controle. Após o 31º dia foi realizado a coleta da biopsia hepática para histologia, e exames bioquímicos:
bilirrubinas totais (BT), fosfatase alcalina (FALC), aminotransferases (AST/ALT) e gama glutamil-transferase (GGT). Resultado - No Grupo CPDBC 100%
dos animais apresentaram dilatação do ducto biliar, proliferação ductular e infiltrado inflamatório portal, 60% formação de nódulos regenerativos, 80% septos
porta-porta e focos de necrose. Os resultados bioquímicos apresentaram aumentos significativos (p<0,05) em relação ao GOS. Conclusão - O CPDBC do rato
Wistar, demonstrou ser eficaz como modelo experimental, causando lesões hepáticas com importantes repercussões bioquímicas e histológicas.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.465
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA POR SHUNT PORTOSSISTÊMICO COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA:
PARKISONISMO – RELATO DE CASO
Virgínia Brasil de Almeida*, Antônio Eduardo Benedito Silva*, Ivonete Sandra Souza e Silva*, Lívia de Almeida COSTA*,
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Luiza Fabres do Carmo*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*

Resumo - Relata-se caso de encefalopatia hepática (EH) secundária a shunt portossistêmico (SPS) que procurou neurologista por quadro sugestivo de
Parkinsonismo. Mulher, 60 anos, com esquistossomose hepatoesplênica que fez desconexão ázigoportal há 13 anos, após HDA. Há 5 anos evolui com tremor
em extremidades, movimentos orolabiais atípicos e disartria, alteração da marcha, lentificação psicomotora e demência. Referia constipação intestinal e negava
etilismo. Ao exame apresentava déficit cognitivo, discinesia orofacial, leve instabilidade de marcha sem ataxia, tremor de ação e flapping, sem estigmas de
hepatopatia. Inicialmente fez RNM de crânio (diminuição do volume do putâmen e depósito mineral (manganês?) em núcleos da base). A partir daí realizou-
-se a amônia sérica (61 mmol/L, normal 9-33), USG com Doppler portal e angioTC de abdome (fibrose periportal, trombose crônica de veia porta e shunt
esplenorrenal). Função hepática normal. Usou lactulose e propranolol com melhora da constipação intestinal e regressão do quadro neurológico. O quadro
clínico associado à hiperamonemia, SPS e melhora dos sintomas após tratamento são concordantes com EH com apresentação atípica. Acredita-se que a EH
se deva à cirurgia abdominal prévia e/ou à trombose da veia porta com inversão do fluxo. Este caso mostra a importância da RNM de crânio no diagnóstico
de complicações de hepatopatias. A presença de depósitos de manganês na RNM permitiu ao neurologista o diagnóstico e encaminhamento adequados.

*UNIFESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 189


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.466
ESTEATO HEPATITE NÃO ALCOÓLICA: ALTA PREVALÊNCIA EM PACIENTES ENDOCRINOLÓGICOS
William Bento Amaral1, Maria Lúcia Alves Pedroso1, Rodrigo Bremer Nones2, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes2,
Cristiane Vieira Cruz1, Leonardo Fayad1, Fabio Toshio Kakitani1, Elaine Tomita1, Vivian Mayumi Ushikubo1

Resumo - Introdução - A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é muito prevalente mundialmente e preocupante devido potencial de
evoluir até cirrose e ou hepatocarcinoma, nos casos esteatohepatite não alcoólica (EHNA). A melhor forma de diagnosticar EHNA é através da bióp-
sia hepática, ainda que os critérios histológicos diagnósticos venham sendo frequentemente rediscutidos. Existem alguns fatores de risco para EHNA
e evolução da fibrose, destacando-se a obesidade e o diabetes mellitus tipo 2 (DM). O objetivo deste trabalho foi avaliar o diagnóstico de EHNA em
serviços de hepatologia referenciados por endocrinologistas para encaminhamento de pacientes com suspeita de DHGNA. Materiais e Métodos - Fo-
ram avaliador 195 pacientes assintomáticos, com diagnóstico de DHGNA no período de março de 2005 à janeiro de 2011. O diagnóstico histológico de
EHNA foi realizado de acordo com o guideline da American Association for the Study of Liver - AASLD (2012) e comparado com a classificação de
Kliener. Resultados - Um total de 66 pacientes com DHGNA foram incluídos. O diagnóstico histológico de EHNA ocorreu em 51/58 (88%) dos casos,
segundo as novas determinações da AASLD. Se o diagnóstico tivesse sido realizado pela classificação de Kliener 7 casos não teriam sido diagnosticados.
Conclusão - Observou-se alta prevalência de casos de EHNA, com alto percentual de casos com DM ou obesidade e uma associação entre os casos com
fibrose hepática avançada e DM.

HC UFPR; 2HNSG, Paraná.


1

TL.G.FIG.P.467
ESTEATOSE AGUDA: UM IMPORTANTE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE AS DOENÇAS
HEPATOBILIARES DA GESTAÇÃO
Maria da Penha Zago Gomes*, Mayara Fiorot Lodi*, Karina Zamprogno de Souza*, Fernanda Schwanz Coutinho*,
Marília Majeski Colombo*, Luciana Lofêgo Gonçalves*, Patrícia Lofêgo Gonçalves *, Carlos Sandoval Gonçalves*

Resumo - Introdução - Identificar e tratar doenças hepáticas em gestantes é um desafio para o médico obstetra, que junto com hepatologista devem
precocemente intervir para evitar desfechos desfavoráveis para a paciente e o feto. Objetivo - Relatar caso de uma jovem de 22 anos, puérpera, primigesta
de gemelares, que desenvolveu esteatose aguda da gestação com 33 semanas, culminando em parto prematuro e desfecho favorável. Método - Revisão de
prontuário do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, UFES. Resultados - Paciente, 22 anos, primigesta de gemelares, com pré-natal sem
irregularidades, iniciou icterícia com 33 semanas de gestação. Evoluiu com deterioração do quadro clínico, com função hepática em declínio progressivo,
além de piora da função renal e leucocitose em ascendência. Foi admitida no HUCAM com 34 semanas em franco trabalho de parto e no pós-parto
imediato, evoluiu com manutenção da laboratorial inicial e após alguns dias, com reversão por completo do quadro. O quadro clínico, a exclusão dos
principais diagnósticos diferenciais e a evolução favorável pós-parto diagnosticou esteatose aguda da gestação. Conclusão - Esteatose aguda é uma doença
hepatobiliar específica da gestação humana que ocorre geralmente no 3° trimestre, é um evento raro (1 em 20.000 partos), que deve ser identificado de
forma precoce, pois uma evolução desfavorável é esperada se o parto não for realizado como medida emergencial.

*UFES, Espírito Santo.

TL.G.FIG.P.468
ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA DA GRAVIDEZ E MORTE FETAL POR CARDIOPATIA COMPLEXA
Mariama Alves Dantas Fagundes*, Ana Luiza Cardoso Pinheiro*, Daniela Lima Dias Soares*, Suzana Silva Leal*,
Conceição Maria de Oliveira Mendonça*, Victor Rossi Bastos*, Eduardo Lorens Braga*, André Castro Lyra*

Resumo - Introdução - A esteatose hepática aguda da gravidez (AFLP) é uma emergência obstétrica rara que, se não tratada, progride para insuficiência
hepática fulminante. A etiologia envolve uma mutação genética gerando defeitos na atividade da 3 hidroxiacil coenzima A desidrogenase, responsável pela
ácido beta-oxidação esteatótica mitocondrial. O diagnóstico é embasado na combinação de lesão hepatorrenal, encefalopatia, e coagulopatia de consumo.
Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com AFLP complicada com óbito fetal. Relato de caso - Paciente de 33 anos, primigesta, sem comorbidades,
cursou com, náuseas, icterícia e hemorragia gengival, na 32º semana de gestação. Exames realizados revelaram leucocitose, plaquetopenia, CIVD, insu-
ficiência hepática e renal. Sorologias para vírus hepatotrópicos e não hepatotrópicos negativas; USG de abdômen evidenciou esteatose hepática, ascite, e
feto inviável por cardiopatia complexa. Evoluiu com encefalopatia hepática, choque circulatório, necessidade de intubação orotraqueal, sendo submetida
à cesareana de urgência. Houve melhora progressiva dos sintomas e das alterações laboratoriais, recebendo alta hospitalar em 30 dias. Exames repetidos
após três meses, sem alterações. Conclusão - AFLP é uma doença catastrófica de complicações potencialmente fatais. O diagnóstico precoce e o parto
imediato são essenciais para a sobrevivência materna e fetal.

*HSR, Bahia.

190 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


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TL.G.FIG.P.469
ESTEROIDES ANABOLIZANTES PROVOCANDO HEPATITE TÓXICA: RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta1, Carolina Comandulli2, Celso Nilo Didoné2, Samir de Paula Abdalah2,
Andressa Sardá Maiochi2, Cassia Farris2, Ana Claudia Dall’Oglio2

Resumo - Introdução - O uso indiscriminado de esteroides anabolizantes para ganho de massa muscular pode levar a efeitos colaterais graves. Objetivo -
Relatar um caso de hepatotoxicidade por uso de anabolizantes. Relato de caso - Masculino, 22 anos, iniciou há um mês com icterícia progressiva, associada
a prurido, colúria, acolia e perda de 10 kg. Negava vômitos, dor abdominal, febre, transfusões sanguíneas e viagens recentes. Fez uso de anabolizantes
nos três meses que antecederam o início do quadro. Ao exame físico - Icterícia evidente, hepatimetria de 13 cm e espaço de traube livre. Exames labo-
ratoriais evidenciaram bilirrubinas totais de 43 mg/dl, sendo 31 mg/dl de bilirrubina direta, TAP de 11,5 segundos. As aminotransferases elevadas duas
vezes o valor de referência. Gama-GT, fosfatase alcalina, hemograma e função renal não apresentavam alterações. As sorologias para hepatites e HIV
foram negativas. US de abdome: colelitíase, sem dilatação de vias biliares. Procedeu-se com biópsia hepática, com achados inespecíficos. O diagnóstico
foi de hepatotoxicidade por anabolizantes. Paciente permaneceu internado por três semanas com melhora lenta e progressiva, sendo encaminhado para
acompanhamento ambulatorial. Discussão - Os esteroides anabolizantes são drogas que administradas corretamente podem ser benéficas em algumas
patologias. Os efeitos colaterais tornam-se evidentes quando utilizadas em concentrações acima da recomendável terapeuticamente, provocando danos
à saúde física e mental.

1
Univali; 2Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Santa Catarina.

TL.G.FIG.P.470
FÍSTULA ARTERIOPORTAL PÓS-BIÓPSIA HEPÁTICA VIDEOLAPAROSCÓPICA
Juliana Dantas Ramos BRITO1, Rafael Gonzaga Nahoum2, Murilo Augusto de Almeida Rodrigues1,
Mario Kondo1, Frederico Tácito Rodrigues3, Iana Lícia Cavalcante de Castro3

Resumo - Relato de caso - Paciente M.B.P.B., 75 anos, feminino, portadora de hepatite C crônica, realizou biópsia hepática por videolaparoscopia
em outubro de 2011 para diagnóstico diferencial com amiloidose. Evoluiu no pós-operatório imediato com hipotensão arterial e queda de hemoglobina
sendo submetida a tratamento conservador sem investigação adicional com exames de imagem. Apresentava no pré-operatório plaquetas = 180 mil/
mm3, INR = 1,1, tomografia de abdome e endoscopia digestiva sem indícios de hipertensão portal. Em julho de 2013 realizou endoscopia digestiva que
mostrou varizes de esôfago de médio calibre. Optado por realização de ressonância de abdome em busca de hepatocarcinoma como provável causa
da evolução da hipertensão portal, sendo diagnosticada fístula arteriovenosa intra-hepática. Conclusão - A taxa de complicações sérias das biópsias
hepáticas em geral varia entre 0,06%-0,32%, sendo as mais frequentes a hemorragia, a peritonite biliar, a perfuração de vísceras ocas e o pneumotórax,
com mortalidade em torno de 0,2%. A fístula arterioportal é uma complicação raríssima, pouco descrita na literatura, mas que pode trazer repercussões
importantes a curto e longo prazo.

1
UNIFESP; 2USP; 3FAMENE, São Paulo.

TL.G.FIG.P.471
HEMOBILIA COMO COMPLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS NO FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Juliana Maria de Almeida Vital*, Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Raphael Torres*,
José Willian Ferreira LIMA Junior*, Cláudio Moura Lacerda*

Resumo - Introdução - Procedimentos intervencionistas para o diagnóstico e tratamento das doenças hepáticas vem crescendo. A sua utilização vem
permitindo diagnósticos mais precoces e tratamentos com pouca agressão ao paciente. Nas suas possíveis complicações encontra-se a hemobilia que
pode ser grave e de evolução fatal. Objetivo - Relatar hemobilia em pacientes submetidos a procedimentos diagnósticos/ terapêuticos no fígado. Método
- Estudo retrospectivo em pacientes submetidos a procedimentos intervencionistas sobre o fígado em Hospital público, entre janeiro de 2002 e janeiro de
2012. Resultados - 9 pacientes, sendo 5 do sexo masculino, com colangiografia percutânea (3), drenagem biliar percutânea (3), TIPS (1), biópsia hepática
(1), radiofrequência (1), foram os procedimentos quem evoluíram com hemobilia. A idade variou de 26 a 81 anos. Tratamento conservador ocorreu em
5, embolização do sítio de origem foi realizada em 3 e cirurgia com ressecção para- hemostasia em um (segmectomia, no paciente da radiofrequência).
Uso de concentrado de hemácias ocorreu em 5 casos. Um paciente de biópsia hepática evoluiu para o óbito (Child B, MELD 20). Conclusão - Hemobilia
é uma complicação biliar rara, mas deve ser lembrada após procedimentos intervencionistas sobre o fígado, pois apesar da evolução favorável na maioria
dos casos, pode apresentar prognóstico desfavorável.

*HUOC, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 191


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.472
HEMOBILIA EM PACIENTES ADMITIDOS NA EMERGÊNCIA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira COSTA*

Resumo - Introdução - A hemorragia digestiva alta (HDA) é um evento comum na emergência clínica. A sua abordagem inicial vai depender da severi-
dade do sangramento, idade do paciente e comorbidades associadas. Objetivos - Demonstrar o manejo inicial em pacientes com HDA de causa oculta em
pacientes admitidos na emergência. Métodos - Relato de casos na emergência de um hospital do SUS - Recife/PE, entre janeiro de 2002 e junho de 2013.
Resultados - Primeiro Caso - M.F.A., 62 anos, sexo feminino, natural e procedente de Machados - PE. Admitida na emergência com HDA. Realizada
endoscopia digestiva alta (EDA) com esôfago, estômago e duodeno normais. Como apresentou nova HDA, realizou tomografia de abdome que eviden-
ciou calculose das vias biliares. Nova EDA demonstrou sangramento da papila. Foi submetida à colecistectomia com coledocoduodenoanastomose, sem
intercorrências. Segundo caso - B.C.D., 71 anos, sexo masculino, natural e procedente de Pedras - PE. Admitido na emergência com HDA de repetição
e perda de peso. EDA mostrou sangue proveniente da papila. Ultrassonografia abdominal foi realizada e mostrou estruturas amorfas em via biliar prin-
cipal. Tomografia de abdome e ressonância sugeriram ascaris lumbricoides em via biliar. Realizado antihelmíntico e exploração da via biliar. Realizada
colecistectomia e coledocoduodenoanastomose (achado operatório foi de ascaris no colédoco). Conclusão - Apesar de evento raro, a hemobilia deve ser
lembrada em pacientes com HDA com EDA normal.

*HR, Pernambuco.

TL.G.FIG.P.473
HEMOBILIA MACIÇA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Roberto Lemos*, Laécio Leitão*,
Cláudio Moura Lacerda*

Resumo - Introdução - A hemobilia é uma rara causa de HDA. Em 2/3 dos casos tem origem iatrogênica. Objetivo - Descrever 2 receptores de transplante
de fígado que apresentaram hemobilia maciça. Método - Relato de casos. Resultados - M.J.S., 56 anos, fem., cirrose VHB E VHC, transplante de fígado
há 10 meses. O procedimento ocorreu sem complicações. No 4º mês com aumento das transaminases, sendo optado por aumento da imunossupressão
(FK, Myf e cort). Apesar do aumento, as enzimas continuaram subindo sendo necessária biópsia hepática. Realizada a biópsia que foi inconclusiva, nova
biópsia foi realizada e demonstrou recidiva viral. Após 24 h apresentou choque (hipotensão, acidose metabólica, oligúria e anemia Hb: 4 g/ld). Transferida
para UTI e realizada reanimação. Optado por embolização arterial 48h após a estabilização. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial. IJS, 43 anos,
masc., CHC fibrolamelar, transplante hepático há 8 meses e re-transplantado há 4 meses por rejeição crônica. Apresentou complicação biliar(estenose)
sendo optada por bileodigestiva após 3 meses do re-transplante. Após 48 h da cirurgia, apresentou anemia grave (Hb= 5 g/dl) e exteriorização por melena.
EDA não mostrou sangramento da enteroanastomose, mas sangue proveniente da alça exclusa do Y. Tratamento conservador foi suficiente e a evolução
favorável permitiu alta hospitalar após 8 dias. Conclusão - A hemobilia deve ser considerado nos pacientes submetidos a procedimentos hepatobiliares
e o seu manejo deve ser multidisciplinar.

*HUOC, Pernambuco.

TL.G.FIG.P.474
HEMOBILIA: APRESENTAÇÃO NÃO USUAL DE TUMOR DE KLATSKIN
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Jesse de OLIVEIRA Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Cláudio Moura Lacerda de Melo*

Resumo - Introdução - A hemorragia através do trato biliar é rara e apresenta grande dificuldade em seu diagnóstico. Sendo incomum, é muitas vezes
esquecida na avaliação diagnóstica. As principais causas da hemobilia são originadas de procedimentos intervencionistas hepatobiliares acompanhadas
em segundo lugar pelo trauma. Objetivo - Descrever a apresentação clínica de um paciente com tumor de Klatskin cuja manifestação inicial foi hemobilia.
Método - Relato de caso. Resultado - J.M.S., 64a, masc., natural e procedente de Vitória de Santo Antão - PE. Admitido na emergência com hemorragia
digestiva alta (HDA). Estável hemodinamicamente foi indicado EDA cujo resultado foi negativo. Recebeu alta e encaminhado ao Serviço de Cirurgia
geral de um hospital público. Uma vez internado para avaliação diagnóstica evolui com nova HDA. Nova EDA foi realizada que flagrou hemobilia.
USG abdominal, TAC e RNM foram realizadas e demonstraram colangiocarcinoma hilar (Klatskin). O marcador tumoral Ca 19.9 > 500. Submetido a
ressecção cirúrgica e anastamose bilio entérica. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial no 18º mês pós-cirurgia. Conclusão - A hemobilia deve
ser lembrada como causa de HDA a investigação de sua origem pode evidenciar diagnósticos incomuns, como nesse caso o tumor de Klatskin.

*HUOC, Pernambuco.

192 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.475
HEMOCROMATOSE “BENIGNA”?
Cristiane Vieira da Cruz*, Maria Lúcia Alves Pedroso*, Nádia Cristina RALDI*, Mariana Pfau Ferrarini*,
William Bento Amaral*, Fábio Toshio Kakitani*, Elaine Tomita*, Leonardo Fayad*

Resumo - Introdução - Hemocromatose é uma doença que cursa com aumento progressivo dos estoques corpóreos de ferro em diversos órgãos.
Decorre de um distúrbio genético, oriundo de diferentes tipos de mutações, as quais determinam absorção intestinal excessiva do ferro proveniente da
dieta. O quadro clínico inicia geralmente entre 40 e 50 anos idade, na forma de cirrose, astenia, diabetes, cardiopatia, entre outras. O tratamento consiste
na realização de sangrias periódicas, que visam eliminar e impedir novos depósitos. Será relatado um caso com diagnóstico tardio de hemocromatose,
mas evolução favorável, apesar de elevado nível de depósito hepático de ferro. Relato de Caso - Paciente masculino, 76 anos, encaminhado à consulta
devido tomografia prévia acusar aumento de depósito de ferro em fígado. Assintomático, sem histórico de transfusões sanguíneas. Tratou tuberculose
há 7 anos, sem outras comorbidades. Realizado diagnóstico de Hemocromatose devido índice de saturação da transferrina elevado (96%), ferritina alta
(2955 mg/dl) e biópsia hepática com siderose intensa. Tanto a biópsia quanto o ultrassom e tomografia de abdome não mostraram sinais de fibrose.
Foi encaminhado para sangrias, que acarretaram pouca melhora dos exames laboratoriais e levaram à intensa fadiga e mal estar do paciente, os quais
só regrediram após a suspensão da terapêutica. Conclusão - Não foram observados sinais de toxicidade orgânica ao depósito aumentado de ferro neste
paciente com hemocromatose.

*UFPR, Paraná.

TL.G.FIG.P.476
HEMOPERITÔNIO – APRESENTAÇÃO INICIAL DE HEPATOCARCINOMA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira COSTA*

Resumo - Introdução - O hepatocarcinoma é uma neoplasia encontrada comumente em cirróticos. A sua apresentação clínica varia desde a icterícia à
Hemorragia Digestiva Alta (HDA). Hemoperitônio espontâneo é incomum, porém, de extrema gravidade. Objetivos - Relatar o atendimento inicial e o
tratamento cirúrgico de pacientes com hemoperitônio não-traumático cuja origem era hepatocarcinoma. Métodos - Estudo retrospectivo em pacientes
adultos admitidos na emergência de um hospital do SUS, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Cinco pacientes foram encontrados. Apenas
um era do sexo feminino. A idade variou de 31 a 63 anos. Ascite, passado de HAD e encefalopatia não foram encontrados nos pacientes. Choque ocorreu
em dois casos, sendo necessário intubação orotraqueal imediatamente. Paracentese foi realizada em três casos. Todos apresentavam abdome agudo (des-
compressão brusca positiva). Laparotomia exploradora (mediana) foi realizada entre 20 e 60 minutos da chegada ao hospital. Hepatectomia direita (1),
segmentectomia esquerda (1), coagulação com eletrocautério (1), ligadura da artéria hepática comum (1) e tamponamento (1) foram estratégias realizadas.
Ressangramento ocorreu em dois casos, sendo optado por embolização arterial que obteve sucesso. O óbito ocorreu em um caso (ligadura da artéria
hepática). Conclusão - Hemoperitônio espontâneo secundário à hepatocarcinoma é um evento incomum e de difícil manejo na maioria dos pacientes.

*HR, Pernambuco.

TL.G.FIG.P.477
HEPATITE TÓXICA DESENCADEADA POR SUPLEMENTO ALIMENTAR (TERMOGÊNICO)
Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Marcos de Vasconcelos Carneiro*, Rodrigo Barbosa Villaça*,
Stefania Burjack Gabriel*, Lílian Silva Mendonça Almeida*, Francisco Machado da Silva*,
Káritas Rios Lima Matsunaga*

Resumo - Introdução - Hepatite aguda é caracterizada pelo rápido desenvolvimento de disfunção hepatocelular. Dentre as causas tóxicas, pode-se citar
o uso de termogênicos. As hepatites tóxicas têm incidência reduzida (7,6:1000000), mas são causa frequente (até 25%) de falência hepática aguda. Obje-
tivo - Relatar caso de hepatite aguda após uso de suplementos alimentares (termogênico-Oxyelite Pro®-dimetilamilamina). Descrição do caso - Homem,
23 anos apresentou 20 dias antes da internação, icterícia, astenia, sonolência diurna, náuseas, prurido cutâneo. Relatou uso de dimetilamilamina por 3
meses antes do início dos sintomas. Há 1 ano fez uso de anabolizantes, quando apresentou rabdomiólise. Exames laboratoriais revelaram: hiperbilirru-
binemia progressiva (BT: 38 mg/dL; BD: 26,6 mg/dL), AST: 94,5 UI/L, ALT: 98,5 UI/L, FA: 114,5 UI/L, GGT: 53 UI/L, sorologias p/ HIV, EBV, CMV,
HAV, HBV, e HCV negativas. FAN não reagente, eletroforese de proteínas normal, AMA, AML e anti-LKM1 negativos. USG, TC e RNM de abdome
normais. Biópsia hepática: leve infiltrado inflamatório mono e polimorfonuclear, com predomínio de linfócitos e presença de eosinófilos, hepatócitos com
intensa colestase intracelular. Paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial após 7 semanas. Conclusão - Hepatite tóxica por suplemento alimentar
(termogênico) pode ser causa importante de hepatite aguda.

*HFA, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 193


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.478
HEPATOCARCINOMA E HEPATITE B CURADA: RELATO DE CASO
Charliana Uchôa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Vitório Luís Kemp*, Roberto José de Carvalho Filho*

Resumo - Introdução - A hepatite B é a principal causa de CHC no mundo. Mais de um bilhão da população mundial apresenta infecção atual ou
prévia pelo VHB. A maioria dos pacientes são cirróticos (70-90%), podendo ocorrer também em não cirróticos. O VHB é carcinogênico, pois o DNA do
vírus se integra ao genoma do hospedeiro. Relato de caso - 23 a, masc., hígido. Há 4 meses com aumento do volume abdominal, edema de MMII, dispneia
progressiva, icterícia e perda de peso (10 kg). AP: Hepatite na infância com resolução espontânea - etiologia desconhecida. Exame físico - Hipocorado
(1+), ictérico (2+), hepatomegalia dolorosa (20 cm), ascite grau 3, edema de MMII, circulação colateral abdominal tipo porta. Sorologias: Hep B curada
(anti-Hbs > 1000, HbsAg neg., anti-HBcT posit.). Investigação para VHC e HIV negativas. LA compatível com HP. TC de abdome: hepatomegalia, com
múltiplos nódulos e massas hepáticas infiltrativas, acometendo todo parênquima; trombose do ramo portal direito; sinais de HP; esplenomegalia; ascite
volumosa. TC de tórax: Múltiplos nódulos sólidos no parênquima pulmonar (maior 2,3 cm), compatíveis com lesões secundárias; múltiplas linfonodo-
megalias mediastinais. AFP = 21.745; CEA e CA-19.9 normais. BX hepática: Neoplasia maligna epitelioide. Motivo da apresentação: Hepatocarcinoma
infiltrativo com metástases pulmonares em que o único fator de risco encontrado foi infecção prévia curada pelo vírus da hepatite B.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.479
HEPATOCARCINOMA EM ADULTO JOVEM NÃO CIRRÓTICO
Vanessa Bavaresco*, Lysandro Alsina Nader*, Elza Cristina Miranda da Cunha Bueno*, Carolina Ziebell CarpenA*,
Daniela Nogueira Zambrano*, Graciela Krolow*, Giovani Santin*

Resumo - O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o tipo mais frequente de tumor primário do fígado, a sexta neoplasia mais comum e a terceira causa
de mortalidade por câncer na população mundial. Em pacientes não cirróticos, o CHC é associado a outros fatores etiológicos, tais como a exposição a
substâncias genotóxicas, hormônios sexuais, doenças hereditárias e mutações genéticas. Neste caso, trata-se de uma mulher, 33 anos, previamente hígida
que interna para investigação de dor abdominal e emagrecimento, sendo constatado ao exame físico a presença de extensa massa palpável em epigastro.
A tomografia computadorizada de abdome diagnosticou a presença de lesão expansiva sólida com áreas de necrose central medindo 14,6 cm no maior
diâmetro, comprometendo o lobo hepático esquerdo e em contiguidade com o estômago e pâncreas, sendo sugestiva de hepatocarcinoma. Para confirma-
ção diagnóstica foi realizada biópsia da tumoração hepática guiada por ecografia, que confirmou o diagnóstico. Devido o estadiamento não evidenciar
lesões metastáticas a paciente foi submetida à ressecção cirúrgica completa da lesão, evoluindo satisfatoriamente. O CHC em fígado não cirrótico é uma
neoplasia pouco frequente, com tumores de grande tamanho no momento do diagnóstico. No entanto, como nesse caso, podem-se aplicar tratamentos
destinados à cura e conseguir uma maior sobrevida do que o esperado em pacientes cirróticos.

*UFPEL, Rio Grande do Sul.

TL.G.FIG.P.480
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR COCAÍNA ASSOCIADO A LESÃO HEPÁTICA AGUDA
Lívia Dantas Teles1, Alex Baia Gualter Leite1, Vanessa Paula Lins Porto Mota1, Charliana Uchôa Cristovão1,
Marina Santos e Souza1, Raíssa Espírito Santo Almeida1, Thiago Figueiredo Travassos2, Vitório Luís Kemp1

Resumo - Introdução - “Overdose” por cocaína provoca problemas cardiovasculares, todavia deve-se lembrar da rabdomiólise, IRA e hepatotoxicidade.
A cocaína pode causar necrose hepatocitária por mecanismos de isquemia, citotoxicidade e microangiopatia trombótica. Relato de Caso - O.S.R., 28
anos, masculino, negro, solteiro, hígido, natural e procedente de São Paulo - SP, com queixa de dor epigástrica, em peso, há + 2 dias, associado a náuseas
e vômitos, que teve início após abuso de cocaína e maconha. Negava uso de bebida alcóolica. Ao exame físico, dor à palpação de hipocôndrio direito e
hepatomegalia de + 6 cm do apêndice xifoide. Foi diagnosticado IAM sem supra ST com os seguintes marcadores cardíacos: CPK- 684 (VR-39 a 308),
CK-MB- 66 (VR<25) e troponina- 6.936 (VR<14). ECO com contratilidade reduzida dos ventrículos por hipocinesia difusa e fração de ejeção de 38%.
Observaram-se também aumento de LDH e elevação significativa das transaminases: AST-1692 (40x LSN) e ALT-1014 (25x LSN). Função hepática pre-
servada. Sorologias para hepatites virais negativas. Não apresentou encefalopatia hepática, icterícia ou coagulopatia durante a evolução. Houve declínio
dos níveis de transaminases juntamente com curva descendente das enzimas cardíacas, mostrando uma relação temporal que sugere lesão hepática aguda
induzida pela cocaína. Conclusão - A doença hepática por drogas de abuso deve também ser considerada perante um quadro clínico de hepatotoxicidade,
quando já excluídas as causas habituais.

UNIFESP; 2FHEMIG, São Paulo.


1

194 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.481
INJÚRIA RENAL AGUDA NO PACIENTE CIRRÓTICO: PERFIL ETIOLÓGICO E PROGNÓSTICO
DE 27 CASOS
Célio Geraldo de Oliveira Gomes*, Eduardo Garcia Vilela*, Anderson Antônio de Faria*, Maria de Lourdes de Abreu Ferrari*,
Francisco Guilherme Cancela e Penna*, Aloísio Sales da CUNHA*

Resumo - Introdução - A Injúria Renal Aguda (IRA) é caracterizada pelo aumento da creatinina de 0,3 mg/dL ou mais, ou pela elevação de 50% de
seu valor basal, em um período de 48 h. Sua prevalência é de cerca de 20% entre os pacientes cirróticos hospitalizados. Destes, cerca de 67% morrerão em
um mês e 71% em um ano. No nosso meio, os dados sobre o perfil da IRA ainda são escassos. Objetivos - Avaliar a etiologia e o prognóstico da IRA em
pacientes cirróticos hospitalizados. Casuística e Métodos - Foram selecionados 27 pacientes cirróticos com IRA, entre de outubro de 2011 e julho de 2013,
internados no Hospital das Clínicas da UFMG. As causas de IRA e a mortalidade em um mês e em três meses foram registrados para análise. Resultados
- Entre as causas de IRA, as infecções foram evidenciadas em onze (40,7%) pacientes, a hipovolemia em sete (25,9%) e, em seis (22,2%) pacientes, ambas
estavam presentes. A nefropatia parenquimatosa foi identificada em três (11%) casos. Entre as infecções, a peritonite bacteriana espontânea e as infecções
de pele e de partes moles foram responsáveis por três (11,1%) casos cada; a pneumonia, a infecção urinária e a bacteremia espontânea por dois casos cada
(7,4%); havendo um caso de sepse sem foco definido. A mortalidade foi de 41% e 52% em um mês e três meses, respectivamente. Conclusão - A IRA está
associada, na maioria das vezes, às infecções bacterianas, e é considerada um fator de mau prognóstico e preditor de elevada mortalidade a curto prazo.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.G.FIG.P.482
INTOXICAÇÃO ACIDENTAL POR CLOROFÓRMIO LEVANDO A INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA – RELATO
DE CASO
Juliana Ayres de Alencar Arrais*, Denise Gabardo Pereira*, Elisa Fernanda Ferri Cenci*, Karen Yumi Watanabe*, Lonize Maira Weinert
Silveira*, Daphne Benatti GONÇalves*, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes*, Bruno Eugênio Canhetti Mondin*, Alcindo Pissaia Júnior*

Resumo - O clorofórmio é muito tóxico se ingerido ou seus vapores aspirados. Sua metabolização ocorre no fígado e a intoxicação pode causar: au-
mento de transaminase e bilirrubinas, dege neração adiposa e hepatomegalia. Reversão do quadro pode ser alcançada através do uso de N-acetilcisteína.
Masculino 21 anos, admitido após ingestão acidental de aproximadamente 100 ml de clorofórmio, apresentando Glasgow 4, insuficiência respiratória e
alteração hepática. Na admissão, estava sedado e intubado. Exames laboratoriais mostravam, entre outros, RNI de 3,38, TGO de 8500 U/L e TGP de
6687 U/L. Feito diagnóstico de insuficiência hepática aguda por intoxicação com clorofórmio. No dia seguinte à internação, iniciou-se a administração
de NAC IV na seguinte sequência: 150 mg/kg em 15 minutos, 50 mg/kg em 4 horas, seguido de manutenção contínua 6,25 mg/kg/h. Medicação foi admi-
nistrada por 4 dias e suspensa após melhora clínica e laboratorial significativas. Recebeu alta hospitalar sem sequelas e com os seguintes exames: TGO de
174 U/L, TGP de 693 U/L e RNI de 1,1. Conforme decréscimo substancial dos níveis de TGO, TGP e RNI apresentados após o uso de NAC, percebe-se
a real eficácia do uso desta droga. A importância desse relato reside no fato em se alertar sobre a gravidade da intoxicação por clorofórmio, com risco
de rápida evolução a óbito se não tratado, e atentar para a possibilidade de boa evolução com o uso de NAC.

*HNSG, Paraná.

TL.G.FIG.P.483
LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR PSICOTRÓPICOS EM INDIVÍDUO COM MULTIMEDICAÇÕES: COMO
DEFINIR A SUBSTÂNCIA AGRESSORA? – RELATO DE CASO
Kelly Cristina dos Santos*, Perla O. Schulz *, Thatja S. Cajuba Britto*, Priscilane Giacomini Alves*, Felipe Bertolo Ferreira*,
Priscila Pulita A. Barros*, Cassia Lemos Moura*, Nathalia Borio Pedrao*

Resumo - Introdução - Vários fatores dificultam o diagnóstico de lesões hepáticas induzidas por droga, como: variedade de substâncias disponíveis, auto-
-medicação, fármaco-vigilância deficiente, multimedicação, existência de hepatopatia prévia, suscetibilidade individual, ausência de critérios diagnósticos
e de marcadores específicos. Diversos psicotrópicos podem induzir à hepatotoxicidade, promovendo diferentes tipos de lesão histológica. Método - Relato
de caso. Relato de caso - Masc., 22 anos, diagnóstico recente de esquizofrenia, há 3 meses usando biperideno e risperidona. Iniciou, há 20 dias, icterícia,
acolia, colúria, náuseas, vômitos e prurido. Negava uso de drogas e etilismo. Exames com hiperbilirrubinemia direta, elevação de enzimas canaliculares,
função hepática preservada. Apresentou piora clínico-laboratorial após troca de medicações para haloperidol. Investigação excluiu causas obstrutivas,
inflamatórias, infecciosas e metabólicas. Biópsia hepática evidenciou hepatite aguda e colestase intra-hepática, compatível com hepatite medicamentosa,
provavelmente por risperidona, e agravada por haloperidol. Após a suspensão de todos os fármacos, evoluiu com melhora clínica e laboratorial completa.
Conclusão - Os psicotrópicos são importante classe de drogas potencialmente hepatotóxicas, pela frequência de sua prescrição, comumente em indivíduos
com multimedicações, e pelo seu metabolismo hepático. Portanto, ao usar continuamente estas drogas, deve-se monitorizar as enzimas hepáticas.

*Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 195


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.484
LESÕES NODULARES BENIGNAS EM FÍGADOS NÃO CIRRÓTICOS. A PROPÓSITO DE 35 PACIENTES
Raul Carlos Wahle*, Andreia Sopran Scopel*, Karoline Gomes Pinto*, Mary Elena Orosco Henostroza*,
Bruna Feregueti Saquetto*, Bruno Bandeira de Alencar Moreno*, Mateus Ciciliotti Ervatti*, Adávio de Oliveira e Silva*

Resumo - Introdução - Nos últimos anos se tornou possível identificar com maior acuidade as lesões hepáticas focais benignas (LHFB), a partir do
emprego dos modernos métodos de imagens, tais como ultrassonografia (US), tomografia computadorizada Multi-Slice (TC) e ressonância magnética
(RM). Objetivo - Avaliar as características iniciais de pacientes com LHFB atendidos em um serviço especializado em Hepatologia em nosso meio.
Casuística e Método - Revisão de prontuário de pacientes encaminhados no período entre 20 de abril de 2011 a agosto de 2013 para ambulatório de
Hepatologia, para avaliação de LHNB identificada originalmente por US, sendo em seguida realizados exames de TC e/ou RM para definir a natureza
da lesão. Resultados - Foram diagnosticados 35 LHNB, sendo que 20 (56,9%) eram achados em pacientes assintomáticos enquanto os demais foram
identificados naqueles com dor abdominal em hipocôndrio direito ou por alterações bioquímicas hepáticas. As LHNB mais comuns foram cistos simples
(42,8%), seguido de hemangiomas (37,1%), sendo que os casos de hiperplasia nodular focal só ocorreram em mulheres. Os casos foram identificados
especialmente em adultos ao redor da sexta década de vida e o tamanho médio das lesões ficou ao redor de 2,8 cm de diâmetro. Comentários - Há uma
maior detecção incidental de LHFB nos últimos anos especialmente entre os idosos devido a maior expectativa de vida da população e ao crescente
avanço nas atuais técnicas de TC e RM.

*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI). Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.

TL.G.FIG.P.485
MIOPATIA AGUDA RELACIONADA AO USO DE SORAFENIBE
Juliana Ayres de Alencar Arrais*, Denise Gabardo Pereira*, Elisa Fernanda Ferri Cenci*, Karen Yumi Watanabe*,
Lonize Maira Weinert Silveira*, Daphne Benatti Gonçalves*, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes*, Alcindo Pissaia Júnior*

Resumo - O sorafenibe é a droga de escolha para o tratamento de Hepatocarcinoma avançado. Os principais efeitos adversos: diarreia, síndrome mão-
-pé, fadiga, dor abdominal, perda de peso, náusea, eritema e descamação, queda de cabelo, coceira e hipertensão. Masculino de 61 anos, cirrótico Child
A6 e MELD 9 por hepatite C com hepatocarcinoma infiltrativo, hospitalizado por astenia, diarreia, hiporexia, aumento de volume abdominal e perda de
força muscular em MMII associada à dor muscular intensa e cãibras, após 3 semanas de uso de sorafenibe. Ao exame neurológico, dor à palpação dos
MMII, arreflexia generalizada sem déficit sensitivo, paraparesia e discreta paresia de MMSS. Diagnosticada miopatia aguda provavelmente desencadeada
pela medicação. Nesta ocasião o MELD era de 23, a CPK de 1147 U/L e a alfa-feto proteína de 15665 ng/ml. A eletromiografia e a biópsia muscular
confirmaram miosite aguda. Com a suspensão do sorafenibe houve melhora progressiva da paraparesia dos MMII e diminuição da dor muscular. Alta
hospitalar no décimo dia, com MELD 18, CPK de 76 U/L. Apesar de já terem sido descritos casos de acometimento do sistema musculoesquelético,
como sarcopenia e artralgia, devido ao uso de sorafenibe, os relatos de miosite aguda provocada por essa droga são muito raros, segundo a literatura.
Por isso, é de grande importância o conhecimento de miosite aguda como efeito adverso pelo uso de sorafenibe, já que essa droga é primeira escolha
para tratamento de hepatocarcinoma.

*HNSG, Paraná.

TL.G.FIG.P.486
NEUROMA PÓS-TRAUMÁTICO EM ENXERTO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Aedra Kapitzky Dias*, Aline Lopes Chagas*, Roberto Blasbalg*, Luiz Augusto Carneiro de Albuquerque*, Ryan Yukimatsu
Tanigawa*, Flair José Carrilho*, Cassia Tridente*

Resumo - Introdução - Complicações biliares após transplante hepático são causa importante de morbidade e mortalidade. Estenose de via biliar
por proliferação nervosa é pouco descrita, com real incidência subestimada. Relato de caso - Paciente 61 anos, submetido a transplante hepático de
doador falecido em 1998, por cirrose alcoólica. No acompanhamento ambulatorial, detectado hipertensão portal e colestase discreta. Possibilidade de
rejeição crônica descartada em biopsia hepática (padrão de fibrose hepática não ductopênica com colestase). Ressonância magnética com tecido sólido
envolvendo ducto hepático comum, com realce pós-contraste, e redução do calibre luminal, sugestivo de neuroma pós-traumático e trombose crônica de
veia porta. Discussão - neuromas traumáticos surgem após injúria à fibra nervosa circundada por células de Schwann. A rede nervosa ao redor do hilo
hepático é extensa, mas a incidência de tal lesão causando sintomas compressivos da via biliar é rara. São manifestações possíveis, a icterícia obstrutiva
e alterações da função hepática. Suspeita diagnóstica pela presença de constrição fibrótica da anastomose biliar em exames de imagem, e confirmatório
em anatomopatológico. Série de casos recente com incidência de 3,5%. Não há definição na literatura do melhor tratamento definitivo. A ressecção
cirúrgica ou re-transplante são opções nos casos sintomáticos. No caso relatado optado por conduta conservadora, pois paciente assintomático com
alterações laboratoriais discretas.

*USP, São Paulo.

196 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.487
OCTREOTIDE LAR COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA ASCITE REFRATÁRIA - RELATO DE CASO
Débora Dourado Poli*, Cristine Lengler*

Resumo - Introdução - A ascite refratária (AR) é definida como ascite não responsiva à restrição dietética de sódio e uso de diuréticos em dose má-
xima ou quando há intolerância aos diuréticos. Objetivo - Relatar o caso de paciente com AR e tratamento com octreotide de liberação prolongada.
Método - Relato de caso. Caso - Paciente de 88 anos com diagnóstico de diabete mellito e de cirrose por hepatite C (tratada) associada à esteato-hepatite
não alcoólica e AR, necessitando paracenteses de alívio a cada semana, sem possibilidade de uso de diuréticos por alteração da função renal cada vez
que se tentava introduzir os diuréticos, associado à encefalopatia hepática crônica. Devido a idade, não se encontrava em lista de transplante. Decidiu-se
internar o paciente e usar octreotide associado a albumina como alternativa de tratamento. Em duas semanas de uso de octreotide 0,1 mg subcutâneo
de 8/8h e albumina humana 20% 20 mL IV de 8/8h, conseguiu-se reintroduzir furosemida 40 mg oral 1x/dia e aldactone 100mg 1x/dia mantendo função
renal estabilizada com creatinina de 1,6 mg/dL, mesmo após a suspensão de albumina. O paciente teve alta então com octreotide LAR na dose de 20
mg 1x/mês e encontra-se, na época da elaboração desse resumo, há 2 meses sem necessidade de paracentese, mantendo ascite moderada não tensa, em
uso de diuréticos nas mesmas doses da alta e com creatinina de 1,8 mg/dL. Conclusão - O octreotide LAR parece ser uma alternativa como tratamento
paliativo aos pacientes com ascite refratária.

*Hospital e Maternidade São Luiz, São Paulo.

TL.G.FIG.P.488
PAPEL DA TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS COM 18-FLUORDESOXIGLICOSE (PET-FDG)
NA DETECÇÃO DE CISTOS HEPÁTICOS INFECTADOS: RELATO DE CASO
Adriana Ribas Andrade*, Ana Luiza Vilar Guedes*, Vinícius Santos Nunes*, Daniel Makoto Nakagawa*,
Guilhermes Marques Andrade*, Rodrigo Vieira Costa Lima*, Alberto Queiroz Farias*

Resumo - Introdução - A doença policística hepática dominante do adulto abrange a PLD (Policystic Liver Disease) e a ADPKD (Autosomic Do-
minant Policystic Kidney Disease), que podem complicar com abscessos, situação em que o diagnóstico precoce se faz necessário. Isto pode ser feito
através do uso da tomografia por emissão de pósitrons com 18-fluordesoxiglicose (PET-FDG). Objetivo - Relatar caso de abscesso hepático em paciente
com ADPKD, diagnosticado através da PET-FDG. Relato do Caso - Mulher, 55 anos, com ADPKD com comprometimento hepático. Deu entrada no
PS com quadro de dor abdominal de forte intensidade com vômitos, febre e calafrios, havia uma semana. Introduzida antibioticoterapia para cobertura
de sepse de foco abdominal. USG de abdome sem evidência de complicações císticas. Realizada PET-FDG, com múltiplas imagens compatíveis com
abscessos hepáticos, a maior delas medindo 7 cm. Submetida a drenagem percutânea guiada por USG. Evoluiu com melhora da dor e resolução da sepse.
Conclusão - Atualmente a PET-FDG é um exame de primeira escolha nos casos de alta suspeição de infecção cística em pacientes com cistos hepáticos.
A PET-FDG se caracteriza pela captação do marcador em áreas de alto metabolismo da glicose, como em regiões inflamadas e/ou infectadas. No caso
de cistos hepáticos infectados, a imagem típica é de captação periférica do marcador. A alta sensibilidade do exame auxilia no diagnóstico precoce dos
abscessos hepáticos, situação de morbi-mortalidade elevada.

*USP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.489
PARAPLEGIA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE CARCINOMA HEPATOCELULAR:
RELATO DE CASO
Ana Luiza Vilar Guedes*, Júlia Campos Simões Cabral*, Adriana Ribas Andrade*, Guilherme Marques Andrade*,
Rodrigo Vieira Costa Lima*, Débora Raquel Benedita Terrabuio*

Resumo - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é o principal câncer primário do fígado. A compressão medular é uma rara apresentação do
CHC. Objetivo - Relatar caso de CHC se apresentando com paraplegia. Relato do caso - Homem, 53 anos, entrou no PS com paraplegia flácida arreflexa,
havia 2 meses, associada a incontinência esfincteriana. Não se sabia portador de nenhuma doença. Realizada RNM de coluna com lesão expansiva, infil-
trativa, acometendo T6, com fratura do corpo vertebral e invasão do canal medular. Realizada TC de crânio, tórax e abdome à procura de sítio primário,
encontrando-se sinais de hepatopatia crônica e múltiplas lesões sólidas, hipervascularizadas de fluxo rápido, compatíveis com CHC. Apresentava anti-HCV
positivo e alfa-fetoproteína normal. Foi contraindicada quimioterapia paliativa pelo estado geral comprometido. Foram iniciados cuidados paliativos e
realizada radioterapia. Faleceu cerca de um mês após o diagnóstico. Conclusão - A maior parte dos pacientes com CHC se apresenta com dor abdominal,
raramente cursando com sintomas associados a metástases no início do quadro. Os sítios de metástase mais comuns são pulmão, linfonodos e veia porta.
As metástases ósseas são hematogênicas, líticas e ocorrem mais em vértebras, com alfafetoproteína geralmente alta. A compressão medular é rara. Pacien-
tes com metástases à distância têm estágio TNM IVB, contraindicando terapêuticas curativas. Para esses pacientes, são oferecidos cuidados paliativos.

*USP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 197


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.490
PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HEPATITE AUTOIMUNE ATENDIDOS EM UM
CENTRO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Louise Deluiz Verdolin Di Palma*, Priscila Pollo Flores*, Ana Claudia Rocha de Sá*, Thereza Cristina Vasconcellos*, Eliane
Bordalo Cathalá Esberard*, Giseli de Almeida Silva CARRIELLO*, Raquel Loyola Godoy*, Saulo Ferreira de Souza Rambaldi*

Resumo - Introdução - Hepatite autoimune (HAI) tipo 1 é a mais comum, predomina em jovens, relação mulher/homem (M/H) de 4:1, já a tipo 2 ocorre
abaixo dos 18 anos, (M/H) 9:1. 30% terão cirrose no diagnóstico. A remissão é de 75-80% após 1 ano de tratamento. Em geral recidivas se dão 1 ano após
retirada das drogas e após 3 anos, 80% terão de novo sintomas. Após 6 meses de terapia, 13% não responderão. Objetivo - Relatar perfil epidemiológico
de pacientes com HAI de um hospital universitário (HU). Métodos - Estudo retrospectivo de revisão de prontuários do ambulatório de fígado de um
HU (centro de referência) do RJ entre 2002 e 2012. Incluídos casos de HAI pelos critérios simplificados da International Autoimmune Hepatitis Group
(2008). Resultados - 30 casos selecionados. Média de idade de 36 anos, 80%(24) de mulheres e 20% (6) de homens. A HAI tipo 1 acometeu 97% (29) dos
pacientes. 57% (17) tinham cirrose ao diagnóstico. Apenas 57% (17) fizeram acompanhamento maior que um ano, destes 88% (15) tiveram remissão
bioquímica ao tratamento (normalização de AST, ALT, bilirrubina). Apenas 12% (2) mantiveram a remissão bioquímica sem medicações. Conclusão -
Como na literatura, maioria feminina, jovens, HAI tipo1 e boa resposta terapêutica. A taxa de recidiva após suspensão das drogas foi maior que a da
literatura. A alta taxa de cirrose ao diagnóstico e a ausência de histologia de controle poderiam ter reduzido este valor. Doentes menores de 12 anos não
são atendidos neste centro, reduzindo HAI tipo 2.

*UFF, Rio de Janeiro.

TL.G.FIG.P.491
PERFIL DE PREVALÊNCIA DE TABAGISMO E SUA RELAÇÃO COM A FAIXA ETÁRIA EM PACIENTES
CRONICAMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Mariana Ibaldi*, Maico Alexandre Nicodem*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Maísa Campos*, Priscila Silva*, Gabriela Wagner*,
Carlos Kupski*, Ari Ben Hur Stefani Leão*

Resumo - Introdução - A prevalência do consumo de tabaco tem apresentado importante declínio nas últimas décadas em todo o mundo, nos Estados
Unidos a prevalência declinou de 42,2% em 1965 para 19% em 2010. No Brasil a prevalência encontra-se em torno de 20% em dados do INCA levantados
em 2005, entre as capitais, Porto Alegre é a que apresenta a maior prevalência com 25% da população sendo tabagista. Objetivo - Determinar a prevalência
de tabagismo em pacientes cronicamente infectados pelo vírus da hepatite C e sua distribuição conforme a faixa etária de 20-40 anos, 41-60 anos e acima de
61 anos de idade, atendidos em um ambulatório de tratamento de hepatites virais em Porto Alegre. Pacientes e Métodos - Estudo transversal, retrospectivo,
realizado pela análise de prontuários sorteados aleatoriamente, com um n= 132 pacientes, atendidos entre o período de janeiro e julho de 2008 no ambulatório
de hepatites virais. Resultados - Dos 132 pacientes avaliados 31 (23,48%) eram tabagistas, 38 (28,78%) não eram tabagistas, considerando 63 (47,7%) não
apresentavam registro deste dado. Dos pacientes entre 20-40 anos, 2 (28,57%) eram tabagistas, dos pacientes entre 41-60 anos 23 (57,5%) eram tabagistas e
dos pacientes com mais de 60 anos e 6 (27,2%) eram tabagistas. Conclusão - A prevalência de tabagismo na população cronicamente infectada pelo vírus da
hepatite C foi semelhante à da população geral na região estudada, sendo que houve uma maior prevalência na faixa etária entre 41 e 60 anos.

*PUCRS, Rio Grande do Sul.

TL.G.FIG.P.492
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE TRAUMA HEPÁTICO NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL DO MUNICÍPIO DE
PALMAS - TO
Danilo Lopes Castro*, Maurício Barbosa Ferreira*, Marcus Vinícius Moura Pereira*, Gustavo Rodrigues Bezerra*, Luisa Maria
de Morais Holanda*, Thaís Monteiro de Castro FREITAS*, Thiago Carvalho Mamede Collicchio*, Paulo Martins Reis Junior*

Resumo - Introdução - O fígado é um dos órgãos intra-abdominais mais acometidos no trauma, chegando a ser lesionado em até 20% dos casos de trauma
contuso. Objetivos - Levantar os aspectos epidemiológicos de trauma hepático (TH) no serviço de investigação do Instituto Médico Legal (IML) de Palmas
-TO, atentando para as variáveis biológicas e ambientais relacionadas ao TH, possíveis grupos e fatores de risco ligados aos acidentes que os ocasionem,
fornecendo bases para elaboração de medidas preventivas. Casuística - Vítimas de TH que possuam registro completo no IML de Palmas - TO. Metodologia -
Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, referente ao período de 2006 a 2010, por meio da aplicação de um protocolo. Analisado através de programas
digitais de análise estatística, com obtenção de frequências absoluta e relativa e o cruzamento dessas em relação aos dados, seguindo um grau de significân-
cia p<0,5. Resultado - Foram analisados 241 registros, sendo 86,5% homens, 47,7% com até 30 anos, 58,1% eram do interior do Estado, 60,1% ocorreram
entre sábado e segunda. Entre as causas: 59,3% por acidente automobilístico, seguido por 13,7% por arma de fogo. O lobo direito foi acometido em 40,7%
dos casos, sendo mais comum a lesão contusa (46,7%). Conclusão - Devido ao considerável acometimento de indivíduos adultos em plena idade laboral,
da relação significativa entre condutas no trânsito e casos de TH e do preocupante número de vítimas, observa-se a necessidade de intervenção preventiva.

*UFTO, Tocantins.

198 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.493
PERITONITE FÚNGICA ESPONTÂNEA: RELATO DE CASO
Juliana Prelle Vieira Costa1, Paula Suzzani Mendonça1, Paula Malagoni Cavalcante Oliveira1, Michelle Teixeira Guerra1, Oswaldo
Martins Da Costa Neto1, José Cristiano Ferreira Resplande1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1,2,
Américo de Oliveira Silvério1,2,3

Resumo - Introdução - A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma complicação grave da cirrose hepática (CH). Geralmente é monobacteriana
(bactéria Gram negativa). O isolamento de fungos é muito raro e associado a pior prognóstico. A peritonite fúngica (PF) normalmente está associada a
causas secundárias (cirurgias abdominais, perfuração gastrointestinal e diálise peritoneal). Entretanto, a CH grave é fator predisponente para sua origem
espontânea. Objetivo - Relatar um caso de PF espontânea. Método - Coleta de dados do prontuário. Resultado - Paciente de 52 anos, internado por CH por
vírus C descompensada. Realizada paracentese com drenagem de líquido turvo, amarelado e fétido, com critérios diagnósticos PBE, sendo iniciado antibioti-
coterapia (ATB). Devido a não resposta clínica a paracentese foi repetida e o tratamento otimizado, recebendo ATB de amplo espectro por tempo prolongado.
Após resposta inicial, apresentou piora do quadro clínico e da ascite. Na nova paracentese foi isolado Pseudomonas fluorescens, estruturas leveduriformes
e cocos Gram positivos isolados, aos pares e agrupados. Recebeu tratamento adequado e investigação de causa de peritonite secundária com tomografia e
laparoscopia diagnóstica que, não identificando alterações estruturais, confirmaram origem espontânea. Conclusão - É importante lembrar da possibilidade
da PF, principalmente em cirróticos com quadro grave e que receberam ATB de amplo espectro, pois o atraso diagnóstico pode comprometer o prognóstico.

1
Hospital Geral de Goiânia – Dr. Alberto Rassi; 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3Universidade Federal de Goiás, Goiás.

TL.G.FIG.P.494
PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES
INFECTADOS CRONICAMENTE PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Gustavo Raupp *, Maico Alexandre Nicodem*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Alexandre FREITAS*, Maísa Campos*, Mariana
Ibaldi*, Carlos Kupski*, Ari Ben Hur Stefani Leão*

Resumo - Introdução - A Hepatite C Crônica é uma doença de distribuição global e um importante problema de saúde pública. Cada vez mais estudos têm
apresentado consistentes associações entre a infecção crônica pelo VHC e a maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, diabetes
e resistência insulínica. Objetivo - Avaliar em um ambulatório de tratamento de hepatites virais a prevalência de hipertensão e diabetes em pacientes naïve
infectados cronicamente pelo vírus da hepatite C. Pacientes e Métodos - Estudo transversal, retrospectivo realizado pela análise de prontuários, sorteados
aleatoriamente, com um n= 132 pacientes, atendidos entre o período de janeiro e julho de 2008 no ambulatório de hepatites virais de um hospital terciário
da cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Resultados - Dos 132 pacientes avaliados 80 (60,6%) não apresentavam DM, 19 (14,4%) apresentavam
DM e 33 (25%) não apresentavam registro destes dados, enquanto 57 (43,2%) pacientes não apresentavam HAS, 35 (26,5%) apresentavam, sendo 40 (30,3%)
não apresentavam registros destes dados. Ao cruzamento de ambas as patologias, evidenciou-se que, dentre os pacientes hipertensos, 32,3% eram também
diabéticos. Conclusão - A prevalência de Diabetes mellitus e hipertensão na população estudada mostrou-se elevada em relação a população geral.

*PUCRS, Rio Grande do Sul.

TL.G.FIG.P.495
PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE ÁLCOOL E SUA RELAÇÃO COM SEXO E VIA DE CONTAMINAÇÃO
EM PACIENTES INFECTADOS CRONICAMENTE PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Gabriela Wagner*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Maico Alexandre Nicodem*, Priscila Silva*, Alexandre FREITAS *, Gustavo
Raupp*, Carlos Kupski *, Ari Ben Hur Stefani Leão*

Resumo - Introdução - A prevalência de infecção crônica VHC em abusadores de álcool é maior do que na população geral. Estudos nos EUA mos-
traram que cerca de 45% da população com doença hepática alcoólica apresentavam anti-HCV reagente e quando analisados com PCR RNA eram
positivos em 14% à 36%. Objetivo - Analisar na população de um ambulatório de hepatites virais de Porto Alegre a prevalência do consumo de álcool
em pacientes com HCC, confirmados por PCR RNA e sua relação com sexo e provável via de contaminação. Pacientes e Métodos - Estudo retrospectivo
pela análise de prontuários, n= 132 pacientes, atendidos entre janeiro e julho de 2008. Resultados - Dos 132 pacientes 53 (40,15%) usavam mais de 40 g/
semana, 54 (40,9%) menos de 40 g/semana e 25 (18,93%) sem registros. Em relação ao álcool e o sexo, consomem mais de 40 g/semana de álcool, 28 (52,8%)
homens e 25 (47,2%) mulheres. Em relação à provável via de contaminação e sexo, 18 (45%) pacientes transfundidos usavam mais de 40g/semana, sendo
5 (27,8%) homens e 13 (72,2%) mulheres, 7 (58,3%) usuários de drogas injetáveis consumiam mais de 40 g/semana de álcool, sendo 6 (85,7%) homens e
1 (14,3%) mulher e 8 (36,3%) outas vias usavam mais de 40 g/semana de álcool, sendo 5 (62,5%) homens e 3 (37,5%) mulheres, considerando-se um total
de 58 (43,9%) de provável via desconhecida. Conclusão - Confirmou-se a alta prevalência de consumo de álcool nesta população, não havendo diferença
estatística entre sexo e provável via de contaminação.

*PUCRS, Rio Grande do Sul.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 199


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.496
PROTEINÚRIA ASSOCIADA À HEPATITE CRÔNICA B – REMISSÃO DURANTE TRATAMENTO COM
TENOFOVIR RELATO DE CASO
Raphael Ribeiro Pires*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*, Carlos Eduardo Brandão Mello*

Resumo - Introdução - Hepatite B crônica é relevante problema de saúde pública, com prevalência mundial atual de 350 milhões de casos. Sua história
natural varia do portador inativo à hepatopatia progressiva, podendo evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Em 20% dos pacientes surgem
manifestações extra-hepáticas, como vasculite, síndrome de Gianotti-Crosti e glomerulonefrite membranosa (GM), sendo esta última a mais comum.
GM é mediada por complexos imunes, cursa com síndrome nefrótica e se associa a 30% de risco de evolução para insuficiência renal crônica em adultos.
Terapia anti-viral (IFN, lamivudina, entecavir e tenofovir) parece impedir a progressão da GM devido à supressão da carga viral. Relato de caso - P.A.F.S.,
homem, 47 anos, previamente saudável, com relato de hepatite B aguda após contato sexual há 15 meses. HbeAg+ sendo iniciado tratamento com INF
alfa 2B. Na 4a semana, o mesmo fora interrompido devido à importante elevação de ALT=2491 UI/mL e icterícia. Em 16 semanas, após estabilização
clínica/laboratorial, permanecia HBeAg+ e optou-se pelo re-tratamento com tenofovir (TNF). Exames pré: CV>170.000.000UI/mL, ALT= 723 (N=41),
Alb=3,8 g/dL, Cr=1,0, Clearance de Cr normal (136,8ml/h) e proteinúria= 868 mg/24h (N=140). No 12° mês de TNF, ALT normal, ausência de protei-
núria, CV= 27 UI/mL e soroconversão antiHBe+. Conclusão - Neste caso, é provável a associação de proteinúria à GM induzida pelo HBV. E, como na
literatura, a terapia anti-viral parece ter levado à sua remissão.

*Hospital Universitário Gaffree Guinle - UNIRIO, Rio de Janeiro.

TL.G.FIG.P.497
QUIMIOEMBOLIZAÇÃO ARTERIAL NO TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR:
EXPERIÊNCIA DE 5 CASOS
Reinaldo Falluh FIlho*, Rita de Cássia Silva*, Viviane Sarkis Curi*, Roberta Amaral*, Rodrigo Sebba Aires*

Resumo - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor primário mais frequente no fígado afetando, principalmente, pacientes cirróticos.
Seu prognóstico e possibilidades terapêuticas dependem do estádio evolutivo em que se encontra no momento do diagnóstico. A quimioembolização
arterial (TACE), para pacientes com função hepática preservada e tumores em estádio intermediário, é considerada terapia eficaz em melhorar a so-
brevida dos pacientes. Objetivo - Relatar a experiência no uso da TACE em pacientes não candidatos à terapia curativa, avaliando redução do tamanho
tumoral e melhora na sobrevida. Material e Métodos - Relato de 05 casos de pacientes submetidos à TACE, quanto à redução tumoral vista através da
TC contrastada de abdome e sobrevida. Resultados e Discussão - Todos os pacientes eram do sexo masculino, sendo 60% VHC, 40% VHB, 80% child
A e 20% child B.O tamanho médio das tumorações pré-tratamento foi de 7,78 cm (5,5 - 12 cm). Observamos redução tumoral em 80% dos casos, com
média de 5,92 cm (4,2- 8 cm) e em 20% houve progressão da lesão a despeito do tratamento. Cada paciente foi submetido em média a duas sessões de
TACE, sem complicações. O tempo médio de seguimento foi de 15 meses e nenhum paciente veio a óbito. Conclusão - A experiência de cinco casos de
CHC submetidos à TACE mostrou redução tumoral, boa tolerabilidade e melhora na sobrevida.

*UFG, Goiás.

TL.G.FIG.P.498
REAÇÃO LEUCEMOIDE NO CURSO INICIAL DE HEPATITE ALCOÓLICA GRAVE: RELATO DE CASO
Daniela Calado Lima COSTA*, Arlene dos Santos Pinto*, Murilo Moura Lima*, José Miguel Luz Parente *,
Maria de Fatima de Alencar Bezerra FREITAS*, Jacyara de Jesus Rosa Pereira Alves*,
Thaline Alves Elias da Silva*

Resumo - Introdução - Raramente, a Hepatite alcoólica pode cursar com leucometria com características de reação LEUCEMOIDE, a qual está
associada a elevada taxa de mortalidade. Objetivos - Descrever um caso de hepatite alcoólica cursando com reação leucemoide. Metodologia - Descrição
do caso clínico, com dados coletados do prontuário do paciente, o qual deu seu consentimento para divulgação dos dados. Relato do Caso - Homem, 51
anos, pardo, solteiro, desempregado, natural e procedente de zona rural piauiense, etilista e tabagista.Referia aumento do volume abdominal e icterícia
nos últimos dois meses previamente a internação. Ao exame físico ictérico e emagrecido, com abdome ascítico apresentando circulação colateral e hepa-
tomegalia. Exames laboratoriais mostraram anemia, leucocitose (41600) com neutrofilia (80% segmentados), elevação de transaminases e hiperbilirru-
binemia. Ultrassonografia abdominal evidenciou hepatoesplenomegalia e ascite. Foram descartadas outras causas de hepatopatia crônica, assim como
doenças mieloproliferativas. Calculou-se o IFD, que foi de 33,5. Assim, foi feito o diagnóstico de hepatite alcoólica cursando com reação leucemoide.
Iniciado tratamento com prednisona 40 mg/dia e medidas de suporte. O paciente obteve melhora do quadro clínico. Conclusão - A reação leucemoide
caracteriza-se por uma elevação acentuada dos leucócitos e raramente pode ser encontrada na Hepatite Alcoólica, sendo diretamente proporcional a
gravidade da lesão hepática.

*UFPI, Piauí.

200 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.499
REATIVAÇÃO CLÍNICA DE NEUROCISTICERCOSE NA VIGÊNCIA DO USO DE INTERFERON
PEGUILADO (PEG-INF) E RIBAVIRINA EM PACIENTE COM HEPATITE C (HCV) - RELATO DE CASO
Thatja Silveira Cajubá de Britto*, Perla Oliveira Schulz*, Bruno Brandão Pavan*, Cássia Lemos Moura*,
Felipe Bertollo Ferreira*, Kelly Cristina dos Santos*, Priscila Pulipa Azevedo Barros*, Priscilane Giacomin Alves*

Resumo - Introdução - A hepatite C é uma das principais causas de hepatopatia crônica, com cerca de 3% da população mundial infectada. O tratamento
tem como objetivo resposta virológica sustentada, aumento da expectativa e qualidade de vida, e redução da evolução para insuficiência hepática; como
indicações pacientes com sinais clínicos/ecográficos de cirrose, manifestações extrahepáticas ou com atividade periportal, lobular e fibrose (Classificação
METAVIR ou ISHAK). Objetivo - Relatar caso de reativação deneurocisticercose durante tratamento antiviral para HCV. Caso Clínico - Paciente feminino, 72
anos, portadora de HCV, genótipo 1B, biópsia hepática com metavir A1F2, tendo sido indicado tratamento com PEG-INF α2B 80 mcg/semana e ribavirina
1g/dia. Na sétima semana do tratamento, apresentou crise convulsiva tônico clônica generalizada (CCTCG), seguida de queda da própria altura, evoluindo
com hemorragia intraparenquimatosa sem conduta cirúrgica. Em ressonância magnética de encéfalo observou calcificação em T2 com edema subjacente.
Tratamento antiviral foi suspenso, e iniciado uso de lamotrigina, evoluindo sem novos eventos de CCTCG. Conclusão - Nos pacientes em tratamento para
HCV, sempre avaliar resposta terapêutica, assim como eventos adversos que levem a interrupção do mesmo. No caso descrito a paciente apresentou reativação
de neurocisticercose, por provável efeito imunomodulador dos antivirais; porém mais estudos são necessários para avaliar esta real associação.

*ISCMSP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.500
REATIVAÇÃO DO HCV DURANTE TRATAMENTO DE LINFOMA DE BURKITT
Michel Ribeiro Fernandes1, Daniele de Sena Brisotto2, Martin Batista Coutinho da Silva1, Eduardo Batista Schneider1,
Paulo Roberto Reichert1

Resumo - Introdução - O Linfoma de Burkitt é raro em adultos e pertence ao grupo dos linfomas não-Hodgkin (LNH). Em todos os casos há evolução
com rápido crescimento de massas tumorais e manifestações compressivas. Com comportamento altamente agressivo, tem como tratamento de escolha
a quimioterapia com chance de cura de 60%. Relato do Caso - Paciente masculino, 44 anos, procura atendimento por dor abdominal em hipocôndrio
direito, náuseas, vômitos, colúria e acolia. Realizada tomografia computadorizada abdominal que exibiu lesões hepáticas, dilatação da via biliar com
pâncreas edemaciado. Ao laboratório: leucopenia, função hepática alterada e marcadores virais negativos (anti-HCV, HBsAg e anti-HIV). A biópsia
hepática demonstrou LNH Burkitt IV de alto grau. Após o terceiro ciclo quimio e imunoterápico, houve piora da função hepática reativação de hepatite
C. A inexistência de critérios definitivos na literatura para o manejo de pacientes com reativação do vírus C concomitante a LNH de alto grau, manteve-se
em tratamento quimioterápico com suspensão de drogas hepatotóxicas. A reativação do HCV durante o curso do tratamento questiona a interrupção
ou não da terapia de indução para o linfoma com quimio e imunoterapia. Conclusão - Tendo em vista que pacientes HCV positivos com LNH de alto
grau tipo Burkitt, diferem na apresentação e no tratamento, protocolos avaliando as terapias antivirais e quimioterápica devem ser projetados para esses
casos, considerando a agressividade da associação dessas patologias.

1
Universidade de Passo Fundo; 2Hospital São Vicente de Paulo, Rio Grande do Sul.

TL.G.FIG.P.501
RELATO DE CASO: GLICOGENOSE HEPÁTICA TIPO IV NO ADULTO COM ACOMETIMENTO
NEUROMUSCULAR
Adriana Marques Lupatelli*, Jania Aparecida Franco da CUNHA*, Mariana Florentino Munhoz*, Camille Maximiliano de Toledo Leme
Maia*, José Carlos Aguiar Bonadia*, Paula Bechara Poletti*, Michelle Carvalho Harriz*, Isabella Nicácio de FREITAS*

Resumo - Introdução - Glicogenose tipo IV (GSD IV) é uma doença autossômica recessiva rara causada por mutações no gene GBE1, com acúmulo
anormal de glicogênio nos tecidos. A apresentação na infância é de hepatoesplenomegalia e déficit de crescimento. O acometimento neuromuscular da
GSD IV distingue-se em 4 grupos: perinatal: acinesia fetal e morte perinatal; congênitas: hipotonia, envolvimento neuronal e morte na infância; infância:
miopatia ou cardiomiopatia e adulto: miopatia isolada ou doença do adulto com acometimento sistêmico. Objetivo - Relatar um caso de GSD IV com
manifestações clínicas e achados histopatológicos, em acompanhamento regular no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Relato de caso
- E.O.C., 39 anos, masculino, história de diarreia crônica, distúrbio hidroeletrolítico, fraqueza em membros inferiores. Exames Laboratoriais - K 2,5,
Mg 1,5; Na 127; ALT 225; AST 226; FA 266; Plaquetas 106.000; INR 1,32.Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de Abdome: infiltração lipomatosa
difusa do fígado. RNM de crânio: redução volumétrica encefálica, hipersinal em T2 e FLAIR na substância branca periventricular e centro semi ovais.
Biópsia hepática: hepatócitos com citoplasma em vidro fosco que se coram pelo PAS. Conclusão - Os aspectos clínicos e exames complementares foram
compatíveis com o diagnóstico de GSD IV, descartando outras causas como medicamentos, Doença de Lafora e Hepatite B. A doença é progressiva,
levando à insuficiência hepática terminal sem transplante.

* Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE), São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 201


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.502
RELATO DE CASO: HEPATITE TÓXICA POR USO DE ANABOLIZANTES EM JOVEM DO SEXO
MASCULINO
Everson Fernando Malluta1, Andressa Sardá Maiochi 2, Cassia FarriS2, Ana Claudia Dall‘Oglio2,
Carolina Comandulli 2, Celso Nilo Didoné 2, Samir de Paula Abdalah2

Resumo - Introdução - Os esteroides anabólicos androgênicos são de uso indevidamente difundido entre atletas, podendo causar diversos efeitos colaterais
negligenciados. Objetivo - Relatar um caso de hepatotoxicidade por uso de anabolizantes. Relato de caso - Masculino, 21 anos, com icterícia progressiva
de 3 semanas de evolução, associado à prurido, colúria e perda de 6kg no período. Nos dois meses que antecederam o quadro, havia história de consumo
de anabolizantes. Antecedente mórbido de depressão e insônia, sem alergias medicamentosas ou histórico de transfusões sanguíneas. Ao exame físico
apresentava-se com importante icterícia em pele, esclera e mucosas. Exames laboratoriais com bilirrubinas totais de 31,46 mg/dl, sendo 25,06 mg/dl a
bilirrubina direta e TAP de 13 segundos. As aminotransferases, hemograma e função renal não apresentavam alterações aparentes, com aumento de 2
vezes na fosfatase alcalina e ggt. As sorologias para hepatites e HIV foram negativas. Ultrassom de abdômen não evidenciou alterações. O diagnóstico foi
de hepatotoxicidade por anabolizantes. Não apresentou agravamento posterior da função hepática, recebendo alta hospitalar. Discussão - Os esteroides
anabólicos androgênicos são drogas de uso exclusivo na medicina, obtidos somente através de receita médica controlada. Contudo as falhas de fiscalização
tornam a medicação de uso indiscriminado, expondo os usuários aos potenciais efeitos colaterais.

UNIVALI; 2Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Santa Catarina.


1

TL.G.FIG.P.503
RESULTADOS DE TRANSPLANTE DE FÍGADO EM PACIENTES IDOSOS COM HCV
Elisabete Yoko Udo*, Ana Maria Neder*, Ivan Dias Campos Jr*, Elaine Cristina de Ataide*,
Raquel SB Stucchi*, Ilka FSF Boin*

Resumo - Hepatite por vírus C (HCV) tem sido a principal indicação de transplante de fígado (TF). O objetivo foi analisar os resultados deste pro-
cedimento em pacientes idosos. Método - Analisou-se de 1996 a 2012 os resultados em 97 transplantados acima de 50 anos referente a idade, IMC, SV,
tempo de SV, consumo de hemoderivados, tempos da cirurgia e idade do doador. Resultados - 70% eram masculinos, 52,6% estão vivos após 10 anos
de TF com SV atuarial de 1a (60%), 3a (57%, 5a (52%) e 10 a (48%), mediana de idade de 56 (50-70); isquemia fria de 60 mim, IMC de 25,7; tempo de
cirurgia mediano de 501 (270-900) min; MELD puro mediano de 18,6 (7-44); idade do doador média de 35 anos. Conclusão - Apesar da idade a SV a
longo prazo é muito boa com retorno do indivíduo a sociedade.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.504
RUPTURA ESPONTÂNEA DE HEMANGIOMA HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Felipe Dominguez Henriques de Campos*, Júlia Cabral*, Márcio Branco*, Daniel Mazo*, Manoel Rocha*,
Guilherme Andrade*, Rodrigo Viera*, Flair Carrilho*

Resumo - Introdução - Os hemangiomas hepáticos são neoplasias benignas comuns do fígado, detectadas geralmente ao acaso durante exames de
imagem realizados por outras razões. Na grande maioria são assintomáticos. A ruptura espontânea é uma complicação rara, acometendo cerca de 1-4%
dos casos, principalmente nas lesões gigantes (6-25 cm). Esses pacientes podem apresentar desde dor abdominal, até evoluir de forma catastrófica, com
hemoperitônio, choque hipovolêmico e morte. Objetivo - Relatar um caso de ruptura espontânea de hemangioma hepático de 9,0 cm em paciente do
sexo feminino. Relato de caso - Paciente, 49 anos, portadora de cirrose hepática por álcool, referindo dor abdominal em hipocôndrio direito. Durante
investigação, realizado Tomografia Computadorizada de Abdômen que identificou nódulo com característica de hemangioma nos segmentos VI e VII,
medindo cerca de 9,0 cm e com pequena quantidade de líquido livre sub-hepático, sugestivo de episódio hemorrágico. Complementado investigação com
RNM, a qual evidenciou além dos achados já descritos, afilamento da veia cava inferior e veia hepática direita e deslocamento medial da adrenal. Níveis
normais de alfa fetoproteína. Avaliada pelo grupo da cirurgia que indicou conduta conservadora. Conclusão - A ruptura espontânea dos hemangiomas
é a complicação mais grave desses tumores. Apesar de rara, quando presente pode ter evolução desfavorável e, por essa razão, seu correto diagnóstico e
tratamento são fundamentais.

*USP, São Paulo.

202 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.505
SARCOIDOSE HEPÁTICA: RELATO DE UM CASO
Murilo Menses Nunes*, Guilherme Andrade Lemes*, Pedro Paulo Souza Fortuna*, Divino MARTIN C. Junior*,
Thiago David Alves Pinto*, Sebastião Alves Pinto*, Pedro Lhermusieau Barros*, Roberto Spadoni CAMPIGOTTO*

Resumo - Introdução - O envolvimento hepático na sarcoidose ocorre em 50-90% dos pacientes, porém por ser comumente assintomático frequentemente
permanece não diagnosticado. Histologicamente, os tecidos envolvidos exibem os clássicos granulomas não caseosos bem formados. Os corticosteroides
aceleram o desaparecimento dos sintomas, mas não afetam a evolução da doença, devendo ser usados apenas em pacientes com sintomas moderados ou
severos. Objetivo - Relatar um caso de paciente portador de sarcoidose hepática. Casuística - 1 caso. Método - Relato de caso com revisão bibliográfica.
Resultados - Paciente de 30 anos, com dor em hipocôndrio direito associada a náuseas e vômitos procurou atendimento médico. A USG evidenciou litíase
biliar e foi realizada colecistectomia e biópsia hepática devido a lesões nodulares esbranquiçadas por todo o fígado. A presença dessas lesões levantou a
suspeita de acometimento hepático por lesão hamartomatosa de ductos biliares associado à coletitíase. Entretanto, a biópsia hepática e o linfonodo hilar
hepático mostraram-se com sinais bastante sugestivos de sarcoidose, principalmente pela presença característica de granulomas não caseosos. Conclusão
- O achado incidental de lesões hepáticas durante a colecistectomia demonstra a importância de se atentar para a sarcoidose hepática apesar de esta não
ser uma doença de apresentação frequente.

*UFG, Goiás.

TL.G.FIG.P.506
SHUNT ESPLENORRENAL ESPONTÂNEO COMO CAUSA DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA CRÔNICA:
RELATO DE CASO
Ana Luiza Vilar Guedes*, Adriana Ribas Andrade*, Daniel Makoto Nakagawa*, Vinícius Santos Nunes*,
Rodrigo VIeira Costa Lima*, Guilherme Marques Andrade*

Resumo - Introdução - Os shunts esplenorrenais correspondem a 5% dos shunts porto-sistêmicos nos pacientes com cirrose hepática (CH), podendo
causar encefalopatia hepática (EH) crônica. Objetivo - Relatar um caso de shunt esplenorrenal espontâneo causando EH crônica em paciente com CH.
Relato do Caso - Homem, 55 anos, portador de CH Child-Pugh C, Meld 15, por hepatite C crônica e álcool, abstinente havia 5 anos. Histórico de múltiplas
internações por EH. TC e RNM de crânio com sinais de atrofia cerebral. Sem HDA ou ascite importante previamente. EDA com varizes esofágicas de
fino calibre. Realizada TC de abdome que evidenciou importante shunt esplenorrenal espontâneo, responsável pela EH crônica. Listado como candidato
especial para transplante hepático. Conclusão - A elevação da pressão portal aumenta o gradiente entre a veia porta e a veia cava inferior acima dos
limites da normalidade, levando à formação de colaterais entre a circulação portal e a sistêmica. A passagem do sangue esplâncnico diretamente para a
circulação sistêmica causa complicações, como a EH. Os shunts esplenorrenais correspondem a 5% de todos os shunts porto-sistêmicos nos pacientes
cirróticos. A indicação de ligar ou embolizar o shunt está associada à presença ou não da EH, embora a oclusão possa aumentar as varizes esofágicas
e piorar a ascite. A melhor terapêutica para os pacientes com shunt esplenorrenal e EH é o transplante hepático, capaz de restaurar a função hepática,
resolver o shunt e reverter a EH.

*USP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.507
SÍNDROME DE BUDD-CHIARI COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
E SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE
Lívia Dantas Teles1, Vanessa Paula Lins Porto Mota1, Marina Santos e Souza1, Alex Baia Gualter Leite1, Charliana Uchôa
Cristovão1, Raíssa Espírito Santo Almeida1, Thiago Figueiredo Travassos 2, Vitório Luís Kemp1

Resumo - Introdução - Síndrome de Budd-Chiari (SBC) é caracterizada pela oclusão das veias hepáticas levando a hipertensão portal pós-sinusoidal. Está
associada às síndromes trombofílicas, todavia em 60% dos casos não se define uma causa. Relato de caso - K.C.S., 40 anos, masculino, pardo, metalúrgico,
natural e procedente de São Paulo-SP, com dor abdominal em andar superior, de início súbito há 20 dias e ascite há + 1 semana. Negava comorbidades,
tabagismo ou etilismo. Apresentava hepatomegalia e ascite grau III, sem estigmas de hepatopatia crônica. Líquido ascítico com proteína de 3,5 g/dl e GASA
de 1,7. TC de abdome com fígado aumentado às custas do lobo caudado, não se observando contrastação das veias hepáticas, além de derrame pleural e
ascite volumosa. US de abdome com trombose de veia hepática direita confirmando Síndrome de Budd-Chiari. Iniciada anticoagulação plena. Sem evidências
de hepatopatia, foi iniciada investigação para trombofilias. Apresentou Anti-cardiolipina IgG + e complemento baixo. Solicitado FAN HEP-2, o qual teve
resultado positivo (1/1280 - Nuclear pontilhado grosso), além de positividade para Anti-SM e anti-RNP. Com o diagnóstico de LES (critérios sorológicos,
hematológicos e serosites) e SAAF, paciente recebeu alta com Prednisona 40 mg/d, hidroxicloroquina 400 mg/d e Azatioprina 50 mg/dia, além do cumarínico.
Conclusão - A definição da doença de base após o diagnóstico da SBC influencia no manejo terapêutico e resulta em melhor prognóstico para o paciente.

1
UNIFESP; 2FHEMIG, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 203


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.FIG.P.508
TRANSPLANTE DE FÍGADO EM PACIENTES COM COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA.
A PROPÓSITO DE 14 CASOS
Raul Carlos Wahle*, Evandro de Oliveira Souza*, Jorge Marcelo Padilla Mancero*, Verônica Desirée Samudio Cardozo*, Ana
Beatriz de Vasconcelos *, Gilberto Peron Júnior*, Arnaldo Bernal Filho*, Adávio de Oliveira e Silva*

Resumo - Introdução - O transplante de fígado (TxF) é a única opção terapêutica eficaz para pacientes com doença hepática em estágio terminal devido
à colangite esclerosante primária (CEP). Objetivo - O objetivo deste estudo foi analisar a sobrevida em cinco anos de evolução em longo prazo de pacientes
submetidos à TxF, devido ao CEP em serviço de referência. Causuística e Método - Revisão de prontuário de pacientes com CEP submetidos a TxF em
nosso serviço sendo que todos tiveram o diagnóstico pré-transplante baseado em dados clínico-laboratoriais confirmado através de biópsia hepática e/ou
métodos de imagem. Resultados - Analisamos a experiência de um único centro, com 31 pacientes consecutivos com CEP, onde 14 (45,1%) submetidos
ao TxF, sendo 6 (42,8%) eram homens e 4 (28,6%) submetido a TxF intervivos. Durante o seguimento observamos: 1. Mortalidade no 1º ano de 14.3%;
2. Sobrevida atuarial em 5 anos de 85,7%; 3. Não houve casos de recorrência da CEP pós-TxF sendo o regime de imunossupressão envolve combinação
de um inibidor de calcineurina, um antimetabolito e corticoide, sendo esse retirado após 3º mês do TxF. Todos mantiveram uso de tacrolimos isolado ou
combinado a micofenolato mofetil. Conclusão - Nossos dados mostram que o TxF fornece uma excelente sobrevida em longo prazo para pacientes com
CEP em fase avançada. Apesar de aproximadamente 1/5 dos doentes transplantados ter recorrência da doença no enxerto, esse comportamento não foi
observado na nossa casuística.

*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI). Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.

TL.G.FIG.P.509
TROMBOSE DE VEIA PORTA SECUNDÁRIA A COLECISTITE AGUDA – RELATO DE CASO
Marina Pamponet Motta*, Renata dos Santos Lugão*, Leandro Ferreira Ottoni*, Flair José Carrilho*, Guilherme Marques
Andrade*, Fernando Gomes de Barros COSTA*

Resumo - Introdução - Trombose de veia porta (TVP) pode ocorrer secundária a infecções intra-abdominais e a colecistite/colangite constitui causa rara.A
TVP aguda pode ser indetectável na ultrassonografia (USG) comum devido à baixa ecogenicidade do trombo e outros métodos de imagem são ferramentas
importantes. Relato de caso - Paciente sexo masculino, 54 anos, admitido por febre, dor abdominal, vômitos, icterícia, colúria e acolia fecal há 2 semanas.
USG abdome revelou sinais de colecistite, cálculo infundibular medindo 0,7 cm e hepatocolédoco no limite superior da normalidade. Não havia outras
alterações nas vias biliares ou na vascularização local. A tomografia computadorizada evidenciou trombose aguda do ramo portal esquerdo com distúrbio
perfusional do lobo hepático esquerdo, e área de distúrbio perfusional nos segmentos VI/VII, com trombose portal focal. Demais segmentos vasculares he-
páticos estavam pérvios. Paciente submetido à colecistectomia aberta seguida de antibioticoterapia e anticoagulação plena. A colangiografia intra-operatória
não evidenciou alterações. Evoluiu assintomático, com normalização das enzimas hepáticas e recebeu alta em programação de anticoagulação por 6 meses
e controle tomográfico após este período. Conclusão - O diagnóstico precoce de TVP permite o início imediato da anticoagulação. Esta é capaz de promover
a recanalização na maioria dos casos agudos de TVP, previne a sua expansão e evolução para complicações como hipertensão portal e isquemia intestinal.

*HC-FMUSP, São Paulo.

TL.G.FIG.P.510
TUBERCULOSE DISSEMINADA COM ACOMETIMENTO HEPÁTICO EM IMUNOCOMPETENTE: RELATO
DE CASO
Louise Deluiz Verdolin Di Palma*, Julliana Nunes Quintas*, Agnaldo Luiz Lessa Zagne*, Myriam Christina Lopes Ferreira*, Lídia
Furieri Franzotti*, Alessandro Severo Alves de Melo*, Thaís Guaraná de Andrade*

Resumo - Introdução - A tuberculose (TB) hepática, apresentação rara, é mais encontrada na disseminação da TB, usualmente acometendo imunossuprimidos.
Objetivo - Relatar TB disseminada com comprometimento hepático em imunocompetente. Relato de caso - Mulher, 46 anos, natural do Rio de Janeiro, com
piúria estéril desde 2004, evoluindo com febre vespertina, artrite, nodulações eritematosas na perna direita e dor em flanco esquerdo. Havia anemia microcítica,
marcadores de atividade inflamatória positivos (VHS:92 e PCR:5,77, hiperglobulinemia), enzimas hepáticas inalteradas, hipoalbuminemia, e TAP alargado
não responsivo a vitamina K. PPD: forte reator. Anti-HIV negativo. Tomografia (TC) de tórax sem alterações. TC abdominal com estudo dinâmico revelou
pequenas áreas hipodensas hepáticas e em córtex renal esquerdo além de linfonodos peri-aórticos, ilíacos e inguinais calcificados. Histopatologia: Biópsia
cutânea: eritema endurado de Bazin; linfonodo retroperitoneal: necrose caseosa central. Tratou-se com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol
por 6 meses, havendo remissão dos sintomas e das lesões na tomografia de controle. Conclusão - O envolvimento hepático na TB disseminada ocorre em
50-80% dos casos, porém não há relato no PUBMED da associação com TB renal e hepática em imunocompetente sem lesão pulmonar. Deve-se considerar
a TB hepática, apesar de rara, como diagnóstico diferencial das lesões focais hepáticas, dentro de um contexto clínico compatível.

*UFF, Rio de Janeiro.

204 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.GPE.P. 511

Pôsteres • GASTROPEDIATRIA
AMEBÍASE: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA NO ESTADO DE GOIÁS, EM 2012
Maysa Campos Mota1, Talytha da Costa COELHO1, Vanessa Castro Lino de Oliveira1, Thays de Oliveira Carmo Borges1,
Iohana Vieira da Silva1, Izzys Martins Lima1, Lenita Vieira Braga1, Carlos Henrique Ponte Coelho de Assis2

Resumo - A amebíase é uma a infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Tem uma distribuição mundial, principalmente em países
subdesenvolvidos de clima quentes, tropicais e subtropicais, local em que o abastecimento de água é precário e o saneamento básico é ineficiente. Nos
aspectos clínicos da doença é observado formas assintomáticas e formas sintomáticas. Tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos pacientes
internados com amebíase, no estado de Goiás no ano de 2012. A presente pesquisa trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo de
caráter epidemiológico com a abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através do sistema de informação informatizado do SUS, o DATASUS.
O total de internações por amebíase no estado de Goiás, em 2012, é de 248 casos. Conclui-se que a faixa etária mais prevalente é de 1 a 4 anos com 63
casos (25,40%) de internação. Em relação ao sexo, 128 casos (52%) são do sexo masculino e 120 (48%) do sexo feminino. Pela análise dos dados coletados
verificou-se que o número de internações geradas por Amebíase é grande, o que retifica o fato de que apesar do crescimento e desenvolvido das cidades
do estado de Goiás, ainda há o problema de saneamento básico e tratamento de água nas cidades do estado, portanto essa é uma área importante para
investimentos políticos. Em resumo, dentre os internados por Amebíase há prevalência de homens com idade de 1 a 4 anos.

1
UNIEVANGÉLICA; 2UNIRG, Goiás.

TL.G.GPE.P.512
COMPLICAÇÕES DAS DIARREIAS INFANTIS
Izabella Rezende Oliveira*, Mariana Silva Guimarães*, Gabriel Alves Carrião*, Rafaella Gebrim Campos*,
Amanda Rincon Godinho*, Daniela Londe Rebelo Taveira*, Antenor Couto Neto*,
Fernando Correa Amorim

Resumo - Introdução - A doença diarreica aguda é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos, cuja manifestação predominante é o
aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. As complicações em geral, são decorrentes da desidratação e do dese-
quilíbrio hidroeletrolítico. Quando não são tratadas adequada e precocemente, podem levar ao óbito, por choque hipovolêmico e/ou hipopotassemia. No
Brasil 28 milhões de crianças menores de cinco anos estão sob o risco de apresentarem diarreia e suas complicações. Objetivo - Compreender as principais
complicações das diarreias infantis. Métodos - Revisão de literatura baseada nas bases de LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultados - Durante a diarreia
aguda, ocorrem alterações no transporte de água e eletrólitos no trato digestivo, tendo como consequência distúrbios nos mecanismos digestivo, absortivo
e secretório do intestino. O declínio na acidez gástrica, na produção das enzimas pancreáticas, a alteração da motilidade e as deficiências imunológica
contribuem para aumentar as chances de infecções. Conclusões - As crianças com doença diarreica devem receber hidratação e alimentação o mais
precocemente possível. Além disso, é preciso avaliar criteriosamente a gravidade do caso, para decidir se o tratamento será ambulatorial ou hospitalar
e se há necessidade de acrescentar outras medidas terapêuticas. Educar a mãe sobre a patologia, suas causas, complicações e prevenção também é uma
medida relevante.

*HC-GO, Goiás.

TL.G.GPE.P.513
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG: O QUE É IMPORTANTE SABER?
Rafaella Gebrim Campos1, Mariana Silva Guimarães1, Gabriel Alves Carrião1, Izabella Rezende Oliveira1,
Amanda Rincon Godinho1, Belisa Tiegs Ferreira2, Antenor Couto Neto2, Sidney Ribeiro de Resende2

Resumo - Introdução - A doença de Hirschsprung (DH) é uma suboclusão intestinal crônica primária com hipertrofia de troncos nervosos e ausência
de neurônios intramurais dos plexos nervosos parassimpáticos que afeta o intestino grosso. Objetivo - Analisar a bibliografia acerca dos aspectos clíni-
cos e fisiopatológicos da DH. Métodos - Revisão bibliográfica através de consulta a artigos científicos selecionados a partir das fontes Medline e Lilacs.
Discussão - Na DH, a ausência de inervação decorre de uma parada na migração de neuroblastos do intestino proximal para o distal, formando assim
um segmento agangliônico. A principal manifestação é o retardo na eliminação de mecônio que, em 94% dos neonatos normais ocorre nas primeiras 24
horas de vida. Após o não diagnóstico no período neonatal o sintoma mais frequente é a constipação, que acarreta em dilatação do intestino proximal. O
diagnóstico é realizado principalmente pela Biópsia retal e o tratamento é cirúrgico. Este baseia-se na remoção da porção do intestino que não apresenta
peristaltismo adequado, levando-se ao ânus o intestino normal. As complicações pós-operatórias mais frequentes da correção da DH são funcionais,
incluindo constipação e problemas de continência fecal. Conclusão - Sendo a DH de incidência comum (1:5000 nascidos vivos) é fundamental, para
o prognóstico do paciente, seu diagnóstico precoce. Devido as complicações pós-operatórias é necessário, então, entender bem sua fisiopatologia para
aprimorar as técnicas terapêuticas.

1
PUC-Goiás; 2Hospital Santa Genoveva de Goiânia - GO, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 205


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.GPE.P.514
PRÁTICAS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES DE IDADE ATENDIDAS EM UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO – RO
Cláudia Azevedo Lindozo*, Vanessa Mayumi Sumiyoshi*, Carina Aparecida Cabral da COSTA*, Rafael Cruz Santana Tavares*,
Victor Hugo Motta Júnior*, Katia Regina Pena Schesquini Roriz*

Resumo - Introdução - A alimentação complementar adequada do lactente é crucial para o seu ótimo crescimento e desenvolvimento. Recomenda-se
que esta seja feita após os 6 meses de idade, visto que as necessidades nutricionais do lactente elevam-se e não são mais supridas apenas pelo leite ma-
terno. Objetivo - Identificar as práticas alimentares de crianças de 6 a 24 meses de idade atendidas na rede pública. Casuística - Amostra de 153 crianças
atendidas em Unidade Básica de Saúde em Porto Velho (RO). Método - Aplicação de questionários, com o acompanhante, contendo questões referentes
à alimentação da criança nas 24 horas precedentes. Resultados. A média de idade dos lactentes foi de 13,9 meses. Notou-se que das 153 crianças da
amostra,109 (71,3%) consumiram frutas, valor inferior ao demonstrado no Projeto AMAMUNIC de 2004 (87%). Ainda,102(66,4%) crianças haviam
ingerido verdura/legumes no dia anterior, 99 (64,7%) comeram carne e 94(61,4%) consumiram feijão e o mingau foi referido em 88(57,5%) casos, valor
próximo ao encontrado em 2004 (63%). Sobre o consumo de refrigerante no último mês, 82 (53,5%) afirmaram consumo, e destas, 27 tinham menos de
1 ano. Conclusão - Os resultados apontam para a necessidade de intervenção e aconselhamento em alimentação infantil por parte da equipe de saúde,
visando o aumento da ingesta de alimentos adequados à demanda energética da criança e a diminuição e/ou abandono do consumo de produtos indus-
trializados, sabidamente prejudiciais à saúde infantil.

*Universidade Federal de Rondônia, Rondônia.

TL.G.GPE.P.515
PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO E O CONSUMO DE REFRIGERANTES E SUCOS
INDUSTRIALIZADOS POR CRIANÇAS DE 6 MESES ATÉ 2 ANOS DE IDADE ATENDIDAS EM UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM PORTO VELHO – RONDÔNIA
Cláudia Azevedo Lindozo*, Kátia Schesquini*, Priscilla de Souza Pacheco*, Carla Aida Cechinel*,
Emanuelle Cristine Marin Magalhães*

Resumo - Objetivo - Estimar a continuidade do aleitamento materno e o consumo de refrigerantes e sucos industrializados em crianças de 6 meses até
2 anos de idade na Unidade Básica de Saúde Ernandes Índio. Casuística - Estudo realizado com 154 crianças de 6 meses a 2 anos de idade. Métodos - A
coleta de dados foi feita através da aplicação de questionários em entrevistas com os responsáveis. Resultados - Na amostra de 154 crianças de seis meses
até dois anos de idade, a média de idade foi de 13,8 meses (moda: 24 meses). Notou-se que 67,5% da amostra ainda recebem leite materno, dessas em
torno de 62,5% não receberam o aleitamento materno exclusivo (AME) até os 6 meses de idade. Observou-se que 48% e 54% das crianças haviam consu-
mido suco industrializado e refrigerante, respectivamente, no último mês. Conclusão - Segundo o Ministério da Saúde, recomenda-se o AME até os seis
meses de idade, e somente então, a introdução de forma lenta e gradual de outros tipos de líquidos e alimentos. Na amostra, mais de 60% das crianças
não receberam o AME como o preconizado, além disso, destaca-se o alto consumo de refrigerante e suco industrializado nessa faixa etária, sabidamente
prejudicial à saúde infantil por sua ação lesiva à mucosa gástrica e seu baixo valor nutricional. Faz-se necessário o constante reforço, pelas equipes de
saúde da família, quanto às práticas alimentares saudáveis na infância.

*Universidade Federal de Rondônia, Rondônia.

TL.G.GPE.P.516
TOXOCARÍASE VERSUS REAÇÃO LEUCEMOIDE: UM RELATO DE CASO
Natasha Marques Mota*, Américo de Oliveira Silvério*, Ana Sarah Portilho*, Laura Dayanne Moreira de Jesus*

Resumo - Introdução - Toxocaríase (TC) é uma zoonose causada Toxocara canis ou T. cati. A forma clássica é caracterizada por eosinofilia, manifesta-
ções pulmonares e hepatomegalia, atinge principalmente crianças de 1 a 5 anos. O diagnóstico inclui a identificação da presença de sinais clínicos típicos
com o histórico de exposição a cães e gatos, sorologias positivas e hipereosinofilia. Objetivo - Revisar os aspecto clínicos da TC a partir de um caso clínico
cuja apresentação mimetizou uma reação leucemoide, dificultando o diagnóstico. Casuística e Método - Relato de um caso. Resultado - G.S.C., masculino,
com 20 meses, natural, residente e procedente de Goiânia-GO. Atendido com queixa de diarreia, vômitos e febre iniciados há 1 mês. No início foi diag-
nosticado pneumonia e tratado com amoxicilina, porém com persistência do quadro. Apresentava hemograma com leucocitose (96.100) e eosinófilos de
75% e mielograma com hipercelularidade e acentuado aumento de eosinófilos. Ao exame hepatoesplenomegalia. O diagnóstico inicial foi de Leucemia
eosinofílica. Não apresentava melhora apesar o uso de antibióticos. Pelo quadro clínico sugestivo de TC iniciamos com albendazol e solicitou-se sorologias
para toxocaras canis que foi positiva. Após o uso do albendazol o paciente apresentou melhora clínica e laboratorial. Conclusão - O quadro clínico e o
contato íntimo com cão são dados importantes para o diagnóstico. A prevenção da TC deve ser feita pela vermifugação regular dos animais domésticos.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

206 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.517
A CRENÇA EM DEUS COMO FATOR TERAPÊUTICO E DE ADESÃO AO TRATAMENTO NA DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL. RESULTADOS PRELIMINARES DE UM ESTUDO MULTICÊNTRICO EM

Pôsteres • intestino
PACIENTES AMBULATORIAIS
Wilson R. Catapani1, Julio F. Chebli2, Liliana A. Chebli2, Juliano C. Ludvig3, Giuliana A. Miranda1, Jordana E. Racy1,
Bernardo R. M. Moraes2, André H. R. Santos2

Resumo - Introdução - A influencia da fé no tratamento foi estudada em diversas doenças, mas não na doença inflamatória intestinal (DII). Objetivo -
Avaliar a fé em Deus como fator no tratamento da DII. Casuística - 147 pacientes com DII de 3 estados brasileiros. Métodos - Questionário com dados
dos pacientes e marcação em ordem de importância do que consideravam prioritário para seu Tratamento - A fé em Deus ou utilizar corretamente os
medicamentos. Avaliada adesão ao tratamento. O questionário foi respondido anonimamente. Os pacientes foram classificados em grupo D (fé em Deus
em primeiro lugar para seu tratamento), e grupo M (medicamentos em primeiro lugar). Resultados - 75 pacientes no grupo D e 57 no grupo M. Não
houve associação significante, pelo teste do qui quadrado, entre os grupos D e M quanto à idade (18 a 35, 36 a 50 e 51 a 82 anos), escolaridade (funda-
mental, médio, superior), estado de procedência do paciente, diagnóstico e adesão ao tratamento (aderentes estritos ou não estritos) Houve associação
estatisticamente significante entre os grupos D e M e o sexo (74,6% mulheres no grupo D e 49,1% no grupo M, p= 0,025, odds ratio 0,33, IC 95% 0,16
a 0,67). Conclusões - A crença de que a fé em Deus é o fator mais importante para o tratamento da DII foi cerca de 33% mais provável em mulheres do
que em homens, independe de escolaridade e idade, porém não influencia a adesão ao tratamento.

1
Faculdade de Medicina do ABC; 2Universidade Federal de Juiz de Fora; 3 Hospital Santa Isabel e Clínica ESADI, Minas Gerais.

TL.G.INT.P.518
A IMPORTÂNCIA DA ENTEROSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CROHN DE DELGADO
Giseli de Almeida Silva CARRIELLO1, Márcia Henriques de Magalhães COSTA1, Jorge Mugayar Filho1, Raquel Loyola Godoy1, Saulo
Ferreira de Souza Rambaldi1, Afonso Celso da Silva Paredes2, Carlos Eduardo Ferreira de Mesquita2, Ângela Cristina Gouvêa Carvalho1

Resumo - Introdução - A doença de Crohn (DC) é caracterizada pela inflamação transmural de qualquer segmento do trato gastrointestinal, com 80%
dos casos envolvendo o intestino delgado (ID), geralmente íleo terminal (IT). A DC do ID poupando o IT é mais rara. A dificuldade de acesso ao segmento
envolvido e o diagnóstico diferencial com doenças com tratamento antagônico ao da DC, como linfoma e tuberculose são um desafio na prática clínica. Relato
de caso - LOC, 33 anos, masc., com diagnóstico suspeito de doença celíaca por diarreia mista (4-5 ev líq./dia com restos alimentares e muco), dor abdominal
e emagrecimento 20 Kg/1 ano, iniciados em dez/10 e parcialmente resolvidos por dieta restritiva. Em dez/12 admitido no HUAP com suboclusão intestinal,
febre, desidratação, desnutrição, PCR e VHS aumentados, hipoalbuminemia, PPD (-) e RX tórax normal. Colonoscopia normal até 20cm do IT. TC de
abdome com espessamento segmentar longo de ID (± 70 cm) e realce mucoso pelo contraste, sem dilatação a montante, não sendo possível diferenciar DC
e linfoma. Enteroscopia sugestiva de DC (lesões a 60 cm da válvula ileocecal), confirmado pelo histopatológico. Evolui com obstrução intestinal, apesar do
tratamento clínico (NPT e corticoide EV), sendo necessária enterectomia segmentar. Conclusão - A enteroscopia possibilitou o estudo de um segmento que
antes era inacessível aos métodos endoscópicos. O diagnóstico diferencial nesses casos é de extrema importância para que se estabeleça a terapêutica adequada.

1
HUAP/UFF; 2 HNMD, Rio de Janeiro.

TL.G.INT.P.519
A INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS NÃO INTERFERE NA ATIVIDADE DA DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL
Alexandre Medeiros do Carmo*, Claudio Sergio Pannuti*, Fabiana Maria Santos*, Carmen Lucia Ortiz-Agostinho*,
Iêda Nishitokukado*, André Zonetti de Arruda Leite*, Magaly Gemio Teixeira*, Aytan Miranda Sipahi*

Resumo - Introdução - O citomegalovírus (CMV) é um vírus muito prevalente na forma latente, mas pode causar doença, principalmente em imuno-
comprometidos. A fisiopatologia e o tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII), muitas vezes, podem causar imunossupressão, daí a hipótese
de maior risco do CMV na DII. Objetivos - Avaliar a frequência da infecção e doença pelo CMV em pacientes com DII correlacionando com os índices
de atividades clínicos e laboratoriais. Métodos - 249 pacientes com doença de Crohn (DC) e 151 com retocolite ulcerativa (RCU), foram estudados quanto
à atividade, localização, cirurgias, medicações e CMV. Resultados - Na DC, 67 pacientes apresentavam doença moderada ou grave, porém a maioria se
apresentava com doença ativa pela avaliação da calprotectina fecal. 57,7% dos pacientes usava azatioprina. Na RCU, 21 pacientes apresentavam doença
moderada, mas 76 pacientes se apresentavam com doença ativa analisando a calprotectina fecal e 27,3% usavam azatioprina. 338 pacientes apresentaram
CMV-IgG positivo, 10 apresentaram o CMV-IgM positivos, nove apresentaram o PCR CMV DNA nas fezes positivos e todos os 400 pacientes apre-
sentaram o PCR CMV DNA no sangue negativos. A Análise dos 19 pacientes com infecção ativa revelou associação do CMV com pacientes em uso de
azatioprina e Anti TNF-α (terapia combinada). Conclusão - A infecção latente pelo CMV é muito frequente na DII, mas doença pelo CMV é rara e não
encontramos associação entre o CMV e atividade da DII.

*FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 207


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.520
ABORDAGEM CIRÚRGICA DE DOENÇA DE CROHN (DC) COM FÍSTULAS ENTEROCUTÂNEAS
Luiza Fabres do Carmo*, Orlando Ambrogini Júnior*, Marjorie Costa Argollo*, Lívia de Almeida COSTA*,
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*,
Virgínia Brasil de Almeida*

Resumo - Introdução - Fístulas pós-operatórias (PO) na DC são frequentes e podem ser difíceis de manejar. Relato de caso - Homem, 50 anos, com DC
diagnosticada em 2000 por abdome agudo inflamatório, sendo submetido à enterectomia segmentar e iniciada sulfassalazina e corticoide nas crises. Em
2008, apresentou abdome agudo obstrutivo e foi realizada hemicolectomia direita e enterectomia. No PO precoce, evoluiu com fístulas enterocutâneas,
sendo indicada ileostomia protetora. Em 2010, após resolução das fístulas, reconstruiu o trânsito, colocou tela abdominal e iniciou tratamento combinado
com azatioprina e adalimumabe. Em 2013, apresentou coleção subcutânea em epigástrio submetida à drenagem e antibioticoterapia. No PO, surgiram 2
orifícios fistulosos no local da drenagem. Utilizou nutrição enteral elementar, octreotide e omeprazol por 15 dias, mantendo drenagem de material seme-
lhante à dieta pelo orifício proximal e fecaloide pelo distal. Fez uso de nutrição parenteral total, sem sucesso, necessitando de laparotomia exploradora,
correção de fístula duodenoentérica e enterocutânea e enterectomia segmentar com anastomose ileotransverso laterolateral. Mantém acompanhamento
ambulatorial em boas condições. Conclusão - Apesar do avanço no manejo da DC após a introdução dos biológicos, muitos casos requerem tratamento
cirúrgico. Fístula diagnosticada nos primeiros 7 dias de PO tem tratamento cirúrgico, enquanto até 60 dias pode-se adotar conduta conservadora, com
nutrição enteral ou parenteral.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.INT.P.521
ABSCESSO DO PSOAS COMO COMPLICAÇÃO DA DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO
Jânia Aparecida Franco da CUNHA*, Mariana Florentino Munhoz*, Denise Akemi Hebara*, Marina Pinto Franco Dias*,
Paula Ferreira Lacerda*, Roberta Cambraia Cunha Ferreira*, Jose Carlos Aguiar Bonadia*, Paula Bechara Poletti*

Resumo - Introdução - A complicação de doença de Crohn (DC) por abscesso do psoas é condição rara, podendo ser potencialmente fatal. O diag-
nóstico é difícil e depende de forte suspeita clínica, pois os sintomas são inespecíficos. Objetivo - Relatar caso de abscesso do psoas secundário a DC,
desenvolvido em fase crônica, após nove anos de diagnóstico da doença. Relato de caso - Homem, 53 anos, estava em remissão da DC sob o uso de
adalimumabe 40 mg/quinzenal e metotrexato 15 mg/semanal, quando iniciou quadro de dor articular coxofemoral à direita, dificuldade para deambular
e febre. Tomografia computadorizada (TC) de abdome evidenciou processo inflamatório na região ileocecal com extensão ao psoas homolateral com
coleção no interior. Submetido à drenagem da coleção guiada por Ultrassonografia (USG) e antibioticoterapia de acordo com espectro antimicrobiano
do material. Paciente evoluiu com melhora completa da dor e movimentação em membro inferior direito após alguns dias do procedimento, recebendo
alta com resolução do quadro infeccioso. Conclusão - A TC no processo diagnóstico de abscesso de psoas é fundamental, ao se considerar que os as-
pectos clínicos são subjetivos, podendo postergar o tratamento. A decisão terapêutica deve ser individualizada a cada caso, tendo como primeira linha
a antibioticoterapia, drenagem do abscesso e cirurgia quando necessário. A ocorrência desta complicação indica curso agressivo na DC que deve ser
considerado no seguimento destes pacientes.

*IAMSPE-HSPE, São Paulo.

TL.G.INT.P.522
ABSCESSO PRÉ-SACRAL: UMA COMPLICAÇÃO RARA DA DOENÇA DE CROHN - RELATO DE CASO
Amanda Andrade Mascarenhas1, Valdiana Cristina Surlo1, Bruno César da Silva1, Flávio Feitosa1,
Idblan Carvalho de Albuquerque2, Genoile Oliveira Santana1

Resumo - Introdução - O abscesso pré-sacral é uma entidade rara na doença de Crohn e de difícil abordagem. Relato do caso - Paciente do sexo mascu-
lino, 20 anos, portador de doença de Crohn, em uso irregular de azatioprina e mesalazina, admitido no Hospital Universitário Professor Edgard Santos
(Salvador - BA), em estado de sepse, com múltiplas fístulas perineais com drenagem de secreção purulenta e fecaloide, além de abscesso em região glútea.
Submeteu-se a três abordagens cirúrgicas, sendo inicialmente colocados “setons” nas fístulas entero-cutâneas e realizada drenagem do abscesso glúteo,
porém o paciente evoluiu com episódios recidivantes de sepse, não-responsiva ao uso de antimicrobianos. Foi realizada colostomia e posicionada sonda
em orifício de drenagem do abscesso glúteo, obtendo-se uma melhora clínica significativa. Porém, os exames de imagem persistiam com evidência de
abscesso ativo em região pré-sacral. A drenagem percutânea do abscesso guiada por tomografia foi contra-indicada pelo risco de lesão neuronal. Não
foi considerada viável a drenagem através de eco-endoscopia. O paciente foi posteriormente submetido a drenagem transrretal e perineal associado a
curetagem da loja e locação de sedenho para que então, após controle da infecção, seja possível o início da terapia biológica. Conclusão - O abscesso pré-
-sacral é complicação de difícil manejo no curso da doença de Crohn, sendo por vezes necessárias múltiplas abordagens para controle do quadro séptico.

HUPES/UFBA; 2SCP/H. Heliópolis, São Paulo.


1

208 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.523
ADENOCARCINOMA COLORRETAL EM PACIENTE JOVEM SEM HISTÓRICO FAMILIAR E NÃO
DETECTADOS PELOS MÉTODOS CONVENCIONAIS DE RASTREIO
Kelly Cristina dos Santos*, Julio Carvalho da Silava*, Bruno Brandão Pavan*, Thiago Pirolla Antônio*,
Andrea Vieira*, Perla O. Schulz*

Resumo - Introdução - Nos últimos 10 anos os programas de rastreio colonoscópico de câncer colorretal vêm contribuindo para o incremento terapêutico
e diagnóstico precoce da doença. Objetivo - Relatar caso de câncer colorretal em paciente jovem sem histórico familiar e com alteração de hábito intestinal.
Caso clínico - 48 anos, ♂, tabagista e etilista social, com diarreia líquida diária (20 episódios/dia) há 1 ano,sem produtos patológicos e restos alimentares,
acompanhada de dor abdominal, perda de 9 kg, febre não aferida e sudorese noturna; e sem massas palpáveis no abdome. Com sorologias negativas e
exames fecais negativos, inclusive pesquisa de sangue oculto nas fezes, prossegui-se investigação. TC de abdome: espessamento parietal concêntrico de
reto médio/alto compatível com lesão neoplásica primária, linfonodomegalias de cadeias obturatórias e mesentérica. Colonoscopia: cólon descendente
com lesão elevada semipediculada, de 0,6cm, recoberto por mucosa íntegra, e em reto, lesão vegeto-infiltrativa friável, com áreas de necrose, de início a
26 cm da margem anal e se estende até 5 cm da borda anal. Anatomopatológico - Adenoma tubular de baixo grau e adenocarcinoma moderadamente
diferenciado invasivo em mucosa colônica. Conclusão - Apesar dos métodos de rastreio estarem à disposição nem sempre são eficazes, sendo necessário
prosseguir investigação com métodos de alto custo porém com possibilidade de diagnóstico e terapêutica precoce, principalmente em pacientes que estão
fora da faixa etária de indicação de rastreio.

*Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo.

TL.G.INT.P.524
ADENOCARCINOMA DE JEJUNO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Denise Akemi Hebara*, Luciane Reis Milani*, Roberta Cambraia Cunha Ferreira*, Priscila Lara Nogueira*,
José Luiz Motta de Almeida*, Renato Luz Carvalho*, Lucia Mara Palomo*, Paula Bechara Poletti*

Resumo - Introdução - Adenocarcinoma de intestino delgado é raro. A manifestação clínica é inespecífica como dor ou desconforto abdominal, disten-
são, anemia, fadiga, emagrecimento e hemorragia digestiva. Apesar da cápsula endoscópica e a enteroscopia serem exames úteis para o diagnóstico, a sua
identificação permanece tardia. Relato de caso - ARM, 51 anos, mulher, com história de fezes escurecidas há 9 meses com necessidade de 3 transfusões.
Antecedente de talassemina minor. Endoscopia, colonoscopia e tomografia (TC) do início do quadro eram normais. À admissão, apresentava Hb 8,0
e ferropenia. Realizou cápsula endoscópica com presença de lesão protrusa, sangrante entre 2ª e 3ª porção do duodeno. Posteriormente, enteroscopia
evidenciou lesão vegetante, estenosante e sangrante à 30 cm do ângulo de Treitz. A nova TC mostrou lesão em jejuno proximal e linfonodos aumentados
em número em gordura mesentérica perijejunal. A paciente foi submetida à enterectomia segmentar, com margem de 15 cm e ressecção de mesodelgado
até 2ª arcada. O anatomopatológico da peça cirúrgica confirmou adenocarcinoma moderadamente diferenciado, com margens livres e estadiamento
patológico de T3N0Mx. Conclusão - O adenocarcinoma de delgado é raro e há dificuldade na sua identificação e diagnóstico. A única alternativa de cura
é a cirurgia, sendo a quimioterapia e a radioterapia utilizadas para pacientes com linfonodos comprometidos, sem alteração na sobrevida.

*HSPE, São Paulo.

TL.G.INT.P.525
ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE CÓLON EM PACIENTE COM SÍNDROME BLUE RUBBER BLEB
NEVUS: RELATO DE CASO
Raquel Loyola Godoy*, Giseli de Almeida Silva Carriello*, Saulo Ferreira de Souza Rambaldi*, Agostinho Soares da Silva*, Márcia
Henriques de Magalhães COSTA*, Angela Cristina Gouvea Carvalho*, Eliane Bordalo Cathala Esberard*, Ana Cláudia Rocha de Sá*

Resumo - Introdução - A síndrome de Blue Rubber Bleb Nevus (SBRBN) consiste em múltiplas malformações venosas acometendo principalmente
pele e mucosa do trato gastrointestinal, causando hemorragia digestiva crônica e anemia ferropriva. Com etiologia desconhecida, a maioria dos relatos
de SBRBN é de casos esporádicos e a herança autossômica dominante já foi descrita. A SBRBN acomete igualmente ambos os sexos e não existem
relatos de aumento na incidência de neoplasias neste grupo de pacientes. Relato de caso - MPM, sexo feminino, 68 anos, com diagnóstico de SBRBN aos
30 anos, por lesões cutâneas (Dermatologia - HUAP/UFF). Em acompanhamento regular na Gastroenterologia - HUAP/UFF por anemia ferropriva
secundária a perda TGI crônica, evoluiu em nov/2012, com dor abdominal, constipação intestinal e hematoquezia, além de exibir ao exame físico massa
endurecida com limites pouco precisos em fossa ilíaca direita. À colonoscopia foi evidenciada lesão infiltrativa e ulcerada em ceco e ascendente e múlti-
plas malformações venosas nos demais segmentos colônicos, sem sinais de hemorragia recente. O histopatológico confirmou adenocarcinoma mucinoso.
Exames de estadiamento mostraram lesões vasculares semelhantes às colônicas no esôfago, estômago, intestino delgado e fígado. Conclusão - Em revisão
da literatura não foi evidenciada correlação entre a SBRBN e a presença de neoplasias malignas, sendo a neoplasia desta paciente um caso esporádico.

*HUAP/UFF, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 209


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.526
ADENOCARCINOMA MUCINOSO EM FÍSTULA PERIANAL NA DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO
Talles Bazeia Lima*, Durval Ferreira Junior*, Júlio Pinheiro Baima*, Letícia de Campos Franzoni*, Fábio da Silva Yamashiro*,
Kelly Cristhian Lima Oliveira*, Fernando Gomes Romeiro*, Lígia Yukie Sassaki*

Resumo - Doença de Crohn (DC) é enfermidade inflamatória crônica de etiologia desconhecida, decorrente de disfunção imunológica determinada
por fatores genéticos e ambientais. Pode acometer a parede de diversos segmentos do tubo digestivo e evoluir para formas fibroestenóticas e penetrantes.
Fístulas perianais são complicações presentes em 10 a 26% dos casos. Processos inflamatórios crônicos são relacionados à degeneração neoplásica. Apesar
da raridade, fístulas de longa duração podem evoluir para câncer. Estas lesões são agressivas localmente e o atraso no diagnóstico interfere diretamente
no seu prognóstico. Relatamos um caso de adenocarcinoma mucinoso com origem em fístula perianal de 11 anos de evolução em mulher de 59 anos,
portadora de DC colônica. A recorrência e a refratariedade ao tratamento cirúrgico e clínico, incluindo terapia biológica, levou à biópsia, confirmando
o diagnóstico. Submetida à ressecção curativa, radioterapia coadjuvante, com boa evolução. Adenocarcinoma mucinoso perianal representa 3 a 11% dos
carcinomas anais. Seu diagnóstico é baseado em critérios clínicos e histopatológicos, porém não é tarefa fácil. Em 80% dos casos, o tumor já é maior que
5 cm no momento do diagnóstico. Ultrassonografia endoretal, tomografia computarizada e ressonância magnética avaliam apenas a extensão da lesão.
Portanto, na suspeita clínica desse tipo de câncer, biópsia do trajeto fistuloso é a chave para o diagnóstico e tratamento precoce.

*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.

TL.G.INT.P.527
ANÁLISE DA CORTICODEPENDÊNCIA NOS PACIENTES AMBULATORIAIS COM DOENÇA DE CROHN
DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)
André Hofstaetter*, Carlos Fernando de Magalhães Francesconi*, Laura Renata de Bona*, César Al-Alam Elias*,
Cristina Flores*

Resumo - Introdução - O uso crônico de corticoides, embora indesejável, algumas vezes é necessário no controle da atividade da Doença de Crohn
(DC). Número significativo de pacientes se torna corticodependente (CDP).Objetivos - Analisar a corticodependência nos pacientes atendidos no Am-
bulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) do HCPA. Métodos - 150 pacientes foram seguidos no Ambulatório de DII do HCPA; seus dados
foram coletados retrospectivamente a partir de um banco de dados prospectivo no período de setembro de 2010 a setembro de 2012. Foram incluídos
no instrumento de coleta os que possuíam diagnóstico confirmado de DC e que realizaram pelo menos duas consultas no período avaliado. Foram
excluídos os pacientes cujas informações nos registro médicos estavam incompletas ou inacuradas. Resultados - do total de pacientes analisados 19,3%
(29) apresentaram-se CDP; 34% (51) utilizaram corticoide sistêmico em algum momento do estudo, sendo a variação de dias 3 a 606, apresentando uma
mediana de 120 dias de uso; 21,3% (32) apresentaram recidiva clínica após a interrupção ou diminuição da dose do corticoide. Dos pacientes com acome-
timento perianal (n=35) 28,6% apresentaram-se CDP; dos que não possuíam acometimento perianal (n=115), 16,5% demonstraram-se CDP (P =0,093).
Conclusões - Nossos dados diferem dos encontrados na literatura internacional, demonstrando um número menor de pacientes CDP. O acometimento
perianal parece ter relação à maior taxa de dependência aos corticoides.

*Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

TL.G.INT.P.528
ANEMIA EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS (DII) ACOMPANHADOS NO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL)
Patrícia Mayumi Kurihara*, Grazieli Lopes Matta e Vendrame*, Rose Meire Albuquerque Pontes*, Lucilene ROSA-E-Silva*,
Cláudia Junko Inoue*, Welington Augusto Piovesan*, Luciano Freiberger*, Tatiane Cristina de Souza Santini*

Resumo - Introdução - Entre 6-74% dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII) apresentam anemia de múltiplas causas: deficiência de ferro,
de vitamina B12, de ácido fólico, pela doença crônica ou por anemia hemolítica. Objetivo - avaliar a prevalência de anemia nos pacientes com DII atendidos
em nosso hospital e identificar as causas e características clínico-laboratoriais. Método - Estudo transversal com pacientes ambulatoriais com DII. Foram
feitos: entrevista clínica, revisão de prontuários e coleta de exames séricos (hemograma completo, eletroforese de hemoglobina, reticulócitos, Coombs direto,
perfil de ferro e transferrina, ferritina, B12, e folato). Estatística: testes T de Student ou Mann Whitney (comparação de dados contínuos) e Qui-Quadrado
(variáveis categóricas), com alfa=5%. Resultados - Foram estudados 121 pacientes (mediana de idade = 44 anos (13-81), sendo 74 homens. Entre todos pacien-
tes, 55 tinham doença de Crohn (DC) e 66 retocolite ulcerativa (RCU). Entre as mulheres, 9 (DC=4, RCU=5) tinham anemia, sendo em 6 delas ferropriva,
1 por deficiência de B12 mais anemia por doença crônica e outras 2 por doença crônica. Entre os 4 homens com anemia (todos com DC), 3 eram operados
e tinham anemia ferropriva. O outro homem tinha todos os exames normais para detecção da causa de anemia. Conclusão - A prevalência de anemia em
nossos pacientes foi de 10,7%, ocorrendo mais frequentemente nas mulheres (p= 0.0315) e de maneira similar nas duas doenças (DC e RCU, p=0.3483).

*Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Paraná.

210 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.529
APRESENTAÇÃO RARA DE DOENÇA CELÍACA COM DESNUTRIÇÃO GRAVE NO PUERPÉRIO: RELATO
DE CASO
Isadora Cartaxo de Sousa Calvo*, Vinicius Leite Pimentel*, Alvaro Modesto RODRIGUES Neto*, Nabilla Neves Frota*,
Marilia Avila Acioly*, Marcelo Locio Bispo*, Isabel Nogueira Vieira*, Gleyde Abadia Martins*

Resumo - A doença celíaca é uma enteropatia autoimune precipitada pela ingestão de glúten em pessoas com predisposição genética. Há alguns relatos
da manifestação inicial desta condição durante o puerpério e esta é atribuída a alterações imunológicas e hormonais que ocorrem na gestação. A seguir, o
caso de uma puérpera com grave desnutrição, que recebeu diagnóstico de doença celíaca.Mulher de 37 anos, previamente hígida, iniciou 10 dias após parto
cesáreo de criança saudável quadro de astenia e emagrecimento. Cerca de 1 mês depois, surgiram episódios recorrentes de febre, náuseas e vômitos. Procurou
serviço médico com queixa de diarreia líquida há 3 dias com restos alimentares e estava em anasarca. Feito tratamento com ciprofloxacina e metronidazol
com melhora transitória. Exames laboratoriais (faixa normal): albumina 1(3,4-5); K 3(3,5-5,5); Na 131(135-148); INR 3,34 (0-1,2); hemoglobina 13,3(12-
15); fosfatase alcalina 692 (65-300).Aventada possibilidade de doença disabsortiva e na investigação foram solicitados anticorpo anti-endomísio IgA e
biópsia duodenal endoscópica, cujos achados confirmaram a doença. Casos de apresentação da doença celíaca no puerpério são descritos e a razão para
que isto ocorra ainda é incerta. Tem sido atribuída a mecanismos imunes e/ou hormonais, e especula-se que a exposição materna a antígenos fetais pode
ativar uma doença celíaca latente. O reconhecimento precoce desta condição pode evitar graves complicações e prevenir recorrência em gestações futuras.

*Hospital Regional de Sobradinho, Brasília.

TL.G.INT.P.530
ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM NEOPLASIA DE CÓLON - RELATO DE CASO
Denis Conci Braga1, Silvia Mônica Bortolini1, Maurício Müller Peruzzo2, Deise Dessanti2,
Kely Cavassola2

Resumo - Introdução - Associados à competência científico-tecnológica do médico, estão os princípios éticos e morais, centrados na visão humana
do paciente, de sua família e da própria medicina. Objetivo - Analisar os aspectos bioéticos do tratamento de paciente diagnosticada com neoplasia do
cólon que recusa tratamento, apesar da orientação quanto ao prognóstico. Casuística e Método - Relato de caso. Resultados - Paciente do sexo feminino,
72 anos, foi atendida devido à astenia. Ao exame clínico não se observou alteração. O hemograma evidenciou Hb 10,9g/dl e VCM 68 £l. A pesquisa de
sangue oculto fecal foi positiva. Solicitada colonoscopia, que não foi realizada devido à decisão conjunta entre paciente e seus familiares, e tomografia de
abdômen, a qual não evidenciou alteração. Realizado tratamento sintomático e suplementação com sulfato ferroso por via parenteral. Quatro meses após
houve piora clínica e nova tomografia identificou lesão vegetante, de 8,06 x 5,67 cm, na topografia do cólon ascendente, além de dois nódulos hepáticos
metastáticos. Orientada quanto à necessidade de investigação diagnóstica, a qual foi novamente recusada pela paciente. Conclusão - O paciente adulto tem
o direito de decidir acerca do tipo de tratamento a que será submetido em situações críticas de sua vida, principalmente estando lúcido e suficientemente
esclarecido acerca da doença que o acomete e seu prognóstico. O médico deve ser sensível a tais decisões, de modo a propiciar alívio da dor e sofrimento.

1
Secretaria Municipal de Água Doce; 2Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Santa Catarina.

TL.G.INT.P.531
AUTO-AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN E COLITE ULCERATIVA EM USO
DE INFLIXIMABE COM RELAÇÃO AO BENEFÍCIO DO TRATAMENTO - ESTUDO DE COORTE
RETROSPECTIVA
Patricia T. Vaz*, Laura M. Ito*, Adriana N.S. Catapani*, Wilson R. Catapani*

Resumo - Introdução - A terapia biológica muda a história natural das doenças inflamatórias intestinais (DII). Objetivo - avaliar a satisfação de pacientes
com DII em uso de infliximabe (IFX) quanto ao benefício do tratamento. Casuística: 54 pacientes (27 feminino, 47,6 ± 13,5 anos e 27 homens, 46,9 ±
17,4 anos), 45 com DC e 9 com RCU. Métodos - Pacientes respondiam questionário contendo dados demográficos e perguntas sobre a evolução de sua
doença, uso de outros medicamentos e tempo de tratamento. A pergunta principal (Sua vida após o início de IFX) apresentava as alternativas: a- IFX
não ajudou/ b- ajudou pouco, minha vida continua prejudicada/ c- ajudou muito, minha vida retornou quase totalmente ao normal/ d- ajudou muito,
minha vida retornou totalmente ao normal. Resultados - alternativa “B” (7 pacientes, 12,9%), “C” (12 pacientes, 22,2%), “D” (35 doentes, 64,8%). Não
houve relação do desfecho principal com idade (até 50 anos, > 50 anos ), tempo de tratamento e uso concomitante ou não de outros medicamento (me-
salazina, prednisona, azatioprina). Houve predomínio significante de homens no grupo D e mulheres nos grupos B e C (p=0,002, teste do qui quadrado).
Houve predomínio de pacientes com DC no grupo D, embora não estatisticamente significante. Conclusões - IFX está associado a benefício importante
na normalização da vida de pacientes com DII. Os dados sugerem maior benefício na DC do que na RCU. O sexo feminino auto-avaliou sua resposta
ao tratamento de modo menos favorável.

*Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 211


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.532
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM
PACIENTES COM RETOCOLITE ULCERATIVA
Neogelia Pereira Almeida1, Mirella Lopes2, Raquel Rocha2, Clarissa Factum2, Luize SALES2, Carla Andrade Lima1,
André de Castro Lyra2, Genoile Oliveira Santana1

Resumo - Introdução - A influência dos aspectos clínicos na densidade mineral óssea (DMO) em pacientes com retocolite ulcerativa (RCU) já é bem
discutida, no entanto, a associação entre DMO e os fatores nutricionais é controversa e pouco estudada. Objetivo - Avaliar os aspectos antropométricos,
composição corporal e DMO em pacientes com RCU. Casuística - Estudo transversal envolvendo 65 pacientes adultos ambulatoriais, pertencentes a dois
centros de referência em DII em Salvador - BA. Método - Entre setembro/2012 e março/2013 os pacientes com idade acima de 18 anos foram submetidos
à avaliação antropométrica (índice de massa corporal, IMC, e circunferência da cintura, CC), de composição corporal (% gordura corporal, GC, e massa
muscular, MM) e exame de densitometria óssea na região lombar e fêmur. Excluídas mulheres na menopausa. Análise com teste t-Student. Resultados
- Os pacientes tinham uma média de idade de 37,8 ± 8,9 anos e 60% eram do sexo feminino. A maioria apresentou DMO normal (56,9%), e osteopenia
e osteoporose ocorreram em 38,5% e 4,6%, respectivamente. Observou-se que 60% dos pacientes apresentavam IMC normal. Os pacientes que tinham
DMO reduzida apresentaram IMC e %GC estatisticamente menor em relação aos que apresentavam DMO normal (p=0,04 e p=0,03, respectivamente).
Contudo, não houve significância estatística para CC e MM (p>0,05). Conclusão - A frequência de DMO reduzida nos pacientes com RCU foi alta, e
estes apresentavam menores valores de IMC e %GC. Apoio: FAPESB/CNPq.

HGRS; 2UFBA, Bahia.


1

TL.G.INT.P.533
AVALIAÇÃO DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS AOS PACIENTES PORTADORES
DE DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL NO ESPÍRITO SANTO
Maria da Penha Zago Gomes1, Adalberta Lima Martins2

Resumo - O Ministério da Saúde dispensa medicação para o tratamento Doença Inflamatória Intestinal (DII), representando investimento importante
na saúde. Objetivo - Avaliar o perfil epidemiológico da DII nos pacientes atendidos na Farmácia Cidadã do Espírito Santo (ES). Metodologia - Análise
dos processos dos portadores de DII atendidos no ES entre agosto de 2012 a junho 2013. Resultados - foram atendidos 508 pacientes com DII, sendo
Doença de Crohn (DC) 190 casos (41,4%), Colite Ulcerativa (RCUI) 310 (48,3%) e 08 casos de colite indeterminada (CI). A idade média foi de 41,6 anos
(± 15,9). Na DC os pacientes são mais jovens (37,5 anos). As mulheres corresponderam a 64,2% (326 pacientes). Na RCUI, 82 (26,6%) tem somente
proctite; 118 (38,3%) com colite esquerda e 89 (29,3%) apresentam pancolite. O derivado 5ASA oral é usado por 177 portadores de RCUI (57%) e o
tópico por 122 indivíduos (39,3%) e a sulfassalina também é dispensada para 177 pacientes (57,3%); 64 (20,8%%) utilizam azatioprina e 41 corticoide
(13,3%). Com autorização da Câmara Técnica, o infliximab foi dispensado para 12 pacientes com RCUI grave. Na DC 113 (58,9%) usam derivado 5ASA;
40 sulfasalazina (20,8%), azatioprina 64,6% (124 pacientes), corticoide 58 (30%) infliximab 53 (27,6%). O adalimumab foi utilizado como 1ª escolha em
33 (17,2%) e como 2ª escolha em 16 pacientes. Conclusão - Conhecer o perfil do paciente com DII para programar melhores estratégias de atendimento
e aplicar corretamente os recursos do estado.

Universidade Federal do Espírito Santo; 2Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica – GEAF- Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo (SESA), Espírito Santo.
1

TL.G.INT.P.534
AVC ISQUÊMICO EM PACIENTE JOVEM COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: UM RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta*, Bruna Miers May*, Maria Carolina Casa Souza*, Clarice Maria Specht*, Claiza Barretta*,
Bruno Lorenzo Scolaro*, Cristina Henschel Matos*

Resumo - Introdução - Doença inflamatória intestinal (DII) associa-se com um risco maior de complicações vasculares, principalmente com doença em
atividade. As mais comuns são trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, sendo incomuns tromboses arteriais. Objetivo - Descrever um caso
clínico de um evento tromboembólico em paciente com DII em atividade. Relato de caso - E.R.C, 38 anos, feminino, com diagnóstico de retocolite ulcerativa
há 14 anos, em tratamento com mesalazina e azatioprina, apresenta-se com quadro de 10 a 13 episódios/dia de diarreia aquosa, com sangue, associada a dor
abdominal. Foi prescrito prednisona oral e em 7 dias a paciente procura o hospital com piora do quadro (13 a 20 episódios/dia). Após hidratação e corticoide
endovenoso tem alta com controle parcial dos sintomas. Em 10 dias, retorna com hemiparesia à esquerda e paralisia facial. A tomografia computadorizada
evidencia uma área hipodensa fronto-parietal à direita. Evolui com Glasgow 8 e permanece 20 dias em UTI. Recebe alta hemiparética, com desvio de rima
e disartria. É realizada investigação para trombofilias, cujo resultado é negativo e é acompanhada com maior frequência evitando-se novas exacerbações,
em uso de azatioprina, mesalazina, sinvastatina e AAS. Discussão - Diante de um quadro de trombose com DII em atividade, para minimizar os riscos de
recidiva, cuja taxa é em torno de 13%, devemos manter o controle da doença e manejar fatores de risco (anticoncepcional, tabagismo, diabetes e trombofilias).

* Univali, Santa Catarina.

212 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.535
BIÓPSIAS DUODENAIS: ANÁLISE ESTATÍSTICA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DA CORRELAÇÃO
ENTRE AS INDICAÇÕES E AS ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS
Manoel Carlos de Brito Cardoso1, Guilherme Campagnaro1, Diogo Luiz Wendhausen2, Sara Silva Xavier de BRITO2,
Kátia Lopes Marghoti2, Gabriele Leandro Braz2, Gigliolle Romancini de Souza2, Giliana Spilere Peruchi2

Resumo - Introdução - A doença celíaca se caracteriza por processo inflamatório da mucosa do intestino delgado devido à intolerância ao glúten.
As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas até quadros disabsortivos graves. Há discordâncias entre sorologia, clínica e histologia,
dificultando o diagnóstico. Objetivo -Correlacionar indicações com achados histológicos e analisar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos
à biópsia duodenal em uma clínica privada de Criciúma - SC. Casuística - Realizado um estudo de série de casos retrospectivo com resultados de 494
pacientes submetidos à biópsia duodenal no período de 2011/12. Método - A partir dos prontuários, procedeu-se a análise do perfil epidemiológico e das
indicações das biópsias, correlacionando-as com os laudos histopatológicos, utilizando os critérios de Marsh através da interpretação do coeficiente de
Kramer. Resultados - De 494 pacientes,362 eram mulheres e a média da idade de 42,2 anos. Destes, 82(16,5%) apresentaram alteração dos critérios de
Marsh, havendo associação significativa (p<0.01) com as indicações: achados endoscópicos e dermatite herpetiforme. Evidenciou-se também significância
estatística com diarreia, anemia, emagrecimento (0,1 < V <0,3). Conclusão - No nosso meio observamos correlação significativa entre alterações histológicas
relevantes e indicações de biópsia por dermatite herpetiforme, diarreia crônica, anemia, perda ponderal e alterações endoscópicas da mucosa duodenal.

1
Clinigastro; 2UNESC, Santa Catarina.

TL.G.INT.P.536
CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS AO USO DE CORTICOTERAPIA EM RCU – SALVADOR - BA
Camila Paula Oliveira Ribeiro1, Bruno César Silva2, Mariana Tinoco Lordello Souza1, Renata Cavalcanti Portela1,
Sonyara Rauédys Oliveira LISBOA1, André Castro Lyra2, Genoile Oliveira Santana2

Resumo - Introdução - Os corticoides são indicados para induzir a remissão da Retocolite Ulcerativa (RCU). Objetivo - Avaliar as características clínicas
e demográficas associadas à corticoterapia em pacientes com RCU. Casuística - Pacientes de dois centros de referência em DII na Bahia. Métodos - Estudo
transversal realizado no período de Janeiro de 2011 a Setembro de 2012 em Salvador. Coleta dos dados com entrevistas e revisão de prontuário. Razão
de prevalência (RP) e avaliação da associação entre o uso de corticoides e as variáveis independentes usou modelo de regressão multivariada de Poisson.
Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Resultados - Foram incluídos 267 pacientes,
sendo 67,4% do sexo feminino. A média de idade no diagnóstico foi 39,4 anos (DP: 13,5). Duração média da doença de 7,56 anos. Modelo de regressão
demonstrou que corticoterapia apresentou associação positiva com perda de peso (RP=1,29) e diarreia (RP=1,27) no momento do diagnóstico, mani-
festações extraintestinais (RP=1,32) e internamento hospitalar (RP=1,67). Viver em zona rural foi associado com menor necessidade de corticoterapia
(RP=0,74). Conclusão - Perda de peso e diarreia no diagnóstico, manifestações extraintestinais, internamento e procedência urbana são fatores associados
a maior necessidade de corticoterapia. Novos estudos são necessários para avaliar a associação destes fatores com gravidade da doença.

1
EBMSP; 2HUPES, Bahia.

TL.G.INT.P.537
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DEMOGRÁFICAS ASSOCIADAS À COLITE EXTENSA EM PACIENTES
PORTADORES DE RCU DE DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA DE SALVADOR, BAHIA/BRASIL
Mariana Tinoco Lordello de Souza1, Bruno Cesar Silva2, Camila Paula Oliveira Ribeiro1, Sonyara Rauedys Oliveira LISBOA1,
Renata Cavalcanti Portela1, Andre Castro Lyra2, Genoile Oliveira Santana2

Resumo - Introdução - A extensão da retocolite ulcerativa idiopática (RCU) influencia a clínica e o prognóstico da doença. Objetivo - Avaliar carac-
terísticas clínicas e demográficas associadas à presença de colite extensa em pacientes com RCU. Casuística - Pacientes de dois centros de referência em
DII da Bahia. Métodos - Estudo transversal de Janeiro de 2011 a setembro de 2012. Extensão da RCU definida por classificação de Montreal. Coleta
de dados com entrevista e revisão de prontuário. Razão de prevalência (RP) e associação entre colite extensa e variáveis independentes usou modelo de
regressão multivariada de Poisson. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Resultados - Incluídos 267
pacientes,180(67,4%) femininos e 218(83,8%) não-brancos. Média de idade ao diagnóstico de 39,4 anos (11-78 anos). Modelo de regressão multivariada
de Poisson demonstrou associação positiva entre colite extensa com idade menor de 30 anos ao diagnóstico (RP=1,58), sexo masculino (1,33), perda
de peso e diarreia ao diagnóstico (RP=1,67 e RP=1,51). Tabagismo ativo e história familiar de DII associados à menor prevalência de colite extensa
(RP=0,30 e RP=0,71, respectivamente). Conclusão - Em pacientes com idade menor de 30 anos e diarreia ao diagnóstico, perda de peso e sexo masculino
devemos atentar para a possibilidade de a RCU ser doença extensa. De forma inversa, tabagismo e história familiar são características que podem estar
associadas à uma doença de menor extensão.

1
FBDC; 2HUPES, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 213


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.538
CLASSIFICAÇÃO DE MONTREAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN ACOMPANHADOS EM
CENTROS DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA BAHIA
Flora Maria Lorenzo Fortes1, Maíra Andrade Maciel1, Genoile Oliveira Santana1, Neogélia Pereira de Almeida2,
Lourianne Nascimento Cavalcante2

Resumo - Introdução - A Doença de Crohn (DC) é complexa e multifatorial, apresentando manifestações clínicas diversas. No Brasil, a prevalência não
é bem conhecida. Por tratar-se de doença heterogênea em sua expressão clínica foi criada a Classificação de Montreal (2005), objetivo foi uniformizar a
caracterização e estudar subgrupos desta doença. Objetivo - Avaliar pacientes com diagnóstico de DC utilizando a classificação de Montreal. Material e
Métodos - Estudo de corte transversal. Avaliados pacientes com DC de centros de referência no Estado da Bahia no período entre março/2006 a maio/2007.
Critério de inclusão: idade ≥ 18 anos e diagnóstico de DC confirmado por achados clínicos, radiológicos e histopatológicos. A avaliação fenotípica foi
pela Classificação de Montreal. Resultados - Incluídos 91 pacientes no estudo. As características mais observadas foram idade ao diagnóstico entre 17-40
anos (n55/60,4%), localização íleo-colônica (n43/52,4%) e comportamento inflamatório (n63/68,9%). O acometimento do trato gastrointestinal superior
foi encontrado em 8 pacientes. A frequência de localização íleo-colônica observada foi de 63,6% em pacientes com idade ≤ 16 anos, 52% com idade de 17
a 40 anos e 47,6 % em ≥ 40 anos. A doença perianal foi observada em 44,4% dos pacientes. Conclusão - Nos centros de referência do estado da Bahia as
características da DC, segundo a classificação de Montreal, são semelhantes aos achados da literatura, notando-se elevada frequência de acometimento
perianal.

HGRS; 2HGRS, HUPES-UFBA, Bahia.


1

TL.G.INT.P.539
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA ASSOCIADA A DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO
Conceição Maria de Oliveira Mendonça*, Victor Rossi Bastos*, Mariama Dantas Fagundes*, Suzana Silva Leal*,
Daniela Lima Dias Soares*, Ana Luiza Cardoso Pinheiro*, Eduardo Lorens Braga*, André Castro Lyra*

Resumo - Introdução - A Colangite Esclerosante Primária (CEP) é uma doença hepática colestática crônica que acomete mais homens, frequentemen-
te associada a doença inflamatória intestinal, habitualmente a Retocolite Ulcerativa (RCU), com patogênese ainda desconhecida. A associação com a
Doença de Crohn (DC) é rara, ocorrendo comumente colite extensa. Objetivo - Relatar o caso de um paciente com CEP e diagnóstico inicial de RCU,
evoluindo posteriormente com achados de DC. Relato de caso - Paciente 27 anos, sexo masculino, com diagnóstico de CEP em 2005 e RCU (colite ex-
tensa) em 2006, submetido a transplante hepático ortotópico em 2010 evoluiu com diarreia, dor abdominal e enterorragia maciça em uso de Mesalazina
e Azatioprina, sem melhora após antibioticoterapia e corticoide. Colonoscopia evidenciou comprometimento do íleo terminal, além de colite extensa,
exibindo diversas úlceras, entremeadas por mucosa edemaciada, assumindo padrão em calçamento e reto com alterações mínimas, com edema da mu-
cosa. Anatomia patológica mostrou formação de granuloma em cólon e pesquisa de microorganismos negativa. Iniciado infliximab e azatioprina com
resolução do quadro. Conclusão - A colite de Crohn por vezes é diagnosticada inicialmente como RCU. O diagnóstico correto é de grande importância
para escolha do tratamento apropriado. A terapia com infliximabe e azatioprina tem demonstrado eficácia no controle dos sintomas da DC. Entretanto
o curso da DC ocorre independente da CEP, sendo o prognóstico ruim.

*HSR, São Paulo.

TL.G.INT.P.540
COLITE SEGMENTAR ASSOCIADA À DOENÇA DIVERTICULAR: RELATO DE CASO
Ana Luiza Vilar Guedes*, Thales Simões Nobre Pires*, Adriana Ribas Andrade*, Daniel Makoto Nakagawa*,
Vinícius Santos Nunes*, Rafael Gonzaga Nahoum*, Cláudio Lyoiti Hashimoto*

Resumo - Introdução - Apesar da alta prevalência da doença diverticular colônica em idosos, a colite segmentar associada à doença diverticular é uma
afecção rara, limitada aos segmentos do cólon esquerdo que margeiam os divertículos. Objetivo - Relatar um caso de colite segmentar associada à doença
diverticular em paciente com hematoquezia. Relato de caso - Paciente masculino, 65 anos, submetido a colonoscopia devido a dor abdominal em baixo ventre e
hematoquezia, havia 3 meses. Exame físico sem alterações. Na colonoscopia, notaram-se múltiplos óstios diverticulares em sigmoide, sem sinais hemorrágicos,
margeados por áreas de enantema intenso e edema de mucosa, limitadas ao cólon sigmoide e poupando o reto. Foram realizadas biópsias. Conclusão - A
colite segmentar associada à doença diverticular, apesar de rara, é uma afecção que deve ser conhecida, já que representa importante diagnóstico diferencial
com a doença inflamatória intestinal naqueles pacientes que cursam com doença diverticular colônica. A etiologia é provavelmente multifatorial. Os pacientes
podem ser assintomáticos ou relatarem hematoquezia, dor abdominal e alteração do hábito intestinal. O diagnóstico é feito através da colonoscopia com
biópsia, associada à história clínica. O melhor tratamento ainda não é definido, embora sejam utilizados antibioticoterapia, mesalazina e corticoterapia. A
ressecção segmentar do cólon pode ser necessária em pacientes não responsivos e a terapia com imunobiológicos já vem sendo testada.

*USP, São Paulo.

214 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.541
DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER COLORRETAL EM PACIENTE DE 36 ANOS COM
DOENÇA DE CROHN
Maria da Penha Zago Gomes*, Mayara Fiorot Lodi*, Karina Zamprogno de Souza*, Fernanda Schwanz Coutinho*,
Marília Majeski Colombo*, Luciana Lofêgo Gonçalves*, Patrícia Lofêgo Gonçalves*

Resumo - Introdução - O desenvolvimento de câncer colorretal (CCR) em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal (DII) deve ser considerado,
principalmente se a DII tiver mais de 10 anos. Objetivo - Relatar caso de uma jovem de 36 anos, com 11 anos Doença de Cronh (DC), que desenvolveu
CCR metastático sem possibilidade terapêutica ao diagnóstico. Casuística e Método - Revisão de prontuário do ambulatório de DII do Hospital Univer-
sitário Cassiano Antônio de Moraes- UFES. Resultados - Paciente feminina, 36 anos, com o diagnóstico de DC sem histórico familiar de CCR hereditá-
rio, com trombose venosa profunda (TVP) e aumento de enzimas hepáticas canaliculares. Em investigação com exames endoscópicos e radiológicos foi
diagnosticado CCR com metástase disseminada hepática e síndrome paraneoplásica, em estágio avançado, sem possibilidade terapêutica. Conclusão - O
câncer colorretal (CCR) associado às DII é uma realidade que não pode ser negligenciada, apesar de ser um subgrupo raro (1 a 2% de todos CCR). Este
relato serve para exemplificar a relação DII x CCR e alertar sobre a necessidade de prevenção programada desta complicação e de elaboração de mais
estudos estatísticos sobre o tema.

*Universidade Federal do Espírito Santo.

TL.G.INT.P.542
DIARREIA CRÔNICA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA AMILOIDOSE AL
Lívia de Almeida COSTA*, Lucas Lage Marinho*, Thalyta Porto Fraga*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Luiza Fabres do Carmo*,
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Orlando Ambrogini Júnior*

Resumo - Introdução - A amiloidose AL é rara e ocasiona dano sistêmico por depósito extracelular de fragmentos de cadeia leve de imunoglobulina
monoclonal. Os sintomas gastrointestinais são incomuns, decorrentes da infiltração tecidual ou disfunção autonômica, como sangramento, dismotili-
dade e disabsorção. A biópsia de gordura abdominal ou reto e identificação do amiloide pela coloração vermelho do congo, com birrefringência verde
à luz polarizada, confirma diagnóstico. É preciso identificar cadeia leve no tecido amiloide e desordem plasmocitária associada. O tratamento associa
quimioterapia e transplante autólogo. Relato de caso - JCA, 47 a, masculino. Há 4 anos com diarreia aquosa, dor abdominal, perda de 30Kg e hipotensão
postural. Propedêutica evidenciando nefropatia parenquimatosa, proteinúria, pico monoclonal de gamaglobulina e proliferação plasmocitária discreta.
Imunofixação sérica e urinária com componente monoclonal de IgG e cadeia lambda. Biópsia de reto mostrou inflamação crônica. Biópsia renal e
de medula óssea com depósito amiloide com coloração pelo vermelho do congo e polarização em verde, além de proliferação plasmocitária discreta.
Iniciado quimioterapia, com critérios para transplante. Conclusão - A amiloidose tem manifestações diversas, sendo suspeitada se disfunção renal ou
cardíaca inexplicadas, gamopatia monoclonal relacionada à neuropatia, fadiga e emagrecimento. A biópsia do órgão lesado deve ser feita se diagnóstico
inconclusivo por biópsia de gordura abdominal ou reto.

*Unifesp, São Paulo.

TL.G.INT.P.543
DIVERTÍCULO DE MECKEL PERFURADO SIMULANDO APENDICITE: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Thaís David Das Neves Alves2, Sebastião Alves Pinto1, Thaysa Cardoso Silva3,
Maria Luiza Freire Santos Silva2, Natalia Orquisia Luz Hoesker2, Mariana Ferreira Mazzoni2,
Manoel Carlos Batista3

Resumo - Introdução - Divertículo de Meckel (DM) é a mais comum malformação congênita do trato gastrointestinal (2%) e representa um remanes-
cente do ducto onfalomesentérico. Embora a maioria permaneça silenciosa, ela pode apresentar-se como sangramento, perfuração, obstrução intestinal,
intussuscepção e tumores. Estas complicações, especialmente hemorragia, tendem a ser mais comuns na faixa etária pediátrica e a obstrução intestinal
em adultos. Grande parte delas são decorrentes de agressões mucosas devido a metaplasia gástrica. Estão presentes em metade dos DM e em mais de
70% dos casos complicados. Objetivo - Relatar caso de paciente com DM perfurado. Casuística - 1 caso. Método - Relato de caso. Resultados - Paciente
de 45 anos de idade (M.A.D) previamente hígida com quadro de abdômen agudo de evolução súbita e suspeita de apendicite. A paciente foi submetida
a laparotomia exploradora, que revelou formação diverticular com zona de solução de continuidade em porção distal de íleo, configurando um abdome
agudo inflamatório. O segmento alterado foi ressecado e enviado para análise anatomopatológica. Foi revelado quadro de DM com metaplasia gástrica
ao lado de úlceras mucosas e enterite aguda com peritonite em zona de perfuração. As pesquisas de parasitos e granulomas foram negativas. A paciente
atualmente evolui bem e sem queixas. Conclusão - Em casos de suspeita de apendicite não confirmada no intraoperatório deve-se atentar para a necessi-
dade de investigar causas menos comuns como o DM.

1
INGOH, Goiás; 2Faculdade de Medicina de Petrópolis, Rio de Janeiro; 3Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás; 4Hospital Santa Maria, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 215


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.544
DOENÇA DE CROHN E ENDOMETRIOSE INTESTINAL: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E POSSÍVEL
ASSOCIAÇÃO - RELATO DE CASO
Valéria Ferreira Martinelli*, Maria Eduarda Tenório Nogueira*, Paulinéa Alexandre Tenório de Vasconcelos*,
Lydia Teófilo Moraes Falcao*, Wilma Ribeiro Coutinho de Almeida Guedes Pires*, Juliana Brasil de Oliveira*

Resumo - Introdução - O envolvimento do trato gastro intestinal(TGI) com implantes endometriais complicam 17-37% dos casos de endometriose. A
endometriose intestinal (EI) e a doença inflamatória intestinal (DII) possuem apresentação clínica, sintomatologia e achados radiológicos semelhantes,
sendo difícil a distinção destas entidades. Caso clínico - Mulher, 37 anos, com abdome agudo obstrutivo em 2009 com achado cirúrgico de tumoração
em colón esquerdo. Realizado colectomia total com diagnóstico histopatológico de endometriose colônica e em apêndice cecal além de colite crônica
supurativa inespecífica. Tratada com análogo de GnRh. Em julho/2012 iniciou diarreia e sangramento retal, com colonoscopia e histopatológico que
mostraram ileíte crônica ulcerativa. Tendo hipótese diagnóstica de DII, foi iniciado mesalazina e prednisona em setembro/2012, com boa resposta. Em
janeiro/2013 evoluiu com fissuras internas e externas, abscesso perineal e fístula entero-cutânea. Após apresentou eritema e prurido ocular sendo diag-
nosticado episclerite anterior difusa, possivelmente relacionada à doença de Crohn (DC). Evoluiu também com poliartralgias, melhora dos sintomas
após corticoide. Discussão - Devido ao diagnóstico prévio de EI, fica a dúvida se a causa das manifestações atuais é a própria endometriose ou uma
associação desta com a DC, uma vez que existe forte relação das manifestações extra-intestinais apresentadas com esta patologia. Entretanto, não foi
mostrado confirmação histopatológica da DC.

*UFPE, Pernambuco.

TL.G.INT.P.545
DOENÇA DE CROHN MIMETIZANDO ADENOCARCINOMA: RELATO DE DOIS CASOS
Murilo Meneses Nunes1, Pedro Paulo Souza Fortuna1, Guilherme Andrade Lemes1, Sebastião Alves Pinto2,
Thiago David Alves Pinto2, Salustiano GABRIEL Neto3, Pedro Lhermusieau Barros1, Jordana Oliveira Milanez2

Resumo - Introdução - A Doença de Crohn (DC) é caracterizada por um processo inflamatório crônico de etiologia desconhecida, com grande taxa de
recidiva. Clinicamente apresenta quadro bastante variado e juntamente com dados radiológicos e endoscópicos pode levantar neoplasias como diagnósticos
diferenciais. Objetivo - Relatar dois casos de DC mimetizando adenocarcinoma. Relato dos casos - Caso 1 - Paciente de 33 anos, feminino, submetida à
ileocolectomia, com lesão úlcero-vegetante em ceco. Aventou-se a hipótese de adenocarcinoma, todavia o exame histopatológico (EHP) revelou presença
reação inflamatória crônica granulomatosa envolvendo toda a espessura do órgão e comprometendo apêndice cecal, confirmando diagnóstico de DC.
Caso 2 - Paciente feminina, 24 anos, submetida à ileocolectomia. Observaram-se três ulcerações de fundo sujo e grosseiro localizadas em segmento de
delgado, válvula íelocecal e ceco, e colón ascendente. Aventou-se a hipótese de adenocarcinoma. Todavia o EHP mostrou processo inflamatório compa-
tível com DC. Discussão - O padrão infiltrativo e úlcero-vegetante das lesões em ambos os casos são muito sugestivos de neoplasia. Devido ao potencial
acometimento total da parede intestinal, a DC pode mimetizar uma gama enorme de doenças. O tratamento é eminentemente clínico, sendo a cirurgia
indicada apenas para complicações estruturais. Conclusão - Pacientes jovens com lesões intestinais complexas devem ser investigados para DC no intuito
de evitar intervenções cirúrgicas.

UFG; 2INGOH; 3Hospital Ortopédico, Goiás.


1

TL.G.INT.P.546
DOENÇA DE CROHN MIMETIZANDO APENDICITE AGUDA COMPLICADA EM PACIENTE GESTANTE -
RELATO DE CASO
Thatja Silveira Cajubá de Britto*, Andrea Vieira*, Fernanda Bellotti Formiga*, Cássia Lemos Moura*, Felipe Bertollo Ferreira*,
Kelly Cristina dos Santos*, Priscila Pulita Azevedo Barros*, Priscilane Giacomin Alves*

Resumo - Introdução - A doença de Crohn é caracterizada por inflamação transmural, que pode envolver todo o trato gastrointestinal, sendo 50% dos
casos com localização íleocolônica. Quando há acometimento isolado ou concomitante do apêndice cecal pode haver dificuldade para estabelecer diagnós-
tico diferencial com apendicite aguda, sendo esta última a principal causa de afecção abdominal cirúrgica não obstétrica na gestação. Objetivo - Relatar
caso de doença de Crohn mimetizando apendicite aguda complicada em paciente gestante. Caso clínico - Paciente G.B.O.G, 32 anos, feminino, submetida
à apendicectomia devido quadro de dor abdominal intensa em fossa ilíaca direita; na ocasião estava gestante, evoluindo com trabalho de parto prematuro,
parto normal e óbito fetal. No 5º mês de pós operatório evoluiu com saída de secreção em local de cicatriz cirúrgica, sendo confirmada por exames de ima-
gem presença de fístula enterocutânea. Optado por laparotomia exploradora, evidenciando fístula em íleo terminal e espessamento jejunal, sendo realizado
ileocolectomia direita segmentar. Conclusão - Apesar da apendicite aguda ser a principal causa de afecção abdominal cirúrgica não obstétrica na gestação,
sempre considerar possíveis diagnósticos diferenciais. Como no caso descrito, em que o diagnóstico definitivo foi doença de Crohn de início não habitual.

*ISCMSP, São Paulo.

216 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.547
DOENÇA DE WHIPPLE: DESAFIO DIAGNÓSTICO DAS CAUSAS DE DIARREIA CRÔNICA
Aline Coelho Rocha1, Wanda Regina Caly2, José Rosino de Araujo Reis Filho2, Melissa Satiko Figa Nobuo2,
Asdlin de Nazaré Santana Veduato2, Hugo Alberto Cuellar Gamez2, Ana Carolina de Jesus2, Wilson Roberto Catapani1

Resumo - Introdução - Doença de Whipple (DW) é uma infecção crônica multissistêmica, causada pelo bacilo Tropheryma whipplei, com prevalência
de 1/1.000.000. Objetivos - relatar o caso de paciente com diarreia crônica de 8 meses. Material e Métodos - Homem, 61 anos, branco, natural de PE e
procedente do RJ, com queixa de diarreia associada à fraqueza, emagrecimento de 20 kg, hiporexia e dores articulares. Exame físico - REG, descorado
(2+/4+), hidratado, anictérico, emagrecido. PA 100x60mm Hg, FC 72 bpm, Tax 36,7ºC, IMC: 15.07 kg/m2, AR e ACV: sem alterações; ABD: sem visce-
romegalias, ascite discreta; MMII: edema 2+/4+. Exames recentes: enema opaco, trânsito intestinal, TC de abdômen total e tórax, sem alterações. Colo-
noscopia: pólipos colônicos; EDA: esofagite erosiva; Exames Laboratoriais - Hb:10 e Ht:31,sorologias virais (B,C e HIV),sem alterações. Coprocultura,
PPF e esteatócrito: negativos. Resultado - Evoluía com diarreia e perda ponderal progressiva.TC abdômen: ascite discreta e derrame pleural bilateral;
EDA com biópsia de primeira e segunda porções duodenal. A-P: macrófagos xantomatosos intracelulares, PAS e GIEMSA positivos, compatíveis com
Doença de Whipple. Na ausência do teste de biologia molecular para identificar o bacilo, iniciou-se tratamento com ceftriaxona havendo melhora pro-
gressiva no número das evacuações e estado geral. Conclusão - A DW apesar de rara deve ser lembrada no diagnóstico diferencial das diarreias crônicas,
utilizando-se de métodos diagnósticos específicos

1
Faculdade de Medicina do ABC; 2Hospital Heliópolis, São Paulo.

TL.G.INT.P.548
DOENÇA MITOCONDRIAL E DOENÇA DE CROHN: HÁ ALGUMA CORRELAÇÃO?
Ana Cristina da Silva Vidal*, Fabio Koizumi*, Miguel Bueno*, Fernanda Kistemarcker do Nascimento Bueno*

Resumo - Introdução - A epilepsia mioclônica com fibras rotas vermelhas (MERRF) é uma doença mitocondrial, caracterizada por mutações de
DNA em genes de RNA transportador (AG 8344). Sua frequência é de 1:10.000 nascidos-vivos, sem diferença de sexo, e clinicamente se caracteriza por
epilepsia mioclônica, ataxia, miopatia, neuropatia, demência. Devido à acidose lática, há vômitos, dor abdominal, fadiga, fraqueza muscular e dificul-
dade respiratória. Objetivo - Relatar um caso de paciente jovem portadora de doença mitocondrial e Crohn. Relato de caso - Y.J., 13 anos, há 4 anos com
diagnóstico de doença mitocondrial, em uso de anticonvulsivantes, evoluindo com sintomas digestivos (enterorragia). À colonoscopia lesão inflamatória
em válvula ileocecal, anátomo compatível com doença de Crohn. Já em uso prévio de anticonvulsivantes, sendo refratária sua resposta inflamatória in-
testinal ao uso de salicilatos, corticoides e imunossupressores. Optamos por iniciar Infliximabe inicialmente com boa resposta. Resultados - Mesmo com
o uso de infliximabe associado a imunossupressores, e melhora significativa do padrão endoscópico e histológico da doença, ainda persistem sintomas
digestivos que podem estar associados ao quadro mitocondrial. Conclusão - Há suspeitas de que a disfunção mitocondrial pode ter um importante papel
no desenvolvimento da doença de Crohn, porém a correlação entre as duas patologias ainda permanece incerta. Se confirmado em estudos futuros, será
de grande importância para a terapêutica.

*ACLIMED, São Paulo.

TL.G.INT.P.549
DOENÇA SISTÊMICA ASSOCIADA À IGG4: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS DOENÇAS
INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS?
Guilherme Grossi Lopes Cançado*, Isabel Pamplona Corte Real Forn*, Julia Faria Campos*, Anderson Antônio de Faria*,
Aloisio Sales da CUNHA*, Eduardo Garcia Vilela*, Maria de Lourdes de Abreu Ferrari*

Resumo - Descreve-se caso de paciente de 30 anos, masculino, com quadro de diarreia crônica, caracterizada por 20 evacuações/dia, fezes líquidas,
com sangue e muco, iniciado há três anos, associada a emagrecimento e dor abdominal difusa. Colonoscopia demonstrou pancolite e ileíte moderadas,
sugerindo doença inflamatória intestinal. Iniciado esquema top down para doença de Crohn, quando recebeu infliximabe, azatioprina e corticoterapia,
com pouca resposta. Observado aumento de enzimas canaliculares e p-ANCA positivo. Colangioressonância magnética revelou dilatação focal de vias
biliares intra-hepáticas, sendo diagnosticada colangite esclerosante primária. Demonstrado importante aumento de IgG4, alfa-1-antitripsina fecal e
gordura fecal nas fezes. Aventado diagnóstico de doença sistêmica por IgG4 complicada por insuficiência pancreática exócrina. Iniciada suplementação
de enzimas pancreáticas. Submetido a push enteroscopia alta, a qual demonstrou linfangiectasia duodenal e jejunal intensa e difusa. Linfocintilografia
sem anormalidades. Biópsia colônica demonstrou 10 plasmócitos IgG4 positivos por campo de grande aumento, confirmando diagnóstico de colite por
IgG4. Após 2 anos de terapia biológica com infliximabe, com resposta parcial, realizado troca para adalimumabe, sem sucesso. Optado, então, por terapia
com rituximabe. Trata-se de caso singular de doença sistêmica por IgG4 grave, manifesta como colite, insuficiência pancreática exócrina, enteropatia
perdedora de proteínas e colangite esclerosante.

*Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 217


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.550
ENTEROCOLITE MASTOCÍTICA: RELATO DE CASO
Lívia Maria Barbosa Moreira*, Camila Adour Mendes*, Diana de Castro Vivas*, Marina Dodsworth de Barros*,
José Edmilson Pereira e Silva*, Marcius Silveira BATISTA*, Sergio Pereira COSTA*, Israel Medrado*

Resumo - Relato de Caso - W.B.S, 33 anos, masculino, em acompanhamento no serviço de Gastroenterologia do Hospital Naval Marcílio Dias devido
a diarreia crônica, volumosa associada a dor abdominal com evolução de 6 meses. Análise laboratorial sumária sem anormalidade. Teste de tolerância
a lactose negativo, anti-endomísio, anti-transglutaminase e Anti-Gliadina negativos. PCR: 0,32. Realizou colonoscopia e enteroscopia com duplo balão
que não identificou alterações nos seguimentos estudados. Realizadas biópsias. Estudo histológico evidenciou colite crônica moderada com importante
participação de eosinófilos sendo compatível com colite eosinofílica. Iniciado tratamento com prednisona, brometo de pinavério e antiparasitário sem
resposta clínica adequada. Solicitada, então, análise imunohistoquímica do material que demonstrou mastócitos com imunopositividade para anticorpo
CD117, com mais de 40 mastócitos por campo de grande aumento concluindo ser colite mastocitária Alérgica. Paciente evoluiu com melhora expressiva
após acompanhamento nutricional e uso de anti-histamínicos. Discussão - Enterocolite Mastocítica é uma entidade rara, que cursa com diarreia crônica,
mucosa normal aos exames endocópicos e biópsia apresentando aumento de mastócitos. Estas células não são identificadas por corantes comuns, sendo
necessária análise imunohistoquímica. O tratamento é baseado no uso de antagonistas dos receptores de histamina, que levam a rápida regressão dos
sintomas.

*HNMD, Rio de Janeiro.

TL.G.INT.P.551
ERITEMA MULTIFORME DURANTE TRATAMENTO COM INFLIXIMABE - RELATO DE CASO
Flávia Gonçalves Musauer Palacio*, Beatriz Bussade Pillar*, Cyrla Zaltman*, Márcia COSTA*,
Mônica Ferreira*

Resumo - Objetivo - Relatar o caso de paciente com doença de Crohn que desenvolveu lesões mucocutâneas durante terapia com infliximabe. Introdu-
ção - As lesões mucocutâneas associadas a DII podem ter etiologias diversas, como manifestações extra-intestinais, lesões infecciosas ou reações adversas
às medicações. Relato de caso - Sexo masculino, 31 anos, com doença de Crohn estenosante desde 2005. Assintomático em uso de 6-mercaptopurina,
quando entero RM em 2010 mostrou atividade da doença no íleo e cólon transverso. Iniciado Infliximabe, com boa resposta. Manteve-se assintomático
até junho/2013, quando surgiram lesões vesicopapulares em mucosa labial, mãos e região pré-tibial. O diagnóstico histológico foi eritema multiforme.
Suspenso infliximabe e iniciado anti-histamínico, com boa resposta clínica. Discussão - O uso dos anti-TNF tem sido relacionado a reações adversas
cutâneas, sendo o eritema multiforme raro. Pode ser desencadeado por vários estímulos, como vírus, drogas e outras infecções. Manifesta-se com lesões
semelhantes a “alvos” e podem acometer mucosas e ter caráter recorrente. No caso descrito, a etiologia mais provável foi reação ao uso do biológico. Não
havia sinais clínicos de doença ou infecção. Conclusão - O manejo das lesões cutâneas em pacientes com DII deve abordar todas as possíveis etiologias.
No caso relatado, a descontinuidade do biológico levou à resolução completa do quadro.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

TL.G.INT.P.552
FÍSTULA ENTERO-CUTÂNEA EM DOENÇA DE CROHN TRATADA COM IMUNOBIOLÓGICO E
IMUNOSSUPRESSOR
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Orlando Ambrogini Junior*, Marjorie Costa Argollo*, Claudia Utsch Braga*,
Lívia de Almeida COSTA*, Luiza Fabres do Carmo*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*, Virgínia Brasil de Almeida*

Resumo - Introdução - Fístulas entero-cutâneas são complicações da doença de Crohn, com pouca resposta ao tratamento clínico isolado. O advento
dos imunobiológicos permitiu melhor tratamento clínico destes doentes. Objetivo - Relato de caso de fístula entero-cutânea de longa evolução tratada
com adalimumabe. Relato de caso - Feminina, 61 anos, diagnóstico de Doença de Crohn desde 2003 após hemicolectomia direita e enterectomia segmen-
tar, por fístula entero-cutânea. No pós-operatório apresentou nova fístula, tratada com prednisona por seis meses e mesalazina 3 g/dia. Neste período
foi acompanhada em outro serviço, sem melhora. Internada em junho de 2011, com orifício fistuloso de cerca de 10cm de diâmetro, com exposição
visceral, lesão cutânea adjacente, eliminação de fezes exclusivamente pela fístula, e perda ponderal (IMC 16,4). RNM de abdome e pelve sem evidência
de estenoses. Rastreio para hepatite B e tuberculose negativos. Iniciado tratamento com adalimumabe e azatioprina 2,5 mg/kg. Após dois anos dessas
medicações, apresentando hábito intestinal de uma evacuação por semana, com fezes formadas e redução significativa do orifício fistuloso, ainda com
saída de fezes. Melhora nutricional importante (IMC: 20). Aguarda cirurgia eletiva. Conclusão - Mesmo após melhora com o tratamento clínico otimi-
zado (imunobiológico e imunossupressor), as fistulas entero-cutâneas podem ainda necessitar de abordagem cirúrgica, entretanto esta tem uma melhor
chance de sucesso e menor recidiva.

*UNIFESP, São Paulo.

218 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.553
HIPERPLASIA NODULAR LINFOIDE EM PACIENTE COM IMUNODEFICIÊNCIA COMUM VARIÁVEL:
RELATO DE CASO
Adriana Ribas Andrade*, Ana Luiza Vilar Guedes*, Vinícius Santos Nunes*, Daniel Makoto Nakagawa*,
Guilherme Marques Andrade*

Resumo - Introdução - Pacientes com Imunodeficiência Comum Variável (ICV) cursam com diversas enteropatias com aumento de linfócitos intrae-
piteliais, que provocam quadros de diarreia e disabsorção, entre elas a Hiperplasia Nodular Linfoide (HNL). Objetivo -Relatar um caso de HNL como
causa de síndrome disabsortiva em paciente com ICV. Relato do caso - Mulher, 20 anos, submetida a endoscopia digestiva alta (EDA) e colonoscopia,
devido a quadro de síndrome disabsortiva e emagrecimento, havia 1 ano. Exames laboratoriais apresentavam hipocalcemia, hipomagnesemia, hipovita-
minose D e anemia ferropriva. Tinha dosagem de imunoglobulinas abaixo do limite inferior da normalidade. Pesquisa de antígeno para giárdia nas fezes
negativa. EDA com mucosa de bulbo e segunda porção duodenais apresentando aspecto nodular difuso, sugestivo de HNL, sem evidência de doença
celíaca. Teste da urease para H. pylori negativo. À colonoscopia, íleo terminal com nodularidades difusas e biópsias sugestivas de hiperplasia linfoide
reacional. Paciente foi diagnosticada com ICV, manifestando-se com HNL em intestino delgado. Conclusão - A HNL é uma desordem linfoproliferativa
rara que leva ao aparecimento de múltiplos nódulos em intestino delgado, cólon ou ambos e que, quando associada à hipogamaglobulinemia adquirida
ou congênita, raramente evolui para linfoma. O diagnóstico diferencial principal deve ser feito com giardíase e infecção por H. pylori.

*USP, São Paulo.

TL.G.INT.P.554
HIPERPLASIA NODULAR REGENERATIVA ASSOCIADA À AZATIOPRINA EM PACIENTE COM DOENÇA
DE CROHN: RELATO DE CASO
Adriana Ribas Andrade*, Ana Luiza Vilar Guedes*, Vinícius Santos Nunes*, Daniel Makoto Nakagawa*, Aytan Miranda Sipahi*,
André Zonetti de Arruda Leite*

Resumo - Introdução - A Hiperplasia Nodular Regenerativa (HNR) pertence a um grupo de doenças caracterizadas por hipertensão portal (HP) não
cirrótica e sua relação com a azatioprina vem sendo estudada. Objetivo - Relatar um caso de HNR como causa de HP em paciente com Doença de Crohn
(DC), em uso crônico de azatioprina. Relato de caso - Homem, 55 anos, portador de DC estenosante, em uso de azatioprina desde 1997. Em 2010, introduzido
infliximabe, por episódios recorrentes de dor abdominal, diarreia e anemia refratária. Em 2011, passou a cursar com ascite e edema de membros inferiores,
dor abdominal e dispneia progressiva. Exames laboratoriais evidenciavam trombocitopenia, transaminases e enzimas colestáticas normais. Líquido ascítico
compatível com HP. Cursou posteriormente com 2 episódios de PBE. Triagem para hepatopatias negativa. Endoscopia digestiva alta com varizes esofágicas
e gastropatia hipertensiva severa. Biópsia hepática sem evidência de cirrose hepática. Cursou com melhora progressiva da ascite após suspensão da azatio-
prina e manutenção do imunobiológico. Conclusão - Em paciente em uso crônico de azatioprina com ascite, esplenomegalia, hemorragia digestiva ou outro
sinal de hipertensão portal, sem evidência de cirrose hepática na biópsia, deve-se aventar a possibilidade de HNR. No paciente em questão, a retirada do
fator causal foi crucial para melhora da HP e dos sintomas. Mais estudos são necessários para avaliar o papel do imunobiológico no tratamento da HNR.

*USP, São Paulo.

TL.G.INT.P.555
HIPERTIREOIDISMO SIMULANDO ABDOME AGUDO: RELATO DE CASO
Pedro Henrique Ferreira Grossi*, José Celso Cunha Guerra Pinto COELHO*, Letícia Goursand Penna*,
Raiza Aranha Nascimento*, Orlando Lelis*, Paula Andrade*, Túlio Mariante*, Lucas Araujo Carneiro de Abreu*

Resumo - Introdução - A associação de sintomas abdominais com hipertiroidismo é bem conhecida e usualmente relacionada com alterações da mobi-
lidade gastrointestinal. Náuseas, vômitos e diarreia são os sintomas mais comuns. A dor abdominal é rara e de causa desconhecida. Relato do caso - WSS,
38 anos, foi admitido no hospital para esclarecimento de dor abdominal e emagrecimento. Os sintomas descritos surgiram 90 dias antes da internação
e relatava ainda diarreia, fraqueza, vômitos, febre não termometrada, além da perda de 18Kg. Realizou extensa propedêutica laboratorial e ultrassom
abdominal que foram normais. Endoscopia digestiva alta revelou presença de resíduos alimentares no estomago, apesar de jejum absoluto de 12 h. À
admissão apresentava-se emagrecido, taquicárdico e afebril. Tireoide aumentada de volume. Restante do exame físico era normal. US realizado evidenciou
aumento difuso da glândula e sinais de tireoidite. Exames laboratoriais - T3 30 pg/mL (VN: 2,5 a 3,9), T4 6,0 pg/mL (VN: 0,54 a 1,24), TRAB 40 UI/mL,
TSH 0,04 µui/mL, anti TPO 985 UI/mL. Com diagnóstico de doença de graves foi medicado com metimazol e propranolol. Apresentou rápida melhora
clínica e recebeu alta hospitalar após desaparecimento da dor e dos vômitos. Conclusão - Hipertiroidismo deve ser colocado no diagnóstico diferencial
da dor abdominal, pois uma laparotomia exploradora desnecessária é potencialmente perigosa por aumentar a possibilidade do aparecimento da crise
tireotóxica aguda de elevada mortalidade.

*Hospital Mater Dei, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 219


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.556
MAIOR MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL EM MULHERES DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
Michel Ribeiro Fernandes1, Eduardo Batista Schneider1, Martin Batista Coutinho da Silva1, Daniele de Sena Brisotto2,
Guilherme Pereira Simor1, Maitê Pedrotti1, Lieverson Augusto Guerra1

Resumo - Introdução - O câncer colorretal é uma doença comum e letal e tem a dieta como um importante fator predisponente. Diferenças geográficas,
étnicas e socioeconômicas podem ser determinantes importantes na ocorrência e nos óbitos por câncer colorretal. O Rio Grande do Sul (RS), histori-
camente, possui um desenvolvimento geográfico desigual, com predomínio de áreas rurais no sul do estado e urbano no norte. Objetivo/Método - Vinte
e seis cidades do RS foram selecionadas aleatoriamente e agrupadas conforme sua localização geográfica entre Norte e Sul. Todas tiveram suas taxas de
mortalidade (TxM) por neoplasia colorretal calculadas entre os anos de 2000 e 2009, bem como o IDH. A fonte de dados foi o DATASUS. Resultados -
Comparando-se o Norte e o Sul obteve-se diferença significativa nas TxM (10.45 ± 7,57 vs. 13,64 ± 9.03; P<0,001), respectivamente. Quanto ao gênero,
os homens da região Norte não registraram maior TxM em relação aos do Sul, porém as mulheres do Norte apresentaram diferença significativa nas
TxM (9,36 ± 8,38 vs. 14,65 ± 11,78; P<0,001). O IDH na região Norte foi superior ao da região Sul (0,812 ± 0,028 vs. 0,781 ± 0,024; P<0,006). Conclu-
são - Nossas análises demonstram que há uma maior ocorrência de óbitos por neoplasia colorretal no Sul do que no Norte do RS, apresentando como
possível coadjuvante o nível de qualidade de vida menor no Sul. Estudos posteriores devem correlacionar estes achados com as condições econômicas e
diferentes hábitos de vida nas diferentes regiões do RS.

*Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. 2Hospital São Vicente de Paulo - HSVP, Rio Grande do Sul.

TL.G.INT.P.557
MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
(DII), ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE DII DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE LONDRINA (PR)
Grazieli Lopes Matta e Vendrame*, Patrícia Mayumi Kurihara*, Rose Meire Albuquerque Pontes*, Lucilene Rosa e Silva Westmore*,
Cláudia Junko Inoue*, Welington Augusto Piovesan*, Tatiana Cristina de Souza Santini*, Rafael Pereira Monteiro*

Resumo - Introdução - Várias manifestações extraintestinais (MEI) são descritas nas Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), podendo ocorrer associação
destas com marcadores sorológicos tanto na doença de Crohn (DC) quanto na Retocolite Ulcerativa (RCU). Objetivo - Conhecer as MEI mais prevalentes
nos pacientes do ambulatório do Hospital Universitário de Londrina e a associação das mesmas com o tipo da doença e a positividade de marcadores
sorológicos. Método - Estudo transversal, com comparação das prevalências das MEI na DC e na RCU. Foi aplicado o teste do Qui-Quadrado para a
comparação das variáveis categóricas (erro alfa de 5%). Resultados - Foram estudados 121 pacientes com DII (média de idade= 42,7 ± 14 anos) (13-81),
sendo 74 mulheres. Entre os 121 pacientes, 55 tinham DC e 66 RCU. A prevalência de MEI na DC e na RCUI foi similar (p=0.9075). Naqueles pacientes
com DC, 52,7% tinham MEI: 40% artropatia, 9% cálculos renais, 4% colangite esclerosante, 2% neuropatia periférica e 2% acometimento vascular. Entre
12 pacientes com ASCA IGG positivo, 8 tinham MEI (p= 0.3293) e entre aqueles com ASCA IGA positivo, 4 tinham MEI (p=0.7237). Naqueles com
RCU, 50% tinham MEI: 43,9% artropatia, 3% cálculos renais, 7,6% colangite esclerosante e 4,5% lesões oculares. O p-ANCA foi positivo em 43,9% dos
casos e não se associou à presença de MEI (p=0.4305). Conclusão - A prevalência de MEI nas DII foi aproximadamente 50%, sendo semelhante na DC
e RCU e não se associando aos marcadores sorológicos.

*UEL, Paraná.

TL.G.INT.P.558
MEGACOLÓN TÓXICO NO QUADRO INICIAL DE RETOCOLITES E AIMPORTÂNCIA E DIFICULDADE DE
OBTENÇÃO DOS ANTI-TNF PARA SEU MANEJO: UM RELATO DE CASO
Thiago Henrique Fernandes de Carvalho1, Danielle Delfino Martins Nóbrega1, Rodolfo Augusto Bacelar de Athayde1,
Marcelo Cicente Toledo de Araujo2, José Eymard de Medeiros1

Resumo - Introdução - A Retocolite Ulcerativa (RCUI) possui amplo espectro clínico, entretanto se apresenta raramentena forma grave requerendo,
já no quadro inicial, terapias de segunda linha. Apesar de bem estabelecido, o anti-TNF não é aprovado pelo Ministério da Saúde (MS) para este fim.
Relata-se caso de RCUI grave evoluindo com megacólon tóxico e sua resposta ao infliximab. Relato de caso - Jovem, 25 anos, previamente hígido, com
diarreia sanguinolenta de alta frequência (18 dejeções/dia), dor abdominal difusa, palidez, desidratação e taquicardia, com diagnóstico de RCU cortico-
refratária. Sendo indicada terapia de segunda linha. Evoluiu após 72 horas da admissão com megacólon tóxico (distensão de transverso de 9 cm) que foi
revertido após conduta conservadora, antibioticoterapia de largo espectro e descompressão intestinal, sem melhora do hábito intestinal. Com o inicio
da ciclosporina (única droga liberada pelas autoridades de saúde). Houve remissão parcial dos sintomas apresentando após 8 dias pancitopenia e piora
renal levando a suspensão da droga, com reversão dos efeitos colaterais mas com nova exacerbação intestinal e recusa do enfermo a colectomia. Após
diversas solicitações as autoridades, foidisponibilizado e iniciado infliximabe com marcada melhora do paciente. Conclusão - O uso de infliximabe foi
fundamental para a melhora clínica do caso sendo o atraso na sua disponibilização fator determinate para as complicações apresentadas

UFPB, Paraíba. 2HULW-UFPB, Paraíba.


1

220 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.559
MEGACÓLON CONGÊNITO LEVANDO À ISQUEMIA TARDIA DE CÓLON DIREITO – RELATO DE CASO
Pedro Lhermusieau Barros1, Murilo Meneses Nunes1, Hugo Silva Camilo2, Guilherme Vilela Gomide Barreira1,
Robson Vieira Silva Junior1, Luana de Rezende Mikael1, Orlando Roberto da Silva NETO1,
Luiz Carlos Pedreira Barros3

Resumo - Introdução - A Doença de Hirschsprung (DH) é caracterizada pela ausência de células ganglionares nos plexos mioentérico (Auerbach) e
submucoso (Meissner), devido a uma alteração do desenvolvimento do sistema nervoso entérico. Objetivo - Relatar um caso de cirurgia de megacólon
congênito desencadeante de isquemia do cólon direito. Relato de caso - Paciente, 20 anos, sexo feminino, apresenta obstipação intestinal com doença
neurológica congênita gerando megacólon congênito. Foi submetida, ainda quando criança, à cirurgia de fistulização do apêndice cecal, com a pele na
fossa ilíaca direita para irrigação e limpeza intestinal. Procurou atendimento médico com fortes dores abdominais, vômitos, hipertimpanismo e distensão
abdominal. Radiografia compatível com abdome agudo obstrutivo. Submetida ao tratamento cirúrgico, foi detectada uma torção do ceco e do cólon
direito em torno do apêndice, previamente fixado à parede abdominal, havendo uma isquemia do ceco. Foi realizada hemicolectomia direita e ileotrans-
verso anastomose. Método - Relato de caso com revisão bibliográfica. Discussão - O quadro de megacólon congênito gerou a necessidade de uma cirurgia
de fistulização do apêndice cecal, gerando isquemia tardia do cólon direito. Conclusão - Pacientes que possuem megacólon congênito geralmente são
submetidos à cirurgia para reverter o quadro obstrutivo. Porém, esta cirurgia pode apresentar, raramente, complicações tardias.

1
UFG; 2 PUC-GO; 3Hospital Amparo, Goiás.

TL.G.INT.P.560
MESALAZINA NA DIVERTICULOSE COLÔNICA: DO TRATAMENTO AGUDO AO USO CONTÍNUO
Leticia Rosevics1, Marjorie Novaki dos Santos1, Richard T. Malinowsky2, Danilo Mardegam Rezente2,
Felipe Guilherme Gonçalves da Rosa1

Resumo - Introdução - A diverticulose colônica, frequente acima de 50 anos, tem sintomatologias de hemorragia e inflamação. Mesalazina é atualmente
utilizada em complicações e para reduzir sua recorrência. Objetivo - Realizar uma revisão integrativa para descrever as evidências sobre o uso de mesalazina
na diverticulose. Método/Casuística - Pela metodologia de Ganong buscou-se responder: “quais as evidências para o uso de mesalazina na diverticulose”.
Selecionaram-se artigos de 2003 a 2013, nas bases MEDLINE e SCOPUS pelo acrônimo PICO (P - Paciente com diverticulose; I - Tratamento com me-
salazina; C - Não se aplica; O - Cura/Resolução). Como critérios de inclusão: artigos em inglês, disponíveis na íntegra pela Universidade, somente ensaios
clínicos e estudos randomizados e objetivando tratamento. Resultados - Dos 25 artigos encontrados, 12 cumpriram os critérios de inclusão e exclusão.
Seis dos estudos visaram avaliar o uso de mesalazina no alívio das doenças não complicadas e na prevenção de seus sintomas, também com comparação
ao uso de rifaximina, e somente um deles mostrou não haver diferença com o uso ou não de mesalazina cíclica na recorrência dos sintomas. Os demais
objetivaram analisar o efeito da mesalazina na proliferação celular epitelial, diverticulose associada à colite segmentar e síndrome mal absortiva. Conclu-
são - A literatura corrobora que a mesalazina auxilia na diverticulose sintomática e na prevenção de complicações da doença.

1
UFPR; 2PUCPR, Paraná.

TL.G.INT.P.561
METÁSTASE ÓSSEA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE CÂNCER COLORRETAL
Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Germana Jardim Marquez*, Danillo Gomes Leite*,
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*, André Rezek Rodrigues*, Tiago Ferreira Paula*,
Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes*, Alisson Morais Moreira*

Resumo - Introdução - A doença óssea metastática não apresenta localização primária conhecida em, aproximadamente, 3% dos casos. A idade média
de apresentação é em torno de 60 anos. Referente ao câncer colorretal (CCR), esta representa a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil. A
metástase óssea é rara, correspondendo de 0,6 a 3,1% dos casos de câncer colônico. Objetivo - Relatar caso de CCR assintomático com metástase óssea
como primeira manifestação. Relato de caso - Feminino, 46 anos com quadro de dor incapacitante em quadril esquerdo há 1 ano, associada a perda
ponderal de 15kg, sem demais queixas associadas. No período, apresentou fratura patológica de fêmur esquerdo e foi diagnosticada uma neoplasia óssea.
Foi submetida à cirurgia ortopédica com prótese coxofemoral e quimioterapia. Realizado colonoscopia e evidenciado lesão estenosante em sigmoide
que impediu a progressão do aparelho. Submetida à hemicolectomia esquerda. Anatomopatológico da peça evidenciou neoplasia mucinosa infiltrando
a parede intestinal e imunohistoquímica revelou adenocarcinoma. Conclusão - O fígado, peritônio e pulmão são os órgãos mais afetados por metástases
do CCR. A metástase óssea é rara e a disseminação é proveniente do sistema venoso que infiltra o tumor. A dor é o sintoma mais comum da metástase
óssea. O diagnóstico precoce altera o prognóstico e melhora a sobrevida.

*PUC, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 221


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.562
MÚLTIPLAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO PIODERMA GANGRENOSO EM PACIENTE COM
DOENÇA DE CROHN OLIGOSSINTOMÁTICA
Pâmela N Cavalcante*, Tirzah De Mendonça Lopes*, Bruna Fernandes Padilha de Menezes*, Renata Magalhaes*,
Flavia Carvalho*, Maria Leticia Cintra*, Sonia Leticia Silva*, Virginia L Ribeiro Cabral*

Resumo - Introdução - o pioderma gangrenoso (PG) é uma dermatose neutrofílica não-infecciosa que pode ocorrer em associação à doença inflamatória
intestinal. Pode se apresentar de diversas formas, sendo a localização atípica muito rara. Manifesta-se durante atividade da doença intestinal, é incomum
na ausência desta. Objetivo - relatar caso de doença de Crohn associada a várias formas de PG (fistulizante, ulcerado, vegetante e periostomal). Relato
de caso - Mulher, 25 anos, apresentou lesões ulceradas nos membros inferiores e fístulas perianais, sem sintomas intestinais. Colonoscopia compatível
com DC. Foi submetida à fistulotomia, colostomia protetora e usou sulfassalazina, sem melhora. Encaminhada ao nosso serviço, apresentava lesões
ulceradas nos membros inferiores e periostomal, vegetantes e outras com trajetos fistulosos na região cervical e face, sendo as biópsias compatíveis com
PG. Iniciado metronidazol, prednisona e antibióticos, por infecção secundária, com regressão das lesões. Conclusão - pioderma gangrenoso é uma rara
e grave manifestação extra-intestinal. Múltiplas formas de apresentação, sobretudo com localização atípica não relacionadas ao trato gastrointestinal,
resposta a corticoterapia e ao metronidazol tornam este caso como de grande importância clínica.

*Unicamp, São Paulo.

TL.G.INT.P.563
NEOPLASIA DE PRÓSTATA DE RÁPIDA EVOLUÇÃO EM PACIENTE JOVEM UTILIZANDO TERAPIA
BIOLÓGICA - RELATO DE CASO
Kelly Cristina dos Santos*, Andrea Vieira*, Felipe Bertolo Ferreira*, Priscila Pullita A. Barros*, Cassia Lemos Moura*,
Thatja S. Cajuba Britto*, Julio Carvalho da Silva*, Priscilane Alves Giacomin*

Resumo - Introdução - Os inibidores de fatores de necrose tumoral representam um importante avanço no tratamento de diversas afecções incluindo
artrite reumatoide, psoríase, espondilopatias soronegativas e doença inflamatória intestinal. O uso de terapia biológica em pacientes com Doença de
Crohn e indicado quando há intolerância ou falha de resposta à terapia convencional, na doença moderada ou grave, na doença fistulizante, dentre outras.
Porém o uso da medicação expõe o paciente ao maior risco de infecções oportunistas, indução de autoimunidade e neoplasias. Objetivo - Relatar caso de
neoplasia de próstata de rápida evolução em paciente jovem em uso de terapia biológica. Caso clínico - Paciente masculino, 44 anos, com diagnostico de
Doença de Crohn em 2006. Iniciou terapia biológica após 2 anos do diagnóstico, e apesar da terapia otimizada evoluiu com fístula anorretal. Em vigência
de infliximabe há 5 anos, paciente evoluiu com lombociatalgia, parestesia de membros inferiores, hematúria e perda ponderal. Apesar de ausência de fatores
de risco e histórico familiar, prosseguido investigação com diagnóstico de Adenocarcinoma acinal usual de próstata avançado com lesões secundárias
disseminadas. Optado por suspensão de terapia biológica. Conclusão - O caso acima nos permite questionar se a terapia biológica teria contribuindo no
desenvolvimento de neoplasia de próstata em paciente jovem sem nenhum fator de risco e histórico familiar.

*Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo.

TL.G.INT.P.564
O USO DE MEDICAÇÃO É FATOR DE RISCO PARA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL?
Aline Lutigards Santiago1, Mariana Tinoco Lordello de Souza1, Camila Paula Oliveira Ribeiro1,
Valéria Cristina Loureiro Salgado2, Cyrla Zaltman3, Neogelia Pereira de Almeida2, Genoile Oliveira Santana4

Resumo - Introdução - A patogênese da doença inflamatória intestinal (DII) possivelmente é determinada por fatores genéticos, imunológicos e am-
bientais. Dentre os fatores ambientais, medicações podem estar envolvidas como fatores de risco para desenvolver DII. Objetivo - Analisar a relação
entre doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCUI) com o uso de determinados medicamentos: Anti-inflamatórios não hormonais (AINES),
aspirina (AAS), anticoncepcionais orais e paracetamol. Casuística - Pacientes do Hospital Geral Roberto Santos, centro de referência em DII da Bahia.
Metodologia - Estudo caso-controle realizado no Hospital Geral Roberto Santos em Salvador - BA. Grupo caso composto por DC (n=47) e RCUI (n=60)
e grupo controle (n=79) com acompanhantes de pacientes atendidos em outros ambulatórios. Comparação entre os diferentes grupos foi estimada pela
Odds Ratio (OR) com um intervalo de confiança de 95% (IC). Resultados - Média de idade de 40,8 ± 12,2 e 44,1±14,1 para DC e RCUI respectivamente e
nos controles de 44,1±13,5. Houve maior prevalência do gênero feminino, indivíduos não-brancos e sem história de tabagismo entre pacientes e controles.
Não houve diferença estatisticamente significante entre uso de AAS (OR=0,49; IC95%=0,06-3,68), paracetamol (OR=0,62; IC95%=0,17-2,15), AINES
(OR=0,97; IC95%=0,49-1,95) e anticoncepcionais orais (OR=1,11; IC95%=0,43-2,91) entre os grupos. Conclusão - Uso de AAS, paracetamol, AINES
e anticoncepcionais orais não foram associados à DII nesta população.

FBCD; 2HGRS; 3UFRJ, 4HUPES, Bahia.


1

222 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.565
PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE RETOCOLITE ULCERATIVA
EM SALVADOR, BRASIL
Genoile Oliveira Santana1, Bruno César da Silva1, Sonyara Rauedys Oliveira LISBOA2, Mariana Tinoco Lordello de Souza2
Camila Paula Oliveira Ribeiro2

Resumo - A retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) faz parte do grupo de patologias denominado Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). A etiologia
é incerta, tem caráter crônico e progressivo, causando significantes encargos sociais, psicológicos e financeiros aos pacientes e à saúde pública. Trata-se de
estudo tipo corte transversal, realizado em um serviço de referência em DII no estado da Bahia. A coleta dos dados realizada através de entrevistas com
os pacientes e consulta aos prontuários. Análise estatística através do programa SPSS 17.0. Foram entrevistados 151 pacientes, sendo 72,2% de mulheres.
Houve predominância da cor/raça parda (49,6%). A idade média ao diagnóstico foi de 39,6 anos, com desvio-padrão de ±12,7anos. O tempo médio entre
o início dos sintomas e a determinação do diagnóstico foi de 1,6 ano. Os sintomas iniciais mais referidos foram sangramento (68,9%) e diarreia (49%).
Sobre a extensão da RCUI, 47,5% apresentavam colite esquerda e 33,6% colite extensa. Sobre à terapia medicamentosa houve predominância do uso de
salicilatos (79,5% e 77,5%, respectivamente), com crescimento no uso de imunossupressores, de 2,6% para 7,3%. A corticoterapia foi relatada em 60,2%
dos casos. Podemos concluir, por tanto, que a maioria dos pacientes entrevistados era do sexo feminino, jovens e pardos. Ainda existe uma carência no
diagnóstico da RCUI, em nosso meio, como pode ser observado pelo tempo decorrido entre a manifestação dos primeiros sintomas e o diagnóstico final.

1
UFBA, 2 EBMSP, Bahia.

TL.G.INT.P.566
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA CÓLERA NAS REGIÕES DO BRASIL EM 2012
Maysa Campos Mota*, Talytha da Costa COELHO*, Vanessa Casto Lino de Oliveira*, Thays de Oliveira Carmo Borges*,
Iohana Vieira da Silva*, Lenita Vieira Braga*, Izzys Martins Lima*, Frederico Souza Silva*

Resumo - Segundo a Organização Mundial de Saúde (2006), a Cólera é uma doença diarreica causada por infecção do intestino com o Vibrio chole-
rae, transmitido por meio de água ou alimentos contaminados com fezes. O tratamento é simples, basicamente reidratação e se aplicado corretamente
a taxa de mortalidade é de 1%. Tem por objetivo traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados com Cólera no nas regiões do Brasil, em 2012.
A presente pesquisa trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo de caráter epidemiológico com a abordagem quantitativa. Os dados
foram coletados através do sistema de informação informatizado do SUS, o DATASUS. O total de internações por Cólera no Brasil, em 2012, é de 1704
casos. Conclui-se que a região do Brasil mais prevalente é a região Sul com 523 casos (30,69%) de internação por Cólera. Em relação à faixa etária a de
1 a 4 anos de idade com 372 casos (21,83%). E por fim, em relação ao sexo, são 872 casos (51,17%) do sexo masculino e 832 (48,82%) do sexo feminino.
Após análise dos dados, conclui-se que é grande o número de internações geradas pela Cólera e que cabe ao governo investimentos maiores e mais sérios
na área de saneamento básico e a distribuição e tratamento adequado da água, já que esse tipo de infecção demonstra uma precariedade e insalubridade
nesta área. Em resumo, dentre os internados pela Cólera, há maior prevalência de homens com idade de 1 a 4 anos, residentes na região Sul.

*UniEVANGÉLICA, Goiás.

TL.G.INT.P.567
PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL ATENDIDOS EM
AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DO HOSPITAL GERAL UNIVERSITÁRIO
Dulcyane Ferreira de Oliveira1, Aymê Chaves Nogueira2, Juliana Gonçalves Zarantonielli2, Brenda Vasconcelos3,
Angélica Janaína Schwartz3, Brina Garcia Oliveira Sobrinho3, Francine Perrone3, Mardem Machado de Sousa2

Resumo - Introdução - Doença inflamatória intestinal (DII) é uma síndrome cuja origem é desconhecida. Ela cursa com inflamação crônica e des-
controlada da mucosa do trato gastrintestinal (TGI). É dividida em dois grupos principais que diferem entre si quanto ao segmento do TGI acometido:
enquanto na Retocolite Ulcerativa (RCU) a inflamação é limitada ao intestino grosso e cólon, na Doença de Chron (DC) todo o TGI pode ser acometido,
desde a boca até o ânus. A desnutrição protéico-energética e a carência de micronutrientes são comuns, principalmente pela má-absorção e aumento
das perdas intestinais. Objetivo - Fornecer o aporte adequado de nutrientes, promovendo saúde, bem-estar e qualidade de vida, através de um trabalho
multidisciplinar. Metodologia - Estudo transversal, através de medidas antropométricas e questionário referente às características clínicas e hábitos ali-
mentares dos pacientes com DII atendidos no Hospital Geral Universitário no período de março a junho do ano de 2013. Casuística - Foram atendidos
31 pacientes 68% com RCU e 32% com DC. Resultados - Na Avaliação Nutricional Global foi visto que 51,7% apresentaram-se bem-nutridos, 22,5%
com risco de desnutrição, 22,5% em desnutrição e 3,7% com desnutrição grave. Conclusão - Encontrado uma significativa parte dos pacientes em risco
de desnutrição, desnutrição e desnutrição grave, onde ficou evidente a importância e o impacto do tratamento multidisciplinar para melhor qualidade
de vida destes pacientes.

1
HGU/UNIC; 2Faculdade de Medicina, UNIC; 3Faculdade de Nutrição, UNIC, Mato Grosso.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 223


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.568
PERITONITE ENCAPSULANTE ASSOCIADA À ENTEROPATIA PERDEDORA DE PROTEÍNA
Letícia Stahelin*, Virgínia Lúcia Ribeiro Cabral*, Sônia Letícia Silva Lorena*, Cláudio Saddy Rodrigues Coy*,
Maria de Lourdes S. Ayrizono*, Daniel Lahan Martins*, Lívia Pandolfi dos REIS*, Priscila Andrade Santana*,
Carolina Oliveira Santos*, Tirzah Mendonça Lopes*

Resumo - Introdução - peritonite encapsulante é rara e de etiologia desconhecida. Uma membrana espessa fibrótica envolve especialmente o intestino
delgado, e classicamente se apresenta por episódios de suboclusão intestinal. Objetivo - descrever um caso de peritonite encapsulante associada à ente-
ropatia perdedora de proteínas em paciente com manipulação cirúrgica prévia. Relato de caso - masculino, 55 anos, há 5 meses com ascite e edema de
membros inferiores atribuídos à cirrose hepática por álcool. Submetido a procedimento cirúrgico por pancreatite crônica e pseudocisto havia 21 anos,
usando enzimas pancreáticas por esteatorreia. Evolui com desnutrição, hipoalbuminemia e anasarca, sendo encaminhado para nosso serviço. Exames
complementares afastaram doença renal ou hepática como causa da hipoproteinemia. Cintilografia com albumina marcada confirmou perda proteica
no intestino delgado. Exames endoscópicos não identificaram lesões na mucosa intestinal. Enterorressonância mostrou dilatação acentuada das alças de
delgado, sem fator obstrutivo, espessamento liso com maior realce peritoneal sugestivos de peritonite encapsulante. Não houve resposta ao tratamento
para supercrescimento bacteriano. Conclusão - Peritonite encapsulante é de diagnóstico difícil nos casos que cursam sem sintomas clássicos de obstrução
intestinal. Enteropatia perdedora de proteína não foi descrita nestes pacientes. Exames de imagem (TC e Ressonância) são relevantes para o diagnóstico.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.G.INT.P.569
PIODERMA GANGRENOSO E ARTRITE RESPONSIVOS À TERAPIA BIOLÓGICA COM INFLIXIMABE EM
PACIENTE COM DOENÇA CROHN: RELATO DE CASO
Arlene dos Santos Pinto*, Daniela Calado Lima COSTA*, Murilo Moura Lima*, Thaline Alves Elias da Silva*,
Maria de Fatima de Alencar Bezerra FREITAS*, Jacyara de Jesus Rosa Pereira*,
Jose Miguel Luz Parente*

Resumo - Introdução - O pioderma gangrenoso é uma rara doença inflamatória da pele que pode representar uma manifestação extra-intestinal da
doença inflamatória intestinal. Objetivo - Apresentar o caso clínico de paciente com pioderma gangrenoso associado à Doença de Crohn que obteve
resposta satisfatória ao infliximabe. Relato do caso - Paciente feminina, 42 anos, natural do Piauí e residente em SP, portadora de DC em uso de mesala-
zina. Em maio de 2013, evoluiu com artralgia em grandes articulações, quando foi prescrita azatioprina e desde então iniciou sinais flogísticos em tecidos
moles de ambos os antebraços e diarreia mucossanguinolenta. Evoluiu com piora das lesões cutâneas e intensificação do quadro diarreico, necessitando
de internação. Inicialmente foi prescrita antibioticoterapia via endovenosa; posteriormente, foi acrescentado hidrocortisona EV e, a seguir, prednisona
via oral. Ao final da segunda semana de tratamento, as lesões cutâneas tornaram-se bem características de pioderma gangrenoso; quando a paciente
ainda apresentava diarreia e encontrava-se com anemia ferropriva, hipoalbuminemia e edema periférico acentuado. Foi iniciada terapia biológica com
infliximabe, obtendo-se cicatrização das úlceras cutâneas, regularização do hábito intestinal, normalização da hipoalbuminemia e desaparecimento do
quadro articular. Conclusão - Terapia de resgate com infliximabe foi eficaz para rápida resposta clínica de paciente com surto agudo de doença de Crohn
e cicatrização de pioderma gangrenoso.

*UFPI, Piauí.

TL.G.INT.P.570
PNEUMATOSE INTESTINAL
Adriana Baião da Neiva1, Rubia Alves Cuzzuol1, Alduir Bento2

Resumo - Introdução - Pneumatose intestinal é uma situação clínica rara, onde ocorre a formação de coleções gasosas na parede do trato gastrointestinal.
Geralmente o curso clínico é benigno e auto limitado, mas em outros pode significar condição clínica grave. Importante diferenciar pacientes onde a lesão
surge de forma espontânea, e para qual o tratamento é conservador, dos casos de pneumatose secundário a uma doença de base, cujo tratamento deverá
se dirigir ao fator causal. Objetivo - Relatar o caso de um paciente com quadro de dor abdominal secundário a pneumatose intestinal. Método - Paciente,
67 anos, admitido com quadro de dor e distensão abdominal, diarreia líquida sem elementos anormais e vômitos. Ao Exame Físico - Abdome: doloroso
à palpação difusamente, sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais - PCR:103 TC de abdome: Pneumatose gástrica e intestinal, associada a
gás no sistema venoso mesentericoportal. Arteriografia de mesentéricas sem alterações. Melhora com medidas clínicas suportivas. Nova TC de abdome:
pneumatose portal leve. Conclusão - O presente caso chama atenção para uma condição rara, onde o paciente se apresentou com sintomas inespecíficos
do TGI. A TC de abdome foi fundamental para o diagnóstico pneumatose, entretanto deixou dúvida, quanto a possibilidade de isquemia mesentérica.
A arteriografia normal corroborou para conduta conservadora, sendo optado não submeter o paciente a laparotomia exploradora.

Hospital Life Center; 2Hospital Vera Cruz, Minas Gerais.


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224 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.571
PNEUMATOSE INTESTINAL: UM RELATO DE CASO
Marina Pinto Franco Dias*, Denise Siqueira Vanni*, Roberta Cambraia Cunha Ferreira*, Denise Akemi Hebara*,
Paula Ferreira Lacerda*, Mariana Sousa Sala*, Jania Aparecida Franco da CUNHA*, Paula Bechara Poletti*

Resumo - Introdução - Pneumatose intestinal (PI) é a presença de gás na parede do intestino, encontrada em 0,37% de tomografias abdominais (TCA)
com amplo espectro clínico e variedade de doenças subjacentes. Relato de caso - JJC, homem, 59 anos, assintomático, realizou colonoscopia em 2009 para
rastreio de pólipos colônicos. Evidenciadas lesões císticas em cólon descendente de 1,5 a 2,8 cm, compatível com PI. TCA mostrava alterações sugestivas de
paniculite mesentérica. Após 7 dias de metronidazol, não retornou. Em janeiro de 2013 referia 6 meses de dor intermitente em hipocôndrio esquerdo (HE),
aliviando ao eliminar flatos. Exames físico e laboratoriais normais. Trazia TCA (2012) com cistos esplênicos e renais, aumento do número das formações
gasosas parietais em ângulo esplênico, além de pneumoperitônio em HE e paniculite mesentérica. Convocada equipe cirúrgica, cuja conduta foi expectante
e de controle radiológico. Após revisão de literatura, optado por ciclo de metronidazol por 3 meses e reavaliação clínica e radiológica. Após este período,
apresentou melhora importante dos sintomas. Em TCA (2013) persistiam paniculite mesentérica e conglomerados císticos gasosos em cólon transverso e
ângulo esplênico, com discreta redução de pneumoperitônio. Conclusão - A PI é incomum e não possui quadro característico. Os sintomas, se presentes, são
inespecíficos. Entre as opções terapêuticas está a antibioticoterapia prolongada, que trouxe melhora ao paciente relatado, o qual continua em acompanhamento.

*Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo.

TL.G.INT.P.572
PNEUMATOSE INTESTINAL: UMA MANIFESTAÇÃO DA PSEUDOOBSTRUÇÃO INTESTINAL CRÔNICA
(POIC) PRIMÁRIA – UM RELATO DE CASO
Renata dos Santos Lugão*, Jamile Rosario Kalil*, Lorena Pithon Lins*, Leandro Ferreira Ottoni*, Vitor de Sousa Medeiros*,
Fernando Gomes de Barros COSTA*, Matheus Freitas Cardoso de Azevedo*, Aytan Miranda Sipahi*

Resumo - Introdução - A POIC é caracterizada por alteração na motilidade intestinal, resultando em quadro clínico e radiológico de obstrução intes-
tinal, porém sem a identificação de um fator mecânico. Pode ser primária ou secundária a doenças sistêmicas. A pneumatose intestinal, definida como
presença de gás na parede intestinal, é rara, e pode ser encontrada como complicação da POIC. Objetivo - Relatar um caso de pneumatose intestinal
associada a POIC. Caso clínico - Homem de 47 anos, com episódios de distensão abdominal, vômitos e diarreia aquosa, há cerca de 20 anos, com piora
há três. Submetido a laparotomia exploradora (LE) sem alterações. Admitido em junho/2012 por piora da dor e distensão abdominal, associada a vômi-
tos e perda ponderal de 7 kg em 3 meses. Realizada tomografia de abdome que evidenciou pneumoperitôneo, distensão de alças delgadas, algumas com
pneumatose; não sendo identificado local de obstrução. Foi submetido a nova LE, sendo observadas bolhas subserosas em parede de intestino delgado,
além de distensão importante de alças. Não encontrado fator obstrutivo, perfurativo ou isquêmico que justificasse o quadro. Durante a internação, in-
troduzido octreotide por 8 dias, com melhora clínica. Conclusão - Comumente, a pneumatose intestinal apresenta curso clínico benigno e autolimitado,
porém pode significar condição grave e necessitar tratamento cirúrgico de emergência. A despeito da raridade, a POIC deve ser aventada em casos de
pneumatose sem etiologia esclarecida.

*Hospital das Clínicas FMUSP, São Paulo.

TL.G.INT.P.573
POLIMORFISMOS DOS GENES VEGFA E COX-2 E A SUSCETIBILIDADE AO CÂNCER COLORRETAL NA
POPULAÇÃO BRASILEIRA
Michele Tatiana Pereira Tomitão1, Márcia Saldanha Kubrusly2, Evelise Pelegrinelli-Zaidan1, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro1,
Suely Kazue Nagahashi Marie1, Guilherme Cutait Castro Cotti3, Ivan Cecconello2, Sérgio Carlos Nahas2, Ulysses Ribeiro Junior1

Resumo - A população brasileira apresenta elevada diversidade genética devido à multietnicidade, que têm implicações clínicas/genéticas importantes.
Polimorfismos podem modificar níveis de mRNA e expressão proteica e ter influência sobre o fenótipo da doença. Assim, realizamos um estudo caso-
-controle para avaliar se os polimorfismos dos genes fator de crescimento endotelial vascular (VEGFA) e Cicloxigenase-2 (Cox-2) modulam o risco de
desenvolvimento de CCR e para investigar possíveis interações entre variações genotípicas e fatores ambientais no CCR. Foram recrutados 230 pacientes
com CCR operados no Hospital das Clínicas (SP) e 194 controles, pareados por idade, sexo e etnia. O DNA foi isolado dos leucócitos, seguido de genoti-
pagem por PCR em tempo real. Determinamos as frequências de 4 polimorfismos do VEGFA (-2578C>A, -460T>C, -634G>C, +936C>T) e 3 do Cox-2
(-1195A>G, -765G>C, 8437T>C). As frequências foram similares nos grupos caso e controle, não havendo, portanto, associação entre os polimorfismos
e risco de CCR. Frequências elevadas dos genótipos selvagens Cox-2 -765GG e 8437TT e polimórficos Cox-2 -1195GG e VEGF-A -634CC foram encon-
tradas na população oriental. Polimorfismos VEGFA -2578C>A e -460T>C foram associados a história familiar de câncer nos casos. Concluímos que os
polimorfismos do VEGFA e Cox-2 não estão associados ao aumento do risco de CCR na população Brasileira. Demonstramos diferenças genotípicas
entre etnias, e a associação com fatores de risco para CCR.

1
FMUSP; 2HC-FMUSP; 3ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 225


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TL.G.INT.P.574
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA ASSOCIADA A SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO INTESTINO
DELGADO
Ricardo Duarte Marciano1, Aline de Castro Pereira2, Sarah Vidal da Silva2, Pedro Augusto Silva Ruas3,
Ana Paula Valeriano Rêgo2, Guilherme Borges de Andrade2, Joffre Rezende Filho2

Resumo - Introdução - O supercrescimento bacteriano do intestino delgado pode levar a alterações neurológicas associadas a deficiência de vitamina
B12. Objetivo - Relatar o caso de um paciente com manifestações intestinais e neurológicas decorrentes do supercrescimento bacteriano no intestino
delgado, com diagnóstico tardio. Método - relato de caso e revisão da literatura. Relato de caso - M.B.R., masculino, 57 anos, há 10 anos com manifesta-
ções neurológicas, como paresia e ataxia. Apresentava ainda episódios frequentes de diarreia, desde a infância. Ao exame físico, constatou-se distensão
abdominal e hipertimpanismo. A eletroneuromiografia confirmou polineuropatia periférica sensitivo-motora axonal. Foi evidenciado déficit de vitamina
B12. O estudo radiológico do intestino delgado demonstrou hipotonia e dilatação de alças jejunais, sugerindo a possibilidade de dismotilidade e su-
percrescimento bacteriano de intestino delgado. Institui-se reposição de vitamina B12 e antibioticoterapia (ciprofloxaxina) com melhora acentuada do
quadro intestinal e estabilização das alterações neurológicas. Conclusão - Em casos com a associação de sintomas neurológicos, deficiência de vitamina
B12 e diarreia crônica deve-se incluir possível supercrescimento bacteriano de intestino delgado no diagnóstico diferencial. O diagnóstico precoce do
SCBID pode prevenir ocorrência de lesões neurológicas irreversíveis.

Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Universidade Federal de Goiás; 3 Unievangélica, Anápolis, Goiás.
1

TL.G.INT.P.575
PREVALÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Denise Borba Galdino*, Thiago Carvalho Mamede Collicchio*, Pedro Felipe Matias Carrijo*, Bethania Luciana dos Santos*,
Luisa Maria de Morais Holanda*, Viviane Tiemi Kenmoti*, Flávio Mendes de FREITAS*,
Thaís Monteiro de Castro FREITAS*

Resumo - Introdução - A constipação intestinal (CI) é uma doença de etiologia multifatorial e uma das principais queixas gastrointestinais da popula-
ção. Estudos entre universitários demonstram taxas que variam de 14 a 40%. Objetivos - Investigar a prevalência de CI entre os acadêmicos de Medicina
da Universidade Federal do Tocantins e avaliar a sua associação com possíveis fatores de risco. Métodos - Estudo quantitativo, prospectivo realizado
através da aplicação de questionário individual contendo 17 questões objetivas a 210 estudantes, excluindo os que não preencheram completamente o
questionário. Para diagnóstico de constipação, os entrevistados deveriam apresentar pelo menos dois dos Critérios de Roma III. Resultados - A preva-
lência de CI entre os acadêmicos de Medicina foi de 25,7%, com predomínio no sexo feminino (57,4%) e na faixa etária de 20 a 23 anos, porém apenas
10,95% se consideram constipados. O sintoma mais comum foi esforço evacuatório (87%), seguido de sensação de evacuação incompleta (72,2%) e 18,5
% apresentaram menos que três evacuações semanais. Em relação aos fatores de risco 74% se consideram ansiosos, 48,2% não praticam atividades físicas
regulares, 33,4% não ingerem água adequadamente e 22,3% não ingerem fibras regularmente. Conclusão - A prevalência da CI entre os estudantes de
medicina foi mais comum no sexo feminino e a queixa mais frequente foi o esforço evacuatório. O fator de risco mais prevalente foi a ansiedade, seguido
da ausência de atividades físicas.

*UFT, Tocantins.

TL.G.INT.P.576
PREVALÊNCIA DE HEPATITES B E C EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SP
Débora Dourado Poli1, Lucia Mara Palomo1, Gabriela de Oliveira Diacov da CUNHA2, Camila Ferreira da Cruz2

Resumo - Introdução - As doenças inflamatórias intestinais (DII) são representadas pela doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU). Têm como
principal tratamento o uso de imunossupressores e terapia biológica, podendo haver presença de infecções concomitantes, como pelo vírus da hepatite
B e C. Objetivos - Avaliar a prevalência de hepatites B e C em pacientes com DII. Casuística - 157 pacientes diagnosticados com DII do ambulatório de
Gastroenterologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Método - Revisão de prontuários. Resultados - Dos 157 pacientes avaliados,
65 (41,4%) apresentavam DC, 84 (53,5%) RCU e 6 (3,82%) colite indeterminada. Do total de pacientes, 43% tinham registro da pesquisa laboratorial
para hepatites. Com relação à hepatite B, 57 (85%) tinham sorologia negativa e 11 (15%) positiva. Desses, 3 pacientes apresentavam sorologia compatível
com hepatite B crônica, 6 infecção antiga e 2 imunizados. Dos 60 pacientes com pesquisa para hepatite C, todos eram negativos. Conclusão - Neste estu-
do, encontra-se baixa frequência das hepatites B e C, mas não foi nula. Percebe-se que não há a rotina de pesquisa de hepatites nos pacientes com DII.
Conclui-se que há a necessidade de maior solicitação de exames sorológicos em pacientes com DII para correlacionar as duas doenças.

Hospital do Servidor Publico Estadual; 2UNICID, São Paulo.


1

226 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


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TL.G.INT.P.577
PRUCALOPRIDA NO TRATAMENTO DA CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL - RELATO DE CASO
Denis Conci Braga1, Silvia Mônica Bortolini1, Camila Kleber Stroher2, Thays Byczkovski2

Resumo - Introdução - A prucaloprida é um agonista altamente seletivo do receptor da serotonina 5-HT4 capaz de modular a hipersensibilidade sen-
sorial visceral. Atua como regulador do trato gastrointestinal resultando em uma maior contratilidade e estímulos peristálticos. Objetivo - Descrever o
efeito da prucaloprida em uma paciente diagnosticada com constipação funcional, refratária ao tratamento inicial com laxativos. Casuística e Método -
Relato de caso. Resultados - Paciente do sexo feminino, 31 anos, procurou atendimento por queixa de constipação crônica, com cerca de uma evacuação
a cada quatro a cinco dias, com auxílio do uso de laxantes (bisacodil, lactulona). Ao exame clínico apresentava impactação fecal na topografia do cólon
descendente, não havendo outras alterações. Além de orientações dietéticas, foi prescrito prucaloprida 2 mg ao dia e orientado retorno após 14 dias. Após
este período verificou-se desaparecimento da impactação fecal e melhora do hábito intestinal, com cerca de uma evacuação a cada um a dois dias. O
tratamento foi prolongado para oito semanas com persistência do alívio dos sintomas. Conclusão - A prucaloprida, na dose diária de 2mg, está indicada
para mulheres com constipação intestinal nas quais o uso de laxativos é ineficaz. A droga age melhorando sintomas como dor e distensão abdominal,
além de diminuir o esforço evacuatório, melhorar a função colônica e aumentar o número de evacuações semanais.

1
Secretaria Municipal de Água Doce, Santa Catarina; 2Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC.

TL.G.INT.P.578
RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS COLORRETAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA – EXPERIÊNCIA DE UM
MUNICÍPIO DO MEIO-OESTE CATARINENSE
Denis Conci Braga1, Silvia Mônica Bortolini1, Rodnei Bertazzi Sampietro1, Lucas Vinicus Bortoli Debarba2,
Cristiano Abel Panazolo2

Resumo - Introdução - O câncer colorretal possui alta prevalência e está associado a uma elevada mortalidade. A pesquisa de sangue oculto nas fezes
(PSOF) não é invasiva, tem baixo custo e pode ser utilizada para rastreamento dessa patologia. Objetivo - Avaliar a PSOF como método de triagem
na detecção de lesões colorretais malignas e pré-malignas na população acima de 50 anos em um município situado no meio-oeste de Santa Catarina.
Casuística e Método - Estudo retrospectivo de base populacional (1814 habitantes), transversal e analítico-descritivo. Foi solicitada, durante consulta
médica na Estratégia Saúde da Família, a PSOF aos pacientes com mais de 50 anos, durante o período de janeiro a julho de 2013. Resultados - Foram
realizados 369 exames (20,23% da amostra a ser estudada). A média de idade foi de 64,79 anos. As mulheres representaram 59,62% (n= 220). O teste foi
negativo em 331 casos (89,70%). Dentre os exames positivos (n=22), foram evidenciadas alterações em 13 casos (59,09%): pólipos hiperplásicos (n= 4);
pólipos adenomatosos com alterações displásicas (n= 5); neoplasia cólon (n= 1); doença diverticular (n= 3). Ainda, três pacientes tinham colonoscopia
normal e seis ainda não haviam realizado tal exame. Conclusão - A realização da PSOF pode resultar numa maior identificação de lesões malignas e
pré-malignas, de modo que medidas intervencionistas sejam aplicadas com maiores taxas de sucesso. Ainda, é possível estabelecer ações programáticas
de promoção e prevenção de saúde.

1
Secretaria Municipal de Saúde e Promoção Social de Água Doce - SC; Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Santa Catarina.

TL.G.INT.P.579
RELATO DE CASO DE RETOCOLITE ULCERATIVA IDIOPÁTICA (RCUI) E GESTAÇÃO: QUE CUIDADOS
DEVEMOS TER?
Lívia de Almeida COSTA*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*, Luiza Fabres do Carmo*,
Virgínia Brasil de Almeida*, Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Orlando Ambrogini Júnior*, Marjorie Costa Argollo*

Resumo - Objetivamos discorrer sobre os cuidados necessários na atividade da RCUI em gestantes. VPC, 30 anos, sexo feminino, portadora de RCUI
há 3 anos com atividade grave ao diagnóstico e necessidade de uso de imunobiológico, imunossupressor e aminossalicilato. Perdeu seguimento clínico
por 2 anos, quando retorna com enterorragia, dor abdominal, febre, perda ponderal há 1 mês. Ao exame, estava toxemiada, descorada, desidratada,
hemodinamicamente estável, abdome distendido, doloroso à palpação com descompressão brusca positiva. Apresentava triagem infecciosa negativa e
ao raio X e à TC de abdome, dilatação de cólons (< 6 cm), sem outras complicações. Teve diagnóstico de gestação de 7 semanas durante a propedêutica.
Foi refratária à corticoterapia IV, sendo iniciado infliximabe, com resposta clínica após 72h do início da infusão. Não houve necessidade de abordagem
cirúrgica. A paciente teve alta hospitalar com prednisona oral, mesalazina, azatioprina e infliximabe (continuar indução). Em pacientes em idade fértil,
mesmo sem história ginecológica sugestiva, é fundamental pesquisar gestação nas agudizações da RCUI. Metotrexate deve ser evitado por teratoge-
nicidade, enquanto aminossalicilatos, azatioprina, ciclosporina e imunobiológicos podem ser usados com relativa segurança, principalmente quando
considerado o risco-benefício. Exames de imagem, tais como raio-X e TC devem ser feitos apenas se o benefício for muito superior ao risco, como no
caso em questão (avaliação de megacólon tóxico).

*Unifesp, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 227


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.580
RELATO DE CASO: CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA ASSOCIADA À RETOCOLITE
ULCERATIVA
Lívia Zardo Trindade*, Luciana Lofêgo Gonçalves*, Ingrid Héllen André Barreto*, Thais Gagno Grillo*

Resumo - Introdução - A Retocolite Ulcerativa (RCU) é caracterizada por uma inflamação restrita da mucosa e submucosa do intestino grosso de
forma ascendente. A associação entre RCU e cirrose biliar primária (CBP) é incomum e possui 15 casos relatados na literatura. Objetivos - Relatar o
caso de uma paciente do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória (HSCMV) com o diagnóstico de Cirrose Biliar Primária associada à retocolite
ulcerativa. Método - Os dados foram obtidos por meio da revisão de prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi
submetida e revisão da literatura. Discussão/Conclusão - Devido a associação de doenças inflamatórias intestinais com doenças hepatobiliares é importante
pesquisá-las visto que a Cirrose Biliar Primária é fator de risco para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular, bem como outras complicações como
hemorragia digestiva alta, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática e síndrome hepatorrenal.

*Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - Emescam, Espírito Santo.

TL.G.INT.P.581
RELATO DE CASO: MIELOSSUPRESSÃO GRAVE DURANTE TRATAMENTO DE
DOENÇA DE CROHN
Luciane Reis Milani*, Roberta Cambraia Cunha Ferreira*, Marina Pinto Franco Dias*, Mariana Sousa Sala*,
Denise Akemi Hebara*, Paula Ferreira Lacerda*, Jânia Aparecida Franco da CUNHA*,
Paula Bechara Poletti*

Resumo - Introdução - Imunossupressores e agentes imunobiológicos são eficazes no tratamento da Doença de Crohn (DC). Eventos adversos graves
são pouco frequentes. No entanto, é necessário estar atento a complicações relacionadas ao tratamento proposto. Objetivo - Relatar quadro de complica-
ção grave secundária à terapia com imunossupressor e agente biológico em paciente com DC. Caso clínico - BSS, feminina, 50 anos, com diagnóstico de
DC ileal há 1 ano, em uso de azatioprina, infliximabe e em desmame de corticoide. Após 6 semanas da 4ª dose de imunobiológico, paciente apresentou
quadro de púrpuras em membros inferiores, insuficiência renal aguda, alteração do nível de consciência, serosite pulmonar, pancitopenia com presença
de dacriócitos (Hb=7,7 mg/dl; Leucócitos = 820 céls/mm3; Plaquetas = 78.000), proteinúria subnefrótica, FAN positivo 1/160 pontilhado, queda de C3.
As hipóteses diagnósticas foram lúpus eritematoso sistêmico (LES) induzido pelo infliximabe e mielossupressão por imunossupressor. LES secundário
à droga foi descartado. O imunossupressor oral foi suspenso com recuperação clínica da paciente. Atualmente a paciente encontra-se assintomática em
uso de adalimumabe. Conclusão - O tratamento da DC com imunossupressores e agentes biológicos é eficaz, porém não é isento de complicações. Desse
modo, quando indicado, requer acompanhamento clínico e laboratorial periódico.

HSPE-SP, São Paulo.

TL.G.INT.P.582
RETOCOLITE ULCERATIVA COM ALERGIA A AMINOSSALICILATOS, UM CASO DE
DIFÍCIL CONTROLE
Larissa Beatriz Silva*, Natália Mota*, José do Carmo Júnior*, Marília Matos*, Erika Yuyama*

Resumo - A retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória idiopática caracterizada por episódios recorrentes de inflamação da camada mucosa do
cólon e reto. O pico de incidência ocorre dos 20 aos 40 anos e um segundo pico de incidência nos idosos. O objetivo do relato do caso é elucidar uma
difícil situação encontrada em mulher, 51 anos, portadora de retocolite ulcerativa, há três anos, que deu entrada no serviço de Clínica Médica com quadro
de dor abdominal difusa de forte intensidade, febre alta, diarreia muco sanguinolenta há quinze dias e artralgia em dedos das mãos e pés. Apresentava
historia de alergia a mesalazina. Durante a internação foi realizado colonoscopia que mostrou pancolite e biópsia que confirmaram o diagnóstico de
RCUI. Iniciado tratamento com hidrocortisona, metronidazol e ciprofloxacino, com boa resposta. No momento realiza seguimento ambulatorial em uso
de azatioprina, Lactobacillus acidophilus e terapia biológica com adelimumab com controle clinico adequado. Os aminossalicilatos são as drogas mais
frequentemente utilizadas no tratamento da RCUI e a ocorrência de alergia leva a mudanças no esquema de tratamento, inclusive com uso de terapia
biológica mais precocemente em quadros mais graves.

*Universidade de Uberaba, Minas Gerais.

228 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.583
SÉRIE DE CASOS A DESPEITO DA TERAPIA BIOLÓGICA COM INFLIXIMABE NA RETOCOLITE
ULCERATIVA IDIOPÁTICA EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITARIO
DA UFPI (HU-UFPI)
Arlene dos Santos Pinto*, Mírian Perpétua Palha Dias Parente*, Daniela Calado Lima COSTA*, Conceição de Maria de Sousa COELHO*,
Paulo Vinicius Gomes de Oliveira*, Camila Cunha Abreu*, Antonio Expedito Simeão Souza*, José Miguel Luz Parente*

Resumo - Introdução - O uso precoce da terapia biológica com Infliximabe em portadores de retocolite ulcerativa idiopática, poderia induzir a cica-
trização da mucosa intestinal bem como diminuir a hospitalização e necessidade de colectomia. Objetivo - Avaliar a eficácia terapêutica do infliximabe
na indução e manutenção de remissão de RCUI. Casuística e Método - Estudo prospectivo de uma coorte de pacientes portadores de DII atendidos na
Unidade do Sistema Digestivo do HU-UFPI. As principais indicações para terapia biológica com infliximabe foram: colite fulminante, intolerância aos
medicamentos convencionais e falha terapêutica. Os resultados foram analisados nas semanas 10, 26 e 52. Resultados - Foram incluídos 10 pacientes, com
idades entre 17 a 55 anos, sendo três do sexo masculino e sete do sexo feminino. Nove pacientes se declararam miscigenados. Quatro pacientes tinham
entre 8 - 11 anos de estudos; Quanto a localização da doença, observou-se: retossigmoidite =3, colite esquerda =1 e pancolite = 6. A média de pontos do
Mayo Clinic na semanas 0, 6, 24 e 54 foram, respectivamente, 7 (2-11; DP:2,87), 4 (1 - 8; DP: 2,54), 3 (1 - 9; DP: 2,59) e 3 (1 - 10; DP: 3,30). O número
absoluto de pacientes que entraram em remissão clínica após a fase de indução de remissão, na semana 26 e semana 52 foram, respectivamente 5, 6 e 6.
Conclusão - O infliximabe foi eficaz nos casos de RCUI, apesar do reduzido numero de pacientes estudados.

*UFPI, Piauí.

TL.G.INT.P.584
SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR: UMA CAUSA RARA DE DOR ABDOMINAL
Pedro Henrique Ferreira Grossi*, José Celso Cunha Guerra Pinto COELHO*, Bruna Vilaça de Carvalho*, Itamar Tadeu Gonçalves
Cardoso*, Ana Flávia Dinardi*, Cristina Borlido*, Daniel Barra*, Carolina Souza Villar Cassimiro da Fonseca*

Resumo - Introdução - A Síndrome da Artéria Mesentérica Superior (SAMS) é uma patologia rara causada pela compressão extrínseca da terceira
porção do duodeno. O quadro clínico é de obstrução intestinal alta e o diagnóstico pode ser feito através da tomografia computadorizada de abdome
(TCA). O tratamento é clínico. Relato do caso - KRR, 28 anos, foi admitida no hospital com quadro de dor abdominal de localização epigástrica, exa-
cerbada pela alimentação e vômitos. Os sintomas descritos surgiram 3 meses antes da internação e relatava ainda perda de 10 kg neste período. Realizou
endoscopia digestiva alta recebendo o diagnóstico de “gastrite”. Devido ao emagrecimento e persistência dos sintomas foi hospitalizada. À admissão
apresentava-se emagrecida, com dor à palpação profunda da região epigástrica, sem viceromegalia. TCA evidenciou dilatação da segunda porção do
arco duodenal, associada à compressão da terceira porção devido a estreitamento da distância entre a parede anterior da aorta e a parede posterior da
artéria mesentérica superior, que media cerca de 3 mm (VN: 10 a 28 mm) e redução do ângulo aortomesentérico, que media 13° (VN: 25° a 60°). Com
diagnóstico de SAMS foi orientada quanto ao fracionamento da dieta e a preferência do decúbito lateral esquerdo. Evoluiu com melhora sintomática e,
após cinco dias de internação, recebeu alta. Conclusão - Apesar de rara, SAMS não deve ser negligenciada na abordagem da dor abdominal recorrente,
principalmente se acompanhada de emagrecimento.

*Hospital Mater Dei, Minas Gerais.

TL.G.INT.P.585
SÍNDROME DE GARDNER E RETARDO MENTAL: RELATO DE CASO DE UMA RARA ASSOCIAÇÃO
Ana Claudia Rocha de Sá1, Louise Deluiz Verdolin Di Palma1, Thereza Cristina Vasconcellos1, Angela Cristina Gouvêa Carvalho1,
Angela Miranda Sá Freire2, Fernando Regla Vargas1, Lerrine da Silva Brie1, Eliane Bordalo Cathalá Esberard1

Resumo - Introdução - Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), é uma doença autossômica dominante causada por mutações no gene APC (5q21-q22).
A incidência é de 1:13 mil nascimentos e caracteriza-se por múltiplos pólipos adenomatosos colorretais. A média de idade para formação de pólipos e
evolução para câncer colorretal (CCR) é respectivamente: 16 e 39 anos. Associação com retardo mental (RM) é rara, tendo apenas poucos casos descritos.
Objetivo - Relatar caso de paciente com Síndrome de Gardner (variante da PAF) e RM. Tipo de estudo: Relato de caso. Relato de caso - Mulher, 19 anos,
com dismorfismo facial, RM e perda ponderal iniciada no puerpério associado à diarreia e dor abdominal. Colonoscopia: adenocarcinoma vegetante à
8 cm do canal anal, ocupando toda a luz. À endoscopia: vários pólipos sésseis da 1ª até a 3ª porção duodenal com histopatológico de adenoma tubular.
À fundoscopia: hipertrofia congênita do epitélio pigmentado da retina (HCEPR) bilateral. Realizada terapia neoadjuvante para posterior colectomia
total. A mãe da paciente tem RM, HCEPR, tumor desmoide e pólipos colônicos (adenoma tubular de alto grau). Considerações finais - Estudos revelam
que RM nestes pacientes está associado à deleções maiores no cromossomo 5 englobando também o gene APC. Sugere-se que em pacientes com RM e
dismorfismo facial a analise cromossomial seja realizada para afastar esta deleção, que quando presente está altamente associada à CCR.

1
UFF; 2UNIRIO, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 229


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.586
SÍNDROME DE SWEET EM ASSOCIAÇÃO COM DOENÇA DE CROHN – RELATO DE CASO
Jamile Rosário Kalil*, Marina Pamponet Motta*, Lorena Pithon Lins*, Fernando Gomes de Barros COSTA*,
Leandro Ferreira Ottoni*, Rodrigo Vieira Costa Lima*, Ana Maria Bertelli Antonio Gallotti*, Aytan Miranda Sipahi*

Resumo - Introdução - A síndrome de Sweet (SS) ou dermatose neutrofílica febril aguda se caracteriza pelo surgimento de lesões eritematosas (pápulas,
nódulos e placas), dolorosas e associadas a febre e neutrofilia. Essa síndrome pode estar presente com malignidades, uso de algumas medicações, doenças
infecciosas, inflamatórias e do tecido conjuntivo, sendo sua associação com doença de Crohn (DC) bastante incomum. Objetivo - Relatar um caso de SS em
associação com DC em paciente adulto. Relato de caso - Paciente do sexo feminino, 67 anos, com diagnósticos de DC (2008) e hipotireoidismo, em uso de
mesalazina e azatioprina e com controle parcial dos sintomas. Três meses após o desmame completo do corticoide, a paciente refere o surgimento de placas
e nódulos eritematosos, dolorosos e pouco pruriginosos em rosto e com rápida progressão para membros superiores, inferiores e dorso, além de febre. Exa-
mes laboratoriais evidenciavam leucocitose com neutrofilia, provas de atividade inflamatória alteradas, anemia normocrômica e normocítica e hormônios
tireoidianos normais. Colonoscopia e tomografia de abdome evidenciavam acometimento apenas de íleo pela DC. Realizado biópsia das lesões de pele que
foi compatível com SS. Optado por iniciar tratamento com prednisona 60mg/dia, com melhora progressiva das lesões. Conclusão - A SS pode ser conside-
rada uma manifestação extraintestinal da DC e deve fazer parte do diagnóstico diferencial das lesões cutâneas associadas à doença inflamatória intestinal.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.G.INT.P.587
SUBOCLUSÃO DUODENAL POR HEMATOMA PARIETAL TRAUMÁTICO - RELATO DE CASO
Alex Rodrigues Fonseca*, Lícia Maria Rodrigues Fonseca*, Tiago Rodrigues Cavalcante*, Dandara Costa Lima de Souza*,
Lais Teixeira Dallacqua*, Andressa Benvindo Rosal da Fonseca Neto*, Fábio Coimbra Malheiros*, Alexandre Apolonio PAIVA Neto*

Resumo - Introdução - A suboclusão duodenal causada por hematoma intramural é um condição incomum, causada usualmente por trauma abdominal.
Objetivo - Este trabalho visa relatar um caso de suboclusão duodenal após trauma abdominal fechado causado por acidente automobilístico. Relato de
caso - Paciente masculino, 26 anos, foi admitido no pronto-socorro vítima de capotagem com fratura do platô tibial e clavícula, ambos à esquerda. Evoluiu
com queixa de dor abdominal moderada em epigástrio, febre (38,1°C) e icterícia (++/4+). Testes laboratoriais mostraram leucocitose (24.600 cel./mm³),
plaquetose (1.113.000/mm³), aumento da bilirrubina direta (2,94 md/dL), fosfatase alcalina (497 U/L), gama GT (499 U/L), AST/ALT (102/146 U/L)
e VHS (112 mm/h). À tomografia computadorizada com contraste oral e venoso, apresentou redução do calibre da luz duodenal, no nível da transição
da 2ª/3ª porção, com espessamento parietal difuso. Estes achados foram ratificados por meio do ultrassom que confirmou o diagnóstico de hematoma
parietal de duodeno, evidenciando ainda hiperdistensão da vesícula biliar, por quadro colestático. O paciente foi tratado com antibióticos, analgésico
e anti-inflamatório, com remissão do quadro de suboclusão, confirmado pelo exame de controle. Conclusão - Em casos de trauma abdominal fechado,
a hipótese de hematoma parietal deve ser levantada devido à posição do duodeno frente à coluna vertebral. O tratamento é conservador e consiste em
descompressão gástrica e alimentação parenteral.

*UFMA, Maranhão.

TL.G.INT.P.588
TERAPIA BIOLÓGICA NA DOENÇA DE CROHN NA PRÁTICA CLÍNICA: AVALIAÇÃO DA RESPOSTA
TERAPÊUTICA À INDUÇÃO DE REMISSÃO E AO FINAL DO PRIMEIRO ANO DE TRATAMENTO
Arlene dos Santos Pinto*, Mírian Perpétua Palha Dias Parente*, Daniela Calado Lima COSTA*, Daniel de Alencar Macedo Dutra*,
Conceição de Maria de Sousa COELHO*, Paulo Vinicius Gomes de Oliveira*, Antonio Expedito Simeão Souza*,
Camila Cunha Abreu*, José Miguel Luz Parente*

Resumo - Introdução - Infliximabe é um agente imunobiológico indicado para indução e manutenção de remissão clínica em pacientes com doença de
Crohn (DC), com perspectiva de modificar a história natural dessa doença. Objetivo - Avaliar a eficácia terapêutica do infliximabe na indução e manutenção
de remissão de DC. Casuística e Método - Estudo prospectivo de uma coorte de pacientes portadores de DII atendidos na Unidade do Sistema Digestivo
do HU-UFPI. Resultados - Foram incluídos 30 pacientes, com idades entre 17 a 76 anos, sendo 16 (53,3%) do sexo feminino. 17 (56,6%) pacientes se
declararam miscigenados; Doze (40%) pacientes tinham histórico atual ou pregresso de tabagismo e cinco possuíam história familiar de doença inflama-
tória intestinal. Segundo a classificação de Viena para Doença de Crohn, os sujeitos da pesquisa apresentavam as seguintes características: idade < 40
anos à época do diagnóstico (A1) = 22(73,3%); localização da doença L2 (envolvimento colônico) = 12 (40%); 15 (50%) comportamento B3 (penetrante).
A média de pontos dos IADCs na semanas 0, 6, 24 e 54 foram, respectivamente, 266 (69 - 549; DP:123), 138 (17 - 483; DP: 102), 83 (13 - 215; DP: 54)
e 91 (13 - 317; DP: 84). Todos os pacientes apresentaram fechamento completo das fístulas ao término da indução da remissão. Conclusão - O presente
estudo revelou elevadas taxas de remissão e resposta clínica na fase de indução, que se mantiveram após seis e doze meses após o início de tratamento.

*UFPI, Piauí.

230 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.589
TRATAMENTO COM TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA COMBINADA NA DOENÇA DE CROHN (DC) COM
FÍSTULA PERIANAL
Luiza Fabres do Carmo*, Orlando Ambrogini Júnior*, Marjorie Costa Argollo*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*,
Lívia de Almeida COSTA*, Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*, Virgínia Brasil de Almeida*

Resumo - Introdução - A presença de doença perianal é observada em até 40% dos pacientes com diagnóstico de DC. Sintomas como dor anal e in-
continência fecal podem estar presentes, como também problemas sociais e sexuais. Estes pacientes apresentam um fenótipo mais grave e incapacitante
da doença. Caso clínico - Homem, 21 anos. Apresentou em 2011 quadro clínico de diarreia cerca de 5 episódios por dia associada a dor abdominal e
emagrecimento. Iniciou tratamento com mesalazina 3 g/dia e, em 2012, associou adalimumabe (ADA) com melhora dos sintomas. Em 2013, apresentou
fístula perianal com saída de secreção purulenta e odor fétido, sendo suspenso ADA e introduzido azatioprina (AZA) isoladamente. Iniciou acompanha-
mento no ambulatório da UNIFESP em junho de 2013, com lesão extensa em períneo, sendo submetido a procedimento cirúrgico de ileostomia em alça
videolaparoscópica e fistulectomia. Optado por tratamento imunossupressor combinado com AZA e infliximabe (IFX) no pós operatório imediato com
melhora da doença perianal no seguimento ambulatorial. Discussão - A presença da doença perianal na DC é considerada como um fenótipo de maior
gravidade e com comprometimento da qualidade de vida. O tratamento combinado cirúrgico e clínico da fístula perianal na DC apresenta uma melhor
resposta no fechamento da fístula quando associado à imunossupressão combinada como, por exemplo, AZA e IFX.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.INT.P.590
TUBERCULOSE (TB) MILIAR APÓS O USO DE ADALIMUMABE NA DOENÇA DE CROHN (DC):
RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta*, Bruno Lorenzo Scolaro*, Bruna Miers May*, Maria Carolina Casa Souza*, Cristina Henchel Matos*,
Claiza Barretta*, Clarice Maria Specht*

Resumo - Introdução - O adalimumabe é uma imunoglobulina monoclonal humana que bloqueia os efeitos do TNF α, mostrando-se efetivo na DC.
Objetivo - Relatar um caso de TB miliar secundária ao uso de adalimumabe. Relato de caso - Paciente feminina, 39 anos, com diagnóstico de DC, PPD
prévio não reator e raio-x de tórax normal, em uso contínuo de mesalazina, azatioprina e adalimumabe. Apresentou quadro de febre diária e noturna
por 15 dias, associada à sudorese e anorexia. Foi internada para investigação, onde se observou nos exames laboratoriais PCR > 90 e VHS de 60 mm.
Na TC de tórax identificou-se pneumopatia bilateral com aspecto de distribuição miliar e linfonodomegalia mediastinal sugerindo processo infeccioso
por TB. A pesquisa de BAAR no escarro (três amostras) foi negativa. O diagnóstico final foi de TB miliar. O tratamento instituído foi com rifampicina,
isoniazida, pirazinamida e etambutol, com boa evolução, recebendo alta hospitalar após 7 dias de internação. Necessitou de pausa temporária do uso da
azatioprina e do adalimumabe, permanecendo apenas com mesalazina para o tratamento de manutenção da DC e retomou a aplicação de adalimumabe
2 meses após o inicio do tratamento. Discussão - A exclusão da TB pulmonar latente é obrigatória antes do uso de bloqueadores do TNF-α. No presente
relato, a paciente apresentava PPD não reator, no entanto houve uma surpresa diante da complicação pulmonar oportunista.

* Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Santa Catarina.

TL.G.INT.P.591
TUBERCULOSE DISSEMINADA EM PACIENTE COM COLITE ULCERATIVA EM USO DE
IMUNOBIOLÓGICO E RASTREAMENTO DE TUBERCULOSE LATENTE NEGATIVO
Giseli de Almeida Silva CARRIELLO*, Marcia Henriques de Magalhães COSTA*, Jorge Mugayar Filho*, Raquel Loyola Godoy*, Saulo
Ferreira de Souza Rambaldi*, Louise Deluiz Verdolin Di Palma*, Thereza Cristina Vasconcellos*, Angela Cristina Gouvêa Carvalho*

Resumo - Introdução - A terapia imunobiológica (TIB) é fator de risco para o desenvolvimento de infecções oportunistas, principalmente reativação da
tuberculose (TB) latente. O TNF-α é necessário para o recrutamento das células que compõe o granuloma e manutenção de sua estrutura. O risco é maior
nos países com alta incidência de casos da doença, como no Brasil onde estima-se que 50 milhões de brasileiros estejam infectados pelo bacilo. Relato de
caso - MJVR, 53 anos, fem., diagnóstico de retocolite ulcerativa (RCU) - pancolite em Jan/07. Corticodependente e refratária ao tratamento com Azatioprina.
Indicado terapia biológica (Infliximabe) em Jan/13. Realizado rastreamento para tuberculose (TB) latente com PPD (-) e RX tórax normal. Após 5a dose
da TIB evoluiu com dor abdominal e febre e posterior quadro de abdome agudo. Laparotomia de urgência evidenciou Lesões nodulares disseminadas no
peritônio. Histopatológico demonstrou necrose caseosa. TC de tórax com nódulos pulmonares e linfonodomegalias mediastinais. Cultura de escarro positiva
para TB. Iniciou RIPE e após 20 dias evoluiu com insuficiência hepática fulminante. Transferida para unidade específica, onde foi submetida a transplante
hepático. Conclusão - É mandatória a realização de PPD e RX Tórax antes do início da TIB, para minimizar o risco de reativação da TB. Pacientes com
teste de PPD ≥ 5 mm e RX de tórax normal devem receber isoniazida por 6 meses, podendo o anti-TNF ser iniciado após o primeiro mês desse tratamento.

*HUAP/UFF, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 231


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.592
TUBERCULOSE INTESTINAL COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ABDOME AGUDO:
RELATO DE CASO
Emili de Oliveira Bortolon Cardoso*, Talles Bazeia Lima*, Kelly Cristhian Lima Oliveira*

Resumo - Introdução - O envolvimento do tubo digestivo pela tuberculose (TB) é raro e ocorre frequentemente na região íleo-cecal, sendo o seu
diagnóstico pré-operatório difícil pela sua baixa incidência e pela simulação de diversas outras enfermidades. Objetivo - relatar caso de TB intestinal
com apresentação clínica inicial de abdome agudo inflamatório. Relato do caso - S. A., 40 anos, masculino, com queixa de dor abdominal em fossa ilíaca
direita há 3 dias da internação, foi submetido à apendicectomia de urgência. Anatomopatológico revelou presença de apendicite granulomatosa, além de
estruturas sugestivas de bacilos álcool ácidos resistentes, porém não foi conclusivo para TB. Realizada colonoscopia em 26/03/13: ceco com presença de
massa vegetante, séssil, em toda circunferência do segmento, impossibilitando visualização da válvula íleo-cecal, com aspecto granulomatoso, friável e
endurecida a biópsia, semi-estenosante e à 10 cm do ceco, em cólon ascendente, lesão semelhante. Anatomopatológico identificou tiflite crônica granulo-
matosa em ceco e colite crônica granulomatosa de cólon ascendente, compatíveis com TB intestinal. Conclusão - O trato gastrointestinal é o sexto local
mais acometido pela TB, sendo a região íleo-cecal a principal região envolvida. A colonoscopia com biópsias é o exame de escolha para o diagnóstico
definitivo, e a TB deve ser lembrada entre os diagnósticos diferenciais de abdome agudo inflamatório em áreas endêmicas.

* UNESP, São Paulo.

TL.G.INT.P.593
TUBERCULOSE PERITONEAL COMO COMPLICAÇÃO RARA DE TERAPIA BIOLÓGICA:
RELATO DE CASO
Valéria Ferreira Martinelli*, Ana Paula Cabral Dourado de Matos*, Maurício José de Matos*,
Paulinéa Alexandre Tenório de Vasconcelos*, Juliana Brasil de Oliveira*, Wilma Ribeiro Coutinho de Almeuda Guedes Pires*,
Maria Eduarda Tenório Nogueira*, Lydia Teófilo de Moraes Falcão*

Resumo - Os inibidores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) representam um avanço no tratamento da doença de Crohn (DC). São descritos com-
plicações, destacando-se a tuberculose (TB). Paciente 50 anos, com DC desde janeiro de 2012, medicado com prednisona e azatioprina sem resposta. Iniciou
infliximabe em agosto de 2012. Após seis infusões de infliximabe, apresentou dor abdominal, ascite e febre. O estudo do líquido ascítico apresentava gradiente
albumina soro-ascite de 0,9, com 1300 células, predomínio de linfomononucleares (70%) e dosagem de adenosina deaminase elevada. Biópsia laparoscópica
diagnosticou tuberculose peritoneal. Discussão - A importância do TNF-α na proteção contra infecções por micobactérias tem sido estudada. Durante o uso
dos inibidores de TNF-α, não há formação de granulomas, culminando com a disseminação sistêmica das micobactérias. No Brasil, a tuberculose é endê-
mica, porém dados na literatura brasileira acerca do acometimento peritoneal são escassos. Devido ao elevado risco de infecção e reativação de TB latente,
recomenda-se o rastreio em todos os pacientes candidatos à terapia biológica. Em relação ao caso, diagnosticou-se uma apresentação atípica de TB, com
PPD não reator, sem evidência de infecção pulmonar, com evolução favorável após o tratamento. Diante do exposto, enfatizamos a necessidade de rastreio
de TB antes do início da terapia biológica e da implementação de métodos mais sensíveis e específicos para detecção precoce.

*UFPE, Pernambuco.

TL.G.INT.P.594
TUBERCULOSE PERITONEAL EM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE CROHN TRATADO COM
IMUNOBIOLÓGICO
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Orlando Ambrogini Junior*, Marjorie Costa Argollo*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*,
Luiza Fabres do Carmo*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*, Virgínia Brasil de Almeida*, Cláudia Utsch Braga*

Resumo - Nas últimas décadas, os agentes anti-TNF mudaram o tratamento da Doença de Crohn, com maior chance de indução e manutenção de
remissão. Entretanto o uso destes aumenta o risco de infecções oportunistas, como tuberculose. Masculino, 41 anos, diagnóstico de doença de Crohn, em
uso de azatioprina, iniciou quadro de dor abdominal, diarreia e perda ponderal, associada a sinais tomográficos e endoscópicos de atividade de doença,
com estenose de válvula íleo-cecal. Excluídas infecções associadas, realizado RX de tórax, normal; PPD, não reator; sorologias para hepatites virais e HIV,
negativas. Optado por início de terapia com adalimumabe. Após quarta dose iniciou quadro de febre, calafrios, sudorese, dor abdominal e perda ponderal.
Realizada triagem infecciosa e iniciado empiricamente ciprofloxacino, sem melhora. Após um mês, evoluiu com ascite e linfadenomegalia em cadeias ilíacas.
Paracentese - líquido ascítico com linfocitose e ADA de 68; BAAR e culturas negativas. Iniciado tratamento empírico com RIPE para tuberculose peritoneal.
Paciente manteve febre até o segundo mês de tratamento. No terceiro, apresentou linfadenomegalia cervical biopsiada, com anatomopatológico compatível
com linfadenite granulomatosa e necrose caseosa. Tratamento extendido para 9 meses, com melhora clínica. O risco de tuberculose pulmonar e extra-pulmonar
(50%) está aumentado em pacientes em tratamento com anti-TNF, devendo esta ser rastreada e tratada, com suspensão do mesmo durante o tratamento.

*UNIFESP, São Paulo.

232 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.INT.P.595
TUBERCULOSE PLEURAL APÓS USO DE INFLIXIMABE EM DOENÇA DE CROHN DE DELGADO:
RELATO DE CASO
Kelly Cristina dos Santos*, Mariana Poltronieri Pacheco*, Thatja S Cajubá Britto*, Felipe Bertolo Ferreira*, Andrea Vieira*,
Priscila Pullita Azevedo Barros*, Cassia Lemos Moura*, Priscilane Alves Giacomin*

Resumo - Introdução - A doença de Crohn é caracterizada por inflamação transmural, podendo acometer todo trato gastrointestinal, sendo o aco-
metimento de delgado menos frequente do que o íleo-colônico. A terapia biológica consiste em importante arma no tratamento desses pacientes devido
eficácia clínica na indução e manutenção da remissão. No entanto, devido a ação imunomoduladora e imunossupressora, o uso desses agentes eleva o
risco de infecções oportunísticas. Objetivo - Relatar caso de tuberculose pleural após uso de infliximabe em paciente com doença de Crohn. Caso clíni-
co - Paciente: E.A.N.P., masculino, 29 anos, com diagnóstico de doença de Crohn restrita ao delgado desde de 2005, já tendo apresentado neutropenia
grave com quadro pulmonar associado após uso de Azatioprina em 2011,apresentou quadro de tosse, dispneia e emagrecimento após 2ª dose de indução
de infliximabe. Apresentava raio x de tórax normal e PPD não reator previamente ao tratamento. Internado para elucidação diagnóstica, foi observado
derrame pleural septado em hemitórax direito, puncionado, demonstrando padrão de exsudato, com ADA=53.Realizada drenagem torácica e biópsia
pleural, cujo resultado evidenciou pleurite crônica granulomatosa com necrose caseosa e pesquisa de BAAR positiva. Iniciado esquema COXIP, com
melhora do quadro clínico e laboratorial. Conclusão - É necessário acompanhamento rigoroso dos pacientes em uso de imunomoduladores objetivando
diagnóstico precoce e tratamento das infecções oportunísticas.

*Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

TL.G.INT.P.596
USO DA CALPROTECTINA FECAL NA DOENÇA DIVERTICULAR NÃO COMPLICADA
Mauro Bafutto1, Eduardo Henrique Ferreira Bafutto1, Alexandre Augusto Ferreira Bafutto2, Ricardo Duarte Marciano2,
Melaynne Barbosa Sahium3, Nathália M. Lima3, Thaís M. Oliveira3, Ênio C. Oliveira3

Resumo - Introdução - Estudos recentes demonstraram que pacientes com doença diverticular sintomática não complicada (DDSNC) apresentam
uma infamação de baixo grau na mucosa intestinal e esta seria a principal causa dos sintomas na doença diverticular (DD). A calprotectina é utilizada
como marcador de atividade inflamatória na retocolite ulcerativa e na doença de Crohn. Objetivos - Avaliar o uso da calprotectina fecal em pacientes com
DDSNC. Métodos - Foram incluídos pacientes adultos (18 anos ou mais) do sexo masculino e feminino. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de
diverticulose colônica, com DDSNC e aqueles em tratamento para DD com mesalazina 800mg b.i.d. Foram divididos em 3 grupos: 1 - Grupo Diverti-
culose (GD) - 10 pacientes (5 fem., 5 masc.) assintomáticos com diverticulose, 2 - Grupo DDSNC ( GDS) - 15 pacientes ( 11 fem., 4 masc.) com doença
DDSNC, 3 - Grupo DDSNC - M (GDS-M) - 12 pacientes ( 7 fem., 5 masc.) com DDSNC em uso de mesalazina 800mg b.i.d. há mais de 30 dias.Todos
realizaram o exame para dosagem de calprotecina nas fezes. Resultados - Foi observada diferença estatisticamente significativa quando comparado o
GDS com GD (M+/-SD x M+/-SD), p=0.001 e quando comparado GDS com GDS-M, p=0.006.A sensibilidade foi de 75% e a especificidade de 99.9%.O
valor preditivo positivo foi de 99% e o valor preditivo negativo de 76.5%. Conclusão - A calprotectina fecal demostrou ser método de grande utilidade no
diagnóstico e acompanhamento de pacientes com DD.

1
Instituto Goiano de Gastroenterologia, FM-UFG; 2 PUC Goiás; 3FMUFG, Goiás.

TL.G.MIS.P.597
A DISFAGIA NA SÍNDROME DE MOEBIUS
Pôsteres • miscelãnea
Larissa Lopes Harada1, Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2, Mayse Meireles de
Azeredo Coutinho3, Lara Meireles de Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi de Mendonça1, Lucyana Côrtes Torres1

Resumo - A síndrome de Moebius é caracterizada principalmente pela paralisia congênita geralmente do VII e VI nervos cranianos, na maioria dos
casos bilateralmente. Entretanto além desses podem ser acometidos também os seguintes nervos: III, VIII, IX, X, XI. A partir disso é possível verificar que
há paralisia facial, limitação da abdução e estrabismo convergente na maioria dos pacientes com a patologia em questão, porém podem estar associados à
ptose palpebral, estrabismo divergente, alterações de sensibilidade facial, anormalidades na sucção, disfagia e disfonia. O objetivo desse trabalho é analisar
a síndrome de Moebius e sua relação com a disfagia, através de uma revisão da literatura, com estudos publicados entre 1998 e 2013, nas bases de dados
Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. Os termos pesquisados foram: Síndrome de Moebius, disfagia, manifestações digestórias, paralisia facial congênita
e disgenesia troncoencefálica. A relevância desse trabalho está em demonstrar como uma síndrome rara, com incidência crescente, pode influenciar a
motilidade digestiva de seus portadores. Foi visto que a síndrome é incomum e a relação em estudo não é frequente, há poucos estudos citando-a e os
mesmos não correlacionam a fisiopatologia da doença com a disfagia. Porém percebe-se que tal manifestação interfere bastante na qualidade de vida
dos pacientes e no cuidado que será dispensado a eles pela equipe multidisciplinar.

1
PUC-Goiás; 2Tenomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 233


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.598
A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO CIRÚRGICA DA HÉRNIA HIATAL EM PACIENTES COM DOENÇA DO
REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Brenda Freitas Gouveia*, Marina Cavalcante Silveira*, Ana Paula de Figueiredo Andrade*

Resumo - Introdução - A hérnia hiatal consiste em uma protrusão da união gastroesofágica através do orifício diafragmático. As hérnias hiatais com-
prometem a função da- junção gastroesofágica, ocasionando a doença do refluxo gastroesofágico. O tratamento pode ser medicamentoso, mas, caso não
haja resposta ou se a hérnia hiatal for maior que cinco centímetros, indica-se o procedimento cirúrgico. A negligência no tratamento pode ocasionar uma
neoplasia no trato gastroesofágico devido à exposição ao conteúdo gástrico e consequentes modificações de suas células, o que denota a importância da
intervenção cirúrgica. Objetivo - Analisar terapias indicadas em pacientes com hérnia hiatal da qual decorre a DRGE com ênfase na área cirúrgica. Me-
todologia - Consulta a profissionais do ramo e pesquisa bibliográfica. Desenvolvimento - O tratamento cirúrgico visa à reconstrução da função da barreira
cardioesofágica antirrefluxo, criando uma válvula, a qual dificulta o refluxo do conteúdo gástrico, e aproximando os pilares diafragmáticos. É indicada a
correção cirúrgica pelo método laparoscópico, pois possui uma curta internação hospitalar, o rápido retorno às atividades e uma boa recuperação pós-
-operatória. Conclusão - A imagem laparoscópica do trato gastrointestinal superior associada a outros dados clínicos, como a recorrência e a gravidade
dos sintomas, entre outros, alertam o cirurgião responsável e o seu paciente a respeito da complexidade do caso e do tipo de cirurgia mais indicado.

*FAMENE, Paraíba.

TL.G.MIS.P.599
A UTILIZAÇÃO DA GLUTAMINA NO TRATAMENTO DAS MUCOSITES PÓS-QUIMIOTERAPIA E/OU
RADIOTERAPIA
Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2, Lara Meireles de Azeredo Coutinho1,
Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3, Ana Luiza Rassi de Mendonça1, Larissa Lopes Harada1,
Lucyana Côrtes Torres1

Resumo - A glutamina é um aminoácido sintetizado e estocado pelo músculo esquelético, sendo o principal entre os aminoácidos livres e intracelu-
lares. Ela é essencial em situações de hipercatabolismo, como por exemplo: grandes cirurgias, sepse e inflamação, além de ser utilizada por macrófagos
e linfócitos. Esse aminoácido é encontrado em carnes, ovos, soja e derivados de leite. Estudos recentes demonstram crescente utilização de glutamina
em pacientes com mucosite pós-quimioterapia e/ou radioterapia. Essa mucosite caracteriza-se por uma lesão na superfície da mucosa gastrointestinal
sendo influenciada pela dosagem da medicação, volume e técnica da radioterapia, idade do paciente, uso de álcool e tabagismo. Essa lesão aparece a
partir da 2 semana de tratamento e pode acometer desde a mucosa oral ate a intestinal. O presente trabalho tem o objetivo mostrar os efeitos benéficos
da glutamina em pacientes com mucosite pós quimioterapia e/ou radioterapia, para isso foram realizadas pesquisas bibliográficas nas seguintes bases
de dados: Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. Apesar do número limitado de trabalhos sobre o tema, os estudos analisados demonstram que a utilização
da glutamina é eficaz para reduzir a severidade da mucosite uma vez que pode ser utilizada pelas células gastrointestinais mantendo a integridade da
mucosa. Não existe uma dose ideal a ser empregada para a utilização desse a aminoácido, para um paciente de 70 kg, por exemplo, pode-se administrar
13 a 20 g de glutamina pura.

PUC-Goiás; 2Tenomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.


1

TL.G.MIS.P.600
AMILOIDOSE INTESTINAL: RELATO DE CASO
Diana de Castro Vivas*, Camila Adour Mendes*, Lívia Maria Barbosa Moreira*, Marina Dodsworth de Barros*, Sérgio da Costa
Pereira e Silva*, José Edmilson Ferreira da Silva*, Marcius Silveira Batista*, Elisa Lúcia Oliveira*

Resumo - Relato de caso - MSVR, sexo feminino, 51 anos, em acompanhamento no serviço de Gastroenterologia do Hospital Naval Marcílio Dias há
três anos com queixas de distensão abdominal, náuseas, vômitos, alternância do hábito intestinal e emagrecimento de mais de 30 kg no período. Em 2011
realizou uma tomografia de abdome que evidenciou afilamento abrupto da luz na transição da 2ª para 3ª porção do duodeno, com dilatação a montante da
2ª porção e bulbo duodenal, e espessamento parietal difuso de alças colônicas. Enteroscopia evidenciou estase gastroduodenal com dilatação do duodeno
e jejuno sem obstrução até o jejuno proximal. Endoscopia Digestiva Alta realizada em 2012 mostrou 2ª porção duodenal com importante aumento do
calibre, pregas de Kerckring achatadas e reduzidas em número, com biópsia duodenal sugestiva de Doença Celíaca. Foi realizada uma revisão de lâmina
da biópsia duodenal, com coloração pelo vermelho-Congo que demonstrou refringência verde-maçã, compatível com Amiloidose. Discussão - A amiloi-
dose é uma doença na qual ocorre infiltração de proteína amiloide no órgão com deterioração de sua função. Depósitos de proteína amiloide intestinais
são mais frequentemente vistos em pacientes com Amiloidose Secundária (tipo AA), mas também foram observados entre os pacientes com Amiloidose
Primária (tipo AL). O diagnóstico de Amiloidose baseia-se na demonstração histológica do depósito tecidual do amiloide por meio de coloração específica.

*Hospital Naval Marcílio Dias, HNMD, Rio de Janeiro.

234 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.601
ANÁLISE DO PERFIL DE PACIENTES INTERNADOS NO CENTRO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA DE UM
HOSPITAL GERAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA BAHIA
Diego Araújo Paternostro1, Flora Maria Lorenzo Fortes2, Maíra Andrade Maciel2, Marcos Clarêncio Batista Silva2, Igelmar Barreto
Paes2, Lourianne Nascimento Cavalcante2

Resumo - Introdução - O sangramento gastrointestinal (SGI) agudo em sua maioria é uma emergência com indicação de internamento hospitalar e
oferece risco à vida. Objetivo - Traçar o perfil de pacientes internados no centro de referência para hemorragia digestiva (HD) de um hospital geral do
estado da Bahia. Método - Estudo transversal, retrospectivo, avaliados pacientes admitidos e internados no Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital
Geral Roberto Santos entre 1°/janeiro a 31/março de 2013. Resultados - Incluídos 145 pacientes, 77 (53,1%) masculinos e 68 (46,9%) femininos, sendo 86
(59,4%) com HD, 48 (33,1%) com doença das vias biliares e 11 (7,5%) com outras doenças. Dos pacientes com HD, 79 indivíduos (91,9%) apresentaram
HD Alta, 6 (7%) HD Baixa, 1 (1,2%) HDA e HDB. O valor da Hb na admissão foi mais baixo (7,46 g/dL) entre os indivíduos < 60 anos comparado
com os ≥ 60 anos (9,73 g/dL)(p = 0,019), entretanto os pacientes com ≥ 60 anos necessitaram de maior número de concentrado de hemácias (2,14 un.)
em comparação aos < 60 anos (0,97 un.)(p= 0,03). Os valores de albumina sérica chegados à admissão foram mais baixos entre os indivíduos < 60 anos
(2,71 g/dL) em comparação aos ≥ 60 anos (3,24 g/dL) (p=0,016). Conclusão - Os resultados foram prejudicados devido a má qualidade dos dados regis-
trados nos prontuários e ao reduzido número de pacientes estudados. A realização da endoscopia digestiva após estabilização do paciente com HD é
importante para resolução do quadro.

1
Faculdade de Tecnologia e Ciências; 2Hospital Geral Roberto Santos - HGRS, Bahia.

TL.G.MIS.P.602
ANEMIA COMO CONSEQUÊNCIA DE DISTÚRBIOS DO TGI
Izabella Rezende Oliveira1, Mariana Silva Guimarães1, Gabriel Alves Carrião1, Daniela Londe Rebelo Taveira1, Djalma Antonio da
Silva Junior2, Sidney Ribeiro de Resende2, Fernando Correa Amorim3, Antenor Couto Neto2

Resumo - Introdução - Anemia é a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal. No Brasil, a deficiência de ferro
é reconhecida como importante causa de anemia. As causas de anemia ferropriva são variadas, incluindo a hemorragia crônica. Nesta, incluem-se a
hemorragia digestiva. Como causa de hemorragia digestiva temos a úlcera péptica, as gastrites, a doença inflamatória intestinal e as neoplasias do trato
gastrointestinal(TGI). Objetivo - Avaliar a anemia como consequência de distúrbios do TGI. Métodos - Revisão de literatura baseada em buscas nas bases
de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultados - Os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da deficiência de ferro são a redução de ingestão e
absorção de ferro e a perda intestinal. Na doença de Crohn, ocorre má absorção e perda entérica de ferro e inflamação. Já a associação da deficiência de
ferro com a anemia por doença crônica e com as anemias por deficiências de folato e cobalamina, ocorre na gastrite e na úlcera péptica. Não só tumores
benignos e malignos do TGI, mas também a doença metastática costuma ter como manifestação a perda gradativa de sangue, levando a um quadro de
anemia de causa inicialmente desconhecida que exige investigação. Conclusões - A prevalência das lesões gastrointestinais em casos de anemia ferropriva
torna essencial o exame do aparelho digestório superior e inferior através da endoscopia. O tratamento varia de acordo com a etiologia, a intensidade
da perda sanguínea e da deficiência de ferro.

1
PUC-GO; 2HSG-GO; 3HC-GO, Goiás.

TL.G.MIS.P.603
APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE SÍNDROME DE ERASMUS COM CALCIFICAÇÃO TOTAL DO BAÇO
Louise Deluiz Verdolin Di Palma*, Ana Claudia Rocha de Sá*, Thereza Cristina Vasconcellos*, Thaís Guaraná de Andrade*, Giseli
de Almeida Silva CARRIELLO*, Raquel Loyola Godoy*, Saulo Ferreira de Souza Rambaldi*, Eliane Bordalo Cathalá Esberard*

Resumo - Introdução - A associação da silicose com esclerodermia, Síndrome de Erasmus (SE), resulta da formação de imunocomplexos e inflamação
secundários à toxicidade da sílica. O raro acometimento esplênico na silicose ocorre por disseminação hematogênica/linfática. Tipicamente há múltiplas
calcificações esplênicas (2-3 mm) e linfonodomeglia no hilo hepático/esplênico e paravertebral. Objetivo - Relatar SE com calcificação total do baço. Relato de
caso - Homem, pardo, natural do Rio de Janeiro, ex jateador de areia, com diagnostico de silicose aos 25 anos. Após 6 anos, queixou-se de poliartralgia, sinovite
(joelho direito), fenômeno de Reynaud, espessamento cutâneo em face, tórax e membros. Biopsia cutânea: esclerodermia. Aos 47 anos, teve dor abdominal
e massa pétrea em hipocôndrio direito. Tomografia de abdome: fígado homogêneo aumentado, esplenomegalia totalmente calcificada, inúmeros linfonodos
periaorticos calcificados. Exames: aumento de TGO (< 1 vez), de fosfatase alcalina (2 vezes), anemia de doença crônica, TAP alargado, FAN:1/1280, PPD:
forte reator, escarro: 5 culturas e BAAR negativos. Conclusão - Calcificações esplênicas são raras na literatura, podendo ser secundárias à tumores, alterações
vasculares, infecções, exposição a contraste e doenças ocupacionais. Não há relato de associação com esclerodermia. Dentre as causas, a que mais se aplica,
pelas características epidemiológicas, é a silicose. Entretanto, não há relatos no PUBMED de SE com calcificação total do baço.

*UFF, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 235


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.604
ASSOCIAÇÃO ENTRE AUTO-PERCEPÇÃO DA ANSIEDADE E PRESENÇA DE EPISÓDIOS DE
DESCONFORTO NO TRATO GASTROINTESTINAL, COM 109 PARTICIPANTES EM CAMPANHA
REALIZADA PELA LIGA DO SISTEMA DIGESTIVO - UFG
Jéssika Alves de Sousa COSTA1, Kelly Cristina Miranda2, Thayanne Alves Pereira Mendes1, Beatriz Franco Fidalgo1,
Paulo Cesar Cancellara Bariani1

Resumo - Introdução - Fatores emocionais podem precipitar ou agravar doenças gastroentéricas por meio da somatização. A correlação dos fenômenos
psíquicos e corporais na fisiopatologia de doenças como a dispepsia afirma a necessidade da análise da influência do estresse e ansiedade na evolução de
desconfortos gastrointestinais. Objetivo - Avaliar a relação entre a auto-percepção da ansiedade e a presença de episódios desconforto gastrointestinal.
Metodologia - Estudo de coorte transversal, cujos dados advêm de questionários aplicados em campanha realizada pela Liga de Sistema Digestivo da
Universidade Federal de Goiás. Resultados - Participaram do estudo 109 sujeitos, sendo 61 homens (56%) e 48 mulheres (44%). A média da idade e peso dos
participantes foi respectivamente 57 anos e 75 kg. Houve relato de episódio de desconforto no trato gastrointestinal por 65 indivíduos (59,7%), sendo que
47 (43,1%) destes afirmaram exposição a estresse constante e 63 (57,8%) consideraram-se ansiosos; 44 (40,4%) pessoas referiram ter doença diagnosticada
do TGI. Assim, a associação entre episódio de desconforto gastrointestinal e o relato de ansiedade foi estatisticamente significante (x²=6,46, p=0,011).
Conclusão - A reatividade dos indivíduos a fatores estressantes desempenha papel etiológico nas alterações funcionais no TGI. Demonstrando a necessi-
dade de mensurar a influência destes fatores para auxiliar o diagnóstico clínico e a adoção de práticas para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

*PUC-Goiás; UFG, Goiás.

TL.G.MIS.P.605
AVALIAÇÃO DOS ESCORES SOFA E APACHE II EM PACIENTES ADULTOS NA ADMISSÃO EM UTI
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Eduardo de Oliveira COSTA*

Resumo - Introdução - A gravidade dos pacientes admitidos em UTI deve fazer parte da rotina. A utilização de escores para estratificar os doentes em
sua disfunção orgânica é necessária para avaliação de prognóstico. Entre os escores, o SOFA e o APACHE II são os mais utilizados. Objetivos - Descrever
a relação entre a gravidade de pacientes na admissão em UTI e mortalidade intra-hospitalar. Métodos - Estudo retrospectivo entre os pacientes adultos
admitidos na UTI de um hospital do SUS - Recife/PE no mês de fevereiro de 2007. A indicação de UTI, o SOFA, o APACHE II, e os dados demográfi-
cos foram avaliados através do prontuário, assim como, a evolução para o óbito. Resultados - Trinta e um pacientes preencheram o critério de inclusão
(presença de todas as informações no prontuário). Dezenove eram homens e a idade variou de 17 a 89 anos. A permanência na UTI variou entre 2 a
28 dias. As indicações da UTI foram: TCE grave (12), sepse respiratória (10), cirrótico com HDA (5), sepse abdominal (3). O SOFA variou de 3 a 13 e
o APACHE de 4 a 29. Ocorreram sete óbitos (quatro, em homens). O APACHE II esteve mais relacionado com a mortalidade (APACHE > 20) do que
o SOFA (que variou de 3 a 7). Conclusão - Apesar dos escores prognósticos serem necessários na admissão dos pacientes em UTI, as características da
população que frequenta irá ditar o escore fisiológico mais ideal, que nesse estudo foi o APACHE II.

*HR, Pernambuco.

TL.G.MIS.P.606
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA ASSOCIADA À RETOCOLITE ULCERATIVA - RELATO DE
CASO
Mariana May Cedro*, Bruno Caldeira Souza*, Beatriz Monteiro de Barros Pereira*, Camila Sanches Gonçalves Teles de Menezes*, Fernanda
Fernandes de Oliveira Marques de Souza*, Mariana de Oliveira Silva*, Marya Izadora da Silva PERDIZ*, Nadia Regina Caldas Ribeiro*

Resumo - Introdução - A Colangite Esclerosante Primária (CEP) é uma doença hepática crônica caracterizada por fibrose inflamatória que oblitera ductos
biliares. Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI) está presente em cerca de 70% dos casos. A RCU em geral se manifesta antes do início clínico da CEP, mas
pode ser diagnosticada simultaneamente ou posteriormente. Relato do Caso - J.D.C, sexo masculino, 21 anos, iniciou aos 14 anos quadro de prurido, icterí-
cia e colúria. Em 2009, cursou com alterações no ritmo intestinal. Foi admitido no Hospital Geral do Estado para investigação em 2011. USG de abdome
superior com Doppler e CPRM mostraram ectasia mais evidente em lobo esquerdo do fígado, biópsia hepática sugeriu cirrose biliar secundária à obstrução,
EDA revelou esofagite erosiva leve, CPRE apresentou pobreza de árvore biliar. A primeira Colonoscopia, realizada em 2009, não demonstrou alterações. A
segunda, realizada em 2012, apresentou cólons exibindo múltiplas erosões planas de aspecto factoide, não confluentes, com halo de hiperemia, com mucosa
de permeio normal. Atualmente encontra-se em prognóstico reservado à transplante hepático. Discussão - O paciente do relato de caso em questão apresentou
RCU com manifestações tardias à CEP, o que foge ao esperado. Conclusão - Destaca-se a importância em diagnosticar a sequência de acontecimentos no
quadro do paciente, já que a manifestação clínica da CEP, antecedendo à RCU, enquadra-se em um contexto menos comum de curso clínico.

*EBMSP, Bahia.

236 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.607
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE FÍSTULA PERIANAL: RELATO DE CASO
Fernanda Bastos SALES1, Thallis Eliakin Pimentel Amorim2, Juliana Bastos SALES2, Farisa Cecília Silva Lúcio2

Resumo - Introdução - Fístula perianal é a comunicação anormal entre o canal anal e a pele da região ao redor do ânus. Esta comunicação ocorre
devido à obstrução de ductos das glândulas anorretais, formando trajeto em direção à pele. Objetivos - Relatar caso de paciente com lesões variadas em
nádegas, com diagnóstico posterior de adenocarcinoma. Material e Métodos - M.M.R., feminina, 58 anos, aposentada, procura atendimento médico
com quadro de dor perianal de inicio há um mês e lesões perianais que pioraram de aspecto, já existentes há 10 anos. Ao exame físico - E.G.B., hidratada,
afebril, abdome indolor, ritmo intestinal regular. Inspeção anal: nádega E edemaciada, dolorosa com lesões papulosas e verrucosas, além de úlceras rasas
e fístulas (três) produtivas. Nádega D edemaciada, dolorosa, lesões papulosas e verrucosas, úlceras e fístulas (duas) produtivas. Todas as lesões envoltas
por halo hipercrômico; Toque retal: esfíncter normotônico, dedo de luva limpo. RNM de pelve com resultado de abscesso anorretal extenso e comple-
xo (grau 4 na classificação de St James) nas fossas ísquio-retal e ísquio-anal à esquerda, observando-se trajetos de fistulização cutânea. Foi realizada
drenagem de abscesso e exérese de lesões perianais com biópsia. Resultados - Laudo compatível com adenocarcinoma mucoprodutor, moderadamente
diferenciado. Conclusão - Lesões perianais de evolução atípica devem ser criteriosamente investigadas e submetidas à análise histopatológica podendo
ser secundárias a neoplasias.

1
HGRS; 2FAMENE, Paraíba.

TL.G.MIS.P.608
HÁBITOS DE VIDA QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER DO TRATO
GASTROINTESTINAL
Leonardo Parreira Gomide1, Mariana Silva Guimarães2, Izabella Rezende Oliveira2, Gabriel Alves Carrião2,
Camilla de Magalhães Nardelli Silva2, Deborah Capel Modesto2, Antônio Pedro Jorge Sarkis3, Fernando Corrêa Amorim4

Resumo - Introdução - A urbanização e industrialização crescentes alteraram os hábitos de vida da população e, por consequência, as afecções que a
acomete. Assim como os demais sistemas, o trato gastrointestinal (TGI) é afetado por tais mudanças. Objetivo - Avaliar os principais hábitos de vida que
influenciam no desenvolvimento de câncer do TGI. Método - Revisão da literatura, realizada em junho de 2013, baseada em buscas nas bases de dados
LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultado - O hábito alimentar é de grande importância para o desenvolvimento ou prevenção de câncer (CA) do TGI.
Uma dieta pobre em vitaminas e o consumo de compostos ricos em nitratos aumentam o risco para CA de esôfago e de estômago. Este último também
é estimulado pela infecção pelo H. pylori. Em relação ao CA colorretal, a ingestão aumentada de gordura saturada eleva o risco enquanto o ômega-3
e a dieta rica em cálcio e potássio apresentam efeito protetor. O CA de pâncreas é afetado pela alta ingesta de gordura e carnes que aumentam o risco,
ao passo que a ingesta de frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras e vitamina C reduz. O CA de fígado guarda relação com uma toxina produzida
por fungos que crescem em cereais em áreas quentes e úmidas. O álcool apresenta um papel central no CA de fígado e é um fator de risco para CA de
esôfago e colorretal. O tabagismo tem influência no desenvolvimento do CA de esôfago e de pâncreas. Conclusão - A influência de determinados hábitos
apresenta um papel importante no desenvolvimento de câncer do TGI.

1
Hospital Santa Genoveva de Goiânia; 2PUC-GO; 3UJRV-MG; HC-GO, Goiás.

TL.G.MIS.P.609
HEMOBILIA: CAUSA INCOMUM DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Leandro Valério Costa BATISTA*, Juliana de Oliveira Machado*, Karina Pina Abreu*, Marília da Silva Nery*,
Cassiana Alves da Silva*, José Carlos A. Bonadia*, Michelle Carvalho Harriz*, Paula Bechara Poletti*

Resumo - Introdução - O sangramento do trato hepatobiliar é uma causa rara de HDA e ocorre quando há comunicação ou fístula entre o ducto
biliar e um vaso sanguíneo. A principal causa está relacionada à injúria iatrogênica, porém patologias do fígado, trato biliar e pâncreas estão relaciona-
dos. A tríade de Quinke (cólica abdominal, icterícia e hemorragia digestiva), esta presente em cerca de 30% dos casos. O diagnóstico pode ser feito pela
visualização de sangramento pela papila duodenal. A terapêutica inicial consiste na estabilização hemodinâmica e posterior diagnóstico etiológico e
tratamento da hemobilia. Objetivo/Métodos - Relatar caso de hemobilia de causa não iatrogênica e realizar revisão do tema. Casuística - C.R.A.R., 59
anos, em investigação de síndrome ictérica/colestática, evoluiu com quadro de hematêmese, piora da icterícia e dor abdominal. EDA e duodenoscopia
evidenciaram hemorragia através da papila duodenal. Realizado angiografia com embolização, e, após estabilização, CPRE, com desobstrução das
vias biliares e evidencia de achados típicos de neoplasia de vias biliares distal. Devido as comorbidades do paciente houve contra-indicação a possível
quimioterapia. Discussão/Conclusão - Hemobilia é causa rara de hemorragia digestiva devendo ser lembrada quando quadro de obstrução biliar está
presente. Possui ampla possibilidade de exames para diagnóstica e terapêutica e tratamento deverá ser voltado para a correção etiológica podendo ser
cirúrgico ou endoscópico.

*IAMSPE, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 237


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.610
MELANOMA DO CANAL ANAL: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Sebastião Alves Pinto1, Francisco OLIVEIRA Junior1, Thaysa Cardoso Silva2,
Paulo Teodoro Bueno Lopes2, Thais David das Neves Alves3, Camila Dutra PIMENTA2, Guilherme Andrade Lemes2

Resumo - Introdução - Melanoma Anorretal (MAR) é um tumor maligno raro e agressivo que representa 1% das neoplasias anorretais e 0,4 - 1,6%
dos melanomas. Apresenta prognóstico desfavorável, sendo o tempo global de sobrevida de 10 a 19 meses após o diagnóstico. A clínica inespecífica do
MAR, que simula doenças benignas como a doença hemorroidária e pólipos, o atraso na procura do auxílio médico e o fato de 16 a 41% das lesões serem
amelanocíticas dificultam o diagnóstico precoce. A excisão local ampla é o tratamento cirúrgico de escolha. Objetivo - Relatar aspectos clínico-patológicos
de um caso de Melanoma anal, considerando sua raridade e agressividade. Casuística - 1 caso. Método - Relato de caso. Resultados - Paciente do sexo
masculino, 60 anos, com nódulo em região perianal, ulcerado e grosseiro, suspeito de trombose hemorroidária. A análise histopatológica revelou uma
neoplasia maligna indiferenciada de padrão histológico sólido/alveolar, padrão celular epitelioide e nuclear vesicular com nucléolo proeminente. O estudo
Imuno-histoquímico evidenciou positividade para S-100 e HMB-45, confirmando o diagnóstico de MCA. A margem cirúrgica era comprometida. O
paciente foi encaminhado para acompanhamento oncológico. Conclusão - MAR possui prognóstico obscuro, sobretudo porque a efetividade das opções
de tratamento cirúrgico e terapias adjuvantes ainda são controversas por não apresentarem benefício significativo na sobrevida dos pacientes.

INGOH; 2Faculdade de Medicina - UFG, 3Faculdade de Medicina de Petrópolis, Rio de Janeiro.


1

TL.G.MIS.P.611
PANICULITE MESENTÉRICA – RELATO DE CASO
Thales Simões Nobre Pires*, Jamile Rosário Kalil*, Marina Pamponet Motta*, Renata dos Santos Lugão*,
Vitor De Sousa Medeiros*, Marcela Paes Rosado Terra*, Matheus Freitas Cardoso de Azevedo*, Flair José Carrilho*

Resumo - Introdução - A paniculite mesentérica (PM) é uma doença inflamatória e fibrosante rara, benigna e crônica que afeta o tecido adiposo do
mesentério do intestino delgado e cólon. Objetivo - Relatar um caso de paniculite mesentérica com resposta ao uso de azatioprina. Relato de caso - Paciente
do sexo masculino, 59 anos, com antecedentes de diabetes, dislipidemia, hipotireoidismo, obesidade e mieloma múltiplo submetido à quimioterapia,
radioterapia e transplante de medula óssea. Há 6 anos, iniciou quadro de dor abdominal diária, sem outros sintomas. Tomografia de abdome evidenciava
sinais compatíveis com paniculite mesentérica. Iniciado tratamento com prednisona (40 mg/dia), com melhora clínica e radiológica. Como houve descom-
pensação do diabetes, optado pelo desmame da prednisona e introdução de colchicina. Com o uso dessa medicação, houve recidiva da dor abdominal,
sendo, então, substituída pela azatioprina. Alcançada melhora clínica após 2 meses. Discussão - A PM é uma doença de etiologia desconhecida, podendo
estar associada a uma variedade de outras afecções como trauma ou cirurgias abdominais, doenças hematológicas e autoimunes, neoplasias e tromboses.
O tratamento dessa condição pode ser tentado com o uso de algumas drogas e a abordagem cirúrgica geralmente está reservada para casos de falha tera-
pêutica ou complicações. Conclusão - Até o presente momento, não há um tratamento padrão para a PM, podendo-se utilizar agentes anti-inflamatórios
e imunossupressores, com respostas variáveis.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.G.MIS.P.612
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA EM UM
HOSPITAL DO SUL DE MINAS
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Rodrigo Correa Hid Fiixfex*, Eduardo Tadeu Ramos Almeida*, José Eduardo
de Lima BORELLI Filho*

Resumo - A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) permanece como uma urgência comum e grave na gastroenterologia, com incidência anual de até
150 casos para 100.000 habitantes. O desconhecimento sobre o perfil epidemiológico da HDA e a ausência de um protocolo de conduta, tornam lentos
o diagnóstico e tratamento específico, interferindo diretamente na morbimortalidade destes pacientes. Realizou-se estudo observacional retrospectivo,
composto por todos os pacientes atendidos devido a HDA no Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá, no primeiro semestre de 2013. A
amostra foi composta por 54 casos, sendo 87,03% do sexo masculino e 51,85% com idade inferior a 60 anos. A etiologia mais frequente foi a não varicosa
(72,23%), sendo a doença ulcerosa péptica e a gastrite erosiva as principais patologias encontradas no estudo. Com relação à conduta utilizada, 64,81%
dos pacientes foram tratados clinicamente, através das medidas precoces de ressuscitação volêmica e estabilização hemodinâmica, além de tratamento
farmacológico. Apenas 11,11% necessitaram de escleroterapia e, dos pacientes com HDA varicosa (15/54), 86,67% submeteram-se a ligadura elástica.
A taxa de mortalidade do estudo foi 12,96% (7/54), relacionado à descompensação de doenças crônicas pela perda sanguínea. Conclui-se que a HDA
ainda representa importante causa de admissão hospitalar atualmente e a presença de protocolo clínico de atendimento precoce desses doentes repercute
diretamente no tempo de internação e na mortalidade.

*HE-FMIt, Minas Gerias.

238 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.613
PREVALÊNCIA DOS SINTOMAS DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM ESTUDANTES DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Danilo Lopes Castro*, Bethânia Luciana dos Santos*, Lais de Souza Meireles*, Milena Aguiar de Faria*,
Fernanda Germano Melo*, Pedro Felipe Matias Carrijo*, Alexa Moara Pereira Matos*, Itágores Hoffman L. S. Coutinho*

Resumo - Introdução - A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é considerada uma das afecções digestivas de maior prevalência nos países ocidentais
e possui crescente incidência nos dias atuais. Objetivos - Avaliar a prevalência dos sintomas da DRGE em estudantes de Medicina da Universidade Federal
do Tocantins (UFT), correlacionando-os com a alimentação, ingestão de álcool e café e tensão emocional, a fim de levantar os principais fatores de risco.
Casuística - Estudantes de medicina da UFT que aceitarem participar da pesquisa, sendo excluídos aqueles que se recusarem a assinar o termo de consen-
timento livre e esclarecido. Metodologia - A pesquisa será um estudo quantitativo, descritivo, longitudinal e prospectivo realizado no período de 1 a 30 de
agosto de 2013 por meio da aplicação de protocolos, em Palmas - TO. Resultados - Foram analisados 186 estudantes, sendo que 65,1% encontram-se na faixa
etária de 21-25 anos; 51,6% são do sexo feminino e 46,2% têm IMC (índice de massa corpórea) de 21-24,9. 86% dos analisados já tiveram alguma sensação de
queimação, sendo que em 18,8% esta ocorre mais de uma vez por semana. Em mais de 50%, a queimação aumenta com a ingestão de alimentos gordurosos,
consumo de álcool ou café e questões emocionais. Trazem uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Conclusão - Os estudantes de medicina da UFT
são um grupo de risco para a DRGE devido à exposição a fatores como alimentação irregular com alto consumo de alimentos ácidos e questões emocionais.

*Universidade Federal do Tocantins, Tocantins.

TL.G.MIS.P.614
PROPOSTA DE MODELO DE ATENDIMENTO DA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA PARA O HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIFESP/EPM
Matheus C. Franco*, Frank Shigueo Nakao*, Gustavo Andrade de Paulo*, Ramiro Colleoni Neto*, Maria Rachel da Silveira
Rohr*, Benedito Herani Filho*, Stephan Geocze*, Ermelindo Della Libera*

Resumo - Introdução - A hemorragia digestiva alta (HDA) implica em significativas repercussões clínicas e econômicas. O uso de algoritmos para aten-
dimento da HDA está associado à menor tempo de internação e com menores custos hospitalares. Objetivo - Criação de um protocolo de atendimento de
HDA para o Hospital Universitário da UNIFESP/EPM. Método - Realizada extensa revisão da literatura sobre as condutas na HDA. Também foram
visitados os locais de atendimento de HDA no Hospital São Paulo, com reconhecimento da estrutura local e das medicações disponíveis. Resultados
- Os critérios de inclusão são: hematêmese, melena ou queda significativa do Hb nas últimas 24 h. Orientamos estabilização hemodinâmica anterior à
realização da EDA. Iniciar omeprazol anteriormente à EDA na suspeita de HDA não-varicosa, e na suspeita de HDA varicosa iniciar terlipressina e a
antibioticoterapia profilática. EDA deve ser realizada em até 12 à 24h. Pacientes com úlcera com alto risco de ressangramento ou varizes devem receber
tratamento endoscópico. Todos os pacientes com UP e presença de H. pylori devem ser tratados. Nos casos de falha da terapêutica endoscópica, realizar
medidas de resgate de acordo com a etiologia da hemorragia. Conclusões - A introdução de um protocolo de atendimento dos pacientes com HDA deve
contribuir para uniformização de condutas médicas, diminuição do tempo de espera por medicações e serviços, diminuição no tempo de internação e
provavelmente redução nos custos hospitalares.

*UNIFESP/EPM, São Paulo.

TL.G.MIS.P.615
RELATO DE CASO DE CARCINOMA NEUROENDÓCRINO EM PACIENTE COM DOENÇA CELÍACA
Káritas Rios Lima Matsunaga1, Cecília de Oliveira Maia Pinto1, Marcos de Vasconcelos Carneiro1, Rodrigo Barbosa Villaça1,
Marcos Correa da Trindade1, Monique Chiovatto Montes Araújo1, Alessandra Maria Rodrigues Oliveira Santos1, Diego Fraga Rezende2

Resumo - Introdução - A neoplasia mais comumente diagnosticada na doença celíaca é o linfoma. Os tumores neuroendócrinos têm sido pouco relatados
nesses pacientes. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com doença celíaca. Relato de caso - Mulher de 38 anos, com diagnóstico de doença celíaca
desde a infância, em tratamento irregular, procurou atenção médica com queixa de abaulamento em hipocôndrio direito. Foi submetida à tomografia de
abdome, com detecção de volumosa massa em retroperitônio, estendendo-se para a região sub-hepática, envolvendo as estruturas do hilo, sem plano de
clivagem com vesícula biliar. Foi realizada biópsia por videolaparoscopia e imunohistoquímica do fragmento: expressão de citoceratina, cromogranina A
e sinaptofisina, diagnosticando-se carcinoma neuroendócrino de pequenas células de alto grau. A despeito dos quatro ciclos de quimioterapia realizados
(cisplatina e irinotecano), houve progressão da doença, levando a ascite e sangramento por varizes de esôfago. Foi iniciada radioterapia, mas a pacien-
te evoluiu com encefalopatia hepática, peritonite bacteriana espontânea, síndrome da compressão da veia cava, e óbito 11 meses após o diagnóstico.
Conclusão - Os carcinomas neuroendócrinos de pequenas células podem acometer pacientes com doença celíaca e são necessários maiores estudos para
investigar a correlação entre essas duas enfermidades.

1
HFA; 2UCB, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 239


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.616
RELATO DE CASO: BACLOFENO NO TRATAMENTO DO SOLUÇO REFRATÁRIO EM IDOSOS
Leandro Valério Costa BATISTA*, Juliana de Oliveira Machado*, Marília da Silva Nery*, Karina Pina Abreu*,
Cassiana Alves da Silva*, Raul Carlos Wahle*, José Carlos A. Bonadia*, Paula Bechara Poletti*

Resumo - O soluço é uma contração abrupta do diafragma, podendo ser persistente (> 8h) ou refratário (> mês), tendo como causas doenças gas-
trointestinais, neurológicas, otorrinolaringológicas e neoplásicas. Há envolvimento de neurotransmissores como ácido gamma-aminobutírico. O manejo
do soluço é um desafio médico. Objetivo/Métodos - Relatar o uso do Baclofeno como terapia para soluço refratário em idosos. Casuística - M.R. 81anos,
em uso de omeprazol e metoclopramida por soluço há 5 anos e perda de peso (8Kg em 6 meses). Realizado Tomografia Computadorizada (TC) de
tórax com pequena dilatação esofágica, EDA sem lesão relevante, EED com aumento do calibre do esôfago proximal. Avaliação otorrinolaringológica,
cardiológica e TC de abdômen normais. Iniciado clorpromazina sem sucesso, optando-se pelo uso do baclofeno com boa resposta clínica e ausência de
efeitos colaterais. Discussão e Conclusão - O soluço pode ser manifestação de uma doença grave e investigação etiológica deve ser criteriosa. O soluço deve
ser tratado, pois piora a qualidade de vida. A primeira medida a considerar neste quadro clínico é o tratamento empírico da DRGE por ser a causa mais
comum. A anamnese deve focar o uso de fármacos e sinais de alarme. Apesar clorpromazina ser tratamento de escolha, constatamos que o baclofeno na
dose de 10mg de 8/8h foi eficaz e segura com a resolução do soluço em 24h. São necessários mais estudos para avaliar o uso do baclofeno como opção
terapêutica segura no soluço refratário em idosos.

*IAMSPE, São Paulo.

TL.G.MIS.P.617
RUPTURA ESPLÊNICA ATRAUMÁTICA: RELATO DE CASO EM PACIENTE JOVEM
Samara Jacinto de Lima* Raissa Marques Cavalcante*, André Ventura Da Nóbrega*, Suyanne Maria de Albuquerque Xerez Martins*,
Zilaís Linhares Carneiro Menescal*, Lucia Libanez Bessa Campelo Braga*, Antônio Borges Campos*, José Milton de Castro Lima*

Resumo - A ruptura esplênica é um quadro grave predominantemente causada por trauma, logo, é raro estar como diagnóstico diferencial de dor
abdominal atraumática, tornando o prognóstico ainda mais desfavorável. O objetivo desse relato é expor essa forma mais rara de ruptura esplênica. Uti-
lizamos revisões bibliográficas de relatos de caso no período de 2010 a 2013 para subsidiar o diagnóstico e o adequado manejo clínico e cirúrgico como
método de elaboração do relato. O paciente masculino, 50 anos, foi admitido com uma dor de forte intensidade em região do hipocôndrio esquerdo,
irradiando para ombro esquerdo. Realizou uma ultrassonografia que revelou um pâncreas com calcificações difusas e um baço com laceração e solução
de continuidade com coleção subfrênica hemática e distensão capsular. A tomografia computadorizada com contraste mostrou um pâncreas sugestivo
de pancreatite crônica, um baço com vários pontos de rutura, associado à coleção subcapsular. Evoluiu com sepse por infecção da coleção citada. Foi
submetido a uma esplenectomia com três abordagens cirúrgicas, após a melhora clínica e estabilização do quadro com um esquema de antibioticoterapia
amplo cumprido, seguiu de alta hospitalar. Ressalta-se, portanto, a importância de sugerir uma ruptura esplênica em pacientes sem traumas prévios
com dor em hipocôndrio esquerdo e sinais de choque hipovolêmico, atentar para a associação de uma pancreatite crônica vista no paciente em questão
e nos casos revisados da literatura científica.

*UFC, Ceará.

TL.G.MIS.P.618
TUMOR DE BUSCHKE – LÖWENSTEIN E CARCINOMA ESPINOCELULAR. RELATO DE CASO
Marina Gabrielle Epstein*, Luiz Vagner Sipriani Junior*, Leandro Teixeira Rocha*, Ariadne Dutra de Oliveira*, Benjamin Marcelo
Hwang*, Murillo de Lima Favaro*, Mayte Soares*, Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior*

Resumo - Objetivo - Descrever um caso clínico de um paciente com tumor de Buschke-Lowenstein há 2 anos uma vez que esta variedade de condilo-
ma é pouco descrita na literatura. Relato de caso - CO, 51 anos procurou atendimento médico com história de lesão perianal há 2 anos, com piora há 1
mês associado a odor fétido. Paciente negava comorbidades. Ao exame proctológico apresentava lesão verrucosa com áreas necróticas, friável ao toque,
medindo cerca de 15 cm no maior diâmetro, infiltrando o músculo do esfíncter anal externo. Sorologia para HIV negativa. Foi submetido a ressecção
cirúrgica, com ressecção ampla da lesão. O anatomopatológico evidenciou a presença de coilocitose, sugestiva de infecção pelo HPV e áreas de carci-
noma espinocelular. Imunohistoquímica expressou p16 nos componentes invasivo e in situ. Discussão - O condiloma acuminado gigante ou tumor de
Buschke-Lowenstein é uma forma rara de apresentação do condiloma acuminado anogenital, que por sua vez é uma doença sexualmente transmissível
relacionada ao papiloma vírus humano. Este tumor, com alta taxa de transformação maligna, comporta-se localmente como uma neoplasia com capa-
cidade de invasão das estruturas adjacentes, apesar de apresentar características histológicas benignas e de não ter potencial metastático. Conclusão - A
ressecção constitui terapêutica de escolha devido ao alto potencial de recorrência e transformação maligna, sendo a terapêutica tópica reservada para os
casos irresecáveis ou onde a preservação do tecido é crucial.

*Universidade de Santo Amaro - UNISA, São Paulo.

240 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MIS.P.619
TUMORES NEUROENDÓCRINOS: RELATO DE CASO
Rosana Aparecida Rodrigues Cardoso*, Robert Eduardo Emídio*, Iure Kalinine Ferraz de Souza*, Adriano Simões*

Resumo - Introdução - Os tumores neuroendócrinos (TNE) são derivados das células enterocromafins dos epitélios respiratório e digestivo. São raros, apenas
0,49% dos tumores malignos 1. Observa-se a deleção do gen supressor PLCb3, o que provocaria crescimento celular desordenado e distorção do processo
apoptótico. São classificados de acordo com sua origem embriológica: intestino anterior, médio ou posterior 2. Possuem diversas apresentações clínicas,
conforme o perfil de produção hormonal. Geralmente têm baixa velocidade de crescimento e de metastatização. Objetivo - Revisão de literatura e discussão
de caso clínico. Métodos - Acompanhamento do caso clínico no Hospital Nossa Senhora das Dores, Ponte Nova - MG. Busca bibliográfica nas bibliotecas
PubMed, SciElo e UptoDate. Resultados e Discussão - SCP, feminino, 35 anos, alega palpitações e cefaleia, súbitos. Evoluiu com prurido corporal, diarreia
e emagrecimento. Ao exame físico, Pressão Arterial 200 x 130 mmHg, frequência cardíaca de 120 bpm, flush facial e massa em epigastro, cuja palpação
desencadeava taquicardia transitória. À tomografia computadorizada, volumosa massa sólida, na raiz do mesentério, infiltrativa. Presença de sinais dos áci-
dos 5-hidroxindolacético e Homovanílico urinários. Submetida à laparotomia que identificou volumosa tumoração retroperitoneal, acometendo mesentério
e grandes vasos, linfoadenomegalia de mesentério, nódulos hepáticos e estenose em jejuno. Anatomopatológico compatível com TNE bem diferenciado.

*UFOP, Minas Gerais.

TL.G.MIS.P.620
VASCULITE PERIFÉRICA GRAVE ASSOCIADA À CRIOGLOBULINEMIA MISTA EM PORTADORES DE
INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS DA HEPATITE C (HCV) – RELATO DE CASOS
Marina Santos e Souza*, Raissa Espírito Santo*, Lívia DANTAS*, Charliana Uchoa Cristovão*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*,
Alex Baia Gualter Leite*, Vitório Luís Kemp*, Roberto José Carvalho Filho*

Resumo - Introdução - A crioglobulinemia mista é encontrada em~30% dos casos de infecção crônica pelo HCV, sendo geralmente assintomática.
Vasculite crio-positiva por deposição de imunocomplexos pode ocorrer em ~3%, muitas vezes com evolução clínica grave. Relato de casos - Caso 1:
PRC, masc., 44 anos, há 2 anos com pápulas eritematosas em membros superiores, inferiores e nádegas. Há 1 ano com dor, parestesia e perda de força
assimétricas em membros, com posterior diagnóstico de hepatite C crônica, crioglobulinemia e polineuropatia sensitivomotora axonal grave. Após
prednisona 80 mg/dia e plasmaférese, paciente evoluiu com sepse de foco cutâneo. Necrose em quirodáctilos e pododáctilos surgiu após interrupção da
imunossupressão. Com o controle da infecção, foi iniciado rituximabe, com estabilização do quadro. Caso 2: CPS, mas., 33 anos, há 1 ano com lesões
purpúricas elevadas em membros inferiores (MMII). Há 6 meses, ascite e sinais de cirrose hepática em propedêutica laboratorial e de imagem, sendo
diagnosticada hepatite C. Há 4 semanas, surgiram lesões ulceradas em MMII, dor e parestesia. Após plasmaférese e metilprednisolona, apresentou sepse
de focos urinário e cutâneo e evoluiu a óbito. Motivo da apresentação: Em portadores de HCV com vasculite grave relacionada a crioglobulinemia mista,
há indicação de terapia imunossupressora associada à plasmaférese, anteriormente à terapia antiviral. O manejo destes pacientes é dificultado pelo alto
risco de complicações infecciosas graves.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.G.PAN/VB.P.621
DOENÇA DE CROHN (DC) COM PANCREATITE GRAVE E RECORRENTE, EVOLUINDO COM

Pôsteres • pâncreas/v. bilares


INSUFICIÊNCIA EXÓCRINA MESMO APÓS A SUSPENSÃO DA AZATIOPRINA (AZA)
Lívia de Almeida COSTA*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*, Luiza Fabres do Carmo*,
Virgínia Brasil de Almeida*, Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Orlando Ambrogini Júnior*, Marjorie Costa Argollo*

Resumo - Introdução - A pancreatite aguda induzida por drogas ocorre em 5,3% dos casos. A prevalência é subestimada pela dificuldade em estabele-
cer relação causal. É mais frequente em jovens e, no caso da AZA, o uso em pacientes com DC está relacionado a risco maior do que outras condições.
Relato de caso JBC, 30 a, masculino, com DC fistulizante desde 2002. Fez uso aminossalicilatos até 2005, quando foi associada AZA. Após 1 mês
evoluiu com pancreatite aguda, excluída etiologia biliar e suspeitada de pancreatite medicamentosa. A AZA foi suspensa e iniciado infliximabe. Mesmo
após a suspensão da AZA, apresentou 3 episódios de pancreatite aguda, sugerindo outro fator causal associado. Evoluiu com pseudocisto infectado e
trombose de veia porta. Realizada antibioticoterapia, drenagem cirúrgica e anticoagulação. Evoluiu com pancreatite crônica e insuficiência exócrina.
Trocado Infliximabe por Adalimumabe, que foi suspenso devido à tuberculose pleural, tratada com RIPE. Atualmente sem imunobiológico devido à
fístula perineal crônica infectada por Candida albicans e Proteus vulgaris, tratada com antibióticos e proposta de abordagem cirúrgica. Conclusão - As
tiopurinas são imunomoduladores muito usados na DC. A maior limitação no uso consiste em efeitos adversos, que geralmente ocorrem nas primeiras
4 semanas. A pancreatite aguda pode ocorrer em 1% dos casos, é idiossincrásica e geralmente leve. O mecanismo da lesão é desconhecido. Responde à
suspensão da droga, recorrendo com a reintrodução.

*UNIFESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 241


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.PAN/VB.P.622
DESAFIO DA COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM SITUS INVERSUS TOTALIS
Dulcyane Ferreira de Oliveira1, Fernanda Vanessa Pereira de Barros1, Wilson Xavier GOGOLEWSKY2,
Mardem Machado de Souza1

Resumo - O situs inversus totalis (SIT) é uma desordem genética rara - ocorre entre 0,002-0,01% da população, caracterizada pela transposição dos
órgãos tóraco-abdominal no sentido sagital. A sua etiologia é desconhecida, mas é provavelmente devida a uma predisposição genética para um gene
autossômico recessivo. A incidência de litíase vesicular não difere da relatada para a população geral. O primeiro caso de colecistectomia videolaparoscó-
pica (CVL) em paciente com esta condição foi descrito em 1992 nos Estados Unidos. Pela raridade da doença, que é descoberta principalmente quando
há colelitíase sintomática, a literatura nacional é escassa em relação a descrição destes casos, que se apresentam como um desfio cirúrgico. É relatado o
caso de uma paciente do sexo feminino de 37 anos, portadora de situs inversus totalis que apresentou colelitíase sintomática tratada por colecistectomia
laparoscópica com técnica operatória atípica e alta precoce, cuja discussão permite o aprimoramento e emana curiosidade até mesmo de cirurgiões mais
habilidades em videolaparoscopias, mostrando que a colecistectomia laparoscópica em pacientes com situs inversus é tecnicamente viável com elevados
níveis de segurança, quando realizada por uma equipe experiente.

UNIC, 2 Hospital São Matheus, Ceará.


1

TL.G.PAN/VB.P.623
HEMOBILIA SECUNDÁRIA A PÓLIPO INFLAMATÓRIO DA VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO
Noêmia Marra Canêdo Guimarães1, Paula Malagoni Cavalcante Oliveira1, Isabel Carolina Veríssimo Vendramini2,
Juliana Prelle Vieira COSTA1, Paula Suzzani Mendonça1, Paulo Felipe Conceição de Arruda1,
Américo de Oliveira Silvério1, Heber Cardoso Wanderley1

Resumo - Introdução - A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é responsável por quase 80% das hemorragias digestivas. A hemobilia é causa rara de
HDA, e tipicamente está associada a trauma, instrumentação cirúrgica/endoscópica da via biliar ou neoplasias hepáticas. Descreve-se um caso de he-
mobilia secundária a pólipos da vesícula biliar. Relato de caso - Paciente de 64 anos, masculino, negro, com hematêmese de grande monta e instabilidade
hemodinâmica. Quadro iniciado há 3 meses, com piora nos último mês. Negava dor abdominal e icterícia. Realizadas endoscopia digestiva alta (EDA)
e colonoscopia: normais. Durante novo episódio de hematêmese, realizou-se EDA que visualizou sangramento através da papila duodenal. Ultrassono-
grafia revelou duas lesões polipoides sesséis na vesícula biliar, de limites parcialmente definidos, sem colelitíase. Realizada colecistectomia convencional,
devido a suspeita de neoplasia, porém o anatomopatológico revelou tratar-se de pólipos sobre áreas de ulceração. Discussão - As lesões polipoides da
vesícula biliar acometem até 5% da população e raramente geram sintomas. Nesse caso, evoluíram com HDA. O diagnóstico de hemobilia é um grande
desafio, já que a tríade clássica: icterícia, dor em hipocôndrio direito e hemorragia digestiva, ocorre em menos de 50% dos casos. Conclusão - Deve-se
atentar para causas mais raras de HDA, como hemobilia e hemossucus pancreático, principalmente quando a EDA não identifica lesões, sendo, por
vezes, necessária a realização de duodenoscopia.

*Hospital Geral de Goiânia, Goiânia; Hospital de Urgências de Goiânia, Goiás.

TL.G.PAN/VB.P.624
HEMOSSUCUS PANCREÁTICO: UM CASO RARO DE SANGRAMENTO DIGESTIVO
Zilais Linhares Carneiro Menescal*, Suyanne Maria de Albuquerque Xerez Martins*, José Milton de Castro Lima*,
André Ventura da Nóbrega*, Samara Jacinto de Lima*, Ricardo Leite de Aquino*, Lindenberg Barbosa Aguiar*,
Gustavo Rêgo COELHO

Resumo - Introdução - Hemossucus pancreático (HP) é causa rara de sangramento digestivo que ocorre através da papila de Vater, via ducto pancre-
ático. As causas mais comuns são aneurismas e pseudoaneurismas secundários a pancreatite, tumores, anormalidades congênitas, infecções, trauma ou
iatrogenia. Classicamente cursa com dor epigástrica, hemorragia digestiva e hiperamilasemia. Os métodos endoscópicos, US, TC/RNM e arteriografia
são indispensáveis para distinguir HP de outras patologias. A embolização e/ou cirurgia são as opções terapêuticas. Objetivo - Relatar caso de HP
enfatizando sua apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Relato de caso - FCS, 38 anos, masculino, ex-etilista, portador de HIV e pancreatite
crônica, com recorrente epigastralgia associada à melena. Evoluiu com anemia grave e amilase elevada, sendo necessárias algumas transfusões. EDA e
colonoscopia foram normais. Na US/TC de abdome visualizou-se tortuosidade e ectasia vascular junto à cauda pancreática e hilo esplênico, sugerindo
pseudoaneurisma associado à trombose e esplenomegalia. Realizou arteriografia que não detectou sangramento ativo, impedindo a embolização. Optado
então pela cirurgia laparoscópica com clipagem da art. esplênica com desfecho satisfatório. Conclusão - Geralmente o diagnóstico do HP é tardio devido
ao seu caráter intermitente. Após confirmação, o tratamento endovascular é primeira opção, porém cerca de 30% podem recorrer. Nesses casos, cirurgia
é a alternativa terapêutica mais eficaz.

*UFC, Ceará.

242 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.PAN/VB.P.625
PANCREATITE CRÔNICA DE ETIOLOGIA AUTOIMUNE POR IGG4 – RELATO DE CASO
Bruno Hiroshi Sakamoto Leal1, Natacha Thalita Santos Amorim1, Rodrigo Kouzak Mayer1, Carolina Riether Vizioli2,3, Lúcio Lucas
Pereira2, Soraya Sbardellotto Braga4,5, Carlos Henrique dos Anjos6, Heinrich Bender Kohnert Seidler7,8,1

Resumo - Pancreatite autoimune é uma forma rara de pancreatite crônica, caracterizada por infiltrado inflamatório rico em plasmócitos IgG4+ e fibro-
esclerose, assim como aumento dos níveis séricos de IgG4+, podendo estar associada a um caráter sistêmico, com envolvimento de vários órgãos. Relato de
caso - Paciente com antecedente de doença celíaca e artrite reumatoide, submetida a gastrectomia parcial em março de 2013 por úlcera gástrica estenosante,
evoluindo com diarreia crônica. Internou em junho/13 com quadro de icterícia e náuseas há 1 mês. Uma TC de abdome evidenciou pâncreas homogêneo,
levemente espessado, espessamento de colédoco intrapancreático e dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas, além de múltiplas linfonodomegalias
peritoniais. Tecido pancreático foi biopsiado e a avaliação histológica revelou pancreatite linfoplasmocítica esclerosante, com infiltrado linfoplasmocítico
IgG4+ e eosinofílico, exibindo flebite e organização periductal, associado a diminuição da densidade epitelial e fibrose. No hemograma, leucocitose com
eosinofilia, além de IgG4 sérica elevada (189 mg/dL), fator reumatoide e anti-CCP positivos e grande aumento das enzimas canaliculares. Iniciado pulsoterapia
com metilprednisolona, seguida de prednisona oral. Evoluiu com queda progressiva de enzimas canaliculares e bilirrubinas, além de melhora importante da
eosinofilia. Conclusão - O relato mostra a importância de considerar causa autoimune, que pode corresponder a até 6% das pancreatites crônicas.

1
UNB, 2Hospital Brasília, 3Clínica Cronos, 4Clínica Unigastro, 5HBDF, Brasília. 6Hospital Sírio Libanês, São Paulo. 7Laboratório Brasiliense; 8UCB, Brasília.

TL.G.PAN/VB.P.626
PANCREATITE CRÔNICA AGUDIZADA COMPLICADA COM ABSCESSO PERIRRENAL, FÍSTULA
DUODENO-PANCREÁTICA E VARIZES GÁSTRICAS: RELATO DE CASO
Milena Santana Girao*, José Walter Correia*, Manoel Pedro Guedes GuimarÃes*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*,
Ernesto Lima Araújo Melo*, Otho Leal Nogueira*

Resumo - Introdução - As complicações da pancreatite aguda são várias e dentre elas temos coleções peripancreáticas, fistulas e trombose da veia esplê-
nica. Objetivo - Apresentar aspectos clínicos, endoscópicos e radiológicos de pancreatite crônica agudizada complicada com abscesso perirrenal, fistula
duodeno-pancreática e trombose de veia esplênica. Caso clínico - Paciente do sexo masculino, 72 anos, etilista com quadro de dor abdominal associada
a vômitos. Realizou TC de abdômen com pâncreas de volume reduzido com calcificações com cerca de 50% de necrose. Foi iniciado antibioticoterapia,
medidas gerais, porém evoluiu com sepse grave. A TC de abdômen revelou fistula duodeno-pancreática e abscesso pancreático com dissecção para espaço
perirrenal direito. Realizada endoscopia que evidenciou varizes de fundo gástrico e fistula duodenopancreática com drenagem de secreção purulenta.
Realizada duas sessões de debridamento endoscópico com diminuição da fistula. Evolui com hemorragia digestiva alta por varizes de fundo gástrico,
sendo realizado cianoacrilato. Evoluiu com melhora clínica, com regressão da necrose pancreática, da fistula e do abscesso perrirenal. Conclusão - A
pancreatite aguda pode evoluir com necrose em 5-10% dos casos, com alta taxa de mortalidade. Este é um caso de uma pancreatite crônica agudizada
com várias complicações, tendo sido realizado manejo clínico e endoscópico com boa evolução sem necessidade de intervenção cirúrgica.

*Hospital Geral Cesar Cals, Ceará.

TL.G.PAN/VB.P.627
PESQUISA DAS MUTAÇÕES N34S E P55S DO GENE SPINK1 E DA MUTAÇÃO R254W DO GENE CTRC
EM PACIENTES COM PANCREATITE CRÔNICA
Marianges Zadrozny Gouvêa da Costa*, Dulce Reis Guarita*, Suzane Kioko Ono*, Júlia Glória Lucatelli Pires*,
Camila da Silva Ferreira*, Denise Cerqueira Paranaguá-Vezozzo*, Paulo Dominguez Nasser*,
Ana Cristina de Sá Teixeira*, Flair José Carrilho*

Resumo - Introdução - A biologia molecular muito contribuiu para o entendimento da fisiopatogenia da pancreatite. O foco do estudo são os genes
SPINK1 e CTRC que protegem o parênquima pancreático contra lesões causadas pela tripsina prematuramente ativada. Objetivo - Verificar a frequência
das mutações N34S e P55S do gene SPINK1 e da mutação R254W do gene CTRC em pacientes com pancreatite crônica. Casuística - Incluímos três
grupos: Pacientes com pancreatite crônica (grupo A), etilistas crônicos sem pancreatite crônica (grupo B) e controles sadios (grupo C). Método - Pes-
quisamos as mutações através da metodologia de sequenciamento. Resultados - O gene SPINK1 foi estudado em 64 pacientes do grupo A, 43 pacientes
do grupo B e em 77 do grupo C, sendo que foi encontrada a mutação P55S em três pacientes do grupo A (p = 0,017) e a mutação N34S em um paciente
do grupo A (p = 0,169). O gene CTRC foi estudado em 72 pacientes do grupo A, 47 pacientes do grupo B e 19 do grupo C, sendo que foi encontrada a
mutação R254W em um paciente do grupo A (p =0,339). Conclusões - A frequência da mutação P55S do gene SPINK1 foi significativamente maior do
que a encontrada nos pacientes dos grupos B e C; a frequência das mutações N34S do gene SPINK1 e R254W do gene CTRC encontradas no grupo A
não diferiram estatisticamente quando comparamos às dos grupos B e C.

*USP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 243


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.PAN/VB.P.628
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO DE LOCALIZAÇÃO HEPÁTICA: RELATO DE CASO
Fernanda Bastos SALES1, Thallis Eliakin Pimentel Amorim2, Juliana Bastos SALES2, Farisa Cecília Silva Lúcio2

Resumo - Introdução - O pseudocisto pancreático é uma coleção organizada, contendo suco pancreático rico em amilase, que surge como consequência
de um episódio de pancreatite aguda ou após exacerbação de uma pancreatite crônica. Seu diagnóstico e tratamento requer equipe multidisciplinar. Ob-
jetivos - Relatar caso de um paciente com pseudocisto pancreático de localização hepática submetida à drenagem externa. Material e Métodos - J.R.S.,
masculino, 53 anos, etilista, procura atendimento médico com quadro de hematêmese e melena há dois dias, com febre. Exame Físico - E.G.R., caquético,
mucosas hipocoradas (++/4), abdome globoso, doloroso a palpação. Exames laboratoriais - Hb: 5,6; leucócitos: 14,600; plaquetas: 580.000. USG de
abdome: fígado com dimensões aumentadas e ecotextura heterogênea por imagens anecoicas, maior medindo 15,8 x 8,7 cm. EDA: Pangastrite erosiva
leve. TC de abdome na falta de um diagnóstico definitivo evidenciou coleção hepática à esquerda. Diante do quadro de sepse e instabilidade hemodinâ-
mica foi optado por drenagem externa urgente, com secreção vermelho-achocolatado, e amilase do líquido drenado de 13,000 U/L. Resultados - Paciente
submetido à drenagem externa urgente evoluiu sem dor abdominal, com fechamento do orifício cutâneo, aceitando bem a dieta via oral, sem náuseas ou
vômitos. Conclusão - Pacientes em tratamento de pseudocisto pancreático devem ser minuciosamente avaliados, uma vez que comorbidades associadas
podem tornar a cirurgia um procedimento de alto risco.

HGRS; 2FAMENE, Paraíba.


1

TL.G.PAN/VB.P.629
RABDOMIOLISE CURSANDO COM PANCREATITE AGUDA. RELATO DE CASO
Mariana May*, Eduardo de Souza Barreto*, Felipe Carvalho Leão*, Léo Dantas Pereira*,
Lucas Almeida de Santana Rocha*, Lorenza André Almeida de Souza*, Rinaldo Antunes Barros*

Resumo - Introdução - Rabdomiólise é definida como a injúria do músculo esquelético com extravasamento de conteúdos intracelulares, incluindo
liberação de creatino quinase, eletrólitos e mioglobina. Quanto à etiologia multifatorial, encontra-se trauma, exercício físico extenuante, fármacos e
tóxicos. Na literatura, 13% à 50% dos pacientes desenvolvem insuficiência renal aguda secundária à rabdomiólise. Objetivo - Relatar caso clínico de
pancreatite aguda secundária à Rabdomiólise. Relato de caso - M.P.P.A., sexo masculino, 35 anos, admitido no hospital UNIMED devido a sincope,
visando maior investigação propedêutica cardiológica e/ou neurológica. Posteriormente desenvolveu rabdomiólise com insuficiência renal aguda
dialítica, cursando com níveis elevados de amilase e lipase, associado a diagnostico de pancreatite aguda Balthazar B, estando em acompanhamento
ambulatorial assintomático. Discussão - Heroína, álcool e cocaína são os agentes tóxicos mais frequentes de rabdomiólise, cujo dano no músculo
pode ser diretamente nas fibras musculares, ou indiretamente através dos efeitos de compressão-imobilização ou hiperatividade celular. A inflamação
aguda do pâncreas com envolvimento de tecidos adjacentes apresenta como etiologia a insuficiência renal, distúrbios eletrolíticos, entre outros. Con-
clusão - Pela raridade da associação dessas patologias este relato alerta para a complexidade da fisiopatologia e necessidade de estudos para entender
a relação de causa e consequência entre as mesmas.

*EBMSP, Bahia.

TL.G.PAN/VB.P.630
RELATO DE CASO: MELANOMA MALIGNO CUTÂNEO METASTÁTICO PARA PAPILA DUODENAL
Roberta Kazan Tannus*, Carlos Aristides Fleury Guedes*, Andre Silva Alfredo*, Luiz Siqueira Filho*

Resumo - Introdução - O melanoma maligno é um tumor com grande potencial de malignidade e o prognóstico de pacientes com doença metastática
sistêmica é reservado. A metástase para o trato biliar é uma situ­ação pouco frequente e acontecimento tardio na progressão da doença. Relato de caso
- Homem de 54 anos, submetido à exérese de melanoma maligno em 2009 na região dorsal. O anatomopatológico foi compatível com melanoma nodu-
lar epitelioide, de 0.47 cm de espessura e margens cirúrgicas livres de neoplasia. Quatro anos após a remoção foi avaliado devido quadro de colestase.
Colangiorresonância magnética com dilatação das vias biliares. Foi então encaminhado para colangiopancreatografia endoscópica que revelou papila
duodenal abaulada e orifício papilar enegrecido. A abertura da papila foi observada massa enegrecida e infiltrativa. As tomografias de crânio e tórax
não evidenciaram alterações. Paciente foi então submetido à derivação bilio digestiva para tratamento paliativo. Discussão - O melanoma maligno é um
tumor imprevisível, que pode disseminar para qualquer órgão. A incidência de metástase isolada na papila duodenal como apresentado é pouco conhe-
cida, sendo a síndrome colestática o sintoma mais comum. A cirurgia é a terapia de escolha, mas um tratamento incluindo imunoterapia e quimioterapia
poderia aumentar a sobrevida. O emprego de próteses biliares parece oferecer alivio temporário dos sintomas obstrutivos.

* Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Minas Gerais.

244 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MD.P.631

Pôsteres • pÂncreas/mot.digestiva
ACHADOS MANOMÉTRICOS EM PORTADORES DE DISTÚRBIOS DA DEFECAÇÃO
Carlos Henrique Diniz de Miranda1, Juliana de Sá Moraes1, Maria Clara de Freitas COELHO1,
Victor Lima de Matos1, Marisa Fonseca Magalhães2

Resumo - A manometria anorretal é importante na avaliação de portadores de distúrbios da defecação. Permite o diagnóstico de contração paradoxal
do músculo pubprretal, hipertonia de esfíncter e ausência de reflexo inibitório retoanal nos portadores de constipação intestinal. Nos portadores de
incontinência fecal alterações da sensibilidade retal, das pressões de repouso e contração é que devem ser avaliadas. Com o objetivo de avaliar a contri-
buição da manometria anorretal no diagnóstico dos distúrbios da defecação, constipação intestinal e incontinência fecal, analisamos exames realizados
no laboratório de motilidade do Instituto Alfa de Gastroenterologia nos últimos cinco anos. Os parâmetros avaliados foram as pressões de contração
e de repouso, sensibilidade retal, presença de sinal de contração paradoxal do músculo puborretal com teste de expulsão do balão e identificação de
reflexo inibitório reto-anal. Os resultados foram avaliados separadamente segundo a indicação: incontinência e constipação intestinal. A análise mostrou
importante contribuição do método ao diagnóstico dessas condições. Nos portadores de incontinência houve menores pressões de contração e repouso.
Alguns portadores de constipação intestinal apresentaram sinais de contração paradoxal do músculo puborretal.

1
Santa Casa de Belo Horizonte; 2Instituto Alfa - HC-UFMG, Minas Gerais.

TL.G.MD.P.632
AVALIAÇÃO EVOLUTIVA DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPEDÂNCIO-PHMETRIA PROLONGADA
Rosana Bihari Schechter*, Eponina Lemme*, Luiz Abrahão Junior*, Jordana Soares Tavares*, Beatriz Pillar*,
Flavia Palacio*

Resumo - Introdução - A doença do refluxo gastroesofágico manifesta-se por sintomas típicos ou atípicos. A maioria responde ao tratamento com
anti-secretor (IBP), porém um subgrupo permanece sintomático. Em alguns a causa é refluxo ácido (RA), em outros refluxo não-ácido (RNAc). A
Impedâncio-pHmetriaprolongada(IMP-PH)permite detectar RA e RNAc. Objetivo - Avaliar evolutivamente pacientes que realizaram IMP-PH analisando
a contribuição do método para o seu diagnóstico e terapêutica. Material e Métodos - Estudo retrospectivo, de revisão de laudos de exames e prontuários,
além de contato telefônico de pacientes que realizaram IMP-PH. Avaliou-se dados demográficos, queixa principal, vigência de IBP, resultado do exame
e a contribuição do mesmo para a melhora do paciente. Resultados - Estudou-se 41pacientes, 28 mulheres, 13 homens, com média de idade de 55,5a
(18-85). A principal indicação foi pirose refratária ao IBP (27,7%), seguida de tosse crônica (20%) e regurgitação (18,5%). Pigarro (9,2%),dor torácica
(7,7%), rouquidão(4,6%), asma de difícil controle (4,6%),eructação (3,1%), soluços (3,1%) e odinofagia (1,5%) foram as outras indicações. Dos 41, 26
(63,4%) realizaram o exame em uso do IBP. O exame foi normal em 21 (51,2%), revelou RNAc em 11(26,9%) e RA em 9 (21,9%).Avaliação evolutiva foi
realizada 4a após o exame. 24 (58,5%) apresentaram melhora com a conduta adotada após o exame. Conclusão - A IMP-PH é um método importante
para o esclarecimento diagnóstico e a orientação terapêutica de um grupo selecionado de pacientes.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

TL.G.MD.P.633
CONTRIBUIÇÃO DA MANOMETRIA ANORRETAL EM PACIENTE COM QUADRO DE ENCOPRESE:
RELATO DE CASO
Marisa Fonseca Magalhães1,2, Carlos Henrique Diniz de Miranda1, Juliana de Sá Moraes1, Maria Clara de Freitas COELHO1,
Vítor Lima de Matos1

Resumo - A manometria anorretal permite a avaliação da função do canal anal responsável pela continência fecal. Outro parâmetro é a sensibilidade
retal e se diminuída relaciona-se à incontinência fecal. Encoprese afeta 1-3% de crianças em idade escolar e é definida como incontinência fecal funcional
em pacientes com 4 anos, ou mais. Ocorre com ou sem constipação intestinal. Avaliar a contribuição da manometria anorretal em portador de encoprese
com constipação intestinal. AJS, 16 anos vem ao laboratório de motilidade com queixa de perda involuntária de fezes e relato de constipação intestinal.
Havia história de comportamento inadequado e de ser vítima de abuso sexual. Ao exame observou-se na região perianal sinais de dermatite crônica.
Ao toque retal havia hipotonia de esfíncter. A manometria mostrou segmento de canal anal funcional de 3cm, baixas pressões de repouso e contração.
Sensibilidade retal, urgência evacuatória e máximo volume tolerado normais. Reflexo inibitório reto-anal presente. Encoprese está relacionada á consti-
pação intestinal em pacientes sem alterações funcionais ou estruturais do canal anal, megarreto é achado comum. A manometria anorretal em crianças
portadoras de constipação é diagnóstica se não evidencia reflexo inibitório. A manometria é útil no diagnóstico de casos de encoprese com constipação
intestinal. São necessários outros métodos e a pesquisa de fatores associados.

1
Santa Casa de Belo Horizonte; 2Instituto Alfa, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 245


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MD.P.634
CORRELAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ISQUÊMICO E A
PENETRAÇÃO LARÍNGEA E ASPIRAÇÃO LARINGOTRAQUEAL
Priscila Watson Ribeiro1, Paula Cristina Cola2, Ana Rita Gatto1, Roberta Gonçalves Silva2, Arthur Oscar Schelp1,
Rodrigo Bazan1, Maria Aparecida C de Arruda HENRY1

Resumo - Introdução e Objetivo - A gravidade do Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem sido reconhecida como um preditor da disfagia orofaríngea. O
objetivo deste estudo foi verificar a correlação entre a gravidade do AVC isquêmico e a presença de penetração laríngea (PL) e aspiração laringotraqueal
(AL). Método - 74 indivíduos pós-AVC foram submetidos à aplicação da Escala Internacional de AVC do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS). Foram
divididos em quatro grupos conforme a pontuação do NIHSS, sendo G1(0-4), G2 (5-10), G3 (11-19) e G4 (≥ 20). Destes, dois indivíduos não realizaram
a videofluoroscopia pelo comprometimento neurológico grave. Portanto, 72 indivíduos foram submetidos à videofluoroscopia, utilizando o pastoso e
líquido para detecção da PL e AL. Resultado - 06 (8%) indivíduos apresentaram PL com o pastoso nos grupos G1(67%) e G2 (33%). Para o líquido,
41 (57%) apresentaram PL nos grupos G1(51%), G2 (29%) e G3 (19%). Ausência de correlação com o pastoso (P=0,327) e o líquido (P=0,813). AL foi
observada em 01(1%) indivíduo com o pastoso no G1 e em 09 (12%) com o liquido, no G1 (44%), G2 (33%) e G3 (22%). Ausência de correlação com o
pastoso (P=0,371) e o líquido (P=0,629). Conclusão - Não houve correlação entre o NIHSS e a PL e AL nos indivíduos com NIHSS<20. Naqueles com
NIHSS ≥ 20 foi indicada a via alternativa de alimentação. Portanto, sugere-se que o NIHSS seja utilizado como um instrumento para eleger o momento
da avaliação fonoaudiológica da deglutição no AVC isquêmico

FMB; 2UNESP – Marília, São Paulo.


1

TL.G.MD.P.635
ESPASMO ESOFAGIANO DIFUSO E DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: ASSOCIAÇÃO
FREQUENTE
Juliana Faria Lua Figueiredo*, Ana Paula Nogueres Sampaio*, Eponina Lemme*, Laura Helman*, Beatriz Bussade Pillar*,
Fernanda Ferreira Francisco*, Flávia Musauer Palácio*, Fernanda Paes Saraiva da Rocha Azevedo*

Resumo - Introdução - O espasmo esofagiano difuso (EED) é um distúrbio motor primário do esôfago caracterizado por dor torácica (DT). Recen-
temente, franca relação com DRGE tem sido observada nos pacientes com este diagnóstico. Objetivo Verificar diferença dos sintomas entre pacientes
com diagnóstico manométrico de EED com e sem DRGE. Métodos Estudo retrospectivo onde foram levantados dados demográficos, queixa principal,
achados endoscópicos e pHmetria (PHM) dos pacientes com EED visto por esofagomanometria. Separados em dois grupos: com e sem refluxo à PHM
e/ou EDA, foram comparados quanto ao quadro clínico. Resultados Foram estudados 27 pacientes com EED entre 2003-13. No grupo com DRGE com
15 (55,6%) pacientes, 6 (40%) homens e MI de 67,66 anos. Disfagia foi o sintoma predominante em 7 (46,6%), seguida de DT 3(20%), pirose 1 (6,6%) e
soluço 1 (6,6%). A associação de disfagia e pirose em 3 (20%) pacientes. Realizadas PHM em 12 pacientes: refluxo anormal ereto 1 (8,3%), supino 6(50%)
e biposicional 3 (25%). Alterações na EDA em 10 pacientes (76%): esofagite erosiva em 8 e estenose péptica 2. No grupo sem DRGE com 12(44,4%)
pacientes, 3 (25%) homens e MI de 55,25 anos. O sintoma predominante foi disfagia 5 (41,6%), seguido de pirose 3(25%), DT 1(8,3%), globus 1(8,3%), a
associação de disfagia e pirose 1(8,3%) e disfagia e DT em 1(8,3%). Conclusão A DRGE é muito prevalente nos pacientes com EED e outros sintomas
como pirose, regurgitação ácida ou disfagia podem predominar no quadro clínico.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

TL.G.MD.P.636
OBESIDADE NA ACALÁSIA
Angela Cerqueira Alvariz*, Eponina Maria Oliveira Lemme*

Resumo - Introdução - A acalasia é um distúrbio motor do esôfago da musculatura lisa caracterizada por relaxamento incompleto do esfíncter esofagiano
inferior (EEI) e aperistalse do corpo esofagiano. Pode ser idiopática ou secundária a doença de Chagas, e menos comumente secundária a neoplasia do
fundo gástrico invadindo o esôfago. Sua principal manifestação clínica é a disfagia funcional de longa duração, que ocorre em 99% dos pacientes, seguida
de regurgitação (78%) e perda de peso (71%) - Pereira & Lemme, 1995. Entretanto na prática clínica, observamos que muitos pacientes apresentam-se com
sobre-peso e mais raramente com obesidade Objetivo - Avaliar a prevalência de sobre-peso e obesidade em um grupo de pacientes quando do diagnóstico
manométrico de acalasia. Material e Métodos - Estudo retrospectivo com analise do IMC de pacientes virgens de tratamento, que foram divididos em
Grupo 1 (IMC<18,5 - magreza); Grupo 2 (IMC >18,5 a 24,99 - peso normal); Grupo 3 (IMC 25 a 29,99 - sobrepeso) e Grupo 4 (IMC > 30 Obeso). Foram
avaliados em relação a cada grupo as seguintes variáveis: tempo de doença, presença de dilatação esofagiana (megaesôfago), pressão do EEI, amplitude
média das ondas do corpo esofagiano. Resultado - Foram estudados 74 pacientes assim classificados: 14 no grupo 1(18,9%), 31 no grupo 2 (41,9%), 18
no grupo 3 (24,4%) e 11 no grupo 4 (14,8%). As variáveis estudadas não foram estatisticamente significativas nos grupos com sobrepeso e obesidade.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

246 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Pôsteres

TL.G.MD.P.637
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A FUNÇÃO DO CASO DO EIXO TEÓRICO PRÁTICO INTEGRADO NA
RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA (RCUI) EM UMA UNIDADE DE SAÚDE EM GOIÂNIA, GOIÁS
Joice de Moura Dias*, Daniela Cristina Schroff Machado*

Resumo - Introdução - O curso de Medicina da PUC-GO apresenta uma disciplina conhecida como Caso do Eixo Teórico Prático Integrado (CETPI).
Este visa colher casos reais de usuários da Unidade Escola Saúde da Família (UESF) da Vila Mutirão (região Noroeste de Goiânia) para serem discutidos
em aula e elaborar uma devolutiva para a própria comunidade. Em setembro de 2012, os acadêmicos do terceiro período coletaram um caso de uma senhora
com diagnóstico de RCUI. Objetivos - Os acadêmicos discutiram, por meio de artigos científicos, temas como etiologia e manifestações clínicas. Pretendeu-
-se, por meio de discussões com a comunidade, informa-los sobre os sintomas e tratamento da RCUI. Relato de experiência: A devolutiva foi feita em duas
fases. Primeiro, os acadêmicos assistiram a palestras sobre temas relacionados à RCUI.A seguir, o conteúdo aprendido foi exposto aos usuários da UESF,
promovendo assim discussões sobre os sintomas da RCUI e tratamento. Resultados - Os moradores da região foram informados sobre os sintomas da RCUI e
os alimentos que devem ser evitados para evitar crises de remissão da doença. Conclusão - O caso coletado propiciou um enriquecimento sociointelectual dos
acadêmicos, promovendo uma relação de confiança com os moradores do local. Acredita-se que esses indivíduos se tornaram propagadores do conhecimento,
podendo dar orientações em seu meio social. Assim, o CETPI mostrou-se eficaz em seu objetivo de informar os acadêmicos e levar benefícios à comunidade.

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

TL.G.MD.P.638
SINTOMAS DE DISMOTILIDADE GASTRINTESTINAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS

Pôsteres • mot. digestiva


PODEM LIMITAR ALGUNS FATORES FÍSICOS, AFETANDO SUA QUALIDADE DE VIDA
Grazieli Lopes Matta e Vendrame*, Lucilene Rosa e Silva Westmore*, Rose Meire Albuquerque Pontes*, Miriam Zebian el Kadri*,
Felipe Augusto Linhares Xavier*, Gabriel Afonso Dutra Kreling*, Larissa Marion Grande*, Natália Marcusso MASSONI*

Resumo - Introdução - pacientes com doença de Chagas-forma gastrintestinal (DC-GI) parecem ter pior Qualidade de Vida (QV). Isto pode estar
relacionado à frequência dos variados sintomas da doença. Objetivos - avaliar QV em pacientes com DC-GI comparando com a população; relacionar
QV dos pacientes com frequência de seus sintomas. Casuística/Método - 50 controles (C) e 50 pacientes com DC-GI (P). Todos responderam ao SF-36
que avalia QV em 8 domínios: capacidade funcional (CF), aspectos físicos (AF), dor, estado geral de saúde (EGS), vitalidade (VT), aspectos sociais (AS),
aspectos emocionais (AE) e saúde mental (SM). Pacientes responderam quanto à presença de 21 sintomas de dismotilidade GI, definindo “Escore dos
Sintomas” (ES-número de sintomas relatados pelos pacientes). Estatística: Mann-Whitney (comparar os 8 domínios entre C e P); Spearmann (correla-
cionar ES com cada domínio). Resultado - P tiveram escores menores do que C para os domínios: 1) CF: P (med=70) vs. C (med=90), p=0,004; 2) AF:
P (med=50) vs. C (med=100), p=0.003; 3) EGS: P (med=65) vs. C (med=80), p=0,01; 4) VT: P (med=60) vs. C (med=80), p=0.01; 5) AS: P (med=62.5)
vs. C (med=100), p=0.0002; 6) AE: P (med=66.6) vs. C (med=100), p=0.004; 7) SM: P (med=64.8) vs. C (med=81.6), p=0.0006. ES correlacionou com
os domínios: CF (rs=-0.31, p=0.02) e Dor (rs=-0.36, p=0.01). Conclusão - pacientes com DC-GI têm pior QV. Pacientes com mais sintomas têm menores
escores de CF e Dor (seus sintomas podem limitar fatores físicos de suas vidas).

*UEL, Paraná.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 247


Gastroenterologia • ORAIS
TL.G.ESO.O.639
EFEITOS DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIA COM VITAMINAS DO COMPLEXO
B SOBRE OS INDICADORES METABÓLICOS DA VIA SULFURADA DE PACIENTES COM CÂNCER
DE ESÔFAGO
Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*, Vânia Cristina Lamônica*, Fernando Moreto*, Roberto Carlos Burini*

Resumo - Objetivo - Verificar a influência da suplementação de vitaminas do complexo B na via metabólica dos aminoácidos sulfurados. Mé-
todo - participaram 26 pacientes (58,4 ± 11,8 anos) com câncer de esôfago (CAE) e 20 indivíduos saudáveis (27 ± 8,4 anos) para controle. Após o
diagnóstico de CAE os pacientes foram submetidos à avaliação nutricional, exames bioquímicos gerais e avaliação do metabolismo sulfurado no
momento M0 e distribuídos aleatoriamente em dois grupos G1 e G2 para receberem suplementação com placebo e vitaminas (B2/B6/B12/folato)
por 15 dias (M1), com inversão da suplementação nos 15 dias subsequentes (M2). Resultados - Houve predominância masculina, raça branca,
tabagismo, etilismo, tipo histológico carcinoma espinocelular e estadiamento EIV. O índice de massa corporal (IMC) em 46% dos pacientes =
< 18 kg/m2 (15,9 ± 1,7 kg/m2); A porcentagem de perda de peso global = 21,3 ± 13,4%. As comparações estatísticas mostraram albuminemia,
glicemia, colesterolemia, folacemia, valores de metionina, homocisteína (Hcy), glutamato e glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG) se-
melhantes entre os grupos. Houve diferenças entre os grupos nos valores de B12, γ-GT, taurina, serina, glicina e glutamina. Após a intervenção
observou-se elevação de HDL-colesterol, Leucócitos, B12 e diminuição de Linfócitos e Hcy sem afetar os valores de malondialdeído, GSH e
GSSG. Conclusão - A suplementação vitamínica promoveu modificações de indicadores do estado de oxi-redução associados à melhoria da saúde.

*UNESP, São Paulo.

TL.G.EST/DUO.O.640
AVALIAÇÃO DO TESTE DE ANTÍGENO FECAL PARA O DIAGNÓSTICO PRIMÁRIO E CONTROLE
DE CURA DA ERRADICAÇÃO DE HELICOBATER PYLORI
Luiz Gonzaga Vaz Coelho*, Gustavo Miranda Martins*, Bianca Della Croce Vieira Cota*, Edson J Alves*,
Ana Carolina D. Meira*, Henrique A. F. Pinto*, Bruno Squárcio Fernandes Sanches*

Resumo - No Brasil, exames não-invasivos para a detecção da infecção por Helicobacter pylori (HP) são pouco disponíveis. Objetivo - Avaliar
ORAIS • estômago/duodeno

o desempenho de um teste de antígeno fecal (TAF) rápido, por imunocromatografia, no diagnóstico primário e após o tratamento de HP em
adultos. Métodos - 100 pacientes que nunca haviam se tratado de HP e 101 previamente tratados foram selecionados. Todos os participantes se
submeteram ao teste respiratório com ureia marcada com carbono-13 (padrão-ouro) e ao TAF (Abon Biopharm, Hangzhou, China). Resulta-
dos - Dentre os 100 pacientes virgens (56% do sexo feminino, idade média de 41 anos, 35% de infecção por HP), o TAF mostrou sensibilidade
de 94,3% (95% CI: 0.814-0.984) e especificidade de 78.5% (95% CI: 0.670 a 0.867). O valor preditivo positivo (VPP) e o valor preditivo negativo
(VPN) foram respectivamente 89% e 88%. A acurácia foi de 88.7%. No grupo dos 101 pacientes já tratados (59% de mulheres, idade média de 55
anos, 26,7% de infecção por HP), o TAF mostrou sensibilidade de 77,8% (95% CI: 0.592-0.894) e especificidade de 81% (95% CI: 0.707-0.884).
O VPP e o VPN foram respectivamente de 88.4% e 66.3%. A acurácia foi de 79%. Nas análises, foi considerada a prevalência da infecção por
HP no Brasil de 65%. Conclusões - Em regiões de alta prevalência da infecção por HP, o TAF rápido por imunocromatografia constitui método
não-invasivo razoável para o diagnóstico da infecção. Contudo, não deve ser empregado para avaliar o controle de cura pós-tratamento.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.G.EST/DUO.O.641
CEPAS DE H. PYLORI BABA2 POSITIVAS ESTÃO ASSOCIADAS COM DOENÇA ULCEROSA
PÉPTICA EM FORTALEZA, NORDESTE DO BRASIL
Matthaus Rabelo da COSTA*, Cícero Igor Simões Moura Silva*, Maria Helane Rocha Batista Gonçalves*,
Maria Aparecida Alves de Oliveira*, Alzira Maria de Castro Barbosa*, Francisco Will Saraiva Cruz*,
Tiago Barbosa de Melo*, Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga*

Resumo - O fator de aderência babA (blood group antigen adhesin gene), alelo babA2, ligado ao grupo sanguíneo Lewis-b tem sido
associado com a presença de úlcera péptica e câncer gástrico no ocidente, entretanto os resultados têm variado de acordo com a região.
Objetivo - Avaliar a possível associação do gene babA2 do H. pylori com gastrite, úlcera e câncer gástrico. Estudo prospectivo, realizado no
Hospital Universitário Walter Cantídio UFC. DNA extraído de fragmentos da mucosa gástrica de 132 pacientes H. pylori positivos, sendo 42
portadores de câncer gástrico, 51 de úlcera péptica, 39 de gastrite. Do total de cepas estudadas, 111/132 (84.1%) expressaram o gene babA2.
Não houve associação entre o gene babA2 e os genótipos vacA. Prevalência de bab2 foi de 71.4% (30/42) no câncer, 96% (49/51) na úlcera
péptica, 82.0% (32/39) na gastrite. Houve significância da expressão de babA2 com úlcera péptica (p=0.032) OD 1.20 95% IC 1.07-1.35. O
gene babA2 do H. pylori apresentou alta prevalência nos grupos estudados estando associado com a úlcera duodenal.
?

*UFC, Ceará.

248 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Orais

TL.G.EST/DUO.O.642
STATUS SOCIOECONÔMICO INFLUENCIANDO NA SOBREVIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE
CÂNCER GÁSTRICO NA CIDADE DE GOIÂNIA
Daniela Medeiros Milhomem CARDOSO1, Maria Paula CURADO2, José Carlos de Oliveira3

Resumo - Introdução - O interesse na associação entre desfechos em saúde e status socioeconômico (SSE) tem aumentado nos últimos anos. Na nossa
região o distrito sanitário de origem do paciente pode ser considerado indicador de SSE. Objetivo - Avaliar a sobrevida e tendências dos pacientes por-
tadores de câncer gástrico na cidade de Goiânia de acordo com o SSE. Método - Foram incluídos casos de câncer gástrico cadastrados no Registro de
Câncer de Base Populacional de Goiânia no período de 1988 a 2007. As variáveis analisadas foram idade, gênero, localização do tumor, estadiamento
e o endereço de acordo com os distritos sanitários de Goiânia. O método de Kaplan-Meier e regressão logística foram usados para estimar a sobrevida
e avaliar as tendências. O estudo foi aprovado por 2 comitês de ética. Resultados - 2275 casos incidentes de câncer gástrico foram identificados e 61,4%
eram do sexo masculino. Para o estudo de sobrevida 1844 casos foram incluídos. A sobrevida observada de 5 anos foi 21,86 meses (95%CI 20,73-23,00).
A sobrevida foi melhor para mulheres, para pacientes com idade superior a 50 anos, portadores de lesões proximais e metastáticas (p<0,001). As melhores
sobrevidas fora encontradas para moradores dos distritos central e sul de Goiânia. Discussão e Conclusões - Em relação ao SSE a sobrevida foi melhor
nos distritos mais ricos e com maior número de estabelecimentos de saúde. Desigualdades no acesso e utilização dos serviços de saúde podem ser fator
chave afetando a sobrevida.

1Hospital Geral de Goiânia – HGG; 2I-PRI (International Prevention Research Institute); 3Registro de Câncer de Base Populacional - Hospital Araújo Jorge, Goiás.

TL.G.EST/DUO.O.643
TESTE SOROLÓGICO RÁPIDO PARA PESQUISA DO H. PYLORI: UMA OPÇÃO ÚTIL EM ÁREAS COM
ALTA PREVALÊNCIA DO H. PYLORI?
Gustavo Miranda Martins1, Bruno Squarcio Fernandes Sanches2, Luciana Dias Moretzsohn2, Luiz Gonzaga Vaz Coelho2

Resumo - Introdução - Embora a estratégia teste-e-trate tenha sido recomendada no Brasil, existem poucas opções simples e baratas para o diagnós-
tico do H. pylori (HP). Objetivo - Avaliar a performance de um teste sorológico rápido para a detecção do HP, em brasileiros. Métodos - 195 pacientes
dispépticos, nunca tratados para HP, foram submetidos à endoscopia digestiva alta com pesquisa do HP pelo teste de urease e histologia. Um teste
sorológico rápido (Abon Biopharm, China) foi realizado antes da endoscopia, utilizando sangue capilar obtido por micropunção digital. Em caso
de positividade para HP, uma linha colorida aparecia após 10 minutos na fita reagente. Os resultados do teste de urease e histologia tinham de ser
concordantes para HP (padrão-ouro). Sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) e acurácia foram determinados.
Resultados - 14 pacientes com teste de urease e histologia discordantes e 13 com teste sorológico inválido foram excluídos. 168 pacientes, 68% mulheres,
idade média 39 anos, 52% de positividade para HP, foram incluídos. A sensibilidade do teste foi 86,4% e especificidade 98,8%. O VPP foi 99,2% e o
VPN 79,6%; a acurácia 90,7% (considerando uma prevalência de 65% de HP no Brasil). Conclusão - O teste sorológico rápido foi específico e com
alto VPP para o diagnóstico do HP. Assim, pode ser uma opção apropriada para o diagnóstico inicial da infecção por HP no contexto da estratégia
teste-e-trate, em áreas de alta prevalência do HP.

1Santa Casa de Belo Horizonte; 2UFMG, Minas Gerais.

TL.G.EST/DUO.O.644
TUMOR GLÔMICO GÁSTRICO – RELATO DE CASO
Aryana Isabelle de Almeida Neves1, Emília Pereira Magalhães1, Jamile Silva de Carvalho1,
Flávia Peixoto Campos Lima1, Wladimir ARAÚJO2

Resumo - Tumor glômico é rara neoplasia mesenquimal composta por células musculares lisas modificadas. É raro no estômago, descritos cerca
de 300 casos na literatura com 4 casos de malignidade. Paciente feminina, 46 anos, branca, natural e procedente de Salvador - BA, com epigastralgia
e náuseas há 2 anos, associadas a abuso alimentar, sem outros sinais/sintomas. Realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou lesão elevada, oval,
recoberta por mucosa de aspecto normal, com sinal da tenda positivo, medindo cerca de 1,5 x 1,0 cm, de consistência elástico-resistente, localizada
em parede anterior de antro pré-pilórico. Tomografia de abdome mostrava lesão com leve hipersinal heterogênio em T2. Ecoendoscopia evidenciou
lesão arredondada, hipoecogênica e heterogênea, pouco vascularizada de limites precisos que comprometia a camada muscular própria medindo
cerca de 20 x 11,5 mm, localizada em parede gástrica anterior de antro. Ausência de linfonodos. Realizada punção aspirativa ecoguiada, que revelou
neoplasia mesenquimal de células musculares lisas. Baixa atividade mitótica: 1 em 50/CGA. Celularidade usual. Imuno-histoquímica compatível com
tumor glômico (desmina e vimentina positivas, C-KIT negativo, proteína S-100 negativa, cromogranina A negativa, Ki 67 positivo < 5% das células).
Realizada ressecção cirúrgica da lesão com margens livres. Diagnóstico diferencial deve ser feito com GIST de células epitelioides, leiomioma, leio-
miosarcoma, tumor neuroendócrino, Schwannoma.

1Universidade Federal da Bahia; 2Hospital Espanhol, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 249


Gastroenterologia • Orais

TL.G.FIG.O.645
ANASTOMOSE ESPLENORRENAL DISTAL (AERD) X TIPS EM CIRRÓTICOS COM HDA NA ERA DOS
TRANSPLANTES
Tercio Genzini*, Camilla César*, Huda Maria Noujaim*, Leonardo Toledo Mota*, Juan Raphael Branez Pereira*, Regina Gomes
ORAIS • fígado

dos Santos*, Roberta Genaro*, Marcelo Perosa*

Resumo - Cirróticos com HDA por hipertensão portal (HP) têm alto risco de recidiva de HDA (reHDA) e a insistência no tratamento endoscópico
eleva seu custo sem alterar prognóstico. Alternativas para estes casos são: descompressão portal e/ou transplante de fígado (TF). O TIPS é considerado
uma ponte para o transplante enquanto shunts seletivos (AERD) podem ser tratamentos de longo prazo mas, apesar de resultados promissores em
pacientes CHILD A, têm sido pouco praticados. Alta mortalidade em lista de espera, o alto custo e indisponibilidade do TIPS e bons resultados da
AERD nos estimularam à realização deste estudo comparativo. Objetivos - Análise retrospectiva do seguimento tardio de pacientes cirróticos, CHILD
A, com HDA recidivante na vigência de tratamento endoscópico e farmacológico, comparando TIPS e AERD. Material e Métodos - De 2000 a 2010,
18 cirróticos CHILD A submetidos a AERD (G1) e de 2009 a 2013, outros 20 submetidos a TIPS (G2). Resultados - O seguimento médio foi de 6 anos
no G1 e 5,1 anos no G2. No G1 ocorreu 1 reHDA (6%) tratada endoscopicamente, 1 necessidade de TF (6%) por HCC (VHB) e 1 óbito (6%). No G2
ocorreram 2 reHDA (10%), tratadas endoscopicamente, 11 necessidades de TF (55%) por piora da função hepática e 1 óbito (5%). Conclusão - AERD é
eficaz, preserva função hepática e pode evitar a indicação de TF por HDA recidivante em cirróticos com boa reserva funcional. O carácter não seletivo
dos Shunt induzido pelo TIPS leva a uma necessidade maior de TF.

*HEPATO - Hospital Beneficência Portuguesa e Hospital Bandeirantes, São Paulo.

TL.G.FIG.O.646
APRESENTAÇÃO CLÍNICAL INICIAL DA COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA E SUA
ASSOCIAÇÃO COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL EM UM CENTRO TERCIÁRIO
DE SÃO PAULO
Raul Carlos Wahle*, Evandro de Oliveira e Souza*, Jorge Marcelo Padilla Mancero*,
Verônica Desirée Samudio Cardozo*, Gilberto Peron Júnior*, Arnaldo Bernal Filho*,
Marcela Mendes Assumpção*, Adávio de Oliveira e Silva*

Resumo - Introdução - A colangite esclerosante primária (CEP) tem sido identificada em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), sendo
que tal associação difere em diferentes partes do mundo, sendo mais elevada em países ocidentais. Objetivo - Caracterizar a apresentação inicial da CEP
em pacientes brasileiros e estimar a sua associação com a DII em um centro de referência brasileiro. Casuística e Método - Revisão de prontuário de
pacientes com CEP e avaliação quanto à presença de DII, sintomas iniciais e exames de imagens específicos da via biliar sendo que a biópsia hepática
foi feita em casos de dúvida diagnóstica. Resultados - Após análise retrospectiva de 31 pacientes com CEP no período de 1995 a 2012, sendo 19 (61%)
do sexo masculino, com os extremos de idades de 4-63 com mediana de 41 anos. Diagnóstico da CEP foi confirmado através de exames de imagem
isoladamente em 24 (75%). A expressão clínica inicial da CEP e sua associação com a DII traduziu-se por: 1. dor no hipocôndrio direito em cólica em
20 pacientes (65%); 2. dor no hipocôndrio direito em cólica associada a episódios de prurido ou febre e calafrios em 17 (55%); 3. 20 (65%) evoluíram de
forma associada com DII, dos quais 17 (85%) com retocolite ulcerativa inespecífica. Conclusão - Em nosso meio, a CEP predominou no sexo masculino
sendo a dor abdominal o sintoma inicial mais frequente e a alta prevalência de DII em pacientes brasileiros parecem ser comparáveis com os resultados
de outros estudos ocidentais.

*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI), Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.

TL.G.FIG.O.647
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS DO FÍGADO EM PACIENTES COM COLANGITE ESCLEROSANTE
PRIMÁRIA (CEP) EM RELAÇÃO AO SEXO
Adávio de Oliveira e Silva*, Evandro de Oliveira Souza*, Verônica Desirée Samúdio Cardozo*,
Marcela Mendes Assumpção*, Raul Carlos Wahle*, Karoline Gomes Pinto*, Andreia Sopran Scopel*,
Mary Elena Orosco Henostroza*, Bruna Feregueti Saquetto*, Bruno Bandeira de Alencar Moreno*,
Mateus Ciciliotti Ervatti*, Ana Beatriz de Vasconcelos*

Resumo - Introdução - CEP representa uma doença hepática crônica de etiologia desconhecida, a qual pode progredir até cirrose biliar. Do ponto de
vista anatomopatológico, traduz-se por colangite ou pericolangite crônica, representada por infiltrado inflamatório neutrofílico e eosinofílico portal, e
edema periportal evoluindo progresivamente para perda de ductos biliares pequenos e médios, consequência de lesões fibroobliterantes envolvendo essas
estruturas. Material - Composto de 18 pacientes, dos quais 10 do sexo masculino e 8 do feminino, representando, respectivamente, 55.6% e 44.4% dos
incluídos no estudo, com extremos de idade entre 13 e 63 anos e média de 42.5 anos. Todos tinham diagnóstico de CEP confirmado através de colangio-

250 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Orais

grafia endoscópica retrógrada ou por ressonância magnética. As biópsias hepáticas foram realizadas sempre por videolaparoscopia e ou por orientação
ultrassonográfica, sem precipitação de qualquer complicação advinda desses métodos invasivos. Foram do ponto de vista histopatológico, avaliados os
seguintes aspectos: expansão do espaço portal por fibrose, ductos biliares originais preservados, proliferação ductular, fibrose ductal e infiltrado infla-
matório portal. Resultados - Apresentados cotejando-se as presenças individualizadas dos diferentes aspectos histopatológicos em função do sexo: 1.
Expansão do espaço portal por fibrose (N=13), sendo do sexo masculino 7 (53.8%), feminino 6 (46.2%); 2. Ductos biliares originais preservados (N=10),
sendo 6 (60%) do sexo masculino e 4 (40%) do feminino; 3. Proliferação ductular (N=12), sendo 6 (50%) do sexo masculino e 6 (50%) do feminino; 4.
Fibrose ductal (N=15), sendo 9 (60%) e 6 (40%) do feminino e infiltrado inflamatório (N=14), sendo 10 (71.4%) do sexo masculino e 4 (29.6%) do femi-
nino. Comentários - Existem referências uniformes na literatura de que CEP predomina entre pacientes do sexo masculino, comportamento observado
nesse estudo (55.6% x 44%). No entanto quando avaliados do ponto de vista de expansão portal por fibrose (53.8% x 46.2%), de ductos biliares originais
preservados (60% x 40%), proliferação ductular (60% x 40%), com predomínio absoluto nesses do infiltrado inflamatório portal identificado em (70.1% x
28.9%), ou seja, índices sempre maiores de aspectos histológicos predominando nos homens. Será, então, que esse comportamento decorre de: 1. Resposta
imunológica TH2 pró-inflamatória exacerbada, com espaços portais preenchidos por linfócitos CD8+, dispostos em células epiteliais de ductos biliares;
2. Aumento significativo na relação CD4+:CD8+ no sangue periférico, comportamento relacionado com a presença de TNF-α; 3. Participação de alguns
alelos HLA e de polimorfismos em genes reguladores ICAM-1 e CR5a32 da resposta imunológica, aspectos que merecerão análise mais aprofundada
nas próximas investigações.

*CETEFI/Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.

TL.G.FIG.O.648
ASSOCIAÇÃO DE DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA COM NEOPLASIAS MALIGNAS
PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DO FÍGADO - AVALIAÇÃO DE 120 PACIENTES
Perla Oliveira Schutz*, Luiz Arnaldo Szutan*, Mauricio Alves Ribeiro*, Maria de Fátima Araújo Nascimento*,
Andrea VIEIRA*, Fabio Gonçalves Ferreira*, Elisa Maria de Camargo Aranzana*

Resumo - Introdução - Não está bem definido se pacientes portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) não cirrótica têm risco
aumentado para desenvolvimento de Carcinoma hepatocelular (CHC) e colangiocarcinoma (ColangioCA). Alguns trabalhos indicam que esteatose hepática
(EH) promoveria microambiente favorável ao desenvolvimento de metástases hepáticas de câncer colorretal (MCR). Objetivo - Avaliar a associação de
DHGNA com neoplasias malignas primárias e secundárias do fígado (NMPSF), comparando as prevalências nos diferentes tipos histológicos de tumo-
res. Casuística e Métodos - Estudo retrospectivo de 120 casos de NMPSF avaliados histologicamente na instituição, de 2007 a 2011. As amostras foram
avaliadas quanto à presença de fatores de risco para DHGNA e quanto a presença de EH, esteatohepatite não alcoólica (EHNA) e fibrose hepática (FH),
tendo sido quantificada a associação entre eles. Os pacientes foram divididos em grupos de cada neoplasia e respectivos grupos-controle. Resultados - EH
foi mais prevalente no grupo MCR (OR=3,92; 95% IC 1,2-9,57; p=0,001), mas não no grupo CHC ou grupo ColangioCA. Houve maior prevalência
de FH no grupo CHC (OR=3,50; 95% IC 0,96-13,88 p=0,032). Não houve casos de EHNA nos 3 tipos de tumores, apenas nos seus controles. Quanto
a relação da presença de EH, FH e EHNA com os fatores de risco, não foi observada associação em nenhuma neoplasia estudada. Conclusão - Houve
associação de DHGNA com MCR no grupo estudado (p<0,01), mas não com CHC ou ColangioCA.

* Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP, São Paulo.

TL.G.FIG.O.649
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE
HEPATITE C ATENDIDOS NO HEMOPI E HU-UFPI
José Miguel Luz Parente1, Daniel de Alencar Macedo Dutra1, Conceição de Maria Sa e Rego Vasconcelos2, Arlene Pinto1

Resumo - Introdução - Os tratamentos atuais para hepatite C promovem uma chance de cura, mas que depende de vários fatores como genótipo do
vírus, grau de fibrose hepática, presença de resistência insulínica dentre outros. Objetivos - Analisar a resposta terapêutica em pacientes portadores de
hepatite C tratados em um sistema de saúde público. Métodos - Trabalho observacional, transversal e retrospectivo. Avaliados pacientes com tratamento
entre 2002 e 2012 no HEMOPI e HU-UFPI com relação à: idade, sexo, genótipo do vírus, grau de fibrose hepática, diabetes, infecção pelo HIV, insufi-
ciência renal crônica dialítica, tipo e duração do tratamento, redução da dose, carga viral pré- tratamento e resposta virológica precoce (RVP). Todas as
variáveis foram comparadas com a presença ou não de resposta virológica sustentada (RVS) e analisados com programa estatístico. Resultados - Avalia-
dos 119 pacientes com média de 48 anos. 78% terminaram o tratamento, 19% interromperam o tratamento, sendo 7% por indicação médica e 12% por
abandono. 3% vieram a óbito. Dos que finalizaram o tratamento, 67% apresentaram RVS. Foram preditores de má resposta ao tratamento (p< 0,05):
ausência de RVP (17% de RVS); fibrose hepática avançada (41% de RVS); diabetes (36% de RVS) e sexo masculino (57% de RVS). Conclusão - A taxa de
sucesso no tratamento da hepatite C no HEMOPI e HU-UFPI é semelhante a literatura, tendo como fatores de má resposta: ausência de RVP, fibrose
hepática avançada, diabetes e sexo masculino.

1UFPI; 2HEMOPI, Piauí.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 251


Gastroenterologia • Orais

TL.G.FIG.O.650
CIRROSE HEPÁTICA DECORRENTE DE HEPATITES VIRAIS
Gabriel Alves Carrião1, Mariana Silva Guimarães1, Izabella Rezende Oliveira1, Gilberto Borges do Prado Junior1,
Leonardo Parreira Gomide2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho2, Belisa Tiegs Ferreira2, Antenor COUTO Neto2

Resumo - Introdução - A cirrose é uma doença hepática crônica muito prevalente em nosso meio e é caracterizada por regeneração nodular, alteração na
arquitetura lobular e, principalmente, fibrose. A infecção persistente por VHB e VHC também pode resultar em cirrose, que nesse caso se instala progres-
sivamente de forma oligo/a sintomática. Objetivo - Analisar os aspectos da cirrose hepática decorrente de hepatites virais. Métodos - Revisão integrativa da
literatura, realizada em junho de 2013, baseada em buscas nas bases de dados LILACS, SciELO e PubMed. Resultados - A distribuição da cirrose entre os
sexos é semelhante, com 50% dos casos em pacientes entre 30-59 anos de idade. A análise sorológica de antígeno de superfície AgHBs apresenta indicação de
infecção pelo VHB, e anti-VHC (marcador indireto de infecção pelo VHC). Há prevalência de infecção por VHC sobre o VHB. A frequência da associação
de CHC com cirrose é elevada, e há casos de elitismo. A ocorrência de hipertensão portal e insuficiência hepatocelular ocorrem tanto separada como simul-
taneamente Há evidências de melhora significativa nos parâmetros bioquímicos e virológicos com tratamento por lamivudina. Conclusões - Infelizmente,
muitos pacientes infectados evoluirão com ou sem tratamento, para a cirrose hepática e hepatocarcinoma. Os cirróticos descompensados, com icterícia,
ascite e encefalopatia hepática, possuem poucas chances de resposta a qualquer terapia antiviral, logo, devem ser encaminhados para o transplante hepático.

1PUC-GO; 2HS-GO, Goiás.

TL.G.FIG.O.651
CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEL SÉRICO DE VITAMINA D, GRAU DE FIBROSE HEPÁTICA E RESPOSTA
VIROLÓGICA AO TRATAMENTO COM INTERFERON PEGUILADO E RIBAVIRINA EM PACIENTES COM
HEPATITE C CRÔNICA
Patricia Souza de Almeida*, Ana Leatrice de Oliveira Sampaio*, Vivian Mota Guimaraes*, João Luiz Rodrigues de Farias*,
Sara Cristina Batista de Lima*, Cláudia Utsch Braga*, Edison Roberto Parise*, Roberto José de CARVALHO Filho*

Resumo - Introdução - A deficiência de 25(OH)D tem sido identificada em portadores do vírus da hepatite C (HCV), particularmente em pacientes
com doença avançada. Ainda é controverso se a deficiência de 25 (OH)D estaria relacionada a menor chance de resposta virológica sustentada (RVS)
após terapia antiviral com interferon peguilado (PEG) e ribavirina (RBV). Objetivo - Avaliar a prevalência e o impacto da deficiência de 25 (OH)D em
portadores do HCV tratados com PEG+RBV. Métodos - Foram analisados dados coletados de prontuários padronizados provenientes de 299 portado-
res de HCV genótipo 1 tratados com PEG+RBV entre 2001 e 2010, considerados elegíveis. O nível sérico de 25 (OH)D foi categorizado em níveis < 10
(insuficiência), entre 10 e 30 (deficiência) e > 30 (suficiência). Resultados - Dos 201 indivíduos incluídos, 53% eram homens, 70% caucasoides, 53% com
sobrepeso/obesidade, com média de idade de 46,5 anos. Subtipo 1b foi identificado em 48% e 57% possuíam carga viral > 800.00 UI/mL. Fibrose avançada
(F3/F4) foi encontrada em 29%. Níveis insuficientes e deficientes de 25 (OH)D foram observados em 28% e 41%, respectivamente. RVS foi observada
em 47%, sem influência dos níveis de 25 (OH)D. A deficiência de 25 (OH)D não esteve relacionada nem ao grau de fibrose nem à atividade inflamatória.
Conclusão - A deficiência de vitamina D não foi associada a maior gravidade histológica em portadores do HCV. Da mesma forma, a probabilidade de
obter RVS não foi influenciada pelos níveis basais de vitamina D.

*Setor de Hepatologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, São Paulo.

TL.G.FIG.O.652
NEUTROPENIA FEBRIL GRAU 4 E SÍNDROME DE FOURNIER ASSOCIADAS A TERAPIA TRIPLA PARA
VHC: RELATO DE CASO
Kelly Cristhian Lima Oliveira*, Cássio Vieira de Oliveira*, Giovanni Faria Silva*, Suzana Carla Pereira de Souza*,
Emili de Oliveira Bortolon Cardoso*, Flávia Souza Machado*, Carlos Eduardo Alves Zangirolami*, Alecsandro Moreira*

Resumo - Introdução - Com a terapia tripla para hepatite C, elevaram-se as taxas de resposta virológica sustentada se comparado ao uso de Interferon e
Ribavirina apenas, porém também somaram-se efeitos colaterais. Objetivo - Relatar caso de neutropenia febril e síndrome de Fournier como complicações da
terapia tripla para hepatite C. Material e Método - Masculino, 53 anos, cirrótico por VHC genótipo 1A, não respondedor nulo prévio. Tentado retratamento
com boceprevir, Interferon e Ribavirina, com queda da carga viral na 8ª semana. Na 12ª semana, mostrava-se desorientado, com flapping, febre, taquipneia,
hipotensão arterial e taquicardia. Observado ainda leucopenia com neutropenia. Iniciado cefepime e filgrastima, além da suspensão do tratamento da
hepatite C. Mielograma com hipoplasia, citotoxicidade e retardo maturativo. Em 48 horas, passou a apresentar eritema em região inguinal, bilateralmente,
que evoluiu para toda área perineal até raiz de coxas, com exulcerações e saída de secreção seropurulenta. Resultado - Aventada hipótese de Síndrome de
Fournier, trocou-se antibiótico para imipenem, linezolida e clindamicina. Evoluiu com regressão das lesões, sem necessidade de debridamento cirúrgico.
Conclusão - A terapia tripla requer conhecimento do manejo dos efeitos adversos, das interações das drogas, bem como da importância de se respeitar as
orientações para a retirada do tratamento. Nesse relato, observamos um evento adverso não relatado previamente na literatura com o uso do boceprevir.

*UNESP, São Paulo.

252 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Orais

TL.G.FIG.O.653
PROBLEMAS ÉTICOS NO TRANSPLANTE DE FÍGADO COM DOADORES DE
PARADA CARDÍACA
Maria Vitoria Carmo Penhavel1, Talita Soares Viana2, Felix Andre Sanches Penhavel2, Lucio Kenny Morais2, Matheus Castrillon
Rassi2, Edmond Raymond Le Campion2, Laudemiro quireze junior2

Resumo - A necessidade de revisão nos critérios de seleção de doadores surge da demanda crescente de órgãos para transplante. A doação de parada
cardíaca surge desse contexto e suscita questões de ordem ética e legal. Segundo a classificação de Maastrich, os doadores categorizam-se em tipos 1,
2, 3 e 4. As categorias 1 e 2 são não controladas, há pouco tempo para viabilizar a doação e risco de prolongamento de isquemia normotérmica. As
outras são controladas, pois são prescedidas do consentimento de familiares. O objetivo desse trabalho foi rever os dilemas éticos relacionados ao tema.
Procedeu-se a uma revisão sistemática na base Pubmed, com os seguintes descritores: Ethical issues, non heart beating donors, e liver transplantation.
Nos protocolos de doadores em parada cardíaca controlada destacam-se: insegurança quanto a irreversibilidade da parada, função cerebral residual
durante a retirada e comprometimento de cuidados ao potencial doador. Para doadores em parada cardíaca não controlada: realização de manobras
invasivas para a preservação de órgãos antes do consentimento da família; possibilidade de manutenção de função cerebral residual após a declaração
do óbito. Outro problema que vai de encontro a dilemas éticos relaciona-se a qualidade do enxerto hepático, esta relacionada a redução do tempo de
isquemia quente, o que envolve a redução do tempo, entre a parada e a extração. A apreciação ética do tema deverá ser encorajada com vistas a dirimir
pendencias e dúvidas em relação ao tema.

1UNB; 2UFG, Goiás.

TL.G.INT.O.654
DENSIDADE MINERAL ÓSSEA X GRAVIDADE DE DOENÇA EM PACIENTES COM DOENÇA
INFLAMATÓRIA INTESTINAL

ORAIS • intestino
Neogelia Pereira Almeida1, Carla Andrade Lima1, Mirela Lopes2, Fernanda Coqueiro2, Raquel Rocha2,
André Castro Lyra2, Genoile Oliveira Santana2

Resumo - Introdução - Pacientes com DII apresentam perda de massa óssea e maior risco de desenvolver osteopenia/osteoporose. Objetivo - Avaliar
associação entre gravidade de doença e DMO em pacientes com DII. Métodos - Estudo transversal em centros de referência em DII em Salvador/BA.
Realizadas entrevistas e revisão de prontuários. Utilizada a classificação de Montreal. Pacientes realizaram densitometria óssea. Análise estatística utili-
zou o teste do q quadrado, considerando significância estatística p <0.05. Resultados - Analisamos 125 pacientes, sendo 60 com DC e 65 com RCUI. A
média de idade foi de 37.6 ± 8.6 anos. 55.2% dos pacientes eram do sexo feminino. Apenas 12.2% apresentavam desnutrição e estes desenvolveram mais
osteoporose que os eutróficos ou com sobrepeso (p<0,05). A maioria dos pacientes com DC (75%) e RCUI (96,9%) estava com doença em remissão. 50
pacientes apresentaram osteopenia e 10 osteoporose. Alteração na densitometria foi vista em 53,3% dos pacientes com DC e em 44,4% com RCUI. Não
houve diferença significativa entre o tipo de DII e o resultado da densitometria. Não houve diferença entre localização da doença, comportamento, nem
idade ao diagnóstico na DC e a densitometria óssea. Não houve diferença entre extensão da RCUI e a DMO. Conclusão - Na população estudada, não
foi observada diferença entre os tipos de DII e a densitometria óssea, semelhante a alguns estudos. Também não foi observada relação entre gravidade
de doença e alteração da DMO. Apoio: FAPESB/CNPq.

1Hospital Geral Roberto Santos - HGRS; 2UFBA, Bahia.

TL.G.INT.O.655
HEMORRAGIA DO INTESTINO MÉDIO: DIAGNÓSTICO POR ENTEROSCOPIA DE
BALÃO ÚNICO
Luciana Meireles Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi Mendonça1, William Macedo Faria2, Amanda Dominiense Menezes2, Fagner
de Souza Pereira2, Enio Chaves Oliveira2, Salustiano Gabriel Neto2

Resumo - Introdução - A enteroscopia por balão único é uma modalidade útil no diagnóstico das doenças do intestino delgado, porém ainda pouco
difundido em nosso meio. Objetivo - Relatar a efetividade da enteroscopia com balão único no diagnostico etiológico das hemorragia do intestino médio
(HIM). Casuística - Foram estudados retrospectivamente 24 casos de HIM diagnosticados por enteroscopia de balão único no período de março de 2010
a agosto de 2013. Todos os pacientes foram avaliados por endoscopia e colonoscopia sem alterações que justificassem o sangramento. Todos os pacientes
relatavam melena e não apresentavam instabilidade hemodinâmica. Os achados foram: 16 casos de angiectasia (14 no jejuno, 2 no jejuno e duodeno e
2 com lesões no estômago, jejuno e ceco), 2 GIST, 2 com pólipo tipo adenocarcinoma, 2 com úlceras por anti-inflamatórios/corticoides, 2 com Doença
de Crohn e um com gastrite erosiva pós cirurgia de Capela. Conclusão - a enteroscopia mostrou-se fundamental para o diagnóstico de etiológico das
patologias do intestino médio.

1PUC GO; 2UFG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 253


Gastroenterologia • Orais

TL.G.INT.O.656
VALIDAÇÃO DE TESTES DIAGNÓSTICOS E PESQUISA DOS GENES PRODUTORES DAS TOXINAS A E B
E DA TOXINA BINÁRIA DO CLOSTRIDIUM DIFFICILE EM PACIENTES COM DIARREIA INTERNADOS NO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG
Gabriela Miana de Mattos PAIXÃO*, Joana Starling Carvalho*, Rodrigo Otávio Silva*, Diego Nascimento Moraes*,
Carolina Souza Jorge*, Bruna Araújo Martins Rezende*, Henrique Perez de Carvalho*, Eduardo Garcia Vilela*

Resumo - Introdução - Clostridium difficile (CD) é o principal agente responsável pela diarreia hospitalar. O teste diagnóstico “padrão-ouro” é a soro-
neutralização (SN). Entretanto, os mais disponíveis em nosso meio são ensaios imunoenzimáticos (EIE). Recentemente, cepas mais toxigênicas, tem sido
isoladas. Objetivos - avaliar a acurácia diagnóstica dos EIE, quando comparados a SN, isolar o CD e pesquisar os genes das toxinas A, B e da toxina binária.
Casuística e Métodos - Incluídos 90 pacientes internados no HCUFMG com diarreia até 3 meses após uso de antimicrobianos ou que iniciaram diarreia após
72 horas de internação. A pesquisa das toxinas A e B foram realizadas a partir de 3 kits de EIE, a SN por cultura de fibroblastos e o isolamento do CD com
extração do DNA para pesquisa dos genes das toxinas A e B e da toxina binária por PCR-multiplex. Resultados - 25 dos 90 pacientes tinham infecção pelo
CD. Quando comparado a SN, a sensibilidade e a especificidade do EIE R-Biopharm® foi de 64% e 100%, do TECHLAB® foi de 68% e 97% e do OXOID®
foi de 64% e 94%, respectivamente. O CD foi isolado em 25 pacientes e em 56% foi detectado o gene das toxinas A e B. O gene da toxina binária estava pre-
sente em 7 dos 74 pacientes pesquisados. Conclusão - a prevalência foi de 28%. Os testes de EIE apresentaram baixa sensibilidade para o diagnóstico do CD.
A maioria dos pacientes apresentava genes da toxina A e B do Clostridium difficile. O gene produtor da toxina binária foi encontrado 9.5% dos pacientes.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.G.PAN/VB.O.657
ORAIS • pâncreas/v. biliares

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS PANCREATITES CRÔNICAS ALCOÓLICAS E


NÃO-ALCOÓLICAS
Maria da Penha Zago Gomes*, André Bortolon Bissoli*, Shaira Ferrari Rodor*, Patrícia Lofêgo Gonçalves*

Resumo - Introdução - A pancreatite crônica (PCC) tem etiologia predominantemente alcoólica, caracterizada pela esclerose mutilante do parênquima
glandular. Porém, cerca de 10% dos casos possuem origem idiopática, hereditária, nutricional, metabólica ou obstrutiva. Objetivo - avaliar as diferenças
de apresentação clínica entre os PCC de etiologia álcool e não álcool. Materiais/Métodos - Trabalho retrospectivo, análise de 164 prontuários, entre os
anos 2000 e 2012, do Serviço de Gastroenterologia da UFES. Resultados - 140 pacientes (85,4%) eram alcoolistas e 24 (14,6%) etiologia não-alcoólica.
Dentre estes, 9 pacientes de etiologia hereditária (37,5%), 6: idiopática (25%); 3: autoimune; 3: hiperlipidemia; 2: senil; 1: hiperparatireoidismo. Entre
os alcoolistas 132 (94,3%) são homens e nos PCC não-alcoólica somente 9 (37,5%) eram do sexo masculino. A média de idade dos alcoolistas foi 54,4
anos e nos álcool-negativos foi de 47,4 anos. Foi encontrada significância estatística (p<0,05) na associação entre etiologia não alcoólica e surgimento
precoce de diabetes mellitus (DM). A prevalência de esteatorreia foi igual nos dois grupos. Dentre os pacientes com etiologia hereditária, a prevalência
de esteatorreia (77,8%) e DM (88,9%) foram maiores que a dos demais. Conclusão - Existem diferenças na apresentação clínica da PCC dependendo da
etiologia; o conhecimento destas diferenças é importante para evolução da doença.

*Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo.

TL.G.MD.O.658
ORAIS • motilidade digestiva

A FUNÇÃO INTESTINAL DO PACIENTE CHAGÁSICO PODE SE ALTERAR COM O TRATAMENTO DO


MEGAESÔFAGO?
Felix André Sanches Penhavel1, Dan Linetzky Waitzberg2, Helio Ponciano Trevenzol1, Leosarte Alves1,
Berivaldo Dias Ferreira1, Tiago Vasconcellos Rezende3, Enio Chaves de Oliveira1, Mauro Bafutto1

Resumo - No estado de Goiás, a associação entre megaesôfago e megacolon em chagásicos ultrapassa 40%. Em casuística do Hospital das Clínicas da
UFG, mais da metade dos pacientes com megaesôfago tinham constipação, enquanto 30% dos pacientes com megacolon não tinham constipação. Embora
relatadas, as mudanças da função intestinal após cirurgia do megaesôfago foram pouco quantificadas. Com esse objetivo, estudamos prospectivamente
19 pacientes em pré-operatório e no 90º dia pós-operatório, tratados do megaesôfago pela operação de Serra Doria. Dos 19 pacientes, 13 tinham mega-
colon. Avaliou-se a ingestão calórico-proteica nos dois períodos. Detectamos, no pré-operatório: 6 pacientes não constipados (31,6%); 5 pacientes com
constipação de 3 a 5 dias (26,3%); 4 pacientes com constipação de mais de 7 dias (21%) e 4 pacientes com ressecamento (fezes em cíbalos) (21%). No 90º
dia pós-operatório, 2 pacientes anteriormente não constipados (10,5%) apresentaram diarreia. Dos 13 constipados, 9 (69,2%) apresentaram melhora e 2
(15,3%) remissão total da constipação; apenas 2 (15,3%) não apresentaram alteração. A ingestão calórico-proteica aumentou no pós-operatório. Con-
cluímos que houve melhora da constipação intestinal e do bolo fecal, provavelmente pelo aumento da ingestão. Casos de diarreia poderão ser explicados
por efeito da gastrectomia subtotal, realizada na operação de Serra Doria.

1Faculdade de Medicina, UFG; 2Faculdade de Medicina, USP; 3Hospital das Clínicas, UFG, Goiás.

254 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • Orais

TL.G.MD.O.659
AVALIAÇÃO DA EXCURSÃO LARÍNGEA COM TÉCNICAS VOCAIS HIPERAGUDAS ATRAVÉS DA
VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO (VFD)
Charles Henrique Dias Marques*, Mariana Pinheiro Brendim*, Eponina Maria de Oliveira Lemme*, Luiz Joao Abrahao Junior*

Resumo - Introdução - O processo da deglutição está entre os mais complexos da neurofisiologia. A interface entre voz e deglutição pode auxiliar na
avaliação e tratamento de transtornos da deglutição. Objetivo - Estudar através da VFD o movimento de excursão do complexo hiolaríngeo com emissão
de provas vocais hiperagudas. Casuística - Seis voluntários assintomáticos saudáveis (4 H 2 M). Método - foi realizada VFD sincronizado com captação
acústica das emissões vocais (vogais sustentadas agudas /i/ e /a/ com e sem protrusão de língua) e duas deglutições de 5 e 10ml de bário. Resultados - Em
ambos os gêneros ocorreu maior deslocamento horizontal do complexo hiolaríngeo durante a emissão do /i/ sem protrusão de língua (M= 8,9 ± 2,7 mm;
F= 10 ± 2,5 mm) do que com protrusão (M= 8,4 ± 4,2 mm; F= 5,8 ± 1,7 mm). Houve maior deslocamento anterior com o /a/ e protrusão (M= 4,6 ±
4,6 mm; F= 4,6 ± 3,0 mm) comparado sem protrusão (M= 3,5 ± 2,6 mm; F= 4,6 ± 3,5mm). No /i/, com ou sem protrusão, houve maior deslocamento
anterior que o /a/ (M=F). O deslocamento horizontal foi maior na deglutição de 5 ml (16,1 ± 3,6mm) que 10 ml (12,9 ± 3,1 mm) nos homens. Nas mu-
lheres foi maior em 10 ml (15,1 ± 3,7mm) do que em 5 ml (12,7 ± 1,9 mm). O deslocamento vertical foi maior nos homens em 10 ml (12,2 ± 5,4 mm) do
que com 5ml (10,9 ± 5,2mm), enquanto nas mulheres os resultados foram maiores em 5ml (9,3 ± 5,1 mm) que 10ml (8,4 ± 0,2mm). Conclusão - Técnicas
de aumento da frequência fundamental podem auxiliar na avaliação e tratamento dos transtornos de deglutição.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

TL.G.MD.O.660
ESTUDO DO INTESTINO DELGADO DE PACIENTES CHAGÁSICOS, CONSTIPADOS OU NÃO, COM OU
SEM MEGACOLON
Felix André Sanches Penhavel1, Enio Chaves de Oliveira1, Mauro Bafutto1, Salustiano Gabriel Neto1, Alejandro Luquetti
Ostermayer2, Lucio Kenny Morais1, Fernando Corrêa Amorim1, Claudemiro QUIREZE JÚNIOR1

Resumo - Na região central do Brasil são frequentes as megassindromes do tubo digestivo. A enteropatia chagásica, entretanto, raramente evolui
para a forma ectásica e poucas vezes foi identificada em exames contrastados. Por meio de teste funcional, que mede o hidrogênio expirado, em estudo
prospectivo, investigou-se o intestino delgado quanto à absorção (teste da lactose) e à motilidade (teste da lactulose). Os pacientes foram divididos em 4
grupos, conforme a presença ou não de constipação e megacolon: constipados e enema normal; não constipados e enema normal; constipados e mega-
colon; não constipados e megacolon, totalizando 26 pacientes. Foram considerados testes positivos: elevação maior que 20 ppm para a lactulose e maior
que 10 ppm para a lactose, em relação à medida basal. O teste com a lactulose identificou os não produtores de hidrogênio e mediu o TTOC. O teste com
a lactose foi considerado positivo ou negativo, conforme a presença ou ausência de má absorção da substância de teste. O estudo estatístico demonstrou
que o número de pacientes com teste negativo ou má absorção de lactose não foi diferente em cada um dos grupos (p= 0,611); pacientes com teste negativo
com a lactose se dividiram igualmente entre os produtores ou não de hidrogênio (identificados pelo teste com a lactulose). Os dados disponíveis não nos
permitem concluir se pacientes com testes negativos com a lactulose absorvem bem o açúcar ou se não produzem hidrogênio a expiração.

1Faculdade de Medicina, UFG; 2Hospital das Clínicas, UFG, Goiás.

TL.G.MD.O.661
ESTUDO DO TEMPO DE TRÂNSITO OROCECAL E DE SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO EM
PACIENTES COM MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO
Felix André Sanches Penhavel1, Enio Chaves de Oliveira1, Fátima Mrué1, Matheus Castrillon Rassi1, Luiz Duarte Toledo Júnior2,
Raquel Mamedes dos Santos2, Pedro Henrique das Silva Rugue2, Ronaldo Figueiredo Alves2

Resumo - A forma digestiva da doença de Chagas é muito frequente na região central do Brasil. O intestino delgado é o órgão menos estudado. A
aferição do tempo de trânsito orocecal (TTOC) é obtida pela medida do hidrogênio expirado após administração de lactulose. Em outras situações clínicas
foi usada para identificar transtornos motores e supercrescimento bacteriano no intestino delgado. Argumenta-se que distúrbios motores observados no
intestino delgado em pacientes chagásicos devam concorrer para a constipação e, em associação à hipocloridria, para a síndrome de supercrescimento
bacteriano. Esta poderá se agravar quando do tratamento cirúrgico do megaesôfago, a depender da técnica cirúrgica utilizada, com consequências nu-
tricionais indesejáveis. Em 29 pacientes com megaesôfago, avaliou-se o TTOC e a ocorrência de supercrescimento bacteriano com base nos valores do
hidrogênio expirado, medido em partes por milhão (ppm), por técnica padronizada, tendo a lactulose como substrato. O TTOC foi considerado: normal
(70 a 90 min.) em 31,03% dos pacientes; retardado (> 90 min.) em 44,82%; 13,33% dos pacientes não produziram hidrogênio e o teste foi inconclusivo
em 10,34%. Supercrescimento bacteriano foi detectado em 5 pacientes (17,24%), dos quais 80% no grupo com TTOC mais retardado. Conclusão - O
supercrescimento bacteriano foi mais frequente nos pacientes com TTOC retardado.

1Faculdade de Medicina, UFG; 2Hospital das Clínicas, UFG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 255


Gastroenterologia • VÍDEO
TL.G.MD.O.662
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO E GASTRINEMIA EM GERBIS INFECTADOS COM CEPAS
DE HELICOBACTER PYLORI COM DIFERENTES EXPRESSÕES GÊNICAS PARA O
FRAGMENTO EPYIA
Carlyle Marques Barral*, Rafael Calvão Barbuto*, Ana Elisa Tavares Diniz*, Leonardo Duque de Miranda Chaves*,
Dulciene Maria de Magalhães Queiroz*, Paula Vidigal*, Ivana Duval Araujo*

Resumo - A infecção pelo HP promove inflamação gástrica e mudança na secreção de gastrina que afetam a motilidade gástrica. Diferenças
na patogenicidade bacteriana podem induzir resposta hormonal e motora de diferente intensidade. Estudou-se o padrão de esvaziamento
gástrico e a gastrinemia sérica em 56 gerbis distribuídos nos grupos controle (C, n=8), observados durante 180 dias; N (n=16), infectados
com cepa CagA negativo, 8 animais estudados após 45 dias e 8 após 180 dias de infecção; 1E (n=16), animais infectados com cepa de HP
1 epyia, 8 estudados após 45 dias e 8 após 180 dias; 3E (n=16), animais Infectados com cepa com 3 epyias, sendo 8 animais avaliados após
45 dias e 8 estudados 180 dias após a infecção. O esvaziamento gástrico foi feito com cintilografia em gama-câmara após administração de
caldo peptonado e 99mTecnécio-Fitato. À histologia avaliou-se o grau de inflamação, e a gastrina sérica foi dosada por ELISA. Os resul-
tados obtidos mostraram maior resposta inflamatória no grupo 3E aos 45 e aos 180 dias. Houve aumento da velocidade de esvaziamento
no grupo CagA- e no 1E, redução significativa da gastrinemia nos grupo CagA- e 3E e aumento da concentração sérica do hormônio no
grupo 1E. Concluindo, cepas de HP exibiram diferentes padrões na secreção de gastrina e esvaziamento gástrico, com cepas CagA negativo
e 1 epyia mostrando perfil hipersecretor hormonal e de hipermotilidade, e cepas com 3 epyias com perfil de menor secreção de gastrina e
hipomotilidade gástricadias.

*UFMG, Minas Gerais.

VÍDEO
TL.G.EST/DUO.V.663
vídeo • estômago/duodeno

ALTERNATIVA NO REGANHO DE PESO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA


Bruno Zilberstein*, Leandro Cardoso Barchi*, Fernando Furla Nunes*, Juliana Abbud Ferreira*, Cely de Melo
Bussons*, Renato Araujo Pereira*, Maurice Youssef Franciss*, Ricardo Staffa*

Resumo - A operação de Fobi-Capella vídeolaparoscópica é a cirurgia bariátrica mais utilizada em nosso meio. É um procedimento
seguro, com baixa mortalidade, porém, não é isento de complicações ou insucessos, com eventual necessidade de re-operações. É objetivo
deste vídeo demonstrar a possibilidade de resgate cirúrgico para casos específicos em que há reganho de peso. Trata-se da reconstrução
também por videolaparoscopia da operação de Fobi-Capella em paciente, masculino, de 45 anos, e IMC de 40 kg/m2 com reganho de
peso 2 anos após a primeira operação que também tinha sido pela técnica de Fobi-Capella. A evolução trans e pós-operatória transcorreu
sem complicações com alta hospitalar no 2o PO.

*Gastromed, São Paulo.


?

256 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Gastroenterologia • fotos
TL.G.FIG.F.664
CARCINOSSARCOMA HEPÁTICO: UMA RARA E AGRESSIVA NEOPLASIA HEPÁTICA
Daniel Lemons da Silva*, Roberta Perin LUNKES*, Luciana dos Santos Harlacher*,
César Al-Alam Elias*, Hugo Cheinquer*

Resumo - Homem de 65 anos, etilista, hipertenso e diabético procura atendimento por dor em hipocôndrio direito, emagrecimento,
anorexia e dispnéia aos esforços há 2 meses. Ao exame físico alerta, orientado, sinais vitais estáveis, sem estigmas de hepatopatia, ausculta
pulmonar com murmúrios abolidos na 1/2 inferior direita e abdômen com massa endurecida dolorosa palpável em hipocôndrio direito.
Laboratório sem alteração de hemoglobina, plaquetas, amilase, lipase, fosfatase alcalina, bilirrubinas, TP ou ALT. Mostrava leucocitose
com desvio, hipoalbuminemia e AST no limite da normalidade. TC de tórax evidenciou grande derrame pleural e atelectasia direitos e
nódulos pleurais ipsilaterais e pulmonares contralaterais (metástases). TC de abdômen com sinais de hepatopatia crônica e grande lesão
expansiva hepática envolvendo os segmentos VI e VII (13,5 cm), com invasão do diafragma e extensão extracapsular, com infiltração
perirrenal e contato com a veia cava inferior. Observou-se ainda pequena ascite perihepática, implantes peritoneais e linfonodomegalias
hilares. Sorologias virais com Anti-HCV positivo. Alfafetoproteína normal. Anatomopatologia da punção biópsia da lesão revelou sar-
coma de alto grau. Análise imunohistoquímica revelou o diagnóstico de Carcinossarcoma Hepático. O paciente evoluiu ao óbito após
6 dias. Carcinossarcoma hepático contém mistura de elementos carcinoma e sarcoma, sendo muito raro e com prognóstico reservado,
devido a avançado quadro local e a distância no momento do diagnóstico.

*Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre.

TL.G.FIG.F.665
MOSTRA FOTOGRÁFICA “A HISTÓRIA DE CADA UM”
Matheo Foresti Casagrande*

Resumo - A mostra fotográfica em Hepatites Virais denominada: “A história de cada um” visa apresentar em fotos um pouco da
angustia dos pacientes quando do recebimento da noticia de serem portadores de uma doença crônica, grave. Aborda, também o pre-
conceito sofrido pelos pacientes em relação às formas de transmissão, ao isolamentos social vivido em cidades menores como a nossa,
onde todas as famílias se conhecem e ser portador significa viver “na pele” a discriminação e o preconceito, como o exemplo do paciente
fotografado com uma cuia de chimarrão na mão demonstrando um momento de sua vida aonde os amigos ao saberem que este era
portador de hepatite C deixaram de participar da roda de chimarrão aonde este portador se encontrava por “receio” de se contaminar
através do compartilhamento da cuia e bomba típicas do Rio Grande do Sul. O objetivo e mostrar em fotos o que muitos pacientes
passam para poder superar a doença viral, as suas crenças e os momentos de angustia, bem como contemplar a alegria da cura. Como
relata a fotografa Mariana Capelli, responsável pela mostra: “A fotografia, antes de tudo e um testemunho, contam-se historias, e cabe
a nos espectadores o imenso desafio de lê-las”

*Ambulatório Hepatites Virais Maraus, Rio Grande do Sul.

TL.G.FIG.F.666
ESTEATORREIA: UMA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA NEGLIGENCIADA DA FIBROSE CÍSTICA
Natasha Marques Mota*, Ana Sarah Portilho*, Laura Dayane Moreira de Jesus*,
Américo Oliveira Silvério*

Resumo - Introdução - A fibrose cística (FC) ou mucoviscidose é uma desordem genética autossômica recessiva. Manifestada por
uma anomalia da secreção epitelial do cloro que leva à desidratação das secreções das glândulas exócrinas. É uma doença multissistê-
mica, caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, insuficiência pancreática exócrina (IPE), disfunções intestinais, das glândulas
sudoríparas e genitourinárias. No Brasil a sua incidência é de 1:10000. A IPE é a manifestação gastrointestinal mais comum podendo
resultar em síndrome de má absorção (SMA). Objetivo - Relatar o caso de paciente com FC diagnosticada durante a investigação de
esteatorréia. Método - Coleta de dados do prontuário. Resultado - AVSO, 5 anos, feminina com esteatorréia iniciados desde o segundo
ano de vida bem como tosses paroxísticas hemetizantes associado a prurido nasal, cianose de lábios e dor abdominal intensa. Relata
sudorese excessiva com presença de cristais de sal na pele. Baixo peso e estatura para a idade. Portadora de vitiligo. Nascida em Portugal
de parto normal a termo sem intercorrências. Peso ao nascer: 2.800 g. Aleitamento materno por 15 dias seguido de formula infantil e
leite de vaca. Historia de pneumonia grave no segundo mês de vida. Não realizado teste do pezinho. Vacinação atualizada. Teste do suor
positivo. Conclusão - O caso ilustra a importância da realização do teste do pezinho. E ressalta o diagnóstico de FC deve ser lembrado
durante a avaliação de crianças com esteatorreia e SMA.
?

*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 257


Gastroenterologia • Fotos

TL.G.INT.F.667
ÚLCERA “EM FACADA”: PATOGNOMÔNICA DE DOENÇA DE CROHN?
Paulinéa Alexandre Tenório de Vasconcelos*, Angelina Farias Maia*, Valéria Ferreira Martinelli*

Resumo - A Doença de Crohn (DC) é caracterizada por apresentar processo inflamatório transmural e formação de fístulas no trato gastrointestinal,
apresentando manifestações extraintestinais em até 40 % dos casos. Descreveremos dois casos de DC com manifestação extra-intestinal não usual.
Mulher de 20 anos de idade procurou o ginecologista com queixa de lesões ulceradas em região genital. Ao ser interrogada, referiu episódios de diar-
réia com sangue. Ao exame físico, úlcera “em facada” em região de períneo e úlceras perianais. Biópsia da lesão genital: lesão ulcerada com marcante
tecido de granulação. Colonoscopia mostrou erosões e hiperemia em íleo terminal e reto. Histopatolológico compatível com DC. O segundo caso,
uma mulher de 39 anos de idade apresentando fístulas perianais e úlceras “em facada” em região vulvar. Hábito intestinal normal. Ileocolonoscopia
normal. Manifestações mucocutâneas da DC ocorrem em até 44% dos pacientes, sendo mais frequentes o eritema nodoso e o pioderma gangrenoso.
A DC vulvar resulta de uma extensão direta do processo intestinal ou tem um curso independente, podendo anteceder as manifestações intestinais.
Úlceras associadas com DC são classicamente lesões longas em “corte de faca” nas pregas ou dobras genitocrural interlabial. Esta apresentação é
quase patognomônica para DC. Achados histológicos de granulomas não-caseosos ajudam a estabelecer o diagnóstico. DC deve ser lembrada como
causa de úlceras vulvares e perineais.

*UFPE, Pernambuco.

258 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

Temas Livres
Endoscopia
Pôsteres • Orais • Centros de Treinamento
Vídeos • Fotos

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 259


ENDOSCOPIA • pôsteres
TL.E.P.668
INSERÇÃO DE PRÓTESE ESOFÁGICA TOTALMENTE RECOBERTA PARA TRATAMENTO DE
FÍSTULA CUTÂNEA PÓS-ESOFAGECTOMIA COM RECONSTRUÇÃO COM TUBO GÁSTRICO EM
PACIENTE COM NEOPLASIA MALIGNA DE ESÔFAGO
Lilian Gomes de Sousa*, Renato Luz de Carvalho*, Eli Kahan Foigel*, Adorisio Bonadiman*,
Daniel Pacheco da COSTA*, Renata Brandalise*, Cledson Silveira da Silva*, Juliano vanz*, Cledson Silvekira da Silva*

Resumo - Introdução - Câncer de esôfago é uma doença rara, sendo a ressecção cirúrgica a melhor modalidade de tratamento. As complicações
pós-operatórias ocorrem em 50% dos casos; e a fístula esôfago-cutânea é uma delas. O implante de próteses esofágicas recobertas, tem se mostrado
um tratamento eficaz. Objetivo - Descrever um caso de fistula pós esfofagectomia, tratado endoscopicamente com sucesso. Relato de caso - Paciente
masculino, 75 anos, com diagnóstico de carcinoma espinocelular, no esôfago médio, em investigação de disfagia. Realizou neoadjuvância, seguida
de autonomização do tubo gástrico, e esofagectomia total em 3 campos com interposição gástrica. Anatomopatológico da peça compatível com
carcinoma espinocelular, pT3N0Mx. No pós-operatório, paciente evoluiu com alto débito pelo dreno locado em região supraclavicular esquerda.
TC de tórax, evidenciou coleção em mediastino, paraesofágica, comunicando-se com neoesôfago. EDA revelou anastomose esofagogástrica
termino-terminal e, orifício fistuloso, em parede postero-lateral, de 10 mm. No controle radiológico, persistência da coleção; então se optou por
tratamento endoscópico. Implantada prótese totalmente recoberta, fixada por fios laterais, exteriorização pela narina esquerda. Após 4 semanas,
retirada da prótese, por tração de ambos os fios, sem intercorrências. A revisão, anastomose esofagogástrica a 20 cm da ADS, ampla, sem orifício
fistuloso no local. Conclusão - O tratamento endoscópico com prótese da fístula neoesôfago-cutânea é um método, eficaz e minimamente invasivo.

*HSPE, São Paulo.

TL.E.CPRE.P.669
Pôsteres • COL. End. RETRÓGADA

ADENOMA DE PAPILA DUODENAL ASSINTOMÁTICO - RELATO DE CASO E REVISÃO DE


LITERATURA
Daniel Pacheco da COSTA*, Antônio VITAL Neto*, Renata Brandalise*, Lílian Gomes de Sousa*, Adorísio Bonadiman*,
Luiz Henrique de Souza Fontes*, Eli Kahan Foigel*, Renato Luz Carvalho*
Resumo - Introdução - Os adenomas de papila correspondem a 5% dos tumores do trato gastrointestinal. Estes tumores podem ser esporádicos
ou associados à Polipose Adenomatosa Familiar e apresentar a sequência adenoma-carcinoma, semelhantes aos tumores de cólon. Objetivo -
Relatar 1 caso de adenoma de papila duodenal tratado endoscopicamente e analisar dados da literatura científica sobre este tipo de neoplasia.
Relato de caso - Paciente do sexo feminino 52, assintomática, diagnóstico de adenoma túbulo viloso de papila duodenal maior com aproxima-
damente 35 MM de diâmetro. Após estadiamento optou-se pelo tratamento endoscópico, através da ressecção em piecemeal, esfincterotomia
do colédoco, seguida pela colocação de prótese 5FR no ducto de Wirsung. O anatomopatológico da peça ressecada evidenciou um adenoma
túbulo-viloso com DBG e margens livres. Conclusão - O adenoma de papila é passível de ressecção endoscópica. Tamanho e características da
lesão, aumento das enzimas canaliculares e dilatação da via biliar são critérios de invasão da via biliopancreática. O estadiamento através de
métodos de imagem é essencial para definição terapêutica. O tratamento cirúrgico, pela sua alta morbidade e mortalidade, deve ser reservado
aos casos de carcinoma invasivo ou mediante ao insucesso da exérese endoscópica.

*HSPE, São Paulo.

TL.E.CPRE.P.670
AVALIAÇÃO SEMESTRAL DAS COLANGIOGRAFIAS ENDOSCÓPICAS RETRÓGRADAS EM
IDOSOS NO HOSPITAL GERAL DR. CÉSAR CALS
Alana Costa Borges*, Leonardo José Sales da COSTA*, Leilane Guimarães*, Adalberto Paulo Holanda*, Daniel de Paula
Pessoa*, Décio Sampaio Couto Júnior*, Francisco Paulo Ponte Prado Júnior*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*
Resumo - Introdução - Em idosos, doenças biliares são comuns. Nesta população, a exploração cirúrgica tem mortalidade de 9%. A CPRE
oferece alternativa. Estudos demonstram que as taxas de complicação são iguais em idosos e jovens, com sucesso de 98% na remoção de cálculos
e de 73% na descompressão da obstrução maligna1. Objetivo - Apresentar o perfil epidemiológico de idosos que realizaram CPRE no HGCC
de nov/2012-mai/2013. Métodos - Estudo prospectivo em idosos (> 60 anos). As complicações, detectadas através de seguimento clínico ou
telefônico, definidas segundo Cotton2 e o tempo de aparecimento (precoces - até 7 dias, tardias de 8 - 30 dias). Definiu-se falha técnica como
inacessibilidade da papila ou não cateterização do ducto. Resultados - 52 CPRE em idosos de 61-86 anos: 73,1% do sexo feminino e 26,9% do
masculino. As indicações: coledocolitíase -55,8%, estenose maligna -23%, colangite -7,7%, diagnóstica -7,7%, estenose benigna -3,9% e ampu-
lectomia -1,9%. Fez-se papilotomia em 63,4% e pré-corte tipo infundibulotomia em 9,6%, com remoção completa de cálculos do colédoco de
82,8%, 65,5% deles eram maiores que 10 mm. Houve 7,6% de falha. De complicações leves: colangite, sangramento, sedação relacionada -1,9%
cada; pancreatite -3,9%. Houve apenas uma complicação grave: perfuração. Discussão - Evidenciou-se o perfil da CPRE nos idosos, com boa
taxa de sucesso e complicações dentro da média. Conclusão - A CPRE em idosos no HGCC é segura e bem sucedida.
?

*HSPE, São Paulo.

260 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.671
AVALIAÇÃO SEMESTRAL DAS COLANGIOGRAFIAS ENDOSCÓPICAS RETRÓGRADAS POR
COLEDOCOLITÍASE NO HOSPITAL GERAL DR. CÉSAR CALS
Alana Costa Borges*, Leonardo José Sales da COSTA*, Adalberto Paulo Holanda*, Daniel de Paula Pessoa*,
Décio Sampaio Couto Júnior*, Francisco Paulo Ponte Prado Júnior*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*

Resumo - Introdução - A coledocolitíase é comum, estimada em 5-10% das colecistectomias laparoscópicas e 18-33% das pancreatites agudas. Devido
a um risco de migração espontânea de 21-34%, quando do diagnóstico, indica-se CPRE. Objetivo - Apresentar o perfil epidemiológico semestral dos
pacientes que realizaram CPRE por coledocolitíase no HGCC. Métodos - Estudo observacional, prospectivo de Nov/2012-Mai/2013, em pacientes
submetidos a CPRE por coledocolitíase suspeita. Definiu-se como falha técnica a não canulação do ducto. Resultados - 92 CPRE: em 74 (80,4%) se
confirmou o diagnóstico e 13(14,1%) não. Nas confirmadas, a remoção de cálculos, em sua maioria menores que 10 mm, foi completa em 63 (85,1%)
e incompleta em 11 (14,9%). Utilizaram-se para remoção balão (51,4%), cesta de Dormia (13,5%) ou ambos (32,4%) e litotripsia mecânica em 2,7%.
Realizou-se papilotomia em todos os casos. A falha técnica foi 5.4%. Discussão - Na avaliação da coledocolitíase suspeita, utilizam-se enzimas hepáticas
(valor preditivo negativo de 97%), ultrassonografia abdominal (baixa sensibilidade), colangioressonância (sensibilidade e especificidade superiores a
90%) e ecoendoscopia (especialmente em microcálculos). Em 14,1% dos casos não se confirmou a suspeita, terá havido falso positivos ou migração dos
cálculos durante o intervalo? Conclusão - A CPRE por coledocolitíase no HGCC tem removido completamente os cálculos na maioria dos casos, com
baixo índice de falha técnica e utilizando técnicas tradicionais.

*Hospital Geral Dr. César Cals, Ceará.

TL.E.CPRE.P.672
BILOMA PÓS-TRAUMA HEPÁTICO TRATAMENTO POR PAPILOTOMIA ENDOSCÓPICA
Nelson Maeda Machado1, Nilson José Vitusso1, Marcio Augusto Ferreira1, Marcelo Vasconcellos Angelotti1,
Adriano Visconti Fachin1, Soraia Maria Féres Maeda1, Leopoldo Katsuda2

Resumo - Introdução - O biloma é uma rara afecção caracterizada por uma coleção anormal intra ou extra-hepática de bile, secundária ao trauma ou
ruptura espontânea do sistema biliar. Casos pós-traumáticos foram primeiro reportados por Whipple, que relatou o caso de um paciente que tinha sofrido
um coice de cavalo. A CPRE pode detectar a fístula biliar e a formação do biloma, e ao mesmo tempo fazer o tratamento, promovendo a descompressão
biliar, através da papilotomia, dreno nasobiliar ou endoprótese. Objetivo - Relatar um caso de biloma pós-trauma hepático submetido a tratamento en-
doscópico em nosso Serviço. Casuística - LCDG, Feminina, 19 anos, história de há 35 dias trauma abdominal fechado com trauma hepático abordado
por laparotomia, com queixas de dor em HD, vômitos e colúria. Método - Os exames iniciais apresentavam elevação de transaminases, GamaGT e FA.
Hemograma e bilirrubinas normais. Submetida a US, CT helicoidal, RNM e CPRE, onde observamos lesão compatível com biloma intra-hepático.
Resultados - Dois dias após a papilotomia, houve normalização dos exames bioquímicos. Uma radiografia simples do abdome não demostrava contraste
na topografia do fígado. A paciente encontra-se me acompanhamento ambulatorial. Conclusão - Podemos concluir que o biloma intra-hepático é uma
complicação rara do trauma hepático, e a papilotomia pode ser empregada com sucesso para o seu tratamento.

1
Clínica Gastrocentro; 2Imagem Diagnósticos Médicos, São Paulo.

TL.E.CPRE.P.673
CARCINOMA HEPATOCELULAR METASTÁTICO NA REGIÃO DA PAPILA DUODENAL
Briane Andrea Vertuan Ferreira*, Renzo Feitosa Ruiz*, Juliana Trazzi Rios*, Carlos Kiyoshi Furuya Junior*,
Rogério Kuga*, Valéria Cardoso de Souza*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - A.D.T., 79 anos, referia perda ponderal e icterícia há um mês. Submetido a TC de abdome total e exames laboratoriais que evidenciaram
respectivamente: múltiplos microcálculos em vesícula biliar, grande dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas e aumento da Gama-GT, fosfatase
alcalina e bilirrubina total às custas da direta. O paciente foi admitido no HAOC e na anamnese referiu que há 3 anos teve um carcinoma hepatocelular
em topografia do segmento II, medindo 20 x 18 mm, tratado com embolização vascular. Foi solicitada uma CPRE, onde observamos papila duodenal
maior abaulada. Efetuada incisão na sua superfície, ocorreu exteriorização de tumor vegetante. Após canulação da via biliar e injeção de contraste,
observou-se hepatocolédoco dilatado com falha de enchimento de aproximadamente 2 cm em colédoco distal. Ramos intra-hepáticos e ducto cístico
dilatados. Vesícula biliar escleroatrófica. Optou-se por colocação de um stent biliar metálico auto-expansível não coberto de 10 x 60mm em colédoco,
que se estendeu até a região da papila duodenal e biópsias do tumor. A integração dos achados morfológicos e imuno-histoquímicos da peça examinada
foram sugestivos de carcinoma hepatocelular metastático para região da papila.

*Hospital Alemão Oswaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 261


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.674
CHOLANGIOSCOPY (SPYGLASS) IN PRIMARY SCLEROSING CHOLANGITIS - CASE REPORT
Thiago Guimarães Vilaça1, Luiz Henrique Mazzonetto Mestieri1, Sagar Garud2,
Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro1, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura1, Paulo Sakai1,
Douglas K. Pleskow2, Ram Chuttani2

Resumo - Background - Primary sclerosing cholangitis (PSC) is a major risk factor for cholangiocarcinoma (CCA). The lifetime risk of CCA in patients
with PSC ranges from 7% to 20%. The diagnosis of malignancy in PSC is difficult using cholangiography alone. Direct visualization with cholangios-
copy biopsies increased the diagnostic yield compared with ERCP alone. Objective - To report a case of a patient with primary sclerosing cholangitis
who underwent a follow up cholangioscopy. Method - 58 year old female with PSC, diagnosed in 2001, presented CA 19-9 rising. ERCP with SpyGlass
cholangioscopy was then indicated. Results - Fluoroscopy showed irregularity along the CBD and CHD wall. A hilar stricture involving the right and
left intrahepatics was seen. Cholangioscopy demonstrated that the bile duct mucosa was erythematous with exudates and ulcers and frond-like polypoid
growths at the hilum and through out the CHD and CBD. Spy-bite biopsies were taken from the CBD. Histopatological study showed granulation tissue
with marked inflammation, and no signs of malignancy. After 6 plus months there is no evidence of malignancy. Conclusion - Despite the negative result
for malignancy in this case, having a direct view of the suspected area makes cholangioscopy a good and interesting method to PSC patient´s follow up.

HCFMUSP, São Paulo; 2BIDMC Harvard Medical School, Boston, Estados Unidos.
1

TL.E.CPRE.P.675
COLEDOCOCELE: LEMBRAR PARA DIAGNOSTICAR
Rodrigo Lovatti1, Karina Viana Camargos1, Gabriela Frauches Souza2, Itiberê Pessoa da COSTA1

Resumo - Os cistos das vias biliares podem ocorrer por toda a árvore biliar. Chama atenção a sua relação com uma série de anormalidades anatômi-
cas como atresia de vias biliares, atresia duodenal e colônica, más formações arteriovenosas do pâncreas, dentre outras. São divididos de acordo com
a classificação de Todani em tipo I ao tipo IV, sendo a coledococele classificada como tipo III. O diagnóstico é feito através de exames de imagem. O
tratamento é realizado através da esfincterotomia endoscópica. O caso relata uma paciente de 67 anos que apresentou quadro de dor tipo cólica em hi-
pocôndrio direito, icterícia colestática e alteração de transaminases com quatro dias de duração. Colangiorressonância mostrou dilatação fusiforme em
colédoco terminal. Realizada duodenoscopia que evidenciou abaulamento arredondado no teto da papila. A paciente foi submetida a esfincterotomia
endoscópica com resolução do caso. Este relato mostra que a apresentação da coledococele não é exclusiva do público infantil, necessitando de suspeição
para o diagnóstico em adultos, uma vez que pode simular simples quadro de cólica biliar e até quadros colestáticos.

HGIP-IPSEMG, 2UNIFENAS-BH, Minas Gerais.


1

TL.E.CPRE.P.676
COLOCAÇÃO DE PRÓTESE METÁLICA AUTO-EXPANSÍVEL PARCIALMENTE COBERTA
EM COLÉDOCO DISTAL E PRÓTESE PLÁSTICA EM DUCTO CÍSTICO EM PACIENTE
COM NEOPLASIA DE CABEÇA DE PÂNCREAS
Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho*, Briane Andrea Vertuan FerreirA*, Renzo Feitosa Ruiz*,
Juliana Trazzi Rios*, Fábio Yuji Hondo*, Bruno da Costa Martins*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - Paciente feminino, 85 anos, com história de dor abdominal e icterícia há 1 semana. Submetida a TC de abdome e pelve, que evidenciou lesão
expansiva de cabeça pancreática, com aparente componente protuso para a papila duodenal, determinando amputação do colédoco no plano da cabeça
pancreática, junto à implantação baixa do ducto cístico. Observou-se ainda grande dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas e dos ductos pancre-
áticos, bem como hiperdistensão da vesícula biliar. Encaminhada ao nosso serviço para realização de CPRE, onde observamos infiltração neoplásica ao
redor da papila abaulada. Efetuada canulação inicial do ducto pancreático, observando-se falha de enchimento na porção cefálica e contrastação parcial
do ducto pancreático dilatado, não se conseguindo a canulação da via biliar pela infiltração neoplásica. Efetuada fistulotomia e injetado contraste para
via biliar, observando-se hepatocolédoco e ramos intra-hepáticos diltatados. O colédoco distal apresenta-se com estenose de aproximadamente 3 cm e
o ducto cístico apresenta-se de implantação baixa e bastante dilatado. Optou-se por drenagem do ducto cístico com stent plástico de 10 Fr x 5 cm e do
hepatocolédoco com prótese metálica auto-expansível parcialmente coberta. Efetuadas biópsias e escovado citológico na região da papila e colédoco
distal, que evidenciou presença de células atípicas em arranjo glandular e papilar, sugestivos de adenocarcinoma.

*Hospital Alemão Oswaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

262 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.677
COMPLICAÇÕES DA COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPICA RETRÓGRADA:
EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES - RECIFE - PE
Denis Waked de BRITO*, Sérvio Fidney Brandão de Menezes Correia*, Lyz Bezerra Silva*,
Otavio Maximino de Lucena Pessoa*, Flávio Augusto Melo de Arruda Barbosa*, José Weslley Silva Bezerra*,
Raissa Pantoja Dannecker CUNHA*, Marcelo Ernesto Luckwu Ferraz*

Resumo - Objetivo - Avaliar a prevalência de complicações pós-Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) no Hospital Agamenon
Magalhães (HAM) no período de Abril de 2008 a Março de 2012 e compará-la com a literatura científica mundial. Método - Foram obtidos dados re-
trospectivos de 64 pacientes submetidos à CPER neste período. As variáveis idade, sexo, comorbidades, indicação da CPER e complicações pós-CPER
foram analisadas. Resultados - Do total de pacientes estudados, 16 eram homens (25%) e 48 mulheres (75%); a média de idade foi 53,8 anos (17 - 82). Dos
pacientes estudados, 39 apresentavam alguma comorbidade (HAS, DM, insuficiência cardíaca, etc.). As principais indicações de CPER foram coledoco-
litíase (46,9%), pancreatite biliar (21,9%) e colangite (12,5%). A papilotomia associada ou não à extração de cálculos foi o procedimento mais realizado,
representando quase a totalidade dos casos (92,6%), havendo extração de cálculos em 64,8%. A papilotomia associada à dilatação ou colocação de
prótese biliar corresponderam a 3,7% cada um. O índice global de complicações foi de 17,18%, sendo a pancreatite aguda a mais comum (13,3%). Nossa
taxa de sucesso na extração dos cálculos foi de 66,7%, sendo observado também aumento de risco de pancreatite nos casos em que houve cateterização
do Wirsung. Conclusão - Apesar da taxa de complicações pós-CPER no HAM ser pouco maior do que a da literatura mundial, sua realização rotineira
apresenta benefícios que superam os riscos de complicações.

*HAM-PE, Pernambuco.

TL.E.CPRE.P.678
NEOPLASIA MUCINOSA PAPILAR INTRADUCTAL (IPMN)
Renzo Feitosa Ruiz1, Juliana Trazzi Rios1, Briane Andrea Vertuan Ferreira1, Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho1,
Marcos Eduardo Lera dos Santos2, Edson Ide1, Paulo Sakai1, Shinichi Ishioka1

Resumo - Paciente masculino de 84 anos foi referenciado ao nosso serviço com história de dor abdominal, perda de peso, prurido e icterícia. Os exames
laboratoriais corroboravam com colestase. Realizou CT de abdômen que evidenciava lesão expansiva em topografia de cabeça pancreática associada a
dilatação do Wirsung e múltiplas lesões císticas distribuídas pelo corpo do pâncreas. Após a passagem do aparelho até segunda porção duodenal, notou-se
papila maior em posição habitual, porém o ducto pancreático encontrava-se entreaberto e com saída de secreção espessa e separado do óstio do ducto biliar.
A CPRE evidenciou estenose segmentar curta do colédoco distal e do ducto de Wirsung associado a dilatação de ambos os ductos a montante. Realizamos
a passagem de uma endoprótese biliar plástica com sucesso. Paciente foi contra-referenciado ao serviço de origem para complementação terapêutica.

1
Hospital Alemão Oswaldo Cruz - HAOC; 2HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.CPRE.P.679
PARAGANGLIOMA GANGLIOCÍTICO DUODENAL
Adriana Baião da Neiva*, Rubia Alves Cuzzuol*, Wander Campos Marcos*, Vitor Nunes Arantes*, Fabricio Luis da Silva
Coutinho*

Resumo - Introdução - Paraganglioma gangliocítico é um tumor raro. Localiza-se geralmente na segunda porção duodenal. É composto por uma mistura
de três tipos celulares: epitelioide, fusiforme e células ganglionares. Normalmente tem comportamento benigno, embora já tenham sido descritas metás-
tases linfonodais. Quanto aos achados clínicos, pode ter evolução assintomática ou apresentar dor abdominal e sangramento digestivo alto. O tratamento
deve ser feito com a ressecção cirúrgica ou endoscópica da lesão. Relato de caso - SJAP, 49 anos, masculino, endoscopia digestiva alta com evidência de
abaulamento na região da papila duodenal. A ecoendoscopia, lesão sólida, sem acometimento da submucosa. Paciente submetido a CPRE, papilectomia
com alça hexagonal diatérmica, canulação do Ducto de Wirsung com posterior passagem de prótese pancreática. Intercorreu com sangramento local
abundante que foi contido com implante de clipe metálico. Antomopatológico: proliferação de células predominantemente fusiformes e algumas células
epitelioides, de núcleos volumosos e nucléolos evidentes, lembrando diferenciação ganglionar, com características compatíveis com paraganglioma gan-
gliocítico. Conclusão - Paraganglioma gangliocítico duodenal é um raro tumor que tende a desenvolver-se na papila ou em suas adjacências. A evolução
natural do tumor é incerta. Importante ser lembrado no diagnóstico diferencial das lesões duodenais.

*Hospital Life Center, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 263


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.680
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM COMPLICAÇÕES APÓS SEREM
SUBMETIDOS À CPRE NO HOSPITAL GERAL CÉSAR CALS: ANÁLISE SEMESTRAL
Alana Costa Borges*, Leonardo José Sales da COSTA*, Leilane Guimarães*, Adalberto Paulo Holanda*, Daniel de Paula Pessoa*,
Francisco Paulo Ponte Prado Júnior*, Décio Sampaio Couto Júnior*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*

Resumo - Introdução - A CPRE é procedimento complexo, destaca-se na terapêutica de doenças biliopancreáticas. Beneficia-se por ser minimamente
invasiva. Ao mesmo tempo, apresenta grande potencial de complicações. Objetivo - Apresentar perfil semestral das complicações pós-CPRE no HGCC.
Métodos - Estudo observacional, prospectivo, de nov/2012-mai/2013. Incluíram-se na amostra todas as CPRE durante o período. Definiram-se complicações
e severidade segundo critérios de Cotton1 e o tempo de aparecimento - precoces (< 7 dias pós-CPRE) e tardias (8-30 dias). Resultados - De 137 CPRE: 23
(16,8%) complicações precoces e 8 (5,8%) tardias. As precoces: pancreatite leve - 5,9% e grave - 1,5%; sangramento leve - 0,7% e grave - 1,5%, colangite leve
- 1,5%, colecistite leve - 0,7%, diminuição da saturação na sedação - 2,2%, impactação de cesto de Dormia - 0,7%, perfuração - 0,7%, obstrução intestinal -
0,7% e pancreatite leve com colecistite grave - 0,7%. As tardias: colecistite leve - 0,7% e grave - 0,7%, pneumonia -1,5%, dor abdominal - 1,5%, vômitos - 1,5%.
O tratamento foi conservador na maioria: 13,1% - precoces e 5,1% - tardias; em 3,6% foi necessária intervenção cirúrgica ou de radiologia intervencionista.
Não houve óbitos pós-CPRE. Discussão - O estudo evidenciou índice de complicações específicas dentro da média, que, sendo variável, estima-se em 7%. A
maioria classificou-se em leve, de tratamento conservador. Conclusão - As complicações estão na média, sendo leves e de tratamento conservador.

*HGCC, Ceará.

TL.E.CPRE.P.681
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À CPRE NO HOSPITAL GERAL CÉSAR
CALS: ANÁLISE SEMESTRAL
Alana Costa Borges*, Leonardo José Sales da COSTA*, Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Adalberto Paulo Holanda*, Décio
Sampaio Couto Júnior*, Francisco Paulo Ponte Prado Júnior*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*

Resumo - Introdução - A CPRE é procedimento complexo, com longa curva de aprendizado. Destaca-se no tratamento de doenças biliopancreáticas,
oferecendo procedimentos minimamente invasivos, apesar de potencial alto de complicações (5-7%). Objetivo - Apresentar o perfil epidemiológico semestral
dos pacientes que realizaram CPRE no HGCC. Métodos - Estudo observacional, prospectivo de Nov/2012-Mai/2013, em pacientes submetidos a CPRE.
Os procedimentos foram realizados pelos residentes ou preceptores. Definiram-se complicações e severidade segundo critérios de Cotton1 e o tempo
de aparecimento - precoces (< 7 dias pós-CPRE) e tardias (8-30 dias); e a falha técnica como não cateterização do ducto. Resultados - 137 CPRE, em
pacientes de 16-86 anos: 81% sexo feminino, 19% masculino. As indicações demonstradas no gráfico 1. Ocorreu papilotomia em 70,1% e re-papilotomia
em 2,2%. Observaram-se 16,8% de complicações precoces e 5,8% tardias. O tratamento foi conservador na maioria, e, em 3,6% foi necessária intervenção
cirúrgica ou de radiologia intervencionista. A falha técnica foi de 7,2%, por não cateterização do ducto biliar. Discussão - O estudo apresentou uma
amostra considerável, com indicações já estabelecidas na literatura, com taxa de complicações na média, na sua maioria leves. Conclusão - Os pacientes
submetidos a CPRE foram principalmente do sexo feminino, com coledocolitíase e o índice de complicações foi dentro da média.

*Hospital Geral Dr. César Cals, Ceará.

TL.E.CPRE.P.682
RELATO DE CASO - RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE VOLUMOSO TUMOR DE PAPILA DUODENAL
Dalton Marques Chaves*, Kengo Toma*, Carolina Eliane Reina-Forster*, André Luís de Oliveira Novaes*, Clarissa Ribeiro Villar
Sena*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Relato de caso - Ressecção endoscópica de volumoso tumor de papila duodenal. Introdução - Os adenomas e adenocarcinomas bem dife-
renciados de papila duodenal restritos à mucosa e sem invasão dos ductos biliar e pancreático podem ser tratados com ressecção endoscópica. Pacientes
com neoplasia de papila geralmente são idosos e têm comorbidades significativas, o tem gerado interesse de opções cirúrgicas menos agressivas, como
a ampulectomia endoscópica. Objetivo - Paciente de 83 anos, masculino, com metástase hepática por neoplasia de cólon operada, com TC de abdome
evidenciando dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas. CPRE não efetiva por lesão elevada em papila duodenal impedindo a cateterização da
via biliar. Ultrassonografia endoscópica evidenciou volumosa lesão de aspecto superficial na papila duodenal sem invasão de submucosa. Realizada
ressecção endoscópica em “piece meal” com colocação de prótese plástica biliar. Anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma bem diferenciado sem
invasão da muscular da mucosa. Discussão - O tratamento endoscópico do adenoma de papila é um tratamento consagrado, assim como o paliação nas
lesões avançadas. Trabalhos recentes têm demonstrado o tratamento endoscópico nos adenomas com displasia de alto grau e/ou carcinoma in situ como
curativo. Neste caso, o paciente foi submetido à ressecção endoscópica de um volumoso adenocarcinoma bem diferenciado de papila sem invasão da
muscular da mucosa e evolui sem intercorrências.

*Hospital das Clínicas - FMUSP, São Paulo.

264 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.683
RELATO DE CASO: SÍNDROME DE BLUE RUBBER BLEB NEVUS
Fausto Rolim Neto*, Thales Simões Nobre Pires*, Marcela Paes Rosado Terra*, Claudio Lyoiti Hashimoto*,
Ivanna Beserra Santos*

Resumo - Introdução - A síndrome de Blue Rubber Bleb Nevus é entidade rara caracterizada por má formações venosas principalmente cutâneas e
gastrointestinais. Objetivo - Relatar um caso de síndrome de Blue Rubber Bleb Nevus. Relato de caso - T.D.S.M., sexo feminino, 21 anos, em acompanha-
mento com hematologia do HCFMUSP por anemia ferropriva, secundária a perda crônica, grave, refratária e dependente de transfusões de concentrados
de hemácias desde 2003. Atualmente em uso de reposição de ferro endovenoso e transfusões sanguíneas em média a cada 10 dias. Realizou tratamentos
medicamentosos prévios com talidomida, interferon e prednisona, além de alcoolização das lesões colônicas, sem resposta clínico-laboratorial. Ao
exame físico observaram-se hemangiomas em tronco, face e em membros superiores. Exames evidenciavam valores de hemoglobina de 5,7, hematócrito
19,2%, VCM 76,9, saturação de ferro 3,12%, ferritina 12,3 e ferro 10. Foi encaminhada ao centro de diagnóstico em gastroenterologia para realização
de endoscopia digestiva alta que revelou hemangioma de 7 mm em pequena curvatura de corpo médio e colonoscopia que evidenciou em íleo terminal e
do ceco ao reto, diversos hemangiomas, sem sinais de sangramento ativo ou recente. Discussão - Os pacientes geralmente apresentam-se com quadro de
anemia ferropriva secundária a sangramento gastrointestinal. O tratamento baseia-se na reposição de ferro e hemotransfusões, além do uso de drogas
com efeito antiagiogênico e terapia endoscópica.

*Hospital das Clínicas - FMUSP, São Paulo.

TL.E.CPRE.P.684
REMOÇÃO DE CÁLCULOS GIGANTES DE VIAS BILIARES - UM DESAFIO PARA O ENDOSCOPISTA
Germano Coutinho de Souza Germino*, Bruno Bezerra Vieira*, Suênia Tavares de Machado França*,
Renata Carvalho de Miranda Chaves*, Marcos Paulo Gomes de Mattos*, Gustavo José Carneiro Leão Filho*

Resumo - Introdução - A coledocolitíase consiste numa das principais indicações de colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). Os
cálculos gigantes (CG) de vias biliares, aqueles maiores 15 mm, constituem um desafio para os endoscopistas. Objetivo - Relatar caso de remoção de
CG de vias biliares (VVBB), em puérpera jovem com colangite. Casuística - Puérpera, 22 anos, submetida a CPER + endoprótese biliar há 3 meses por
colangite, e a colecistectomia laparoscópica há 7 dias, teve prótese biliar retirada há 5 dias. Reinternada com quadro de icterícia, febre e dor abdominal
5 dias após alta hospitalar. Presença de leucocitose, enzimas canaliculares elevadas e bilirrubinas elevadas, com predomínio da fração direta. Iniciada
antibioticoterapia de largo espectro e nova CPER: papila com sinais de papilotomia prévia e saída de secreção purulenta. Presença de vias biliares dila-
tadas, com três cálculos facetados, com cerca de 16 mm cada, um deles localizado na confluência dos hepáticos. Procedida à esfincteroplastia papilar +
dilatações seriadas das VVBB com balão hidrostático até 18 mm. Realizada remoção de três cálculos duros amarelo-enegrecidos e facetados, com balão
extrator, sem necessidade de litotripsia. Resultado - Paciente evoluiu bem e recebeu alta hospitalar três dias após procedimento. Conclusão - Embora
difícil, a remoção de cálculos gigantes em VVBB pode ser factível, mesmo sem o uso de litotripsia.

*IMIP, Pernambuco.

TL.E.CPRE.P.685
RESULTADOS DA DRENAGEM BILIAR ENDOSCÓPICA (DBE) NA OBSTRUÇÃO
BILIAR MALIGNA EXTRA-HEPÁTICA (OBME) ATRAVÉS DA PASSAGEM DE PRÓTESE
METÁLICA AUTO-EXPANSÍVEL (PMAE)
Mauricio Paulin Sorbello*, Bruno F. Medrado*, Vagner Birk Jeismann*, Felipe Retes*, Telesforo Bacchella*,
Ulysses Ribeiro Junior*, Ivan Cecconello*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - A DBE é o método de escolha para paliação da OBME. O uso de PMAE tem sido extensamente difundido, com bons resultados.
Objetivo - Avaliar aspectos da DBE na OBME, através de PMAE, no Serviço de Endoscopia Digestiva - ICESP-FMUSP. Pacientes e Métodos - De abril/2009
a setembro/2012, foram avaliados 76 casos, quanto a: indicações, complicações, evolução laboratorial e sobrevida. Resultados - 35 homens e 41 mulheres;
idade: 65 (25-90) anos; diagnósticos: 35 (40%) neoplasia de pâncreas, 17 (22,4%) linfadenomegalia, 7 (8,6%) colangiocarcinoma distal, 6 (8,6%) neoplasia de
vesícula biliar, 8 (8,6%) neoplasia de papila duodenal, 1 (1,3%) colangiocarcinoma Bismuth I, 1 (1,3%) “peri-ampular”, 1 (1,3%) pulmonar metastático para
pâncreas; sobrevida: 194,8 (3-1002) dias; bilirrubina direta pré drenagem 11,7 (0,06-40,81), pós drenagem (1 semana) 4,2 (0,08-34), redução média de 64%;
42 (55,3%) casos com prótese plástica prévia; patência: 165,3 (12-345) dias; complicações relacionadas à prótese: 24 (31,6%) casos, 22 (28,9%) obstruções: 18
(23,7%) “ingrowth”, 1 (1,3%) “overgrowth”, 1 (1,3%) barro biliar, 1 (1,3%) impactação alimentar, 1 (1,3%) cálculos; migração 2 (2,6%) casos; pancreatite 1
(1,3%) caso. Não foram observados sangramento, perfuração ou colecistite. Conclusão - A DBE através da colocação de PMAE tem se firmado como método
de escolha na paliação da OBME. Trata-se de intervenção minimamente invasiva, segura e eficaz, associada à baixa morbidade.

*FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 265


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.CPRE.P.686
TUMOR DA VESÍCULA BILIAR ASSOCIADO À SÍNDROME DE MIRIZZI TIPO I
Nelson Maeda Machado1, Angela Aparecida Oliveira Figueiredo2, Marcio Augusto Ferreira1, Marcelo Vasconcellos Angelotti1,
Adriano Visconti Fachin1, Soraia Maria Féres Maeda1, Leopoldo Katsuda3

Resumo - Introdução - Descrita inicialmente em 1948 pelo cirurgião argentino P. L. Mirizzi, esta síndrome ocorre pela compressão mecânica da via
biliar principal decorrente a presença de cálculo fixo no ducto cístico, no infundíbulo ou no colo da vesícula. Tem incidência incomum variando de 0,1 a
2 % dos pacientes submetidos à colecistectomia e 1,07 % dos pacientes submetidos à CPRE. É descrita sua associação com o carcinoma da vesícula biliar
em 6 a 28 % dos casos. Objetivo - Apresentar o caso de uma paciente portadora de síndrome de Mirizzi tipo I e Carcinoma da vesícula biliar. Casuística
- N.M.D.S., feminina, 69 anos, com história de há 5 dias dor abdominal em HD, icterícia e colúria. US de abdome com colelitíase e coledocolitíase com
dilatação moderada da via biliar. Método - A paciente foi submetida à CPRE, na colangiografia observamos compressão extrínseca da via biliar em seu
terço médio, com dilatação moderada acima. Procedemos a papilotomia e introdução de prótese biliar reta de 10 Fr. Dois dias após a CPRE foi subme-
tida à RNM do abdome superior onde foi evidenciado além da colelitíase, lesão tumoral na vesícula com invasão do fígado e com gânglios suspeitos de
disseminação no pedículo hepático e tronco celíaco. Resultados - A paciente após o procedimento apresentou queda dos níveis de bilirrubina, mas evolui
ao óbito 3 meses após a CPRE. Conclusão - Podemos concluir que, raramente podemos observar estas afecções simultaneamente em um mesmo paciente.

Clínica Gastrocentro; 2HPB-Bauru; 3Imagem Diagnósticos Médicos, São Paulo.


1

TL.E.COL.P.687
Pôsteres • COLONOSCOPIA

ADENOMAS SERRILHADOS- CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E ENDOSCÓPICA


Priscila Sene Portel de Oliveira*, Ingrid Neves dos Santos*, Olympio Meirelles-Santos*, Michel Gardere Camargo*,
Raquel Franco Leal*, Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono*, João Jose FAGUNDES*, Claudio Coy*

Resumo - Introdução - Estima-se que 35% dos carcinomas colorretais tem como origem a via CIMP+ e suas lesões precursoras: adenoma serrilhado
(AS) séssil e AS serrilhado tradicional ou polipoide. São de difícil identificação endoscópica, tem transformação maligna mais rápida e predominam no
cólon direito. Objetivo - Identificar em série consecutiva de colonoscopias. Material e Métodos - Análise retrospectiva de exames realizados no Serviço
de Endoscopia Digestiva do Gastrocentro - UNICAMP entre 2009 e 2013. Avaliou-se: tamanho, localização, aspecto morfológico e indicações mais
frequentes. Resultados - Identificaram-se 42 lesões em 40 pacientes, sexo feminino (52,5%) e idade média de 62,5 (33-85) anos. Em 37 exames as lesões
eram únicas, em 4 concomitantes com adenocarcinoma colorretal, sendo um intramucoso e em um exame foram identificadas duas lesões serrilhadas.
Localização, 18 (42,8%) ceco/cólon ascendente, 12 (28,6%) no reto, 8 (19,0%) no transverso e 4 (9,5%) em cólons descendente e sigmoide. O aspecto
morfológico mais frequente foi IIa (92,8%) e 47,6% (n=20) das lesões mediram entre 5 mm e 10 mm e em 7,1% (n=3) as lesões eram maiores que 20 mm.
Quanto as indicações: acompanhamento pós-polipectomia (50%), preventivo para carcinoma colorretal (10%) e pesquisa de sangue oculto nas fezes
(7,5%). Conclusão - Os achados são concordantes aos da literatura. A maioria das lesões foram encontradas em pacientes assintomáticos denotando a
importância deste achado em exames preventivos.

*Grupo de Coloproctologia - DMAD - FCM - UNICAMP, São Paulo.

TL.E.COL.P.688
ANÁLISE DA QUALIDADE DO PREPARO INTESTINAL EM COLONOSCOPIAS REALIZADAS EM
HOSPITAL TERCIÁRIO
Leonardo José Sales da Costa*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*, Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Alana Costa Borges*,
Milena Santana Girão*, Alana Frota Santos*, Francisco Israel Araujo COSTA*, Cesar Augusto Lima da Silva*

Resumo - Introdução - A eficiência do preparo intestinal afeta a qualidade e confiabilidade da colonoscopia. A visualização adequada da mucosa, a
detecção de lesões patológicas e manobras terapêuticas são dependentes da qualidade da preparação do intestino. Objetivo - Avaliar o preparo intestinal
realizado em pacientes submetidos a colonoscopia no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), referência na rede pública de Saúde do Estado do Ceará.
Material e Métodos - Realizada análise retrospectiva de colonoscopias diagnósticas e terapêuticas realizadas no período de janeiro de 2011 a julho de
2013. Todos receberam instruções de como realizar o preparo intestinal padrão do serviço (manitol 20% 500 ml 4-12 horas antes do procedimento, 4
comprimidos de bisacodil na véspera do exame e 01 comprimido de bromoprida ou metoclopramida de 30 minutos a 2 horas antes do manitol). Os
medicamentos foram dispensados gratuitamente. Resultados - Encontrou-se um total de 735 pacientes que se submeteram ao preparo intestinal padrão
do serviço no período estudado. Eram do sexo feminino 64,5%, enquanto 35,5% eram do sexo masculino. A média de idade foi de 57 anos. 236 pacientes
(32,11%) apresentaram preparo insatisfatório e 18 (2,45%) tiveram seus exames interrompidos por conta do péssimo preparo. Conclusão - Apesar de
compatível com taxas encontradas na literatura, uma proporção significativa dos pacientes que se submeteram a colonoscopia no HGCC apresentou
preparo intestinal insatisfatório.

*HGCC, Ceará.

266 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.689
ANÁLISE DESCRITIVA DAS COLONOSCOPIAS REALIZADAS EM HOSPITAL - ESCOLA
Leonardo José Sales da Costa*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*, Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Milena Santana Girão*,
Alana Costa Borges*, Alana Frota Santos*, Francisco Israel Araújo COSTA*, César Augusto Lima da Silva*

Resumo - Introdução - A colonoscopia é a técnica de maior acuidade no diagnóstico de lesões colorretais, além de ser via de acesso para tratamento e
prevenção de muitas dessas patologias. Objetivos Analisar e descrever características das colonoscopias realizadas no Serviço de Endoscopia Digestiva
do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), referência na rede pública de saúde do Estado do Ceará. Material e Métodos - Foram avaliados retrospec-
tivamente 735 laudos em banco do serviço, abrangendo o período de janeiro de 2011 a julho de 2013. Os exames foram realizados após consentimento
esclarecido e preparo intestinal padronizado. Resultados - 474 (64,5%) pacientes eram do sexo feminino e 261 (35,5%) do sexo masculino. A idade variou
de 14 a 90 anos, com média de 55,7. 457 (62,2%) pacientes tiveram qualidade do preparo intestinal regular a satisfatória. As principais indicações para
o exame foram alteração do hábito intestinal (203 - 27,6%), hemorragia digestiva baixa (137 - 18,6%), dor abdominal (83 - 11,3%), e screening de câncer
colorretal (68 - 8,8%). 304 (41,36%) laudos foram normais. Dentre os achados destacaram-se pólipo (173 - 23,5%), processos inflamatórios (145 - 19,7%),
doença diverticular (113 - 15,3%) e neoplasia (43 - 5,9%). 27 das neoplasias eram de colón (62,8%), 15 de reto (34,9%) e 1 de canal anal (2,3%). Conclusão
- A colonoscopia é parte da rotina do Serviço de Endoscopia do HGCC e fundamental no diagnóstico e terapêutica de várias patologias relacionadas
ao trato colorretal.

*HGCC, Ceará.

TL.E.COL.P.690
ANEMIA FERROPRIVA SECUNDÁRIA A ANGIECTASIAS DE CÓLON DIREITO - ANÁLISE EVOLUTIVA
APÓS FULGURAÇÃO COM PLASMA DE ARGÔNIO
Vivian Mayumi Ushikubo*, Elaine Tomita*, Fabio Kakitani*, Leonardo Fayad*, Raquel Canzi Almada de Souza*

Resumo - Introdução - Angiectasias são as anormalidades vasculares mais comuns do trato gastrointestinal. Podem se manifestar como um achado
incidental ao exame endoscópico, como anemia crônica ou enterorragia. O tratamento está indicado nos pacientes com anemia ferropriva que apresente
sangramento ativo, múltiplas lesões ou sangue oculto positivo nas fezes. Entre as principais possibilidades terapêuticas endoscópicas eletivas incluem-se:
coagulação com plasma de argônio e eletrocoagulação bipolar ou heater probe. Objetivo - Relatar um caso de tratamento com plasma de argônio resul-
tando em controle da anemia. Relato de caso - Paciente feminino, 55 anos, anemia ferropriva, exaustivamente Investigada, tendo firmado diagnóstico de
múltiplas angiectasias no cólon direito como etiologia primária. Decidido por fulguração com plasma de argônio em 4 sessões resultando em regressão
das lesões e melhora da anemia. Conclusão - O caso relatado ilustra a importância em se obter um diagnóstico etiológico em casos de anemia ferropriva.
Da mesma forma, evidencia a adequada resposta terapêutica com uma modalidade de fácil acesso e realização, como a ablação com plasma de argônio,
com taxa de sucesso próximo a 85%.

*Hospital de Clínicas da UFPR, Paraná.

TL.E.COL.P.691
AVALIAÇÃO DAS INDICAÇÕES E DOS DIAGNÓSTICOS HISTOLÓGICOS DOS PACIENTES SUBMETIDOS
A BIÓPSIAS SERIADAS EM COLONOSCOPIAS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA USP
Caio Cesar Furtado Freire*, Renata dos Santos Lugao*, Fernando Gomes de Barros COSTA*, Jamile Rosário Kalil*,
Lorena Pithon Lins*, Leandro Ferreira Ottoni*, Jose Guilherme Nogueira da Silva*, Claudio Lyoiti Hashimoto*,
Flair Jose Carrilho*

Resumo - Introdução - A colonoscopia é cada vez mais importante para o desfecho diagnóstico e terapêutico de doenças do trato digestório tanto pelos
achados endoscópicos como os resultados histológicos. Em estudo desenvolvido em nosso serviço, Silva, JGN et al. mostraram a importância da coleta de
biópsias seriadas no exame de colonoscopia para desfecho diagnóstico dos quadros de diarreia crônica. Metodologia - Estudo retrospectivo e transversal
foi desenvolvido no Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Foram avaliados 169 exames de colonoscopia nos
quais foram realizadas biópsias seriadas de íleo, cólon e reto no período de fevereiro de 2011 a agosto de 2012. Entre os pacientes estudados, 64,4% (109)
eram mulheres e 34,6% (60) eram homens, com idade média de 48,4 ± 12,9 anos. Dentre as indicações pelas quais foram realizados os exames 43% (72)
apresentavam quadro de diarreia crônica, 37,8% (64) fizeram o exame para avaliar atividade da Retocolite Ulcerativa ou da Doença de Crohn e 8 % (14)
estavam investigando possíveis quadro de doença inflamatória intestinal. Quanto aos achados histológicos, 53% (90) apresentaram colites inespecíficas,
22% (35) mostraram colites específicas, 20 % (34) tinham uma histologia normal e 6% (10) uma ileíte terminal isolada. Conclusão - A colonoscopia com
biópsias seriadas mostrou-se uma importante ferramenta de investigação diagnóstica, contribuindo na decisão terapêutica de diferentes patologias do
trato digestório.

*FMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 267


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.692
AVALIAÇÃO DO BISACODIL NA QUALIDADE DO PREPARO PARA COLONOSCOPIA
Antonio Moreira Mendes Filho1, Maria Clara Fortes Portela Barbosa1, Antonio Moreira Mendes Neto1, Sildineya Pires Martins Moreira
Mendes2, Eduardo Savio Nascimento Godoy3, Patricia Maria da Costa Braga1, Jéssica Gomes Baldoino de Araújo1, Ana Gisele Soares Lopes1

Resumo - Introdução - A colonoscopia é exame de escolha na avaliação de diversas afecções do cólon, bem como do rastreamento do câncer colorretal.
Para sua realização e necessário um preparo intestinal prévio para a limpeza do órgão. A associação do laxativo catártico bisacodil, com o diurético
osmótico manitol, fornecidos via oral, é uma das técnicas mais empregadas. Objetivo - Comparar a utilização desta técnica padrão, com o uso do manitol
de forma isolada, em relação ao desconforto e qualidade do preparo. Casuística e Método -Foi utilizada uma amostra de 47 pacientes, divididos em 2
grupos; o grupo I (23 pacientes), realizou o preparo tradicional (bisacodil na véspera e solução de manitol 20% no dia do exame); o grupo II (24 pacien-
tes) utilizou apenas o manitol. Foi utilizado questionário específico com o objetivo de avaliar o grau de desconforto com o uso ou não de bisacodil; a
qualidade do preparo foi avaliada pela escala de Boston. Resultados - No grupo I,60% dos pacientes relataram cólicas abdominais de forte intensidade;
no grupo II apenas 33% (p<0,05). No grupo I, 73,9 % tiveram o preparo considerado excelente; no grupo II, 62,6% (p=0,52). Conclusões - O uso do
bisacodil proporciona mais desconforto e não interfere na qualidade do preparo.

FACID; 2Clínica Digest; 3UFPE, São Paulo.


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TL.E.COL.P.693
COLITE FULMINANTE POR ENTAMOEBA HISTOLYTICA SIMULANDO DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL - RELATO DE CASO
Thales Simões Nobre Pires1, Luana Vilarinho Borges1, Fabiana Cesar Gabas Kallas2, Cândida Maria Figueira Paradela2,
Carlos Henrique Valente Moreira2, Roosecelis Brasil Martines2, Richard Calanca2, Maria Alice de Nóbrega2

Resumo - Introdução - A E. histolytica é um protozoário que infecta 10% da população. Alguns pacientes evoluem com colite fulminante, que pode mi-
metizar DII. Objetivo - Relatar um caso de colite amebiana fulminante, enfatizando os achados endoscópicos. Relato de caso - Homem, 47, hígido, iniciou
emagrecimento, diarreia com sangue, dor abdominal e febre há 3 meses. TC de abdome com espessamento do cólon. Recebeu antibioticoterapia empírica,
sem melhora. Colonoscopia mostrou pancolite - múltiplas úlceras rasas e profundas, comprometendo a mucosa de forma contínua. Hipótese de RCUI, sendo
iniciados salicilato e corticoide. Histologia evidenciou processo inflamatório e estruturas de Entamoeba spp. Instituída terapêutica para erradicação da ameba,
sem sucesso após três esquemas. Submetido à colectomia total por enterorragia. Remissão da sintomatologia e alta, com seguimento ambulatorial. Discussão
- A colite amebiana tem sintomas inespecíficos e os achados endoscópicos são semelhantes aos encontrados na DII, dificultando o diagnóstico etiológico.
Uma vez que o uso de medicamentos imunossupressores pode interferir na evolução da doença, reconhecer a amebíase como causa de colite é fundamental. A
colonoscopia com biópsias está entre as ferramentas diagnósticas. A presença de múltiplas lesões, acometimento de ceco e evidência de exsudato são preditivos
de colite por ameba. Conclusão - No contexto de um mundo globalizado, a amebíase deve ser considerada no diagnóstico diferencial das colites ulcerativas.

HCFMSUP; 2IIER, São Paulo.


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TL.E.COL.P.694
COLONOSCOPIA PEDIÁTRICA: ANÁLISE DE UMA POPULAÇÃO EM GOIÂNIA
Américo de Oliveira Silvério1, Juliana Torminn Campedelli1, Laryssa Paiva de Ávila1, José Eduardo Mekdessi2, Sérgio Teruaki Miamae2

Resumo - Introdução - Os primeiros relatos da colonoscopia pediátrica apareceram na literatura entre as décadas de 1970 e 1980 e desde então, as técnicas
e habilidades do método avançaram bastante, a ponto do procedimento ser indicado pela maioria dos gastroenterologistas pediátricos para fins diagnósticos
e terapêuticos. Objetivo - O presente estudo avaliou as principais indicações, achados e segurança da colonoscopia em uma população pediátrica em Goiânia.
Métodos - Foram avaliados dados referentes a identificação, indicação do exame, achados colonoscópicos, realização ou não de biópsia e ocorrência de com-
plicações em pacientes com idade de zero a dezoito anos, submetidos à colonoscopia no período de janeiro de 2012 a março de 2013, em uma clínica privada
de Goiânia. Resultados - Foram analisados 114 exames colonoscópicos. A média de idade do grupo foi de 7,74 ± 5,3 anos, variando de um mês a 18 anos, dos
quais 63 (55,3%) eram do gênero masculino. A diarreia foi a principal indicação, presente em 42 (36,8%) pacientes, seguida de sangramento intestinal em 35
(30,7%) e dor abdominal em 24 (21,1%). A hiperplasia linfoide (HL) isolada ou associada a outros achados estava presente em 50 (43,9%) pacientes. A colite
isolada ou não foi observada em 24 (21,1%) pacientes e em 11 (9,6%) foram encontrados pólipos. O exame foi normal em 34 (29,8%) pacientes, dos quais 15
(44,1%) eram do gênero feminino e 19 (55,9%) masculino (p=0,9). A média de idade destes pacientes foi de 10,1 ± 5,5 anos e pacientes do gênero feminino
foram significativamente mais velhos (12,5 ± 4,6 e 8,1 ± 5,6 anos, p=0,02). A dor abdominal foi indicação para a realização do exame em 17 (50,0%) desses
pacientes, seguida por diarreia e sangramento em 7 (20,6%) pacientes cada. Não foram observadas complicações relacionadas ao procedimento anestésico
ou endoscópico. Conclusão - No presente estudo as principais indicações para realização da colonoscopia foram diarreia, sangramento intestinal e dor ab-
dominal. Os achados mais frequentes foram HL, colite e pólipo. Aproximadamente um terço dos exames foi normal. A dor abdominal crônica isolada não
parece ser uma indicação precisa, uma vez que a colonoscopia foi normal na maioria dos casos. A colonoscopia é um exame seguro para esta população.
Palavras Chaves - Colonoscopia pediátrica; diarreia em pediatria, dor abdominal em pediatria, hemorragia digestiva baixa em pediatria.

PUC-GO, Goiás; 2IAD, São Paulo.


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268 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.695
DISTRIBUIÇÃO TOPOGRÁFICA DAS LESÕES PRÉ-MALIGNAS EM COLONOSCOPIAS DE RASTREIO DO
CARCINOMA COLORRETAL
Ana Maria Félix André*, Felipe Gazeta Mariosa*, Emilio Augusto Campos Pereira de Assis*,
Sandra Márcia Carvalho Ribeiro COSTA*, Karla Oliveira Cimino*, Aline Lima de Oliveira*, Nayara Félix André*,
Lincol Eduardo Villela Vieira de Castro Ferreira*

Resumo - Introdução - Câncer colorretal (CCR) é a 2ª neoplasia maligna mais frequente em mulheres e a 3ª entre os homens, no Brasil. O CCR é
mais encontrado no reto e sigmoide, sendo o adenoma sua lesão precursora mais frequente. A colonoscopia possui papel essencial no rastreio do CCR.
Objetivo - Avaliar a distribuição topográfica das lesões pré-malignas encontradas em colonoscopias de rastreio. Casuística - 569 pacientes acima dos 50
anos submetidos à colonoscopia de rastreio pela 1ª vez. Método - Analisados, retrospectivamente, 569 laudos de colonoscopias, num período de 18 meses.
Resultados - Destes, 195 eram homens e 374 mulheres. A taxa de intubação cecal foi de 100%. Foram realizadas 679 polipectomias ou mucosectomias.
A histologia revelou 411 (60,5%) adenomas e lesões serrilhadas, assim distribuídas: 35 (8,5%) no reto, 70 (17%) no sigmoide, 73 (17,7%) no descenden-
te, 79 (19,2%) no transverso e 154 (37,5%) no ascendente e ceco. Sete adenocarcinomas (1,03%) foram identificados: 1 (14.3%) no reto, 3 (42,8%) no
sigmoide, 2 (28,5%) no descendente e 1 (14,3%) no transverso. Conclusão - Este trabalho corrobora dados da literatura: maior incidência do CCR no
cólon esquerdo, porém mostra também, uma alta incidência de adenomas no cólon direito, indicando a grande importância da colonoscopia completa
na busca das lesões precursoras do CCR.

*UFJF, Minas Gerais.

TL.E.COL.P.696
ESPIROQUETOSE INTESTINAL - RELATO DE CASO
Renzo Feitosa Ruiz*, Juliana Trazzi Rios*, Briane Andrea Vertuan Ferreira*, Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho*,
Giulio Fábio Rossini*, Paulo Roberto Arruda Alves*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - Relatamos um caso de um paciente (A. E. F.), 54 anos, casado e se queixando de diarreia, sem sangue ou muco, há cerca de 3 semanas.
Realizou colonoscopia em nosso serviço que evidenciou uma tiflite moderada, caracterizada por algumas ulcerações rasas, recobertas por fibrina e com
mucosa adjacente exibindo edema e enantema difusos. Foram efetuadas biópsias que evidenciaram colite crônica com componente erosivo e hiperplasia
folicular linfoide com presença de estruturas consistentes com espiroquetose intestinal. Espiroquetose intestinal (EI) é uma condição definida morfo-
logicamente pela presença de espiroquetas ligados à membrana da célula apical epitélio do cólon e do reto. Compreendem um grupo heterogêneo de
bactérias. Em humanos a Brachyspira aalborgi e a Brachyspira pilosicoli predominam. As taxas de prevalência de EI são baixas, onde o padrão de vida
é alto, em contraste com áreas pouco desenvolvidas onde está é comum. Os homossexuais e os indivíduos infectados pelo HIV estão em alto risco de
ser colonizado. Uma revisão da literatura revela que a invasão de espiroquetas além superfície do epitélio gastrointestinal está associada sintomas que
respondem ao tratamento com antibióticos (metronidazol), enquanto os pacientes onde a invasão do epitélio não ocorre são geralmente assintomáticos.
Os homens homossexuais e HIV-positivo são mais susceptíveis.

*Hospital Alemão Osvaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

TL.E.COL.P.697
GESTANTE COM NEOPLASIA SUBESTENOSANTE DE SIGMOIDE: O QUE FAZER?
Carla Cristina Gusmon*, Bruno da Costa Martins*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Stephanie Wodak*, Marcelo Simas de Lima*,
Ricardo Sato Uemura*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - introdução - Gestante com adenocarcinoma de sigmoide metastático para ovário com quadro de suboclusão intestinal. Objetivo - Discutir as
opções terapêuticas para paciente com 21 semanas de gestação e neoplasia de cólon subestenosante. Evolução - Gestante de 37 anos com dor abdominal
súbita submetida a laparotomia exploradora por suspeita de torção ovariana. Realizada ooforectomia direita cujo anatomopatológico revelou tratar-se
de adenocarcinoma mucinoso de padrão intestinal. O exame imunohistoquímico sugeriu sítio primário em TGI. Submetida à colonoscopia que revelou
lesão vegetante, ulcerada e estenosante em sigmoide distal, confirmando o sítio primário da neoplasia. Evoluiu com suboclusão intestinal no segundo
trimestre da gestação, e foi oferecida opção de tratamento cirúrgico, o qual traria risco de óbito fetal. Após discussão multidisciplinar, considerando
que a paciente insistia no medo de perda fetal, definido por passagem de prótese metálica autoexpansível e quimioterapia (esquema FLOX) até o parto
(que ocorreu com 37 semanas). Cerca de 45 dias após o parto, a paciente foi submetida à retossigmoidectomia e biópsia de peritôneo com diagnóstico
patológico de adenocarcinoma pT4apN0M1a (implantes peritoneais). Atualmente em segunda linha de esquema quimioterápico por recidiva pélvica, 1
ano e 6 meses após o parto. Conclusão - A paliação de neoplasia subestenosante de cólon é opção como ponte até o tratamento cirúrgico e foi indicada
para gestante para evitar o risco de perda fetal.

*ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 269


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.698
HEMORRAGIA AGUDA EM ÚLCERA RETAL COM TRATAMENTO ENDOSCÓPICO - RELATO DE CASO
Cláudia Utsch Braga*, Daniel de Alencar Macedo Dutra*, Sara Cristina Batista de Lima*, Paula Brumatti Lampier Barcellos*,
Paula Hugueney Cruz*, Frank Shigueo Nakao*, Maria Rachel da Silveira Rohr*, Ermelindo Della Libera Junior*,
Vanessa Paula Lins Porto Mota*

Resumo - Introdução - Hemorragia aguda em úlcera retal (AHRU) é uma causa importante de enterorragia em idosos acamados e gravemente en-
fermos, que cursa com dor e sangramento retal maciço, cujo diagnóstico é baseado em critérios. A terapia endoscópica combinada é efetiva na maioria
dos casos. Relato de caso - Feminino, 62 anos, HAS, DM, IRC dialítica, restrita ao leito a 3 semanas por fratura de fêmur. Após 4 dias de constipação,
resolvida com laxativos orais, apresentou dor anal e enterorragia com instabilidade hemodinâmica. Negou uso prévio de AINE. À retossigmoidoscopia,
presença de úlcera profunda com 6 cm, ovalada, bordas bem definidas, localizada em reto distal, recoberta por fibrina e com sangramento em babação.
Realizada hemostasia combinada com injeção de solução de adrenalina (1:10.000) e coagulação com plasma de argônio. Resultado - Ressangramento
após 48 h, com segunda abordagem endoscópica e terapia similar com bom resultado. Resultado do estudo anatomopatológico mostrou retite inespecí-
fica, negativa para neoplasias e infecções. Melhora clínica com alta hospitalar. Conclusão - O diagnóstico de AHRU foi realizado baseado em critérios
clínicos e endoscópicos estabelecidos, após exclusão de outras desordens ulcerativas. Devido a alta possibilidade de recorrência, foi necessário segunda
abordagem endoscópica, que foi resolutiva.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.E.COL.P.699
HISTOPLASMOSE: RELATO DE CASO
Mauro Willemann Bonatto1, Gabriel da Rocha Bonatto2, Leticia Alcântara2, Icaro B. S. Lopes1, Maciel Costa da Silva1,
Carlos Floriano de Morais3, Carla Sakuma de Oliveira Bredt1, Ricardo Shigueo Tsuchiya1

Resumo - Introdução - Relato de caso de um paciente HIV positivo, com Histoplasmose e infectado pelo histoplasma capsulatum. Objetivo - Descrever
caso clinico de associação de HIV (sem diagnóstico prévio) e histoplasmose intestinal com lesões sugestivas de Doença de Crohn na colonoscopia. Méto-
dos - Analise dos achados clínicos, ultrassonográficos, endoscópicos e histológicos e controle após tratamento específico. Relato de caso - Paciente GMQ,
masculino, 32 anos, dor intensa na região mesogástrica, piora progressiva e náuseas há 6 meses, anorexia, distensão abdominal, emagrecimento (10kg).
Nega diarreia. Ao exame físico - IMC 20, pressão arterial 110/70 mmHg, taquicárdico, febrícula, dor intensa à palpação do mesogástrio e flanco direito,
gânglios inguinais aumentados e indolores. Na ultrassonografia (USG): hepatoesplenomegalia e linfonodomegalia retroperitoneal e mesentéria, aumento
do volume pancreático e espessamento cecal. Colonoscopia: Processo inflamatório crônico granulomatoso ulcerado, sugestivo de doença inflamatória
intestinal. BAAR negativo. A histologia revelou histiocitose. Tratamento: itraconazol, zidolan, efavirex e mezalazina. Após 3 meses apresentou melhora
clínica (ganho de 7kg) controle dos exames USG e colonosocopia normais. Conclusão - Paciente com HIV e associação de Histoplasmose, com lesões
colonoscopicas semelhantes as da Doença de Crohn, com remissão dos sintomas e das lesões após o tratamento específico.

UNIOESTE, Paraná; 2Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC; 3APC - Anatomia Patológica e Citologia, São Paulo.
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TL.E.COL.P.700
LST DE SIGMOIDE TRATADO POR DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE SUBMUCOSA (DES)
Adriana Baião da Neiva*, Rubia Alves Cuzzuol*, Vitor Nunes Arantes*, Wander Campos Marcos*, Danilo Caldeira Rocha*

Resumo - Introdução - A técnica de DES foi desenvolvida no Japão com o objetivo de permitir a ressecção em monobloco de lesões neoplásicas de
tamanho superior a 2 cm. As vantagens principais da DES são a produção de espécime adequado para avaliação histológica, e, do ponto de vista clí-
nico, a obtenção de uma ressecção local de maior potencial curativo e menor taxa de recorrência. Relato de caso - Paciente, MGS, feminino, 54 anos.
Colonoscopia presença de lesão polipoide de sigmoide, caracterizada como LST granular tipo nodular misto. Biópsia: adenoma com displasia de baixo
grau. Submetida a tratamento endoscópico, dissecção de submucosa. Intercorreu com microperfuração, resolvida com implante de clipes metálicos.
Recebeu antibioticoterapia profilática. Alta hospitalar no terceiro dia de pós-operatório. Anatomopatológico: Adenoma túbulo viloso com displasia
de baixo grau com margens profundas livres. Proposta de acompanhamento endoscópico inicialmente semestral e posteriormente anual. Considerações
finais - A técnica de DES foi inicialmente projetada para aplicação no estômago. O refinamento e padronização da técnica de DES, assim como, o desen-
volvimento de novos acessórios, tem possibilitado difundir a aplicação desta modalidade no manejo de neoplasias precoces em outros locais. O risco de
invasão submucosa do LST granular nodular misto maior que, 30 mm, é de 31,7%. O caso ilustra o sucesso da técnica com ressecção completa da lesão
em monobloco com margens profundas livres.

*Hospital Life Center, Minas Gerais.

270 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.701
O PAPEL DA COLONOSCOPIA EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE
MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇA DO ENXERTO CONTRA
HOSPEDEIRO AGUDO
Kelly Menezio Giardina de Oliveira*, Denise Peixoto Guimarães*, Thiago Rabelo da CUNHA*, Emiliano de Carvalho ALMODOVA*,
Ana Amelia Viel*, George Scapulatempo Neto*, George Maurício Navarro Barros*, Gilberto FAVA*

Resumo - Introdução - O comprometimento do cólon na doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) aguda ocorre em até 100 dias após transplan-
te de medula óssea (TMO) alógeno e se caracteriza com diarreia, perda de peso e dor abdominal, quadro semelhante ao de infecções virais, por vezes
associadas. O diagnóstico diferencial é fundamental e incluem sorologias, testes imunológicos e biópsias endoscópicas. Objetivo e Métodos - Relato de
caso de paciente submetido a TMO alógeno evoluindo com DECH aguda associado à infecção pelo CMV e diagnosticado por colonoscopia. Resultados
- Paciente 54 anos, masculino, evoluindo com dor abdominal e diarreia 60 dias após TMO alógeno. Na suspeita de DECH aguda gastrointestinal (GI),
foi iniciada corticoterapia sem resposta. A colonoscopia evidenciou úlceras bem delimitadas em todo o cólon e reto, entremeadas por áreas de edema e
exacerbações da “areae” colônica e ileíte terminal ulcerativa severa. O anatomopatológico revelou CMV, cujo tratamento obteve bom resultado. Evoluiu
com recorrência da diarreia e nova colonoscopia evidenciou melhora importante da colite, mas persistência do aspecto inflamatório no íleo terminal
e úlcera em reto com biópsias evidenciando DECH. Corticoterapia resultou na melhora completa do quadro clínico. Conclusão - A colonoscopia tem
papel importante no diagnóstico diferencial e conduta de pacientes submetidos a TMO alógeno que evoluem com suspeita de DECH aguda no trato GI.

*Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo.

TL.E.COL.P.702
OBESIDADE COMO FATOR DE RISCO PAR ADENOMAS COLÔNICOS: EXISTE DIFERENÇA ENTRE O
SEXO MASCULINO E O FEMININO?
Paula Peruzzi Elia*, Gutemberg Correia da Silva*, Gregorio Feldman*, Jose Mauro Teixeira*, Daniela K. Wrobel*,
Alvaro Augusto Guimaraes Freire*

Resumo - Introdução - A obesidade tem sido associada como fator de risco que contribui para o desenvolvimento de câncer colorretal e de pólipos
adenomatosos. Objetivos - O objetivo desse estudo é avaliar a associação entre obesidade (IMC>30), sexo e adenomas colônicos. Métodos - Estudo
prospectivo de março de 2011 a outubro de 2012. 364 pacientes foram incluídos, sendo 63 obesos e 301 não obesos. A idade média foi 57.8 anos. O teste
exato de Fischer ou Qui-quadrado foram utilizados para comparar a associação entre adenoma colônico e obesidade no grupo total de pacientes e no
subgrupo de pacientes de acordo com o sexo. Resultados - 15.8% dos pacientes apresentavam pelo menos um adenoma. Não notamos diferença signifi-
cativa no número de adenomas em pacientes obesos (19.1%) e não obesos (15.2%) (p=0.45). Quando dividimos os obesos e não obesos de acordo com o
sexo, notamos que 15.9% dos homens não obesos apresentaram adenomas versus 30.4% dos homens obesos (p=0.10). Não foi encontrada diferença no
número de adenomas entre mulheres não obesas (15%) vs. mulheres obesas (12.5%) (p=0.68). Conclusão - Não foi encontrada associação estatística entre
obesidade e a presença pólipo colônico adenomatoso na população total de pacientes. Este estudo sugere um efeito da obesidade no desenvolvimento de
adenoma em homens obesos, mas não em mulheres obesas. Futuros trabalhos são necessários para determinar se o sexo masculino é fator de risco para
o desenvolvimento de pólipos adenomatosos em obesos.

*Gastroendo, Rio de Janeiro.

TL.E.COL.P.703
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR ENDOMETRIOSE
Carlos Aristides FLeury Guedes*, Andre Silva Alfredo*, Isabel Cristina Machado Fleury Guedes*, Luiz Siqueira Filho*, Mayra
Machado Fleury Guedes*

Resumo - Paciente do sexo feminino, de 44 anos, com quadro de dor e distensão abdominal progessiva há 48 horas, com plenitude pós prandial, difi-
culdade de eliminação de gases e cólica abdominal difusa, de forte intensidade, melhorando com uso de anti espasmódico. Apresentava bom estado geral,
mas com importante distensão abdominal. Submetida à tomografia computadorizada de abdome que evidenciou múltiplos pontos hiperrefringentes,
coalescidos em todo o sigmoide, com hipótese diagnóstica de obstrução por sementes de Myrciaria cauliflora (jabuticaba). Posteriormente, foi submetida
a procedimento colonoscópico, que evidenciou subestenose acentuada por endometriose.

*Gastroclínica Uberlândia, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 271


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.704
PERFIL DOS PORTADORES E CARACTERÍSTICAS ENDOSCÓPICAS DE
ADENOMAS COLORRETAIS
Caio Cesar Furtado Freire*, Marcela Paes Rosado Terra*, Thales Simões Nobre Pires*, Marina Pamponet Mota*,
Vitor de Sousa Medeiros*, Leandro Ferreira Ottoni*, Claudio Lioyti Hashimoto*, Flair Jose Carrilho*

Resumo - Os adenomas colorretais são achados cada vez mais frequentes nos serviços de endoscopia devido, entre diversas causas, a evolução das
técnicas endoscópicas e melhores programas de rastreamento do câncer colorretal. Realizamos um estudo retrospectivo com análise de 59 colonoscopias
realizadas no Centro Diagnóstico em Gastroenterologia (CDG) do HCFMUSP, no período de março a outubro de 2012 e que tiveram como desfecho
a presença de adenomas colorretais. As variáveis estudadas foram gênero, idade e achados endoscópicos. Entre os pacientes estudados, 47% (28) eram
mulheres e 53% (31) homens, com idade média de 65,4 ± 10,8 anos. Dentre as indicações pelas quais foram realizados os exames 43% (25) apresentavam
anemia ou pesquisa de sangue oculto positiva e 27% (15) faziam rastreamento ou seguimento de câncer colorretal. Quanto a localização dos pólipos,
23% (15) estavam localizados no cólon transverso, 22% (14) no sigmoide, 17% (11) em descendente e 17% (11) em reto. Nosso estudo mostrou que os
adenomas colorretais predominaram nos exames avaliados em pacientes masculinos, idosos e se localizaram em cólon esquerdo.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.COL.P.705
PNEUMATOSE CISTOIDE INTESTINAL - RELATO DE CASO
Cirilo Augusto Guidine da Silva1, Aillyn Cunha Guidine da Silva2, José Francisco Vieira1, João Tobias1,
Leonardo COELHO da Rocha3, Daniel CARDOSO Filho1

Resumo - Introdução - A pneumatose cística intestinal (PCI) é uma condição rara podendo ter manifestações clínicas isoladas, sendo chamada
de PCI primária, e pode estar associada a uma variedade de doenças, sendo denominada PCI secundária. Caracteriza-se pela presença de múltiplas
formações císticas gasosas na parede intestinal acometendo a camada subserosa e submucosa. Com a prevalência de 36% dos casos no intestino
grosso, 42% no intestino delgado e 22% difusamente, acometendo principalmente o sexo masculino em relação ao feminino 3:1. A precisa etiologia
é desconhecida, havendo a proposição da teoria mecânica, a bacteriana e a pulmonar. A apresentação clinica é muito heterogenia, podendo apre-
sentar leve desconforto abdominal, perda sanguínea fecal e enfisema subcutâneo, sendo a maioria dos pacientes assintomáticos. O diagnóstico é
feito através de exames de imagens como raio x simples de abdome, tomografia computadorizara e colonoscopias. Objetivo - Relatar o caso de um
paciente com pneumatose intestinal. Relato de caso - Paciente feminina, 51 anos, melanodérmica, encaminhada para colonoscopia com queixa de
dor abdominal difusa e alteração do hábito intestinal. No exame colonoscópico foram evidenciadas múltiplas lesões elevadas circulares de super-
fície regular recoberta por mucosa de aspecto normal na topografia do cólon transverso. As lesões são depressíveis ao toque com pinça de biópsia
e colabam a tentativa de biópsias.

Hospital Santa Teresa, Rio de Janeiro; 2Faculdades de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - Suprema, Minas Gerais; 3Faculdade de Medicina de Petrópolis, Rio de Janeiro.
1

TL.E.COL.P.706
POLIPOSE LINFOMATOSA MÚLTIPLA
Lilian Gomes de Sousa*, Juliano Vanz*, Antonio Vital Neto*, Cledson Silveira da Silva*, Renato Luz Carvalho*, Eli Foigel*,
Daniel Pacheco da COSTA*, Renata Brandalise*

Resumo - Polipose Linfomatosa Múltipla. Introdução - A Polipose Linfomatosa Múltipla (PLM) é uma rara manifestação do Linfoma Não-Hodgkin.
Em cerca de 90%dos casos há manifestações gastrintestinais. As lesões gastrintestinais são representadas por múltiplas formações polipoides, histologica-
mente caracterizadas por acúmulo de tecido linfoide na submucosa. Objetivo - Relatar um caso de PLM. Relato de caso - Paciente de 58 anos, submeteu-se
à colonoscopia, que identificou, em cólon ascendente e transverso proximal, diversas lesões elevadas, medindo entre 8-50 mm, não depressíveis à pinça de
biópsia, recobertas por mucosa de aspecto semelhante a circunjacente. As biópsias nos primeiros exames foram inconclusivas. Na quarta colonoscopia,
revelaram focos ulcerativos associados a áreas de denso infiltrado linfoide. A ressonância nuclear magnética de abdome evidenciou formações sólidas
expansivas no lúmen do cólon ascendente e linfonodomegalias. A biópsia de um desses linfonodos mesentéricos revelou Linfoma Não-Hodgkin. O perfil
imunohistoquímico associado aos achados endoscópicos e histológicos foram sugestivos de PLM. Resultado - A paciente encontra-se em tratamento
quimioterápico com boa evolução. Conclusão - A PLM é uma doença rara e pode se apresentar como diversas lesões elevadas de aparência subepitelial
no cólon direito e íleo. Um alto grau de suspeita, realização de múltiplas biópsias profundas, biópsias de linfonodos circunjacentes e realização de perfil
imunohistoquímico podem estabelecer o diagnóstico.

*IAMSPE, São Paulo.

272 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.707
PREVALÊNCIA DE CANDIDÍASE ESOFAGIANA EM PACIENTES HIV POSITIVOS SUBMETIDOS À
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
Annanda Carolina de Araújo Martins*, Carolina Casé Cardoso MATIAS*, Anne Caroline Amorim BATISTA*,
Natalia Arruda COIMBRA*, Keila Regina Matos CANTANHEDE*, Lorena Mariana de Araujo Martins*

Resumo - Introdução - A candidíase é uma infecção fúngica devido à presença de levedura do gênero Candida. A Candida albicans encontrada na
mucosa bucal como comensal é uma das espécies mais comuns isoladas da cavidade bucal. As infecções fúngicas se instalam em grande número de pa-
cientes portadores do HIV, devido às profundas alterações que ocorrem na função imunológica mediada por linfócitos T, com redução da imunidade do
paciente. As lesões por Candida são preferencialmente orais e podem disseminar-se para o esôfago. Objetivo - Determinar a prevalência de Candidíase
Esofagiana em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia em um Serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora Bello. Método - Trata-se de um
estudo transversal e retrospectivo em que foram analisados 81 laudos de pacientes HIV+ procedentes do Hospital Presidente Vargas submetidos à EDA
no serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora Bello no período de novembro de 2011 à março de 2013.Foram avaliadas as seguintes variáveis: sexo,
idade e achado endoscópico. Resultados - 81 pacientes foram submetidos à EDA, sendo que 8 apresentaram Candidíase Esofagiana, revelando uma
prevalência de 29,62%, sendo que 5(62,5%) eram do sexo masculino e 3(37,5%) eram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou entre 21 e 54 anos
com média de 43 anos. Conclusão - A endoscopia contribui para o diagnóstico precoce em pacientes infectados pelo HIV o que é fundamental para o
tratamento imediato, melhorando a sua qualidade de vida.

*CEUMA, Maranhão.

TL.E.COL.P.708
PREVALÊNCIA DE DOENÇA DIVERTICULAR DO COLÓN EM PACIENTES SUBMETIDOS À
COLONOSCOPIA
Carolina Casé Cardoso MATIAS*, Annanda Carolina de Araújo Martins*, Anne Caroline Amorim BATISTA*,
Natalia Arruda COIMBRA*, Keila Regina Matos CANTANHEDE*

Resumo - Introdução - A doença diverticular do cólon é uma afecção correspondente ao conjunto de manifestações associáveis à presença de her-
niação ou protusão na mucosa do intestino grosso, em forma de saculações. Apresentando queixas desde dor abdominal inespecífica até a diverticulite
complicada. A maioria dos pacientes com divertículos é assintomática, o que dificulta a estimativa de sua prevalência, porém com evidências de que esta
aumenta com a idade, mas sem correlação com sexo. Objetivo - Estabelecer a prevalência de doença diverticular do cólon em pacientes submetidos à
colonoscopia no Setor de colonoscopia do Hospital Aldenora Bello. Materiais e Métodos - Foi realizada uma pesquisa de campo, de estudo retrospectivo
e de caráter quantitativo, onde foram estudados 1264 laudos de pacientes submetidos à colonoscopia no serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora
Bello, no período de janeiro de 2012 a março de 2013. Resultados - 1264 pacientes foram submetidos à Colonoscopia, sendo que 128 apresentaram Doença
Diverticular do Colón, revelando uma prevalência de 10,12%, sendo que 40 eram do sexo masculino e 88 eram do sexo feminino. A indicação de realizar
o exame mais relatada foi a Alternância do ritmo intestinal, seguida da constipação. A maior parte dos exames foi realizada com um preparo intestinal
adequado. Conclusão - A Colonoscopia é importante no diagnostico da Doença Diverticular do Colón.

*CEUMA, Maranhão.

TL.E.COL.P.709
RELATO DE CASO: LINFOMA DE HODGKIN EM RETO EM PACIENTE COM
RETOCOLITE ULCERATIVA
Claudio Lyoiti Hashimoto*, Alessandra Rita Asayama Lopes Rossini*, Thales Simões Nobre Pires*,
Ivanna Beserra Santos*, Marcela Paes Rosado Terra*

Resumo - M.A.S., sexo feminino, 44 anos, em acompanhamento com gastroenterologia do HCFMUSP por retocolite ulcerativa grave há 25 anos, em
uso de adalimumabe e azatioprina em remissão clínica há 1 ano. Foi admitida no pronto socorro com queixa de dor em região perineal, perda ponderal e
saída de secreção amarelada vaginal com início há 1 mês. Ao toque retal observou-se lesão circunferencial vegetante a 2 cm da borda anal e toque vaginal
com fístula palpável e abaulamento posterior com parede endurecida. Foi encaminhada ao centro de diagnóstico em gastroenterologia para realização
de colonoscopia que evidenciou lesão ulcero-infiltrativa, friável, ocupando cerca de 75% da luz do órgão, localizada a 10 cm da borda anal e estendendo-
-se até o canal anal. O estudo anatomopatológico revelou linfoma de Hodgkin clássico. A paciente foi submetida à confecção de colostomia e está em
tratamento quimioterápico com hematologia. Discussão - Os linfomas são complicações raras na doença inflamatória intestinal (DII). Os linfomas de
células T e Hodgkin são ainda menos frequentes. Os relatos e séries de casos publicados não sugerem associação com a DII ou sua atividade, e sim, o
aumento do risco com o uso das tiopurinas.

*HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 273


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.710
RELATO DE CASO: SARCOMA DE KAPOSI INTESTINAL COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Heberth Jose Toledo Silva*, Bianca Rosa Viana FREITAS*, Maria Raquel dos Anjos Silva MAGALHÃES*,
Divaldo Rodrigues de ALENCAR*

Resumo - Introdução - O Sarkoma de Kaposi é um câncer que pode causar lesões na pele, na mucosa e nos órgãos. As lesões são violáceas e podem
acometer mais de um lugar ao mesmo tempo. É comum o achado de lesões no trato digestivo. Acomete indivíduos imunodeprimidos e esta associado
ao herpes vírus 8. Os sintomas são inespecíficos mais pode ocorrer febre, perda de peso e diarreia. Objetivo - Descrever um caso de Sarkoma de Kaposi
intestinal em um paciente com sintomas e imagens endoscópicas similares a doença inflamatória intestinal. Relato de caso - Paciente F.A.P., masculino,
55 anos, com historia de perda de peso (5 kg/6 meses), dor abdominal e diarreia. Antecedente de parceira única fixa fora do casamento o qual não usa
preservativo. Ao exame: presença de várias lesões violáceas na cavidade oral, face e região cervical posterior. Realizou colonoscopia que mostrou: lesões
nodulares em forma vulcânicas, ulceradas, outras polipoides, com fundo avermelhado principalmente em íleo terminal em ceco, porém presentes em todo
cólon. A biópsia veio com vasos sanguíneos neoformados e ectásicos e proliferação de células estromais atípicas com suspeita de Sarkoma de Kaposi.
Diante dos achados foi solicitado o teste para HIV que veio positivo. Foi iniciado o tratamento antiretroviral. Conclusão - Na presença de lesões intesti-
nais com historia de diarreia e perda de peso a hipótese de Sarkoma de Kaposi tem que ser levantada mesmo em pacientes sem aparente grupo de risco.

*Clínica Diagnose Maceió, Alagoas.

TL.E.COL.P.711
TUBERCULOSE COLÔNICA (TBI): RELATO DE CASO
Ludimilla Malvão*, Paula Lopes*, Cindy Granados*, Marcela Rosa*, Simone Guaraldi*, Theresa Ribeiro*,
Gilberto Mansur*, Maria Aparecida Ferreira*

Resumo - Introdução - A tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública mundial. A TBI é incomum e apresenta sintomas inespecíficos.
Objetivo - Registrar os aspectos endohistopatológicos da TBI. Material e Métodos - Relato de caso de TBI identificado no HCI/INCA. Resultados - Homem,
47 anos, com dor abdominal crônica e perda ponderal acentuada foi matriculado no INCA com diagnóstico de adenocarcinoma de colón esquerdo. Referia
ingestão de leite não pasteurizado e história familiar de tuberculose pulmonar. Não havia queixas respiratórias. À TC de abdome, notam-se espessamento
parietal do cólon direito e aumento dos linfonodos mesentéricos. Colonoscopia no INCA mostrou ulcerações multiformes, polimórficas desde o cólon
sigmoide até a válvula ileocecal (subestenose) e a biópsia evidenciou tecido de granulação com infiltrado inflamatório misto, presença de granulomas epi-
telioides e células gigantes tipo Langhans, além de necrose central tipo caseosa, sugerindo TBI. Houve resolução clínica após terapêutica medicamentosa
específica (rifampicina, isoniazida e pirazinamida). Discussão - O diagnóstico da TBI é difícil, principalmente sem evidências de acometimento pulmonar. Os
principais sintomas são dor abdominal, diarreia e emagrecimento. O diagnóstico diferencial deve ser feito com doença de Crohn, linfoma e câncer de cólon.
A colonoscopia associada aos achados anatomopatológicos pode estabelecer o diagnóstico em 80% dos casos, evitando a exploração cirúrgica.

*Hospital do Câncer I/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

TL.E.COL.P.712
TUBERCULOSE INTESTINAL DE LOCALIZAÇÃO ATÍPICA E APRESENTAÇÃO CLÍNICA INESPECÍFICA
EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE. RELATO DE CASO
Celso Marques RAPOSO JUNIOR1, Naísa Oliveira Alvim MATTEDI1, Raul Carlos WAHLE2, Eduardo Henrique Costa BRANDÃO2, Renan
Elias VALÉRIO1, Felipe Gonçalves MOREIRA1, Vinicius Mattedi CURTY1, Luis Filipe Duarte da SILVA3

Resumo - Introdução - A tuberculose intestinal (TBI) representa uma forma pouco frequente de tuberculose extrapulmonar. Afeta cerca de 20% dos
casos de tuberculose em indivíduos imunocompetentes e 50% dos pacientes HIV-positivos. Seu diagnóstico é um desafio, devido às diversas manifesta-
ções clínicas que mimetizam outras doenças intestinais, e, portanto, comumente seu diagnóstico é tardio. Objetivo - Relatar um caso de TBI em paciente
imunocompetente com manifestação gastrointestinal inespecífica e localização endoscópica atípica. Relato de caso - M.U.F., 55 anos, masculino, cur-
sando com diarreia e dor abdominal inespecífica há 2 meses. Colonoscopia identificou lesão elevada, coloração amarelada, erosões no ápice, com 09
mm em cólon descendente distal. Biópsias: granulomas na lâmina própria e BAAR positivo. Discussão - Embora o diagnóstico de TBI seja infrequente
em imunocompotentes, apresentamos um caso atípico de paciente com sintomas gastrointestinais vagos que ao exame endoscópico mostrou lesão em
cólon sigmoide, sendo que o local mais acometido pela tuberculose intestinal é a região ileocecal. Desta forma, ressaltamos a importância de se valorizar
pequenas alterações na mucosa colônica em paciente com queixas clínicas inespecíficas e a realização de biópsias visando diagnóstico preciso. Conclusão
- Devemos valorizar alterações sutis à colonoscopia e reconhecer que tais achados endoscópicos podem levar a maior acurácia diagnóstica e a terapêutica
precoce da tuberculose intestinal.

Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC; 2Hospital Beneficência Portuguesa; 3Clínica Pró-Vídeo, São Paulo.
1

274 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.COL.P.713
ÚLCERA ESTERCORAL TEREBRANTE EM RETO
Ivanna Beserra Santos*, Alexandre de Sousa Carlos*, Claudio Lyoiti Hashimoto*

Resumo - Introdução - Úlcera estercoral resulta da necrose da parede intestinal induzida por impactação fecal no local. É comum em idosos com história
de constipação crônica e localiza-se, principalmente, em cólon sigmoide e reto. As principais complicações relatadas são sangramento e perfuração. Relato
de caso - Paciente, sexo feminino, 83 anos, queixa de enterorragia há 3 dias, volumosa, sem instabilidade hemodinâmica. Foi realizada colonoscopia que
evidenciou em reto proximal, a 15 cm da borda anal, úlcera profunda, semi cirfunferencial, com coágulo aderido. Em virtude da tamanha profundidade
da úlcera sugeriu-se estar perfurada. Tal suspeita foi confirmada por tomografia computadorizada de abdome e pelve. A paciente foi submetida à retos-
sigmoidectomia a Hartman, cuja análise histológica revelou lesão ulcerada crônica perfurada e tamponada por tecido adiposo e em surto agudo atual
com presença de abscessos, ausência de neoplasia. Discussão - A úlcera estercoral de reto é uma entidade rara com apresentação clínica inespecífica, o
que dificulta o diagnóstico. Geralmente tem um curso benigno, porém pode apresentar complicações dramáticas como a perfuração. O reconhecimento
deve ser precoce através de achados clínicos, endoscópicos e histológicos. A biópsia é imprescindível para diagnóstico diferencial com neoplasia, doença
inflamatória intestinal entre outros.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.ECO.P.714

Pôsteres • Ecoendoscopia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO CISTO PANCREÁTICO: PUNÇÃO GUIADA POR
ECOENDOSCOPIA
Ana Carolina parussolo*, André parussolo*, Mariana de Assis LAGE*, Célio Geraldo de Oliveira Gomes*,
Thiago Antunes ferrari*, Vitor Nunes Arantes*

Resumo - Introdução - Os cistos pancreáticos são comumente detectados incidentalmente em pacientes submetidos a exames diagnósticos por imagem.
Cerca de 2,6% dos adultos assintomáticos são diagnosticados com estes cistos na TC abdome. Estes cistos variam em seu potencial de malignidade: cistos
de retenção, pseudocistos e cistoadenoma seroso não apresentam potencial maligno. No entanto cistos mucinosos e neoplasia papilar intraductalmucinoso
apresentam alto potencial maligno. Objetivo - Descrever um caso de paciente com achado incidental de cisto pancreático submetido a punção guiada por
ecoendoscopia pela Equipe de Endoscopia do Hospital das Clínicas da UFMG para definição diagnóstica. Método - Relato de um caso de paciente com
achado incidental de cisto pancreático que foi submetido à punção guiada por ecoendoscopia para posterior análise do líquido pancreático e definição
diagnóstica. Conclusão - Devido ao potencial de malignidade destes cistos, a diferenciação entre cistos benignos e malignos é importante para definição
do tratamento, se conservador ou ressecção cirúrgica.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.E.ECO.P.715
DRENAGEM ENDOSCÓPICA ECOGUIADA DAS VIAS BILIARES: UMA OPÇÃO À CIRURGIA?
Luis Gustavo Santos Perissé*, Kelson Ferreira Ribeiro*, Bruno Jorge de Almeida*, Celso Bernardo Junior*,
Ricardo Maggessi da Silva Pereira*

Resumo - Introdução - A drenagem das vias biliares (VB) por obstrução maligna é feita prioritariamente por cateterismo seletivo transpapilar e colocação
de prótese metálica. Em cerca de 3-12 % ocorre insucesso da técnica, sendo opção a via percutânea ou cirúrgica1-3. Porém, com advento da ecoendoscopia
intervencionista, possibilitou-se drenagem coledociana transbulbar, hepaticogástrica e Rendez Vous ecoguiado 4-5. Objetivo - Relato caso em que foi utili-
zada drenagem transbulbar ecoguiada das VB após insucesso na drenagem transpapilar. Relato de caso - Mulher, 82 anos, com súbita icterícia obstrutiva
(BT de 29,6 mg/dl, BD de20,93mg/dl), prurido e perda ponderal. TC de abdome mostrou tumoração em cabeça de pâncreas. À duodenoscopia Papila
de Vater edemaciada e infiltrada. Tentado de cateterismo das VB via transpapilar sem sucesso. Optado por drenagem transbulbar ecoguiada obtendo
êxito. Paciente evoluiu bem e após 21 dias a BT era de 5,4 mg/dl e da BD 4,6 mg/dl. Discussão - A drenagem ecoguiada transbulbar das VB é factível e
tem menor índice de complicações comparado à cirurgia e a drenagem percutânea. Suas complicações são: pneumoperitônio, retropneumoperitônio,
coleperitônio, sangramento, dor abdominal, colangite, obstrução e migração da prótese4. A realização da técnica depende de boa relação entre serviço
de cirurgia e endoscopia; equipamento adequado e médico habilitado em endoscopia das vias biliares e ecoendoscopia intervencionista, o que restringe
sua realização a hospitais terciários.

*HUGG, Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 275


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.ECO.P.716
ECOENDOSCOPIA NA PRÁTICA CLÍNICA: A EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NO
ESTADO DO CEARÁ
Leonardo José Sales da Costa*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*, Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Alana Costa Borges*, Decio
Sampaio COUTO Junior*, Gustavo Melo Benevides*, Francisco Paulo Ponte PRADO Junior*

Resumo - Introdução - A ecoendoscopia tem papel no diagnóstico e tratamento de várias doenças do aparelho digestivo, destacando-se investigação de
lesão subepitelial, estadiamento de neoplasias, avaliação de patologias pancreatobiliares e mediastinais. Permite, ainda, a punção-biópsia aspirativa com
agulha fina de lesões para análise complementar. Objetivos - Descrever o perfil dos pacientes, indicações e complicações das ecoendoscopias realizadas no
Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Geral Dr. César Cals, referência na rede pública de saúde do Estado do Ceará. Material e Métodos - Análise
retrospectiva de 304 exames realizados no período de junho de 2012 a julho de 2013. Resultados - 109 (35,9%) pacientes eram do sexo masculino e 195
(64,1%) do sexo feminino. A média de idade foi de 53,2 anos. As principais indicações foram suspeita de coledocolitíase (101 - 33,2%), icterícia obstrutiva
sem causa definida (38 - 12,5%), estudo de lesão subepitelial (36 - 11,8%), massa pancreática (24 - 7,89%), suspeita de pancreatite biliar (14 - 4,6%), massas
mediastinais (6 - 1,97%) e pancreatite recorrente (5 - 1,64%). Dentre as 36 lesões subepiteliais 19 (52,7%) localizavam-se no estômago, 9 (25%) no esôfago,
6 (16,6%) em duodeno e 2 (5,55%) na junção esofagogástrica. Foram realizadas 43 ecopunções, com nenhuma complicação direta do procedimento.
Conclusão - A ecoendoscopia é parte da rotina do HGCC e tem sido aplicada na avaliação de diversas patologias do trato digestivo e órgãos adjacentes.

*HGCC, Ceará.

TL.E.ECO.P.717
IPMN CONFIRMADO POR ECOENDOSCOPIA: RELATO DE CASO
Renzo Feitosa Ruiz*, Juliana Trazzi Rios*, Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho*, Briane Andrea Vertuan Ferreira*,
Marcos Eduardo Lera dos Santos*, Edson Ide*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - L.L.S.,70 anos, residente em São Paulo. Paciente com queixas prostáticas, procurou Serviço de Urologia do Hospital Ipiranga em nov. 2009.
Após investigação, recebeu diagnóstico de adenocarcinoma de próstata. Durante estadiamento, realizou TC de abdômen. Laudo TC abdômen: Fígado
de dimensões, contornos e densidade normais. Ausência de dilatação das vias biliares. Baço com topografia, dimensões, contornos e densidade normais.
Ausência de linfonodomegalia retroperitoneal. Ausência de líquido livre ou coleções na cavidade peritoneal. Pâncreas lipossubstituído, com dilatação
do Wirsung. Laudo RM abdômen: Três cálculos na vesícula biliar. Imagens císticas agrupadas (micro vesículas) no processo uncinado do pâncreas e
outras adjacentes ao ducto pancreático principal (no corpo e na cauda) associadas a acentuada dilatação do ducto de Wirsung. Não há dilatação das vias
biliares intra ou extra-hepáticas. Fígado, baço, adrenais e rins sem particularidades. Ausência de líquido livre. Exames laboratoriais - CEA: 3,0 (<5,0),
CA-19.9: 2,1 (< 30), Amilase: 30, BT/F: normais ecoendocopia: quadro ecoendoscópico característico de neoplasia intraductal característico de neoplasia
intraepitelial produtora de mucina. Colelitíase. Paciente encaminhado para Serviço de Cirurgia de origem. Indicações para ressecção cirúrgica (Consenso
de Sendai - 2004): Dilatação do ducto pancreático principal > 10 mm; Cisto > 30 mm; Presença de nódulos intramurais; Cistos sintomáticos; Citologia
do líquido pancreático positivo ou suspeito para malignidade.

*Hospital Alemão Osvaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

TL.E.ECO.P.718
NEUROFIBROMA DO PÂNCREAS: DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DE PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA
FINA GUIADA POR ECOENDOSCOPIA (EUS-PAAF)
Júlia Corrêa de Araújo1, Eduardo Sampaio Siqueira1, José Nonato Fernandes Spinelli2, Euclides Dias Martins Filho1,
Norma Thomé Juca3, Silvio Juca4

Resumo - Os tumores neurogênicos do pâncreas são extremamente raros. Neurofibromas são tumores benignos da bainha dos nervos, característicos
da neurofibromatose tipo 1 (NF1). EUS PAAF é uma ferramenta eficaz no diagnóstico de lesões retroperitoneais. Relato de caso - M.C.A.D., feminino,
45 anos, queixa de epigastralgia esporárida, tipo pontada, de leve intensidade. Nega perda de peso. Portadora de NF1. Presença de tumorações cutâneas/
subcutâneas em toda superfície corporal. Abdome flácido, indolor, sem massas palpáveis. RMN abdome: processo expansivo, nodular, contornos bem
definidos, envolvendo a cabeça do pâncreas, de 4,1 x 3,3 cm, aspecto heterogêneo, com áreas nodulares hipointensas no T2. EUS-PAAF (22G): lesão
hipoecoica, homogênea, bem delimitada e medindo 33,5mm na cabeça de pâncreas. Histopatológico confirmou neurofibroma. NF1 (doença Von Recklin-
ghausen) é uma das doenças genéticas mais comuns, 1:3000 pessoas, associada a um defeito no cromossomo 17. Portadores têm aumento da prevalência
de neoplasias. Neurofibromas são os tumores benignos mais comuns e podem ocorrer no retroperitônio ou vísceras. Envolvimento abdominal ocorre em
10%-25%. Neurofibroma do pâncreas foi mais frequentemente observado na meia-idade e pode está associado a uma massa palpável abdominal e dor
no quadrante superior. O diagnóstico final é dado pela histologia. EUS-PAAF é um método viável para o diagnóstico diferencial de lesões do pâncreas,
uma vez que o diagnóstico histológico altera a decisão terapêutica.

Real Hospital Português de Pernambuco, Pernambuco; 2Universidade Federal da Paraíba, Paraíba;3Studio de Patologia Cirúrgica, Pernambuco; 4Multimagem, Pernambuco.
1

276 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.ECO.P.719
PUNÇÕES ASPIRATIVAS POR AGULHA FINA GUIADAS POR ECOENDOSCOPIA EM UM HOSPITAL
TERCIÁRIO DE FORTALEZA
Leonardo José Sales da Costa*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*, Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Alana Costa Borges*,
Decio Sampaio COUTO Junior*, Gustavo Melo Benevides*, Francisco Paulo Ponte PRADO Junior*

Resumo - Introdução - A ecoendoscopia é útil no diagnóstico e estadiamento de doenças do trato gastrointestinal e órgãos adjacentes. O alto custo dos
equipamentos, a longa curva de aprendizado e escassez de centros de treinamento faz com que continue restrita a poucos centros. Objetivos - Analisar as
ecopunções realizadas no Serviço de Endoscopia do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), referência na rede pública de saúde do Estado do Ceará.
Material e Métodos - Análise retrospectiva das ecoendoscopias realizadas de junho de 2012 a junho de 2013. Identificados 291 procedimentos, dos quais
43 com ecopunção, sendo que em 31 foi possível recuperar achados anatomopatológicos. Resultados - 15 (48%) pacientes eram do sexo masculino e 16
(52%) do sexo feminino. A média de idade foi de 56,9. Puncionadas 16 lesões pancreáticas, sendo 10 sólidas, 4 mistas e 2 císticas. As demais foram 5 massas
mediastinais, 4 lesões no hilo hepático, 2 em colédoco, 2 subepiteliais gástricas, 1 retroperitoneal, 1 cervical e 1 peripancreática. A amostra foi inadequada
em 4 (10%) dos 40 esfregaços e 9 (17%) dos 53 blocos celulares. Análise conjunta de esfregaço e emblocado permitiu que 29 (93,5%) ecopunções resultassem
conclusivas, 21 (72,4%) positivas para neoplasia e 8 (27,6%) negativas. Não houve complicações relativas ao procedimento. Conclusão - A ecoendoscopia
é parte da rotina do Serviço de Endoscopia do HGCC e permite, na maioria absoluta dos casos, uma definição diagnóstica com baiDUxa morbidade.

*HGCC, Ceará.

TL.E.ECO.P.720
ULTRASSOM ENDOSCÓPICO (EUS) COM PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) NO
DIAGNÓSTICO DE ADENOCARCINOMA DUCTAL DE PÂNCREAS (ADCP) NÃO DIAGNOSTICADOS POR
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) OU RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA (RNM)
Adriana COSTA*, Luis Felipe P. Lima*, Marco Túlio Ribeiro*, Julia Bergonso*, Silvia S. Grillo*, Eduardo Yamashita*,
Tercio Genzini*, Wagner K Takahashi*

Resumo - Introdução - O diagnóstico diferencial dos nódulos pancreáticos (NP) não esclarecidos por TC ou RNM é situação frequente e importante
para o gastroenterologista, cirurgião ou oncologista, frente à gravidade das neoplasias pancreáticas, principalmente do ADCP. O EUS-PAAF tem papel
importante nestes casos, identificando a etiologia do NP com acurácia em torno de 90% (1). Objetivo - Correlacionar os achados do EUS com o estudo
anatomopatológico (AP) de material coletado com PAAF. Material e Métodos - Entre Junho/10 a Junho/13, 650 pacientes foram submetidos a EUS em
regime ambulatorial (Pentax of América), 300 dos quais associados a PAAF (Mediglobe), sendo 78 para punção de NP, que foi o grupo estudado. Todos
foram acompanhados por anestesista. Resultados - Não houve complicações relacionadas aos procedimentos. Em 24 (30,7%), a suspeita do endoscopista
ao EUS era ADCP. AP confirmou ADCP em 20 casos (25,6%), sendo que os 4 restantes tratavam-se de neoplasias neuroendócrinas (2), 1 carcinoma de
células acinares e 1 lesão cística sem vestígios de malignidade. A sensibilidade do EUS foi de 100% e a especificidade de 94,9% para ADCP. Não houve
casos de falsos-negativos ao EUS para ADCP. Conclusão - EUS é método seguro de alta acurácia diagnóstica para a detecção de ADCP, com especifici-
dade de 94% em nosso Serviço, similar aos dados de centros de referência na literatura.

*Centro Avançado de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica - Hospital Unimed Santa Helena, São Paulo. Centro de Treinamento em Endoscopia - SOBED, São Paulo.

TL.E.EDA.P.721
ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DE CCE PRECOCE DE ESÔFAGO - RELATO DE CASO
Marcus Vinícius de Azevedo*, Walton Albuquerque*, Roberto Motta Pereira*, Ricardo Castejon Nascimento*, Renata Rocha Pôsteres • END. DIGESTIVA ALTA
Figueiredo*, Rodrigo Albuquerque Carreiro*, César Camargos Oliveira*

Resumo - Introdução - O câncer de esôfago representa uma das neoplasias mais letais do mundo, sendo a sexta maior causa de morte por câncer
(286 mil óbitos/ano).A incidência do CCE de esôfago vem caindo nas últimas décadas, tendo passado de 30 para 20 casos/100 mil por ano. Apesar de a
disfagia ser o sintoma mais frequente e comum em doenças já avançadas, lesões precoces também cursam com sintomas, devendo-se investigar pacientes
sintomáticos, particularmente os com fatores de risco. Exposição a álcool, tabaco e bebidas quentes, além de estenose cáustica, acalasia, tilose e Plummer-
-Vinson são fatores de risco. Objetivo - Discutir e relatar um caso de CCE precoce de esôfago abordado endoscopicamente. Relato de caso - Paciente de 78
anos, masculino, ex-tabagista e etilista social, encaminhado para EGD por dispepsia. Identificada lesão plana de 2cm no esôfago médio (biópsia: CCE).
Ecoendoscopia: UT1, Sm. Nova EDA: 0-IIb, 20mm, sinal cor de rosa após uso do lugol. Ressecção por ESD com margens livres. Conclusão - CCE de
esôfago que se apresenta como lesão 0-IIb tem a ESD como excelente técnica, pois tem baixo risco de infiltração de submucosa, permitindo uma ressecção
em monobloco R0, com mínima recidiva e taxa de complicações aceitável, quando realizada por profissionais treinados. A avaliação com lugol permite
uma boa delimitação da lesão durante a ressecção, ampliando a segurança para obter-se margens livres.

*Hospital Madre Teresa - HMT, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 277


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.722
ACOMETIMENTO GÁSTRICO NA SÍFILIS SECUNDÁRIA: UMA MANIFESTAÇÃO RARA DESTA INFECÇÃO
Jose Carlos Lino*, Camila M. de Alcântara BARRETO*, Flavia Appel*, Gabriela Nielsen*, Francielle Chiaratti*,
Eduardo Madeira*, Pedro Gusmão*, Fabio Seleri*, Moises Copelman*

Resumo - Introdução - A sífilis gástrica é uma manifestação rara da sífilis secundaria/terciária. Quadro clínico inclui dor abdominal, perda ponderal,
náuseas, vômito, anorexia e complicações como hemorragia digestiva e perfuração. O aspecto endoscópico é variável, com achados histopatológicos
inespecíficos. O diagnóstico definitivo baseia-se na identificação do Treponema pallidum. Relato de caso - Fem., 33 anos, há dois meses com epigastralgia
e três episódios de hematêmese. Ao exame, presença de lesões crostosas, eritemato-descamativas de predomínio facial, plantar e genital, além de mucosa
hipocorada. Endoscopia digestiva alta evidenciou diversas ulcerações gástricas, com bordos elevados, endurecidos, de aspecto infiltrativo e fundo limpo.
Diagnóstico inicial macroscópico de lesões neoplásicas (especialmente linfoma), porém a hipótese de úlceras infecciosas relacionadas a sífilis foi sugerida.
Resultados - VDRL e FTA-Abs positivos, anti-HIV negativo. Histopatológico da biópsia gástrica: sugestivo de gastrite infecciosa, com coloração pela
prata negativa, porém PCR positivo para o T. pallidum. Histopatológico da biópsia cutânea: compatível com sífilis secundária. Tratada com Penicilina
cristalina, havendo completa remissão dos sintomas e da lesão gástrica. Conclusão - Os aspectos clínicos e endoscópicos da Sífilis gástrica permitem diag-
nostico diferencial com Adenocarcinoma e Linfoma. Desta forma, é imprescindível a suspeição da patologia para que se faça uma adequada investigação.

*Hospital Federal de Bonsucesso, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.723
ADENOMA DUODENAL - RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA
Karina Viana Camargos*, Rodrigo Lovatti*, Yuji Xavier Eto*, Faber Henrique Caccia*, Daniel Gonçalves Vieira Caixeta*,
Luiz Fernando Abrahão REIS*, Itiberê Pessoa da COSTA*

Resumo - Os tumores benignos do intestino delgado são raros, mas a associação de adenomas duodenais com polipose colorretal é frequente. Os
adenomas podem ser do tipo viloso, tubular, túbulo-viloso e de glândulas de Brünner. Assim como as lesões do cólon, o tipo viloso está associado a um
maior potencial de transformação maligna. As manifestações clínicas podem ser sangramento e obstrução. Não há guidelines sobre o manejo de adenomas
duodenais isolados, no entanto, a conduta é, na maioria das vezes, a remoção endoscópica. Lesões grandes, que envolvem mais de um terço do lúmen são
ressecadas de preferência cirurgicamente. Será relatado o caso de uma paciente de 56 anos atendida no ambulatório do HGIP-IPSEMG. Em anamnese,
a paciente revelou emagrecimento significativo associado a anemia. Informou ainda que a mãe e a irmã tinham tratado câncer colorretal. A endoscopia
digestiva alta evidenciou um pólipo duodenal com 3 cm de diâmetro e a colonoscopia detectou grande massa tumoral em cólon sigmoide, que impedia
a progressão do colonoscópio. A biópsia do pólipo duodenal evidenciou adenoma túbulo-viloso com displasia de baixo grau. Foi então programada
ressecção endoscópica da lesão. O objetivo deste trabalho é demonstrar a possibilidade de tratamento endoscópico de lesões grandes, localizadas em
segmentos intestinais com pequeno lúmen. A lesão do cólon tratava-se de adenocarcinoma ulcerado e invasor, moderadamente diferenciado, sendo a
ressecção cirúrgica realizada posteriormente.

* Hospital Governador Israel Pinheiro - Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas - HGIP-IPSEMG, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.724
ADENOMA SERRILHADO TRADICIONAL
Edivaldo Fraga Moreira1, Marcelo Vieira Barros de Lima1, Patrícia Coelho Fraga Moreira1, Paulo Fernando Souto BITTENCOURT1,
Rodrigo RODA1, Amanda Brito Farias Botelho e Silva2, Emanuelly Botelho Rocha Mota2

Resumo - Paciente RR, sexo feminino, 33 anos, previamente hígida, com queixa de constipação e hematoquezia, encaminhada ao Hospital Felício
Rocho para ressecção endoscópica de pólipo pediculado no sigmoide. Submetida a colonoscopia que evidenciou grande lesão polipoide, com pedículo
largo, localizada no sigmoide, ocupando dois terços da sua luz. Nesta ocasião foi realizada polipectomia. O estudo anatomopatológico evidenciou ade-
noma serrilhado tradicional com displasia de baixo grau. Após 3 meses foi realizada nova colonoscopia de controle, sendo observada lesão residual cuja
biópsia evidenciou adenoma tubular com displasia de alto grau. Paciente foi encaminhada ao tratamento cirúrgico 2 meses após diagnóstico. Submetida
a hemicolectomia esquerda convencional. Exame da peça cirúrgica demonstrou adenocarcinoma moderadamente diferenciado invasor até a camada
muscular própria, com 1 metástase linfonodal dentre os 12 linfonodos pericólicos. Margens livres (T3 N1). Considerações - O caso apresentado ilustra
o adenoma serrilhado tradicional, mais frequentemente localizado no cólon esquerdo, pediculado ou subpediculado com menor probabilidade de ma-
lignização quando comparado ao tipo séssil plano. Este por sua vez, predomina em cólon direito, possui morfologia séssil e frequentemente encontra-se
coberta por muco aderido, o que dificulta sua detecção. Acredita-se que a sequencia pólipo adenomatoso serrilhado-carcinoma é responsável por até 15
% dos cânceres colorretais esporádicos.

Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Felício Rocho, Minas Gerais; 2Centro de Pós-Graduação e Pesquisa, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - Hospital Felício Rocho,
1

Belo Horizonte.

278 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.725
AMILOIDOSE GASTRODUODENAL: RELATO DE CASO
Alexsandro Sordi Libardoni*, Ingrid Neves dos Santos*, Leonardo Nogueira Taveira*, Júlia Cardoso Vaz Dias*,
Cecilia Queiroz Silva*, Jose Olympio Meirelles dos Santos*, Ciro Garcia Montes*, Cristiane Kibune Nagasako*

Resumo - Introdução - Amiloidose é uma doença sistêmica caracterizada por depósito extracelular de proteína amiloide e comprometimento da função
dos órgãos envolvidos. O acometimento gastrintestinal varia em torno de 10% na forma primária e 60% na forma secundária. Objetivo - Relatar um caso
de amiloidose com acometimento gastroduodenal e sua apresentação endoscópica. Relato de caso - JMM, masculino, 68 anos, admitido por episódio
de hematêmese. Exame físico, BEG, hipocorado+2/+4, FC: 95 e PA: 110 x 60 mmHg, sem visceromegalias. Laboratório Hb: 8.0/Htc:27.9. Achados
endoscópicos: nodularidade e friabilidade da mucosa gástrica, com lesões ulceradas e deprimidas. Duodeno com múltiplos pseudopólipos e úlcera na
segunda porção. O estudo histopatológico foi compatível com amiloidose gastroduodenal. O rastreamento inicial com colonoscopia e US de abdome
foram negativos para acometimento de outros órgãos. Discussão - Não há uma apresentação endoscópica típica da amiloidose gastroduodenal, os acha-
dos podem variar desde erosões, ulcerações e lesões polipoides a lesões gástricas simulando neoplasia avançada. A amiloidose deve ser lembrada como
diagnóstico diferencial nos pacientes com doenças inflamatórias ou infeccicosas sistêmicas, mieloma múltiplo ou em hemodiálise. Conclusão - Apesar de
rara, a amiloidose gastroduodenal deve ser considerada quando há associação de lesões com diferentes características endoscópicas, especialmente em
pacientes com determinados fatores de risco.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.726
ANÁLISE DE PACIENTES CIRRÓTICOS COMPENSADOS SUBMETIDOS À DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA
SUBMUCOSA PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIAS SUPERFICIAIS DO TUBO DIGESTIVO
Olympio Meirelles-Santos*, Drausio Jeferson de MORAIS*, Nelson Myiajima*, Julia Cardoso Vaz Dias*,
Rita Barbosa de CARVALHO, Tatiana RICCI*, Alexsandro Sordi Libardoni*, Claudio S. R. Coy*

Resumo - Introdução - A Dissecção endoscópica submucosa (DES) é uma boa opção para ressecções em bloco de neoplasias superficiais do tubo digestivo.
A realização de DES em cirróticos (CH) pode trazer maior risco como hemorragia, bacteremia e necrose tecidual. Objetivo - Analisar riscos e complicações
da DES em cirróticos compensados. Métodos - Utilizamos os critérios de indicação padronizados japoneses para a realização da DES com seguimento
endoscópico em 30, 90 e 180 dias após a DES. Resultados - entre junho de 2009 a janeiro de 2013, 7 pacientes (6 sexo feminino), idade média 61,4 (45-66),
cirrose hepática Child A (5 pacientes) e Child B (2 pacientes) foram submetidos a DES utilizando-se “Fhush Knife”. Duas lesões esofágicas e 6 gástricas (um
paciente apresentava duas lesões gástricas). As indicações foram no esôfago: 1 carcinoma epidermoide e 1 Barrett com displasia de alto grau; estômago: 3
adenomas e 3 adenocarcinomas. O diâmetro médio foi de 28,6mm (20-45), tempo médio 128 (80-240 min). Sete ressecções foram em bloco e uma lesão gástrica
em 2 peças. Ocorreram 2 perfurações esofágicas puntiformes tratadas endoscopicamente sem complicações. Não se observou sangramento. Conclusão - A
DES foi realizada com segurança em portadores de CH compensada com mínimo sangramento e complicações dentro do esperado.

*Serviço de Endoscopia Digestiva-Gastrocentro - FCM-UNICAMP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.727
ANÁLISE DOS RESULTADOS DA TÉCNICA DE DISSECÇÃO SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA (ESD) PARA
TRATAMENTO DE LESÕES GÁSTRICAS
Maria Sylvia Ierardi Ribeiro1, Carla Cristina Gusmon1, Stephanie Wodak1, Gerson Cesar Brasil Junior2, Ricardo Sato Uemura1,
Fábio Shiguehissa Kawaguti1, Bruno da Costa Martins1, Fauze Maluf-Filho1

Resumo - Introdução - A técnica de ESD representa real avanço no tratamento endoscópico do câncer gástrico precoce, permitindo elevada taxa de
ressecção curativa, com baixa recorrência, à custa de maior tempo de procedimento e risco de complicações. Objetivo - Analisar os resultados de ESD
no tratamento de neoplasias gástricas precoces. Casuística e Métodos - Estudo retrospectivo com pacientes submetidos a ESD gástrico entre jan/09 a
jun/13. Resultados - Analisados 24 pacientes, com média de idade de 71 anos, e lesões com tamanho variando entre 8-80 mm. Quinze pacientes foram
submetidos à ecoendoscopia (EE) para avaliar a profundidade da lesão antes do procedimento. A sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo
e o negativo da EE para detecção de invasão da submucosa foram 33,3%, 77,8%, 50%, 77,8%, respectivamente. A histologia foi adenoma (8,3%), adeno-
carcinoma (87,5%) e lesão neuroendócrina (4,1%). Quanto à localização, estômago proximal em 29,1%, médio em 12,5% e distal em 58,3%. A ressecção
em monobloco foi realizada em 83% dos casos, sendo relatadas como complicações, sangramento (12,5%) e perfuração (12,5%). O período médio de
internação hospitalar foi de 3 dias. Três (12,5%) pacientes foram encaminhados à gastrectomia. Os demais, após seguimento médio de 18 meses, não
apresentaram recidiva local. Conclusão - O tratamento endoscópico da neoplasia gástrica precoce por ESD permite ressecção radical em monobloco de
lesões superficiais extensas, com elevada taxa de cura.

1
ICESP; 2Hospital Universitário Osvaldo Cruz- HUOC-UPE, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 279


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.728
ANEL GÁSTRICO MIGRADO: CIRURGIA DE FOBI CAPELLA
Mariana de Assis LAGE*, Célio Geraldo de Oliveira Gomes*, Thiago Antunes Ferrari*, Ana Carolina Parussolo ANDRE*,
Silas Carvalho de Castro*, Jairo Silva Alves*

Resumo - Introdução - O bypass gástrico é uma das cirurgias bariátricas mais realizadas, é uma cirurgia restritiva que leva a grande perda de peso
a longo prazo, com baixo índice de complicações. Objetivo - Relatar caso de uma paciente que realizou cirurgia de Fobi capella em 2003 e que evoluiu
nos últimos meses com epigastralgia e vômitos pós prandiais. Métodos - Realização de endoscopia para propedêutica que mostrou migração do anel
intragástrico com pequena erosão nas proximidades da inserção do anel. Resultados - Realização de nova Endoscopia para retirada do anel migrado,
a técnica usada foi com secção do anel com plasma de argônio, paciente evolui bem e não houve reganho de peso. Conclusão - O uso do anel gástrico
ainda se mantém controverso, existem poucos estudos que mostram vantagens dessa técnica em relação ao bypass gástrico sem anel. A migração do
anel é uma complicação que ocorre em 0,9-7% casos, e o tratamento deve ser sua retirada precoce, seja com plasma de argônio, tesoura ou com pinça
de corpo estranho.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.729
ASPECTO ENDOSCÓPICO E EVOLUÇÃO DE LESÃO NEOPLÁSICA RECIDIVADA
EM JEJUNO EM PACIENTE SUBMETIDO À GASTRECTOMIA TOTAL POR ADENOCARCINOMA
GÁSTRICO
João Paulo Farias1, Elisa Ryoka Baba1, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro2

Resumo - Relato de caso - CJC, 66 anos, masculino. Submetido a Gastrectromia Total, com reconstrução a Y-de-Roux, por Adenocarcinoma
Gástrico em agosto de 2009, seguido de terapia adjuvante com quimiorradioterapia. Vinha em seguimento clínico regular no Instituto do Câncer
do Estado de São Paulo até outubro de 2010, quando foi observada lesão vegetante em friável em coto jejunal, com biópsia demonstrando Adeno-
carcinoma Viloso bem diferenciado. Inicialmente sem sintomas, paciente foi incluído em protocolo de quimioterapia, com resposta parcial e lenta
evolução de disfagia. Em Maio de 2013 apresentou piora importante da disfagia, associado a perda de peso, evoluindo, finalmente, a disfagia total
e necessidade de alimentação por Sonda Nasoenteral em junho de 2013 (foto 4). Discussão - Câncer gástrico é a segunda causa de morte por câncer
no mundo e a sobrevida em 5 anos nos casos avançados é próxima a 20%. Os casos submetidos a cirurgia podem apresentar recorrência local em até
40% dos casos. As imagens apresentadas neste caso demonstram o aspecto endoscópico e a evolução de uma lesão recidivada junto a anastomose
em paciente submetido a Gastrectomia Total por Adenocarcinoma Gástrico. Essa evolução traz à tona a necessidade de evolução dos métodos de
tratamento e paliação nas lesões recidivadas.

HCFMUSP; 2ICESP, São Paulo.


1

TL.E.EDA.P.730
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À LIGADURA ELÁSTICA DE VARIZES
ESOFÁGICAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO MARANHÃO
Fábio Gomes Teixeira*, Bruna Bringel Bastos*, Wesley Silva Cutrim Campos*, Emanuella Costa da Rocha*, Janaína Martins de
Sousa Broder*, Sergio Henrique Diniz Faray*, Thais Mesquita Medeiro Rocha*, Lívia Ronise Garcia Arraes*

Resumo - Introdução - A hipertensão portal (HP) é uma afecção frequente no Maranhão e dentre as suas complicações destacam-se as varizes de
esôfago. A ligadura elástica é utilizada para a erradicação das varizes e está indicada nas profilaxias primária e secundária, e no sangramento ativo. Ob-
jetivos - Avaliar a efetividade das ligaduras elásticas de varizes de esôfago realizadas no Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal
do Maranhão (HUPD-UFMA). Método - Estudo transversal, descritivo e retrospectivo. Foram selecionados todos os pacientes submetidos a ligadura
elástica de varizes de esôfago no Serviço de Endoscopia do HUPD-UFMA, no período de Janeiro de 2009 a Julho de 2012. Resultados - A amostra
total foi de 107 pacientes. A maioria era do sexo feminino, ativa laboralmente, procedente do interior e com média de idade de 53 anos. As etiologias
da HP mais frequentes foram: etilismo (19,63%), esquistossomose (16,82%) e vírus C (15,89%). Os indivíduos apresentaram uma média de três varizes,
com predomínio das de médio calibre (53,27%), associadas a sinais de cor vermelha (71,96%). A profilaxia secundária foi a indicação mais frequente
(92,52%), sendo que 66,36% tiveram suas varizes erradicadas, com uma média de três sessões e com uma taxa de complicações de 3,74%. Conclusão - As
ligaduras elásticas de varizes de esôfago realizadas no Serviço de Endoscopia Digestiva do HUPD-UFMA foram consideradas efetivas em sua maioria
e associadas a uma baixa taxa de complicações.

*UFMA, Maranhão.

280 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.731
AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA PRÉ-OPERATÓRIA DE PACIENTES CANDIDATOS À
CIRURGIA BARIÁTRICA
Alex Rodrigues Fonseca1, Francisco Raul Santos Teófilo1, Ana Paula Rodrigues de Oliveira1, Jaise Gatellier Caldas de Aquino1,
José Aparecido Valadão2, Abdon José MURAD Júnior2, Lícia Maria Rodrigues Fonseca1

Resumo - Introdução - A obesidade mórbida é uma doença crônica e multifatorial. A cirurgia bariátrica (CB) é o método mais efetivo para o
tratamento e profilaxia das co-morbidades associadas. A endoscopia digestiva alta (EDA) é realizada rotineiramente como exame pré-operatório da
CB. Objetivo - O objetivo é avaliar a prevalência das patologias e presença de Helicobacter pylori, pelo teste da urease, nos exames endoscópicos dos
candidatos à CB. Casuística e Método -Estudo retrospectivo de 128 endoscopias realizadas em pacientes submetidos a gastroplastia no Hospital São
Domingos, em São Luís - MA, no período de março a agosto de 2013. Resultados - Destes, 74 pacientes (57,8%) eram do sexo feminino e 54 (42,2%) do
sexo masculino. Foram identificadas formas leves e moderadas de gastrite enantematosa em 37 pacientes (28,9%), esofagite de refluxo em 21 pacientes
(16,4%) e gastrite erosiva em 18 pacientes (14,6%). Outros achados foram duodenite em 11 pacientes (8,5%), hérnia hiatal em 7 pacientes (5,4%),
pólipo em 5 pacientes (3,9%) e úlceras em 4 pacientes (3,1%). Menos de 2% dos pacientes apresentaram formas acentuadas de gastrites ou esofagites,
além de câncer gástrico. A análise do teste da urease foi positiva em 21 pacientes (16,4%). Conclusão - A gastrite enantematosa e esofagite de refluxo
foram os achados endoscópicos mais comuns. A EDA demonstrou ser um exame de grande relevância no pré-operatório, indicando a necessidade de
tratamento clínico prévio em alguns pacientes.

1
UFMA; 2Hospital São Domingos, Maranhão.

TL.E.EDA.P.732
BALÃO INTRAGÁSTRICO (BIG): 2 ANOS DE EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO MULTIDISCIPLINAR (GM)
Adriana COSTA1, Josefina Matielli2, Wagner K Takahashi1, Silvia S Grillo1, Julia Bergonso1, Marco Tulio Ribeiro1,
Luis Claudio A. Mendes2, Arthur Garrido Junior2

Resumo - Introdução - O BIG, associado à reeducação alimentar e exercícios físicos, tem mostrado bons resultados para perdas ponderais (PP)
significativas em obesos em tratamento conservador. Objetivo - Apresentar resultados do emprego do BIG. Métodos - Análise retrospectiva de 123
pacientes submetidos à EDA + BIG indicado após avaliação GM. Todos BIGs (Allergan®) foram passados sob sedação moderada/profunda, com ou
sem suporte anestésico, preenchidos com SF0,9% + azul de metileno, com volume médio de 600ml. Os pacientes foram avaliados mensalmente pelo
GM. A retirada dos BIGs foi programada após 6 meses, sob IOT, utilizando Kit de retirada (Allergan®) ou grasper. Resultados - Entre janeiro/11
a fevereiro/13, 123 pacientes foram submetidos à colocação de BIG em nosso centro. 85% eram fem., idade média 37anos e IMC médio 35,3 kg/m²
(27-54,6). 5 pacientes retiraram o balão nas primeiras 4 semanas por intolerância. Não houve complicações relacionadas à colocação. A porcentagem
de PP foi 24,8% (-29,4 kg a +3 kg) e variação de IMC de 4,16 (IMC médio inicial= 35,3 m² e final= 31,1m²). Houve um caso de laceração da cárdia
durante retirada de BIG, tratado endoscopicamente com clips, com alta em 7dias. Conclusão - O BIG, como parte do tratamento multidisciplinar à
obesidade, tem se mostrado eficaz para PP significativa em obesos resistentes. Sua colocação e retirada devem ser realizadas em ambiente com estru-
tura para o atendimento de complicações.

1
Centro Avançado de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica- Hospital Unimed Santa Helena, São Paulo; Centro de Treinamento em Endoscopia - SOBED; 2Instituto Garrido, São Paulo.

TL.E.EDA.P.733
CARCINOMA BASALOIDE ESCAMOSO DE ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Guilherme Andrade Lemes*, Gabriel Mendes Andraos*, Felipe Sales Nogueira Amorim Canedo*, Daniel Paiva Margalhães*,
Thiago David Aves Pinto*, Marise Amaral Rebouças Moreira*, Thaysa Cardoso Silva*

Resumo - Introdução - O carcinoma basaloide escamoso (CBE) é uma variante rara do carcinoma de células escamosas do esôfago que corresponde a
0,1% a 5% das neoplasias malignas do esôfago. A alta agressividade biológica e mau prognóstico são os atributos de maior destaque. Objetivos - Apresen-
tar os aspectos clínico-patológicos de maior relevância do CBE considerando sua raridade e agressividade. Casuística - 1 caso. Método - Relato de caso
retirado de prontuário. Resultados - Paciente do sexo masculino de 81 anos, trabalhador rural com a queixa de “empachamento” há oito meses associada
a disfagia (inicialmente para sólidos e então para líquidos) e hiporexia progressiva com perda de 4 kg nesse período. Durante quinze dias evoluiu com dor
retroesternal, em peso de moderada intensidade. Regular estado geral e mucosas descoradas. Ex-tabagista (cigarro de palha), meia carteira/dia durante 58
anos. Etilista, 1 litro de destilados a cada 3 dias por mais de 50 anos. Radiografia de esôfago com aparente redução do calibre esofagiano no terço supe-
rior; dilatação a montante e irregularidade parieto-mucosa. Endoscopia presenciou lesão vegetante, friável, irregular e estenosante de aproximadamente
10 centímetros em terço médio. A análise histopatológica sugeriu carcinoma escamoso com áreas basaloides, o estudo imuno-histoquímico confirmou a
suspeita. Conclusão - CBE tem prognóstico diferenciado dos carcinomas escamosos, necessitando de ação rápida e acurácia por parte da equipe médica.

*UFG, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 281


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.734
CARCINOMA LINFOEPITELIOMA-LIKE (LELC) DE ESÔFAGO RETIRADO POR RESSECÇÃO
SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Adriano Augusto Tomás Vasconcelos Almeida Alexandre1, Raphael Teixeira Loiola1, José Wilson da Cunha Parente Júnior1,
Gildo Barreira Furtado1, Pierre H. Deprez2

Resumo - Paciente masculino, brasileiro, 88 anos procurou o serviço de endoscopia de nosso hospital para investigação de lesão polipoide de esôfago,
evidenciada em exame realizado em outro serviço. Nova endoscopia mostrou lesão plana em esôfago médio, a 29 cm da arcada dental superior (ADS),
cujo laudo histopatológico indicou carcinoma espinocelular pouco diferenciado. Programamos a retirada da lesão através de ressecção submucosa
endoscópica (ESD). Realizado o procedimento, sem intercorrências, com análise anatomopatológica da peça indicando carcinoma pouco diferenciado
com semelhanças a carcinomas nasofaríngeos (LELC) retirado com margens livres. Estudo imuno-histoquímico com resultado positivo para CKpool,
CK5/6 e Bcl2, além de imunomarcação nuclear forte para Epstein-Bar vírus (EBV), corroborando o diagnóstico. LECL de esôfago é um tumor raro, com
apenas 17 casos descritos na literatura, sendo 15 na Ásia, com faixa etária média de 63 anos e predominância do sexo masculino (70%). À endoscopia,
apresenta-se com lesões submucosas recobertas por mucosa de aparência normal, com cicatriz ou depressão no centro da lesão. A infecção pelo EBV tem
sido associada a carcinomas linfoepiteliais em outros órgãos. Os LELC têm melhor prognóstico que outros carcinomas esofágicos.

Hospital Geral de Fortaleza, Ceará; 2Université Catholique de Louvain, Lovaina, Bélgica.


1

TL.E.EDA.P.735
CASUÍSTICA DE 5 ANOS DE TUMOR NEUROENDÓCRINO DO TRATO GASTROINTESTINAL
ACOMPANHADOS NO HC/UNICAMP
Cecilia Queiroz Silva*, Cristiane Kibune Nagasako*, Fábio Guerrazzi*, Rita Barbosa de Carvalho*,
José Olympio Meirelles dos Santos*, Drausio Jeferson de Morais*

Resumo - Introdução - Tumores neuroendócrinos (TNE) do trato gastrointestinal (TGI) constituem um grupo heterogêneo de neoplasia. Considerada
uma neoplasia rara, sua incidência na literatura vem aumentando com os avanços das técnicas de imagem e no diagnóstico patológico. Objetivo - Avaliar
pacientes acompanhados no HC/Unicamp que tiveram diagnóstico de TNE-TGI. Métodos - Realizou-se uma pesquisa no banco de dados da patologia
do HC-Unicamp sendo avaliado os prontuários dos casos de TNE do TGI no período de 2008-2012. Resultados - Dos 28 pacientes inclusos, a metade era
do sexo masculino e a idade variou de 15-77 anos (média=57,6). A localização a mais comum foi gástrica (53,3%), sendo seguido pelo duodeno (30%),
reto (6,7%), íleo (3,3%) e apêndice (3,3%). Em metade dos casos a descrição endoscópica mais comum foi de pólipos sésseis com tamanho variando de
2-50 mm, sendo que em 7 casos gástricos haviam descritos inúmeras lesões. O tipo histológico mais comum foi grau 1 (53,6%), sendo que em 5 casos
apresentavam metástase (linfonodal e hepática). Tratamento endoscópico foi realizado em 15 pacientes. Dos 9 tratamentos cirúrgicos, em um houve uso
de neoadjuvância. Os demais, não retornaram para seguimento ou a presença de co-morbidade grave impediu o tratamento. Conclusão - A maioria dos
casos de TNE do TGI foi tratada endoscopicamente e no seguimento apresentou comportamento benigno. O tratamento cirúrgico foi reservado para
lesões maiores e de aspecto sugestivo de neoplasia avançada.

*UNICAMP - Gastrocentro, São Paulo.

TL.E.EDA.P.736
CÂNCER DE MAMA HER2-POSITIVO COM METÁSTASES GÁSTRICAS - RELATO DE CASO
Karina Viana Camargos*, Rodrigo Lovatti*, Tarso Magno Leite Ribeiro*, Amanda Conciani Corso*,
Luiz Fernando Abrahão REIS*, Itiberê Pessoa da COSTA*

Resumo - O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum na população feminina e apesar dos avanços na terapêutica, metástases à distância
são frequentes. O envolvimento do trato gastrointestinal é raro. As metástases gástricas são descritas em apenas 6% dos casos durante a vida, no entanto,
achados de necropsias evidenciam uma frequência que chega até 15%. A presença do gene responsável pela produção da proteína HER2 está relacionada
a maior agressividade e taxa de recorrência. Será relatado o caso de uma paciente de 51 anos, em tratamento de câncer de mama HER2-positivo no
HGIP-IPSEMG. A doença foi diagnosticada em agosto de 2012 e o tratamento quimioterápico era realizado desde então. Em maio de 2013 a paciente
internou-se com quadro de epigastralgia e hemorragia digestiva. A endoscopia digestiva alta evidenciou múltiplas lesões elevadas, friáveis, algumas
com coágulo aderido, no estômago e duodeno. A biópsia das lesões foi compatível com neoplasia maligna pouco diferenciada. Na mesma internação
foram diagnosticadas ainda metástases pulmonares. Foi indicada radioterapia hemostática, mas a paciente evoluiu a óbito antes do início desta medida
paliativa. Sintomas dispépticos em pacientes durante o tratamento do câncer de mama são comuns e muitas vezes relacionados a efeitos colaterais da
terapia. Atenção especial deve ser dada a esta população, uma vez que o trato gastrointestinal pode ser local de metástases, tendo a endoscopia digestiva
o importante papel de identificá-las.

*HGIP-IPSEMG, Minas Gerais.

282 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.737
COMBINAÇÃO ENTRE MITOMICINA-C E PRÓTESE PLÁSTICA AUTO-EXPANSÍVEL NO TRATAMENTO
ENDOSCÓPICO DAS ESTENOSES BENIGNAS REFRATÁRIAS À DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA: RELATO
DE CASO
Denise Guimarães PEIXOTO*, Emiliano Almodova de Carvalho*, Thiago Rabelo da CUNHA*, Kelly Menezio Giardina de Oliveira*,
Ana Amélia Viel*, Gilberto FAVA*

Resumo - Introdução - Estenose de neofaringe/esôfago é uma complicação comum em pacientes submetidos à cirurgia de cabeça e pescoço e radioqui-
mioterapia (RT/QT). De um modo geral, são tratadas com dilatação endoscópica. No entanto, em alguns casos, as estenoses são refratárias à dilatação.
O uso de mitomicina-C (MMC) ou prótese plástica auto-expansível (SEPS) para reduzir a taxa de re-estenose vem sendo relatado nestes casos. Objetivo
- Descrever o uso combinado de estenotomia, MMC e SEPS no tratamento da estenose pós laringofaringectomia e RT/QT refratária à dilatação. Mé-
todos - Paciente (pte) de 49 anos, masculino, evoluindo com estenose severa neofaringe/esôfago pós laringofaringectomia total e RT/QT adjuvante no
tratamento de câncer de hipofaringe ECIV. Realizadas 6 sessões de dilatações endoscópicas com velas de Savary Gilliard até 12.8 mm com recorrência
da estenose, não melhora da disfagia e perda ponderal importante. Realizada estenotomia na área da estenose sob laringoscopia direta com laringoscó-
pio de suspensão seguida da aplicação de MMC (0,5 mg/ml) na área cruenta. Sob visão endoscópica e radioscópica foi inserida SEPS (Poliflex, Boston
Scientific). Mantida SEPS por 12 semanas com boa tolerância pelo pte. Após 40 dias de retirada da prótese, pte permaneceu assintomático apresentou
recuperação ponderal. Conclusão - A combinação de estenotomia e MMC seguida da inserção de SEPS mostrou-se eficaz e tolerável no tratamento de
estenose benigna refratária à dilatação.

*Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo.

TL.E.EDA.P.738
COMPLICAÇÕES DA DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE SUBMUCOSA (ESD) EM LESÕES EXTENSAS -
RELATOS DE CASOS
Dalton Marques Chaves*, Elisa Ryoka Baba*, Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Kengo Toma*, Rodrigo Nobre Lacerda*,
Marcelo Magno de Freitas Sousa*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - ESD tem sido considerada tratamento padrão para câncer gástrico precoce. Apesar de menor recidiva em comparação às téc-
nicas de mucosectomia, pode resultar em maior índice de complicações. Relato de caso - Caso 1 - SP, masculino, 66 anos, hipertenso. EDA: Lesão plano
elevada na grande curvatura do antro proximal de 4 cm. Anatomopatológico (AP): Adenocarcinoma tubular bem diferenciado. Realizada ESD com
margens de ressecção livres. Evoluiu com sangramento sendo realizada gastrectomia parcial. Caso 2 - CP, feminino, 84 anos, hipertensa. EDA: Lesão
plano elevada multinodular em pequena curvatura, paredes posterior e anterior de corpo gástrico de 10 cm e lesão elevada lobulada na face anterior
do antro de 3 cm. AP: Neoplasia intraepitelial de alto grau na pequena curvatura e demais áreas com adenoma tubuloviloso de atipia moderada. No
procedimento apresentou duas diminutas perfurações com necessidade de colocações de clipes. Evoluiu com sangramento e necrose da parede gástrica
pós-ESD, sendo realizada gastrectomia parcial. Discussão - A hemorragia gástrica após ESD é relatada até 7% dos casos e a perfuração em 4%. São
considerados fatores de riscos para perfuração gástrica: localização do tumor, significante invasão da submucosa e hipertensão arterial. Entre os fatores
risco para sangramento tardio é relatado: tamanho da lesão, localização e presença de cicatriz. Conclusão - Em nossa experiência, ressecções gástricas
extensas podem cursar com maior índice de complicações.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.739
DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER EM TUBO GÁSTRICO EM PACIENTE SUBMETIDO À
ESOFAGECTOMIA: RELATO DE CASO
Ingrid Neves dos Santos*, Olympio Meirelles-Santos*, Cristiane Kibune Nagasako*

Resumo - Introdução - Com o avanço do tratamento das neoplasias esofágicas, observamos o desenvolvimento de cânceres gástricos metastáticos ou
sincrônicos. A presença dessas lesões piora o prognóstico do paciente. Objetivo - Relatar o caso de um paciente que foi submetido à esofagectomia por
um carcinoma epidermoide de esôfago (CEE) que evoluiu com metástase no tubo gástrico. Caso - Paciente 53 anos, masculino, submetido à esofagec-
tomia por CEE com reconstrução de tubo gástrico e anastomose esofagogástrica cervical. Evoluiu após sete meses da cirurgia com disfagia e vômitos.
A endoscopia diagnosticou neoplasia avançada em tubo gástrico, cuja biópsia demonstrou carcinoma escamoso metastático. Discussão - Sabe-se que
metástase gástrica de CEE é raro. Com a melhora nos tratamentos dos CEE e maior sobrevida, o diagnóstico de metástases ou de outros tumores pri-
mários no tubo gástrico torna-se mais incidente. A disseminação se faz através dos vasos linfáticos e/ou venosos sendo que o tratamento dependerá do
grau de invasão e da localização.

*UNICAMP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 283


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.740
DIFICULDADE TÉCNICA DE EXTRAÇÃO GÁSTRICA DE GRANDE GIST RESSECADO POR ESD-RELATO
DE CASO
Marcus Vinícius de Azevedo*, Walton Albuquerque*, Roberto Motta Pereira*, Ricardo Castejon Nascimento*, Renata Rocha
Figueiredo*, Rodrigo Albuquerque Carreiro*, César Camargos Oliveira*

Resumo - Introdução - GISTs são oriundos das células intersticiais de Cajal, localizadas ao nível do plexo mioentérico e que tem características de musculatura
lisa e neural. É mais comum em homens > 60 anos, principalmente no estômago (65%) e intestino delgado (25%), sendo raro em cólon, reto e esôfago. Uma
característica distintiva de GIST é o c-kit (CD117). Os critérios de malignidade são tamanho, índice mitótico e localização primária (intestinais mais agressivos).
Objetivo - Discutir e relatar um caso de ESD de grande GIST gástrico ulcerado associado a passado recente de anemia grave. Relato de caso - Paciente de 17 anos,
encaminhada para EUS por grande abaulamento em PC do corpo proximal, associada a úlcera de 5 mm em ápice. EUS: lesão de 37 x 26 mm, hipoecogênica,
de Sm, tocando a MP, sem deformá-la. Optado por ESD, havendo ressecção da peça íntegra, porém houve dificuldade de extração do estômago, devido a seu
grande tamanho. Realizada secção da lesão com alça, que se estendeu devido a sua consistência endurecida. Evolução com volumoso pneumoperitônio, sem
vazamento de contraste oral à TC, que foi abordado por punção abdominal, sem necessidade cirúrgica. Peça evidenciou GIST, retirado com margens livres.
Conclusão - Sangramento é a principal complicação do GIST gástrico, tornando sua ressecção uma necessidade. A ressecção endoscópica vem se tornando
uma alternativa para o tratamento cirúrgico, apesar de em alguns casos tornar o procedimento prolongado e dificultar o estudo AP da peça íntegra.

*Hospital Madre Teresa - HMT, São Paulo.

TL.E.EDA.P.741
EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA ENDOSCÓPICA E TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM 39
PACIENTES SUBMETIDOS À ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA DE URGÊNCIA POR CORPO ESTRANHO
NO TRATO GASTRINTESTINAL NO HOSPITAL REGIONAL NORTE DE SOBRAL - CEARÁ
Jeany Borges e Silva Ribeiro*, Francisco Julimar Correia de MENEZES*, Antônia Maria Ferreira de Souza*, Adriano Augusto Tomás Vasconcelos
Almeida Alexandre*, Caroline Evy Vasconcelos Pereira*, Eviwalton Placido COSTA*, Marcelo Victor Ribeiro SALES*, Flávio Clemente
DEULEFEU*, PATRÍCIA Oliveira DE MORAES*, Djalma ribeiro COSTA*, Otávia Cassimiro ARAGÃO*, José Wilson da Cunha PARENTE JÚNIOR*

Resumo - Introdução - O principal local de impactação de corpo estranho (CE) ou bolo alimentar (BA) são os pontos de constrição ou grandes angulações
do trato gastrintestinal. A maioria dos corpos estranhos ingeridos não intencionalmente irá passar espontaneamente, sem intervenção em 80% dos casos.
Objetivo - Avaliar a eficácia da terapêutica endoscópica (TE) e o tempo de permanência hospitalar (PH) em pacientes com história de ingestão de CE ou BA.
Pacientes e Métodos - Foram analisados 39 laudos de endoscopia digestiva alta (EDA) em pacientes com história de ingestão de CE ou BA no Hospital Regional
Norte de Sobral-Ceará no período de cinco meses. Resultados - 1063 EDA foram realizadas no período, com 3,67% por CE. Destes, confirmou-se o CE em
64,1% dos exames. O sucesso endoscópico na retirada do CE foi de 92%. O principal local de impactação foi o esôfago proximal em 68% dos casos. A taxa de
complicação relacionada ao CE foi de 25,64%%, principalmente a laceração de mucosa sem perfuração em 60%. A PH relacionada às complicações variou
de 1 a 8 dias, enquanto a maioria dos pacientes sem complicação permaneceu até 24 h no hospital. Conclusão - A TE possui uma alta eficácia na retirada do
CE, relacionando-se a uma baixa taxa de PH. O maior tempo de internação hospitalar foi relacionado aos pacientes com complicações decorrentes do CE.

*HRN-Sobral, Ceará.

TL.E.EDA.P.742
EFICÁCIA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO. RESULTADOS EM UMA SÉRIE DE 30 PACIENTES
Antonio Moreira Mendes Filho1,2, Josemberg Campos Marins3, Cinthia Barbosa de Andrade3, Patricia Maria da Costa Braga1, Antonio
Moreira Mendes Neto1, Sildineya Pires Martins Moreira Mendes2, Jéssica Gomes Baldoino Araújo1, Maria Clara Fortes Portela Barbosa1

Resumo - Introdução - A obesidade é um problema de saúde pública mundial, a OMS estima em 1 bilhão de obesos em todo o mundo. O balão in-
tragástrico (BIG) é uma alternativa para aqueles que não conseguem resultados com medidas conservadoras. Objetivos - Avaliar a eficácia e tolerância
do BIG em uma série de pacientes. Casuística - 30 obesos (23 mulheres/7 homens) com idade média de 38,4 anos, a maioria portador de grau I (23), de
2 clínicas privadas. Métodos - Através de fichas clínicas registramos o peso e índice de massa córporea (IMC) no inicio e fim do tratamento, avaliamos
ainda a presença e intensidade de queixas clínicas relacionadas. Consideramos tratamento eficaz, quando houve perda de 10% (ou mais) do peso inicial.
Todos foram orientados a realizar acompanhamento nutricional e atividades físicas. Resultados - 73,33 % (22) tiveram resultado efetivo. A perda de peso
média foi de 14%, o IMC médio foi reduzido de 35,46 para 30,45 kg/m2, perdas mais significativa foram observadas no sexo feminino, em portadores de
obesidade leve, e nos que seguiram orientação multidisciplinar. 14 usuários (46,66%) queixaram-se de intensa dor, náuseas e vômitos nos primeiros dias;
em 7 foi necessária internação, 1 destes solicitou a retirada. Conclusões - O BIG proporcionou bons resultados na maioria dos casos; não acompanhamento
multidisciplinar foi associado com resultados insatisfatórios; queixas clínicas de intensidade variável, foram frequentes nos dias iniciais

FACID; 2Clínica Digest; 3UFPE, São Paulo.


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284 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.743
ESTENOSE ESOFÁGICA ASSOCIADA À ESOFAGITE HERPÉTICA: RELATO DE UM CASO
Marcelo Castioni Santiago*, Osvaldo Massatoshi Araki*

Resumo - A estenose esofágica é uma condição de impacto importante na qualidade de vida do paciente, sendo um desfecho incomum no contexto das
esofagites infecciosas. Relatamos o caso do paciente O.S.M., masculino, de 60 anos, admitido pelo Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo com queixa de inapetência há quatro dias associada à diarreia, disfagia para líquidos e odinofagia. O exame endoscópico evidenciou a mucosa do
esôfago com enantema intenso recoberto por espessa camada de fibrina que se estendia desde a porção proximal até 29 cm da arcada dentária superior,
onde se notava diminuição do calibre, transponível ao aparelho. No terço distal, havia várias úlceras maiores do que 5 mm, não confluentes. As biópsias
na altura do estreitamento bem como nas bordas e centro das úlceras revelaram a presença de células mutinucleadas no epitélio, compatíveis com esofa-
gite herpética ulcerada. Após cerca de duas semanas a endoscopia diagnosticou, a 27 cm da ADS, uma estenose puntiforme, intransponível ao aparelho.
Após a alta, foi encaminhado para iniciar programa de dilatação esofágica ambulatorialmente. A maioria dos estudos é realizada em populações não
imunocompetentes e os raros relatos de casos semelhantes ocorreram em faixas etárias pediátricas, muitas vezes envolvendo outros fatores etiológicos
como múltiplos agentes infecciosos ou associação com esofagite eosinofílica.

*Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.P.744
ESTUDO COMPARATIVO DO USO DE PLASMA DE ARGÔNIO PARA HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA DE
SANGRAMENTO TUMORAL
Stephanie Wodak*, Carla Cristina Gusmon*, Bruno da Costa Martins*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Fabio Shiguehissa
Kawaguti*, Marcelo Simas de Lima*, Caterina Maria Pia Simione Pennacchi*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - A hemorragia de origem tumoral grave e representa um desafio para o endoscopista. Apesar de alguns relatos de sucesso na
literatura com terapias endoscópicas, ainda não há concordância quanto ao seu uso rotineiro. Objetivo - Estudar a eficácia da hemostasia endoscópica
de lesões tumorais hemorrágicas com coagulação com plasma de argônio (APC). Pacientes e Métodos - Estudo comparativo do tratamento endoscópico
APC vs. ausência de tratamento endoscópico em pacientes com hemorragia digestiva tumoral. Resultados - No período de Jan-Set 2011, 24 pacientes
foram submetidos a tratamento com argônio (grupo APC) e comparados com o grupo controle de 28 pacientes com sangramento tumoral em 2010 sem
tratamento endoscópico. No grupo APC 62,5% e 14,3% no grupo controle tinham sangramento ativo (p<0,001). Deles 37,5% no grupo APC e 28% no
grupo controle precisaram de tratamento complementar para controle hemostático (p = 0,49). O índice de ressangramento no grupo APC foi de 33,3%, e
14,3% do grupo controle (p = 0,10); A mortalidade em 1 mês foi de 29,4% no grupo APC e 70,6% no grupo controle (p = 0,091). Na analise multivariada,
a mortalidade do grupo controle foi 4,58 maior do que no grupo APC (95% CI). Conclusão - A terapia com plasma de argônio deve ser considerada no
tratamento da hemorragia digestiva alta de origem tumoral, porque pode diminuir a mortalidade nesse grupo de pacientes.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.745
ESTUDO DE ACHADOS ENDOSCÓPICOS EM PACIENTES PORTADORES DE HIV/SIDA EM UM SERVIÇO
DE REFERÊNCIA
Anne Caroline Amorim BATISTA*, Carolina Casé Cardoso MATIAS*, Annanda Carolina de Araujo Martins*, Natalia arruda COIMBRA*,
Keila Regina Matos CANTANHEDE*

Resumo - Introdução - A infecção pelo HIV cursa com amplo espectro de apresentações clínicas. O comprometimento do trato gastrointestinal pode
ocorrer por diferentes causas: infecções, neoplasias e efeitos relacionados ao próprio HIV e medicamentos. Alguns achados clínicos de fácil diagnóstico
são bons preditores de progressão para a AIDS, como a candidíase oral, a qual é um marcador clínico precoce de imunodepressão. A endoscopia digestiva
alta mostra sensibilidade em aproximadamente 49% das vezes na demonstração de doenças oportunistas dos portadores de SIDA. Objetivo - Descrever
os achados endoscópicos dos pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta no Hospital Aldenora Belo, no período de novembro de 2011 a março de
2013. Método - Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo em que foram analisados 81 laudos de pacientes HIV+ procedentes do Hospital Presidente
Vargas submetidos à EDA no serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora Bello no período de novembro de 2011 à março de 2013. Resultados - De
forma geral, a gastrite enantematosa mostrou-se mais prevalente entre os demais resultados, com 82,71%,seguida da esofagite com 29,62% das endosco-
pias realizadas.Outros diagnósticos que também obtiveram número relevante de casos forma monilíase esofágica (9, 87%) e o citomegalovírus (3,7%);52
pacientes eram do sexo masculino e 29 do sexo feminino e a idade variou de 15 a 50 anos, com média de 36 anos. Conclusão - A gastrite apresentou-se
como o achado mais prevalente, seguida pela esofagite.

*CEUMA, Maranhão.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 285


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.746
EXPERIÊNCIA INICIAL DO EMPREGO DA ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL NO TRATO DIGESTÓRIO
Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Elisa Ryoka Baba*, Bruno Martins*, Marcelo Simas*, Caterina Penacchi*,
Felipe Retes*, Fábio Kawaguti*, Fauze Maluf Filho

Resumo - Endomicroscopia confocal (CLE) permite visualização in vivo das células e estruturas tissulares da mucosa gastrointestinal, orientando
biópsias ópticas em tempo real. Objetivo - Foi objetivo destes casos iniciais, detectar padrões normais e patológicos das afecções gastrointestinais, de
acordo com a classificação de Miami. Materiais e Métodos - Estudaram-se 7 pacientes, sendo 5 do sexo feminino, com idade entre 25 e 80 anos. Dois
foram por esôfago de Barrett (EB), dois tinham CEC de cabeça e pescoço, um apresentava polipose adenomatosa familial, um gastrectomizado parcial
e outra neoplasia de ovário para avaliação gástrica. Resultados - Em ambos os pacientes com EB, CLE identificou epitélio colunar, observando inclusive
área de adenocarcinoma sobre o EB. No caso da polipose gástrica, cujo diagnóstico histológico revelou pólipos de glândulas fúndicas, CLE demonstrou
pólipo não adenomatoso. Em paciente com CEC de cabeça e pescoço, CLE confirmou ausência de lesão já demonstrada ao NBI. Quanto ao paciente
com gastrectomia subtotal, foi possível observar a anastomose gastrojejunal. Dos 7 casos, somente um paciente com pequena área descorada ao lugol
de 3 mm, não foi possível fazer o diagnóstico de alteração esofágica através do CLE por dificuldade técnica, contudo a biópsia revelou esofagite inespe-
cífica. Conclusões - 1. CLE permitiu o exame da superfície epitelial in vivo nesta série inicial; 2. Tal estratégia, após treinamento, pode orientar e facilitar
a conduta terapêutica.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.747
FENDA LARÍNGEA
Felipe Neves Ferreira1, Edivaldo Fraga Moreira2, Marcelo Vieira Barros de Lima2, Patrícia Coelho Fraga Moreira2,
Paulo Fernando Souto BITTENCOURT2, Rodrigo RODA2, Amanda Brito Farias BOTELHO E Silva1,
Magno Pascoal Ferreira1

Resumo - Relato de caso - S.F.A., 1 mês de idade, sexo feminino, a termo, mãe portadora de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Após a primeira amamentação
o menor apresentou estridor e tosse associada à cianose central e manteve-os após todos os episódios de amamentação. Devido baixo peso, desidratação
e insuficiência respiratória após amamentação foi introduzida nutrição por via sonda nasoentérica com melhora acentuada, porém persistindo em menor
intensidade e em períodos interemitentes os mesmos sinais clínicos após nutrição. Indicado a realização de endoscopia digestiva e broncoscopia onde
foi diagnosticado fenda laríngea. Discussão - A fenda laríngea e uma anormalidade congênita que ocorre entre a quinta e a sétima semana gestacional,
constituída por uma fusão anômala entre a cartilagem cricoide, traqueia e esôfago. Uma interrupção em vários estágios deste processo resulta em graus
variáveis de fenda laríngea. O objetivo desse relato de caso é descrever uma anormalidade congênita rara e apresenta-la com registros de imagem tendo
como diagnóstico diferencial estenose esofágica, fístula traqueoesofágica.

Centro de Pós-graduação e Pesquisa, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Minas Gerais; 2Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Felício Rocho, Minas Gerais.
1

TL.E.EDA.P.748
GASTRITE FLEGMONOSA: RELATO DE CASO
Juliana Aparecida Santos Pereira Campos1, Vinnicius Gustavo Campos2, Vinicius Machado de Lima1, Juscelino Nunes Vidal1, Valéria
Dantas de Oliveira1, Cintia Mendes Clemente1, Ricardo Jacaranda de Faria1, Ítala Neves Barbosa1

Resumo - 16 anos, M, com anemia aplástica, em uso de ciclosporina e prednisona, com dor epigástrica de forte intensidade, febre, hiporexia, náuseas e
vômitos há 1 dia. Abdome sem visceromegalias e doloroso à palpação em epigástrio, sem irritação peritoneal. Lab: HGB 6.9, Leuco 389 (5% segm., 80%
linf., 0% bast.), plaq. 40 mil, TAP 57%. Dg: neutropenia febril. Iniciado Cefepime. EDA: estômago com lago com sangue, distensibilidade prejudicada e
pregueado mucoso com placas hemorrágicas com necrose e hematomas intramurais. TC abdome: espessamento da parede gástrica, com paredes pouco
distensíveis após ingesta hídrica, com gás na parede gástrica, sugerindo etiologia infecciosa. Nova EDA em 48 horas: lago com grande volume de sangue
vivo e distensibilidade prejudicada; parede posterior do corpo ulcerada e intenso acometimento da mucosa gástrica, com hemorragia (flegmonosa?).
Iniciado meropenem, ganciclovir e dieta zero. Evoluiu a óbito; não autorizada necropsia. Gastrite flegmonosa: Infecção bacteriana da parede gástrica
rara; maioria por gram-positivos. Clínica: dor epigástrica, náuseas e vômitos. Fatores de risco: imunossupressão uso de álcool e dano da mucosa gástri-
ca. Radiologia: espessamento das pregas gástricas com redução da distensibilidade antral. Tratamento - ATB amplo espectro e drenagem cirúrgica ou
endoscópica da parede gástrica; alguns com cirurgias de ressecção. Prognóstico sombrio. Considerações - Raro. Diagnóstico sugerido em dor abdominal
e evidência de ar em câmara gástrica.

Hospital Universitário de Brasília, Distrito Federal; 2CBMDF, Distrito Federal.


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286 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.749
GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA CURSANDO COM SÍNDROME DE “BURIED BUMPER”
E HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: RELATO DE CASO
Kengo Toma*, Renata Nobre Moura*, Gustavo Luis Rodela Silva*, Christiano Makoto Sakai*, Hélcio Cardoso Gomes*,
Marcos Eduardo Lera*, Mariana Iennaco de Siqueira Campos*, Sérgio Eiji Matuguma*

Resumo - Introdução - A Síndrome de Buried Bumper (SBD) é complicação rara da gastrostomia percutânea definida pelo sepultamento do anteparo
da sonda de gastrostomia na mucosa gástrica. Os sintomas são: saída de secreção pelo orifício, dor abdominal e incapacidade de mobilização da sonda.
Tardiamente, pode ocorrer lesão de vasos da parede gástrica ou abdominal e hemorragia digestiva alta. Materiais e Métodos - Paciente do sexo masculi-
no, 36 anos, vítima de trauma raquimedular por queda de altura, evoluindo com tetraplegia e distúrbio de deglutição, sendo submetido à gastrostomia
endoscópica percutânea. Após 54 dias, evoluiu com hemorragia digestiva alta, exteriorizada por melena, sem instabilidade hemodinâmica. Resultados
- Realizada nova endoscopia digestiva, onde foi evidenciado anteparo interno da sonda de gastrostomia inserida profundamente na mucosa gástrica.
Após mobilização, observado amplo orifício gastrocutâneo, associado à úlcera gástrica ativa com vaso visível, sem sangramento ativo no momento do
exame. Realizada troca de gastrostomia por sonda balonada, causando oclusão do trajeto fistuloso e hemostasia mecânica. Paciente evoluiu sem novos
episódios de hemorragia e com adequado funcionamento da sonda. Conclusão - A SBD é uma complicação tardia rara da gastrostomia endoscópica
que, se não reconhecida e tratada de forma adequada, pode levar a complicações graves.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.750
GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA: ANÁLISE DE 126 CASOS DE DOIS HOSPITAIS
TERCIÁRIOS DE GOIÂNIA - GO
Paula Suzzani Mendonça1, Paula Malagoni Cavalcante Oliveira1, Americo de Oliveira SILVERIO1,2, Helio de FREITAS3,
Daniela Medeiros Milhomem CARDOSO1, José Cristiano RESPLANDE1, Oswaldo Martins da COSTA NETO1

Resumo - Introdução - A gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) tornou-se a modalidade de escolha para fornecimento de acesso enteral para
pacientes que precisam de nutrição enteral em longo prazo. Apesar de sua boa segurança, ela pode estar associada a complicações significativas. Objetivo -
Analisar as GEP realizadas em relação à ocorrência de complicações infecciosas e de fatores de risco associados. Métodos - Avaliamos retrospectivamente
casos de GEP e troca de GEP realizados em dois hospitais terciários de Goiânia. Foram analisados idade, gênero, presença de comorbidades, uso prévio
de antibiótico (ATB) e profilaxia, realização de higiene oral, complicações durante o procedimento e complicações tardias associadas a GEP. Resulta-
dos - No período de 2008 a 2011 foram realizados 126 GEP. A média de idade do grupo foi de 58,5 anos, sendo 77 (61,4%) do gênero masculino. 60/126
(47,2%) dos casos apresentavam 2 ou mais comorbidades e 70 (55,9%) tinham foco infeccioso prévio. Foram identificados 5 (3,9%) casos de infecção
cutânea (IC) e houve 3 (2,4%) casos de mortalidade precoce por causas não relacionadas a GEP. A IC foi associada com a presença de foco infeccioso
prévio (p=0,04). A idade associou-se com maior incidência de comorbidades (p>0,0001), mas não influenciou na ocorrência de infecção ou óbito. Con-
clusões - A taxa de IC foi considerada baixa (3,9%) e foi associada com a presença de foco infeccioso prévio, e independente da idade do paciente e da
presença ou não de comorbidades.

1
Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi, Goiás; 2PUC-GO, Goiás; 3Hospital de Urgências de Goiânia, Goiás.

TL.E.EDA.P.751
GIST ULCERADO: CAUSA INCOMUM DE HDA
Sabrina Souza Araujo*, Daniella Ribeiro Eintoss Korman*, Derival Nelmo Afonso dos Santos*

Resumo - Relato de caso - Paciente CMS, 41 anos, admitido no pronto-atendimento do Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais dia 18/06 às 22:40
após início de hematêmese volumosa em seu domicílio. À admissão, apresentava PA inaudível, Hb 7,2 e RNI 1,7, com boa resposta após 600 ml de he-
mácias, 600 ml de plasma fresco congelado e volume. Negava etilismo, uso de AINEs, ou queixas dispépticas anteriores. Na manhã seguinte, submetido
à EDA, com lesão elevada em fundo gástrico, medindo cerca de 3 cm, recoberta por mucosa íntegra, com ulceração central e coágulo aderido. Após
lavagem, foi visto um coto vascular visível. A lesão era endurecida ao toque da pinça, sugerindo origem subepitelial. Foi colocado um clipe e injetados
8 ml de solução de ethanolamina a 10%, com parada do sangramento. Realizado contato com equipe de Cirurgia Geral, que assistiu ao procedimento
endoscópico e já considerou a lesão como de tratamento cirúrgico e ainda na internação, devido ao volume de sangramento. O paciente foi submetido à
ressecção local, sem intercorrências, no dia seguinte, e recebeu alta hospitalar dois dias depois. Anatomopatológico: GIST (CD-117 e CD-34 positivos,
baixo índice mitótico). Comentários - 1) GIST ulcerado é causa incomum de HDA. 2) A opção pela ressecção local foi feita devido à localização da lesão
(gástrica menos agressiva, geralmente) e idade do paciente. 3) Importância da EDA em até 12 horas em casos de HDA grave.

*Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 287


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.752
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA CAUSADA POR METÁSTASE DE SEMINOMA CLÁSSICO EM DUODENO
Victor Cavaretti*, Rodrigo Tadeu Rodrigues Silvestre*, Amilton Adelino Dagoberto*, Luiz Gustavo Quadros*,
Larissa de Souza Moraes*, Ivan Enokibara Silva*, Fernando Tadeu Coimbra Vanucci*

Resumo - Paciente G. G. O., 23 anos, deu entrada na emergência da Santa Casa de São José do Rio Preto no dia 23/04/13 com queixa de dor abdo-
minal e dois episódios de hematêmese. Na admissão estável normal hemodinamicamente, PA: 120 x 80 mmHg, pulso 72, temp. Axilar 36,4. Internado
para equipe de cirurgia geral para investigação da hematêmese. Mantido em dieta zero, hidratação venosa, analgesia, antiemético e SNG para lavagem
gástrica. Paciente referiu história prévia de cirurgia urológica há 2 anos devido a nodulação em bolsa escrotal. Submetido a orquiectomia radical direita,
4 semanas após inicio da investigação, sem intercorrências. Anatomopatológico com 2 lesões (0,3 e 1,0 cm) sugestivas de seminoma clássico moderada-
mente diferenciado com áreas de necrose, margens livres, sem invasão linfática ou vascular (pT1 pNx pMx). No dia 24/04/13 foi submetido à EDA que
evidenciou: - Pangastrite endoscópica erosiva plana severa. - Pólipo Séssil em Antro gástrico de aproximadamente 07 mm, superfície lisa e homogênea
-Lesão com aspecto vegetante, avermelhada, friável ao toque com pinça, medindo cerca de 2.0X 1.5cm com sinais de sangramento recente em localizada
em segunda porção duodenal.

*Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, São Paulo.

TL.E.EDA.P.753
HIPERPLASIA LINFOIDE NODULAR DUODENAL E GIARDÍASE INTESTINAL EM PACIENTE COM
IMUNODEFICIÊNCIA COMUM VARIÁVEL: RELATO DE 2 CASOS
César Al Alam Elias*, Helenice Pankowski Breyer*, Roberta Lunkes*, Daniel Lemons*, Ismael Maguilnik*,
Luciana Santos Harlacher*

Resumo - Pacientes com imunodeficiência comum variável (ICV) apresentam comumente sintomas gastrointestinais e alterações endoscópicas. No
presente relato serão descritos dois casos de pacientes com hiperplasia linfoide nodular (HLN) e giardíase intestinal. Caso 1 - Mulher 38 anos, pneumonias
e sinusites de repetição na infância, diagnóstico recente ICV. Sem sintomas gastrointestinais. Endoscopia (EDA) com achado de nodosidade intensa em
bulbo e segunda porção duodenal (D2). Histologia descreve Giardíase intestinal e HLN proeminente. Caso 2 - Homem 39 anos, diagnóstico de ICV na
infância, portador de transtorno bipolar e diarreia crônica. Internado por emagrecimento. EDA com achado de nodularidade intensa e serrilhamento de
pregas de D2. Histologia descreve giardíase intestinal, HLN e atrofia de vilosidade. Recebeu tratamento com metronidazol e 5 dias de nitazoxanida com
melhora do quadro diarreico, sendo o emagrecimento atribuído à doença psiquiátrica. Discussão - Em torno de 83% dos pacientes com ICV assintomá-
ticos apresentam alguma alteração endoscópica/histológica. (1) Aproximadamente 53% daqueles submetidos à EDA apresentam HLF e muitos deles
com infecção recorrente por Giárdia. Quando analisados pacientes com achado ocasional de HNF, até 50% deles podem apresentar ICV, demonstrando
possível associação entre o achado e a doença. Sugere-se, portanto, atenção para tal possível associação e necessidade de investigação adicional.

*Hospital de Clínica de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

TL.E.EDA.P.754
IMPACTAÇÃO BULBAR POR ASTRÁGALO SUÍNO
Davi Gonçalves1,2, COELHO, A.T.S.1, CYRÍACO, T.3

Resumo - Bezoar: impactação bulbar por astrágalo suíno. Introdução - Bezoar: restos de substâncias encontrados no trato digestório. Tipos mais co-
muns: fitobezoares (fibras ou sementes vegetais), tricobezoares (cabelos), outros: como fragmentos ósseos. Relato de caso - Homem, 45 anos, nordestino,
pedreiro. Ingerira feijoada havia duas semanas. Nos dias seguintes apresentava epigastralgia, distensão abdominal epigástrica e hiperêmese pós-prandiais. À
videoendoscopia digestiva alta, constatou-se a presença de astrágalo suíno impactado e aderido na região bulbar. Suas dimensões ultrapassavam os meios
de tração ou retirada retrógrada via endoscópica. Optou-se pela manipulação suave da interface ósteo-tissular com pinça de biópsia fechada, seguida do
deslocamento caudal do osso até a transição D1-D2. Como não houve resistência que oferecesse risco ao trânsito do astrágalo, ele foi conduzido a partir
daí através do duodeno descendente, até o limite alcançável do endoscópio, conforme a sequência de fotos de 0 a 9 em anexo. Discussão - Portadores
de bezoares apresentam sintomas tardiamente ou são assintomáticos. A clínica deste caso foi exuberante face a semioclusão gastroduodenal precoce,
que o levou a procurar assistência. Os bezoares devem ser tratados conservadoramente. Atualmente, o método de escolha é a endoscopia, que além de
diagnóstica pode ser terapêutica. Conclusão - Este é um típico caso da eficiência e da eficácia da VEDA como recurso diagnóstico e como momento
terapêutico na prática clínica.

Clínica Dr. Antônio Coelho; 2ESCS; 3Hospital Regional de Santa Maria/SES-DF, Distrito Federal.
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288 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.755
INFILTRAÇÃO GÁSTRICA DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: RELATO DE CASO
Marcela Rosa*, Ana Carolina Ayres*, Paula Lopes*, Ludimilla Malvão*, Cindy Granados*, Simone Guaraldi*, Gustavo
Mello*, Alexandre Dias Pelosi*

Resumo - Introdução - A infiltração leucêmica extramedular é relativamente comum, podendo ocorrer em diversos órgãos. Na leucemia mieloide aguda
(LMA), a incidência varia de 18-4%. Embora rara, 8-14%, a infiltração do trato gastrointestinal (TGI) ocorre preferencialmente no íleo, estômago e
cólon proximal. Objetivo - Relatar caso raro de infiltração leucêmica gástrica, descrevendo achados clínicos, endoscópicos e histopatológicos. Relato de
caso - Homem, 46 anos, com diagnóstico de LMA e lesões dérmicas difusas (leucemia cútis) e hepatoesplenomegalia. Por epigastralgia e hematêmese sem
instabilidade hemodinâmica. Foi submetido à endoscopia digestiva alta (EDA) que revela lesões polipoides enantematosas sésseis no estômago, de aspecto
semelhante às da derme. Sua biópsia revela cloromas, achado típico da leucemia mieloide. Após um ciclo de quimioterapia, verificou-se remissão parcial
das lesões cutâneas; enquanto EDA demonstrou remissão total das lesões gástricas, comprovadas por biópsia. Conclusão - Embora rara, a infiltração do
TGI pela LMA deve ser considerada nos pacientes sintomáticos, sobretudo durante períodos de recaída da doença. Na variante mielóide, como no nosso
caso, a infiltração da mucosa pode ser localizada ou difusa, com aspecto cerebroide, em placas, nódulos ou massas; sendo sua aparência endoscópica
indistinguível do adenocarcinoma. Nesta situação, a EDA tem papel fundamental no diagnóstico diferencial com as demais lesões infiltrativas gástricas.

* Hospital do Câncer I/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.756
LESÃO ESOFÁGICA PROVOCADA POR BATERIA DE RELÓGIO
Felipe Neves FERREIRA1, Amanda Brito Farias Botelho e SILVA1, Paulo Fernando Souto BITTENCOURT2, Edivaldo Fraga MOREIRA2,
Marcelo Vieira Barros de LIMA2, Patrícia Coelho Fraga MOREIRA2, Rodrigo RODA2, Magno Pascoal FERREIRA1

Resumo - A.L.V.L., 3 anos, sexo feminino.Paciente com relato de ter engolido corpo estranho (moeda ou bateria de relógio) evoluindo com sialorreia
e disfagia. Os responsáveis procuraram atendimento médico e o paciente recebeu alta após realizada radiografia de tórax e abdome que não mostraram
corpo estranho. Devido persistência da sialorreia e disfagia procurou outro hospital e foi constatado através de radiografia corpo estranho impactado no
esôfago cervical com características de bateria de relógio. O corpo estranho foi retirado 8 horas após o menor ter engolido, porém houve estravazamento
de conteúdo interno da bateria causando extensa úlcera esofágica evoluindo com estenose pós cicatrização da úlcera. Discussão - A lesão química é
causada pela solução alcalina armazenada no interior da bateria causando graus variados de destruição tecidual de acordo com o tempo de exposição
e quantidade da substância extravasada. Corpo estranho impactado no esôfago como bateria de relógio tem indicação formal de retirada imediata por
endoscopia digestiva. O objetivo é mostrar por meios de fotografias todas as fases da resolução da úlcera e formação da estenose e atentar para impor-
tância de retirada do corpo estranho em caráter de emergência.

1
Centro de Pós-graduação e Pesquisa, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; 2Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Felício Rocho, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.757
LINFOMA ANAPLÁSICO GÁSTRICO COM COLONIZAÇÃO FÚNGICA MIMETIZANDO LESÃO
CARCINOMATOSA
Guilherme Andrade Lemes1, Gabriel Mendes Andraos1, Sebastião Alves Pinto1, Thiago David Aves Pinto2,
Jordana Oliveira Milanez2, Leonardo Emilio da Silva3, Thaysa Cardoso Silva1

Resumo - Introdução/Objetivos - Linfoma anaplásico de grandes células (LAGC) é um subtipo linfoma de não-Hodgkin descrito pela primeira vez por
Stein et al em 1985, em que células com fenótipo T ou nulo expressam fortemente o antígeno CD30 (Ki-1). LAGCs CD30-positivos gástricos primários
são muito raros, com aproximadamente 22 casos descritos em língua inglesa. Geralmente apresentam clínica pouco específica, com epigastralgia sem
demais alterações ou achados no exame físico, sendo distinção entre LAGC gástricos e outros carcinomas ou sarcomas desafiadora. Casuística - 1 caso.
Método - Relato de caso retirado de prontuário. Resultados - Paciente do sexo masculino, 48 anos, com epigastralgia a mais de 6 meses e lesão ulcerada e
infiltrativa de corpo inferior e antro Borrmann III. O espécime de biópsia endoscópica apresentava mucosa gástrica com área de ulceração com tampão
fibrinoleucocitário, infiltrado difuso de células neoplásicas grandes e redondas e colonização da lesão por Candida s.p. O perfil imuno-histoquímico apre-
sentava positividade para antígeno leucocitário comum (CD45) e CD30, com Ki-67 positivo em 80% das células neoplásicas, consistente com Linfoma
Anaplásico Gástrico. O paciente segue em tratamento específico, associado a demais investigações hematolinfoides. Conclusão - Apesar de sua raridade
e apresentação clínica semelhante a dos carcinomas, o LAGC gástrico deve ser lembrado em casos com padrão de disseminação sólida/difusa e com
atipias acentuadas.

1
UFG; 2INGOH; 3HR, Goiás.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 289


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.758
LINFOMA DE BURKITT ACOMETENDO O ESTÔMAGO - RELATO DE CASO
Cecilia Queiroz Silva*, Lívia dos Reis Pandolfi*, Letícia Stahelin*, Priscila Andrade Santana*,
Óscar Alfredo Paulo*, Rita Barbosa de Carvalho*, José Olympio Meirelles dos Santos*

Resumo - Objetivo - Descrever um caso de Linfoma de Burkitt (LB) acometendo o estômago diagnosticado no HC- Unicamp. Descrição - LAGC, F,
35 anos queixa-se de lombalgia há 8 meses e perda ponderal. Há 2 meses apresenta febre e dificuldade para deambular. EF: descorada, moniliase oral,
taquicárdica e massa palpável em FIE. Perda força muscular em MID. Leuco=15.000 (3% bastão, mieloblasto 1%), LDL 4721, α-1=7,17, δ=31,26 e
HIV(+). EDA: lesão ulcero-infiltrativa em fundo e corpo gástrico. Bx: LNH de células B com perfil citológico e imuno-fenotipagem compatível com
LB. CT demonstra lesão de limites imprecisos em epigástro e infiltração neoplásica de meninges, T1 e L5. Iniciou QTX evoluindo com choque séptico e
óbito. Discussão - O LB é um LNH de células B altamente agressivo comum na infância e em infectados pelo HIV. Pode estar relacionado com Vírus de
Epstein-Barr e ao H. pylori. O TGI é a localização extra-nodal mais comum dos linfomas sendo o estômago frequentemente acometido. As “coffe-cup-
-like ulcers” são descritas como sugestivas de LB. A QTX é o tratamento padrão, porém diferente do LB localizado apenas no estômago, o envolvimento
gástrico pelo LB não tem bom prognóstico. Conclusão - Ilustrar um caso de LB acometendo o estômago, um caso não habitual na rotina.

*UNICAMP - Gastrocentro, São Paulo.

TL.E.EDA.P.759
LINFOMA FOLICULAR DUODENAL PRIMÁRIO - RELATO DE CASO
Juliana de Meneses1, Heinrich Bender Kohnert Seidler2, Maria Aparecida Ferreira3

Resumo - O linfoma folicular é uma neoplasia do centro germinativo de células B foliculares, e é um dos subtipos mais comuns de linfoma não Hodgkin
(LNH), mais comumente cursando com envolvimento nodal. O trato gastrointestinal é o sítio mais comum de envolvimento extra-nodal primário por LNH,
representando cerca de 40%. Dentre estes, o linfoma folicular primário do trato gastrointestinal, entidade rara, representa apenas 1 a 3%. Apresentamos
um relato de caso de linfoma folicular duodenal, patologia relatada pela primeira vez em 1997, debatendo aspectos clínicos, alguns ainda controversos, e
destacando aspectos relevantes para o diagnóstico endoscópico. Trata-se de paciente de 66 anos, submetida à EDA para pesquisa de DRGE, com achado
de pequenas lesões granulares, polipoides, e esbranquiçadas, localizadas na segunda porção duodenal. Submetida à biópsia com imunohistoquímica,
que foi compatível com linfoma folicular duodenal de baixo grau (CD20, CD10 e Bcl-2 positivos). Foi submetida à radioterapia de campo envolvido,
com remissão endoscópica completa. Por tratar-se de patologia de baixa incidência, as condutas referentes aos aspectos fisiopatológicos e terapêuticos
do linfoma folicular duodenal primário ainda são alvo de controvérsias. É fundamental a suspeição e expertise do endoscopista no intuito de buscar seu
diagnóstico, fazendo o diagnóstico diferencial com outras patologias que acometem o intestino delgado, muitas delas benignas.

Clínica Prodigest Ltda.; 2Brasiliense Laboratório de Análises e Pesquisas Clínicas Ltda.; 3Instituto Nacional de Câncer - INCA, Brasília.
1

TL.E.EDA.P.760
LINFOMA GÁSTRICO DE CÉLULAS T COM PERFURAÇÃO BLOQUEADA PELO BAÇO:
RELATO DE CASO
Kengo Toma*, Edson Ide*, Renata Nobre Moura*, Gustavo Luis Rodela Silva*, Elisa Ryoka Baba*,
Mariana Iennaco de Siqueira Campos*, André Luis de Oliveira Novaes*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - O linfoma gástrico primário é responsável por 15% das neoplasias gástricas e 2% dos linfomas, sendo a maioria relacio-
nada à proliferação de linfócitos B. Por outro lado, o linfoma de células T é entidade rara (3-8%), com poucos casos relatados na literatura. As
imunodeficiências, assim como a infecção pelo HTLV-1, são descritas como fatores de risco. Materiais e Métodos - Paciente do sexo feminino, de 47
anos, previamente hígida, realizou endoscopia digestiva alta por episódios de hematêmese, além de perda de peso importante (12 kg em 3 meses). Foi
observada extensa lesão ulceroinfiltrativa, profunda e de bordos irregulares, com áreas de necrose entremeadas por tecido de granulação e fibrina,
estendendo-se desde cárdia e fundo até parede posterior do corpo proximal. No fundo gástrico foi evidenciada perfuração do órgão bloqueada pelo
baço, confirmado posteriormente com tomografia de abdome. Resultados - O resultado do exame anatomopatológico foi compatível com linfoma T
gástrico, com imunohistoquímica positiva para os marcadores CD3, CD4, CD30 e granzima B, com alto índice do Ki67. As sorologias para HIV,
HTLV 1 e 2 foram negativas. Conclusão - O linfoma gástrico do tipo T é patologia rara, de prognóstico ruim, associado ao vírus HTLV-1 em zonas
endêmicas e de distribuição anatômica variável. Geralmente infiltra toda a parede gástrica como no caso descrito acima e, frequentemente, cursa com
metástases linfonodais à distância.

*HCFMUSP, São Paulo.

290 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.761
LIPOMA GIGANTE ESOFÁGICO - RELATO DE CASO
Marcos Eduardo Lera dos Santos*, Thiago Guimarães Vilaça*, Vinicius Leite de Castro*, Gustavo Luis Rodela Silva*,
Sérgio Ueda*, Edson Ide*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - Os lipomas correspondem a 4,1% das lesões benignas do trato gastrointestinal, geralmente são pequenos, sem sintomatologia e
descobertos de forma ocasional. Objetivo - Relatar um caso raro de lipoma esofágico em topografia cervical, de grande tamanho, manifestando-se com
extrusão pela boca. Método - Homem, 79 anos, admitido no HCFMUSP com quadro de disfagia para sólidos associada à sensação de corpo estranho
em hipofaringe há 7 meses. Evolução da disfagia para líquidos nos últimos 2 meses, associada a êmeses ocasionais e à extrusão de corpo estranho pela
boca aos esforços. Negava dispneia ou perda ponderal. Exame Físico - Extrusão de estrutura exofítica de consistência amolecida pela boca aos esforços.
Endoscopia pregressa relatava pólipo esofágico. Exame físico e EDA demonstraram estrutura pediculada aderida à parede posterior da hipofaringe,
sugestivo de lesão benigna esofágica. Resultado - Após diálogo com paciente e familiares, optou-se por ressecção cirúrgica da lesão com anestesia local.
Procedimento consistiu em ligadura do pedículo com fio de nylon seguido por ressecção com eletrocautério. Endoscopia demonstrou ligadura íntegra e
ausência de sangramento ativo. Endoscopia após 3 semanas demonstrava pequena projeção mucosa em parede posterior de esôfago cervical. Paciente
negava disfagia. Anatomopatológico - Lipoma. Conclusão - Lipoma esofágico de grande tamanho, causando sintomas é raro e deve ser lembrado como
diagnóstico diferencial de disfagia.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.762
METAPLASIA INTESTINAL FOCAL EM AMBIENTE GÁSTRICO
Raimundo Célio Pedreira*, Nathália Ferigolo Trevisan*, Maria José Carvalho Souza*, Leonardo Batalha Macedo Rocha*

Resumo - A metaplasia intestinal caracteriza-se por substituição da mucosa gástrica típica, por um epitélio de característica intestinal. Os subtipos
metaplasia intestinal são classicamente três: metaplasia completa ou do intestino delgado, onde estão presentes, criptas retas que são regulares, revestidas
por células absortivas maduras, caliciformes e de Paneth; metaplasia incompleta, constituída por criptas irregulares, revestidas por células caliciformes,
células colunares em vários estágios de maturação e menor número de células de Paneth; metaplasia colônica, composto de poucas células caliciformes
e células colunares imaturas, raramente encontram-se células de Paneth. A Metaplasia Intestinal está associada a duas origens: Helycobacter pylori (H.
pylori) em que após a eliminação do microorganismo pode haver regressão da metaplasia; e a auto-imune (AI), em que o risco de adenocarcinoma é
aumentado. Nesse estudo, o achado macroscópico visualizado na endoscopia digestiva de mucosa de antro gástrico foi edema e enantema de moderada
intensidade associado a relevo mucoso irregular, sendo realizada biópsia para exame histológico com pesquisa direta de H. pylori, o que foi compatível
com o resultado histológico de Metaplasia Intestinal Focal associada ao H. pylori.

*ITPAC Porto, Tocantins.

TL.E.EDA.P.763
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PERORAL (POEM): RELATO DE CASO - MANEJO DE COMPLICAÇÃO -
HEMATOMA SUBMUCOSO
Marcos Ney da Costa Barros*, Marcelo Ferraz Passos*, Karla Christina Lopes Vanderlaars*, Maria Fernanda Cabello Sakabe*,
Eduardo Kutchell de Marco*

Resumo - Introdução - Acalasia é um distúrbio da motilidade do esôfago caracterizado por disfagia secundária ao comprometimento do relaxamento
do esfíncter inferior do esôfago (EIE). Objetivo - relatar complicação decorrente de desvio técnico durante o procedimento, assim como o manejo na
condução do caso. Casuística - Paciente submetido à miotomia endoscópica peroral. Método - Paciente do sexo masculino com 22 anos submetido à
miotomia endoscópica peroral evoluiu com disfagia e dor torácica moderada no 6º PO. O exame endoscópico inicial demonstrou abaulamento da mucosa
no esôfago distal. No 8º PO, após episódio de dor intensa, nova endoscopia mostrou rotura da mucosa no esôfago distal, grande coágulo submucoso
e grande loja mediastinal. Optou-se, inicialmente por passagem de sonda nasoenteral, jejum, antibiótico e inibidor de bomba de prótons. Após 3 dias,
alimentação enteral. O paciente recebeu alta no 7º dia com sonda nasoenteral, removida após 2 semanas. Endoscopias de controle mostraram processo
de cicatrização. A revisão da gravação do procedimento mostrou que a complicação foi decorrente de falha técnica. Resultados - O paciente não apresen-
tou outras complicações e evoluiu com melhora dos sintomas e grande ganho ponderal. Conclusão - Mesmo quando ocorrem falhas técnicas, obtém-se
sucesso terapêutico, desde que as complicações sejam tratadas precocemente, com bom senso e cautela.

*Hospital Samaritano de Sorocaba, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 291


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.764
MORTALIDADE POR HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA EM GOIÁS E NO BRASIL. ESTUDO DE
TENDÊNCIAS
Daniela Medeiros Milhomem CARDOSO1,2, Paula Malagoni Cavalcante Oliveira1, Paula Suzzani Mendonça1,
Americo de Oliveira SILVERIO1,2, José Cristiano RESPLANDE1, Oswaldo Martins da COSTA Neto1

Resumo - Introdução - Diversos estudos têm demonstrado tendências decrescentes de mortalidade por hemorragia digestiva alta (HDA). Há uma
escassez de estudos brasileiros sobre o tema. Objetivos - Investigar e analisar as tendências temporais da mortalidade por HDA em Goiás e no Brasil.
Métodos - Dados secundários sobre mortalidade foram obtidos junto ao DATASUS. Todas as admissões hospitalares por HDA no período de 2008 a
2012 foram avaliadas e as taxas brutas de mortalidade forma calculadas. Os casos foram estratificados em 2 grupos: hemorragia varicosa e não varicosa.
Foi criado um banco de dados e as variáveis foram analisados por gênero e por faixa etária. A análise de tendências foi feita com um modelo de regressão
de Poisson e variações percentuais anuais foram calculadas. Resultados - No período de 2008 a 2012 as taxas de mortalidade por HDA não varicosa e
varicosa aumentaram em Goiás e no Brasil. A mortalidade por HDA não varicosa foi maior nos idosos (p=0,001). Em relação à análise de tendências
temporais, foi observada uma tendência ascendente da mortalidade por HDA varicosa em Goiás e no Brasil, especialmente em pacientes jovens. Em
relação à HDA não varicosa um padrão não uniforme foi identificado. Discussão e Conclusões - Apesar da melhora no manejo da HDA ocorrida nos
últimos anos, as tendências de mortalidade por HDA em Goiás e no Brasil permanecem ascendentes. Os fatores relacionados com essas tendências
permanecem desconhecidos.

Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi, Goiás; 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
1

TL.E.EDA.P.765
MUCOSECTOMIA DUODENAL: RELATO DE CASO
Geraldo Cezário de Lázaro Filho*, Larissa Elias Soares Alves*, Suyanne Maria de Albuquerque Xerez Martins*,
Zilaís Linhares Carneiro Menescal*, Marcellus Henrique Loiola Ponte de Souza*, Miguel Ângelo Nobre-e-Souza*,
Alessandrino Terceiro de Oliveira*

Resumo - Introdução - Em geral, as lesões de intestino delgado são pouco frequentes, apresentando-se com sinais/sintomas variáveis e pouco específicos.
Dessa forma, seu diagnóstico muitas vezes ocorre de forma tardia, com a doença em fase avançada, o que pode comprometer a resposta ao tratamento.
Contudo, em decorrência da maior disponibilidade e realização de exames endoscópicos, tem-se observado um aumento na incidência dessas lesões. Relato
de caso - Paciente do sexo feminino, 59 anos, hipertensa, portadora de doença renal policística e insuficiência renal crônica, dialítica, em uso de Furosemida
e Halopurinol, encaminhada ao serviço de endoscopia do Hospital Universitário Walter Cantídio para avaliação pré-transplante renal. EDA: presença de
lesão polipoide, séssil, em parede ântero-inferior do bulbo, justamente pós-pilórica, medindo 1 cm. Histopatológico: adenoma tubular com displasia de
baixo grau. A paciente foi encaminhada para ressecção endoscópica. Procedimento - Realizada ligadura elástica da lesão, tornando-a pediculada; muco-
sectomia, com alça de polipectomia; inserção de clip hemostático no local da ressecção. A paciente evoluiu satisfatoriamente. Conclusão - Os adenomas
tubulares, apesar de seu baixo potencial de malignização, devem ser ressecados, em decorrência do risco de sangramento ou obstrução intestinal. Quando
indicado, o tratamento endoscópico mostra-se menos invasivo e proporciona menor taxa de complicações quando comparado ao tratamento cirúrgico.

*UFC, Ceará.

TL.E.EDA.P.766
MÚLTIPLOS SARCOMAS DE KAPOSI GÁSTRICOS
Nelson Maeda Machado*, Soraia Maria Féres Maeda*, Marcio Augusto Ferreira*, Marcelo Vasconcellos Angelotti*,
Irio Gonçalves Júnior*, Cléverson Teixeira Soares*, Maurício Chierici Lopes*

Resumo - Introdução - O sarcoma (KS) Kaposi é uma rara forma de cancer que era muito prevalente nos estágios iniciais da AIDS. Ocorreu uma
marcante redução de sua incidência desde a introdução da terapia HAART (highly active antiretroviral therapy). Mesmo assim o SK permanece como
a malignidade mais frequente em paciente com AIDS. O SK primariamente envolve a pele mas também pode acometer órgãos internos. O tipo de trata-
mento a ser empregado depende do envolvimento visceral ou não. Dai a importância da investigação do trato digestivo. Objetivo - Relatar o caso de um
paciente com SK cutâneo e visceral diagnosticado em nosso Serviço. Casuística - Paciente do sexo masculino, RJS, 30 anos, com diagnóstico de AIDS e
SK cutâneo encaminhado para EDA para investigar o comprometimento visceral. Método - Submetido a EDA sob sedação consciente, onde observa-
mos várias lesões avermelhadas, algumas planas, outras sésseis e outras subpediculadas, com tamanho variando entre 5 e 35 mm localizadas em corpo e
fundo gástricos, os demais segmentos examinados não apresentaram alterações. Foram realizadas biópsias das lesões maiores. Resultados - As biópsias
confirmaram o diagnóstico de SK. Sendo o paciente encaminhado ao SMI para o tratamento. Conclusão - Podemos concluir que o SK pode acometer o
estômago com uma aparência endoscópica bastante peculiar.

*HEB, São Paulo.

292 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.767
NEOPLASIA PULMONAR COMPLICADA COM FÍSTULA ESÔFAGO-MEDIASTINAL:
TRATAMENTO COM PRÓTESE METÁLICA
Lubia Bonini Daniel*, Marco Antonio Buch CUNHA*, Renato B. Bello*, Mariana S. V. Frazao*,
Osmar Silvio de Oliveira Garcia*, Ricardo Sato Uemura*, Dayse Aparicio*, Everson L. A. Artifon*

Resumo - Introdução - A fístula de esôfago ocorre em consequência de complicações de tumores, traumas ou processos infecciosos, podendo se comunicar
com a cavidade pleural, mediastino ou árvore brônquica. Uma das formas de tratamento é a colocação de uma prótese metálica esofágica. Objetivo - Apresentar
aspectos clínicos e endoscópicos da fístula esofágica e seu tratamento com prótese metálica Relato de caso - Paciente do sexo feminino, 64 anos, portadora
de neoplasia maligna de pulmão diagnosticada há 2 anos, tendo realizado quimioterapia e radioterapia. Apresentou por 3 semanas tosse produtiva, disp-
neia, febre e disfagia progressiva. Foi então realizada endoscopia onde se evidenciou orifício fistuloso que ocupava mais de 80% da luz esofágica. Devido à
comorbidades e o status performance da paciente, foi optado pela colocação de prótese metálica auto-expansível parcialmente coberta de 90 mm x 22,5 cm
associado à antibioticoterapia. A paciente evoluiu com melhora dos sintomas e da mediastinite e recebendo dieta via oral. Conclusão - A fistula esofágica é
uma complicação rara, porém grave que pode ocorrer nas neoplasias pulmonares avançadas associada à invasão mediastinal. Nesta circunstância a paliação
através da colocação de prótese metálica no esôfago é uma alternativa no tratamento das fístulas esofágicas, podendo levar a uma melhora na qualidade de vida.

*Hospital Ana Costa - Santos - Serviço de Endoscopia Digestiva, São Paulo.

TL.E.EDA.P.768
NOVA ESTRATÉGIA DE RASTREAMENTO DE VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS EM HEPATOPATAS:
ENDOSCOPIA TRANSNASAL SEM SEDAÇÃO
Anderson Antonio de Faria1, Silas de Castro Carvalho1, Vitor Arantes1, Rosangela Starling2

Resumo - Introdução - A endoscopia transnasal (ETN) com endoscópios ultra-finos para fins diagnósticos é rotina na França e no Japão. A vantagem
desta técnica é o menor desconforto, dispensa ndo sedação e reduzindo custos e riscos. Objetivos - Avaliar a factibilidade e eficiência do rastreamento
de varizes esofagogástricas por endoscopia transnasal sem sedação. Casuística e Métodos - Critérios de inclusão: portadores de cirrose hepática ou
hipertensão portal. Exclusão: recusa em participar do estudo, cirurgia nasal, alergia a iodo, coagulopatia. Utilizou-se endoscópio ultra-fino. Preparo:
vasoconstritor nasal e anestesia tópica naso-faríngea. Realizou-se exame com luz branca e cromoendoscopia eletrônica (FICE). As varizes foram classi-
ficadas segundo Beppu e Sarin. Os pacientes foram interrogados quanto à aceitação do exame e a intensidade da dor conforme escala visual analógica.
Resultados - Foram incluídos 11 pacientes, 7 homens, idade: 42 a 61 anos (média 54). A causa mais frequente da hepatopatia foi hepatite C (63%). A
maioria dos pacientes era CHILD A (81%). Em 02 pacientes não foi possível a intubação da narina e o exame foi feito por via oral. Nenhum paciente
teve complicações associadas ao procedimento e a tolerância foi ótima ou boa em todos. Em 03 pacientes foram detectadas varizes. O tempo médio
gasto com o exame foi de 05 minutos. Conclusão - A endoscopia transnasal foi segura e bem tolerada, mostrando-se uma boa opção para rastreamento
de varizes esofagogástricas em hepatopatas.

1
UFMG, Minas Gerais; 2HC-UFMG, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.769
NOVA TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DE PRÓTESE METÁLICA AUTO-EXPANSÍVEL
TOTALMENTE COBERTA NO DUODENO
Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho*, Briane Andrea Vertuan Ferreira*, Juliana Trazzi Rios*,
Renzo Feitosa Ruiz*, Sônia Nadia Fylyk*, Rogério Kuga*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - Paciente do sexo feminino, 49 anos, com diagnóstico de tumor de ovário há 9 anos, quando já apresentava carcinomatose peritoneal. Foi
submetida a tratamento cirúrgico e quimioterápico, com boa resposta. Nos anos seguintes, apresentou novos episódios de recaída da doença, sendo no-
vamente submetida à tratamento cirúrgico e quimioterápico, evoluindo há 2 anos com fístula duodenal. Na ocasião foram realizados novos tratamentos
cirúrgicos para correção da fístula, com drenagem, mas sem sucesso. Encaminhada para nosso serviço, onde foi realizada EDA, observando-se uma
fístula de aproximadamente 12 mm de diâmetro na parede ântero-superior do bulbo duodenal, justa-pilórica. Efetuada passagem do fio-guia e tentativa
de colocação de prótese metálica auto-expansível esofágica totalmente coberta de 25 mm x 12 mm, porém houve dificuldade de progressão pela angulação.
Optou-se pela colocação do stent totalmente aberto sobre o endoscópio, apreendendo-se o fio da extremidade distal da prótese com pinça e levado até a
segunda porção duodenal. A extremidade proximal da prótese foi posicionada um pouco acima do piloro. Paciente evoluiu bem com queda significativa
do débito do dreno peri-fístula duodenal, aceitando bem dieta oral.

*Hospital Alemão Osvaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 293


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.770
O PAPEL DA ENDOSCOPIA NO TRATAMENTO DA FÍSTULA GASTROCUTÂNEA
APÓS GASTRECTOMIA VERTICAL
José Pôncio Leonides*, Patricia de Paulo Rocha Thudor Dragojevic*, Bruno Zilberstain*

Resumo - A gastrectomia vertical (GV) é realizada como opção técnica para cirurgia da obesidade. A fístula gastrocutânea (FG) após GV é uma das
complicações mais graves. A endoscopia (EDA) permite avaliação e terapêutica da FG. A literatura apresenta como métodos terapêuticos: clipe endos-
cópico, cola de fibrina, termocoagulação com argônio, prótese plástica auto expansível e SurgiSIS®. Objetivo - Descrever o emprego da septação gástrica
por via endoscópica como opção de tratamento da FG após GV. Pacientes: foram acompanhadas 2 pacientes (P1 e P2), 33 e 54 anos, respectivamente,
evoluindo com FG no pós-operatório (PO) precoce de GV realizada como cirurgia de resgate após insucesso da Banda Gástrica Ajustável. Método - Pa-
cientes realizaram EDA rotineira no PO com sedação habitual. Após identificação do orifício da FG abaixo da cárdia, com alça diatérmica na potência
máxima da coagulação do bisturi elétrico, foi realizada secção do septo abaixo da FG, fazendo com que resíduos alimentares tivessem seu trajeto desviado
para a FG, em vez da goteira gástrica. Isto foi repetido a cada 10 dias até fechamento do orifício da FG. Resultado - P1 realizou procedimento 3 vezes,
desaparecendo a FG, sem recidiva. P2 está em acompanhamento devido recidiva da FG. Não houve complicações durante ou após os procedimentos.
Conclusão - O tratamento endoscópico da FG após GV é um método endoscópico seguro. Estudos revelam a persistência deste tipo de FG, que exige
várias sessões do tratamento endoscópico proposto.

*Instituto Ziberstain, Endodiagnostic, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.771
PERFURAÇÃO ESOFÁGICA APÓS DILATAÇÃO COM COLOCAÇÃO DE PRÓTESE
Cláudia Zitron*, Camilla Jovita Souza Santos*, Diogo Yoshiriro KOZONOE*

Resumo - Paciente feminina, 85 anos, portadora de neoplasia de esôfago distal e cárdia confirmados por EED e EDA. Foi submetida à dilatação endos-
cópica complicada com perfuração durante o procedimento,tendo sido optado pela colocação de prótese. Realizada TC de Tórax pós-procedimento que
revelou pneumomediastino sem pneumotórax. A paciente permaneceu internada na UTI por 3 dias e evoluiu com deslocamento distal da prótese tendo
sido realizada nova EDA com reposicionamento da prótese e fixação da mesma com clipe metálico. Houve melhora progressiva do pneumomediastino
e a paciente evoluiu com alta hospitalar.

*Hospital A. C. Camargo, São Paulo.

TL.E.EDA.P.772
PÓLIPOS GÁSTRICOS: MANIFESTAÇÃO EXTRAMEDULAR DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
Talita Ribeiro Lino Tedesco1, Gustavo Figueiredo Moraes1, Lilian Machado1, Paulo Antonio Faria2,
Raquel Novaes Fossari1, Edir de Souza PORTO Júnior1, João Gilberto de Sá Jesus1,
Ludmila Andrade Fernandes de Luca1

Resumo - Pólipos Gástricos: Manifestação Extramedular de Leucemia Mielóide Aguda. Relato de caso - Paciente masculino, 35 anos, realizou Endos-
copia Digestiva Alta (EDA) por epigastralgia. Trazia hemograma recente normal. A mucosa gástrica apresentava aspecto normal exceto pela presença de
3 pólipos no corpo gástrico, recobertos por mucosa lisa e avermelhada, o maior media 15 mm. Realizadas polipectomias e estudo histopatológico revelou
infiltração difusa da lâmina própria por células imaturas de linhagem mielóide, positivas para CD4 e LCA, sugerindo tumor mielóide extramedular. Cerca
de 30 dias após a EDA, novo hemograma mostrou leucocitose com células blásticas. Aspirado de medula óssea confirmou o diagnóstico de Leucemia
Mielóide Aguda (LMA). Discussão - O acometimento do estômago por neoplasias hematológicas é muito descrito nos linfomas mas o envolvimento
extramedular é incomum na LMA. As poucas descrições de acometimento gástrico nesta doença são de lesões infiltrativas difusas. Até onde temos
conhecimento, este é o primeiro caso descrito de apresentação da LMA na forma de pólipos gástricos isolados. É possível que o diagnóstico precoce da
neoplasia pela EDA, antes da sua apresentação sintomática, justifique este achado. Conclusão - O caso descrito relata o envolvimento gástrico precoce
na LMA, na forma de pólipos, sem infiltração evidente da mucosa adjacente. Trata-se de uma descrição pioneira deste tipo de manifestação, rara dentro
do espectro de acometimento extramedular da LMA.

HFAG; 2INCA, Rio de Janeiro.


1

294 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.773
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS EM PACIENTES COM SUSPEITA DE DOENÇA
CELÍACA E DUODENO DE ASPECTO ENDOSCÓPICO NORMAL
Manoel Carlos de Brito Cardoso1, Guilherme Campagnaro1, Diogo Luiz Wendhausen2, Kátia Lopes Marghoti2,
Gigliolle Romancini de Souza2, Giliana Spilere Peruchi2, Cíntia Manzoni2, Sara Silva Xavier de BRITO2

Resumo - Introdução - A doença celíaca se caracteriza por processo inflamatório da mucosa do intestino delgado devido à intolerância ao glúten.
As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas até quadros disabsortivos graves. Há discordâncias entre sorologia, clínica e histologia,
dificultando o diagnóstico. A biópsia duodenal, sendo padrão-ouro, é uma ferramenta crucial para o diagnóstico definitivo. Objetivo - Avaliar achados
histológicos das biópsias duodenais e correlacioná-los com os aspectos endoscópicos dos pacientes de uma clínica privada de Criciúma - SC. Casuística
- Foi realizado um estudo de série de casos retrospectivo com os resultados de 494 pacientes submetidos à biópsia duodenal no período de 2011 a 2012.
Método - A partir dos prontuários dos pacientes procedeu-se a análise da relação entre a alteração do índice de Marsh com a presença de alterações
duodenais descritas nos laudos endoscópicos, através da interpretação do coeficiente de Kramer, p<0,01. Resultados - Em 82 (16,59%) pacientes houve
alteração do Marsh; destes, 66 (80,49%) apresentaram alteração do índice sem achados durante a endoscopia. Conclusão - Nesta análise, observamos
que as alterações histológicas podem estar presentes mesmo com exame endoscópico normal, justificando, assim, a necessidade das biópsias duodenais
diante da suspeita clínica de doença celíaca.

1
Clinigastro; 2UNESC, Santa Catarina.

TL.E.EDA.P.774
PREVALÊNCIA DE CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES HIV POSITIVOS SUBMETIDOS À ENDOSCOPIA
DIGESTIVA ALTA
Carolina Casé Cardoso MATIAS1, Annanda Carolina de Araujo Martins1, Anne Caroline Amorim BATISTA1, Natalia Arruda COIMBRA1,
Keila Regina Matos CANTANHEDE1, Lorena mariana de Araujo Martins1, Samuel de Sousa GREGORIO2

Resumo - Introdução - O citomegalovírus (CMV) é um patógeno importante em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
O CMV continua sendo um dos agentes oportunistas mais comuns em pacientes com infecção avançada pelo vírus da imunodeficiência (HIV), sendo um
dos grandes causadores de morbidade e mortalidade nesses pacientes. Objetivo - Determinar a prevalência de Citomegalovírus em pacientes HIV positivos
submetidos à endoscopia em um Serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora Bello. Método - Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospec-
tivo em que foram analisados 81 laudos de pacientes HIV+ procedentes do Hospital Presidente Vargas submetidos à EDA no serviço de Endoscopia do
Hospital Aldenora Bello no período de novembro de 2011 à março de 2013. Foram avaliadas as seguintes variáveis: sexo, idade e achado endoscópico
encontrado. Resultados - 81 pacientes foram submetidos à EDA, sendo que 3 apresentaram citomegalovírus, revelando uma prevalência de 3,7%, sendo
que 1 era do sexo masculino e 2 eram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou entre 29 e 49 anos com média de 42 anos. Conclusão - A endoscopia
contribui para o diagnóstico precoce do Citomegalovírus em pacientes infectados pelo HIV o que é fundamental para o tratamento imediato, melhorando
a sua qualidade de vida e a sobrevida, uma vez que a introdução da terapia anti-CMV diminui as complicações pela infecção.

1
Ceuma; 2Socorrao I, Maranhão.

TL.E.EDA.P.775
PREVALÊNCIA DE GASTRITE EM PACIENTES HIV POSITIVOS SUBMETIDOS À ENDOSCOPIA
DIGESTIVA ALTA
Carolina Casé Cardoso MATIAS*, Annanda Carolina de Araujo Martins*, Anne Caroline Amorim BATISTA*,
Keila Regina Matos CANTANHEDE*

Resumo - Introdução - Desde o início da epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), tem sido observada em pacientes em
estágio avançado desta afecção, uma diversidade de doenças que não são comuns em pacientes imunocompetentes.No que diz respeito ao trato digestivo
alto, ressaltam-se algumas infecções oportunistas e neoplasias que definem o estágio Sida dessa infecção, como candidíase esofágica, citomegalovirose e
sarcoma de Kaposi. Além destas, há outras enfermidades, e entre elas se encontram as gastrites que geralmente são decorrentes da infecção pelo Helico-
bacter pylori. Objetivo - Avaliar a prevalência de gastrite em pacientes com HIV/Sida procedentes do Hospital Presidentes Vargas submetidos à Endos-
copia Digestiva Alta no Hospital Aldenora Bello. Métodos - Foram estudados 81 laudos de pacientes HIV+ procedentes do Hospital Presidente Vargas
submetidos à EDA no serviço de Endoscopia do Hospital Aldenora Bello no período de novembro de 2011 à março de 2013. Dos laudos foram avaliadas
as seguintes variáveis: sexo, idade e achado endoscópico encontrado. Resultados - 81 pacientes foram submetidos à EDA, sendo que 67 apresentaram
Gastrite, revelando uma prevalência de 82,71%, sendo que 45 eram do sexo masculino e 22 eram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou entre
15 E 51 anos com média de 31 anos. Conclusão - A prevalência de gastrite em pacientes HIV positivos foi elevada.

*Ceuma, Maranhão.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 295


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.776
PREVALÊNCIA DO TESTE DA UREASE POSITIVO EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO ENDOSCÓPICO
DE GASTRITE EROSIVA
Rafael Soares de Oliveira1, Hester Mariane Oliveira Pestana Bevilaqua1, Carolina Vieira de Faria1, Daiane Malheiros Souza2,
Raquel Rezende Mendes3, Flávio Andriolo Mendes3, Djalma Rabelo Ricardo4, João Marcos Rezende Mendes3

Resumo - Introdução - O Helicobacter pylori (HP) é uma bactéria Gram negativa que coloniza a mucosa gástrica. Ela produz fatores que danificam
o epitélio gástrico e a urease, esta neutraliza o meio ácido gástrico permitindo sua sobrevivência no estômago. Objetivo - Analisar retrospectivamente a
prevalência do teste de urease (TU) positivo em pacientes com diagnóstico endoscópico de gastrite erosiva e sua associação com a localização da mesma.
Casuística - Através de um estudo retrospectivo foram analisadas 1840 endoscopias digestiva alta, no período de Junho de 1994 a Abril de 2008, realizadas
por especialistas do Instituto Andriolo Mendes Aparelho Digestivo (IAMAD), que deram seus laudos de acordo com o observado durante os exames
e de biópsia única, pré-pilórica para TU. Método - Os resultados foram organizados em tabelas e o valor referido foi alocado no programa Premium na
função qui-quadrado (p<0,05) além de porcentagem. Resultados - Observamos que a maioria dos diagnósticos de gastrite erosiva era do antro, e que
poucos casos eram de outras regiões. Em relação à intensidade da gastrite verificamos estatisticamente que não há relação entre a intensidade da gastrite
erosiva e o HP, conforme relatado em outros estudos. Conclusão - De acordo com a literatura mundial vigente, verificamos que a presença do HP não
influencia no diagnóstico, localização e/ou na intensidade da gastrite erosiva.

HRJP; 2UFTM; 3IAMAD; 4SUPREMA, Minas Gerais.


1

TL.E.EDA.P.777
PRÓTESE DENTÁRIA IMPACTADA NO ESÔFAGO HÁ TRÊS ANOS: REMOÇÃO ENDOSCÓPICA
Germano Coutinho de Souza Germino*, Bruno Bezerra Vieira*, José Tarcísio Dias da Silva*, Roberto José da Costa Lustosa*,
Suênia Tavares de Machado França*, Renata Carvalho de Miranda Chaves*, Marcos Paulo Gomes de Mattos*,
Gustavo José Carneiro Leão Filho*

Resumo - Introdução - A impactação de corpo estranho (CE) no trato digestório alto é a segunda causa mais frequente de emergência endoscó-
pica. A maioria dos CE (80-90%) é eliminada espontaneamente após progressão distal, havendo impactação em apenas 10-20% dos casos, os quais
necessitarão de tratamento endoscópico. Objetivo - Relatar caso de remoção endoscópica (RE) de prótese dentária impactada no esôfago há três
anos. Casuística - Paciente sexo masculino, 35 anos, relata ingestão acidental de prótese dentária há três anos. Endoscopia (EDA): retração cicatricial,
formação pseudo-diverticular em paredes anterior e posterior do órgão e prótese dentária impactada no esôfago a 20 cm da arcada dentária superior.
Tomografia computadorizada: dilatação esofágica no segmento proximal do órgão (T2-T3), com imagem sugerindo CE medindo 3 cm de extensão.
CE em íntima relação com tronco braquiocefálico. Resultado - EDA realizada em paciente sob anestesia geral. Um over tube foi introduzido e o CE
foi removido, ocasionando laceração de mucosa com cerca de 1 cm. Dois clips hemostáticos foram aplicados sem mais complicações. Realizada an-
tibioticoprofilaxia, alimentação por sonda nasoenteral, com progressão para dieta líquida oral no segundo dia após procedimento. Paciente recebeu
alta hospitalar após 3 dias de internação sem intercorrências. Conclusão - Embora haja riscos, a RE de corpo estranho impactado no esôfago pode
ser segura, se precauções forem tomadas.

*IMIP, Pernambuco.

TL.E.EDA.P.778
PSEUDODIVERTICULOSE ESOFÁGICA INTRAMURAL (PDEI): RELATO DE 15 CASOS
Ludimilla Malvão*, Paula Lopes*, Cindy Granados*, Marcela Rosa*, Simone Guaraldi*, Gustavo Mello*,
Theresa Ribeiro*, Maria Aparecida Ferreira*

Resumo - Introdução - A PDEI é uma condição rara, de etiologia desconhecida, caracterizada por múltiplas formações saculares na parede esofágica.
Objetivo - Descrever 15 casos de PDEI em pacientes com câncer. Resultados - De 35.425 endoscopias digestivas altas realizadas entre Jan/1999 e Jun/2013,
a prevalência da PDEI foi 0,04%. A mediana da idade foi 64 anos, com prevalência em mulheres (64,30%). O sintoma mais frequente foi a disfagia. Houve
envolvimento segmentar ou difuso do esôfago. Outros achados endoscópicos foram: esôfago de Barrett, varizes esofágicas, esofagites cáustica, péptica ou
por Candida, anel de Schatzki, gastrectomia parcial, estenose esofágica benigna, hérnia hiatal, gastrite e úlcera gástrica. As neoplasias malignas observa-
das foram: câncer de laringe, hipofaringe, mama, gástrico, colorretal e um caso de carcinoma epidermoide do esôfago (CEC). Discussão - A PDEI é um
achado incidental (0,15%) em esofagografias e seu diagnóstico endoscópico é incomum. Em nossa sessão, registramos prevalência de 0,04% em pacientes
com câncer. A patogênese da PDEI ainda não foi esclarecida, mas a histopatologia mostra dilatação anormal dos ductos excretores das glândulas submu-
cosas, provavelmente secundária a um processo inflamatório crônico. Na literatura, observa-se associação com diabetes, candidíase, DRGE e alcoolismo.
Embora tenha sido sugerida a relação entre PDEI e CEC, nossos achados não demonstram a associação desta desordem com neoplasias malignas.

* Hospital do Câncer I/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

296 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.779
PSEUDODIVERTICULOSE ESOFÁGICA INTRAMURAL: UM ACHADO ENDOSCÓPICO RARO
Luciana Lopes de Oliveira*, Thiago Guimarães Vilaça*, Fred Olavo Carneiro*, Edgar Mora Chavez*, Elisa Ryoka Baba*,
Dalton Marques Chaves*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - A pseudodiverticulose intramural esofágica (PIE) é uma condição rara e consiste de pequenas evaginações saculares na parede esofá-
gica, vistas à EDA como múltiplos pequenos óstios diverticulares. A patogênese é desconhecida e está associada a condições inflamatórias crônicas
e distúrbios motores, como Diabetes mellitus, etilismo, candidíase, DRGE, acalásia. Relato de caso - OMD, sexo feminino, 76 anos, diabética, com
disfagia progressiva para sólidos há 4 anos. A EDA evidenciou estenose esofágica proximal e múltiplos pequenos orifícios, entre 2 e 4 mm de diâmetro,
alguns preenchidos por grânulos esbranquiçados, cuja biópsia confirmou infecção fúngica. O achado endoscópico típico permitiu o diagnóstico de
PIE associada à esofagite por Candida e estenose proximal. A paciente foi submetida à dilatação endoscópica e recebeu antifúngico oral com melhora
significativa da disfagia. Discussão - A disfagia é o sintoma predominante da PIE e pode estar associada a estenoses em 80-90% dos casos. Apesar do
achado típico, a endoscopia permite a visualização direta dos óstios diverticulares em apenas 20% dos casos e as biópsias são inconclusivas, pois são
lesões intramurais. O esofagograma é o método diagnóstico mais sensível e a tomografia mostra espessamento difuso da parede esofágica associada
à presença de gás intramural. O tratamento consiste no manejo das condições de base e visa o alívio dos sintomas, visto que não há regressão dos
pseudodivertículos.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.780
PSEUDOMELANOSE DUODENAL - RELATO DE SÉRIE DE CASOS
Magna Oliveira Ferreira*, Paulo Cezar Marques Périssé*, Leandro de Vasconcellos Marchi*, Luís Gustavo Santos Périssé*

Resumo - Introdução - Pseudomelanose duodenal (PD) é uma condição rara, benigna, de etiologia indefinida, caracterizada à endoscopia por ponti-
lhados escuros na mucosa duodenal. Tem forte associação com a insuficiência renal, hipertensão arterial, diabetes mellitus e uso de determinadas medi-
cações. Microscopicamente há deposição de pigmentos heterogêneos, principalmente o sulfeto de ferro (FeS), no citoplasma dos macrófagos da lâmina
própria e postula-se que este pigmento represente uma forma de ferro armazenado devido a um metabolismo prejudicado. Objetivo - Relatar os casos e
correlacioná-los com a histoquímica (coloração pelo Perls) e laboratório através da Hg (g/dl), Fe (ug/dl) e ferritina (ng/ml). Resultados - Apresentamos
cinco pacientes com o diagnóstico endoscópico e histológico de PD. Todas são mulheres com idade entre 65 e 74 anos, portadoras de doenças crônicas
e em uso de antihipertensivos. Os dados laboratoriais: caso1-Hg 13,6/Fe 93/Ferritina 274,6; caso2-Hg 12,6/Fe 84/Ferritina 140,9; caso3-Hg 12,5/Fe 74/
Ferritina 246,3; caso 4-Hg 11,8/Fe 111/Ferritina 435,1; caso5-Hg 10,5/Fe 18/Ferritina 138,4. A histoquímica na coloração pelo Perls, revelou-se positiva
para o pigmento férrico em todas as amostras. Entretanto, a ferritina foi elevada em apenas um caso. Conclusão - Este estudo não permite afirmar sobre
a relação entre o pigmento que se acumula nos macrófagos e a alteração no metabolismo do ferro. Nenhuma recomendação de seguimento ou terapia
quelante é proposta na literatura.

*HUGG-UNIRIO, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.781
RELATO DE CASO: DOENÇA CELÍACA (DC) COM ASSOCIAÇÃO DE PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA
IDIOPÁTICA (PTI)
Mauro Willemann Bonatto1, Gabriel da Rocha Bonatto2, Leticia Alcântara2, Icaro B. S. Lopes1,
Carolyne Done da Silva Santos3, Ivan Roberto Bonotto Orso3, Carlos Alberto de Carvalho3,
Ricardo Shigueo Tsuchiya1

Resumo - Introdução - A doença celíaca (DC) é uma enfermidade autoimune, deflagrada e mantida pelo glúten em pessoas geneticamente e predispostas.
Pode estar relacionada a outras enfermidades autoimunes, como artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto entre outras. A associação com trombocito-
penia, por sua vez é considerada rara. Objetivos - Relatar o caso de diagnóstico e associação da doença celíaca com Púrpura Trombocitopênica Idiopática
(PTI). Metodologia - Estudo de caso clínico. Relato de caso - Paciente AGS, feminino, 24 anos, casada. História patológica pregressa, hipotireoidismo,
AP, diarreias e cólicas intermitentes desde a infância. Ao exame físico - bom estado geral, IMC de 26 kg/m2, petéquias difusamente. Foi internada para
tratamento dos sintomas agudos de náuseas vômitos diarreia e petéquia, sendo solicitados Exames laboratoriais - Antiendomísio e antitransglutaminase
IgA, Endoscopia digestiva alta (EDA) onde foi diagnosticada DC. Iniciou dieta sem glúten, antieméticos e IBP (inibidor de bomba de próton). As pla-
quetas se elevaram de 173 000/mm3 para 229000/mm3, houve melhora clínica e remissão das petéquias. Conclusão - Importância do diagnóstico da DC
em paciente submetida à EDA para diagnóstico de dispepsia e diarreia intermitente associado com PTI que teve remissão com dieta isenta de glúten.

1
UNIOESTE; 2UNIPLAC; 3Gastroclínica Cascavel, Santa Catariana.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 297


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.782
RELATO DE CASO: DOIS CASOS DE PRÓTESE ESOFÁGICA FIXADO COM ENDOCLIP
Diogo Yoshihiro KOZONOE*, Alvaro Moura SERAPHIM*, Claudia Zitron SZTOKFISZ*, Adriane Graicer PELOSOF*,
Robson Kiyoshi ISHIDA*, Felipe Alves RETES*, Camilla Jovita Souza SANTOS*, Igor Antunes MARCHETTI*

Resumo - Introdução - A prótese metálica autoexpansiva recoberta é comumente utilizada para o tratamento de fístulas esofágicas e também de perfu-
rações. Uma das complicações da utilização da mesma por ser recoberta é a possibilidade de migração. Objetivo - Apresentação de dois casos de uso de
próteses esofágicas autoexpansivas colocadas, uma para tratamento de perfuração pós-dilatação, onde esta prótese migrou e foi reposicionada, e outra
para tratamento de fístula esofagobrônquica pós-tratamento radioterápico de neoplasia de mediastino. Foram usadas próteses metálicas autoexpansivas,
recobertas e realizada fixação das mesmas com clip endoscópicos para evitar migração. Casuística - Alguns casos anteriores no serviço, estas próteses
tinham sido utilizadas com dois casos recentes de migração, sendo desde então, optado por colocação de clip endoscópico. Foram realizada colocação
de clip endoscópico nos dois casos relatados. Método - Foi colocado um clip endoscópico, fixando a extremidade superior da prótese a mucosa do esô-
fago e realizado controle radiológico no primeiro e sétimo dia sem evidencia de migração. Resultados - Nestes dois casos não observamos complicações
do procedimento nem migração da prótese. Conclusão - A colocação de clip endoscópico pode ser uma alternativa para evitar a migração das próteses
esofágicas recobertas.

*Hospital A. C. Camargo, São Paulo.

TL.E.EDA.P.783
RELATO DE CASO: PRESENÇA DE DOIS PÂNCREAS ECTÓPICOS EM MUCOSA GÁSTRICA
Sabrina Souza Araujo*, Roberta Nogueira de Sá*

Resumo - Relato de caso - A. G. O., sexo feminino, 62 anos, submetida à endoscopia Digestiva Alta por azia, pirose e regurgitação. No antro gástrico,
em correspondência com a curvatura maior, foram observadas duas lesões elevadas, sésseis, recobertas por mucosa semelhante á adjacente, medindo entre
8 e 10 mm, com umbilicação central e macias ao toque da pinça. Restante do estômago com pangastrite endoscópica enantematosa leve, com erosões
elevadas no antro e esofagite erosiva leve (grau A de Los Angeles) associada a pequena hérnia hiatal. Discussão - A heterotopia de mucosa pancreática ou
pâncreas ectópico é uma lesão comum e seu aspecto endoscópico é característico, como descrito acima. Não há recomendação formal de ecoendoscopia
ou de biópsias dirigidas para o seu diagnóstico, pois o aspecto endoscópico possui alta sensibilidade. O objetivo do relato deste caso foi demonstrar a
presença de duas lesões na mesma paciente, o que é bastante incomum e nunca visto nessa instituição ou em outras referências.

*Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.784
RESSECÇÃO DE FIBROLIPOMA COM ALÇA DIATÉRMICA - RELATO DE CASO
Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Elisa Ryoka Baba*, André Luis de Oliveira Novaes*, Felipe Machado Oliveira Albino*,
Kengo Toma*, Carolina Eliane Reina-Forster*, Luciana Lopes de Oliveira*,
Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - Os lipomas gastrointestinais são normalmente encontrados na 5ª ou 6ª década de vida principalmente no cólon, íleo e jejuno.
O lipoma gástrico é raramente encontrado, representando menos de 1% de todos os tumores gástricos. Relato de caso - Sexo feminino, 52 anos, com
história de dispepsia e perda ponderal de 3 kg, com antecedente de hemorragia digestiva alta há 7 meses. EDA: Lesão elevada pediculada em parede
anterior de corpo proximal, de aspecto subepitelial, com superfície íntegra, medindo cerca de 2 cm. AP: Erosão reparada em mucosa fúndica. Ecoen-
doscopia: Lesão hiperecoica de submucosa gástrica. Realizada exérese total da lesão com uso de alça diatérmica. AP: Lesão fibroelástica com áreas
de tecido adiposo e Imunohistoquímica: CD34 e Proteína S 100 positivos, compatível com fibrolipoma. Discussão - Os lipomas gástricos geralmente
são assintomáticos e localizados na submucosa em 90% dos casos, por isso sua biópsia não é representativa. Quando maiores de 2 cm são propensos
a causar hemorragia, dispepsia, obstrução e dor abdominal. Microscopicamente são constituídos por tecido adiposo bem diferenciado com uma
cápsula fibrosa. O tratamento deve ser realizado quando sintomático. Conclusão - Apesar de serem raros, lipomas gástricos devem ser considerados
como diagnóstico diferencial na avaliação das lesões subepiteliais. Eles devem ser ressecados quando sintomáticos, sendo o tratamento endoscópico
uma terapia segura e disponível.

*Hospital das Clínicas - FMUSP, São Paulo.

298 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.785
RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE PÓLIPO INFLAMATÓRIO FIBROIDE DE ANTRO: RELATO DE CASO
Alana Costa Borges*, Leonardo José Sales da COSTA*, Stella Maria Torres Furlani*, Patrícia Gadelha Rattacaso*,
Marcus Valerius Rattacaso*, Daniel de Paula Pessoa*, Ricardo Rangel De Paula Pessoa*,
Francisco Paulo Ponte Prado Júnior*

Resumo - Introdução - Os pólipos gástricos são relativamente comuns. Entretanto, o pólipo inflamatório fibroide é lesão não neoplásica rara, em
geral subpediculada e recoberta por mucosa normal, em antro pré-pilórico, caracterizado, ao estudo histopatológico, por infiltrado inflamatório rico em
eosinófilos. As lesões maiores que 10 mm podem cursar com depressão ou ulceração no ápice. Sua etiologia é desconhecida, especula-se ser reacional-
-inflamatória. O tratamento recomendado é a ressecção com alça, após avaliação com ecoendoscopia. Objetivo - Apresentar uma ressecção endoscópica
de pólipo inflamatório fibroide de antro. Relato de caso - MSCF, feminino, 42 anos, com história prévia de melena e com diagnóstico endoscópico de
lesão polipoide ulcerada com sinais de sangramento recente. Após aproximadamente um mês, foi encaminhada para ressecção endoscópica em hospital
terciário. Durante esofagogastroduodenoscopia, observou-se lesão elevada polipoide subpediculada com pequena erosão central, em grande curvatura
de antro, medindo aproximadamente 1.5cm. Ecoendoscopia descartou tratar-se de pâncreas ectópico. Realizou-se então polipectomia com alça diatér-
mica sem intercorrências. Histopatológico revelou reatividade foveolar, infiltrado inflamatório leve com presença de eosinófilos, concluindo tratar-se de
pólipo inflamatório fibroide. Conclusão - O pólipo inflamatório fibroide é entidade benigna e rara, por vezes faz diagnóstico diferencial com pâncreas
ectópico. Deve ser ressecado.

*HGCC, Ceará.

TL.E.EDA.P.786
RETIRADA DE CORPO ESTRANHO (TÓXICO) VIA ENDOSCÓPICA - ACHADO INCIDENTAL DE
PÂNCREAS ECTÓPICO
Walmar Kerche de Oliveira*, Maria Aparecida COELHO de Arruda Henry*, Gustavo de Nardi Marçal*,
Mauro Masson Lerco*

Resumo - A ingestão de corpos estranhos ocorre na maioria das vezes de forma acidental e mais comumente em crianças. Com o aumento da crimi-
nalidade temos observado casos de ingestão proposital de tóxicos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de ingestão de vários pacotes de crack por
um adolescente que durante o exame observamos um pâncreas ectópico. Um adolescente de 16 anos foi encaminhado ao serviço de emergência devido
a suspeita de ingestão de tóxicos para escapar do flagrante. Após anamnese e explicação dos riscos de uma overdose o adolescente confirmou a ingestão
de vários pacotes de crack. O paciente foi submetido à endoscopia onde observamos três pacotes pequenos e um pacote grande que posteriormente
descobrimos que se tratava de dez pedras de crack juntas. Todos os pacotes foram retirados, sem intercorrências, com auxílio de uma pinça para retirada
de corpo estranho que consiste numa alça de polipectomia com uma bolsa acoplada que utilizamos para a retirada de corpo estranho com segurança e
sem risco de ruptura do corpo estranho para evitar a absorção do tóxico pelo paciente. Durante o exame observamos a presença de pâncreas ectópico no
antro gástrico. O paciente recebeu alta hospitalar após a recuperação da sedação, sendo encaminhado à delegacia de polícia. Conclui-se que a endoscopia
digestiva alta é fundamental para tratar casos de ingestão de corpo estranho acidental ou proposital, incluindo tóxicos, através de material adequado,
associado à experiência médica.

*UNESP, São Paulo.

TL.E.EDA.P.787
SARCOMA DE KAPOSI GASTROINTESTINAL EM PACIENTE COM HIV, HHV-8, HBV E SÍFILIS:
RELATO DE CASO
Talles Bazeia Lima*, Gustavo Hideki Kawanami*, Ana Carolina Rodrigues*, Fabiola Guimarães Assad*,
Adriano Visconti Facchin*, Bianca Elisabete Fioruci*, Maria Carolina Ursulino Buratto Franco*, Irio Gonçalves Junior*

Resumo - Introdução - Sarcoma de Kaposi (SK), tumor vascular de baixo grau associado ao herpes vírus humano 8 (HHV-8), ainda é o câncer mais
comum em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Sua forma visceral está associada a pior prognóstico. Pode acometer qualquer
parte do trato gastrointestinal, com sintomatologia inespecífica, sendo a endoscopia uma importante ferramenta diagnóstica. Relato de caso - Homem
de 29 anos com queixa de dor abdominal, vômitos e emagrecimento de 20 kg em 2 meses. Apresentava sorologia positiva pra vírus da imunodeficiência
humana (HIV), hepatite B (HBV) e sífilis. Endoscopia digestiva alta evidenciou lesões compatíveis com SK, do esôfago ao duodeno, além de úlceras por
citomegalovírus. Estudo imunohistoquímico foi positivo para HHV-8. Conclusão - Apesar da terapia anti-retroviral contribuir pra redução significativa
da incidência desta neoplasia, as hipóteses de SK visceral, bem como de lesões por agentes oportunistas, devem ser consideradas em infectados pelo HIV
com sintomas gastrointestinais persistentes. Devemos ainda atentar para possíveis co-infecções virais ou bacterianas nestes pacientes.

*Hospital Estadual de Bauru - HEB, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 299


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.788
TRATAMENTO DA ECTASIA VASCULAR GÁSTRICA POR ARGÔNIOTERAPIA
(ARGÔNIO PLASMA COAGULAÇÃO)
Germana Jardim Marquez1, André Rezek Rodrigues1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1,
Aluisio José Tavares Pinheiro2, Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2, Juliano Servato Oliveira2, Manoel Lemes da Silva Neto2

Resumo - Introdução - Ectasia vascular gástrica (GAVE) é uma causa incomum, porém grave de hemorragia digestiva alta (HDA), 4% dos casos de HDA
não varicosa. O diagnóstico é pela endoscopia que visualiza red spots a partir do piloro. Dispõe-se de forma organizada ou difusa, também chamado de
Watermelon Gastric Lesions (WGL), patognomônico desta doença. Objetivo - Relatar o tratamento da GAVE pela argônioterapia. Relato de caso - MJ, sexo
feminino, 68 anos, portadora de doença de Von Willembrand, com melena e hemotransfusões repetidas há 10 meses. A endoscopia digestiva alta (EDA)
diagnosticou WGL. Após discussão clínica sobre risco cirúrgico, optou-se pelo tratamento da argônioterapia. Em 9 meses realizou-se 5 sessões de argônio-
terapia, com apenas um episódio de HDA. Paciente apresentou melhora clínica e endoscópica. Discussão - O tratamento da GAVE pode ser dividido em
três modalidades. A terapia medicamentosa, não é rotineira e de resposta clínica pouco satisfatória. Antrectomia de resultados satisfatórios, sem recorrência
do sangramento, com índices significantes de mortalidade. Terapia endoscópica tem melhor abordagem para esses pacientes. Laserterapia muito utiliza-
da, mas de alto custo e altos índices de perfuração pela úlcera gástrica pós-tratamento. A argônio plasma coagulação (APC) com bons resultados é mais
acessível e de baixas complicações. Conclusão - A APC eficaz em 90 a 100% dos casos de GAVE, hoje tratamento de primeira linha, melhorou e reduziu as
hemotransfusões da paciente.

Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.


1

TL.E.EDA.P.789
TRATAMENTO DE DEISCÊNCIA TOTAL DE ANASTOMOSE ESÔFAGO-JEJUNAL COM PRÓTESE
AUTOEXPANSÍVEL - RELATO DE CASO
Marcos Ney da Costa Barros*, Eduardo Kutchell de Marco*, Marcelo Ferraz Passos*, Maria Fernanda Cabello Sakabe*,
Gilson Davi de Lima Stevão*, Karla Christina Lopes Vanderlaars*

Resumo - Introdução - A colocação de próteses higroexpansíveis por via endoscópica é uma opção nas deiscências de anastomose, permitindo tamponar
o local até a completa cicatrização. Objetivo - Relatar o caso de paciente submetido à degastrogastrectomia total que evoluiu com deiscência total da
sutura no pós-operatório. Casuística - J.A.C., masculino, 70 anos, submetido à degastrogastrectomia total evoluindo com complicação pós-operatória.
Método - paciente encaminhado para endoscopia digestiva alta (EDA) no 8º PO de degastrogastrectomia total com reconstrução Y-de-Roux para
avaliação devido a derrame pleural à direita com drenagem de liquido entérico. Neste exame foi constatada deiscência completa da anastomose, com
desinserção do esôfago distal do coto jejunal fixo, distanciado cerca de 2,0 cm, com exposição do mediastino. Cirurgias de revisão associam-se a elevada
taxa de complicações. Optou-se pela colocação de prótese esofágica autoexpansível totalmente recoberta. EDA realizada 2 dias após mostrou migração
distal de prótese, tendo sido esta reposicionada, alocado sonda nasoenteral (SNE). O paciente manteve-se assintomático, tolerando bem a dieta por SNE.
Resultado - Alta no 25º PO com aceitação de dieta via oral. Conclusão - O tratamento endoscópico das deiscências de suturas gastrointestinais através
da colocação temporária de próteses intraluminais revolucionou a terapêutica de uma complicação tão temível.

*Hospital Samaritano de Sorocaba, São Paulo.

TL.E.EDA.P.790
TRATAMENTO DE FÍSTULA GÁSTRICA APÓS GASTROPLASTIA REDUTORA COM PRÓTESE
METÁLICA AUTO-EXPANSÍVEL
Marco Antonio Buch CUNHA*, Lubia Bonini Daniel*, Gabriel Marques Favaro*, Tiago Franco Vilela Filho*,
Carlos K. Furuya Junior*, Ricardo Sato Uemura*, Luciana C. Aun*, Everson L. A. Artifon*

Resumo - Introdução - A gastroplastia redutora para tratamento da obesidade tem sido cada vez mais indicada e, com isso a incidência de complicações
vem aumentando. A fístula gástrica pode ocorrer como consequência de isquemia do coto gástrico, levando a um aumento da morbimortalidade. Em
pacientes com fístulas agudas (< 30 dias) o tratamento com prótese metálica auto-expansível totalmente coberta é a melhor escolha. Objetivo - Apresentar
aspectos clínicos e endoscópicos da fístula gástrica e seu tratamento com prótese metálica auto-expansível totalmente coberta. Relato de caso - Paciente
de 56 anos, sexo feminino, portadora de obesidade mórbida, foi submetida à cirurgia de gastroplastia redutora com reconstrução em Y-de-Roux. Evoluiu
no 5º PO com fístula gástrica. Realizada endoscopia que evidenciou estenose de anastomose gastrojejunal. Inicialmente, foram realizadas duas sessões
de dilatação da estenose com balão CRE de 12-15 mm. Apesar da diminuição do débito da fístula, foi optado pela passagem de prótese metálica auto-
-expansível totalmente coberta de 9.0mm x 22,5cm no 10º PO. Após dois dias da passagem da prótese, a paciente recebeu dieta via oral e alta. Retornou
após 30 dias para retirada da prótese e revisão endoscópica que demonstrou o fechamento da fístula. Conclusão - As fístulas esofágicas após cirurgias
bariátricas não são incomuns e a colocação de prótese metálica auto-expansível totalmente coberta tem demonstrado bons resultados.

*Hospital Ana Costa - Serviço de Endoscopia Digestiva, São Paulo.

300 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.791
TRATAMENTO DE FÍSTULA PÓS DIVERTICULECTOMIA COM PRÓTESE SEMICOBERTA METÁLICA
AUTO-EXPANSÍVEL (SEMS) - RELATO DE CASO
Paulo Cezar Marques Périssé*, Luís Gustavo Santos Périssé*, Kelson Ferreira Ribeiro*, Ricardo Maggessi*,
Marina Xavier Nabuco de Araujo*, Celso Bernardo Junior*

Resumo - Introdução - Fístula esofágica pós-operatória pode ser um evento devastador. Terapia tradicional muitas vezes consiste em reparo cirúrgico.
Este estudo relata um caso de tratamento de fístula pós diverticulectomia, com prótese semicoberta metálica auto-expansível (SEMS), constatando
sua eficácia e segurança. Relato de caso - JAP, masculino, branco, 61 anos, com disfagia progressiva, regurgitação frequente de alimentos não digeridos
e emagrecimento de 5 kg após o início dos sintomas (cerca de 10 meses). Foram realizados estudos com endoscopia digestiva alta, RX contrastado,
manometria e pHmetria do esôfago, que demonstraram divertículo volumoso em 1|3 médio do órgão, sem refluxo gastro esofágico ou distúrbio motor
associado. Realizada diverticulectomia por toracoscopia, tendo ocorrido fístula no pós operatório recente, sendo optado por terapêutica endoscópica com
a colocação de prótese semicoberta local. Passadas seis semanas, utilizando a técnica de prótese sobre prótese, foi colocada prótese totalmente coberta
sobre a anterior, sendo ambas retiradas após duas semanas. Paciente segue com boa evolução, sem queixas à deglutição. Conclusão - Fístulas esofágicas
podem ser efetivamente manejadas com prótese SEMS como modalidade principal, se mostrando factível e eficiente, com mínimo desconforto e morbidez
pós-procedimento, além de retorno precoce a dieta oral. Devendo ser considerado como uma alternativa para a tradicional toracotomia.

*HUGG - UNIRIO, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.792
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO (TE) DE ÚLCERA GÁSTRICA PERFURADA (UGP) EM
PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO (BIG) - RELATO DE CASO
Ricardo José Fittipaldi Fernandez*, Cristina Fajardo Diestel*, Bruna Saraiva Nesi*, Glaucio Borges Moraes*

Resumo - Introdução - O BIG, devido ao atrito na parede gástrica, pode ser uma causa de ulcera gástrica. Este risco aumenta com a não tomada do
inibidor de bomba de prótons (IBP). Com a maior oferta de clips endoscópicos metálicos, o tratamento endoscópico pode ser viável. Relato de caso - Pa-
ciente feminino, 26 anos, há cinco meses em uso de BIG apresentando boa perda ponderal, sem uso do IBP, evoluiu com inicio súbito de dor epigástrica
de forte intensidade. Procurou serviço de emergência 2 dias após inicio do quadro devido a piora da dor. Exame físico mostra abdome doloroso no
andar superior, porem sem irritação peritoneal. Discreta leucocitose. Tomografia de abdome (TCA) revelou BIG íntegro, grande quantidade de resíduos
alimentares no estomago, e pneumoperitoneo, porem sem coleções. Realizada a retirada do BIG, quando se observou UGP na parede anterior do corpo
gástrico que estava tamponada pelo BIG. Realizado o fechamento da lesão com 7 clips metálicos Resolution® da Boston Scientific™. Iniciada antibio-
ticoterapia e dieta zero. Paciente evolui bem clinicamente, com dieta liquida por via oral reintroduzida no 3º dia pós-endosocopia após nova TCA que
não revelou extravasamento de contraste oral. No 5º dia a paciente teve alta com antibioticoterapia oral prevista para 14 dias. Nova EDA de controle
no 30º dia mostrou lesão completamente fechada e TCA normal. Conclusão - O TE de UGP causada pelo BIG pode ser bem sucedido em casos bem
selecionados onde não haja peritonite franca.

*Endogastro Med Service, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.P.793
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA COM PRÓTESE
AUTOEXPASÍVEL - RELATO DE CASO
Cláudia Utsch Braga*, Daniel de Alencar Macedo Dutra*, Sara Cristina Batista de Lima*, Paula Brumatti Lampier Barcellos*,
Paula Hugueney Cruz*, Gustavo Andrade de Paulo*, Ermelindo Della Libera Junior*, Angelo Paulo Ferrari Junior*

Resumo - Introdução - Fístulas traqueoesofágicas secundárias a infecções são incomuns. As condutas variam desde expectante à prótese endoscópica,
com resultados diversos. Relato de caso - Masculino, 36 anos, SIDA, fístula traqueoesofágica após tuberculose há 10 anos. Tratamento clínico sem sucesso.
Broncoscopia revelou orifício fistular na carina com comunicação esofágica confirmada por radioscopia. Realizadas medidas terapêuticas broncoscópicas
(escarificação do trajeto, cola biológica e cianoacrilato), sem resposta. Manteve sintomas e várias internações por pneumonia. Optou-se por prótese
esofágica autoexpansível parcialmente coberta, fixada com clipes metálicos e cordão de tração. Resultado - Evoluiu com melhora clínica. Exames de
controle (6 semanas): broncoscopia com visibilização do orifício fistuloso e EDA com prótese fixada por tecido de granulação. A prótese esofágica foi
retirada após 8 semanas, com colocação de prótese totalmente coberta e fulguração das bordas com auxílio de plasma de argônio, sem intercorrências.
Recebeu alta hospitalar assintomático, com dieta oral. Conclusão - Por se tratar de fístula traqueoesofágica benigna, a utilização de prótese esofágica é
de exceção e com permanência limitada. Houve sucesso devido a melhora clínica com interrupção dos episódios de pneumonias aspirativas.

*Unifesp, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 301


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.794
TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES MULTIFOCAL DO ESÔFAGO E ESTÔMAGO
Denise Peixoto Guimarães*, Letícia dos Santos Yamane*, Cristovam Scapulatempo-Neto*, Liza Alvarenga*,
Thiago Rabelo da Cunha*, Ana Amélia Viel*, Emiliano Almodova de Carvalho*, Gilberto Fava*, Wagner Colaiacovo*,
Rui Manoel Reis*, Thiago Rabelo da Cunha*, Kelly Menezio Giardina de Oliveira*, Eduardo Caetano Albino da Silva*,
Denise Peixoto Guimaraes*

Resumo - Introdução - Tumor de células granulares (TCG) é um tumor neuroectodérmico que ocorre no trato gastrointestinal (TGI) em 5 a 9% dos casos.
É um tumor de submucosa, geralmente benigno, derivado das células de Schawann, localizado mais frequentemente no esôfago e cólon, e raramente no
estômago. Geralmente é um achado acidental na EDA. O diagnóstico histopatológico por biópsia endoscópica é obtido em 50% dos casos. Métodos - Relato
de caso raro de TCG multifocal localizado no TGI. Resultados - Paciente de 55 anos, sexo feminino, assintomática. EDA de rotina evidenciou uma lesão
subepitelial de 10 mm no esôfago proximal e 5 lesões subepiteliais em fundo, corpo e antro gástrico medindo entre 5 e 10 mm. TC mostrou imagem polipoide
parietal em fundo gástrico de 11 mm. Colonoscopia normal. Para diagnóstico histopatológico das lesões foram realizados “biópsias sobre biópsias”, “scalp”
com alça de polipectomia seguido por biópsias e incisão da mucosa com estilete (Olympus) na superfície das lesões seguido por biópsias. Apenas no último
procedimento o anatomopatológico mostrou TCG e Imunohistoquímica revelou marcação positiva para S100, CD68 e negativa para desmina, CD34,
CD117(C-KIT) e DOG1 confirmando o diagnóstico. Conclusão - o TCG apesar de raro pode ser encontrado de forma multifocal concomitantemente no
esôfago e no estômago e a confirmação anatomopatológica pode ser obtida por biópsias endoscópica através de incisões da mucosa seguida por biópsias.

*Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo.

TL.E.EDA.P.795
TUMOR NEUROENDÓCRINO GÁSTRICO - RELATO DE CASO
Marcus Vinícius de Azevedo*, Walton Albuquerque*, Roberto Motta Pereira*, Ricardo Castejon Nascimento*, Renata Rocha
Figueiredo*, Rodrigo Albuquerque Carreiro*, *

Resumo - Introdução - A maioria dos carcinoides gástricos surge a partir das células ECL da mucosa fúndica. A atividade de proliferação é graduada
como G1, G2 ou G3, com base na taxa de mitose e índice Ki-67. São classificados em 3 tipos, sendo o tipo 1 o mais frequente (70-80%), associado a
gastrite atrófica e hipergastrinemia, com múltiplas lesões benignas < 10 mm. O tipo 2 é relacionado a hipergastrinemia e NEM1/ZE, múltiplos e benignos,
representando 5-10% dos casos. O tipo 3 soma 14-25% dos casos, sendo geralmente único, >10 mm e de maior potencial de invasão e malignidade. Não
está associado à atrofia gástrica, hipergastrinemia ou síndrome NEM/ZE. Objetivo - Discutir e relatar um caso de TNE gástrico de difícil classificação
e conduta. Relato de caso - Paciente de 51 anos, masculino, encaminhado para EGD por dispepsia. Identificada lesão plana e elevada, levemente aver-
melhada, de 6 mm em PA de corpo distal. AP: carcinoide gástrico. EUS: lesão de 6 mm, hipoecogênica, de mucosa e Sm, sem afetar MP. Diagnóstico
presuntivo de TNE tipo 3 precoce, devido a ausência de atrofia, NEM1, ZE e hipergastrinemia após investigação ampla, apesar de ser superficial e < 10
mm. Realizada ESD, com margens da peça ressecada livres. Conclusão - Este caso deixa clara a importância de um exame endoscópico minucioso e de se
pensar sempre na possibilidade de carcinoide gástrico, mesmo em pacientes sem gastrite atrófica, pois assim podemos detectar casos precoces do tipo 3.

*HMT, Minas Gerais.

TL.E.EDA.P.796
USO DE PRÓTESES AUTOEXPANSÍVEIS (PAE) EM FÍSTULAS E DESCONEXÕES ANASTOMÓTICAS
ESOFAGEANAS COMPLEXAS
Guilherme F. Gomes*, Rafael W Noda*, Eduardo A Bonin*, José Luiz S Carvalho*, Thienes Lima*, Dafne Benatti Gonçalves*,
Juliana Ayres de Alencar Arrais*

Resumo - Introdução - O uso de PAE tem sido eficaz para o tratamento de soluções de continuidade (SC) gastrointestinais. Objetivo - Relatar a
experiência com o uso de PAE em SC esofageanas complexas. Casuística e Métodos - Estudo retrospectivo de pacientes consecutivos com fistulas e
desconexões anastomóticas esofageanas encaminhados para tratamento endoscópico entre 2009 e 2013. A PAE era inserida sobcontrole endoscópico e
radioscópico. O fechamento da SC era documentado com exame endoscópico e radiológico contrastado. Resultados - Sete pacientes foram tratados com
9 PAE totalmente ou parcialmente recobertas. As SC eram decorrentes pós fistula de esofagogastrectomia e anastomose gastrojejunal (2), pós-fístula de
cirurgia de ressecção de divertículos de esôfago e leiomioma (3), pós desconexão de anastomose esofagogástrica e gastrojejunal (2). Houve fechamento
completo das SC em todos os casos. A PAE migrou em 3 casos, todas reposicionadas endoscopicamente. Em 1 caso houve avulsão da mucosa durante
remoção da PAE que evoluiu para estenose e foi tratada com dilatações seriadas. As PAE tiveram média de permanência de 5,7 semanas (4-12), e todas
foram retiradas endoscopicamente. Conclusão - O uso de próteses autoexpansíveis é uma opção terapêutica válida para soluções de continuidade esofá-
gicas, incluindo casos complexos de desconexão anastomótica.

*HNSG, Paraná.

302 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDA.P.797
ÚLCERA ESOFÁGICA DE ETIOLOGIA MEDICAMENTOSA: RELATO DE CASO
Lucianno Viana Ribeiro1, Pedro Araujo Bussad1, Flavio Monteiro Lopes1, Renata Cecilia Magalhaes dos Santos1,
Jorge Correia do PRADO Neto2, Rodolfo de Assis2, Arnaldo Pereira da Silva2

Resumo - I. Introdução - Injúria esofágica induzida por medicamentos são causadas tanto por sua ação sistêmica quanto local. O diagnóstico di-
ferencial de úlcera esofágica inclui tumor, infecção, injúria medicamentosa e ingestão de substâncias corrosivas. São lesões de aspecto macroscópicas
inespecíficos às vezes de difícil diagnóstico diferencial na avaliação histopatológica. Técnicas de imunoistoquímica vem sendo cada vez mais utilizadas,
objetivando o diagnóstico preciso. II. Relato de caso - Paciente de 32 anos, gênero feminino evoluía há 10 dias com intensa dor retroesternal e disfagia.
História prévia de ingestão de AINEs antecedendo aos sintomas. Submetida à endoscopia digestiva alta foram evidenciadas três úlceras não coales-
centes de bordos elevados e endurados no esôfago médio. Foram realizadas biópsias para histopatologia que evidenciou “esofagite crônica erosiva,
pesquisa de alterações virais negativas” e imunoistoquímica para sífilis, citomegalovírus e herpes cujos resultados foram negativos. III. Conclusão - Os
agentes infecciosos mais frequentes são Candida sp., citomegalovírus, herpes simples, Episten-Baar e papiloma vírus humano. A endoscopia digestiva
é o procedimento de eleição para o estudo esofágico, pois, permite a retirada de material para análise. Dessa forma, diante do achado endoscópico
de lesão ulcerada em esôfago com histologia e imunoistoquímica negativas para neoplasia e doenças infecciosas, a injúria medicamentosa torna-se
uma possível etiologia por exclusão.

1
Instituto Lucianno Viana Ribeiro-Gastrocentro; 2Hospital Deraldo Guimarães, Minas Gerais.

TL.E.EDP.P.798
ACALÁSIA IDIOPÁTICA EM CRIANÇA: RELATO DE CASO

Pôsteres • End. DIG. PEDIÁTRICA


Ana Catarina Gadelha de ANDRADE*, Alessandra dos Santos Domingues*, Marlon de Jesus Oliveira Silva*,
Técio de Araújo Couto*, José Tenório de ALMEIDA Neto*, Raquel Souza Passos*, Elisa de Carvalho*,
Ana Aurélia Rocha da Silva*

Resumo - Introdução - A acalásia é uma doença motora do esôfago caracterizada pela falha no relaxamento do esfíncter inferior do esôfago e dismoti-
lidade do corpo esofagiano. Menos de 5% dos pacientes com acalásia manifestam sintomas antes dos 15 anos de idade. Objetivo - Relatar o caso de uma
criança com diagnóstico de acalasia idiopática. Resultados - Paciente feminino, 8 anos, com queixa de disfagia para sólidos há 3 meses, acompanhada de
vômitos diários, evoluindo com disfagia para líquidos e perda ponderal de 5 kg no período. Endoscopia digestiva alta sem alterações. Phmetria esofágica
em 24 horas não evidenciou refluxo ácido. Estudo contrastado do esôfago revelou dilatação do órgão e acentuado retardo no esvaziamento, com ondas
peristálticas incoordenadas. Manometria esofágica do esfíncter esofágico inferior exibia pressão no limite superior da normalidade com relaxamento
incompleto, e corpo esofágico com ondas aperistálticas e de amplitudes no limite inferior da normalidade, compatível com acalásia. Sorologia para doença
de Chagas negativa. Submetida à miotomia a Heller com fundoplicatura a Dor, evoluindo com melhora clínica. Conclusão - A acalásia é uma doença
pouco frequente em crianças. O diagnóstico e o tratamento precoces são determinantes na redução das morbidades.

*HBDF, Brasília.

TL.E.EDP.P.799
ANEMIA CRÔNICA SECUNDÁRIA A LESÃO VASCULAR DUODENAL: RELATO DE CASO
Alessandra dos Santos Domingues*, Ana Catarina Andrade*, Técio de Araújo Couto*, Raquel Souza Passos*,
Ana Aurélia Rocha da Silva*, Elisa de Carvalho*

Resumo - Introdução - A hemorragia digestiva alta é uma situação incomum na faixa pediátrica, contudo a utilização crescente da endoscopia digestiva
tem permitido identificar formas menos típicas de sangramento. Objetivo - Apresentar um caso de anemia crônica secundária a lesão vascular duode-
nal. Métodos - Relato de caso de menina de 5 anos com anemia crônica, secundária a lesão vascular duodenal. Resultados - V.M.R., 16 anos, feminina,
com quadro de anemia crônica desde os cinco anos de idade, refratária ao tratamento com sulfato ferroso, necessitando de hemotransfusões. Durante
investigação diagnóstica apresentava anemia hipocrômica/microcítica, cinética do ferro compatível com ferropenia e pesquisa de sangue oculto nas
fezes positiva. O Trânsito intestinal evidenciou falha de enchimento na 2ª-3ª porção duodenal. A cintilografia com hemácias marcadas foi positiva para
hemorragia intestinal. A enterotomografia revelou imagens nodulares com densidade de partes moles na parede da terceira porção do duodeno, algumas
apresentando calcificações grosseiras, sugerindo natureza vascular. A endoscopia digestiva alta exibia duas lesões compatíveis com ectasia vascular na
segunda porção e a colonoscopia foi normal. Segue realizando escleroterapia com regressão das lesões e melhora da anemia. Conclusão - Várias afecções
podem causar HDA não varicosa em pacientes pediátricos, sendo as anomalias vasculares causas raras nesta faixa etária, mas que devem ser lembradas
no diagnóstico diferencial.

*HBDF/HCB, Brasília.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 303


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.EDP.P.800
GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA EM CRIANÇAS NEUROPATAS
Wallace Acioli Freire de Gois1, Flavio Hayato Ejima2, Paulo Moacir Campoli3, Bruno Chaves Salomão4

Resumo - Introdução - A gastrostomia endoscópica percutânea (peg) tem sido indicada em crianças com necessidade de alimentação enteral que ex-
cedam 4 a 6 semanas. Tem como indicação na maioria das vezes: doenças neurológicas que cursem com disfagia progressiva, cardiopatias graves, fibrose
cística e estenose caustíca grave. Objetivo - Relatar a experiência em peg em crianças neuropatas em serviço de referência em Brasília. Método - Foram
submetidos 22 pacientes consecutivos a peg pela técnica de gauderer-ponsky, com antibioticoterapia profilática, em centro cirúrgico sob assistência do
anestesista. Mantido internado por 24h e acompanhamento ambulatorial com 7 dias, após 1 mês e anual. Resultados - 22 pacientes submetidos à peg
em 18 meses, com média de idade de 56 meses (2 meses a 144 meses), seguimento médio de 11,1 meses. Tendo como indicação neuropatia com disfagia
progressiva em 22 pacientes. Taxa de complicações foi 13% (menores, 3 infecções de ferida operatória resolvida com tratamento local). Discussão - a
peg se mostrou em concordância com a literatura em pacientes neuropatas com disfagia progressiva ou não uma opção eficiente para a nutrição enteral.
Nestes casos facilitando o manuseio dos familiares e profissionais da saúde. Em comparação com as taxas de complicações da literatura, nossos trabalhos
se assemelham a estes dados. Conclusão - A peg é um método eficaz e seguro para nutrição dos neuropatas.

HMIB; 2HRT; 3Hospital Araujo Jorge; 4HBDF, Brasília.


1

TL.E.ID.P.801
ADENOCARCINOMA PRIMÁRIO DE DUODENO TRATADO POR VIA ENDOSCÓPICA
Pôsteres • intestino delgado

Marília Adriano Mekdessi1, Isabela Silvério Moreira1, Américo de Oliveira Silvério1, Marco Aurélio Silveira Botacin1,
Jessika Alves de Sousa COSTA1, Isadora Bueno Loria1, Ricardo Duarte Marciano1, José Eduardo Mekdessi2

Resumo - Introdução - O adenocarcinoma duodenal (AD) é um tumor raro, com história natural e fatores prognósticos mal definidos. Representa
0,3-1% de todos os tumores gastrointestinais e 25-35% dos tumores malignos do intestino delgado. Incide, preferencialmente, entre 50 e 70 anos de idade
e predomina no sexo masculino. O tipo de intervenção terapêutica ainda gera discussão, as condições clínicas do paciente e a localização do tumor são
importantes fatores para esta decisão. A opção geralmente é cirúrgica, com alta morbimortalidade. Objetivo - Relatar um caso de AD primário tratado
por endoscopia. Método - Coleta de dados do prontuário. Resultado - LMA, 82 anos, feminina, branca, com cardiopatia isquêmica. Encaminhada para
realizar endoscopia digestiva por dispepsia. O exame demonstrou área plano-elevada, na segunda porção do duodeno, ocupando duas pregas distintas,
a maior mede 40 mm x 3 mm e ocupa toda a hemicircunferência do órgão, a biópsia evidenciou a presença de alterações adenomatosas com atipias
severas e displasia de alto grau/carcinoma precoce. Realizamos a mucosectomia, a histopatologia confirmou os achados, sem infiltração da lâmina pró-
pria. No controle após 90 dias verificou-se duas pequenas áreas remanescentes que foram retiradas e não apresentavam lesão residual. A paciente está
em acompanhamento a 12 meses sem evidência de lesões residuais. Conclusão - O tratamento endoscópico é uma opção terapêutica eficaz e com baixa
morbimortalidade em casos selecionados de AD.

Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás; 2 Instituto do Aparelho Digestivo, Goiás.
1

TL.E.ID.P.802
AMILOIDOSE DUODENAL: RELATO DE CASO
Marcelo Vicente Toledo de Araújo1, Iris Campos Lucas2, Jefferson Queiroz Carneiro3, Frederico Tácito Rodrigues de Souza2,
Thiago Henrique Fernandes de Carvalho2, Danielle Delfino Martins da Nóbrega2

Resumo - Introdução - Amiloidose é o termo genérico para o depósito extracelular de proteínas nos tecidos do corpo, caracterizadas por sua iden-
tificação microscópica com o corante Vermelho do Congo. Existem três principais causas de depósito sistêmico de proteínas amiloides: a primária ou
AL, a secundária ou reativa e a relacionada à diálise, porém o depósito amiloide pode ocorrer em um órgão específico. A amiloidose gastrointestinal
está presente em 1-8% dos pacientes com a forma primária e apresenta-se geralmente através de uma destas 4 formas sindrômicas: sangramento
digestivo, dismotilidade, disabsorção ou enteropatia perdedora de proteínas. Os autores relatam um caso diagnosticado no contexto de investiga-
ção endoscópica de dispepsia. Relato de caso - Paciente de 60 anos, agricultora, com queixas dispépticas há 2 anos, sem outras queixas ou sinais de
alarme, usando sintomáticos sem prescrição neste período. Procurou gastroenterologista que realizou endoscopia digestiva alta (EDA) evidenciando
alterações de relevo mucoso no bulbo duodenal, cujas biópsias foram compatíveis com amiloidose. Investigação paralela excluiu causas secundárias
da patologia. Conclusão - Apesar de doença de baixa incidência e apresentando manifestação pouco usual, a endoscopia com biópsia contribuiu
fundamentalmente para o diagnóstico deste caso.

Endovídeo Ltda, 2UFPB, 3Unimed JP, Paraíba.


1

304 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.ID.P.803
CÁPSULA ENDOSCÓPICA (CE) PARA ESTUDO DO INTESTINO DELGADO (ID): 3 ANOS DE
EXPERIÊNCIA EM ÚNICO CENTRO
Adriana COSTA*, Julia Bergonso*, Thiago Fiesta Secchi*, Marco Tulio Ribeiro*, Silvia S Grillo*, Gregory Bittar Pessoa*,
Tercio Genzini*, Wagner K Takahashi*

Resumo - Introdução - A CE é método de imagem considerado exame de primeira linha no diagnóstico de doenças do ID. Objetivo - Apresentação dos
resultados de CE em um único centro, correlacionando suas indicações e o percentual de exames positivos. Casuística e Método -Análise retrospectiva
dos resultados de 67 CE realizadas de agosto/10 a junho/13. Os exames foram realizados ambulatorialmente ou em unidade de internação, utilizando
CE MiroCam® e PillCam®. Resultado - 67 pacientes realizaram CE, 44 masc., idade média 62 anos (17 a 86). As indicações incluíram sangramento obs-
curo, enterorragia, anemia, diarreia entre outros. Os achados mais frequentes foram angioectasias (50,7%) e úlceras/erosões (23,8%). Tumores ou lesões
subendoteliais foram diagnosticados em 7 pacientes (10,4%). A correlação entre as indicações e achados positivos encontra-se na tabela abaixo. Todas
as CE foram eliminadas em até 3 dias, exceto 1 retida em tumor obstrutivo em íleo proximal, removida durante cirurgia de ressecção da lesão. Conclusão
- A CE é método de reconhecido valor diagnóstico na avaliação do ID, com bom rendimento diagnóstico e percentual de exames positivos de 74,6% em
nossa casuística. Correlação entre Indicações de CE e Achados Positivos Indicação N = 67 Achados Positivos Anemia 14 11; Sangramento Obscuro 34
28; Enterorragia 4 3; Diarreia 6 3; Outros 9 5. Total 67 (100%) 50/67 (74,6%).

*Centro Avançado de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica - Hospital Unimed Santa Helena - SP - Centro de Treinamento em Endoscopia - SOBED, São Paulo.

TL.E.ID.P.804
CÁPSULA ENDOSCÓPICA (CE): EXPERIÊNCIA INICIAL DO SERVIÇO DE INTESTINO MÉDIO
DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE
Suelen Aparecida da Silva Miozzo*, José Inácio Vieira Sanseverino*, Lívia Caprara Lionço*, Jorge Alberto John*, Paula Baptista San-
severino*, Cibele Canali*
Resumo - Introdução - A cápsula endoscópica é utilizada há mais de uma década como importante instrumento para avaliação de afecções do intestino
delgado. Objetivo - Relatar a experiência de um centro de atendimento terciário no diagnóstico endoscópico por cápsula. Material e Métodos - Foram
avaliados 115 casos retrospectivos, entre os anos de 2011 e 2013. Resultados - Dos 115 casos, 74 eram do sexo feminino e 41 do sexo masculino. As idades
variaram entre 12 e 94 anos. As principais causas para a indicação do exame foram: anemia 29,5%, sangramento de origem obscura 26,9%, diarreia 9,5%,
dor abdominal 6% e doença inflamatória intestinal 2,6%. Os exames foram completos em todos os pacientes incluídos e o tempo de transição da CE
no intestino delgado variou entre 28 minutos e 8 horas e 40 minutos. Dos 115 pacientes, 33 tiveram exames normais. Os achados mais frequentes foram
angiectasias em 26,9% dos casos, tendo como localização principal o jejuno proximal, e erosões em 15,6% localizadas predominantemente em íleo-distal.
Outras alterações evidenciadas foram: manchas vermelhas (7), pólipos (8), lesão subepitelial (3) e linfangiectasias (4). Conclusão - A CE é um método
diagnóstico de grande valia quando as desordens do intestino delgado precisam ser avaliadas, principalmente na falha de outros métodos diagnósticos e
em pacientes que não toleram exames mais invasivos.

*ISCMPA, Rio Grande do Sul.

TL.E.ID.P.805
CÁPSULA ENDOSCÓPICA NO DIAGNÓSTICO DA ENTEROPATIA POR ANTI-INFLAMATÓRIOS
NÃO-ESTEROIDAIS: UM RELATO DE CASO
Danielle Delfino Martins da Nóbrega1, Marcelo Vicente Toledo de Araújo2, Thiago Henrique Fernandes de Carvalho1,
Eduardo Henrique da Franca Pereira2, Heraldo Arcela de Carvalho Rocha2, Manoel Jaime Xavier Filho*, Tarciana Vieira da COSTA2

Resumo - Introdução - Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são frequentemente utilizados na prática médica para o manejo da dor. Em
contrapartida, efeitos adversos importantes acometendo principalmente o trato gastrointestinal são rotineiros. A enteropatia induzida por AINES,
apesar de atingir uma pequena proporção de indivíduos, promove uma variedade de lesões (erosões, úlceras, formação de membranas e estenoses) que
se manifestam inespecificamente, dificultando o diagnóstico clínico. Métodos endoscópicos usuais, altos e baixos, também se mostram pouco efetivos
na avaliação desse segmento intestinal. Nesse contexto a cápsula endoscópica (CE) surge guiando a elucidação diagnóstica. Os autores relatam caso de
hemorragia digestiva de origem obscura devido à enteropatia por AINEs elucidado após CE. Relato de caso - Homem, 62 anos, portador de gota, em uso
de diclofenaco 200mg/dia há 1 semana, refere quadro de dor abdominal difusa e náuseas que evoluiu após 2 dias com melena seguida de enterorragia.
Após hospitalização e estabilização hemodinâmica, constatou-se queda acentuada da hemoglobina (16 - 10) sendo o paciente submetido à endoscopia
digestiva alta e colonoscopia inconclusivos. Diante da persistência do quadro clínico de hemorragia digestiva de origem obscura, optou-se pelo uso da
CE sendo evidenciadas lesões compatíveis com enteropatia por AINEs. Conclusão - A cápsula endoscópica mostrou-se como ferramenta essencial para
a condução e investigação do caso em questão.

1
UFPB; 2Endovídeo Ltda., Paraíba.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 305


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.ID.P.806
DIAGNÓSTICO DE DOENÇA DE CROHN ÍLEO-COLÔNICA POR CÁPSULA ENDOSCÓPICA:
RELATO DE CASO
Marcelo Vicente Toledo de Araújo1, Heraldo Arcela de Carvalho Rocha1, Manoel Jaime Xavier Filho1, Tarciana Vieira da COSTA1,
Thiago Henrique Fernandes de Carvalho2, Danielle Delfino Martins da Nóbrega2, Eduardo Henrique da Franca Pereira1

Resumo - Introdução - A doença de Crohn é uma patologia de etiologia desconhecida, caracterizada por inflamação transmural do trato gastrointestinal,
podendo envolver toda a sua extensão, desde a boca à região perineal. Cerca de 80% dos pacientes têm envolvimento do intestino delgado, geralmente no
íleo distal, 50% têm íleo-colite e 1/3 têm doença perianal. As manifestações clínicas são muito variáveis: fadiga, diarreia crônica, dor abdominal, perda de
peso sangramento digestivo etc. Cápsula endoscópica é um novo meio de examinar o intestino delgado e é usado para avaliar e diagnosticar a doença de
Crohn de delgado. Ela pode detectar lesões sugestivas, invisíveis a outros métodos. Os autores relatam um caso de paciente com suspeita diagnóstica de
doença de Crohn, cujo anatomopatológico era inespecífico. Relato de caso - Paciente feminina de 29 anos, com diagnóstico há 3 meses de abscesso e fístula
perianal, operados, evoluindo com fezes sanguinolentas e posterior diarreia sanguinolenta há 2 semanas, com necessidade de hemotransfusão. Realizou
EDA (normal) e colono, esta com úlceras aftoides nos cólons transverso e sigmoide, cujas biópsias foram inespecíficas. Foi submetida à enteroscopia por
cápsula endoscópica com achado de erosões e mucosa em pedra de calçamento no íleo distal, corroborando com a hipótese diagnóstica. Conclusão - O
exame com a cápsula endoscópica foi muito importante na definição diagnóstica e terapêutica do caso.

Endovídeo Ltda; 2UFPB, Paraíba.


1

TL.E.ID.P.807
ENTEROSCOPIA POR CÁPSULA ENDOSCÓPICA NO DIAGNÓSTICO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA
MÉDIA POR ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS: RELATO DE CASO
Marcelo Vicente Toledo de Araújo1, Eduardo Henrique da Franca Pereira1, Heraldo Arcela de Carvalho Rocha1,
Manoel Jaime Xavier Filho1, Tarciana Vieira da COSTA1, Thiago Henrique Fernandes de Carvalho2,
Danielle Delfino Martins da Nóbrega2

Resumo - Introdução - O trato digestivo é susceptível a efeitos deletérios dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINE´s). No intestino delgado, a região
íleo-cecal é o sítio com maior potencial de lesões induzidas por AINE´s, como erosões, úlceras, estenoses e membranas, podendo levar também a exacerbação
de doenças inflamatórias e complicar a doença diverticular dos cólons. Pacientes idosos, com comorbidades e o usuários crônicos de AINE´s estão sob maior
risco. A enteroscopia por cápsula endoscópica destaca-se na avaliação do intestino médio, por ser tão ou mais sensível que outros métodos para o diagnóstico
de fontes de sangramento no delgado. Sua principal vantagem é a pouca invasividade e a possibilidade de examinar toda a extensão do delgado. Os autores
relatam um caso de hemorragia digestiva obscura de origem no delgado, com diagnóstico feito através de enteroscopia por cápsula endoscópica. Relato de
caso - Paciente feminino de 84 anos, usuária crônica de AINE´s para dores osteomusculares degenerativas, apresentando quadro de anemia ferropriva e melena
importante, com necessidade de hemotransfusões. Endoscopias alta e baixa sem evidencias de fontes sangramento. Enteroscopia por cápsula endoscópica
mostrou ileíte erosiva inespecífica. Conclusão - A enteroscopia por cápsula endoscópica foi fundamental para definição diagnóstica e terapêutica neste caso.

Endovídeo Ltda.; 2UFPB, Paraíba.


1

TL.E.ID.P.808
HAMARTOMA DE GLÂNDULAS DE BRUNNER (HGB) DE 3ª PORÇÃO DUODENAL: CAUSA RARA DE
HDA, DIAGNOSTICADA E TRATADA POR ENTEROSCOPIA DE BALÃO ÚNICO (EBU) - RELATO DE CASO
Marco Tulio Ribeiro*, Julia Bergonso*, Silvia S Grillo*, Eduardo T Yamashita*, Alana A Victorino*, Livia Yadoya*,
Wagner K. Takahashi*, Adriana COSTA*

Resumo - Introdução - O hamartoma de glândulas de Brunner (HGB), também chamado Brunneroma, é uma lesão proliferativa rara das glândulas de
Brunner e representam cerca de 10% dos tumores benignos duodenais (1). Os pacientes são comumente assintomáticos, pois as lesões costumam ser peque-
nas, em 1a ou 2a porção duodenais e diagnosticadas como achado incidental em exame endoscópico. Sangramento e/ou obstrução do trato digestivo são
manifestações raras do HGB (2). Objetivo - Relatar caso de paciente submetido à enteroscopia de balão único (EBU) com diagnóstico e Ressecção de HGB
de grandes proporções em 3a porção duodenal. Casuística e Método -GS, fem., 67anos, apresentou melena, sendo submetida à EDA e colonoscopia que não
evidenciaram focos de sangramento. Submetida à EBU, sob sedação moderada, que revelou lesão polipoide subendotelial, arredondada, medindo cerca de
3,5 cm em seu maior eixo, com superfície ulcerada e sinais de sangramento recente, ocupando mais que 50% da luz duodenal. Resultado - A lesão foi ressecada
em bloco com auxílio de alça de polipectomia e após colocação de endoloop na base da mesma, sem intercorrências. A paciente recebeu alta hospitalar em
24 h e com seguimento de 6 meses, mantendo-se assintomática. Conclusão - Apesar do HGB ser lesão rara, deve entrar no diagnóstico diferencial em casos
de HDA e a enteroscopia deve ser lembrada como exame eficaz no diagnóstico e tratamento de lesões inacessíveis por EDA e colonoscopia.

*Centro Avançado de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica - Hospital Unimed Santa Helena - SP - Centro de Treinamento em Endoscopia - SOBED, São Paulo.

306 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.ID.P.809
PAPEL DA CÁPSULA ENDOSCÓPICA NO DIAGNÓSTICO DA ENTEROPATIA DA
HIPERTENSÃO PORTAL
Isabela Silvério Moreira1, Américo de Oliveira Silvério1,2, Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2, Marília Adriano Mekdessi1,
Marco Aurélio Silveira Botacin1, Jessika Alves de Sousa COSTA1, Jordana Pedroso Cabral Rosa1, José Eduardo Mekdessi2

Resumo - Introdução - Enteropatia da hipertensão portal (EHP) são alterações vasculares do trato intestinal decorrentes da hipertensão portal, na
qual há aumento do número e tamanho dos vasos. É uma importante causa de sangramento gastrointestinal em pacientes com hipertensão portal. A
enteroscopia por cápsula endoscópica (ECE) parece ter vantagens para o diagnóstico de EHP por ser mais segura, indolor, pouco invasiva e ter maior
resolução de imagem quando comparada com a colonoscopia e a enteroscopia convencional. Objetivo - Relatar um caso de EHP diagnosticada pela CE
e discutir o seu papel diagnóstico. Método - Coleta de dados do prontuário para relato de caso. Resultado - DTF, 64 anos, feminino, branca, portadora
de cirrose hepática, evoluindo com melena e encefalopatia hepática recorrentes. Apresentava, ao exame endoscópico, varizes esofágicas de fino calibre e
gastropatia da hipertensão portal. Veio encaminhada para realizar a ECE, que evidenciou a presença de ectasias vasculares no antro gástrico, duodeno,
jejuno e íleo, sendo que, no jejuno e no íleo, algumas apresentavam sangramento ativo. Conclusão - Os dados sobre intestino delgado em pacientes com
EHP são limitados devido à dificuldade de explorar todo o comprimento do intestino delgado. A ECE parece ter um papel importante na investigação
da EHP e em suas complicações.

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás; 2 Instituto do Aparelho Digestivo, Goiás.

TL.E.ID.P.810
PUSH-ENTEROSCOPIA: ANÁLISE DE 15 CASOS REALIZADOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG
Célio Geraldo de Oliveira Gomes*, Silas Castro de Carvalho*, Francisco Guilherme CANCELA E Penna*,
Mariana de Assis LAGE*, Thiago Antunes Ferrari*

Resumo - Introdução - A push-enteroscopia (PE) consiste na passagem de um endoscópio longo, por via oral, para além do ângulo de Treitz. A acurácia
diagnóstica da PE para a detecção de lesões sangrantes varia de 3-70% dos casos, podendo ser utilizada, também, como método terapêutico. Objetivos
- Analisar, retrospectivamente, uma série casos de PE realizados no Hospital as Clínicas da UFMG. Casuística e Métodos - Foram selecionadas 15 PE,
realizadas com um colonoscópio adulto ou pediátrico, entre julho de 2012 e agosto de 2013. Resultados - A maioria dos pacientes eram homens (60%)
e a média de idade foi de 54 anos. As principais indicações para a PE foram sangramento gastrointestinal obscuro (40%), anemia ferropriva (26,7%) e
espessamento de intestino delgado à tomografia (20%), seguidos por intussuscepção intestinal e doença de Crohn (6,7% cada). Os diagnósticos firmados
foram angiectasias de jejuno (20%), micobacteriose intestinal, varizes de intestino delgado e úlceras jejunais (6,7% cada); o rendimento diagnóstico foi
de 40%. A enteroscopia terapêutica foi feita em 2 (13,3%) casos: aplicação de cianoacrilato em cordão varicoso e a eletrocoagulação com argônio em
angiectasias. Não houve complicações associadas ao método. Conclusão - A PE é um método seguro e com razoável sensibilidade para a detecção de
anormalidades do intestino delgado proximal.

*UFMG, Minas Gerais.

TL.E.ID.P.811
USO DE INFLIXIMABE NO MANEJO DA RETENÇÃO DE CÁPSULA ENDOSCÓPICA EM PACIENTE
COM DOENÇA DE CROHN DE DELGADO: RELATO DE CASO
Flávia Peixoto Campos Lima*, Aryana Isabelle de Almeida Neves*, Jamile Silva de Carvalho*,
Emilia Pereira de Magalhães*, Genoile Oliveira Santana*, Vitor Lucio de Oliveira Alves*

Resumo - A enteroscopia por cápsula é o exame de maior acurácia para avaliação de delgado, indicado para sangramento digestivo obscuro e para o
estudo da Doença de Crohn de delgado não-estenosante. Relatamos caso de paciente do sexo masculino, 34 anos, com relato de episódios de enterorragia
e melena há 7 anos, associados a dor abdominal, necessitando hemotransfusões e com endoscopias digestivas altas e colonoscopias sem identificarem
sítio de sangramento. Passado de apendicectomia há 15 anos e laparotomia exploradora por abscesso intra-abdominal há 13 anos. Realizada cápsula
endoscópica de delgado que evidenciou angiectasias em jejuno distal (Yano 1a), óstio isolado em íleo proximal (orifício fistuloso), úlceras ativas com
subestenoses em íleo proximal. Não houve eliminação da cápsula endoscópica após 2 semanas. Retenção foi confirmada por trânsito de delgado e TC
de abdome que evidenciaram presença da cápsula a montante de segmento estenosado de íleo terminal. Introduzido infliximabe para reduzir inflamação
local. Feitas 2 doses da medicação, 5 mg/kg com intervalo de duas semanas, sem eliminação da cápsula. Evoluiu com sintomas de suboclusão, sendo então
submetido a laparotomia exploradora com enterotomia e retirada da cápsula em íleo distal. Paciente evoluiu bem e terapia para Crohn foi otimizada
após alta. O risco de retenção da cápsula em pacientes com Doença de Crohn é de 5 a 13%, sendo seu manejo cirúrgico, havendo poucos relatos do uso
de infliximabe na literatura.

*HUPES, Bahia.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 307


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.MIS.P.812
ANÁLISE DA EFICÁCIA DO USO DO BALÃO INTRAGÁSTRICO NA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA
Pôsteres • miscelânea

CORPÓREA
Manoel Carlos de Brito Cardoso1, Ludmila de Abreu CastroL2, Fernando Covezzi da Silva Filho2, Helena Delfino Gueiral2,
Diogo Wendhausen2, Kátia Lopes Margothi2, Sara Silva Xavier de BRITO2, Gabriele Leandro Braz2

Resumo - Introdução - A obesidade é uma doença crônica multifatorial, ocasionada pela interação entre fatores genéticos e ambientais. O indivíduo
obeso está mais suscetível a adquirir doenças cardiovasculares, metabólicas e pulmonares. O balão intragástrico é um adjuvante no tratamento do sobre-
peso e obesidade, que vem sendo a cada dia mais utilizado. Casuística - Foi realizado um estudo de série de casos retrospectivo com os resultados de 50
pacientes submetidos ao tratamento com balão intragástrico no período de setembro de 2011 a março de 2013. Metodologia - A partir dos dados obtidos
na consulta dos pacientes procedeu-se à análise descritiva, comparando-se as médias dos dados antropométricos basais com os dados pós-procedimento.
Resultados - Dos 50 pacientes que colocaram o dispositivo, 86% (n=43) eram do sexo feminino e 14% (n=7) do sexo masculino. A média de idades dos
pacientes foi de 35,66 ± 10,76 anos. O IMC inicial médio apresentado foi de 34,70 ± 5,12 kg/m². Constatou-se uma média de perda de peso de 12,82 ±
5,13kg que correspondeu a uma diminuição média de 4,83 ± 1,94 kg/m² no IMC e a uma redução média de 13,46 ± 4,90% no peso corporal. Verificaram-
-se complicações em 3 pacientes (6%). Conclusões - O balão intragástrico vem se consolidando como uma terapia segura e eficaz para o tratamento do
sobrepeso e obesidade. Contudo, sabe-se que este tratamento deve ser instaurado concomitantemente a um acompanhamento dietético e mudanças de
hábitos por parte dos pacientes, para que seja satisfatório.

Clinigastro; 2UNESC, Santa Catarina.


1

TL.E.MIS.P.813
AVALIAÇÃO DE 340 PACIENTES QUANTO A FREQUÊNCIA DE VÔMITOS APÓS COLOCAÇÃO DO BALÃO
INTRAGÁSTRICO (BIG)
Thiago Souza1, Mario Eduardo Mendes Silva1, Sergio Alexandre Barrichello Junior1,
Gabriel Cairo Nunes1, André Veinert2

Resumo - Introdução - Inúmeros artigos científicos mostram que os efeitos colaterais mais frequentes pós implante do BIG são as náuseas, vômitos e
desidratação em graus variados. Segundo A. Scudero Sanches,171,1% dos pacientes apresentam náuseas, 57,9% apresentaram vômitos. Esses sintomas
são, Segundo Iñaki Imaz e cols. 2 em revisão de artigos somando mais de 3000 pacientes, mostrou que náuseas e vômitos é a quinta maior causa de
explante precoce do acessório. Os sintomas relatados são mais frequentes nos 3 primeiros dias pós implante. Objetivo - Demonstrar a experiência obtida
no ano de 2012 quanto frequência dos vômitos e número de pacientes que necessitaram de hidratação endovenosa (HEV) após a colocação do BIG.
Metodologia - Estudo retrospectivo, com análise de prontuários de uma clínica particular na cidade de São Paulo. Foram avaliados números, frequência
de vômitos e se houve necessidade de hidratação endovenosa. Resultados - Dos 340 pacientes atendidos no ano de 2012, em concordância com a literatura
74,41% apresentam vômitos até o terceiro dia após a colocação do BIG. Dos 252 pacientes que apresentam vômitos 67,58% a frequência foi de 0 a 5 vezes
por dia e 32,42% de 5 a 10 vezes por dia. Cerca de 9,48% dos pacientes com vômitos necessitaram de hidratação endovenosa e não houveram explantes
precoces. Conclusão - O BIG causa vômitos em 74,41% dos pacientes que o colocam e causa desidratação com necessidade de HEV em 7,06% de todos
os pacientes submetidos ao implante do BIG.

HC-FMUSP; 2Beneficiencia Portuguesa de São Paulo, São Paulo


1

TL.E.MIS.P.814
CARACTERÍSTICAS DAS METÁSTASES DO MELANOMA MALIGNO PARA O TRATO
GASTROINTESTINAL
Christiano Makoto Sakai1, Kengo Toma1, Bruno Costa Martins2, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro2, Carla Cristina Gusmon2, Maria
Silvia Lerardii Ribeiro2, Stephnie Wodak2, Fauze Maluf-Filho2

Resumo - Introdução - O melanoma maligno é uma das neoplasias mais associadas com doença metastática do trato gastrointestinal (TGI). Classicamente,
estas lesões tem sido descritas como lesões elevadas, associadas ou não a depressões centrais, com pigmentação escurecida (“olho de boi”). Objetivo Estudar
as características endoscópicas das metástases do mm para o trato gastrointestinal em pacientes diagnosticados no Serviço de Endoscopia do Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Métodos Realizado o levantamento do banco de dados de lesões metastáticas para o TGI, filtrando apenas os
pacientes com metástases de melanoma, realizados de junho de 2009 a agosto de 2012. Resultados A idade dos pacientes variou entre 22 e 88 anos (média
58,1) e o levantamento resultou em um total de 13 pacientes, sendo 6 com metástases melanocíticas e 7 amelanóticas. O estômago foi o órgão mais acometido
(9 pacientes), seguido do duodeno (5) e cólon (2). Sete pacientes apresentavam lesões menores que 2 cm, três com lesões entre 2 cm e 5 cm e três com lesões
maiores que 5 cm. Quanto ao aspecto das lesões, dez eram elevadas, duas vegetoinfiltrativas e uma ulcerada. Conclusões - 1. O estômago foi o órgão mais aco-
metido. 2. As lesões amelanóticas foram mais frequentes que as melanocíticas nesta casuística. 3. As lesões elevadas são as mais frequentes deste levantamento.

HC-FMUSP; 2ICESP, São Paulo.


1

308 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.MIS.P.815
COLONIZAÇÃO POR CANDIDA
Paulo Roberto Rodrigues Bicalho*, Elaine Speziali de Faria*, Lourimar Viana Nascimento Franco de Souza*

Resumo - Introdução - A Sociedade Clínica Europeia de Orientações Nutricionais e Nutrição recomenda a nutrição enteral via Gastrostomia Endos-
cópica Percutânea (PEG) se a nutrição oral for insuficiente por mais de 3 semanas, portanto, os usuários de PEG são no mínimo potencialmente desnu-
tridos ou subnutridos. Considerando a imunossupressão que acompanha a desnutrição e o risco de colonização da cavidade bucal ou da gastrostomia
por leveduras patogênicas que podem levar ao desenvolvimento de fungemias graves, avaliou-se a prevalência de colonização por Candida na mucosa
oral e no pertuito da gastrostomia de pacientes em uso de PEG. Métodos - Realizou-se um estudo observacional transversal e prospectivo no qual foram
incluídos vinte e quatro indivíduos de ambos os sexos e excluídos pacientes com PEG temporária. Amostras de swabs orais e swabs colhidos do pertuíto
da gastrostomia, foram semeadas em ágar Sabouraud dextrose e repicadas em CRHOMagar Candida. Resultados - Dos vinte e quatro pacientes oito
eram do sexo masculino, todos sequelados neurológicos e em nenhum foi identificada a possibilidade de readaptação à dieta por via oral. Cinquenta e
oito por cento dos indivíduos investigados apresentavam a levedura na cavidade oral e oitenta e três por cento na gastrotomia. Conclusão - A colonização
por leveduras do gênero Candida foi mais prevalente no pertuíto da gastrostomia.

*Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE - Unimed Governador Valadares - UNIMED, Minas Gerais.

TL.E.MIS.P.816
CORPOS ESTRANHOS NO TRATO DIGESTIVO PROXIMAL - EXPERIÊNCIA DE 20 ANOS EM SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA DE HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO
Helio Freitas Moraes HUGO1, Lucas Prado Moraes2, Paula Suzzani Malagoni1

Resumo - Avaliamos 3.716 suspeitos de impactação de corpos estranhos (CE) no trato digestivo proximal ou, que tiveram o encontro de CE em
procedimento realizado por outra indicação clínica. Identificados 1721 pacientes corpos estranhos: 1701 (98,84%) CE em trato digestivo e, 20 (1,16%)
CE em trato respiratório. 1667 (96,86 %) foram removidos imediatamente (75,83% com equipamentos flexíveis e 16,21% com equipamentos rígidos).
54 insucessos (3,14%) no primeiro manuseio: 12 encaminhados para resolução cirúrgica, 10 referenciados, 1 CE respiratório para resolução cirúrgica,
31 reendoscopados com resolução. Naqueles em que se conseguiu a desobstrução, identificamos complicações em 120 (7%), principalmente lacerações
mucosas. Identificados 17 pacientes com perfurações esofagianas, 14 já deram entrada ao serviço com perfuração pelo CE ou por manuseio em serviços
externos e, 3 perfurações ocasionadas por nossa remoção do CE. 16 foram conduzidos clinicamente com êxito. Temos a lamentar nesse grupo um (01)
óbito por mediastinite após remoção de fragmento ósseo em esôfago cervical há 1 semana, com perfuração parietal. Concluímos que a ingestão de e
impactação de CE no trato digestivo proximal é intercorrência de alta prevalência em nosso e meio e o procedimento endoscópico realizado para seu
tratamento é efetivo para a remoção de CE não sendo, porém, a sua realização isenta de riscos e complicações.

1
HUGO; Goiás; 2in Memorian.

TL.E.MIS.P.817
DUODENOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE
FÍSTULA DUODENAL
Antonio Carlos Coelho Conrado1, Petrus Moura de Andrade Lima2, João Guilherme Guerra de Andrade Lima Cabral2,
Fernando Cerqueira Norberto dos SANTOS Filho2, João Paulo Ayub Penna Leal2, Guilherme Simão dos Santos Figueira2

Resumo - A fístula duodenal é uma afecção cirúrgica de difícil manejo. A maior parte das cirurgias propostas acarreta aumento da morbimortalidade,
sendo comum a recidiva da fístula após intervenções corretivas. O uso de uma forma minimamente invasiva que proporcione sucesso no tratamento da
fístula torna-se bastante atraente. Através desse relato mostramos o caso de um paciente com fístula duodenal causada por úlcera duodenal perfurada
e labiada, tratada inicialmente com exclusão pilórica por grampeamento transversal de piloro associada à drenagem cavitária. Tal fístula possuía mau
prognóstico por estar associada a um quadro inflamatório e apresentar alto débito. Após 4 meses de tratamento clínico sem sucesso, foi realizada uma
duodenostomia percutânea endoscópica guiada por ultrassonografia utilizando-se um tubo de gastrostomia endoscópica percutânea, com o objetivo
de desviar o fluxo de secreção gastroduodenal drenado pela fístula. No sétimo dia após o procedimento já não se percebia fluxo pelo óstio fistular,
mantendo-se sempre a duodenostomia aberta. Após 15 dias procedeu-se fechamento da duodenostomia e tração gradual de 1 cm por semana do tubo
de duodenostomia. Este manejo por tração proporcionou a internalização do anteparo interno do tubo de duodenostomia e epitelização do mesmo,
semelhante ao mecanismo ocorrido na buried bumper syndrome. Quando o anteparo encontrava-se a um centímetro da pele do paciente, uma pequena
incisão cutânea permitiu a retirada do sistema de drenagem.

1
Hospital da Restauração; 2IMIP, Pernambuco.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 309


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.MIS.P.818
FÍSTULA GASTROCÓLICA NEOPLÁSICA EM UM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO
Flora Oliveira Gondim*, Neila da Silva Amaral*, Moni Chiara Araújo Barbosa*, Lourianne Nascimento Cavalcante*,
Marília Cristina Ota Nagamine Muricy*, Marcus Melo Martins dos Santos*, Marcos Clarêncio Batista Silva*, Igelmar Barreto Paes*

Resumo - Introdução - Fistula gastrocólica pode ser causada por condições benignas ou malignas. O diagnóstico é difícil, pois os sintomas são pouco
específicos na apresentação inicial. Relato de caso - Paciente masculino, 37 anos, com perda ponderal de 35 kg e dor abdominal há 5 meses, vômitos fecaloides
há 4 meses, foi admitido com hematêmese e melena. Antecedente familiar importante de neoplasia de cólon. A endoscopia digestiva alta mostrou lesão
ulcerada gástrica de aspecto infiltrativo com orifício fistuloso e saída de material fecaloide. Tomografia de abdome exibe lesão vegetante, circunferencial
na flexura esplênica e nódulos hepáticos. A colonoscopia mostrou lesão vegetante de aspecto infiltrativo em descendente proximal. Discussão - A fístula
gastrocólica é uma complicação rara e tardia na evolução de um câncer de cólon ou estômago. A maioria destas fístulas é causada por doenças benignas,
como doença de Crohn, úlcera péptica, abscesso pancreático, após realização de gastrostomia endoscópica percutânea, divertículo perfurado, causas
infecciosas e após uso de corticoides ou AINE. Os sintomas predominantes são dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, perda ponderal e hemorragia
digestiva. Os métodos diagnósticos incluem enema baritado, endoscopia e tomografia computadorizada. O tratamento da fístula gastrocólica depende
da doença subjacente, mas consiste principalmente em suporte nutricional e ressecção cirúrgica, se indicado.

*Hospital Geral Roberto Santos, Bahia.

TL.E.MIS.P.819
GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA: UM RELATO DE CASO
Diego Cardoso Baima*, José Sebastião dos Santos*, Rafael Kemp*, Rafael Lopes Gurgel*, Rafael Pasqualini de Carvalho*,
Huria Shalom Monturil*, Francesca Maia Faria*

Resumo - Introdução - A gastroenterite eosinofílica é uma doença rara caracterizada pela infiltração de eosinófilos em um ou mais segmentos do trato
digestivo. Objetivo - Relatar um caso de Gastroenterite Eosinofílica. Resumo do Caso - Homem, 30 anos de idade, com história de trombose de veia porta
secundária a trombocitemia essencial, há dois meses iniciou quadro de diarreia aquosa com despertar noturno, vômitos e empachamento pós-prandial,
associado à perda de dezesseis quilos. A colonoscopia revelou doença diverticular dos cólons e a endoscopia digestiva alta mostrou duodeno com mu-
cosa edemaciada. Biópsias revelaram 25 eosinófilos/CGA no duodeno, 20 esosinófilos/CGA em antro gástrico, 40 eosinófilos/CGA em corpo e fundo
gástricos e 11 eosinófilos/CGA em cólon. A dosagem de IgE estava aumentada (477 KU/L - valor normal < 100) e o “prick test” se revelou positivo
para alguns alimentos. Após iniciar tratamento com corticoide oral e restrição de alimentos, evoluiu com remissão completa dos sintomas e recuperação
do peso inicial. Comentários - A apresentação e evolução clínica desta afecção depende da localização, da extensão e da profundidade da doença no
trato digestivo. O tratamento envolve corticoterapia e restrição alimentar. O diagnóstico deve ser lembrado em pacientes com queixas gastrointestinais
inespecíficas, associadas à eosinofilia periférica, e nos diagnósticos diferenciais da síndrome disabsortiva, alterações de motilidade sem causa evidente e
síndrome do intestino irritável.

* USP-RP, São Paulo.

TL.E.MIS.P.820
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA VOLUMOSA POR PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA
GASTRODUODENAL
Fábio Gomes Teixeira*, Iara Silva Sousa Pinheiro*, Clelma Pires BATISTA*, Jerusa Santos dos REIS*,
Keila Vale Matos CANTANHEDE*, Lívia Ronise Garcia Arraes*, Nagib Abdalla Filho*, Isabela Carvalho Ferraz*

Resumo - Introdução - O pseudoaneurisma de artéria gastroduodenal é uma causa muito rara de hemorragia digestiva alta, com elevada mortalidade
(15 a 40%). Tem etiologia congênita, traumática ou associada à pancreatite crônica. Relato de caso - Paciente de 61 anos, deu entrada com história de
melena e enterorragia volumosa. Passado de úlcera péptica duodenal hemorrágica. Hemoglobina de 5g/dl. Realizada EDA = Presença de lesão de aspecto
polipoide na parede posterior da transição do bulbo com a segunda porção duodenal com sangramento ativo. Realizada escleroterapia com solução de
adrenalina + glicose 50% - 10 ml com parada do sangramento. Apresentou recidiva do sangramento, sendo feita nova EDA com escleroterapia com solu-
ção de etanolamina + glicose - 10 ml. Apresentou novo sangramento com instabilidade hemodinâmica, sendo encaminhado para exame de arteriografia
mesentérica, que evidenciou pseudoaneurisma com sinais de sangramento ativo em ramo proximal da artéria gastroduodenal com extravasamento de
contraste para dentro da luz visceral. Realizada embolização do ramo sangrante e da artéria gastroduodenal junto a origem deste ramo, com parada por
completo do sangramento. O paciente evoluiu bem e recebeu alta uma semana após a internação. Conclusão - A presença de pseudoaneurismas deve ser
sempre lembrada em sangramento digestivo alto sem etiologia, recidivantes e refratários ao tratamento endoscópico. A arteriografia seletiva é a melhor
opção para a embolização e controle da hemorragia nesses casos.

*Hospital São Domingos, Maranhão.

310 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Pôsteres

TL.E.MIS.P.821
PNEUMATOSE CISTOIDE INTESTINAL EM PACIENTE COM DOR ABDOMINAL
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Rodrigo Correa Hid Fixfex*, Paulo de Tarso Peres Irulegui*

Resumo - Pneumatose cistoide intestinal (PCI) é uma doença rara, caracterizada pela presença de múltiplos cistos gasosos na parede intestinal, compro-
metendo a camada subserosa e submucosa. Mais frequente em adultos do sexo masculino, pode acometer o trato gastrintestinal difusamente (22%), ou de
forma isolada no intestino delgado (42%) ou grosso (36%). Pode ser classificada como primária ou secundária, esta última de ocorrência mais comum e
associada a uma variedade de doenças e procedimentos. Relatamos o caso de paciente do sexo masculino, 78 anos, que referia dor abdominal predominante
em mesogástrio há 1 mês, inespecífica. Durante investigação diagnóstica, observou-se pesquisa positiva de sangue oculto nas fezes e posterior colonoscopia
evidenciou diversas lesões polipoides em cólon esquerdo, coalescentes, com diâmetro variando entre 5 a 10 mm, cuja biópsia promovia seu desaparecimento.
Resultado anatomopatológico revelou tratar-se de PCI, com cistos gasosos comprometendo a parede intestinal, associado ao aumento de eosinófilos. Houve
melhora progressiva do quadro álgico com o uso de sintomáticos, sem necessidade de tratamento específico e o paciente não evoluiu com novos episódios
dolorosos durante acompanhamento ambulatorial. Conclui-se que a PCI deve ser lembrada como diagnóstico diferencial das causas de dor abdominal e a
experiência do endoscopista e patologista são importantes ferramentas para elucidação diagnóstica, principalmente nas formas primárias de apresentação.

*HE-FMIt, Minas Gerais.

TL.E.MIS.P.822
POLIPOSE LINFOMATOSA MÚLTIPLA DO TRATO GASTROINTESTINAL - RELATO DE CASO
Leonardo Fayad*, Fabio Toshio Kakitani*, Vivian Mayumi Ushikubo*, Elaine Tomita*, Sandra Teixeira*, José Ederaldo Queiroz
Telles*, Ricardo Hohmann Camiña*, Ana Flávia Cardoso Buarque COSTA*, Cristiane Vieira da Cruz*, William Bento do Amaral*

Resumo - Introdução - Polipose linfomatosa múltipla (PLM) é forma rara de linfoma primário do trato gastrointestinal (TGI). São observados pólipos
de diferentes tamanhos encontrados nos diversos segmentos do TGI. Objetivos - Relatar um caso de PLM atendido no setor de gastroenterologia do
HC-UFPR. Relato de caso - Masculino, 71 anos, há 7 meses com dor abdominal que evoluiu com emagrecimento, linfadenopatia generalizada e hemato-
quezia. Sem febre ou sudorese noturna. Exames laboratoriais demonstravam apenas anemia moderada. Tomografia computadorizada: esplenomegalia
e linfonodomegalia mediastinal, axilar e mesentérica. Na endoscopia digestiva alta, notam-se pregas gástricas espessadas e múltiplos pólipos no fundo
e duodeno, medindo de 2 a 50 mm. Colonoscopia com inúmeras formações polipoides em todos os segmentos colônicos, de 2 a 15 mm e outras duas
formações nodulares com 40 mm de diâmetro no angulo esplênico. A histologia ilustra processo linfoproliferativo atípico e difuso de linfócitos pequenos e
irregulares. Ciclina-D1 e CD20 positivos à Imunohistoquímica. Biópsia de medula óssea normocelular. Atualmente paciente em tratamento com esquema
R-CHOP. Discussão - doença rara e agressiva que acomete mais comumente homens na quinta e sexta décadas de vida. O cólon é afetado em 90% dos
casos, seguido do delgado em 69%. Diagnostico definitivo depende do estudo histopatológico seguido de Imunohistoquímica com CD20+ e ciclina-D1+.
O tratamento com R-CHOP tem taxa de recidiva de 31% em 2 anos.

*Hospital de Clínicas da UFPR, Paraná.

TL.E.MIS.P.823
RELATO DE CASO: PERDA DE PESO EM PACIENTE SUPER OBESO. ALTERNATIVA A CIRURGIA
BARIÁTRICA: TRATAMENTO CLÍNICO, SEGUIDO DO IMPLANTE DE DOIS BALÕES INTRAGÁSTRICOS
CONSECUTIVOS
Sérgio A. Barrichello Jr.1, Gabriel Cairo Nunes1, André Zamarian Veinert2, Mario Eduardo Mendes Silva3,
Thiago Ferreira de Souza*

Resumo - Introdução - A técnica do Balão gástrico (BIG) é considerada uma excelente estratégia para pacientes superobesos que não possuem condições
ou não aceitam a cirurgia bariátrica. Objetivo - Relatar caso de estratégia de perda ponderal em paciente superobeso utilizando dietoterapia seguida do
implante de BIG. Metodologia - Estratégia de tratamento com dietoterapia mais exercícios físicos, implante do primeiro balão gástrico e planejamento
do implante do segundo BIG pós explante do primeiro. Relato de caso - Paciente com IMC inicial de 98,59 kg/m². Objetivo perda de 10% do peso para
realização de by-pass. Paciente evoluiu com perda ponderal de 20% do peso após a primeira fase que durou 4 meses de exercícios físicos e dietoterapia.
Optou-se pelo BIG. No quinto mês após o implante do BIG, paciente apresenta perda de mais 14,2% do peso inicial, encontrando-se com 140 kg. Pa-
ciente apresentou Refratariedade a intervenção cirúrgica. Sendo estabelecido implante de novo BIG. Conclusão - A abordagem clínica seguida de técnicas
minimamente invasivas pode ser uma alternativa interessante às cirurgias. Visto a dificuldade do controle nutricional, principalmente no primeiro ano
pós-cirurgia 1, 2, 3, Apesar de inúmeros artigos mostrarem taxas de mortalidade em torno de 1%, trabalhos com longas revisões como o de J. Picot 4,
mostram mortalidade de até 10%. Após a perda de 70 kg e desejo de não ser submetida à intervenção cirúrgica a troca do BIG está programado para
meados de agosto.

1
HC-FMUSP; 2Beneficência Portuguesa de São Paulo; 3UNIFESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 311


ENDOSCOPIA • orais
TL.E.CPRE.O. 824
ENTEROSCOPIA MONO BALÃO PARA COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA
EM PACIENTES SUBMETIDOS À OPERAÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL ALTO -
EXPERIÊNCIA INICIAL
Flavio Hayato EJIMA1, Wallace Acioli Freire de GOIS2, Paulo Moacir CAMPOLI3, Bruno Chaves SALOMÃO4

Resumo - Introdução - A colangiopancreatografia retrógrada (CPRE) nos pacientes submetidos a alterações da anatomia do trato gastroin-
testinal superior e um desafio para os endoscopistas e pacientes. A enteroscopia mono ou duplo balão vem sendo uma opção terapêutica nestes
casos. Objetivo - Relatar a experiência inicial do serviço de referência em Brasília (HRT) nas enteroscopias para CPRE em pacientes com o
trato gastrointestinal superior alterado cirurgicamente. Métodos - Foram analizados 10 casos consecutivos encaminhados de outros serviços
para tratamento por CPRE por enteroscopia mono balão. Submetidos à sedação sob supervisão de dois médicos. Resultados - Foram realiza-
das 10 enteroscopias em pacientes para CPRE em 12 meses, com média de idade de 57,3 anos (entre 53 e 77 anos). Em quatro pacientes com
reconstrução a bii e seis com reconstrução em “y” de Roux. A indicação do exame foi em quatro pacientes coledocolitiase e em seis pacientes
estenose da anastomose biliodigestiva. Taxa de sucesso de 80% (colangiografia e dilatação ou retirada do cálculo em 7 pacientes e 1 paciente
com colangiografia normal). Discussão - A enteroscopia com balão em nossa experiência obteve taxa de sucesso semelhante a da literatura entre
64% e 100%. Mostrando ser uma opção eficaz no tratamento da via biliar nos pacientes com reconstrução a bii e em “y de roux”.

1
HRT, 2HMIB, HCB, 3Hospital Araujo Jorge, 4HBDF, Goiás.

TL.E.CPRE.O.825
ESTENOSE BILIAR EXTRA-HEPÁTICA: VALOR DO ESCOVADO ENDOSCÓPICO PARA
DETECÇÃO DE MALIGNIDADE – EXPERIÊNCIA INICIAL
Marina da Silveira BOSSI*, Patrícia Frizzarini EXPOSITO*, Rita Barbosa de Carvalho*, Ciro Garcia Montes*, Jose
Olympio MEIRELLES-Santos*

Resumo - Introdução - As estenoses biliares extra-hepáticas podem ocorrer por processos benignos ou malignos. Com os avanços cirúrgicos
e das técnicas de tratamento paliativo (prótese), o diagnóstico das lesões se tornou essencial para a decisão terapêutica. A citologia endobiliar
é um bom método por ser menos invasivo e possuir baixa taxa de complicação; sua sensibilidade varia bastante na literatura (30% a 61%)
dependendo do método empregado. Objetivo - Avaliar a sensibilidade do escovado em estenose maligna realizados com a pinça Infinity no
Gastrocentro/Unicamp. Materiais e Métodos - Critérios de inclusão: estenose maligna confirmada por biópsia, cirurgia ou evolução clínica.
Critérios de exclusão: estenose benigna confirmada e insucesso do método. Utilizada escova de citologia Infinity da US Endoscopy. Técnica - A
escova é passada duas vezes através da estenose guiada por fio e radioscopia. O esfregaço é feito em duas lâminas. A ponta da escova é enviada
junto ao material e submetida à centrifugação para citologia. Resultados - Entre fevereiro e junho de 2013 selecionou-se 8 casos: 6 neoplasias de
pâncreas e 2 de vesícula biliar. Escovado positivo em 5 casos, com sensibilidade de 62,5%. Conclusão - A sensibilidade do escovado endobiliar
com a Infinity mostra resultados satisfatórios quando comparado à literatura. A técnica parece ser eficaz na captação de material para citologia.

*UNICAMP, São Paulo.

TL.E.COL.O.826
CAPNOGRAFIA VOLUMÉTRICA: MÉTODO NÃO-INVASIVO, SEGURO E EFICAZ NA AVALIAÇÃO
ORAIS • colonoscopia

RESPIRATÓRIA EM PACIENTES SUBMETIDOS À COLONOSCOPIA DIAGNÓSTICA COM


INSUFLAÇÃO DE AR COMPRIMIDO E GÁS CARBÔNICO
Marcos Mello Moreira*, Olympio Meirelles-Santos*, Michel Gardere Camargo*, Drauzio Moraes*, Leonardo
Trevisan*, Nelson Miyajima*, Cecilia Q. Silva*, Claudio S.R. Coy*

Resumo - Introdução - A utilização de CO2 em exames endoscópicos associa-se a maior conforto após os procedimentos. As avaliações por
métodos não-invasivos de monitorização do CO2 são interessantes. Objetivo - Avaliar a eficácia da capnografia volumétrica (CV) em pacientes
submetidos à colonoscopia com insuflação de CO2. Método - Randomizou-se dois grupos, Grupo A (n=23) insuflação com ar e Grupo B (n=26)
insuflação CO2. Exames sob sedação com cateter nasal de O2 a 3 L/min. Registrou-se PetCO2, frequência respiratória (FR), cardíaca (FC) e
volume minuto alveolar (VM alv) com oxi-capnógrafo_CO2SMO-Plus-8100®_Dixtal. Conectou-se o sensor do capnógrafo a uma máscara
anestésica e esta ao rosto do paciente. Analisamos os parâmetros no primeiro minuto (PI), ceco (PC) e último minuto (PF). Foram excluídos
portadores de pneumopatias. Resultados - A idade média foi no Grupo A=56,5 e grupo B=50,9 sendo, 35/50 % feminino nos grupos A/B. Não
se observou diferenças nos parâmetros avaliados nos três tempos; não ocorreu hipercapnia. Quanto a PetCO2 nos grupos A e B nos PI (28/27),
PC (30/30) e PF (28/31); FR no PI (18/17), PC (26/22) e PF (19/19); FC no PI (78/82), PC (84/86) e PF (74/86); VM alv PI (4,7/4,6), PC(5,7/4,4)
e PF (4,5/5,6). Quanto à SpO2 um paciente de cada grupo apresentou queda de saturação abaixo de 85% por 5 e 6 segundos (A/B). Conclu-
são - A CV mostrou-se eficaz na monitoração dos parâmetros ventilatórios nos pacientes submetidos à colonoscopia com insuflação de CO2.
?

*Gastrocentro FCM-UNICAMP, São Paulo.

312 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Orais

TL.E.COL.O.827
CARACTERIZAÇÃO ENDOSCÓPICA DE ADENOMAS SERRILHADOS SÉSSEIS
Denise Peixoto Guimarães*, Letícia dos Santos YAMANE*, Cristovam SCAPULATEMPO NETO*,
Liza Maria ALVARENGA*, Thiago Rabelo da CUNHA*, Emiliano de Carvalho ALMODOVA*, Gilberto FAVA*,
Rui Manoel REIS*

Resumo - Introdução - Detectar e ressecar lesões precursoras são fundamentais na redução da incidência do câncer colorretal (CRC). Adenomas
serrilhados sésseis (SSA) foram recentemente reconhecidos como lesões precursoras do CCR, e por apresentarem elevada frequência de mutações do
oncogene BRAF. A identificação dessas lesões na colonoscopia é difícil. Em um estudo recente, foi sugerido um novo padrão de criptas, especifico destas
lesões. Objetivo - Descrever as características endoscópicas dos SSAs. Casuística e Métodos - Utilizando colonoscópios de alta resolução (Olympus 180
e Fuginon 4400) e cromoscopia com indigo carmim 1%, 342 lesões precursoras foram ressecadas em 155 pacientes. SSA foi diagnosticado em 13 (3,8%)
casos [8 mulheres e 5 homens; mediana de 63 anos (51-89)]. Os SSAs foram classificados segundo a classificação de Paris, padrão de criptas (Kudo),
pela presença do padrão II-0, e para a presença de mutações de BRAF. Resultados - Dentre os SSAs, 7 (54%) localizavam no cólon direito, 5 (38%)
classificadas como 0-IIA e 2 (15%) maiores do que 10 mm. O padrão de criptas (Kudo) foi avaliado em 6 casos: tipo II (n=2), tipo IIIL (n=2) e misto
(II + IIIL) (n=2). Reavaliação retrospectiva das imagens revelou o padrão II-0 em 5/6 casos. Mutação de BRAF foi identificada em 30,8% dos casos.
Conclusão - Estes resultados sugerem que os SSAs têm padrão especifico de criptas. O melhor conhecimento deste padrão pode contribuir para a melhor
identificação destas lesões na colonoscopia.

*Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo.

TL.E.COL.O.828
COMPARAÇÃO ENTRE COLONOSCOPIA COM MAGNIFICAÇÃO E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)
NO ESTADIAMENTO DE NEOPLASIAS PRECOCES DE RETO
Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*, Caio Sergio Rizkallah Nahas*, Carlos Frederico Sparapan Marques*,
Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Sergio Carlos Nahas*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - O diagnóstico correto dos pacientes com neoplasia precoce de reto pode proporcionar terapêutica menos agressiva. Lesões ex-
tensas podem ser diagnosticadas erroneamente como neoplasias avançadas. Objetivo - Comparar a eficácia entre a avaliação endoscópica e a ressonância
magnética no estadiamento das neoplasias precoces de reto (NPR). Métodos - Comparar a eficácia no estadiamento local de pacientes com NPR por
colonoscopia com cromoscopia e magnificação e RM, utilizando-se o resultado anatomopatológico das lesões ressecadas como padrão-ouro. Resultados
- Entre 2010 e 2013, 40 pacientes com NPR foram diagnosticados por colonoscopia, sendo que 18 deles apresentavam RM associada no estadiamento
local. Destes, dois foram excluídos do estudo. Dos 16 pacientes incluídos, a colonoscopia apresentou acerto no estadiamento em 68,7% e a RM em 0%,
com superestadiamento em 93,7%. Considerando o diagnóstico de cada método na definição da terapêutica (ressecção local ou ressecção cirúrgica), a
colonoscopia apresentou acerto em 93,7% a RM em 12,5% Conclusão - A avaliação endoscópica mostrou-se mais eficaz no estadiamento das lesões de
reto. A RM superestadia a lesão, podendo induzir uma conduta exclusivamente cirúrgica para um paciente com possibilidade de cura com ressecção local.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.COL.O.829
DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA DE CROHN ESTENOSANTE
Lorena Pithon Lins*, Leandro Ferreira Ottoni*, Fernando Gomes de Barros COSTA*, André Zonetti de Arruda Leite*,
Aytan Miranda Sipahi*, Flair José Carrilho*, Cláudio Lyoiti Hashimoto*

Resumo - Introdução - O comportamento estenosante da doença de Crohn (DC) altera a qualidade de vida e a morbidade, frequentemente requerendo
tratamento cirúrgico. A dilatação colonoscópica é uma alternativa menos invasiva. Objetivo - Avaliar a evolução sintomática e a necessidade de cirur-
gia de pacientes com DC submetidos à dilatação colonoscópica. Métodos - Estudo retrospectivo longitudinal. Dos 255 pacientes com DC estenosante
acompanhados pelo grupo de Intestino/HC-FMUSP, 11 realizaram dilatação. Resultados - Onze pacientes (5 mas. e 6 fem.), média de idade: 46 anos
±14, idade média no diagnóstico: 26 anos ±15. Localização da doença: ileocólica (63%); pancolite (27%); delgado (9%). Comportamento fistulizante em
72%. Média de anos em acompanhamento prévio ao diagnóstico da estenose: 17 ± 7. Quanto ao tratamento - 36% monoterapia com azatioprina; 18%
monoterapia com infliximabe; 45% terapia combinada (azatioprina e infliximabe). Sintoma ao diagnóstico da estenose: dor abdominal (45%); subolcusão
(36%); diarreia (36%). Localização da estenose: anastomose íleo-cólica (63%); cólon (18%); reto (18%). Técnica utilizada foi a do balão hidrostático
(insuflação de 12 a 20 mm). 62% dos pacientes relataram melhora da queixa inicial. 45% dos casos tiveram falha técnica já que o aparelho não transpôs
a estenose após dilatação. Não houve nenhuma complicação imediata. Conclusão - A dilatação endoscópica é a uma alternativa segura e menos invasiva
no manejo dos pacientes portadores de DC estenosante

*Faculdade de Medicina da USP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 313


Endoscopia • Orais

TL.E.COL.O.830
DISSECÇÃO SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA EM NEOPLASIAS PRECOCES DE CÓLON E RETO:
EXPERIÊNCIA DE 28 CASOS EM CENTRO ONCOLÓGICO
Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*, Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*,
Bruno da Costa Martins*, Caio Sergio Rizkallah Nahas*, Carlos Frederico Sparapan Marques*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - Dissecção submucosa endoscópica (ESD) é uma nova modalidade terapêutica, alternativa ao tratamento cirúrgico de neoplasias
precoces. A terapêutica por ESD em lesões colorretais mostra alto índice de ressecções em monobloco, porém sua complexidade técnica parece levar à
maior taxa de complicações. Método - Análise retrospectiva dos casos submetidos à ressecção endoscópica por ESD de lesões localizadas em cólon e reto,
em centro de referência oncológica. Resultados - Foram realizadas 28 dissecções em 27 pacientes (16 do sexo feminino). Os pacientes tinham idade média
de 62,7 anos (de 40 a 83 anos). A média do tamanho das lesões foi 55,8 mm e ressecção em monobloco ocorreu em 96,4% dos casos. Houve perfuração
em 6 procedimentos (21,4%) e todos foram tratados conservadoramente. Outras complicações foram síndrome pós-polipectomia e pneumoperitônio.
Considerando os últimos 22 procedimentos, a taxa de perfuração cai para 9,09%. Um procedimento foi interrompido devido à perfuração e a peça foi
ressecada em um segundo momento. Foi obtida ressecção R0 em 85,7%. A taxa de cura foi de 95,4%, excluindo 5 casos que ainda não retornaram para
seguimento. Conclusão - A ressecção de neoplasias colorretais precoces por ESD se mostra altamente curativa com taxas de complicações provavelmente
relacionada à técnica em si e à curva de aprendizado.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.COL.O.831
RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA SUBMUCOSA COLORRETAL - EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO
UNICAMP
Olympio Meirelles-Santos*, Nelson Myiajima*, Drausio Jeferson de Morais*, Natalia Panzetti Vieira*, Raquel Franco Leal*,
Joao Jose Fagundes*, Ingrid Neves dos Santos*, Claudio S.R. Coy*

Resumo - Introdução - A dissecção endoscópica submucosa (DES) possibilita ressecção em bloco de lesões além de possibilitar melhor avaliação
histopatológica. Objetivos - Relatar a experiência do Gastrocentro - Unicamp abordando exequibilidade e complicações no tratamento de lesões neoplá-
sicas colorretais por DES. Materiais e Métodos - Indicou-se nos portadores de lesões de crescimento lateral maiores do que 20 mm e com diagnóstico
histológico de adenoma. Excluídos pacientes com sinais endoscópico de invasão submucosa ou ausência de elevação da lesão após infiltração submucosa.
Acompanhamento: colonoscopias após 30, 90 e 180 dias. Resultados - De setembro/2010 a abril/2013, 24 pacientes, idade média 57,1 (45-85) anos, 17
feminino, foram submetidos a DES. Tamanho médio foi 34,3 (20-70) mm, 12 no reto, uma em sigmoide, 2 descendente, 5 transverso, 2 ascendente e 2
no ceco. Duração média de 144 min (60 a 420 min), sendo 21 (87,5%) ressecadas em monobloco e uma não ressecada por dificuldades técnicas. Houve
duas complicações (8,3%) tratadas com colocação de clipes (um sangramento e uma perfuração), ambos com boa evolução. Diagnóstico histológico: 6
adenoma com áreas de carcinoma intra-epiteial, 3 adenocarcinoma com invasão de submucosa e 15 adenomas. 3 (12,5%) apresentaram margem lateral
focalmente comprometida, sendo uma (4,2%) recidiva no acompanhamento. Conclusão - A dissecção submucosa possibilitou adequada avaliação histo-
lógica dos espécimes, e baixo índice de recidiva e complicações.

*Gastrocentro FCM-UNICAMP, São Paulo.

TL.E.ECO.O.832
USO DE PRÓTESE METÁLICA AUTOEXPANSÍVEL NA DRENAGEM DE COLEÇÕES LÍQUIDAS
ORAIS • ecoendoscopia

PANCREÁTICAS
Dalton Marques Chaves*, Carolina Eliane Reina-Forster*, Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro*, Debora Vieira Albers*,
Silvia Mansur Reimão*, André Luis de Oliveira Novaes*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - Drenagem endoscópica de coleções líquidas pancreáticas (CLP) é uma opção terapêutica às drenagens cirúrgicas ou percutâneas.
Objetivo - Avaliar segurança e benefício do uso de prótese metálica autoexpansível (PMAE) na drenagem endoscópica de CLP. Método - Série de casos,
em hospital terciário, entre janeiro de 2010 a janeiro de 2013. Critérios de inclusão: sintomas clínicos, CLP > 6 semanas e > 9 cm. Foram inclusos um total
de 16 pacientes (8 PMAE não–recobertas e 8 PMAE parcialmente recobertas). Realizada dieta líquida (7 dias) e antibioticoterapia (10 dias). Remoção da
PMAE foi precoce nos pseudocistos e mais tardia em casos de “walled-off necrosis”. Seguimento com endoscopias em 15, 45 dias e entre 2-3 meses, com
avaliação da resposta por TC e ecoendoscopia. Resultados - Houve sucesso terapêutico em 100% dos casos. Indicação clínica: febre (9), dor abdominal
(5) e obstrução gástrica (2). Diâmetros das CLP: 9 a 28 cm. Tempo após pancreatite: 7 a 48 sem. Tempo médio dos procedimentos: 35 (20-60) min. Não
houve complicação precoce. Complicações tardias: sangramento (1), obstrução da PMAE (2) e febre (9), com manutenção de antibiótico e sessões de
lavagem da CLP. Tempo médio de resolução: 35 (15-120) dias. Conclusão - Utilização de PMAE foi efetiva na drenagem imediata e resolução das CLP.
Entretanto, devido ao risco de obstrução e infecção, sua troca por próteses plásticas deve ser avaliada precocemente.

*HC-FMUSP, São Paulo.

314 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Orais

TL.E.EDA.O.833
ANÁLISE DA CURVA DE APRENDIZADO DA DISSECÇÃO SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA (ESD) PARA

ORAIS • end. digistiva alta


TRATAMENTO DE LESÕES GÁSTRICAS
Maria Sylvia Ierardi Ribeiro1, Stephanie Wodak1, Carla Cristina Gusmon1, Gerson Cesar Brasil Junior2,
Caterina Maria Pia Simione Pennacchi1, Marcelo Simas de Lima1, Fauze Maluf-Filho1

Resumo - Introdução - A técnica de ESD representa real avanço no tratamento endoscópico do câncer gástrico precoce, permitindo elevada taxa de
ressecção curativa, com baixa recorrência, à custa de maior tempo de procedimento e risco de complicações. O conhecimento da curva de aprendizado pode
orientar a formação de novos profissionais e determinar proficiência para a técnica. Objetivo - Analisar a curva de aprendizado de ESD para tratamento
de neoplasias gástricas precoces. Casuística e Métodos - Estudo retrospectivo com pacientes 24 pacientes submetidos a ESD gástrico entre jan/09 a jun/13.
Todas ESD foram realizadas por único operador. Os dez primeiros casos foram definidos como grupo 1 e os 14 subsequentes, grupo 2. Resultados - A
média de idade foi de 71.3 anos e tamanho médio das lesões ressecadas de 27 mm (15-50) no grupo 1 e 71 anos e 21.9 mm (8-80) no grupo 2. A duração
média do procedimento de 129 minutos (50-330) no grupo 1 e 105 minutos (40-240), no grupo 2 (p=.42). Ressecção completa foi possível em 70% dos
pacientes, ocorrendo perfuração em 20% e sangramento em 10% dos pacientes no grupo 1. No grupo 2 ressecção completa ocorreu em 92,8% (p=0,15),
com incidência de perfuração de 7,1% (p=.3) e sangramento de 14,3%. (p=.76) Conclusão - Após os 10 primeiros casos de ESD, há aumento da taxa de
ressecção completa e redução do risco de perfuração.

1
ICESP, São Paulo. 2HUOC-UPE, Pernambuco.

TL.E.EDA.O.834
AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA E HISTOLÓGICA DE UMA SÉRIE DE CASOS DE
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA DO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA DO
HOSPITAL FELÍCIO ROCHO, EM BELO HORIZONTE NO ANO DE 2012
Marcelo Vieira Barros de Lima1, Quelson Coelho LISBOA1, Edivaldo Fraga Moreira1, Felipe Neves Ferreira1,2,
Patrícia Coelho Fraga Moreira1, Paulo Fernando Souto BITTENCOURT1, Rodrigo RODA1, Amanda Brito Farias BOTELHO E Silva1,2

Resumo - A esofagite eosinofílica representa uma doença esofageana crônica, clinicamente relacionada à disfunção esofageana e histologicamente por
inflamação com predomínio de eosinófilos. A endoscopia digestiva alta é o método diagnóstico de escolha na suspeita clínica de EEo. Objetivos - Descrever
as características clínicas, endoscópicas e histológicas de uma série de casos. Métodos - estudo prospectivo de pacientes adultos e pediátricos submetidos à
endoscopia digestiva alta no período de um ano, com sintomas de disfunção esofageana. Resultados - foram realizadas 3288 endoscopias em 2012. O diag-
nóstico de EEo foi feito em 1,4% dos casos (n=47). Destes, 78,2% (n=37) eram do sexo masculino, idade média era 20,9 anos (1 a 56 anos) e 31,9% (n=15)
tinham idade menor que 18 anos. O sintoma mais comum na população pediátrica foi disfagia (66,7%, n=10), seguida pela dor abdominal (20%, n=3). No
adulto, o sintoma mais comum foi disfagia (56,3%, n=18), DRGE em 40,6% (n=13). Os achados endoscópicos mais comuns: exsudatos brancacentos 57,4%
(n=27) dos casos, estrias longitudinais 48,9% (n=23), estenose 10,6% (n=5) e anéis esofágicos 10,6% (n=5). Conclusão - A incidência de EEo entre todas as
endoscopias realizadas no período de um ano foi de 1,4%, acometendo em sua maioria homens, crianças e adultos jovens com história de disfunção esofageana
e passado de atopia. Destes, a maioria tinha achados endoscópicos sugestivos da doença, mas a endoscopia normal não afastou o diagnóstico histológico.

1
Hospital Felício Rocho, 2Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Minas Gerais.

TL.E.EDA.O.835
DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIA ESOFÁGICA SUPERFICIAL EM PACIENTES COM CÂNCER DE
CABEÇA E PESCOÇO
Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Lerardo Ribeiro*, Carla Cristina Gusmon*, Bruno da Costa Martins*,
Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Marco Aurelio Kulcsar*, Ulysses Ribeiro Jr*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - O carcinoma escamocelular esofágico (CEC) geralmente é diagnosticado em estádios avançados. Em população de alto risco, o
programa de vigilância endoscópica melhora a taxa de detecção de neoplasias em estadio precoce aumentando a chance sobrevida. Objetivo - Comparar
a eficácia da avaliação endoscópica do esôfago, utilizando luz branca (LB), cromoscopia óptica (NBI) e solução de Lugol (SL), na detecção do CEC
em pacientes com câncer de cabeça de pescoço (CCP) Casuística e Métodos - Analise retrospectiva dos pacientes com antecedente de CCP submetidos à
vigilância endoscópica para detecção de CEC esofágico. A avaliação foi sistemática e sequencial: LB, NBI e SL. As áreas discrômicas, em geral averme-
lhadas à luz branca, aquelas acastanhadas ao NBI e aquelas descoradas após a cromoscopia com Lugol foram biopsiadas. Resultados - De julho de 2012
até junho de 2013, foram realizadas 274 endoscopias em pacientes com antecedente de CCP (81,7% homens), com idades entre 26 e 90 anos. Do total de
pacientes avaliados, 20 (7,3%) apresentavam lesões neoplásicas confirmadas histologicamente, sendo que 55% foram evidenciadas à LB, 90% ao NBI e
100% com SL (LB vs. NBI p=0,01; LB vs. SL p<0,001; NBI vs. SL p=0,24). Conclusão - As cromoscopias óptica e digital apresentam taxas de detecção
de neoplasia precoce superiores à luz branca, sendo fundamental sua utilização em pacientes com alto risco de CEC de esôfago.

*ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 315


Endoscopia • Orais

TL.E.EDA.O.836
DISSECÇÃO SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA DAS NEOPLASIAS PRECOCES DE ESÔFAGO,
EXPERIÊNCIA EM HOSPITAL ONCOLÓGICO DE ATENÇÃO TERCIÁRIA
Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Lerardo Ribeiro*, Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*,
Bruno da Costa Martins*, Marco Aurelio Kulcsar*, Ulysses Ribeiro Jr.*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - A dissecção submucosa endoscópica (ESD) é tratamento aceito para o carcinoma epidermoide (CEC) precoce de esôfago.
Objetivo - Relatar os resultados de ESD em hospital oncológico de atenção terciária. Casuística e Métodos - Análise retrospectiva dos casos submetidos a
ESD. Resultados - No período de Jan de 2010 a Jul de 2013, foram tratados 8 pacientes, com idades variando entre 41 e 73 anos, 87,5% com antecedente
de CEC de cabeça e pescoço. As lesões apresentavam tamanho entre 12 e 40 mm. Todas foram ressecadas em monobloco sem intercorrências. A análise
histopatológica confirmou CEC em todos os casos. Cinco lesões estavam restritas à mucosa e em 3 casos foi evidenciada invasão submucosa. O seguimento
foi de entre 1 e 22 meses. Em 5 pacientes, a dissecção envolveu mais de 3/4 da circunferência do órgão, e evoluíram com estenose no local da dissecção.
Cinco pacientes foram tratados através de sessões de dilatação (entre 2 e 10), e em 3 deles associou-se aplicação de triancinolona. Dos pacientes que
apresentam mais de 6 meses de seguimento, em todos a dilatação endoscópica apresentou bons resultados. Dois pacientes ainda estão sendo submetidos
a sessões de dilatação. Conclusão - A ESD apresenta elevada taxa de ressecção R0 em pacientes com CEC superficial de esôfago. A estenose resultante
de ressecções extensas tem boa resposta às dilatações endoscópicas.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.EDA.O.837
DISSECÇÃO SUBMUCOSA PARA O TRATAMENTO DE LESÕES SUPERFICIAIS DO APARELHO
DIGESTIVO. EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO - UNICAMP
Olympio MEIRELLES-SANTOS*, Nelson Myiajima*, Tatiana RICCI*, Julia Cardoso Vaz Dias*, Rita CARVALHO*,
Ciro G. Montes*, Ingrid Neves dos Santos*, Claudio S.R. Coy*

Resumo - Introdução - A dissecção endoscópica submucosa (DES) possibilita ressecção em bloco de lesões maiores com baixa taxa de recorrência. Obje-
tivos - Relatar experiência do Gastrocentro -Unicamp abordando exequibilidade e complicações no tratamento de lesões neoplásicas esofágicas, gástricas e
colorretais por DES. Materiais e Métodos - A seleção seguiu os critérios de indicação japoneses de ESD. Realizou-se exames endoscópicos de controle com
30, 90 e 180 dias. Resultados - De setembro de 2010 a junho de 2013, 53 pacientes, idade média de 60,7 (45-85) anos, 27 masculino, 6 lesões esofágicos, 23
gástricos e 24 colorretais. Tamanho médio de 31,2 mm (20 a 100 mm) e duração média de 124 min (60 a 420 min), sendo que 48 lesões (90,6%) foram resse-
cadas em monobloco. Ocorreram seis complicações (11,3%), tratadas endoscopicamente com boa evolução (2 sangramento, 1 subestenose e 3 perfurações).
O diagnóstico histológico evidenciou no esôfago: 4 carcinomas epidermoides, 1 tumor de células granulares e 1 adenoca bem dif em Barrett; estômago:
adenoma com displasia de baixo grau 2, Adenoma com displasia de alto grau 6. Dos adenocacinomas bem diferenciados (M1=1, M2=4, M3=6, SM1=3) e
1 adenocarcinoma pouco diferenciado Sm1 com invasão vascular. No cólon: 6 adenoma com carcinoma intra-epitelial, 3 adenocarcinoma com invasão de
submucosa e 15 adenomas. Conclusão - A ESD possibilitou adequada avaliação histológica, ausência de recidiva endoscópica e baixo índice de complicações.

*Gastrocentro FCM-UNICAMP, São Paulo.

TL.E.EDA.O.838
DISSECÇÃO SUBMUCOSA PARA O TRATAMENTO DE NEOPLASIAS PRECOCES GÁSTRICAS.
EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO - UNICAMP
Olympio MEIRELLES-Santos*, Nelson Myiajima*, Leonardo Nogueira Taveira*, Julia Cardoso Vaz Dias*, Alexsandro Sordi
Libardoni*, Ciro Garcia Montes*, Cristiane Nagasaki*, Rita Carvalho*, Claudio S.R. Coy*

Resumo - Introdução - A dissecção endoscópica submucosa (DES) possibilita ressecção em bloco de lesões além de possibilitar melhor avaliação histopato-
lógica. Objetivos - Relatar a experiência do Gastrocentro - Unicamp abordando exequibilidade e complicações no tratamento de lesões neoplásicas gástricas
por DES. Materiais e Métodos - Utilizamos os critérios de indicação japoneses de DES. Realizou-se acompanhamento com exames endoscópicos após 30,
90 e 180 dias. Resultados - Entre setembro de 2010 a junho de 2013, 23 pacientes com idade média de 68,4 (58-88) anos, sendo 14 do sexo masculino foram
submetidos a DES. O tamanho médio das lesões foi de 30,4 mm, variando de 20 mm a 55 mm. A duração média foi de 125,2 min (60 a 240 min), sendo que 1
lesão foi ressecada em 2 peças. Ocorreu uma subestenose e 1 sangramento no 7 po tratados endoscopicamente com boa evolução. O diagnóstico histológico
evidenciou: adenoma com displasia de baixo grau 2, Adenoma com displasia de alto grau 6. Dos adenocacinomas bem diferenciados (M1=1, M2=4, M3=6,
SM1=3) e 1 adenocarcinoma pouco diferenciado Sm1 com invasão vascular. Três lesões M3 apresentaram invasão vascular e 1 M2 margem focalmente
acometida. Todas as margens de profundidade estavam livres da lesão. Não se detectou recidiva local em seguimento médio de 14 meses. Conclusão - A DES
possibilitou adequada avaliação histológica dos espécimes e cura na maioria dos casos, ausência de recidiva endoscópica e baixo índice de complicações.

*Gastrocentro FCM-UNICAMP, São Paulo.

316 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Orais

TL.E.EDA.O.839
DIVERTICULOSTOMIA TRANSORAL COM GRAMPEADOR ASSISTIDA POR ENDOSCOPIA (DTGE)
PARA O TRATAMENTO DO DIVERTÍCULO DE ZENKER (DZ): EXPERIÊNCIA INICIAL
Adriana COSTA1,2, Marco Tulio Ribeiro1,2, Julia Bergonso1,2, Silvia S Grillo1,2, Livia Ydayo1,2, Paulo Corsi1,
Wagner K. Takahashi1,2

Resumo - Introdução - Apesar de sua baixa incidência, o DZ causa importantes transtornos na deglutição e seu tratamento de escolha é cirúrgico
(TC). Pacientes idosos ou de alto risco cirúrgico podem se beneficiar por técnicas alternativas ao TC. Objetivo - Relatar experiência inicial no trata-
mento do DZ através de DTGE. Material e Métodos - Entre abril/07 a dezembro/11, 3 pacientes foram submetidos a DTGE para DZ. Utilizou-se
videogastroscopio standard, anestesia geral, em ambiente cirúrgico e regime intra-hospitalar. Após posicionamento de laringoscópio de suspensão
e identificação do septo diverticular por endoscopia, utilizou-se Grampeador Endo GIA™ Universal XL Longo para secção do mesmo. Resultados
- 3 pacientes, 2 masc., idade média 65 anos (50 a 81) foram submetidos a DTGE para DZ, com sucesso. Não houve complicação relacionada ao
procedimento. Todos receberam dieta após controle radiológico e alta hospitalar em 24 horas. Num seguimento médio de 4anos (1,8a-6,4a), todos
permanecem assintomáticos. Conclusão - A DTGE tem sido utilizada com bons resultados para o tratamento do DZ, com taxa de complicações
baixas e grau elevado de alívio dos sintomas.

1
Hospital Unimed Santa Helena, São Paulo; 2Centro de Treinamento em Endoscopia – SOBED.

TL.E.EDA.O.840
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PER ORAL (POEM): EXPERIÊNCIA INICIAL - UMA NOVA PERSPECTIVA NO
TRATAMENTO DA ACALASIA
Marcos Ney da Costa Barros*, Marcelo Ferraz Passos*, Karla Christina Lopes Vanderlaars*, Maria Fernanda Cabello Sakabe*,
Eduardo Kutchell De Marco*

Resumo - Introdução - Acalasia é um distúrbio da motilidade do esôfago caracterizado por disfagia secundária ao comprometimento do relaxamento
do esfíncter inferior do esôfago (EIE). Os tratamentos têm como objetivo reduzir a pressão do EIE. Objetivo - Relatar a experiência inicial do serviço de
endoscopia do Hospital Samaritano de Sorocaba. Casuística - três primeiros procedimentos realizados em portadores de acalasia idiopática do esôfago.
Método - Os procedimentos foram realizados pela equipe após curso teórico prático no exterior e treinamento em peças anatômicas de suínos, conforme
modelo preconizado pelo Prof. Haruo Inoue. Os procedimentos foram realizados com a técnica descrita pelo Prof. Haruo Inoue, assim como os aparelhos
e acessórios utilizados. Os três pacientes jovens do sexo masculino foram previamente avaliados por endoscopia, sorologia para doença de Chagas, eso-
fagograma, e manometria esofágica. Todos portadores de acalasia idiopática. Nenhum deles com histórico de cirurgia prévia no esôfago ou mediastino,
dilatação anterior, ou injeção de toxina botulínica. Resultados - Todos os pacientes tiveram melhora clinica com grande ganho ponderal. Um paciente
apresentou complicação no pós-operatório não imediato, com tratamento conservador. Conclusão - A experiência inicial demonstra ser um procedimento
seguro, desde que observados os estágios necessários para o treinamento da equipe e na infraestrutura do serviço.

*Hospital Samaritano de Sorocaba, São Paulo.

TL.E.EDA.O.841
NECROSE ESOFAGIANA AGUDA EM PACIENTES COM CÂNCER – RELATO DE 17 CASOS
Paula Lopes*, Cindy Granados*, Ludimilla Malvão*, Alexandre Dias Pelosi*, Gustavo Mello*, Gilberto Mansur*, Simone
Guaraldi*

Resumo - Introdução - Necrose esofagiana aguda (AEN) é condição rara de etiologia e fisiopatologia multifatoriais não totalmente compreendidas.
Objetivo - Relatar casos de AEN da Seção de Endoscopia do HCI/INCA e revisar a literatura. Materiais e Métodos - De 1/1999 e 12/2011, entre 33.096
endoscopias altas (EDA), analisamos retrospectivamente os pacientes com AEN (clínica, endoscopia e histologia, terapêutica e desfecho). Resultados - Em
17 pacientes (10 H:7F), respectivamente 58,8% e 41,2% (idade de 17 a 85 anos, média de 63,5), as indicações para EDA foram sangramento gastrointestinal
(58,8%), vômitos (23,5%) e outras (17,6%). Não houve prevalência entre as neoplasias malignas apresentadas (vias áreas, 29,4%; gastrointestinal, 29,4%
e outras, 41,1%). Houve predomínio da sepse (52,9%) entre as comorbidades e complicações clínicas associadas. Em todos, a EDA revelou aparência
típica de necrose circunferencial predominante nos 2/3 do esôfago distal. Biópsias foram feitas em 35,3% destes. No desfecho, 64,7% faleceram e 35,3%
receberam alta. Conclusão - AEN é rara, de causa múltipla e severa, ainda sem causa definida. A isquemia é o mecanismo etiológico mais aceito, sendo
possível a associação com instabilidade hemodinâmica, insuficiência cardíaca, choque séptico ou hipovolêmico. O acometimento do esôfago distal, menos
vascularizado, e a interrupção abrupta na linha Z reforçam esta teoria. O tratamento inclui melhoria do estado clínico, da supressão da acidez gástrica
e da doença de base.

*Hospital do Câncer I/Instituto Nacional do Câncer (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 317


Endoscopia • Orais

TL.E.EDA.O.842
RESULTADOS TARDIOS DO TRATAMENTO DO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE PELA TÉCNICA DE ESD
Daniela Medeiros Milhomem CARDOSO1,2, Leonardo Medeiros MILHOMEM1, Jales Benevides SANTANA FILHO1, Alan KAGAN1,
Alexandre Menezes de BRITO1, Eliane Duarte Mota1, Orlando Milhomem da Mota1

Resumo - Introdução - A Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD) é uma das modalidades de tratamento curativo para o câncer gástrico precoce
(CGP). Objetivos - Avaliar os resultados tardios do tratamento do CGP pela técnica de ESD com destaque para a sobrevida observada. Métodos - Pacientes
portadores de câncer gástrico precoce tratados endoscopicamente foram incluídos. As variáveis analisadas incluíram aspectos clínicos e histopatológicos.
Para a análise de sobrevida o método de Kaplan-Meier foi utilizado. Resultados - No período de Outubro de 2005 e Abril de 2013, 31 ESD foram para o
tratamento do câncer gástrico precoce. A média de idade foi de 64,7 anos e 51% dos pacientes eram do sexo masculino. 61% das lesões foram classificadas
macroscopicamente com IIa e 35% (11 lesões) foram classificadas como M1 ao passo que 3 lesões invadiram a camada submucosa (2 SM1 e 1 SM2).
90% das ressecções foram consideradas curativas e não foi observado caso de recorrência nesse grupo. O principal fator associado à curabilidade foi a
profundidade da lesão. A sobrevida em 3 e 5 anos foi de 32,09 (95%CI 28,08 - 36,1) e 52 (95%CI 45,04 - 60,12) meses respectivamente (80% e 76,8% em 3
e 5 anos). A sobrevida foi influenciada pela macroscopia das lesões. Discussão e Conclusões - Houve um grande número de casos de ressecções curativas
e nesse grupo não foi observado recorrência. A sobrevida em 3 e 5 anos foi elevada e influenciada pela macroscopia das lesões.

Hospital Araújo Jorge – ACCG, Goiás 2Hospital Geral de Goiânia - Dr. Alberto Rassi e Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
1

TL.E.EDA.O.843
SEPULTAMENTO DO RETENTOR INTERNO DA SONDA (SRI) DE GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA
PERCUTÂNEA (PEG): COMPLICAÇÃO EM PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO (CCP)
Paula Lopes*, Cindy Granados*, Marcela Rosa*, Ludimilla Malvão*, Simone Guaraldi*, Theresa Ribeiro*,
Alexandre Pelosi*, Gustavo Mello*

Resumo - Introdução - PEG é uma via de acesso enteral simples e segura que pode evoluir com SRI. Objetivos - Descrever a frequência e as características
clínicas da SRI em pacientes com CCP submetidos à PEG. Material e Métodos - De 01/2000 a 12/2012, analisamos retrospectivamente pacientes com SRI
entre os 840 submetidos à PEG (técnica de tração), classificando-a como precoce (parcial, < 50% intramural, e subtotal, > 50% intramural) e tardia (total,
100% intramural). Resultados - Diagnosticamos 27 pacientes (3,2%) com SRI. O intervalo entre a PEG e a SRI variou de 7 a 630 dias (média = 140,5 dias).
Em 7 casos (25,9%), o diagnóstico foi feito nas primeiras 4 semanas após a PEG. SRI foi classificada em parcial (9 casos, 33,3%), subtotal (11 casos, 40,7%),
e total (7 casos, 25,9%). Todos foram tratados ambulatorialmente. Quatro casos de SRI parcial foram tratados com substituição do tubo e 5, com reposicio-
namento do tubo original. Dez casos de SRI subtotal foram tratados com substituição do tubo, 1 com remoção e nova PEG. Dos casos de SRI total, 5 foram
submetidos a nova PEG imediatamente após a remoção do tubo original; e 2, posteriormente. Conclusão - SRI é uma complicação incomum, subdiagnos-
ticada e tardia da PEG. A maioria dos casos (74,1%) foi detectada em estágio precoce de migração intramural (parcial ou subtotal); evitando complicações
infecciosas graves, e permitindo tratamentos menos invasivos como reposicionamento do tubo original ou sua retirada com a colocação de um novo.

*Hospital do Câncer I/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.O.844
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE ESTENOSES PÓS-CIRÚRGICAS EM PACIENTES SUBMETIDOS
À GASTROPLASTIA VERTICAL COM DERIVAÇÃO EM Y-DE-ROUX (GVDYR): RESULTADOS DE UM
CENTRO DE REFERÊNCIA
Adriana COSTA*, Julia Bergonso*, Marco Tulio Ribeiro*, Silvia S. Grillo*, Alana A. Victorino*, Eduardo Yamashita*,
Wagner K Takahashi

Resumo - Introdução - Estenose da anastomose gastrojejunal (EAGJ), pode ocorrer em 4 a 19% dos pacientes pós GVDYR. Dilatação endoscópica com
balão (DE) está indicada em casos de intolerância a líquidos ou inadequada evolução nutricional. Objetivo - Avaliar os resultados das EAGJ tratadas com
DE realizadas em único centro. Métodos - Análise retrospectiva de base de dados dos pacientes com suspeita clínica de EAGJ, provenientes de unidade de
internação, de emergência ou ambulatório. Principal indicação foi vômito (75%). As EDAs foram realizadas com videogastroscópio standard (Olympus), sob
sedação leve/moderada, utilizando balão dilatador de 15 mm (CooK Medical ou Boston Scientific). Resultados - entre janeiro/10 a junho/13, 81 pacientes,
60 fem.(74%), idade media 36 anos, em PO GVDYR de até 3 meses foram submetidos a 99 DE de EAGJ (media 1,27sessões/paciente). 98 foram tratados
com sucesso. Houve 2 casos de perfuração: 1 ao nível da anastomose, diagnosticada após alta e tratada cirurgicamente em outro serviço e 1 perfuração em
alça jejunal da AGJ, diagnosticada logo após o exame e tratada endoscopicamente com clips, ambos com boa evolução. Num seguimento de 2 a 42 meses,
todos se encontram assintomáticos, sem necessidade de nova intervenção. Conclusão - DE com balão para o tratamento de EAGJ pós GVDYR mostra-se
método de elevada eficácia (99%) e com baixos índices de perfuração (2%). A perfuração por DE pode ser tratada endoscopicamente em centros de referência.

*Hospital Unimed Santa Helena, São Paulo - Centro de Treinamento em Endoscopia – SOBED, São Paulo

318 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Orais

TL.E.EDA.O.845
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE PERFURAÇÃO ESOFÁGICA PÓS-DILATAÇÃO COM PRÓTESE
AUTOEXPASÍVEL – RELATO DE CASO
Daniel de Alencar Macedo Dutra*, Cláudia Utsch Braga*, Sara Cristina Batista de Lima*, Paula Brumatti Lampier Barcellos*,
Paula Hugueney Cruz*, Matheus Cavalcante Franco*, Frank Shigueo Nakao*, Ermelindo Della Libera Júnior*

Resumo - Introdução - Perfuração esofágica é uma complicação grave da dilatação endoscópica do esôfago. Alguns tratamentos por endoscopia são
descritos como substituição à cirurgia, sendo a prótese esofágica autoexpansível um dos propostos. Relato de caso - Masculino, 60 anos, esofagite cáus-
tica com 1 ano de idade. Evolução com disfagia a sólidos de longa data. Tratamento com dilatação endoscópica resultou em perfuração esofágica com
enfisema subcutâneo e pneumotórax bilateral. Realizada intubação orotraqueal, ventilação mecânica e drenagem torácica bilateral, seguida de EDA
com passagem de prótese metálica autoexpansível totalmente coberta e fixação com clipes metálicos. Mantido em terapia intensiva e antibioticoterapia.
Resultado - Melhora clínica com alta da UTI após 48 h. Inicio de dieta oral com boa evolução. Alta hospitalar após 7 dias sem queixas. Boa evolução
com retirada da prótese na 4ª semana, evoluindo com retorno da disfagia a sólidos, mas em menor grau. Conclusão - Prótese autoexpansível de esôfago
mostrou-se um bom tratamento para perfuração esofágica pós-dilatação, evitando a cirurgia de urgência.

*UNIFESP, São Paulo.

TL.E.ID.O.846
ENTEROSCOPIA - EXPERIÊNCIA DE 08 ANOS DO CENTRO DE DIAGNÓSTICO EM

ORAIS • intestino delgado


GASTROENTEROLOGIA (CDG) – UNIDADE DE ATENDIMENTO TERCIÁRIO –
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP
Flair José Carrilho*, Rafael Gonzaga Nahoum*, Caio Cesar Furtado Freire*, Marina Pamponet Motta*,
Marcela Paes Rosado Terra*, Thales Simões Nobre Pires*, Ivanna Beserra Santos*, Claudio Lyoiti Hashimoto*

Resumo - Introdução - A investigação do intestino delgado sempre foi um desafio, acessível somente por meios indiretos. Yamamoto et al. através da
técnica da enteroscopia com duplo balão possibilitou o diagnóstico direto com coleta de material e a terapia no intestino delgado. Metodologia - Estudo
retrospectivo e transversal realizado no CDG-HC FMUSP do período de fevereiro de 2006 a julho de 2011 com aparelho SIF-10 e entre agosto de 2011
a junho de 2013 (enteroscopia single ballon com aparelho SIFQ180). Resultados dos 110 exames realizados, 28 foram feitos com aparelho SIF-10 e 82
com o SIFQ-180; 50,8% eram mulheres. A média das idades foi de 47,8 anos. A EA foi realizada 70% das vezes. A progressão média do aparelho foi de
49,0 e 147,8 além do Treitz, respectivamente, com os aparelhos SIF 10 e SIF -180 e 110 cm da válvula íleo-cecal. Foram realizadas biópsias em 53,6%,
plasma de argônio em 16,0% e em 19,2% exames não houveram procedimentos. 53,8% dos achados foram lesões erosivas inflamatórias (úlceras, ente-
ropatia actínica, doença celíaca, inflamação crônica e erosões), 17,5% lesões vasculares, 4,7% linfangectasias e 0,58% malignidades. 8,7% dos exames
foram normais e 27,6% tiveram achados percebidos pela endoscopia digestiva alta. Conclusão - A enteroscopia demonstra ser uma importante ferramenta
de investigação e de terapêutica. Sem dúvida a possibilidade coleta de material e atuação terapêutica são as grandes vantagens em relação aos outros
métodos de estudo do intestino delgado.

*USP, São Paulo.

TL.E.ID.O.847
ENTEROSCOPIA DE DUPLO BALÃO EM SANGRAMENTO DIGESTIVO POR
DIVERTÍCULO DE MECKEL
Guilherme F. Gomes*, Rafael W. Noda*, Eduardo A. Bonin*, Jose Luis S. Carvalho*, Thienes Lima*,
Dafne Benatti Gonçalves*, Juliana Ayres de Alencar Arrais*

Resumo - Introdução - O divertículo de Meckel é uma causa infrequente de sangramento digestivo. Objetivo - Relatar a abordagem por enteroscopia
de duplo-balão em sangramento digestivo por divertículo de Meckel. Pacientes e Métodos - Estudo retrospectivo de pacientes consecutivos submetidos à
enteroscopia de duplo-balão. Resultados - Dentre 92 pacientes que realizaram enteroscopia de duplo-balão entre 2007-2013, 3 tiveram o diagnóstico de
divertículo de Meckel. Todos eram do sexo masculino, com média de idade de 22 anos (16-24 anos). Todos apresentaram episódios de enterorragia e os
exames de endoscópica alta e baixa e cintilografia resultaram negativos. O exame enteroscópico caracterizou-se pelo achado de óstio diverticular único
em jejuno distal após exaustiva busca ativa. Todos os divertículos foram diagnosticados por via baixa, e situavam-se entre 70-90 cm da válvula ileocecal.
Um deles estava ulcerado e nenhum apresentava estigmas de sangramento recente ou ativo. Todos os divertículos foram tatuados endoscopicamente
para em seguida serem ressecados com sucesso por vídeolaparoscopia. Conclusão - A enteroscopia de duplo-balão mostrou-se útil em pacientes com
sangramento digestivo e suspeita de divertículo de Meckel. Nesses casos, todos os diagnósticos foram estabelecidos por via baixa com pesquisa exaustiva
de divertículo em jejuno distal, mesmo na ausência de estigmas de sangramento.

*HNSG, Paraná.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 319


Endoscopia • Orais

TL.E.ID.O.848
O EMPREGO DA CÁPSULA ENDOSCÓPICA (CE) NA HEMORRAGIA DIGESTIVA OBSCURA
Carlos Saul*, Helen Brum,* Ciro Marinho*

Resumo - Na hemorragia digestiva obscura ATIVA (HDOA) a enteroscopia é o exame de eleição na investigação. Mas a literatura tem demonstrado a
utilidade da CE nesta situação clínica (cápsula de emergência). Objetivo - Demonstrar os resultados do uso da CE nos casos de HDOA, como importante
ferramenta de investigação nos casos de sangramento ativo. Material e Métodos - Foram analisados 253 procedimentos com a CE, detectando-se 46
casos (18.1%) em que havia sangramento ativo, recente, ou coágulos, na luz intestinal. A CE empregada foi da firma GIVEN, mod. Pillcam 2. Resultados
- Em 32 dos 46 casos (69%), a CE demonstrou sangramento, ou sinais de sangramento, no intestino delgado, e em 14 casos (31%) no cólon. Em 27 dos
32 casos ( 84%) de sangramento do intestino delgado, a CE identificou a lesão sangrante, e em 5 casos (15%) a lesão não foi identificada. Nos 14 casos
de sangramento identificado no cólon, em 12 destes casos as lesões eram angioectasias, e em 2 casos não se verificou nenhuma lesão. Conclusões - A CE
mostrou ser uma ferramenta útil na exploração diagnóstica da hemorragia digestiva obscura, mesmo nos casos de sangramento ATIVO. Um trabalho
recente publicado na rev. Endoscopy (abril 2012) reforça esta impressão. São necessários mais trabalhos, preferentemente prospectivos, para melhor
demonstração da sua utilidade nesta situação.

*Gastrociência/Gastrocirúrgica - Salvador, Bahia.

TL.E.ID.O.849
TRATAMENTO POR ENTEROSCOPIA DE BALÃO ÚNICO DE ANGIECTASIAS SANGRANTES NO
INTESTINO MÉDIO
Ana Luiza Rassi Mendonça1, Luciana Meireles Azeredo Coutinho1, Fagner de Souza Pereira2,
Amanda Dominiense Menezes2, William Macedo Faria2, Enio Chaves Oliveira2,
Salustiano Gabriel Neto2

Resumo - Objetivo - Relatar a casuística de pacientes com angiectasia sangrantes no intestino médio tratadas por enteroscopia de balão único. Ca-
suística: Foram 16 pacientes com idade entre 53 e 85 anos que apresentaram hemorragia digestiva exteriorizada por melena e anemia que necessitavam
de hemotransfusões. Os pacientes foram tratados no período de março de 2010 a julho de 2013. Dezesseis pacientes com angiectasias no jejuno: 12 com
lesões no jejuno, 2 com lesões no jejuno e duodeno e 2 com lesões no estômago, jejuno e cedo. Todos foram tratados com fotocoagulação por bisturi
de argônio. Em 15 pacientes não foi necessário mais hemotransfusão. Um paciente foi operado 45 dias após o tratamento endoscópico. Três pacientes
necessitaram de uma segunda sessão de cauterização. O seguimento foi de 2 a 36 meses. Conclusão - O tratamento das angiectasia do intestino médio
enteroscopia de balão único com uso de bisturi de argônio mostrou-se efetivo e sem morbidade.

PUC Goiás, 2 UFG, Goiás.


1

TL.E.MIS.O.850
ASPECTO ENDOSCÓPICO DA MUCOSA GÁSTRICA PÓS RETIRADA DE BIG, LEVANDO EM CONTA A
ORAIS • miscelânea

PRESENÇA OU NÃO DA BACTÉRIA H. PYLORI


Sérgio A. Barrichello Jr. 1, Thiago Ferreira de Souza1, Gabriel Cairo Nunes1, Mario Eduardo Mendes Silva2

Resumo - O H. pylori é comprovadamente associado a inúmeras afecções do TGI, entretanto o diagnóstico, tratamento e confirmação da erradi-
cação da bactéria, apesar de sugerido, pode postergar o implante do BIG causando aumento do peso e até a desistência do tratamento, perpetuando
um quadro de obesidade com alto índice de morbidade. Objetivo - questionar a necessidade do tratamento do H. pylori previamente ao implante
do BIG em pacientes com exame normal ou com gastrite antral leve. Método - Foram realizadas endoscopias com teste de uréase em 28 pacientes
previamente ao implante do BIG. Todos os pacientes mostraram exames normais ou com gastrite antral leve. Observamos o aspecto da mucosa
gástrica e relacionamos os achados a presença ou não da bactéria no momento do explante do BIG. Resultados - 16 pacientes apresentaram H.
pylori negativo e 12 positivos em teste de uréase realizado por endoscopia prévia ao implante do dispositivo. No momento da retirada encontramos:
Grupo Hp positivo: Exame normal: 1, GAEnL:5, GAEnM: 2, GAEnI: 0, GAErL: 2, GAErM: 1, GAErI: 0, Pang Mod: 1; Grupo Hp Negativo:
Exame normal: 5, GAEnL: 6, GAEnM: 0, GAEnI: 1, GAErl: 3, GAErM: 0, GAErI:1, Pang mod: 0. Conclusão - Apesar de observarmos maior
quantidade de exames normais no grupo HP negativo, o predomínio de lesões leves da mucosa no grupo Hp +, justificam o tratamento do H.pylori
apenas após o explante do acessório.

HCFMUSP, 2Unifesp, São Paulo.


1

320 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Orais

TL.E.MIS.O.851
ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL A LASER POR SONDA (PCLE) E POR PUNÇÃO ECOGUIDA (NCLE):
PRIMEIROS CASOS NO BRASIL
Simone Guaraldi*, Gilberto Mansur*, Maria Aparecida Ferreira*, Thereza Damian Ribeiro*, Alexandre Pelosi*, Ivanir
MARTINS*, Fauze Maluf-Filho*, Marc GIOVANNINI*

Resumo - Introdução - pCLE/nCLE são técnicas que combinam endoscopia e microscopia confocal produzindo imagens endomicroscópicas de lesões
mucosas e/ou intratumorais. Possibilitando amostras teciduais mais adequadas, tem sido aplicada em lesões do trato gastrointestinal (TGI). Objetivo -
Avaliar sua factibilidade e acurácia diagnóstica comparando-as à histologia convencional nos primeiros casos do ENEO 2012. Material e Métodos - De 31
pacientes, 4 (H, idade média 61 anos) foram submetidos a pCLE (3) ou nCLE (1) (sedação, equipamento de endomicroscopia, 2,5-5,0mL de fluoresceína
sódica a 10% endovenosa) para avaliação de lesão gástrica, colônica, papilar e ectasia ductal pancreática. Com base na classificação de Miami, agrupou-se
os achados. Resultados - pCLE/nCLE forneceram imagens de qualidade boa a excelente em todos os casos, sendo seus achados: (1) adenoma gástrico,
0-IIa (confirmada displasia de baixo grau); (2) adenoma de ceco, LST (modificada para displasia de alto grau); (3) ampuloma viloso (confirmada displasia
de baixo grau, exclusão de extensão intraductal da lesão); (4) NIMP tipo misto pós-cirurgia (sugestivo de progressão de doença). As lesões dos casos
1, 2 e 3 tiveram confirmação histológica. Quanto às complicações, ocorreu 1 óbito (perfuração do TGI pós-ampulectomia). Conclusões - pCLE/nCLE
são factíveis. Seu potencial diagnóstico imediato pode colaborar no tratamento. Quanto à segurança, deve ser realizada com cautela, especialmente nos
procedimentos bilio-pancreáticos.

*Hospital do Câncer I, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCI/INCA), Rio de Janeiro.

TL.E.MIS.O.852
TRANSPLANTE DE MICROBIOTA FECAL POR VIA ENDOSCÓPICA ORAL NO TRATAMENTO DA
DIARREIA CAUSADA PELO CLOSTRIDIUM DIFFICILE
Arnaldo José Ganc1,2, Ricardo Leite Ganc1,2, Alberto Frisoli2, Jacir Pasternac2

Resumo - Introdução - O transplante de microbiota fecal (TMF) para o tratamento da colite pseudomembranosa surgiu, como alternativa aos antibióticos.
Até o momento, não há relatos na literatura sobre a infusão endoscópica por via oral da microbiota fecal. Objetivo - Descrever a técnica per-oral endos-
cópica de TMF para pacientes com diarreia crônica por Clostridium difficile (CD), com o auxílio de um colonoscópio pediátrico. Pacientes e Métodos
- foram selecionados 10 pacientes consecutivos com diarreia crônica causada por CD resistente aos antibióticos (vancomicina e metronidazol) e tratados
pela técnica per-oral de TMF, com a infusão da microbiota pelo canal do endoscópio. Fezes homogeneizadas de dois doadores foram administradas
no jejuno proximal com um colonoscópio pediátrico. Os pacientes foram seguidos por 4 semanas e testados para CD. Resultados - a diarreia cessou em
todos os pacientes. A resposta média foi de 3 dias. Seis pacientes tiveram diarreia após o procedimento, mas essas foram relacionadas à enfermidade. Não
houve refluxo, vômitos ou bacteremia. Um paciente teve febre 2 horas após o procedimento (as hemoculturas colhidas foram negativas). Três pacientes
tiveram cólicas limitadas. Houve uma recidiva sorológica, sem diarreia. Conclusão - O inédito TMF por EDA mostrou-se eficaz e seguro e parece ser
uma boa alternativa para tal.

1
IGED SC LTDA, Santa Catarina, 2HIAE, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 321


ENDOSCOPIA • centroS de treinamento
TL.END/COL.CET. 853
ACHADOS COLONOSCÓPICOS EM OCTAGENÁRIOS
Daniel Pacheco da Costa*, Lílian Gomes de Sousa*, Adorísio Bonadiman*, Renata Brandalise*,
Cledson Silveira da Silva*, Luiz Henrique de Souza Fontes*, Eli Kahan Foigel*, Renato Luz Carvalho*

Resumo - Achados colonoscópicos em octagenários. Introdução - Com o aumento da expectativa de vida, é cada vez mais frequente a indi-
cação da colonoscopia em pacientes octagenários. É sabido que o referido exame é o melhor método para rastreamento do câncer colorretal,
entretanto não é isento de riscos. Objetivo - Avaliar os achados colonoscópicos em pacientes acima de 80 anos. Casuística - Foram incluídos 100
pacientes acima de 80 anos, com idade média de 83 anos, sendo 72 do gênero feminino e 28 masculinos. Método - Estudo retrospectivo realizado
no período entre Janeiro e Junho de 2013. Todos os pacientes foram submetidos ao exame colonoscópico em regime de internação hospitalar.
Resultados - Os achados mais frequentes foram: doença diverticular dos cólons, encontrada em 88 pacientes (88%), seguida pela presença de
pólipos em 37 casos (37%), neoplasia avançada em 8 casos (8%), angiectasias (6%), retite actínica (6%), colopatia isquêmica (2%), lipoma (2%)
e retite inespecífica (1%). Dos 37 (37%) pacientes com pólipos, 36 (36%) apresentaram ao menos 1 adenoma, sendo divididos em 21 (58%) de
baixo grau e 15 (42%) de alto grau. Considerou-se alto grau os adenomas que apresentaram um dos seguintes: maior que 1cm, vilosos ou com
displasia de alto grau. Conclusão - Neste estudo observou-se a alta prevalência da doença diverticular, dos adenomas e do adenocarcinoma.

*IAMSPE, São Paulo.

TL.E.COL.CET.854
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA COLONOSCOPIA DE UMA UNIDADE DE ENDOSCOPIA DE
UM GRANDE CENTRO URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO (BRASIL)
Érika Borges*, Rodrigo de Rezende Zago*, Juliana Santos Valenciano*, Waldir Batista VELOSO Junior*,
Fernando Pavinato Marson*, Kiyoshi Hashiba*, Lucio Giovanni Battista Rossini*

Resumo - Introdução - Nos países desenvolvidos o câncer colorretal (CCR) é causa freqüente de morte por neoplasias malignas, ocupando a
2º posição nos Estados Unidos. O rastreamento do CCR por colonoscopia é o método mais indicado para a detecção desta doença e deve ser
realizado em pacientes acima de 50 anos, assintomáticos e sem antecedentes. Os centros mais avançados têm aplicado programas de avaliação da
qualidade da colonoscopia, obtendo melhora dos seus indicadores. No Brasil esta prática ainda é pouco difundida. Objetivo - Avaliar a qualidade
da colonoscopia em uma unidade de endoscopia de um grande centro urbano de São Paulo. Casuística - Avaliados prontuários de 250 pacientes
consecutivos, entre 50 e 75 anos, encaminhados ao serviço para o rastreamento de câncer colorretal. Método - Estudo retrospectivo de prontuários
de pacientes encaminhados para realizar colonoscopia para rastreamento de CCR. As colonoscopias foram executadas por 12 endoscopistas
e com o mesmo modelo de equipamento. Os pacientes, responderam formulário específico, aplicado pelo médico examinador, caracterizando
a indicação do exame para o rastreamento do CCR. Resultados - Os índices de detecção de pólipos e a taxa de detecção de adenomas da ins-
tituição avaliada são comparáveis aos apresentados na literatura mundial. Conclusão - Programas de qualidade para o rastreamento do CCR
são executados com facilidade através da simples análise de prontuários bem documentados e podem ser aplicados nas instituições brasileiras.

*Hospital Sírio-Libanês, São Paulo.

TL.E.COL.CET.855
PREVENÇÃO DA PANCREATITE AGUDA PÓS CPRE COM USO DE DICLOFENACO -
RESULTADOS PRELIMINARES DE UM ESTUDO RANDOMIZADO
Tomazo Antonio Prince Franzini*, Felipe Machado Oliveira Albino*, Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro*,
Gustavo Luis Rodela Silva*, Bruno Frederico Oliveira Azevedo Medrado*, Paulo Sakai*,
Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - A pancreatite aguda é a complicação mais frequente após realização da CPRE. Diversos métodos e drogas têm
sido estudados para sua prevenção. O uso de anti-inflamatório não esteroidal (AINE) apresenta resultados positivos em grupos de alto risco
para o desenvolvimento desta complicação, contudo, em grupos de baixo risco, ainda não há evidências conclusivas. Metodologia - Estudo
prospectivo, randomizado, duplo-cego, em 600 pacientes de alto e baixo risco para o desenvolvimento de pancreatite submetidos à CPRE.
Alocou-se os pacientes em dois grupos quanto ao uso de diclofenaco (100 mg) ou glicerina via retal e se observou o desfecho. Resultados - O
estudo teve início em junho 2013. Até setembro de 2013, 81 pacientes foram incluídos. Destes, 39 receberam supositório de diclofenaco e 42
receberam supositório de glicerina imediatamente após procedimento. Houve 8 exclusões tardias. Dos 72 pacientes restantes, 8 casos de pan-
creatite foram diagnosticados - 4 do grupo diclofenaco e 4 do grupo glicerina. Em cada um dos grupos, 2 casos de pancreatite ocorreram em
pacientes de alto risco. Não se observaram internações em UTI ou óbitos. Conclusão - Nesta análise parcial, não se observou fator protetor do
uso de diclofenaco para o desenvolvimento de PA pós CPRE, tanto em grupo de alto como de baixo risco. Maior quantidade de casos deve
ser avaliada para conclusões definitivas.
?

*Hospital das Clínicas – FMUSP, São Paulo.

322 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.COL.CET.856
TAXAS DE POLIPECTOMIA E DETECÇÃO DE ADENOMA COMO MEDIDA DE QUALIDADE EM
COLONOSCOPIAS DE RASTREIO DO CÂNCER COLORRETAL
Felipe Gazeta Mariosa1, Ana Maria Félix André1, Karla Oliveira Cimino1, Aline Lima de Oliveira1, Héster Mariane Oliveira Pestana
Beviláqua2, Emilio Augusto Campos Pereira de Assis3, Sandra Márcia Carvalho Ribeiro Costa3, Lincoln Eduardo Villela Vieira de
Castro Ferreira1

Resumo - Introdução - Detectar lesões pré-malignas é o principal objetivo da colonoscopia no rastreio do câncer colorretal (CCR). Taxa de detecção
de adenoma (TDA) é uma das principais medidas de qualidade em colonoscopias. Objetivo - Identificar a correlação entre taxa de polipectomia (TP)
e TDA em um Serviço de Endoscopia Digestiva. Casuística - 629 pacientes acima de 50 anos submetidos à colonoscopia de rastreio pela 1ª vez. Méto-
do - Laudos de pacientes submetidos à colonoscopia, em 18 meses, para rastreio de CCR foram revisados retrospectivamente. Anotados: qualidade do
preparo, cirurgia prévia, ileoscopia, nº, localização, tamanho e histologia das lesões. Excluídos 40 pacientes com cirurgia prévia, preparo inadequado e/
ou exames incompletos. Resultados - 569 colonoscopias foram então analisadas. Destas, 195 (34,2%) eram homens. Idade média 63,3 anos. Realizada
pelo menos uma polipectomia ou mucosectomia em 287 pacientes (113 homens e 174 mulheres). Calculada TP: 57,9% em homens e 46,5% em mulheres.
A histologia revelou que 84 homens e 126 mulheres apresentaram pelo menos uma lesão adenomatosa. TDA: 43,6% em homens e 33,7% em mulheres
foram encontradas havendo, deste modo, uma alta correlação entre a TP com TDA em homens e mulheres. Conclusão - Neste estudo, a TP correlacionou
bem com a TDA em ambos os sexos. O cálculo da TP associada ao cálculo da TDA são ferramentas úteis e importantes para avaliar a qualidade das
colonoscopias preservando a relevância clínica nos exames de rastreio do CCR.

1
HUUFJF; 2FHEMIG; 3CIDAP, Minas Gerais.

TL.E.COL.CET.857
TRATAMENTO CONSERVADOR DE PERFURAÇÃO TARDIA DO CÓLON SIGMOIDE CAUSADA POR
PRÓTESE PLÁSTICA BILIAR (PPB) - A PROPÓSITO DE UM CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Lucas Cagnin*, Fabiana Vieira de Souza*, Marcos Macedo MARTINS Neto*, Celso Eduardo Martucci*,
José Carlos Rossy Pardal*, Ricardo Anuar Dib*, Artur Adolfo Parada*, José Celso Ardengh*

Resumo - A migração de PPB é complicação rara, geralmente benigna, mas que pode levar a consequências graves como a perfuração do tubo digestivo.
Relatamos um caso de perfuração de divertículo em sigmóide, devido à migração de uma PPB inserida para o tratamento de coledocolitíase. Paciente
colecistectomizada em 1990, devido colelitíase, evoluiu duas décadas mais tarde com coledocolitíase. Submetida à CPRE, com remoção de cálculos e
passagem de prótese biliar (polietileno) 8,5 Fr x 9 cm. Em janeiro de 2013, aos 77 anos, foi admitida no pronto socorro com dor abdominal. Na tomografia
computadorizada de abdome na urgência, observou-se a PPB no sigmoide, com extremidade transfixando o cólon, sem sinais de peritonite. Optou-se pela
recuperação da PPB por via colonoscópica, não sendo necessária intervenção cirúrgica. Em revisão da literatura encontramos vinte e três casos descritos
de migração distal de PPB e perfuração de cólon. A presença de divertículos representa um nítido fator de risco para perfuração de cólon, com 60,9%
dos casos de perfurações de óstios diverticulares. A terapêutica endoscópica foi realizada em quatro casos com conduta conservadora em duas situações.
Os outros dois pacientes precisaram de terapêutica complementar. Destarte o caso retratado neste artigo, a migração distal de PPB, com perfuração do
óstio diverticular pode ser resolvida via colonoscopia sem a necessidade de intervenções cirúrgicas.

*Hospital Nove de Julho/Hospital Ipiranga, São Paulo.

TL.E.COL.CET.858
TRATAMENTO DE OBSTRUÇÕES NEOPLÁSICAS COLORRETAIS COM PRÓTESES METÁLICAS
AUTOEXPANSÍVEIS
João Paulo Farias1, Bruno da Costa Martins*, Fábio Shiguehissa Kawaguti2, Felipe Alves Retes2, Fauze Maluf-Filho2, Carlos
Frederico Sparapan Marques2, Maria Sylvia Lerardi Ribeiro2, Carla Cristina Gusmon2

Resumo - Introdução - Obstruções intestinais por neoplasias podem se apresentar como situações clínicas dramáticas, que necessitam de intervenção
imediata. A passagem de próteses metálicas autoexpansíveis (PMAE) pode resolver obstruções e evitar cirurgias de urgência e ostomias. Objetivos - Avaliar
os resultados do tratamento de obstruções intestinais malignas com PMAE. Método - Avaliamos retrospectivamente dados de 30 pacientes submetidos à
passagem de PMAE, por obstruções intestinais neoplásicas. Resultados - Foram tratados 16 pacientes com intenção de ponte para cirurgia e 14 como palia-
tivos. Houve 97% de sucesso técnico na passagem da prótese e 86% de sucesso clínico. Houve sete (24%) complicações relacionadas à prótese (3 migrações,
3 perfurações e uma obstrução tardia da prótese). Nove pacientes (30%) necessitaram de tratamento cirúrgico de urgência (um insucesso técnico, quatro
insucessos clínicos e quatro por complicações) e 88% destes necessitaram de colostomia. Entre os pacientes “ponte para cirurgia” com resposta clínica à
obstrução, 75% foram operados eletivamente e destes, 25% necessitaram de ileostomia protetora. Entre os pacientes paliativos, o tempo mediano de funcio-
namento da prótese foi de 50 dias. Conclusão - As próteses metálicas colorretais apresentam altos índices de sucesso clínico inicial e podem evitar a cirurgia
de urgência e a colostomia na maioria dos casos. No entanto, em virtude das complicações não desprezíveis, devem ser reservadas para casos selecionados.

1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, ICESP, São Paulo; 2ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 323


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.ECO.CET.859
ANÁLISE CRÍTICA DOS MétodoS DE DIAGNÓSTICO, SEGUIMENTO E INDICAÇÕES CIRÚRGICAS NA
CET • ecoendoscopia

NEOPLASIA CÍSTICA SEROSA DO PÂNCREAS (NCS)


Bruno Thomaz Falascina1,2 Livia Alkmin Uemura1, Ricardo Anuar Dib1, Artur Adolfo Parada1, Eloy Taglieri1, Otávio MICELLI Neto1,
Rafael Kemp2, José Sebastião dos Santos2, José Celso Ardengh1,2

Resumo - São escassos os relatos sobre os resultados dos métodos diagnósticos, seguimento e indicação cirúrgica na NCS. Os resultados da ecoendos-
copia com punção aspirativa (EE-PAAF) não está bem estabelecido. Quatrocentos e dois pacientes com cistos de pâncreas foram encaminhados para a
realização EE-PAAF. Selecionamos 89 pacientes com o diagnóstico de NCS feito pela EE-PAAF, análise da peça operatória, e após um período médio
de acompanhamento de 4,8 anos. 88% eram mulheres. A média de idade foi 54,1 (15 a 83 anos). O tumor localizava-se na cabeça em 66%, corpo 23%,
cauda 10% e transição corpocaudal 1%. O diâmetro médio foi de 2,9 cm. Realizou-se cirurgia em 39 (44%), enquanto o restante foi observado. Opção
do doente em 13 (33%), sintomas 13 (33%), tumor > 3,0 cm 9 (24%), elevação de Ca19-9 no aspirado 2 (5%) e erro diagnóstico da EE 2 (5%), foram as
indicações cirúrgicas. Nenhum paciente mostrou metástase, exceto um, cujo tumor era irressecável (2,5%). Não houve óbito no follow-up. O diagnóstico
da EE-PAAF não identificou corretamente NCS em 4 (4,5%). Aparência de favo de mel, característica da NCS, pode ser melhor diagnosticado pela EE
do que outras modalidades de imagem. Ressecção cirúrgica só deve ser considerada quando a clara distinção de outras doenças cirúrgicas for difícil ou
duvidosa, quando os sintomas ou efeitos de massa estão presentes e, quando o tamanho do tumor > a 3,0 cm.

Hospital Ipiranga/Nove de Julho; 2Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da FMRP-USP, São Paulo.
1

TL.E.ECO.CET.860
ANÁLISE PROSPECTIVA DO DESEMPENHO DA MICROHISTOLOGIA (MCH) OBTIDA PELA
ECOENDOSCOPIA ASSOCIADA À PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (EE-PAAF) EM CISTOS
PANCREÁTICOS (CP)
Lucas Cagnin1,2, Maria Juliana Loriggio Cavalca1,2, Maiza da Silva Costa1,2, Ricardo Anuar Dib1,2, Artur Adolfo Parada1,2,
Filadélfio Venco1,3, José Celso Ardengh1,2

Resumo - A citologia obtida pela EE-PAAF tem péssimo resultado para o diagnóstico de CP. O objetivo foi analisar o desempenho da McH como
método de diagnóstico. Todos os pacientes com CP foram submetidos à EE-PAAF. A EE-PAAF, bem como as amostras obtidas foram realizadas por
endoscopista e patologista experiente. O procedimento sempre foi o mesmo em relação às amostras obtidas (McH e/ou análise bioquímica). O diagnós-
tico final foi definido com base na cirurgia ou no seguimento clínico. De 2006 a 2011, 446 pacientes com CP foram avaliados. A PAAF não foi realizada
quando o diagnóstico do tipo de lesão era evidente (n = 38), lesões simulando CP (vaso (n = 2), duplicação duodenal (n = 1), divertículo peripapilar (n
= 1)), vaso interposto no trajeto da PAAF em direção ao CP (n = 1), falha (n = 1). Obtivemos material suficiente para análise bioquímica e McH em
35,5% e 96,3%, respectivamente. A sensibilidade da EE-PAAF foi de 62%, especificidade de 98,9%, valor preditivo positivo de 88,6%, negativo de 94,8%
e acurácia de 94,2%. Eventos adversos ocorreram em 1,25%: pancreatite (n=2), dor (n=2) e hemorragia intracística (n=1). EE-PAAF é segura na maioria
dos pacientes com CP. Sua acurácia para o diagnóstico é elevada. Obtivemos o diagnóstico da neoplasia, pela análise bioquímica em 1/3 e McH em mais
de 2/3 dos casos. Essa última parece ser melhor que a citologia para o diagnóstico, mesmo com agulhas convencionais.

Hospital Nove de Julho; 2Hospital Ipiranga, 3Diagnóstika, São Paulo.


1

TL.E.ECO.CET.861
CONTRIBUIÇÃO DA ECOENDOSCOPIA NA INVESTIGAÇÃO DE AFECÇÕES TORÁCICAS E
MEDIASTINAIS: EXPERIÊNCIA DE DOIS HOSPITAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO, S. P., BRASIL
Rafael Negrão Frota de Almeida*, Marco Antonio Ribeiro Camunha, Lucio Giovanni Battista Rossini, Fabio Marioni*,
Walter Duenas Quispe*

Resumo - Os linfonodos mediastinais podem ser envolvidos em diversos processos inflamatórios, infecciosos e neoplásicos. A ecoendoscopia (EUS),
atualmente, apresenta relevância no estadiamento das neoplasias. Esse trabalho busca apresentar as indicações e o resultado da utilização da EUS me-
diastinal na investigação de afecções torácicas e mediastinais. Foi realizado uma análise retrospectiva de pacientes submetidos a EUS para avaliação de
lesões mediastinais. Os pacientes foram divididos em 3 grupos segundo a indicação do exame: neoplasia primária do pulmão, linfonodomegalia medias-
tinal a esclarecer e tumor mediastinal a esclarecer. Os achados de cada grupo foram subdivididos para análise descritiva. Os resultados obtidos foram os
seguintes: Grupo 1. Neoplasia primária de pulmão 47,5%, onde a EUS diagnosticou, estadiou ou afastou doença avançada em 96% dos casos; Grupo
2. Linfonodomegalia mediastinal a esclarecer 27,3%, onde a EUS diagnosticou ou conseguiu afastar metástases em 48% dos casos; Grupo 3. Tumor
mediastinal a esclarecer 25,3%, onde a EUS diagnosticou a doença em 52% dos casos. Dessa forma, entendemos que a EUS mediastinal contribuiu no
diagnóstico e estadiamento de doenças torácicas e extra-torácicas, em especial na neoplasia de pulmão e na identificação de metástases.

*HSCSP, São Paulo.

324 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.ECO.CET.862
DESEMPENHO DA COLANGIOPANCREATOGRAFIA ECOGUIADA (CPEE) PARA A DRENAGEM
BILIOPANCREÁTICA APÓS INSUCESSO DA COLANGIOPANCREATO-GRAFIA RETRÓGRADA
ENDOSCÓPICA (CPRE)
Hemanoel de Sousa Ribeiro1, Ricardo Anuar Dib1, Artur Adolfo Parada1, Eloy Taglieri1, Otávio MICELLI Neto1, Rafael Kemp2,
José Sebastião dos Santos2, José Celso Ardengh2

Resumo - Mesmo em mãos experientes a CPRE não é possível em 5% dos casos. Insucesso ocorre após cirurgia gástrica, divertículos e tumores periampulares.
O objetivo foi avaliar os resultados técnicos da CPEE para acesso diagnóstico ou terapêutico a via biliopancreática. Entre 2000 e 2012, 16 pacientes foram
imediatamente encaminhados para CPEE após falha da CPRE. A via biliopancreática foi abordada pela EE com agulha de 19G. Após a injeção de contraste
passamos fio-guia (0,035) através da agulha no colédoco (COL) ou ducto pancreático (DPP). Analisamos o sucesso, resolução clínica e eventos adversos. Acesso
biliar e pancreático foi tentado em 13 e 3 pacientes, respectivamente. A obtenção de imagens radiológicas foi possível em 100%. “Rendez-vous” foi tentado
em 6/16 (37,5%). O sucesso foi 2/3 (66,6%) no COL e 1/3 (33,3%) no DPP. A presença de estenose no DPP e de divertículo justapapilar impediu a passagem
do fio-guia para o duodeno na punção pelo DPP (2) e COL (1), respectivamente. A CPEE permitiu drenagem biliar em 9/10 (coledocoduodenostomia [CD]
6 e hepaticogastrostomia [HG] 3). Nos casos de CD, 5 próteses plásticas (PP) de 10F foram inseridas e 1 dreno nasobiliar. As HG foram obtidas com PP
(10F) em 2 e metálica em 1 paciente. A melhora clínica ocorreu em (83,3%). Ocorreram 25% de eventos adversos: bacteremia (2), hematoma retrogástrico
(1) e perfuração (1). A CPEE realizada logo após o fracasso da CPRE é estratégia atraente para o manejo de pacientes com doenças pancreatobiliares.

1
Setor de Endoscopia e Ecoendoscopia do Centro de Treinamento da SOBED (Hospital Ipiranga/Hospital 9 de Julho); 2Secção de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo.

TL.E.ECO.CET.863
ECOENDOSCOPIA DIAGNÓSTICA DO TRATO PANCREATOBILIAR: EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO
BRASILEIRO
Camila Queiroz de Guama*, Osvaldo Araki*, Rogério Colaiácovo*, Lucio Rossini*, Fábio Marioni*

Resumo - Introdução - A ecoendoscopia é importante no estudo das doenças pancreatobiliares, bem estabelecida em grandes centros de países desenvol-
vidos. No Brasil, poucos serviços são capacitados. Objetivo - Mostrar a experiência, de um grupo de referência em ecoendoscopia, nas doenças pancrea-
tobiliares. Método - Análise retrospectiva das principais indicações e achados da ecoendoscopia pancreatobiliar, do núcleo do Hospital São Luiz de 2009
a 2013. Resultado - Selecionados 522 casos com suspeita de doença pancreatobiliar. Destes, 42% eram homens e 58% mulheres. As principais indicações
foram: tumorações pancreáticas 31%; suspeita de microlitíase 25%; cistos do pâncreas 25%; pancreatite crônica 13% e icterícia 6%. Os principais achados
foram: alterações do parênquima pancreático/tumorações 154 (30%); microlitíase 103 (19%); lesões císticas 117 (23%); pancreatite crônica 32, pólipo de
vesícula biliar 16; e pseudocisto pancreático em 7 casos. Em 51% dos exames foram realizadas punções ecoguiadas, as quais a análise revelou: 56 adeno-
carcinomas, 22 cistos mucinosos, 22 cistos serosos, 18 neoplasias intraductais mucinosas, 15 tumores neuroendócrinos, 9 pseudocistos e negatividade para
malignidade em 97 pacientes. Em 17 casos o material se apresentou escasso. Conclusão - Os resultados demonstram que a ecoendoscopia pancreatobiliar
diagnóstica é uma realidade em centros capacitados. É necessária a divulgação e o apoio a centros de treinamento, com o intuito de capacitar outros.

*SCMSP, São Paulo.

TL.E.ECO.CET.864
ECOENDOSCOPIA NA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO
Danilo Moniz*, Celso Eduardo Patrício*, Roberto Felipe Soares Dias Loyola*, Marcos COLIN Junior*,
Luiz Helder Alencar Moreno Filho*, Rafael Hygino Rodrigues Cremonin*, Thiago Felippe da Rocha*, Fabio Menezes Filgueiras*

Resumo - Introdução - A ecoendoscopia tem impacto comprovado no tratamento de diversas patologias, principalmente do sistema digestório e sua
disponibilidade e utilização é crescendente. Objetivo - Determinar as principais indicações de ecoendoscopia e achados associando-se a EE-PAF, no pe-
ríodo de 27 meses entre 2010 e 2013 no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Casuística - 178 pacientes foram submetidos à ecoendoscopia no
referido período, sendo todos os procedimentos realizados pelo mesmo endoscopista, 58 submetidos à punção. Método - Trata-se de estudo retrospectivo,
no qual foram levantadas as indicações e os resultados da ecoendoscopia no serviço. Resultados - Dos 178 pacientes, 74 (41,5%) eram do sexo masculino
e 104 (58,5%) do sexo feminino. As idades variaram de 14-92 anos média de (52,4). As principais indicações para o exame foram às lesões subepiteliais
de estômago 52 (29,2%), 36 (20,2%), para avaliação de cistos e nódulos pancreáticos, 11 para pesquisa de microlitíase e 10 para pesquisa de endometriose
colorretal. Punções foram realizadas em 58 (28,1%) dos pacientes, estabelecendo-se diagnóstico de certeza em 48 (82%) dos casos. Conclusão - As principais
indicações para ecoendoscopia encontradas em nosso serviço divergem das referidas em frequência na literatura, porém observamos que o diagnóstico
foi definido na maioria dos casos, o que deverá ampliar ainda mais as suas indicações.

*HBP-SP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 325


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.ECO.CET.865
ECOENDOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA NA BAHIA
Flora Oliveira Gondim*, Moni Chiara Araújo Barbosa*, Maria Fernanda Fernandes Teixeira*, Vanessa Camelier de Assis Cardoso*,
Lourianne Nascimento Cavalcante*, José Celso Ardengh*, Marcos Clarêncio BATISTA Silva*, Igelmar Barreto Paes*

Resumo - Introdução - A Ecoendoscopia (Ecoendo) tem importante papel no diagnóstico de doenças do aparelho digestivo e se destaca pela possibilidade
de punção guiada por agulha fina para obtenção de tecidos e fluidos para estudo. Embora ainda reservada aos grandes centros, devido ao custo e curva de
aprendizado longa, vem sendo difundido no Brasil. Objetivo - Descrever o perfil do Serviço de Ecoendo de um hospital escola de Salvador - Bahia. Casuística
- 299 Ecoendo realizadas. Método - Análise retrospectiva dos prontuários do SED-CHD-IBP-HGRS de agosto de 2011 a julho de 2013. Resultados - Foram
selecionados 299 exames, sendo 67% do sexo feminino e 33% masculino. A média de idade foi 55,7 anos (19 a 89 anos). Os principais achados ecoendoscó-
picos foram: lesões subepiteliais 37,8% (25,8% esôfago, 54,8% estômago e 19,3% duodeno), lesões císticas do pâncreas 17%, pseudocisto pancreático 7,3%,
nódulos pancreáticos 12%, pancreatite crônica 3,6%, litíase biliar 4,8%. O exame foi normal em 9,7%. Foram submetidos à punção ecoguiada 39 pacientes,
sendo os principais achados: cisto seroso 19,2%, neoplasia mucinosa 15,3%, pseudocisto 11,5%, GIST 3,8%, neoplasia neuroendócrina 3,8%. Conclusão - Os
resultados mostram o perfil dos pacientes do Serviço de Ecoendoscopia em um centro de referência em Salvador - BA. A Ecoendo mostrou-se um importante
método para a investigação de doenças do aparelho digestivo, especialmente para as afecções do pâncreas e lesões subepiteliais.

*Hospital Geral Roberto Santos, Bahia.

TL.E.ECO.CET.866
EFICÁCIA E SEGURANÇA DA ECOENDOSCOPIA BILIOPANCREÁTICA (EEBP) ASSOCIADA A PUNÇÃO
ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (EE-PAAF) EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA GÁSTRICA (CG)
Celso Eduardo MARTUCCI JUNIOR1, Ricardo Anuar Dib1, Artur Adolfo Parada1, Eloy Taglieri1, Otávio Micelli Neto1,
Rafael Kemp2, José Sebastião dos Santos2, José Celso Ardengh2

Resumo - A EEBP em paciente com CG é contraindicação relativa. A literatura é limitada em relação à eficácia e segurança. O objetivo foi determinar
a eficácia e segurança da EE-PAAF em doente com CG. O estudo envolveu doentes com CG submetidos à EEBP de fev/06 a dez/12. Excluímos aqueles
cuja intenção da EE-PAAF não era o diagnóstico de doença da via biliopancreática (DVBP). Analisamos o tempo da CG, indicações, limitações e razões
do insucesso, segurança, eficácia e eventos adversos da EEBP. 29 pacientes incluídos (24 h) com média de idade de 63a (25-82). A CG à BII (15), Whipple
(7), gastroplastia (6) e CG total (1), foram encontradas. Tempo médio da CG 112,5 (2-384 m). As indicações da EE-PAAF foi avaliar o pâncreas em 100%
dos com Whipple. Na CG para obesidade, icterícia (3), pancreatite (2) e hipoglicemia (1), foram as indicações. O sucesso ocorreu em 83,3%. Dos com BII,
5 tiveram seus exames de imagem limitados devido a falha na progressão do aparelho pela alça aferente. Mesmo assim a EE-PAAF foi inconclusiva em
20%. Havia a intenção de diagnóstico pela PAAF em 18 e ela foi possível em 88,8%. Não ocorreram eventos adversos. A EE-PAAF é segura e eficaz em
pacientes com CG. A taxa de insucesso é baixa. Após Y de Roux a identificação da papila, colédoco e cabeça do pâncreas fica prejudicada. A progressão
pela alça aferente em BII permite a realização da EE-PAAF e da CPRE na maioria dos pacientes durante a mesma sessão.

1
Setor de Endoscopia e Ecoendoscopia do Centro de Treinamento da SOBED (Hospital Ipiranga/Hospital 9 de Julho); 2Secção de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo.

TL.E.ECO.CET.867
PAPEL DA ECOENDOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DE GIST DE PAPILA DUODENAL - RELATO DE CASO
Maria Fernanda Fernandes Teixeira1, Moni Chiara Araújo Barbosa1, Flora Oliveira Gondim1, Cândida de Oliveira Alves1,
Lourianne Nascimento Cavalcante1, José Celso Ardenghl2, Marcos Clarêncio Batista1, Igelmar Barreto Paes1

Resumo - Introdução - GIST é um tumor estromal do trato gastrointestinal, mais frequentemente observado no estômago (60%) e em menor frequência
no duodeno (3-5%), sendo raro o acometimento primário da papila duodenal. Origina-se na segunda camada (muscular da mucosa) ou quarta camada
(muscular própria), é composto por células fusiformes, epitelioides ou pleomórficas. O GIST tem como principal critério diagnóstico a positividade para
o marcador CD117 (cKit), avaliado através da imunoistoquímica. GIST papilar pode ser assintomático ou apresentar-se associado a dor abdominal,
melena ou síndrome colestática. Relato de caso - E.S.O., sexo feminino, 47 anos, com relato de dor abdominal com irradiação para dorso há cerca de 3
meses, associada a perda de 5 kg. RNM de abdome revelou formação nodular, bem delimitada, medindo cerca de 3 cm, localizada em topografia periam-
pular, adjacente ao processo uncinado pancreático. Submetida à ecoendoscopia com achado de papila duodenal abaulada e, em seu aspecto ecográfico,
observava-se área hipoecoica, heterogênia, de limites precisos, lobulada, medindo nos maiores eixos 3,2 x 3,1 cm. Realizada punção aspirativa Eco-guia-
da, cujo resultado do estudo anatomopatológico evidenciou proliferação de células fusiformes sem atipias e com avaliação imunoistoquímica positiva
para os marcadores CD117 (cKit) e CD34; negativo para Desmina; sendo, então, confirmado o diagnóstico de GIST. A paciente foi encaminhada para
avaliação com equipe de cirurgia para tratamento.

1
Hospital Geral Roberto Santos, Bahia; 2Hospital Nove de Julho, São Paulo.

326 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.ECO.CET.868
RELATO DE CASO - PANCREATITE AUTOIMUNE OU NEOPLASIA DE PÂNCREAS? PAPEL DA
ECOENDOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Moni Chiara Araujo Barbosa1, Flora Oliveira Gondim1, Maria Fernanda Fernandes Teixeira1, Vanessa de Assis Cardoso CAMELIER1,
Lourianne Nascimento Cavalcante1, José Celso Ardengh2, Marcos Clarêncio Batista Silva1, Igelmar Barreto Paes1

Resumo - Introdução - Pancreatite autoimune (PAI) é uma inflamação do pâncreas secundária a um processo imune-mediado que tem apresentação clínica
e alterações observadas aos métodos de imagem que podem mimetizar quadros similares ao câncer de pâncreas. Relato de caso - Paciente sexo masculino,
23 anos, apresentou dor intensa em abdome superior há 7 dias, piorava após alimentação e melhorava com analgésicos comuns. Nega etilismo e uso de
AINE. Amilase e lipase eram 3 vezes maior ao limite superior da normalidade. Teve como diagnóstico pancreatite aguda, sem apresentar melhora após
a terapêutica convencional. TAC normal e RNM evidenciou ectasia do ducto pancreático. Pesquisa de IgG4 foi negativa. A ecoendoscopia com PAAF
visualizou nódulo hipoecoico e heterogêneo, medindo 1,97 x 1,92 cm, com ectasia do ducto pancreático principal sugestivo de neoplasia neuroendócrina
e sinais de pancreatite aguda. A microhistologia revelou áreas focais de inflamação e material insuficiente para afastar neoplasia. Devido a diagnóstico
duvidoso, foi submetido à pancreatectomia distal com patologia compatível com PAI. Foi prescrito prednisona com melhora clínica e o paciente recebeu
alta hospitalar. Assintomático há 2 anos. Discussão - PAI representa cerca de 20% a 25% dos diagnósticos benignos em pacientes submetidos à ressecção
cirúrgica com suspeita de malignidade. Apesar da ecoendoscopia com PAAF ser importante no diagnóstico, algumas vezes com erro de amostragem,
não descartando a indicação cirúrgica.

1
HGRS Bahia; 2Hospital Nove de Julho, São Paulo.

TL.E.ECO.CET.869
RELEVÂNCIA DA ECOENDOSCOPIA NA DECISÃO DO TRATAMENTO DO CÂNCER DE ESÔFAGO
Walter Duenas Quispe*, Julio Carvalho da Silva*, Marcelo Castioni Santiago*, Fernanda Macedo Gerace*, Mauricio Saab Assef*,
Osvaldo Massatoshi Araki*, Lucio Giovanni Batista Rossini*, Fabio Marioni*

Resumo - Objetivo - Avaliar a mudança da conduta terapêutica comparando-se o estadiamento tomográfico isolado e em um segundo momento,
com o estadiamento conjunto (tomografia e ecoendoscopia). Método - Estudo retrospectivo de 16 pacientes com neoplasia de esôfago. Os casos foram
apresentados para especialista em cirurgia do esôfago por formulário adequado. Resultados - houve mudança de conduta em 25% dos casos. A principal
escolha de tratamento foi cirúrgica, com quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes (nove casos), sendo a ecoendoscopia fundamental em um caso,
para a troca para quimioterapia paliativa isolada e em outro caso, para a quimio e radioterapia paliativa associada. Em três casos, onde a quimioterapia
paliativa foi a conduta inicial, não houve alteração de conduta após a ecoendoscopia. Nos dois casos onde foi indicado radioterapia paliativa, apenas
um foi para quimioterapia paliativa, e nos dois casos restantes onde a cirurgia ressectiva inicial foi a escolha, houve mudança de conduta em um deles,
tornando-se a conduta de escolha a radioterapia paliativa. Conclusão - apesar de estudos escassos avaliando a eficácia da ecoendoscopia para o estadia-
mento comparado, esta pode ser uma alternativa útil para o estadiamento e tratamento do câncer esofágico.

*ISCSP, São Paulo.

TL.E.ECO.CET.870
RESULTADOS DA NECROSECTOMIA ECOGUIADA PROGRAMADA (NEC-EEP) EM PACIENTES COM
NECROSE ENCISTADA E INFECTADA DO PÂNCREAS APÓS PANCREATITE AGUDA GRAVE
Marcus Aurélio Zaia GOMES1, Eloy Taglieri1, Rafael Kemp2, José Sebastião dos Santos2, José Celso Ardengh1,
Otávio MICELLI NETO1, Diogo Peral Caetano1, Fábio Rosa Moraes1

Resumo - A pancreatite aguda (PA) pode evoluir para necrose encistada do pâncreas, do inglês walled-off pancreatic necrosis (WOPN). A WOPN
infectada pode levar à deterioração clínica com necessidade de desbridamento aberto ou endoscópico. A NEC-EEP permite a criação de vários orifícios
transmurais, para remoção da necrose. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia da NEC-EEP. Foram recrutados pacientes com PA grave complicada
por WOPN infectada atendidos de 05/2010 a 06/2013. Todos foram submetidos a NEC-EEP. Um ou mais orifícios de entrada transmural foram criados
pela EE em diferentes locais. Após a dilatação do orifício com balão (20 mm) realizamos o desbridamento, lavagem e inserção de próteses. 19 pacientes
foram tratados por NEC-EEP a cada sete dias. A média de sessões foi 2,9 (1-6). O sucesso clínico ocorreu em 17/19 (89,4%). 14 próteses plásticas “pig
tail” foram inseridas em 10, 6 retas em 5, 3 metálicas em 3 e nenhuma prótese foi colocada em 2 pacientes. 5/19 (26,2%) pacientes apresentaram eventos
adversos hemorragia (3) e infecção (2). 4/5 (80%) foram tratados endoscopicamente com sucesso e um por cirurgia (20%). A taxa de mortalidade foi de
10,5%. O tempo médio de internação foi de 25,6 dias (7-45). A NEC-EEP é eficaz para o tratamento de WOPN infectada, substituindo a cirurgia e sendo
factível na ausência de abaulamento. Estudos prospectivos e comparativos realizados por outras técnicas são necessários para confirmar estes resultados
preliminares e promissores.

1
Hospital 9 de Julho/ Hospital Ipiranga; 2FMRP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 327


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.ECO.CET.871
UTILIDADE DA ECOENDOSCOPIA RADIAL (EER) PARA ESTADIAR E DETERMINAR A REMOÇÃO
ENDOSCÓPICA (RE) DE TUMORES CARCINOIDES GASTRODUODENAIS (TCGD)
José Carlos Rossy Pardal1,2, Ricardo ANUAR1,2, José Celso Ardengh1,2, Eloy Taglieri1,2, Otávio MICELLI NETO1,2,
Artur Adolfo ParadA1,2, Rafael Kemp3, José Sebastião dos Santos3

Resumo - TCGD são raros e apresentam-se como tumor submucoso ou nódulos. O objetivo foi determinar as vantagens do estadiamento pela EER
antes de indicar com precisão a RE ou a cirurgia. De set/2006 a jan/2012, 52 pacientes com suspeita de TCGD, foram submetidos à EER para o estadio
e diagnóstico. As EER foram revisadas e analisadas com base em imagens/vídeo e comparadas aos resultados clínicos e patológicos. 27 pacientes com
44 TCGD (30 TCG e 14 TCD) foram analisados. Baseado nos resultados da EER o estadiamento de cada uma das lesões foi: 29 TC uT1 (66%) em 23
pacientes, enviados à RE e 15 TC uT2 (34%) em 4 pacientes enviados à cirurgia. Foram feitas 29 RE (16 TCG e 13 TCD), utilizando alça de polipectomia
(19), mucosectomia após injeção submucosa (7) e após ligadura elástica (3). RE completa ocorreu em 23/29 (79,3%). Precisão da EER para determinar a
correta indicação cirúrgica (uT2) ou RE (uT1) foi de 79,3%. Ocorreram dois eventos adversos precoces (6,8%): dor (1) e perfuração (1), o último tratado
cirurgicamente. A taxa de mortalidade foi de 3,4%. Recorrência ocorreu em 3/23 (13%). À EER a maioria dos TCGD é menor que 10 mm, hipoecoicos,
de limites precisos e localizados na mucosa profunda (2ª). Os fatores preditivos para a RE segura são: TCG proximais e o TCD bulbares, associados às
características anteriormente descritas à EER. O TCG da porção média e distal e o TCD da segunda porção são difíceis de serem avaliados com precisão
pela EER.

Hospital Ipiranga, São Paulo; 2Hospital Nove de Julho, São Paulo; 3Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo.
1

TL.E.EDA.CET.872
ANÁLISE DA RESPOSTA DO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DA DISFAGIA GRAVE APÓS
CET • End. Digestiva alta

FUNDOPLICATURA TOTAL LAPAROSCÓPICA A NISSEN E A ROSSETTI


Adorísio Bonadiman*, Renato Luz Carvalho*, Eli Kahan Foigel*, Luiz Henrique Souza Fontes*, Jose Francisco de Mattos
Farah*, Daniel Pacheco da Costa*, Renata Brandalise*, Cristiano Coutinho Rudge Barbosa*

Resumo - Introdução - A Fundoplicatura Total Laparoscópica (FTL) é uma opção segura e eficaz para o tratamento da DRGE. A mesma pode ser
realizada utilizando-se apenas a parede gástrica anterior (FTL a Rossetti) ou as paredes gástricas anterior e posterior (FTL a Nissen). A disfagia pós-ope-
ratório é uma das principais causas de insatisfação dos pacientes após o tratamento cirúrgico da DRGE. Assim, a prevenção e o tratamento da disfagia
após FTL apresenta-se tópico importante no estudo atual da DRGE. Objetivo - Avaliar a resposta ao tratamento endoscópico nos casos de disfagia grave
após FTL a Nissen e a Rossetti. Casuística - Observamos 09 casos de disfagia grave em 289 pacientes submetidos a FTL, dos quais 7 foram submetidos a
FTL a Rossetti e 2 a FTL a Nissen. Método - Estudo retrospectivo avaliando a resposta da disfagia ao tratamento endoscópico de pacientes submetidos
a FTL a Nissen ou a Rossetti. Resultados - Dos 7 pacientes submetidos a FTL a Rossetti que evoluíram com disfagia grave 02 (28,5%) apresentaram
resposta satisfatória ao tratamento endoscópico. Dos 02 pacientes que tiveram disfagia grave após FTL a Nissen, 01 (50%) apresentou boa resposta ao
tratamento endoscópico e o outro, apesar de boa resposta inicial, teve recidiva da disfagia e foi submetido a tratamento cirúrgico. Conclusão - A resposta
ao tratamento endoscópico nos casos de disfagia grave após FTL a Nissen parece ser superior à resposta ao tratamento endoscópico nos casos de disfagia
grave após FTL a Rossetti.

*HSPE-SP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.873
ANÁLISE DO LAGO MUCOSO NA ESOFAGITE EROSIVA
Marcelo Castioni Santiago*, Osvaldo Massatoshi Araki*, Mauricio Saab Assef*, Fabio Marioni*, Walter Duenas Quispe*

Resumo - Introdução - A ausência de melhora da doença do refluxo gastroesofágico pode ser creditada a um refluxo não-ácido não diagnosticado.
Entretanto, impedanciometria é um exame de difícil acesso para a população que usufrui do sistema público de saúde. Objetivo - Estudar a correlação
entre a presença de bile na câmara gástrica e esofagite erosiva, de tal forma que a análise endoscópica do lago mucoso pudesse fornecer dados relevantes
na investigação clínica, sugerindo o passo seguinte na apuração diagnóstica. Casuística - Foram incluídos 74 pacientes com diagnóstico de esofagite
erosiva no período compreendido entre abril e julho de 2013, avaliados no Serviço de Endoscopia Peroral da Santa Casa de São Paulo. Método - Foram
analisados o aspecto endoscópico do lago mucoso e o grau da esofagite de acordo com a classificação de Los Angeles, além de outros fatores como idade,
gênero, sintomas e presença de hérnia hiatal. Resultados - O lago mucoso era constituído de líquido claro em 85% e líquido bilioso em 15%. Lago bilioso
esteve relacionado a menor de chance do paciente apresentar sintomas de refluxo (Odds Ratio 0,11 - IC 0,03-0,45) e de desenvolver esofagite graus B, C
ou D (OR 0,62 - IC 0,15-2,57). Conclusão - A relação entre severidade da esofagite erosiva com a presença de um lago mucoso bilioso parece não existir,
porém novos podem fornecer informações mais relevantes a respeito deste assunto.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

328 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.874
BALÃO GÁSTRICO - REVISÃO DA LITERATURA
Edgard Rodrigo Pinheiro Cruz de MEDEIROS*, Fabio Marioni*, Renata Arruda Passos Freire de Barros*, Aline Gonçalves Lima*

Resumo - A prevalência da obesidade dobrou no mundo desde 1980 e é, junto com o sobrepeso, o quinto fator de risco mais prevalente para morte
no mundo. O balão gástrico é um instrumento colocado e retirado por endoscopia que funciona como um bezoar, induzindo a saciedade de forma me-
cânica, porém o seu efeito na fisiologia gástrica é pouco compreendido. Os vários estudos encontrados na literatura demonstram que o tratamento da
obesidade com balão gástrico é eficaz em um curto espaço de tempo e é associado com redução na gravidade e no número de comorbidades. A literatura
mostra reduções de mais de 10% do peso corporal em seis meses de tratamento com o balão, sendo que em alguns artigos, essa redução foi por volta de
30%. As complicações mais frequentes são náusea, vômitos e dor abdominal, geralmente presentes na primeira semana de tratamento. Complicações
graves, como perfuração gástrica ou óbito, raramente foram relatadas. O tempo do procedimento para colocação do balão gástrico variou entre 12 e 22
minutos. No longo prazo, os artigos demonstram que após 12 meses da retirada do balão, os pacientes retornam ao peso corporal anterior ao tratamento,
caracterizando o balão como uma boa alternativa para aqueles pacientes que necessitam perder peso em pouco tempo, como por exemplo, no tratamento
pré-operatório de cirurgias bariátricas.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.875
BETAMETASONA NA DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA PÓS CORREÇÃO DE ATRESIA DE ESÔFAGO:
BENEFÍCIO NA TERAPÊUTICA ENDOSCÓPICA
Luiz Helder de Alencar Moreno Filho1, Julio Cesar Caliman Berger2, Sandrone Granja de Abreu1, Thiago Fellippe da Rocha1, Rafael
Hygino Rodrigues Cremonin1, Danilo Moniz1, Fabio Filgueiras Moraes1, Caio Mario Lo Turco1

Resumo - Introdução - Atresia de esôfago (AE) é uma afecção congênita rara. Estenose da anastomose é uma complicação comum. A dilatação
endoscópica (DE) constitui uma opção terapêutica embora várias sessões possam ser necessárias. A injeção intralesional (ii) de corticoides é descrita
para o tratamento destas estenoses por potencializar os efeitos da dilatação. A maioria dos estudos cita a triancinolona e há poucos trabalhos com a
betametasona. Objetivo - Relatar o caso de um neonato com AE que evoluiu com estenose completa no pós-operatório e foi tratado com DE e ii de
betametasona. Relato do caso - H.C.M.M., 6 meses, com história de correção cirúrgica de AE no 5o dia de vida. Após 40 dias evoluiu com disfagia pro-
gressiva, indicado EDA que evidenciou estenose completa da anastomose, não sendo possível identificação de pertuito. Programado novo exame onde
com auxílio de estilete, obteve-se um pequeno orifício e passagem de fio guia para câmara gástrica. Realizada dilatação com velas de Savarry-Gilliard
até 9 mm. Após 3 sessões, atingida dilatação até 11 mm, não houve evolução satisfatória, sendo optado pela ii de betametasona. Na sessão subsequente
percebeu-se boa resposta e mais uma vez foi usado betametasona. No seguimento de 4 meses, o paciente evolui com ganho de peso adequado e resultado
endoscópico mantido. Conclusão - Mesmo quando a estenose é completa, a terapêutica endoscópica é factível. A ii de betametasona demonstrou ser
eficaz, proporcionando nesse caso bons resultados.

1
HPB-SP; 2HS-SP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.876
CANDIDÍASE ESOFÁGICA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, ASPECTOS ENDOSCÓPICOS E ESPÉCIES
INFECTANTES
Leonardo Nogueira TAVEIRA*, Cristiane Kibune Nagasako*, Ademar Yamanaka*, Luzia Lyra*, Rita Barbosa de Carvalho*, Maria
Luzia Moretti*, Angelica Zaninelli Schreiber*, Plinio Trabasso*

Resumo - Introdução - Candidíase é a principal infecção oportunista esofágica. A endoscopia (EDA) é exame de escolha para confirmação e diagnós-
tico diferencial. Objetivo - Avaliar epidemiologia da candidíase esofágica (CE), severidade da infecção e comparar o escovado citológico e histologia, na
confirmação diagnóstica. Definir espécies de Candida associadas à CE. Casuística e Métodos - Estudo prospectivo, realizado no Gastrocentro - Unicamp,
entre janeiro e dezembro/2012. Foram estudados 41 pacientes consecutivos (21 homens, idade 52,6±16,1) com diagnóstico endoscópico CE. Foram
utilizadas a classificação de Kodsi para avaliar severidade endoscópica, o escovado citológico para pesquisa direta dos fungos e cultura; e biópsias para
análise histológica. Resultados - 90% apresentavam sintomas clínicos. Patologias de base mais frequentes foram SIDA (29%/n=12) e neoplasia (17%/n=7).
Concordância entre diagnóstico endoscópico e cultura foi de 100%. Houve predomínio (83%) das formas leves (Kodsi I/II). Em 6 pacientes realizou-se
apenas o escovado (varizes esofágicas foi o principal fator para não realização de biópsias). Análise citológica foi positiva em 90% (n=37/41) e histológi-
ca 88% (n=31/35). A atividade inflamatória foi leve em 54%. A espécie mais frequente foi a C. albicans isolada (92%/n=38). Conclusão - Em indivíduos
com fatores predisponentes e sintomas clínicos, CE deve ser considerada. Histologia e escovado apresentam sensibilidade semelhantes. C. albicans foi a
principal espécie envolvida.

*UNICAMP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 329


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.877
COAGULOPATIA É FATOR LIMITANTE PARA TERAPÊUTICA ENDOSCÓPICA EM HDA VARICOSA?
Fernanda Macedo Gerace*, Igor Antunes Maechetti *, Aline Paula de Souza Silva*, Mauricio Assef*, Oswaldo Araki*,
Fábio Marioni*, Seiji Nakakubo*, Walter Dueenas Quispe*

Resumo - Introdução - O risco de sangramento em pacientes hepatopatas aumenta com o desenvolvimento de desordens da coagulação. A hipertensão
portal, complicação da cirrose, é responsável pelo sangramento de varizes, ascite e encefalopatia porto-sistêmica. Dentre essas complicações, sangramento
varicoso tem importância pela grande morbimortalidade. Objetivo - Determinar se os distúrbios de coagulação são fatores limitantes para o sucesso da
terapêutica endoscópica. Métodos - Foram analisados os prontuários de 156 pacientes hepatopatas com HDA tratados endoscopicamente no período
de janeiro de 2009 a novembro de 2012, no Serviço de Endoscopia Peroral da Santa Casa de São Paulo. Foram considerados AP, INR e plaquetas como
fatores determinantes de coagulopatia. Resultados - Dos 155 pacientes analisados, 34 não tinham coagulopatias, 76 apresentavam alteração de pelo menos
um dos fatores de coagulação e 45 pacientes apresentavam alteração de todos os fatores, tendo respectivamente as taxas de ressangramento de 8,8,19,7
e 31%. Conclusão - Quando há algum dos fatores de coagulação preservado, a chance de ressangramento é semelhante à do paciente sem coagulopatia.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.878
DETECÇÃO ENDOSCÓPICA PRECOCE DO CARCINOMA SUPERFICIAL DE ESÔFAGO EM PACIENTES
COM ACALÁSIA: CROMOSCOPIA ÓPTICA COM TECNOLOGIA DE BANDA ESTREITA VERSUS
CROMOSCOPIA COM SOLUÇÃO DE LUGOL
Carolina Eliane Reina-Forster*, Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro*, Edson Ide*, Rubens Antônio Aissar Sallum*,
Ivan Cecconello*, Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Eduardo Guimarães Hourneax de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - Atualização de tecnologia de banda estreita com filtros ópticos (TBE) na endoscopia digestiva tem sido descrita como útil na
detecção de lesões superficiais do trato gastrointestinal, particularmente no esôfago e cólon. Objetivo - Avaliar a utilização de TBE no rastreamento do
carcinoma espinocelular (CEC) esofágico, utilizando como método comparativo a cromoscopia com a solução de Lugol (CL). Métodos - Trata-se de
um estudo prospectivo de teste diagnóstico, para o qual foram avaliados 32 pacientes do HC-FMUSP, com diagnóstico de megaesôfago há mais de 10
anos, no período de agosto de 2006 a fevereiro de 2007. Os exames de endoscopia convencional, TBE e a CL foram realizados consecutivamente em um
mesmo procedimento, e as lesões encontradas foram registradas e submetidas a biópsias. Foram calculados para cada método valores da sensibilidade,
especificidade, acurácia, valores preditivos positivos e negativos, valores de verossimilhança positivo e negativo. Resultados - Foram diagnosticados dois
carcinomas superficiais (6%) sendo os dois carcinomas in situ, todos detectados pelo TBE e CL, porém apenas um foi diagnosticado pelo exame conven-
cional. Conclusões - A TBE sem magnificações de imagem apresentou resultados semelhantes a CL, método atualmente de escolha para rastreamento de
CEC esofágico em grupos de pacientes de alto risco. Sugerimos que novos estudos sejam realizados para que a TBE torne-se um método de rastreamento
aplicável na prática clínica.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.879
DILATAÇÃO COM BALÃO DA PAPILA DUODENAL PÓS PAPILOTOMIA PARA RETIRADA DE CÁLCULOS
GRANDES DE COLÉDOCO – RESULTADOS E COMPLICAÇÕES IMEDIATAS
Kengo Toma*

Resumo - A retirada de cálculos gigantes de colédoco (> 15 mm) é tecnicamente difícil quando as dimensões do cálculo são superiores às dimensões
da papilotomia. Objetivo - Avaliar os resultados da dilatação balonada da papila (DBPD) pós papilotomia na retirada de cálculos grandes com relação
à taxa de sucesso e às complicações. Pacientes - Foram avaliados os pacientes submetidos à CPRE com DBPD para retirada de cálculo. De novembro
de 2009 a agosto de 2013, 1096 pacientes com suspeita de coledocolitíase foram submetidos à CPRE. Destes, 175 (16 %), média idade 56 anos (22-101),
112 mulheres (64%) foram submetidos a DBPD. Tamanho dos cálculos variou de 13 a 25 mm. Diâmetro do balão foi de 12 a 20 mm. A dilatação foi
realizada até alcançar a pressão do diâmetro desejado do balão ou o desaparecimento da “cintura”. Após dilatação utilizava-se balão extrator ou basket
para retirada dos cálculos. Resultados - Taxa de clareamento da via biliar somente com DBPD foi de 89 % (155/175). Foi necessário o uso de litotripsia
mecânica em 9 pacientes, com sucesso em 6 (66%). A taxa de sucesso total no primeiro exame foi de 92% (161/175). Complicações - 3 (2%) pacientes
apresentaram sangramento pós-dilatação, controlado com injeção e coagulação. Pancreatite foi observada em 11 pacientes (6%), todas com evolução favo-
rável (pancreatite leve). 28 pacientes (16%) já tinha papilotomia prévia e prótese plástica. Deste grupo nenhum apresentou pancreatite pós-procedimento.
Conclusão - A DBPD pós-papilotomia para retirada de grandes cálculos é tecnicamente fácil, com alta taxa de sucesso, baixo índice de complicação e
evita litotripsia mecânica na maioria dos casos.

*HCFMUSP, São Paulo.

330 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.880
DIVERTICULOTOMIA ENDOSCÓPICA COM USO DE BISTURI HARMÔNICO: ESTUDO RETROSPECTIVO
André Luis de Oliveira Novaes*, Fabio Yuji Hondo*, Kengo TomA*, Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Fauze Maluf Filho*,
Ivan Cecconello*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução O tratamento endoscópico do divertículo de Zenker em pacientes idosos e com risco cirúrgico aumentado demonstrou-se ser uma
alternativa confiável. Porém, apresenta uma taxa de sangramento de 0 a 10 % e de perfuração de 0 a 27% em recente revisão. Uma técnica de diverticu-
lotomia endoscópica, utilizando o bisturi harmônico vem demonstrando menores taxas de sangramento e perfuração. Objetivo - Demonstrar, em série
de 28 casos, a eficácia e segurança do tratamento endoscópico com o uso de bisturi harmônico nos divertículos de Zenker e acompanhamento em um
mês após. Método - Realizado estudo retrospectivo, de 2007 a 2013, que analisou 28 casos de diverticulotomia endoscópica com uso do bisturi harmôni-
co. A população apresentava idade media de 74 anos, variando de 52 a 94 anos, 66% masculino, os divertículos mediam entre 3 e 6 cm, e os pacientes
apresentavam score 2 e 3 na escala de Eckardt de disfagia. Resultados - Todos os pacientes obtiveram melhora clinica imediata após procedimento. Em
acompanhamento de um mês houve melhora completa em 86% dos pacientes e 14% parcial, com redução do score na escala de Eckardt para 1. A duração
media do procedimento foi de 15 minutos, variando de 6 a 30 minutos. Ocorreu perfuração em um (3,5%) paciente e nenhum sangramento. Conclusão
- A diverticulotomia endoscópica com bisturi harmônico se mostrou segura, confiável e com baixa taxa de complicação, com tempo de procedimento
reduzido, com melhora da disfagia imediata e em um mês.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET. 881
DUODENOSCOPIA - O QUE É IMPORTANTE RELATAR
Juliana Santos Valenciano*, Horus Antony Brasi*, Jorge Carin Cassab*, Carlos Alberto Cappellanes*,
Pablo Rodrigo Siqueira*, Kiyoshi Hashiba*

Resumo - Introdução - A prática mostra que os relatórios de endoscopia digestiva alta (EDA) relatam pouco a respeito do duodeno. Este é descrito
como normal ou apenas são citadas lesões. A papila duodenal maior (PDM) raramente é descrita. Objetivo - Avaliar as informações da duodenoscopia
contidas nos relatórios e ter conhecimento sobre opiniões dos médicos que solicitam EDA perante um relato de duodeno normal. Método - 500 relatórios
de endoscopia de 5 diferentes hospitais foram avaliados retrospectivamente para análise das descrições e dos achados duodenais. Todos os exames foram
realizados por médicos especialistas em endoscopia, em caráter ambulatorial. Os relatórios foram divididos em 2 grupos: (a) normal e (b) com alteração
duodenal. Um questionário com 4 questões foi aplicado a 50 médicos incluindo clínicos e cirurgiões, sobre qual a sua interpretação ante um laudo com
duodeno descrito como normal, sem a descrição da papila duodenal maior (PDM). Resultados - No exame normal, não há descrição dos achados e
do nível alcançado no exame. A PDM foi descrita em apenas 3% dos casos. Nos relatos das lesões, as descrições são pouco detalhadas. A maioria dos
médicos não acham falha em não descrever a PDM, mesmo sendo frequentemente possível vê-la. Conclusão - É provável que o duodeno esteja sendo
descrito precariamente. Deve-se estabelecer parâmetros claros para a padronização do exame do duodeno na EDA.

*Hospital Sírio Libanês, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.882
ESTUDO COMPARATIVO DAS COMPLICAÇÕES ENTRE OS MÉTODOS DE DILATAÇÃO DA CÁRDIA COM
E SEM FLUOROSCOPIA NO MEGAESÔFAGO
Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Edson Ide*, Christiano Makoto Sakai*, André Luis de Oliveira Novaes*, João Paulo Farias*,
Felipe Machado Oliveira Albino*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - A acalasia é caracterizada por relaxamento ausente ou incompleto do esfíncter inferior do esôfago (EIE) e aperistalse no corpo
esofágico. A dilatação tem sido um tratamento bem estabelecido e comprovado para acalasia, porém complicações podem ocorrer em cerca de 2-3%.
Objetivo - Comparar duas técnicas de dilatação, com auxílio de fluoroscopia (DCF) e sem o auxílio de fluoroscopia (DSF), quanto às complicações
imediatas em pacientes com megaesôfago. Método - Foi realizada avaliação retrospectiva de 77 dilatações com balão RIGIFLEX 30 mm dos pacientes
encaminhados ao ambulatório de endoscopia do Hospital das Clínicas de São Paulo no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2013. As dilatações
foram divididas em 2 grupos: Grupo I (DCF) com 44 dilatações e grupo II (DSF) com 33. Foram consideradas complicações graves os casos de lacera-
ção profunda e perfuração. Resultados - No grupo I, houve um episódio de perfuração, um episódio de laceração profunda e um episódio de laceração
moderada. No grupo II, houve um episódio de perfuração, um episódio de laceração profunda e seis episódios de laceração moderada. Dessa forma,
não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p =0,088). Não houve também diferença significativa entre os pacientes dos grupos I
e II em relação ao número de dilatações prévias (p= 0,68) e ao grau de megaesôfago (p=0,79). Conclusão - Não foi observada diferença significativa na
taxa de complicações graves entre os dois grupos.

*HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 331


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.883
ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE MOLÉSTIA DIVERTICULAR DOS CÓLONS E PÓLIPOS COLÔNICOS
EM PACIENTES SUBMETIDOS À COLONOSCOPIA NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Niki Faria Secchi*, Ana Luiza Werneck-Silva*, Celso Guilherme Christiano*, Edmar Tafner*, José Guilherme Nogueira da Silva*,
Lincoln Tavares de Andrade*, Luis Masuo Maruta*, Simone Pilli*

Resumo - Introdução - A moléstia diverticular dos cólons e os pólipos do intestino grosso apresentam alta prevalência no mundo ocidental e em idades
mais avançadas, com crescente incidência nos últimos anos. Uma possível associação entre essas doenças ainda não foi totalmente elucidada1. Na tentativa
de revelar se há ou não uma associação entre essas duas enfermidades, foi elaborado este trabalho retrospectivo, com os pacientes submetidos à colonos-
copia no Serviço de endoscopia do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Objetivo - Geral: Avaliar o resultado das colonoscopias nestes
pacientes e estudar a concomitância entre a moléstia diverticular dos cólons (MDC) e pólipos colônicos, assim como o desfecho anatomopatológico.
Metodologia - Estudo retrospectivo observacional. Foram revistos 2.180 exames de colonoscopias, realizados entre os meses de fevereiro de 2012 a julho
de 2013, em caráter ambulatorial. Foram selecionados pacientes com MDC e estudada sua correlação com a presença de pólipos, tipos histológicos e a
localização dessas doenças. Critérios de Exclusão - pacientes submetidos à colectomias, portadores de doença inflamatória intestinal e exames em que não
foi possível atingir o ceco. Resultados - 165 pacientes (7,5%) apresentaram MDC. Desses, 92 (55,5%) com pólipos associados. Referências - 1-Hirata,T. et
al. Association between colonic polyps and diverticular disease. World J Gastroenterol 2008 April 21; 14(15): 2411-2413.

*HU-USP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.884
HEMORRAGIA POR RUPTURA DE VARIZES ESOFÁGICAS: Casuística: TRATAMENTO E EVOLUÇÃO
DOS PACIENTES ATENDIDOS NO GASTROCENTRO - UNICAMP
Erilane Leite GuedeS*, Cristiane Kibune Nagasako*, Ciro Garcia Montes*, Fábio Guerrazzi*, Leonardo Trevizan Monici*,
Cecília Queiroz*, Júlia Cardoso Vaz Dias*, José Olympio Meirelles dos Santos*

Resumo - Introdução - A hemorragia digestiva varicosa (HDAv) é uma complicação grave da hipertensão portal (HP), com alta taxa de mortalidade.
Objetivo - Avaliar a epidemiologia, achados endoscópicos e a evolução dos pacientes submetidos à EDA por ruptura de varizes esofágicas (VE) atendidos
no Gastrocentro-UNICAMP, entre março/2010 e abril/2013. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, com a inclusão de 164 pacientes (73% homens,
idade 53±12) submetidos à EDA por sangramento de VE. Resultados - A cirrose hepática (CH) foi a principal etiologia da HP (88%), sendo a CH por
álcool a mais frequente (59%). 47% apresentaram hematêmese. Exames laboratoriais: Hb 8,4 ± 2,3 g/dL; Htc 25,5 ± 6,4; BI 4,3 ± 7,5, albumina 3,0 ± 0,7
g/dL; RNI 1,6 ± 0,5. Função hepática de acordo com a classificação de Child: B (29%/n=45); C (35%/n=54). Pontuação de MELD 17±8. Em 38% foi
constatado estigma endoscópico de sangramento pelas VE. A terapia endoscópica foi realizada em 90,8% (n=149), sendo a ligadura elástica o principal
método. Nas primeiras 6 semanas, a mortalidade foi de 31% (n=52/164), sendo que 22% morreram durante a internação. A principal causa de morte
foi infecção. A taxa de ressangramento nos primeiros 5 dias foi de 9% (n=16/164). 7,9% pacientes apresentaram recidiva do sangramento nas primeiras
6 semanas. Conclusão - Apesar do tratamento, a mortalidade por HDAv é alta, sendo a infecção um importante fator relacionado à descompensação
clínica da CH seja como fator desencadeante ou agravante.

*Gastrocentro - UNICAMP, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.885
PACIENTES COM MAIS DE 100 KG APRESENTAM MELHOR RESPOSTA AO TRATAMENTO DA
OBESIDADE COM BALÃO INTRAGÁSTRICO QUANDO COMPARADOS AOS COM MENOS DE 100 KG?
Fabiana Vieira de SOUZA*, Barbara Silva FREITAS*, Lucas CAGNIN*, Maíza da Silva COSTA*, Matheus DEGIOVANI*,
Arthur Adolfo PARADA*, Tomas Navarro RODRIGUEZ*, Ricardo Anuar DIB*

Resumo - Introdução - Obesidade é doença crônica, multifatorial, associada a alto risco cardiovascular e com prevalência mundial crescente. Balão
intragástrico (BIG) é opção terapêutica transitória, segura e eficaz para perda ponderal em muitos pacientes. Objetivos - Avaliar resposta terapêutica
do uso por 6 meses do BIG em obesos de ambos os sexos, com mais e com menos de 100 kg. Método - Estudados retrospectivamente, 58 pacientes que
usaram BIG por 6 meses; 46 (79,31%) mulheres e 12 (20,69%) homens, de 17 a 60 anos (38,56 ± 9,76 anos), IMC inicial médio 37,53 ± 5,95 kg/m² e peso
inicial ≥ 100 kg em 31 pacientes (53,45%). Resultados - Houve diminuição ponderal em todos os pacientes, com média de perda de peso 11,97 ± 5,47
kg. Comparando o grupo ≥ 100 kg ao < 100 Kg, notou-se média de perda de peso maior no primeiro grupo (13,05 ± 5,53 kg : 10,72 ± 5,23 kg), mas
sem relevância estatística. Não houve diferença significativa da perda de peso média entre homens (13,35 ± 6,59) e mulheres (12,97 ± 5,20) do grupo ≥
100 kg, apesar do IMC inicial médio ser maior no grupo feminino (42,36 ± 5,35) em comparação ao masculino (38,25 ± 3,61). Conclusão - Obesidade
traz prejuízo individual biopsicossocial, onde o tratamento envolve equipe multidisciplinar e opções terapêuticas diversas. BIG é alternativa para seu
tratamento, sendo demonstrado em nosso estudo, perda média de peso de 11% com seu uso por 6 meses; mas sem relevância estatística na diferença de
perda ponderal entre gêneros e entre pacientes com mais e com menos de 100 kg.

*Hospital Ipiranga, São Paulo.

332 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.886
PACIENTES OBESOS COM MAIS DE 50 ANOS APRESENTAM MELHOR RESPOSTA AO TRATAMENTO
COM BALÃO INTRAGÁSTRICO QUANDO COMPARADO AOS MAIS JOVENS
Bárbara Silva Freitas1, Fabiana Vieira de Souza2, Tomas Navarro Rodriguez3, Artur Adolfo Parada2, Eder Iguma1,
Patricia Fernanda Saboya Ribeiro1, Maiza da Silva Costa1, Ricardo Anuar Dib1

Resumo - Objetivos - Avaliar a resposta terapêutica em pacientes obesos em que foi utilizado o balão intra-gástrico por 6 meses em grupos com mais
de 50 anos e os com menos de 50 anos em ambos os sexos. Casuística - Foram avaliados 58 pacientes sendo 46 do sexo feminino com idade maior que 18
anos e menores de 60 anos Método - Todos pacientes apresentavam IMC maior que 27. Todos os pacientes permaneceram com o balão por período de
6 meses. Apresentavam endoscopia digestiva alta prévia com ausência de esofagite erosiva, cirurgias gástricas prévias, hérnia de hiato maior que 2 cm,
úlceras esofágicas, gástricas ou duodenais. Resultados - Todos os pacientes perderam peso sendo que 75% dos homens e 71,74% das mulheres perderam
10% ou mais do IMC inicial após 6 meses com o balão intra-gástrico. As pacientes com idade maior que 50 anos apresentaram perda de peso semelhante
quando comparado com as mais jovens (37,47 e 32,55 vs. 37,97 e 32,88, respectivamente IMC inicial e final), porém o sexo masculino apresentou dife-
rença importante na perda de peso nos com mais de 50 anos quando comparado aos mais jovens (35,50 e 27,20 vs. 36,19 e 31,57, respectivamente IMC
inicial e final). Conclusão - Obesos homens idosos apresentam melhor resposta terapêutica ao balão intragástrico quando comparado aos mais jovens e
as mulheres com mais ou menos de 50 anos de idade.

1
Hospital Ipiranga, São Paulo; 2Hospital Nove de Julho, São Paulo; 3Hospital das Clínicas, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.887
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO NA SANTA CASA DE SÃO
PAULO NO PERÍODO DE JULHO DE 2012 A JUNHO DE 2013
Polyana Leitão do Nascimento*, Osvaldo Massatoshi Araki*, Maurício Saab Assef*, Nelson Yuji Takahashi*, Fábio Marioni*

Resumo - Introdução - A ingesta de corpos estranhos (CE) é causa frequente de atendimento em Unidade de Emergência e a rápida instituição do trata-
mento evita complicações. Objetivo - Estudar os casos de CE, fatores relacionados a estes, aos pacientes e aos procedimentos terapêuticos endoscópicos do
Serviço de Endoscopia da Santa Casa de São Paulo. Casuística - Incluídos 161 pacientes com relato de ingesta de CE entre julho de 2012 e julho de 2013.
Métodos - Foram analisados faixa etária e sexo dos pacientes, tipos e localizações dos CE, sintomas referidos, tempo entre ingestão e o tratamento, achados
endoscópicos à revisão e complicações. Resultados - dos 161 pacientes, 48(30%) crianças até idade pré-escolar; 83(52%) do sexo feminino; 34(21%) dos CE
eram moedas; 78(48%) referiram odinofagia; 121(75%) submetidos ao exame endoscópico em até 24 horas da ingestão. Dos 103(64%) CE encontrados,
83(81%) foram retirados com endoscópio flexível , 71(69%) com auxílio de pinça de CE e 57(55%) se localizavam no esôfago proximal, . À revisão endoscó-
pica, 81(50%) pacientes não apresentaram alterações ao exame, enquanto que 33(20%) apresentaram ulcerações e/ou erosões. Por fim, 148 (92%) pacientes
tiveram alta após o procedimento. Conclusão - A ingesta de CE foi frequente em nosso serviço, sendo as crianças responsáveis por um grande número de
casos. A terapêutica endoscópica foi precoce e os pacientes tiveram baixo índice de complicações e, consequentemente, alta hospitalar após o procedimento.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.888
RELAÇÃO ENTRE ESTENOSE BENIGNA DE ESÔFAGO E AS COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO
DILATADOR
Luiz Rafael Leite*, Marcelo Sales Alves Correia*, Walter Duenas Quispe*, Mauricio Saab Assef*, Osvaldo Massatoshi Araki*,
Fabio Marioni*

Resumo - Introdução - A estenose benigna do esôfago ocorre devido a lesão estrutural na parede do órgão, com a produção de tecido fibrótico em
resposta a uma reação inflamatória. O tratamento mais utilizado é a dilatação endoscópica e suas complicações mais comuns incluem: perfuração,
sangramento, abscessos e lacerações profundas. Objetivo - Correlacionar fatores clínicos e endoscópicos que podem estar relacionados às complicações
da dilatação das estenoses benignas do esôfago. O objetivo secundário é identificar o número de dilatações necessárias para ter um aumento do risco de
complicações. Método - Retrospectivamente, foram selecionados 78 pacientes com estenose benigna do esôfago acompanhados no Serviço de Endos-
copia da Santa Casa de São Paulo, durante o período de 01/01/2011 até 31/05/2012. Foi realizada análise estatística para avaliar a associação entre as
complicações e as variáveis (idade, sexo, localização, calibre, tipo de estenose, presença de hérnia de hiato, divertículos ou recessos, método de dilatação
e realização de estenotomia). Resultados - Houveram complicações em 12 pacientes dos 78 estudados, o que corresponde a 15,38%, ou 0,47% do total de
sessões. Ocorreram 8 perfurações esofágicas, 1 perfuração gástrica, 2 complicações com formação de abscesso e 1 laceração profunda. Conclusão - Não
houve fator relacionado ao aumento de complicações das dilatações endoscópicas. Quanto ao aumento do risco de complicação, em geral, este é maior
após 89% das sessões realizadas.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 333


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.889
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO COM BALÃO INTRAGÁSTRICO (BIG) EM PACIENTES SUPER-OBESOS
ACOMPANHADOS NO SERVIÇO MULTIDISCIPLINAR DE OBESIDADE EM UMA UNIDADE PÚBLICA DE
SAÚDE: SÉRIE DE CASOS
Cândida de Oliveira Alves*, Lourianne Nascimento Cavalcante*, Marcos Clarêncio Batista Silva*, Carla Moreira Soares da Silva*,
Adriana Mattos Viana*, Osmário Jorge de Mattos Salles*, Maria de Lourdes Lima de Souza e Silva*, Igelmar Barreto Paes*

Resumo - Introdução - Nos pacientes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica constitui o método de tratamento com melhores resultados. O balão
intragástrico (BIG) pode ter um papel importante como terapêutica transitória, particularmente no subgrupo dos superobesos, para reduzir os riscos anesté-
sico-cirúrgicos. Objetivo - Descrever a nossa experiência com o tratamento endoscópico com BIG no tratamento da obesidade em pacientes acompanhados
no Serviço Multidisciplinar de Obesidade do Hospital Geral Roberto Santos-Bahia, a partir de agosto de 2012. Métodos - Análise descritiva retrospectiva
da correlação dos dados bioantropométricos antes e após a colocação do BIG, através de testes de comparação de médias. Resultados - Dos pacientes que
colocaram o BIG, 77,8% foram mulheres e 22,2% homens, com média de idade de 43,7 anos (± 13,7 anos) e IMC inicial médio de 63,4 kg/m2 (±14,8 kg/m2).
Na análise parcial foi possível obter dados de 66,7% dos pacientes. O período médio de permanência com o BIG foi de 193,2 dias (± 26,28 dias). Constatou-se
uma média de perda de peso de 19,7 Kg (± 14,5 kg) que correspondeu a uma diminuição média de 10,0 Kg/m2 (± 11,0 kg/m2) no IMC e uma redução média
de 13,7% (± 11,7%) do excesso de peso. Não foram verificadas complicações relevantes ou óbitos. Conclusões - O BIG constitui uma opção terapêutica eficaz e
segura no tratamento de pacientes com obesidade mórbida, principalmente propostos para cirurgia bariátrica, visando reduzir os riscos anestésicos-cirúrgicos.

*Serviço de Endoscopia Digestiva e Centro de Hemorragia Digestiva Prof. Dr. Igelmar Barreto Paes do Hospital Geral Roberto Santos, Bahia.

TL.E.EDA.CET.890
TREINAMENTO EM MIOTOMIA ENDOSCÓPICA DA ACALÁSIA DO ESÔFAGO (POEM) EM MODELO
EXPERIMENTAL
Rodrigo Nobre Lacerda*, Felipe Machado Oliveira Albino*, Thiago Guimarães Vilaça*, Christiano Makoto Sakai*, Clarissa Ribeiro
Villar Sena*, Fabio Yuji Hondo*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - Acalásia esofágica é definida como distúrbio motor caracterizado por aperistaltismo e falta de relaxamento do esfíncter inferior do
esôfago, tendo como sintoma principal a disfagia. O tratamento habitual é através de dilatações forçadas da cárdia ou cirurgia pela técnica da cardiomiotomia
com fundoplicatura. Recentemente, surgiu a terceira opção como cirurgia minimamente invasiva através da miotomia seletiva por via endoscópica (POEM).
Objetivo - Demonstrar nossa experiência quanto a necessidade de treinamento especializado com a intenção de futura aplicação em humanos. Metodologia
- O procedimento é realizado em suínos, sob anestesia geral. O passo inicial do procedimento é a incisão da mucosa de 2 cm de extensão após injeção de
solução salina na submucosa, seguida pela confecção de túnel submucoso em extensão aproximada de 10 cm distais, prolongando-se para o estômago até 2
cm abaixo da cárdia. A seguir é realizada a miotomia seletiva apenas da camada muscular circular, envolvendo cerca de 6 cm acima da cárdia e 2 cm abaixo.
Ao término do procedimento se efetua o fechamento da abertura inicial da mucosa com clipes. Discussão/Conclusão - Devido à similaridade anatômica, o
porco é o animal de experimentação adequado para o treinamento, embora com particularidades como parede esofágica adelgaçada, susceptível à perfu-
rações mais acentuada que em humanos. Portanto, o treinamento experimental poderá proporcionar habilidade suficiente para a aplicação em humanos.

*Universidade de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.CET.891
VALORES DE REFERÊNCIA DA PHMETRIA ESOFÁGICA DE 24 HORAS APÓS ANÁLISE CLÍNICA E
ENDOSCÓPICA DA FUNDOPLICATURA TOTAL
Renata Brandalise*, Luiz Henrique de Souza Fontes*, Adorisio Bonadiman*, Francisco de Matos Farah*, Renato Luz
Carvalho*, Eli Kahan Fogel*

Resumo - Introdução - Até o momento, nenhum estudo realizado no pós-operatório de fundoplicatura total estipulou quais os valores da pHmetria devem
ser usados para se confirmar a sua efetividade. Objetivo - Avaliar os valores normais da pHmetria no pós-operatório de fundoplicatura total (FT). Casuística -
Foram avaliados retrospectivamente 11 pacientes submetidos à FT para tratamento da DRGE entre os anos de 2002 a 2012. Materiais e Métodos - Endoscopia
digestiva alta, manometria esofágica convencional e pHmetria foram realizadas em todos antes e após o procedimento cirúrgico. Resultados - Dos 11 pacientes
avaliados, 8 eram do gênero feminino e 3 do masculino, com idade média de 56,9 anos na data da cirurgia. Todos apresentavam sintomas típicos da DRGE
no pré-operatório. Em 5 pacientes a manometria esofágica convencional revelou hipotonia do esfincter esofágico inferior (EEI). A pHmetria pré-operatória
estava alterada em todos os casos. Todos apresentavam EDA com fundoplicatura sadia. Na manometria pós-operatória, 2 pacientes ainda apresentavam
hipotonia do EEI, porém com melhora significativa da pressão expiratória, quando comparado com exame anterior. Todos os casos apresentaram pHmetria
pós operatória normal. A grande maioria não apresentou nenhum refluxo durante o exame, apenas uma paciente apresentou uma fração total do pH<4 de 1%.
Conclusão - Esse estudo sugere que pacientes pós fundoplicatura têm valores de corte na pHmetria esofágica bem diferentes daqueles sem a cirurgia prévia.

*HSPE, São Paulo.

334 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.EDA.CET.892
MODELO EXPERIMENTAL DE VIABILIDADE DA SUTURA ENDOSCÓPICA GÁSTRICA BASEADO EM
ESTUDO PILOTO DE SIMULAÇÃO POR VIA LAPAROTÔMICA EM PORCOS
Waldir Batista VELOSO JÚNIOR*, Horus Antony Brasil*, Jorge Carim Cassab*, Pablo Rodrigo Siqueira*,
Carlos Alberto Cappellanes*, Fernando Pavinato Marson*, Lucio Giovanni Battista Rossini*, Kiyoshi Hashiba*

Resumo - Introdução - Não há consenso na literatura sobre qual a melhor técnica de sutura endoscópica. Métodos - Os animais foram divididos em grupos.
Laparotomia/Gastrotomia – Estudo Piloto. Grupo 1 - Duas suturas entre pontos distantes 2 cm, abrangendo área de 1 cm2. Os animais foram subdivididos
de acordo com a técnica e a profundidade das suturas: a. mucosa b. mucosa com eletrocoagulação local c. muscular própria (MP) após mucosectomia d.
MP após ressecção transmural. Grupo 2 - Cinco pontos entre áreas de 4 cm2, distantes 2 cm. a. mucosa b. MP após mucosectomia c. b com escarificação
local Avaliação das suturas no 30º dia, por endoscopia, patologia e histologia, revelou a permanência de suturas viáveis apenas nos subgrupos 2b e 2c. Su-
tura endoscópica Grupo 3 Baseado nesses resultados, 4 animais foram submetidos à sutura endoscópica com técnica similar à do grupo 2b. Uma câmara
transparente com janela lateral para aspiração de tecido é acoplada no aparelho, e permite a inserção de agulha que transfixa o tecido aspirado com fio de
nylon 00 preso a um T-tag. A manobra é repetida até se obter sutura em X, que é fechada com tie-knot. Resultados - observaram-se suturas viáveis em três
animais, com a formação de um túnel. A histologia mostrou anel muscular aproximado por fibrose. Conclusão - A sutura endoscópica total, viabilizada
pela mucosectomia, e com maior número de pontos, parece resultar em linha de sutura viável. Este método é factível e tem perspectiva de aplicações futuras.

*Hospital Sírio Libanês, São Paulo.

TL.E.ID.CET.893
AINDA HÁ ESPAÇO PARA ENTEROSCOPIA INTRA-OPERATÓRIA?
Rafael Hygino Rodrigues Cremonin*, Luiz Helder de Alencar Moreno Filho*, Danilo Moniz*, Eduardo Henrique Costa Brandão*,

CET • intistino delgado


Antonio Henrique de Figueiredo*, Mauro Lamelas Cardoso*, Fabio Menezes Filgueiras*, Roberto Felipe Soares Dias Loyola*

Resumo - Introdução - A enteroscopia intra-operatória (EIO) é um método efetivo para avaliar hemorragia do intestino delgado e possibilita terapêu-
tica definitiva adequada no momento do exame. O diagnóstico é possível entre 70 e 100% dos casos. O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o
tipo mais frequente de linfoma não-Hodgkin (LNH) e o acometimento extranodal ocorre em até 70% dos casos, com preferência para o trato gastroin-
testinal que pode cursar com hemorragia digestiva, obstrução intestinal e perfuração. Objetivo - Ressaltar a importância da EIO em relato de caso no
qual o paciente apresentou quadro grave de hemorragia digestiva baixa (HDB). Relato de caso - H.S.V.P, masculino, 64 anos, internado devido à HDB.
A endoscopia digestiva alta e a colonoscopia não identificaram o sítio de sangramento. Devido à necessidade de sucessivas transfusões sanguíneas, foi
optado pela cirurgia e EIO que foi realizada por enterotomia e enluvamento do gastroscópio em conjunto com o cirurgião. O método evidenciou lesão
ulcerada e infiltrativa na transição jejuno-ileal e ausência de lesões concomitantes, sendo o LDGCB confirmado pela imuno-histoquímica. Discussão - A
enteroscopia por duplo balão e a cápsula endoscópica permitem o estudo minimamente invasivo do intestino delgado, entretanto, ainda são métodos
restritos a alguns centros e, principalmente, em casos de urgência, onde a terapêutica imediata se faz necessária, a EIO é um método válido, disponível,
menos oneroso e efetivo.

*HPB, São Paulo.

TL.E.MIS.CET.894
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PER-ORAL (POEM): AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO INICIAL EM MODELOS
ANIMAIS
Thiago Guimarães Vilaça1, Ana Carolina Strake Navarro1, Edgar Mora Chaves1, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura1, CET • miscelãnea
Kendi Yamazaki1, Dalton Marques Chaves1, Paulo Sakai1, Ping-Hong Zhou2

Resumo - Introdução - A miotomia endoscópica per-oral (POEM) é uma nova alternativa para o tratamento da acalásia. No entanto, para ser realizada
em humanos é desejável um treinamento inicial em modelos animais para aperfeiçoamento de técnica. Objetivo - Avaliar o desempenho de endoscopistas
com experiência em dissecção submucosa (ESD) no aprendizado inicial na realização da técnica de POEM em modelos suínos vivos. Método - Estudo
realizado na disciplina de técnica cirúrgica e cirurgia experimental da FMUSP, em 09/2013, envolvendo o aprendizado de 6 endoscopistas com experiência
(EE) em ESD, para realização de POEM, tendo como controle um endoscopista (EC) com mais de 1000 casos de ESD e POEM. Os dados avaliados
foram: o tempo de procedimento, número de injeções de submucosa, hemorragia, controle do sangramento, óbito do animal, impressão subjetiva do
endoscopista quanto à dificuldade e à segurança em realizar o procedimento. Resultados - Os dados dos EE vs. EC foram: tempo de procedimento (26.83
vs. 25 minutos), número de injeções (9,17 vs. 8), hemorragia (3 dos 6 vs. 1), controle endoscópico do sangramento em 100%, óbito do animal (3 dos 6 vs.
0), 3 dos 6 EE se sentiram seguros para realizar o procedimento. Quanto à dificuldade do procedimento (2 intensa, 3 moderada, 1 leve). Conclusão - A
realização da técnica de POEM em modelos suínos, por médicos com experiência em ESD demonstrou ser um adequado modelo de treinamento.

1
HCFMUSP, São Paulo; 2Endoscopy Center and Endoscopy Research Institute, Zhongshan Hospital, Fudan University, Shanghai 200032, China.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 335


Endoscopia • Centros de Treinamento

TL.E.MIS.CET.895
TREINAMENTO DE MIOTOMIA ENDOSCÓPICA DO DIVERTÍCULO DE ZENKER EM MODELO ANIMAL
Christiano Makoto Sakai*, Rodrigo Nobre Lacerda*, Luciana Lopes de Oliveira*, Clarissa Ribeiro Vilar Sena*,
Felipe Machado Oliveira*, Carolina Eliane Reina-Forster*, Paulo Sakai*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - O tratamento endoscópico é considerado como uma alternativa ao tratamento cirúrgico através da septotomia. O modelo
experimental em porcos tem sido utilizado para o treinamento do tratamento endoscópico em humanos. Aspecto Anatômico: No porco doméstico, o
divertículo faríngeo faz parte da anatomia normal e se assemelha muito ao da afecção adquirida no homem, com septo contendo músculo, tecido fibroso e
gordura. Metodologia - O princípio básico do tratamento é a septotomia do septo que separa o divertículo do esôfago. As principais técnicas endoscópica
envolvem o uso do “cap” na extremidade do endoscópio e o uso do diverticuloscópio (overtube bilabiado). O acessório de secção é o estilete ou o “hook-
-knife” através do eletrocautério monopolar. A aplicação do bisturi harmônico e grampeadores mecânicos também são usados. Técnica: No laboratório
de endoscopia experimental do HCFMUSP, o treinamento é realizado em suínos adultos sob anestesia geral. Inicia-se pela secção do septo com estilete
e ao final quando se alcança o fundo do divertículo, opta-se pelo “Hook-Knife”, com o qual se consegue a secção das fibras musculares com apreensão
e tração, evitando-se perfuração para o mediastino. Aplica-se um clipe metálico no vértice da secção. Conclusão - O treinamento da miotomia endoscó-
pica do Divertículo de Zenker em modelo animal é factível e deverá ser implantado para os profissionais com intenção de realizar a diverticulotomia.

*HCFMUSP, São Paulo.

336 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


ENDOSCOPIA • Vídeos
TL.E.CPRE.V.896
ABORDAGEM COMBINADA (RENDEZ-VOUS) NO TRATAMENTO DE COLEDOCOLITÍASE EM
PACIENTE COM GASTRECTOMIA SUBTOTAL EM Y-DE-ROUX UTILIZANDO GASTROSCÓPIO
STANDARD
Gustavo Carneiro Leão Filho1, Marcos Paulo Gomes de Mattos1, Gustavo Henrique Vieira de Andrade1, Germano
Coutinho de Souza Germino1, Bruno Bezerra Vieira1, Jose Guido Correia de Araujo Junior2, Suenia Tavares França1

Resumo - A CPER na coledocolitíase após gastrectomia é um dos maiores desafios enfrentados pelos endoscopistas. Relato de caso - Pa-
ciente 94 a, coledocolitíase, anatomia digestiva alterada pela realização prévia de gastrectomia subtotal há 10 a e anastomose em Y-de-Roux
(câncer gástrico precoce). Quatro semanas antes do procedimento em Rendez-vous, por apresentar quadro de colangite aguda, foi submetido
à colangiografia percutânea–confirmando diagnóstico de coledocolitíase – e drenagem biliar através de dreno externo/interno. Eletivamente,
optamos pela técnica de terapia combinada de endoscopia e radiologia intervencionista (Rendez-vous), utilizando-se, para tanto, gastroscópio
standard. Após início da endoscopia alcançamos anastomose jejuno-jejunal sem dificuldades. Foi introduzido, então, por via percutânea, fio
guia hidrofílico de 0.035 mm, conseguindo-se alcançar a ponta flexível do fio guia, pela alça aferente intestinal, ao local de anastomose, onde
se situava o gastroscópio. Com alça de polipectomia, retirou-se o conjunto aparelho + fio guia, exteriorizado-o pela boca. Com leve tração nas
extremidades proximal e distal, conseguimos alcançar às vias biliares com balão extrator sob visão radioscópica, sendo possível fragmentação
e remoção do cálculo no colédoco. A abordagem biliar combinada entre endoscopia e radiologia intervencionista é boa opção de tratamento às
coledocopatias complicadas, como em pacientes com alterações anatômicas do trato gastrointestinal, mesmo sendo utilizado um gastroscópio.

1
IMIP, 2Hospital das Clínicas, Pernambuco.

TL.E.CPRE.V.897
CPER COM DUODENOSCÓPIO SEM USO DE TROCATER NO BYPASS GÁSTRICO
João Paulo de Souza Pontual*, Otávio Maximino de Lucena Pessoa*, Marcos Peres Ramos da Silva*, Jose Bezerra
Camara Neto*, Suênia França*, Servio Fidney Brandão de Menezes Correia*, Lyz Bezerra Silva*

Resumo - Relato de caso - Paciente fem., 50 a, submetida a bypass gástrico em Y-de-Roux há 6anos. Iniciou quadro de dor em hipocôndrio
direito há um mês, com piora há três dias. EF - Dor em epigástrio e hipocôndrio direito, Murphy neg. Exames laboratoriais - Leucocitose sem
desvio, aumento de amilase, lipase e enzimas canaliculares. TAC - vesícula biliar com cálculos e paredes espessadas, + ectasia de vias biliares intra
e extra-hepáticas sem cálculos. CRNM - Dilatação de vias biliares com imagem sugestiva de cálculo em colédoco distal. Optado por realização de
colecistectomia laparoscópica com CPER intra-operatória através de gastrostomia em estômago excluso. Realizado colecistectomia sem intercor-
rências, em seguida foram liberadas as aderências do estômago excluso e o ponto mais móvel do corpo gástrico identificado (a aproximadamente
8 cm do piloro), onde foi confecionada um gastrostomia com a everção da mucosa na pele para proteger o subcutâneo. Introduzido pela GTT
um gastroscópio, até 3ª porção de duodeno, passagem de fio guia. Através dele foi passado duodenoscópio ate 2ª porção, com posterior cateteri-
zação da papila sem dificuldades. Colangiografia evidenciado colédoco dilatado (1,5 cm) sem sinais de falha de enchimento. Devido ao quadro
clínico bastante sugestivo, foi decidido por realização de papilotomia com passagem de balão extrator, a qual resultou na saída de três cálculos
de aproximadamente 4 mm. Boa Evolução no pós-operatório, recebendo alta hospitalar no 5º DPO. Retirada da gastrostomia no 15 ºDPO.

*Hospital Agamenon Magalhães - HAM, Pernambuco.

TL.E.CPRE.V.898
DEMONSTRAÇÃO DE COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA COM ACESSO POR
ENTEROSCOPIA EM PACIENTE COM GASTRECTOMIA E RECONSTRUÇÃO EM Y-DE-ROUX
Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Carla Cristina Gusmon*, Stephanie Wodak*, Bruno da Costa Martins*, Gerson Cesar
Brasil Junior*, Felipe Alves Retes*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - O acesso endoscópico ao trato pancreatobiliar em pacientes com reconstrução em Y-de-Roux é desafiador. Com o
advento da enteroscopia por balões, o acesso a porções mais distantes do intestino delgado tornou-se mais factível, possibilitando até mesmo
a realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). No entanto, a disponibilidade de acessórios para enteroscópico
ainda é um fator limitante para a realização deste procedimento. Objetivo - Demonstrar a técnica CPRE com acesso por enteroscopia em
paciente com Y-de-Roux Método - Paciente gastrectomizado por neoplasia gástrica e reconstrução em Y-de-Roux, com diagnóstico de co-
ledocolitíase e comorbidades limitantes à abordagem cirúrgica. Realizada CPRE com acesso por enteroscopia com duplo balão. Como não
havia acessórios adequados para o enteroscópico, foi optado por secção parcial do overtube e realização do procedimento com endoscópio
de 8.9 mm. Conclusão - Através da enteroscopia por balões, tornou-se factível o acesso e o tratamento endoscópico de afecções do trato
biliopancreático em pacientes com anatomia pós cirúrgica alterada.
?

*ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 337


Endoscopia • Vídeos

TL.E.CPRE.V.899
PAPILECTOMIA ENDOSCÓPICA: RELATO DE CASO
Leonardo José Sales da Costa*, Ricardo Rangel de Paula Pessoa*, Alana Costa Borges*,
Daniel de Paula Pessoa Ferreira*, Francisco Paulo Ponte PRADO Junior*

Resumo - Introdução - Várias lesões benignas se originam na papila. A mais comum é o adenoma, que é uma condição pré-maligna. O tratamento
endoscópico combina ressecção com alça e ablação térmica, a CPRE deve ser realizada antes da papilectomia para descartar invasão intra-ductal, cuja
ressecção é tecnicamente difícil. Os critérios para exérese endoscópica são: tamanho menor que 4 cm, ausência de malignidade e de invasão intra-ductal.
A ecoendoscopia pode ser utilizada para avaliar a profundidade de invasão. Objetivo - Apresentar uma ressecção endoscópica de adenoma papilar. Relato
de caso - FASM, feminino, 52 anos, apresentou episódio de icterícia obstrutiva transitória. Avaliação inicial revelou adenoma de papila com displasia de
baixo grau restrito à mucosa. CPRE durante ressecção observou discreta dilatação de vias biliares, sem imagens de subtração. Durante a papilectomia,
foi possível evidenciar componente intraductal, o qual também foi ressecado. Estudo histopatológico revelou peça de 2,7 x 2,0 x15 cm, com adenoma
restrito a mucosa, sem indícios de malignidade e pedículo livre de displasia. Após o procedimento, a paciente evoluiu bem e permanece assintomática
em acompanhamento ambulatorial. Conclusão - O adenoma papilar é lesão pré-maligna, deve ser ressecada. Por vezes, mesmo com invasão intra-ductal
é possível ressecar completamente a lesão via endoscopia.

*HGCC, Ceará.

TL.E.CPRE.V.900
PERFURAÇÃO DUODENAL APÓS PAPILOTOMIA: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO
Marco Antonio Buch CUNHA*, Lubia Bonini Daniel*, Ricardo Sato Uemura*, Carlos K. Furuya Junior*,
Renato B. Bello*, Osmar Silvio Garcia de Oliveira*, Katia F. Guenaga*, Everson L. A. Artifon*

Resumo - Introdução - A perfuração duodenal após a papilotomia não é incomum. Enquanto a maioria das perfurações podem ser tratadas com
sucesso, conservadoramente, os pacientes com lesão transmural muitas vezes requerem uma intervenção cirúrgica. Uma das opções para tratamento
conservador é a terapêutica endoscópica. Objetivo - Apresentar aspectos clínicos e endoscópicos da perfuração duodenal durante a CPRE e seu tratamento
endoscópico. Relato de caso - Paciente de 67 anos, sexo masculino, apresentando quadro de icterícia, dor em hipocôndrio direito e vômitos. Realizou
USG de abdome que demonstrou colelitíase e coledocolitíase com um cálculo impactado em colédoco distal. Durante a CPRE, após a contrastação da
via biliar, foi confirmada a presença de um cálculo único em colédoco distal. Procedeu-se a papilotomia ampla, porém ocorreu durante o procedimento
perfuração duodenal peripapilar. Foi optado pela colocação de clipes metálicos e passagem de uma prótese biliar metálica auto-expansível parcialmente
coberta. O paciente foi mantido em jejum por 3 dias e depois com dieta oral. Recebeu alta no 4º dia pós-CPRE, assintomático e com melhora dos sinto-
mas. Retornou em 3 semanas para retirada da prótese e revisão da perfuração que estava totalmente fechada. Conclusão - A colocação de clipes metálicos
associado a prótese metálica auto-expansível parcialmente coberta nas perfurações duodenais tem demonstrado bons resultados, menores custos e um
período de internação hospitalar reduzido.

*Hospital Ana Costa - Santos - Serviço de Endoscopia Digestiva, São Paulo.

TL.E.CPRE.V.901
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DA LITÍASE PANCREÁTICA EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE
DUODENOPANCREATECTOMIA CEFÁLICA: RELATO DE CASO
Sabrina Souza Araujo*, Geraldo Henrique Gouvea de Miranda*, Raquel Martins Cabral*, Francisco Welber COSTA*,
João Ricardo Miranda Zocrato*, Ricardo Augusto Couto Martins

Resumo - M. C., 49 anos, sexo feminino, duodenopancreatectomia cefálica (abril/2011) por adenocarcinoma de papila duodenal maior. Desde então,
apresentou três episódios de pancreatite aguda. Pancreatorressonância (dezembro/2012): sinais de duodenopancreatectomia cefálica com dilatação do
ducto pancreático principal no corpo e na cauda, com cálculos junto à anastomose cirúrgica. Endoscopia Digestiva Alta (janeiro/2013): sem alcance
da anastomose pancreatojejunal. Proposta de tratamento com colonoscópio/enteroscópio via oral, para acesso à anastomose pancreatojejunal com
avaliação e retirada de cálculos. Sob anestesia geral, introduzido o colonoscópio via oral, até a anastomose pancreatojejunal, que se mostrava prévia
e com cálculos amarelados adjacentes. Introduzido catéter balão extrator, com oclusão da anastomose e pancreatografia: ducto pancreático principal
dilatado, tortuoso e com imagens sugestivas de microcálculos. Progressão do balão até a cauda pancreática, com retirada de vários cálculos leitosos
e drenagem livre de contraste e secreção pancreática. Paciente evoluiu sem intercorrências e sem novos quadros de pancreatite até o momento. Con-
clusão - a abordagem endoscópica mostrou-se uma alternativa eficaz, até o presente momento, evitando procedimento cirúrgico de grande porte e
possibilitando novas intervenções futuras.

*Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais, Minas Gerais.

338 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Vídeos

TL.E.COL.V.902
DIARREIA POR BALANTIDIUM COLI

vídeos • colonoscopia
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Andre Silva Alfredo*, Isabel Cristina Machado FLeury Guedes*,
Luiz SIQUEIRA Filho*, Mayra Machado Fleury Guedes*

Resumo - Paciente do sexo masculino, 60 anos, referindo dor abdominal do tipo cólica, aproximadamente há 3 meses, com períodos de exacerbação
e remissão espontânea. Concomitantemente relata episódios de diarreia ora de coloração amarelada, ora do tipo disentérica; refere emagrecimento
de aproximadamente 3 kg, astenia, e indisposição para atividades habituais. Este paciente foi submetido a uma colonoscopia com o achado de áreas
de erosões recobertas por fibrina, no ceco, ora isoladas, ora confluentes. Foram colhidas amostras teciduais para anatomopatológico, com achado do
protozoário Balantidium coli.

*Gastroclínica Uberlândia, Minas Gerais.

TL.E.COL.V.903
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA POR MAGNIFICAÇÃO NO
ALGORITMO TERAPÊUTICO DA NEOPLASIA PRECOCE COLORRETAL
Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*, Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*,
Bruno da Costa Martins*, Caio Sergio Rizkallah Nahas*, Carlos Frederico Sparapan Marques*,
Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - A imagem de alta definição, a cromoscopia e a magnificação permitem identificar o padrão de criptas e a ramificação vascular
na superfície neoplásica. Estes padrões, por sua vez, permitem inferir a profundidade da neoplasia superficial do coloreto. Objetivo - Demonstrar a
importância da avaliação endoscópica com cromoscopia e magnificação de neoplasia superficial colorretal. Resultados - Paciente de 51 anos, masculino,
com antecedente de AVC e HAS, encaminhado ao ICESP para tratamento de neoplasia avançada em transição retossigmoide. Realizada colonoscopia
para reavaliação da lesão. A colonoscopia identificou lesão de crescimento lateral (inicialmente diagnosticada como neoplasia avançada), não granular,
pseudo-deprimida, medindo 25 mm, com white spots em mucosa periférica. Realizada cromoscopia e magnificação, com identificação de padrão de
cripta Vi. Lesão com aspecto intramucoso. Conduta - Baseado na avaliação colonoscópica, optado com ressecção endoscópica (ESD). O procedimento
ocorreu sem intercorrências. O anatomopatológico confirmou tratar-se de adenocarcinoma intramucoso, sem invasão angiolinfática, com margens
livres. Conclusão - A avaliação do padrão de criptas e do padrão vascular visíveis à magnificação permitem inferir o nível de profundidade da neoplasia
superficial colorretal, fundamental para adoção da terapia apropriada

*ICESP, São Paulo.

TL.E.COL.V.904
PERFURAÇÃO DURANTE COLONOSCOPIA EM PACIENTE COM RADIOTERAPIA
PÉLVICA PRÉVIA
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Isabel Cristina Machado FLeury Guedes*, Luiz SIQUEIRA Filho*,
Andre Silva Alfredo*, Mayra Machado Fleury Guedes*

Resumo - Paciente MHC, sexo feminino, de 85 anos, portadora de cardiopatia hipertensiva e em uso de anti-agregante plaquetário, com relato
de ter sido submetida à radioterapia há aproximadamente 6 meses, por quadro de neoplasia de endométrio. Foi encaminhada para a realização de
colonoscopia, com quadro de importante dor abdominal. Durante a colonoscopia, de difícil execução (aderências intra abdominais) e realizada em
centro cirúrgico, observou-se perfuração do cólon, com posterior fechamento da lesão mucosa com clipes metálicos. Foi encaminhada para lapa-
roscopia no mesmo momento, com achado e remoção de aderências, e sutura de reforço em área de aplicação dos clipes. Paciente evoluiu bem, sem
complicações, com alta hospitalar.

*Gastroclínica Uberlândia, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 339


Endoscopia • Vídeos

TL.E.COL.V.905
TÉCNICA COMBINADA DE CIRURGIA TRANSANAL (TAR) E DISSECÇÃO SUBMUCOSA ENDOSCÓPICA
(ESD) PARA RESSECÇÃO DE LESÃO DE CRESCIMENTO LATERAL (LST) CIRCUNFERENCIAL
LOCALIZADA EM RETO DISTAL
Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Carlos Frederico Sparapan Marques*,
Stephanie Wodak*, Caio Sergio Rizkallah Nahas*, Sergio Carlos Nahas*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - A ressecção de lesões planas de crescimento lateral pela dissecção endoscópica é técnica recente e em evolução. Entretanto, o
acometimento circunferencial da borda anal de lesões extensas causa grande dificuldade técnica na sua ressecção. Objetivo - Descrever a ressecção de LST
de reto distal por técnica combinada endoscópica e cirúrgica. Resultado - Paciente de 83 anos, feminina, HAS, apresentando lesão de crescimento lateral
extensa em reto distal acomentendo circunferencialmente a borda anal, tipo granular, com áreas nodulares, melhor visualizada através da cromoscopia com
índigo carmin. Padrão de cripta predominante tipo IV. Características compatíveis com lesão intramucosa. Após discussão multidisciplinar, optou-se por
ressecção através de técnica combinada por ESD e TAR. Foi realizada ESD da margem proximal da lesão e dissecção submucosa por cirurgia transanal
da margem distal, com ressecção da peça em monobloco. Anatomopatológico mostrou tratar-se de adenocarcinoma intramucoso com margens livres.
Evoluiu sem intercorrências e a colonoscopia de seguimento após 1 ano evidenciou retração cicatricial em reto distal, sem sinais de recidiva. Conclusão
- A associação de endoscopia e cirurgia representa alternativa menos invasiva à terapêutica de pacientes com lesão intramucosa extensa de reto distal e
envolvimento circunferencial de canal anal.

*ICESP, São Paulo.

TL.E.ECO.V.906
DRENAGEM ENDOSCÓPICA ECOGUIADA DE PSEUDOCISTO PANCREÁTICO INFECTADO COM O USO
vídeos • ecoendoscopia

DE PRÓTESE METÁLICA AUTOEXPANSÍVEL


Waldir Batista Veloso Júnior*, Erika Borges Fortes*, Juliana dos Santos Valenciano*, Marco Aurélio D‘Assunção*,
Fernando Pavinato Marson*, Lucio Giovanni Battista Rossini*, Kiyoshi Hashiba*

Resumo - Paciente do sexo feminino, 17 anos de idade, com antecedente de insuficiência hepática fulminante atribuída à infecção por vírus B, necessitando
transplante aos 11 anos de idade. Evoluiu com cirrose do enxerto, e foi submetida ao retransplante quatro anos depois. Internou-se havia três meses devido
à pancreatite aguda, associada a quadro séptico e insuficiência hepática. A propedêutica não estabeleceu o foco infeccioso. Após dois meses de internação,
tomografia de abdome de controle revelou a presença de volumoso pseudocisto do corpo e cauda pancreáticos, em íntima relação com a parede posterior do
estômago. Diante da recrudescência da sepse e falência de órgãos, optou-se por drenagem endoscópica do pseudocisto. A cistogastrostomia ecoguiada com
introdução de prótese metálica, parcialmente recoberta, de 30 French x 6 cm, foi a opção terapêutica empregada, pois possibilitou a localização precisa do
ponto ideal para a drenagem. A paciente apresentou abdome agudo inflamatório no 10º dia pós-procedimento, necessitando laparotomia exploradora. A
endoscopia de controle apresentava prótese bem posicionada. Não foram encontradas fístulas. A programação de retirada da prótese e exploração da loja do
pseudocisto, inicialmente após 14 dias, teve de ser postergada devido ao quadro de abdome agudo e coagulopatia. Hipóteses etiológicas são a translocação
bacteriana, a contaminação per- ou pós-operatória da cavidade, e a manutenção do foco infeccioso pela necrose pancreática infectada.

*Hospital Sírio Libanês, São Paulo.

TL.E.ECO.V.907
QUIMIOEMBOLIZAÇÃO INTRA-ARTERIAL ECOGUIADA EM NÓDULOS METASTÁTICOS NO FÍGADO
Marco Antonio Buch CUNHA*, Lubia Bonini Daniel*, Luciana C. Aun*, Flavia G. Azevedo*, Ricardo Sato Uemura*,
Carlos K. Furuya Junior*, Dayse Aparicio*, Everson L. A. Artifon*

Resumo - Introdução - Atualmente existem opções para tratamento de tumores no fígado, sendo importante sua localização, histologia, idade e
estado geral do paciente. A metástase hepática do câncer colorretal é uma complicação que tem como tratamento inicial a cirurgia, entretanto existem
outras opções como a radiofrequência, alcoolização, quimioembolização arterial por radiologia intervencionista e a quimioembolização intra-arterial
ecoguiada. Objetivo - Apresentar, pioneiramente, aspectos clínicos e endoscópicos da quimioembolização ecoguiada de nódulos hepáticos metastáticos.
Caso clínico - Paciente de 65 anos, sexo feminino, portadora de neoplasia colorretal associado a dois nódulos hepáticos metastáticos em lobos II e V. Foi
realizada uma ecoendoscopia para localização dos nódulos e na sequência utilizado o Doppler colorido com ondas de fluxo para determinar qual vaso
era arterial (Doppler modos B e M). Procedeu-se punção ecoguiada com agulha de 22 G seguida da infusão de solução de quimioterápico com lipiodol.
Realizou-se arteriografia para confirmação do local da infusão. A paciente não apresentou sintomas ou efeitos colaterais após o procedimento e recebeu
alta no mesmo dia. Permanece em tratamento oncológico. Conclusão - A quimioembolização intra-arterial ecoguiada beneficia os pacientes diminuindo
o tempo de internação e a toxicidade dos quimioterápicos em relação aos métodos convencionais que utilizam a radiologia intervencionista.

*Hospital Ana Costa - Santos - Serviço de Endoscopia Digestiva, São Paulo.

340 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Vídeos

TL.E.EDA.V.908

vídeos • End. digestiva alta


BURIED BUMPER SYNDROME
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Nestor Barbosa Andrade*, Mariza Rodrigues de Faria*, Ulisses Correa Cotta*

Resumo - Paciente com dificuldade de infusão alimentar pela sonda de gastrostomia. Foi evidenciado Buried Bumper Syndrome – BBS, ao exame endos-
cópico. Efetuado remoção do disco de gastrostomia através da utilização de papilotomo promovendo cortes radiais da mucosa. Trinta dias apos a troca da
gastrostomia com disco pela gastrostomia com balão, houve também sepultamento deste ultimo, sendo necessário aumento das dimensões do volume do balão

UFU, Minas Gerais.

TL.E.EDA.V.909
COMPLICACÃO DURANTE O TRATAMENTO DE VARIZES GÁSTRICA COM CIANOACRILATO
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Andre Silva Alfredo*, Luiz SIQUEIRA Filho*, Mayra Machado Fleury Guedes*

Resumo - Paciente portador de grande variz fúndica, com episódio prévio importante de hemorragia digestiva alta, foi encaminhado para tratamento
endoscópico com aplicação de cianoacrilato. Na infusão do cianoacrilato houve introdução da parte plástica protetora do bisel dentro da variz, com
importante hemorragia local. A mesma foi controlada com a injeção de cianoacrilato em outros três pontos, com sucesso, sem mais intercorrências.

*Gastroclínica Uberlândia, Minas Gerais.

TL.E.EDA.V.910
GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA ATRAVÉS DE FÍSTULA CERVICAL OU
FARINGOSTOMIA EM PACIENTES COM TUMOR DE CABEÇA E PESCOÇO
Cindy Lis Granados*, Marcela Rosa*, Paula de Azevedo Lopes*, Ludimilla Malvão*, Ana Carolina Ayres*,
Simone Guaraldi*, Gustavo Mello*, Gilberto Mansur*

Resumo - Introdução - A confecção da gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) introduzindo o endoscópico por via alternativa como fístulas cer-
vicais ou faringoesofagostomias é pouco descrita na literatura. Objetivo - Reportar série de casos de GEP realizada por faringoesofagostomias ou fístulas
cervicais em pacientes com tumor de cabeça e pescoço (TCP). Pacientes e Resultados - No Serviço de Endoscopia do HCI/INCA, no período de Janeiro
2002 até dezembro de 2012, 1018 GEP foram realizadas em pacientes com TCP. Deste grupo, 21 pacientes (18 homens e 3 mulheres, idade variando de
34 a 84 anos), 33,3% com fístula cervical (33,3%) e 66,4% com faringoesofagostomia tiveram GEP realizada pelos respectivos orifícios. Os procedimen-
tos foram realizados com sucesso em todos os pacientes, usando a técnica “Pull”de Gauderer-Ponsky (24F PEG kit). Não houve complicações agudas
ou tardias relacionadas às vias de acesso. Discussão - A realização da GEP utilizando estoma ou fístula cervical com via alternativa de acesso, apesar
de pouco descrita na literatura, representa um meio de fácil execução e seguro para pacientes que necessitam de acesso enteral de longa permanência
e possuem obstrução da hipofaringe e um trato gastrointestinal intacto. Consequentemente, estes pacientes apresentam melhora da qualidade de vida.
Conclusão - O acesso cervical por vias alternativas como faringoesofagostomias ou fístulas para realizar GEP é prático e seguro para pacientes com TCP.

*INCA, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.V.911
GIST GÁSTRICO: DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA
Walton Albuquerque*, Mariana de Assis LAGE*, Celio Geraldo de Oliveira Gomes*, Thiago Antunes Ferrari*,
Ana Carolina Parussolo ANDRE*

Resumo - Introdução - Gist é uma lesão mesenquimal de comportamento biológico variável com potencial maligno, origina da camada muscular própria.
A incidência de GIST sintomático é baixa e o tratamento é a ressecção da lesão por cirurgia ou via endoscópica. Objetivo - Relatar um caso de Gist gástrico
sintomático em uma paciente idosa cujo tratamento foi a dissecção endoscópica de submucosa com sucesso terapêutico imediato e no controle. Método -
Tratamento do Gist de corpo gástrico de 2 cm por via endoscópica em uma paciente idosa com elevado risco cirúrgico. Resultados - Paciente portadora de
Gist gástrico com 2 cm de tamanho submetida a biópsia pela ecoendoscopia que mostrou, KI 67 3%, baixo índice mitótico e ausência de metástases nos
exames de imagem portando um Gist de baixo grau foi submetida a dissecção endoscópica de submucosa com fragmentação da peça e controle endoscópico
seis meses pós procedimento que mostrou apenas cicatriz branca no local da ressecção. Conclusão - O tratamento de escolha do Gist gástrico é a cirurgia
ou tratamento endoscópico em casos selecionados como tamanho < ou igual a 2 cm, KI 67 < 3%, índice mitótico baixo e em pacientes com elevado risco
cirúrgico. São refratários a quimioterapia e radioterapia, podendo se usar tratamento medicamentoso com imatinibe em casos avançados ou irressecáveis. O
tempo de seguimento pós a ressecção não é bem estabelecido. Sobrevida em 5 anos pós tratamento com ressecção completa varia de 35-60%.

*UFMG, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 341


Endoscopia • Vídeos

TL.E.EDA.V.912
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA APOS BIÓPSIA DE CONTROLE EM PACIENTE PÓS-GASTRECTOMIA
PARCIAL
Claudia Zitron SZTOKFISZ*, Igor Antunes MARCHETTI*, Felipe Alves Retes*, Alvaro Moura SERAPHIM*,
Robson Kiyoshi ISHIDA*, Camilla Jovita Souza Santos*, Adriane Graicer PELOSOF*, Diogo Yoshihiro KOZONOE*

Resumo - Paciente, M.T.P., 87 anos, com história de gastrectomia parcial em acompanhamento ambulatorial sendo submetida a controle da doença
com endoscopia digestiva alta. Durante o exame, ao ser biopsiada a boca anastomótica, apresentou sangramento apresentado no vídeo. Sendo tratado
endoscopicamente com hemoclip e escleroterapia com adrenalina. Objetivo alertar e observar os sangramento pós-biópsias gástricas.

*AC Camargo, São Paulo.

TL.E.EDA.V.913
INFECÇÃO MACIÇA POR ANCYLOSTOMA DUODENALE
João Paulo de Souza Pontual1, Gustavo Carneiro Leão Filho2, Suênia França2, Marcos Paulo Mattos1

Resumo - Caso 1 - Paciente do sexo masculino, 31 anos, compareceu à emergência do Hospital Miguel Arraes – PE, com queixa de astenia intensa e
dispneia progressivas com piora há aproximadamente uma semana. EF - Emagrecido, hipocorado 4+/4+. Restante do exame sem alteração. Hb = 3,5 /
Ht = 10,5 Submetido a endoscopia digestiva alta que flagrou, em todas as porções do duodeno, um grande número de parasitas nematelmintos medindo
entre 10 e 15 mm de comprimento aparentando estar repletos de sangue. Enviado um espécime para estudo parasitológico que confirmou o diagnóstico de
Ancylostoma duodenale. Pacientes foi tratado com albendazol e suplementação de sulfato ferroso. Caso 2 - Paciente do sexo masculino, 39 anos, etilista
crônico, compareceu à emergência do Hospital Miguel Arraes – PE, com queixa de astenia. EF - Emagrecido, hipocorado 4+/4+. Tremores das mãos,
FC = 112 bpm, PA= 160x100 mmHg (síndrome de abstinência). Restante do exame sem alteração. Submetido a endoscopia digestiva alta que flagrou,
na terceira porção duodenal, um grande número de parasitas nematelmintos medindo entre 10 e 15mm de comprimento aparentando estar repletos de
sangue. Enviado um espécime para estudo parasitológico que confirmou o diagnóstico de Ancylostoma duodenale. Paciente foi tratado com albendazol,
suplementação de sulfato ferroso e manejo da síndrome de abstinência alcoólica.

HMA – PE, 2IMIP, Pernambuco.


1

TL.E.EDA.V.914
LACERAÇÃO DA PAREDE GÁSTRICA NA GASTROSTOMIA
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Nestor Barbosa Andrade*, Paulo Barbosa Resende*, Priscilla Dias Silva Abrahão*

Resumo - Paciente do sexo feminino, 82 anos, encaminhada para realização de gastrostomia por dificuldade de deglutição. Foi submetida à gastros-
tomia e houve laceração da parede gástrica pelo bizel da agulha. A lesão foi fechada através de clips e a drenagem do pneumoperitôneo efetuada através
de seringa de 10 cc com soro fisiológico em seu interior.

*UFU, Minas Gerais.

TL.E.EDA.V.915
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA (ME) PARA TRATAMENTO DA ACALASIA. EXPERIÊNCIA DE 52 CASOS
Antonio Carlos COELHO Conrado1, Júlia Corrêa de Araújo1, Cláudia Cristina de Sá2, Maria Glória Almeida Melo3, Aline Campos de
Britto1, Emanuelle Gomes Reis Galvão1, Antonio Marcial Pinheiro de Alencar1, Admar Borges da COSTA Jr.1

Resumo - Introdução - Acalasia é distúrbio motor que afeta o esfíncter inferior do esôfago (EIE). O tratamento padrão é a miotomia a Heller. Nova técnica
endoscópica tem sido empregada com sucesso, nela o EIE é seccionado através de túnel na submucosa (SM). Objetivo - Avaliar melhora clínica de 52 pacientes,
submetidos a ME. Método - Todos foram submetidos à avaliação clínica (escore de Echardt), manométrica, radiológica e EDA antes e 3 meses após. Técnica
- Injeção de hialuronato de sódio 0,4%, manitol 20% e azul de metileno e adrenalina na SM da parede lateral esquerda do esôfago, incisão de 1cm na mucosa
e confecção de túnel na SM 8 cm acima e 2 cm abaixo do EIE. Cap adaptado ao aparelho. Uso de corrente de corte na SM e coagulação para miotomia. ME
das fibras circulares do esôfago distal por 6cm, mais 2cm no estômago, totalizando 8cm. Síntese da mucosa com clipes. Procedimentos realizados no setor
de endoscopia, sedação por midazolam e fentanil, complementação com propofol e O2 por cateter nasal. Antibioticoterapia por 3 dias e alta hospitalar com
dieta pastosa no 4º DPO. Resultados - De 08/08/11 até o presente, 52 pacientes foram submetidos a ME. Houve melhora da disfagia (Eckhardt < 3) em 50
(96,2%) e permanência (Eckhardt > 3) em 2 (3,8%): 1 recebeu ME bilateral e outro aguarda novo procedimento. Complicações - Enfisema cervical em 6 e
pneumotórax em 2, todas (15,3%) tratadas clinicamente. Conclusão - ME é o NOTES com potencial para tornar-se primeira opção terapêutica na acalasia.

Hospital da Restauração - Universidade de Pernambuco, 2Instituto do Fígado de Pernambuco – UPE, 3Casa de Chagas – UPE, Pernambuco.
1

342 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Vídeos

TL.E.EDA.V.916
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PER ORAL (POEM): VÍDEO
Marcos Ney da Costa Barros*, Marcelo Ferraz Passos*, Karla Christina Lopes Vanderlaars*, Maria Fernanda Cabello Sakabe*,
Eduardo Kutchell De Marco*

Resumo - Introdução - Acalasia é um distúrbio da motilidade do esôfago caracterizado por disfagia secundária ao comprometimento do relaxamento
do esfíncter inferior do esôfago (EIE). Os tratamentos tem como objetivo reduzir a pressão do EIE. Objetivo - Apresentar vídeo com demonstração da
técnica endoscópica. Casuística - Vídeo editado com a técnica do procedimento realizado em três pacientes do sexo masculino com acalasia idiopática.
Método - O paciente é mantido em decúbito dorsal sob anestesia geral. Determina-se o local para realização de uma janela na porção anterior da mu-
cosa esofágica 7 a 10 cm proximal à junção gastroesofágica (JEG). Após injeção submucosa de solução com índigo-carmin, uma incisão de 1,5 a 2 cm é
realizada. O endoscópio é inserido no espaço submucoso, onde um túnel é criado, facilitado por injeção de solução com índigo-carmin consecutivas, e
eletrocautério cuidadosamente. O túnel é estendido até cerca de 2 a 3 cm abaixo da JEG. A miotomia circular é realizada da porção proximal para distal,
tendo-se o cuidado de preservar as camadas musculares longitudinais. Uma retroflexão é realizada para confirmar uma miotomia adequada. A janela
esofágica proximal, pós revisão hemostática cuidadosa é fechada com clips endoscópicos. Conclusão - Experiência inicial demonstra ser um procedimento
seguro, e os primeiros resultados satisfatórios. Apesar da necessidade de uma avaliação em longo prazo, o método já é uma opção terapêutica para acalasia.

*Hospital Samaritano de Sorocaba, São Paulo.

TL.E.EDA.V.917
RECANALIZAÇÃO ESOFÁGICA ENDOSCÓPICA
Waldir Batista Veloso Júnior*, Erika Borges Fortes*, Juliana dos Santos Valenciano*, Savério Tadeu Noce Armellini*, Marco
Aurélio D’Assunção*, Fernando Pavinato Marson*, Lucio Giovanni Battista Rossini*, Kiyoshi Hashiba*

Resumo - Paciente feminina, 11 anos, apresentava quadro de vômitos incoercíveis desde o nascimento e foi submetida à cirurgia para correção de
refluxo gastroesofágico nos primeiros dias de vida. Não houve melhora, o que motivou reoperação, acarretando estenose. Em seus onze anos de vida,
foi submetida a 12 cirurgias, e nunca havia se alimentado por via oral. A criança apresentava estenose do esôfago distal, fístula gastrocutânea no flanco
esquerdo e nutrição enteral exclusiva por jejunostomia, resultado das intervenções cirúrgicas prévias. Endoscopia realizada através do orifício da fístula
gastrocutânea permitiu avaliar que apenas 2 cm separavam o coto esofágico e a cavidade gástrica. O tratamento proposto inicialmente foi cirúrgico, que
obteve sucesso na correção do trânsito intestinal e da fístula. Contudo, a transição esofagogástrica não foi abordada devido à intensa fibrose e aderências.
Foi sugerida a recanalização endoscópica do esôfago, realizada por meio de punção do coto esofágico em direção à cavidade gástrica com agulha de
ecoendoscopia de 19G, sob controle radiológico com auxílio de contraste e fio-guia hidrofílico. Para restabelecer o pertuito, utilizou-se balão dilatador
hidrostático de 10 mm. O procedimento foi finalizado com estenotomia e injeções de triancinolona. Atualmente a criança passa por readequação alimen-
tar, com introdução gradual da via oral em sua rotina, e realiza dilatações frequentes. A colocação de prótese metálica autoexpansível está em discussão.

*Hospital Sírio Libanês, São Paulo.

TL.E.EDA.V.918
RELATO DE CASO: LEIOMIOSSARCOMA GÁSTRICO
Viviane Fittipaldi*, Daniel Ribeiro*, Renata Amorim*, Alexandre Iachan*, Alline Pimenta*, Eduardo Viegas*, Evelyn Chinem*,
Moisés Copelman*

Resumo - Paciente masculino de 55 anos, apresentando queixa de fraqueza e perda ponderal estimada em 20 kg nos últimos dois meses. Ao exame
físico, apresentava-se hipocorado e com massa palpável nos quadrantes superior e inferior esquerdos. Ao exame endoscópico, foi identificada grande
massa neoplásica ulcerada, com base necrótica, com elevada quantidade de líquido de estase e friável. A lesão poupava o antro e piloro. Foram realizadas
biópsias da neoplasia gástrica. A histopatologia mostrou neoplasia de células fusiformes e a imuno-histoquímica confirmou leiomiossarcoma gástrico. A
massa tumoral infiltrava também o pâncreas e delgado. Foi realizada a gastrectomia total, pancreatectomia parcial e ressecção parcial de alça de delgado.
O paciente encontra-se em acompanhamento clínico, sem proposta curativa.

*UERJ, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.V.919
REMOÇÃO ENDOSCÓPICA DE LIPOMA GÁSTRICO
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Andre Silva Alfredo*, Luiz SIQUEIRA Filho*, Mayra Machado Fleury Guedes*

Resumo - Paciente com diagnóstico de lipoma gástrico, no antro e de cerca de 7 cm, sendo encaminhada para ressecção endoscópica da lesão. Apesar
da etiologia benigna da lesão, a indicação do procedimento seguiu o desejo da paciente e de seu médico assistente. Após discussão sobre riscos e benefícios,
em equipe e com a paciente, foi optado pela ressecção endoscópica, realizada sem intercorrências.

*Gastroclínica, Uberlândia, Minas Gerais.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 343


Endoscopia • Vídeos

TL.E.EDA.V.920
SECÇÃO ENDOSCÓPICA DE PONTE MUCOSA DO ESÔFAGO
Edgard Rodrigo Pinheiro Cruz de Medeiros*, Fabio Marioni*, Sergio Gnatos Lombardi*

Resumo - LRS, masculino, 30 anos, portador de fibrose hepática congênita, submetido à terapêutica endoscópica para erradicação de varizes do
esôfago na infância e desconexão ázigo-portal com esplenectomia aos 10 anos de idade. Foi encaminhado ao nosso serviço devido uma queixa crônica
de disfagia e odinofagia para alimentos sólidos, sem perda ponderal. Realizou endoscopia digestiva alta em fevereiro de 2013, que revelou a presença de
uma ponte mucosa entre 30 cm da arcada dentária superior (ADS) e a transição esofagogástrica, que era coincidente com o pinçamento diafragmático.
A extremidade distal da ponte mucosa mantinha contato com a parede diametralmente oposta, ocasionando uma úlcera nessa localização. Em julho
de 2013, ainda referindo os mesmos sintomas, foi realizada a secção da ponte mucosa por endoscopia. Inicialmente foi colocado um clipe metálico na
extremidade proximal da ponte mucosa e, em seguida, realizada a secção da mesma distal ao clipe, não havendo sangramento na extremidade proximal.
A extremidade distal apresentava dois locais de inserção no esôfago, sendo colocado um segundo clipe nessa extremidade e seccionado a inserção que
apresentou palidez, sugerindo isquemia dessa região. Não houve sangramento importante no procedimento. O paciente permaneceu em observação
clínica durante 24 horas, sem apresentar queixas ou queda hematimétrica. Referiu odinofagia por três dias após o procedimento, não apresentando
qualquer sintoma após esse período.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

TL.E.EDA.V.921
SÍFILIS GÁSTRICA: RELATO DE CASO E ASPECTOS ENDOSCÓPICOS
Rafael Lopes Gurgel*, Fernando Jorge Firmino Nóbrega*, Susan Louise Kakitani Takata*, Fernanda Sumiré Araki*,
Karla Sawada Toda*, Diego Cardoso Baima*, Rafael Pasquilini de Carvalho*

Resumo - Introdução - A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica. Considerado um evento raro, a sífilis gástrica(SG) é a principal forma
de acometimento do trato gastrointestinal, possuindo os primeiros relatos em 1834 por Andral. Objetivo - Relatar caso e caracterizar os aspectos en-
doscópicos de SG. Relato de caso - Paciente previamente hígido, de 46 anos, gênero masculino, evoluiu a 45 dias com dor epigástrica, perda ponderal
e vômitos pós-prandiais, exame físico inalterado. Realizado endoscopia digestiva alta, visualizando lesões difusas em fundo, corpo, e antro. Mucosa
gástrica apresentava-se edematosa, enantemática e com múltiplas ulcerações confluentes, rasas, friáveis e recobertas por tênue camada de fibrina de
aspecto infiltrativo. Demonstrou-se na biópsia que existia tampão fibrino-leucocitário com linfócitos e plasmócitos, sem sinais de malignidade. Realiza-
do investigação para imunodeficiência negativo e teste sorológicos reação de VDRL e hemaglutinação para sífilis reagente. Foi tratado com penicilina
benzatina 2.400.000 UI, em dose única, com melhora dos sintomas e dos achados endoscópicos. Conclusão - SG é um evento raro que acomete adultos
jovens, possuindo manifestações clínicas pouco específicas. Possui achados endoscópicos variados em que principal é gastrite ulcerada, tendo corpo distal
e antro geralmente afetados. A suspeita diagnóstica de SG é sempre importante em vista de sua apresentação inespecífica e por mimetizar neoplasias
linfoplasmocitárias ou linite plástica.

*HCFMRP-USP, São Paulo.

TL.E.EDA.V.922
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE LACERAÇÃO ESOFÁGICA PÓS-IMPACÇÃO ALIMENTAR COM
CLIPES METÁLICOS – RELATO DE CASO
Daniel de Alencar Macedo Dutra*, Cláudia Utsch Braga*, Sara Cristina Batista de Lima*,
Paula Brumatti Lampier Barcellos*, Paula Hugueney Cruz*, Gustavo Andrade de Paulo*,
Frank Shigueo Nakao*, Ermelindo Della Libera Junior*

Resumo - Introdução - Laceração esofágica e sangramento são complicações possíveis da impactação de corpo estranho no esôfago. O tratamento
endoscópico com clipes metálicos pode ser uma alternativa. Relato de caso - Masculino, 31 anos, Sd. Marfan, válvula mitral metálica, em uso de wafarina
5 mg/dia (RNI 3,7). Impacção por bolo alimentar com resolução espontânea após 6 horas, permaneceu com dor retroesternal residual por 2 dias. No 3º
dia apresentou hematêmese e instabilidade hemodinâmica. Após controle do choque e intubação orotraqueal, EDA mostrou laceração esofágica com
coágulo aderido. A remoção do mesmo evidenciou coto vascular com sangramento ativo. Realizada injeção de solução de adrenalina 1:10.000 (10 mL)
com parada do sangramento, seguida de clipagem. Mantido em UTI com antibioticoterapia e dieta por sonda. Tomografia de tórax de controle descar-
tou perfuração esofágica. Resultado - Melhora clínica com alta da UTI após 7 dias. EDA de controle com boa cicatrização da laceração, clipes aderidos
e sem sangramento. Reintroduzida dieta oral no 8º dia e alta no 10º. Conclusão - Laceração esofágica e sangramento são complicações da impactação
por corpo estranho no esôfago. A terapia endoscópica com clipes metálicos mostrou-se efetiva no tratamento dessas complicações, com bom resultado
e evitando a cirurgia neste caso.

*UNIFESP, São Paulo.

344 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Vídeos

TL.E.ID.V.923

vídeos • intestino delgado


DOENÇA DE CROHN DE INTESTINO DELGADO: DIAGNÓSTICO POR ENTEROSCOPIA
Christiano Makoto Sakai*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Luciana Lopes de Oliveira*, Clarissa Ribeiro Vilar Sena*,
Rodrigo Nobre Lacerda*, Felipe Machado Oliveira*, Paulo Sakai*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*

Resumo - Introdução - Aproximadamente 70% dos pacientes com Doença de Crohn (DC) possuem lesões no intestino delgado. Por outro lado, o
acometimento isolado do delgado atinge cerca de 30% dos pacientes, dificultando o diagnóstico definitivo. As estenoses são complicações comuns e pre-
dominam no íleo ou em anastomoses. São decorrentes da reparação cicatricial fibrótica do processo inflamatório crônico. Objetivo - O vídeo demonstra
o diagnóstico por enteroscopia e a evolução de paciente portador de DC estenosante, tratado clinicamente com a associação de prednisona, azatioprina
e infliximabe. Relato de caso - P.E.P.A, masculino, 54 anos, com episódios de enterorragia associada a diarreia e vômitos, IMC 17 e albumina 2.2 g/
dL. Endoscopias alta e baixa normais. Realizou enteroscopia que evidenciou duas úlceras jejunais, ocupando mais de 50% da circunferência do órgão,
suspeitando-se de doença de Crohn. Iniciado tratamento farmacológico, com recuperação nutricional, mas melhora clínica parcial, com persistência da
diarreia e vômitos. Após um ano, através da reavaliação por enteroscopia, evidenciou-se, em área de ulceração prévia, a presença de estenose concêntri-
ca, com componente fibrótico às biópsias, sendo indicada enterectomia. Discussão - A enteroscopia foi decisiva tanto no diagnóstico como na conduta
terapêutica neste paciente com lesão estenosante de delgado pela DC. A resposta terapêutica através da associação com terapia biológica neste caso foi
limitada, sendo indicado o tratamento cirúrgico.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.ID.V.924
ENTEROSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR:
RELATO DE CASO
Cintia Morais Lima dos Santos*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, André Luis de Oliveira Novaes*, Luciana Lopes de Oliveira*,
Emanuele Lima Villela*, Hélcio Cardoso Gomes*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Síndrome da artéria mesentérica superior (SAMS) é causa incomum de obstrução intestinal alta. Corresponde à compressão da terceira porção
duodenal entre a aorta abdominal e a origem da artéria mesentérica superior, por diminuição do ângulo aortomesentérico. Sua principal causa é a diminui-
ção da gordura mesentérica associada a condições clínicas debilitantes, distúrbios alimentares ou cirurgias. Alterações anatômicas adquiridas ou congênitas
também estão associadas. Relato de caso - paciente masculino, 35 anos, portador de espondilite anquilosante, em uso de terapia biológica, foi encaminhado
por quadro de desnutrição, com vômitos pós-prandiais há cerca de 2 anos e uso intermitente de SNE. Inicialmente submetido a endoscopias alta e baixa,
sem alterações significativas, realizou cintilografia gástrica que evidenciou retardo do esvaziamento gástrico. À ressonância magnética abdominal, observou-
-se distensão gástrica e duodenal até terceira porção, no plano do cruzamento aortomesentérico, devido à redução da distância entre os vasos, com efeito
compressivo extrínseco, sugestiva de SAMS. À enteroscopia via oral, diagnosticou-se compressão pulsátil ao nível da terceira porção duodenal, com grande
dilatação gastroduodenal à montante e intensa duodenite por estase, sem evidências de outras lesões. Foi então encaminhado para tratamento cirúrgico,
através da derivação gastrojejunal. Conclusão - Enteroscopia foi diagnóstica, excluindo outras afecções e orientou a conduta terapêutica.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.ID.V.925
IMPORTÂNCIA DA ENTEROSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DE LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS
B EM PACIENTE COM DOENÇA CELÍACA
Cíntia Morais Lima dos Santos*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Emanuele Lima Villela*, Marianny Nazareth Sulbaran*,
Leonardo Alfonso Bustamante*, Kengo Toma*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*

Resumo - Introdução - Pacientes portadores de doença celíaca apresentam risco aumentado de desenvolver linfoma, com um risco relativo oscilando
entre 2 e 4. A topografia mais frequente é o jejuno e o íleo proximal e, raramente, pode apresentar como manifestação tardia perfuração ou fistiluzação.
O tipo histológico mais frequente é o de células T, com destaque para o subtipo enteropático, no entanto, também há um aumento dos linfomas de células
B, em especial o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB). Relato de caso - Paciente masculino, 59 anos, com diagnóstico prévio de doença celíaca,
seguindo irregularmente as orientações dietéticas, com quadro de dor abdominal e perda de peso significativa. A tomografia computadorizada de abdome
evidenciou lesão estenosante de jejuno proximal. Ao exame enteroscópico anterógrado, observou-se lesão ulceroinfiltrativa de jejuno proximal, associada
a orifício fistuloso com saída de conteúdo fecaloide, compatível com fístula enterocolônica. O estudo anatomopatológico da lesão diagnosticou LDGCB.
Conclusão - A doença celíaca está associada a diversos tipos de linfoma, além do clássico linfoma enteropático de células T. Deve-se suspeitar de doença
linfoproliferativa nos casos que apresentam persistência ou recrudescência da sintomatologia digestiva associada à síndrome consuptiva, especialmente
nos pacientes que não cumprem a dieta restritiva. A enteroscopia foi decisiva para o diagnóstico final, podendo orientar a conduta terapêutica.

*HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 345


Endoscopia • Vídeos

TL.E.ID.V.926
LESÃO SUBEPITELIAL COMO CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA MÉDIA: RELATO DE CASO
Igor Machado LUNA*, Valéria Ferreira Martinelli*, Admar Borges da Costa Junior*, Julia Corrêa de Araújo*,
Aline Campos de Britto*, Antônio Carlos Coêlho Conrado*, Antônio Marcial Pinheiro de Alencar*,
Emanuelle Gomes Reis Galvão*

Resumo - Introdução - O sangramento gastrointestinal obscuro é caracterizado pelo sangramento persistente ou recidivante não esclarecido após
avaliação endoscópica convencional. Cerca de 90% destes casos tem origem no intestino médio e importantes métodos diagnósticos são a enteroscopia
e a cápsula endoscópica. Os tumores de delgado correspondem por 5 a 10% dos casos de hemorragia, sendo os de origem estromal (GISTs) responsá-
veis pelos quadros de sangramentos mais abundantes. Relato de caso - ACCS, 44 anos, feminino, admitida com quadro de hemorragia digestiva baixa
(HDB) há 3 dias. Na admissão apresentava-se hemodinamicamente estável, apesar da queda importante do valor da hemoglobina (6,1 g/dl). Realizou
endoscopia digestiva alta e colonoscopia que não evidenciaram a causa do sangramento e uma TC de abdômen total com contraste que constatou uma
falha de enchimento do contraste oral em alça de delgado, medindo 2,7 cm x 1,8 cm. Encaminhada para realizar enteroscopia com duplo-balão, via
retrógrada, sendo diagnosticada uma lesão abaulada, subepitelial, com pequena ulceração, medindo cerca de 3 cm (GIST?) a cerca de 1 metro da válvula
ileocecal. Realizada tatuagem com tinta nanquim estéril e encaminhamento da mesma para serviço da cirurgia geral. Conclusão - A enteroscopia foi um
exame decisivo para o diagnóstico da causa da HDB, pois identificou tanto a lesão quanto o segmento de alça intestinal acometido, contribuindo para
o adequado manejo da paciente.

*Hospital da Restauração, Pernambuco.

TL.E.MIS.V.927
ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL NO ESÔFAGO DE BARRETT COM ADENOCARCINOMA
vídeos • miscelãnea

(SUPERFICIAL E AVANÇADO)
Elisa Ryoka Baba*, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro*, Bruno da Costa Martins*, Marcelo Simas de Lima*,
Caterina Maria Pia S. Pennachi*, Felipe Alves Retes*, Fábio Shigehissa Kawaguti*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo - Introdução - Endomicroscopia confocal a laser (CLE) consiste em tecnologia óptica inovadora que utiliza a endoscopia convencional associada
a uma minisonda de microscópio confocal, permitindo estudo histológico da superfície epitelial in vivo com aumento de cerca de 1000 vezes. Objetivo
- Comparar os achados da CLE com as biópsias endoscópicas em diferentes estadiamentos de adenocarcinoma (superficial e avançado) no esôfago de
Barrett. Materiais e Métodos - dois pacientes portadores de adenocarcinoma de Barrett com estadiamentos distintos da doença foram estudados, no
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Uma paciente era do sexo feminino, 32 anos, com neoplasia superficial. O outro, do sexo masculino, 62
anos, com doença avançada. Resultados - Em ambos foram constadas alterações citológicas (pleomorfismo e perda da polaridade nuclear, rarefação de
células caliciformes, contorno viliforme irregular do epitélio superficial) e arquiteturais (brotamento, atípia e aspecto cribiforme das glândulas), além de
alterações vasculares (ramificação, proliferação e dilatação). Na lesão avançada, notou-se também marcada expansão da lâmina própria que à histologia
demonstrou ser consequência da proliferação de células em “anel de sinete”. Conclusão - A CLE demonstrou concordância com os achados histológicos
em tempo real durante o exame endoscópico. É método exequível, porém, requer treinamento e conhecimento das alterações histopatológicas.

*Instituto do Câncer, São Paulo.

TL.E.MIS.V.928
FECHAMENTO DE PERFURAÇÃO PÓS-DISSECÇÃO SUBMUCOSA(ESD) COM NOVA TÉCNICA E NOVO
CLIPE METÁLICO TIPO “INSTINCT®”
Christiano Makoto Sakai1, Ricardo Sato Uemura2, João Paulo Farias1, Cintia Santos1

Resumo - Introdução - A ESD é atualmente o consenso para ressecção “en bloc” de grandes lesões neoplásicas. O índice de perfuração durante o
procedimento pode variar de 1 a 5%. O fechamento da perfuração na maioria das vezes é possível com aplicação com os clipes, porém nas áreas de res-
secções maiores que 2 cm apresentam grande dificuldade para o seu fechamento. Método - Inicialmente foi aplicado o clipe “Instinct®”(Cook Medical),
que é o novo modelo com abertura de 15 mm entre as extremidades, possibilitando abertura e fechamento por 5 vezes antes do fechamento definitivo,
além da possibilidade de rotação. Tendo a área cruenta aproximadamente 3 cm e a perfuração de 8 mm, à aproximação das bordas será suficiente para
o fechamento da perfuração. Porém, a aproximação e dificultada pela não apreensão do clipe nas bordas. Para tanto, idealizou-se pequena incisão na
mucosa próximo a borda em ambos os lados, com o intuito evitar o deslizamento e a apreensão na parede oposta. Após o fechamento inicial com o
clipe “Instinct®” foi possível completar o fechamento com clipes convencionais. Discussão - Trata-se da aplicação de uma nova técnica com pequenas
incisões na mucosa para apreensão de um braço do clipe que fechado é aproximado até a outra borda com torque suficiente para o outro braço alcançar
a abertura da pequena incisão.

HCFMUSP, 2ICESP, São Paulo.


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346 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Vídeos

TL.E.MIS.V.929
REMOÇÃO DE PREGO DO CAVUM COM CATÉTER MAGNÉTICO
José Renato Dacache Balieiro*
Resumo - O autor apresenta em vídeo a retirada de prego de 5,5 cm introduzido por via oral por criança de 6 anos e que acidentalmente migrou para
o cavum. Após sedação e acompanhamento de anestesista, foi utilizado um cateter com potente ímã na extremidade. Este, foi apreendido por uma pinça
de magill e introduzido por via oral voltada para o cavum com fácil e rápida apreensão do objeto metálico.

*Hospital César Leite – Manhuaçu. Minas Gerais.

TL.E.MIS.V.930
RETIRADA DE ALFINETE DA TRAQUEIA COM GASTROSCÓPIO
José Renato Dacache Balieiro1, Henrique José de A. Slaibi2
Resumo - O autor apresenta vídeo de retirada de alfinete, aspirado acidentalmente. O exame radiológico chamou a atenção do corpo estranho estar
localizado em área aerada em região mediastinal, direcionando o raciocínio para a possibilidade do corpo estranho estar alojado na traqueia. O menor foi
encaminhado ao bloco cirúrgico e após sedação e acompanhamento do anestesista, foi submetido a rápida endoscopia digestiva e em seguida, por falta de
broncoscópio, introduzimos o gastroscópio via traqueia e visualizado o corpo estranho junto à carina. O mesmo foi retirado com pinça de corpo estranho.

1
Hospital César Leite – Manhuaçu, 2Visconde do Rio Branco, Minas Gerais.

TL.E.MIS.V.931
RETIRADA DE DUAS MOEDAS, SIMULANDO BATERIA, UTILIZANDO CATETER MAGNÉTICO
José Renato Dacache Balieiro*
Resumo - O autor apresenta retirada de 2 moedas do estômago, com cateter magnético, cuja radiografia evidenciava localização no esôfago proximal,
e apresentava halo semelhante à bateria. Após explicar à mãe como seria o procedimento, a criança foi imobilizada e após anestesia da orofaringe foi
introduzido a sonda magnética por via oral. Como não foram atraídas na primeira tentativa, a sonda foi novamente introduzida até estômago e retirado
as duas moedas simultaneamente.

*UPA – Manhuaçu, Minas Gerais.

TL.E.MIS.V.932
SEPTOTOMIA AMBULATORIAL DO DIVERTÍCULO DE ZENKER COM USO DE ENDOSCOPIA FLEXÍVEL
E GRAMPEADOR LINEAR
Técio de Araújo Couto1, Jorge Alberto Capra Biasuz1, Rodrigo Barbosa Villaça2
Resumo – Introdução - Tratamento endoscópico do divertículo Zenker tornou-se tratamento de escolha para pacientes com comorbidades. Existem riscos
associados ao procedimento sem o uso de grampos ou sutura mecânica. Aqui apresentamos uma técnica ambulatorial que usa endoscopia flexível, overtube
e grampeador linear. Materiais e Métodos - utilizamos aparelho de endoscopia flexível, um overtube com ponta chanfrada e um grampeador linear cirúrgico.
O septo é visualizado e fixado com o overtube. Usando o endoscópio para visualização, posicionamos o grampeador e o acionamos. O resultado é o corte do
septo com grampeamento das bordas. Resultados - Onze pacientes fizeram o procedimento. Nove tiveram sucesso e receberam alta imediatamente ao término.
Dois pacientes sofreram perfuração, tendo 1 sido tratado clinicamente (antibiótico e sonda nasoenteral) e um sido tratado cirurgicamente. Conclusão - Este é
um método rápido, fácil, efetivo para o tratamento de divertículo de Zenker. Novos estudos deverão ser conduzidos devido ao pequeno número de pacientes.

1
Hospital de Base do DF, 2Hospital das Forças Armadas, Brasília.

TL.E.MIS.V.933
TÉCNICA DA DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DA SUBMUCOSA UNIVERSAL (ESD-U)
Christiano Makoto Sakai*, Ricardo Sato Uemura*, Clarissa Ribeiro Villar Sena*, Débora Vieira Albers*,
André Luis de Oliveira Novaes*, Luciana Lopes de Oliveira*, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura*, Paulo Sakai*
Resumo - Introdução - O consenso atual da ressecção endoscópica do câncer precoce do trato gastrointestinal deve ser “en bloc”, tendo em vista a alta
incidência de recidiva local após ressecções por técnica de “piecemeal”. Entretanto, a técnica do ESD não é difundida de forma universal pela complexidade,
necessidade de múltiplos acessórios adequados e riscos de complicações. Para superar estas limitações, a combinação da técnica de ESD com mucosectomia
tem sido a melhor opção. No presente vídeo será demostrada a técnica em animal de experimentação, suíno. Método - A técnica compreende os mesmos
princípios do ESD: marcação, injeção de solução na submucosa. Incisão circunferencial ao redor da lesão e dissecção submucosa envolvendo aproximada-
mente dois terços da lesão. A seguir, injeta-se solução na submucosa e é aplicada a alça de polipectomia. Discussão - A técnica combinada, iniciando-se pelo
principio da ESD com mucosectomia empregando-se alça de polipectomia, tem se mostrado como técnica factível e de fácil aprendizado, tendo o mesmo
objetivo final da ESD. Conclusão - As vantagens da técnica ESD-U são a obtenção das peças em monobloco, menor tempo de procedimento e estar ao
alcance da maioria dos endoscopistas.

*HCFMUSP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 347


ENDOSCOPIA • FOTOS
TL.E.F. 934
DOENÇA DE CROHN: ASPECTO ENDOSCÓPICO SUGESTIVO DE LESÃO NEOPLÁSICA
João Paulo Farias*, Toshiro Tomishigue*, Rodrigo Nobre Lacerda*

Resumo - Caso Clínico - RPR, masculino, 32 anos, com diagnóstico de Doença de Crohn há 18 anos, com doença em remissão há 10
anos, apresentando dor abdominal, diarreia e perda de peso de 18 kg nos últimos 6 meses. Realizou colonoscopia em serviço externo,
com identificação de lesão elevada e ulcerada de cólon transverso, sugerindo-se lesão neoplásica. Realizada colonoscopia em nosso
serviço, com achados de doença em atividade intensa, com múltiplas úlceras longitudinais, profundas e recobertas por fibrina espessa,
distribuídas ao longo de todo o cólon, além de pseudopólipos e duas áreas de subestenose em ângulo esplênico e sigmoide. Foram ob-
servadas, ainda, erosões ileais e fístulas perianais. Realizaram-se biópsias seriadas de íleo, cólon e reto, com biópsias sugerindo processo
inflamatório intenso, sem células neoplásicas. Discussão - Portadores da Doença de Chrohn (DC) de longa data tem maior chance de
apresentarem lesões neoplásicas do cólon e a colonoscopia de vigilância é indicada de rotina. Por outro lado, a DC é caracterizada
pela inflamação crônica que pode acometer todo o trato digestivo e se apresentar nas mais variadas formas, como fístulas intestinais e
perianais, erosões, úlceras e estenoses, podendo mimetizar lesões neoplásicas. A correlação com história clínica, aspecto endoscópico e
avaliação histopatológica de qualidade pode auxiliar no diagnóstico diferencial.

*HCFMUSP, São Paulo.

TL.E.COL.F.935
ACHADO COLONOSCÓPICO NA COLITE COLAGÊNICA: NEM SEMPRE UMA COLITE
FOTOS • colonoscopia

APENAS MICROSCÓPICA
César Al Alam Elias*, Carlos Fernando Francesconi*, Cristina Flores*, Daniel Lemons*, Roberta Lunkes*

Resumo - Introdução - As colites microscópicas recebem essa denominação por apresentarem, usualmente, colonoscopia normal, com
alterações apenas histológicas. O presente caso identifica achado macroscópico colonoscópico que pode sugerir a presença da colite colagênica.
Caso clínico - Mulher de 73 é atendida com relato de enterorragia há 2 meses, autolimitado e não investigado. Descreve ainda diarreia crônica
sem diagnóstico firmado. Foi realizado endoscopia alta, dentro da normalidade, e colonoscopia com identificação de cicatriz longitudinal,
cerca de 5 cm de extensão, em cólon ascendente e mucosa adjacente normal. Histologia de todo cólon identificou banda de colágeno na
submucosa compatível com colite colagênica. Discussão - Em paciente com apresentação clínica de diarreia crônica, a possibilidade colite
colagênica deve sempre ser considerada. A colonoscopia normal é o achado característico (1), entretanto, tem-se relatado casos com acha-
dos macroscópicos. (2,3,4) Dentre eles, destaca-se os defeitos de continuidade da mucosa, provavelmente diretamente relacionados com a
presença do banda de colágeno e redução na distensibilidade do cólons (4). Pode-se citar as lacerações da mucosa, o chamado “cat scratch
colon”, fraturas longitudinais e cicatrizes longitudinais (“scar-like ridge”). Conclusão - Sugere-se que o achado de uma cicatriz longitudinal
no cólon, com mucosa adjacente normal, deva ser considerado como sugestivo da colite colagênica e indique biópsias colônicas.

*Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, Rio Grande do Sul.

TL.E.COL.F.936
DIARREIA COMO UMA APRESENTAÇÃO TARDIA DE FÍSTULA APÓS GASTROSTOMIA
ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA (PEG)
Juliana Trazzi Rios*, Renzo Feitosa Ruiz*, Lila Graziella Martins Ferreira Bicalho*, Marcelo Simas de Lima*,
Sônia Nadia Fylyk*, Luis Edmundo Pinto da Fonseca*, Paulo Sakai*, Shinichi Ishioka*

Resumo - Paciente 68 anos com disfagia secundária a acidente vascular cerebral isquêmico, perda de ponderal e demência, submetido
à gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) para suporte nutricional há 2 anos. Internou-se para investigação de diarreia recorrente
e síndrome consumptiva com inicio 2 meses antes da internação.Realizou colonoscopia que evidenciou o balonete da sonda de troca de
gastrostrostomia insuflado na luz do cólon transverso,resultando em uma fístula colocutânea (FCC). Realizada EDA que evidenciou
retração cicatricial na parede anterior do corpo distal, com obliteração completa do orifício interno da gastrostomia. Classicamente, os
pacientes com FCC apresentam diarreia osmótica pós-prandial, que ocorre regularmente após cada alimentação de PEG,sendo geral-
mente de apresentação precoce. Este é um relato de fístula tardia, ocorrendo após múltiplas trocas de PEG, todas sem relatos de inter-
corrências seguidas de infusão de dieta também sem problemas. Transfixação inadvertida do cólon, durante a primeira punção,poderia
explicar a ocorrência da fistula tardia. “Buried Bump Syndrom” com formação de abscesso no trajeto da sonda também pode evoluir
com a formação de FCC. A estratégia terapêutica adotada para o fechamento da fístula foi a passagem de sondas de menor calibre, com
diminuição progressiva da luz do pertuito fistuloso até a sua oclusão total. A FCC deve ser considerada um diagnóstico diferencial de
pacientes com diarreia inexplicável em uso de PEG, mesmo que tardiamente.
?

* Hospital Alemão Osvaldo Cruz - HAOC, São Paulo.

348 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Fotos

TL.E.COL.F.937
ESQUISTOSSOMOSE RETAL
Marcus Vinícius de Azevedo*, Walton Albuquerque*, Ricardo Castejon Nascimento*

Resumo - Introdução - A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária granulomatosa causada por espécies de Schistosoma. O Shistosoma mansoni
é endêmico no Brasil, acomentendo 6 a 10 milhões de pessoas. O intestino é a sede principal das lesões provocadas pelo S. mansoni, devido a biologia dos pa-
rasitos. A maioria dos pacientes é oligossintomática e tem inflamação leve que se estende do duodeno ao reto. Exames endoscópicos como retossigmoidoscopia
ou colonoscopia podem auxiliar no diagnóstico, evidenciando hiperemia, ulcerações, friabilidade da mucosa e pólipos. Objetivo - Discutir e relatar um caso de
esquistossomose retal suspeitado endoscopicamente e confirmado por biópsia. Caso clínico - Paciente de 70 anos, feminino, assintomática, encaminhado para
colonoscopia para screening. Identificadas pequenas nodulações em reto, de 1 a 3mm, de coloração levemente amarelada e superfície lisa, sendo suspeitado de
esquistossomose retal, que foi confirmado por AP. Conclusão - A esquistossomose colorretal pode se manifestar endoscopicamente de diversas formas, sendo
importante a suspeição clínica pela sintomatologia, epidemiologia e aspecto endoscópico, porém o padrão ouro para o diagnóstico é o estudo anatomopatológico.

*Hospital Madre Teresa - HMT, São Paulo.

TL.E.COL.F.938
RETO: CÂNCER AVANÇADO OU CÂNCER PRECOCE?
Carla Cristina Gusmon*, Fabio Shiguehissa Kawaguti*, Fauze Maluf Filho*

Resumo - RS, 51 anos, masculino. Paciente encaminhado para avaliação de câncer em transição retossigmoide. Realizada colonoscopia e identificado
LST não granular, 25 mm, pseudo-deprimido em transição retossigmoide. Realizada cromoscopia óptica e com índigo carmin seguida por magnificação.
A lesão foi classificada como padrão de criptas Vi de Kudo. Realizada ressecção endoscópica por ESD. O anatomopatológico foi compatível com ade-
nocarcinoma intestinal intramucoso sem invasão angiolinfática. Margens livres. É importante complementar a avaliação das lesões com cromoscopia e
magnificação para diagnóstico preciso e conduta adequada.

*Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP, São Paulo.

TL.E.COL.F.939
ÚLCERA SOLITÁRIA DO RETO
Gisele de Fátima Cordeiro Leite*, Marcia Tatianna Fernandes*, José Luiz Paccos*

Resumo - A úlcera solitária do reto é uma desordem rara e subdiagnoticada que acomete preferencialmente adultos jovens. Ocorre mais comumente na
terceira década de vida em homens e na quarta década em mulheres. A prevalência é de 1 caso para cada 100.000 pessoas por ano. É ainda descrita em crian-
ças e idosos. A patogênese não é bem conhecida, mas acredita-se que múltiplos fatores contribuam para seu desenvolvimento. As teorias mais aceitas são as
de trauma local e isquemia. Associa-se com a constipação intestinal e esforço prolongado para defecar durante a evacuação. Foi descrita pela primeira vez
em 1830 por Cruveilhier, mas as suas manifestações clínicas e histopatológicas só foram descritas em 1969 por Madigan e Morson após uma revisão de 68
casos. Os pacientes podem apresentar-se com lesões que não são nem solitária nem ulcerada e na maioria das vezes as lesões são localizadas na parede retal
anterior dentro de 10 cm da margem anal. Os sintomas clássicos consistem em sangramento retal, mucorreia, tenesmo e dor retal. O diagnóstico é baseado
na sintomatologia, combinação de achados endoscópicos e histológicos. As características histológicas incluem obliteração fibrosa da lâmina própria, deso-
rientação e espessamento da muscular da mucosa, extensão de fibras musculares lisas na lâmina própria e distorção de criptas. Biópsias são essenciais para
exclusão de malignidade. O tratamento depende da severidade dos sintomas e da presença de prolapso anal, podendo ser clínico ou cirúrgico.

*Hospital Sírio Libanês, São Paulo.

TL.E.EDA.F.940
FOTOS • End. digestiva alta

ACOMETIMENTO DUODENAL POR LINFOMA DE CÉLULAS DO MANTO


Stephanie Wodak*, Maria Sylvia Ierardi Ribeiro*, Fauze Maluf-Filho*

Resumo – Introdução - O linfoma de células do manto corresponde a uma neoplasia de célula B madura e representa menos de 10% dos linfomas não-
-Hodgkin, sendo mais comum em idosos e com predileção pelo trato gastrointestinal. Objetivo - Demonstrar apresentação endoscópica de linfoma de
células do manto em localização duodenal. Método - Paciente com quadro de emagrecimento, linfonodomegalia cervical e inguinal há 6 meses, associado
a epigastralgia e inapetência. Realizou tomografia de abdome com volumosa esplenomegalia e múltiplas linfonodomegalias abdominais. Hemograma
com 56 mil leucócitos. À endoscopia, foi visualizado de espessamento difuso de pregas gástricas e em bulbo, presença de lesões elevadas, algumas com
depressão central e tamanho variando entre 3 e 8mm. Realizadas biópsias, cujo anatomopatológico foi compatível com linfoma de células do manto.
Exame de imuno-histoquímica com CD 20 e CD 5 positivos e Ki 67 40-50% .Conclusão - O linfoma de células do manto possui apresentação endoscópica
variável, podendo representar um desafio diagnóstico.

* Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 349


Endoscopia • Fotos

TL.E.EDA.F.941
CASO CLÍNICO - ESOFAGITE INFECCIOSA
Márcio de Carvalho Costa*, Luiz João Abrahão Júnior*, Mônica Maria Cardoso Monnerat*

Resumo - Tuberculose esofagiana: relato de caso Introdução - O acometimento esofagiano pela tuberculose é raro, constituindo menos de 1% dos
casos envolvendo o trato gastrintestinal. No esôfago, a infecção ocorre principalmente devido a deglutição de escarro infectado ou disseminação por
contiguidade. Objetivo - Descrever um caso de tuberculose disseminada, com envolvimento esofagiano. Relato de caso - Homem, 59 anos, diabético, ini-
ciou quadro de dor cervical, febre, disfagia, perda ponderal, tosse produtiva e dispneia aos esforços. O exame físico demonstrava discreta hepatomegalia,
com poucos sinais clínicos de doença pulmonar. A radiografia de tórax demonstrou infiltrado pulmonar intersticial bilateral, predominante em lobos
superiores, com cavitação à direita. A endoscopia digestiva alta demonstrou esofagite ulcerada acentuada extensa. A biópsia do esôfago revelou BAAR
e a cultura, Mycobacterium tuberculosis. A investigação complementar demonstrou doença pulmonar (miliar e endobrônquica), ganglionar mediastinal
e abdominal. Conclusão - A tuberculose esofagiana com apresentação endoscópica de esofagite ulcerada extensa, não é descrita como habitual. A única
condição clínica predisponente neste foi o diabetes mellitus descompensado. O reconhecimento da possível etiologia infecciosa através do padrão endos-
cópico possibilita a coleta adequada de espécime, contribuindo para o diagnóstico e tratamento corretos.

*UFRJ, Rio de Janeiro.

TL.E.EDA.F.942
ESOFAGITE HERPÉTICA
Marcus Vinícius de Azevedo*, Walton Albuquerque*, Roberto Motta Pereira*

Resumo - Introdução - O vírus herpes simples (HSV) é o segundo mais frequente nas esofagites infecciosas. A esofagite herpética é mais comumente
encontrada em imunodeprimidos. Pode acometer indivíduos de todas as idades. Não é raro acometer imunocompetentes. Seus sintomas mais frequen-
tes são odinofagia, disfagia e dor retroesternal. Objetivo - Discutir e relatar um caso de esofagite herpética exuberante suspeitado endoscopicamente e
confirmado por biópsia. Caso clínico - Paciente de 22 anos, feminino, sem comorbidades, encaminhado para EGD por dor retroesternal e odinofagia.
Identificadas múltiplas úlceras rasas, confluentes, com fino halo de hiperemia e bordas levemente elevadas, de 3 a 7 mm no esôfago médio (AP: esofagite
herpética). Conclusão - A esofagite herpética possui aspecto endoscópico sugestivo, além de sintomatologia característica, porém aproximadamente 40%
dos pacientes se apresentam sem febre, odinofagia ou dor retroesternal, sendo o estudo anatomopatológico muito importante.

*Hospital Madre Teresa – HMT, São Paulo.

TL.E.EDA.F.943
ESOFAGITE TUBERCULOSA
Roberta Perin Lunkes*, Daniel Lemons da Silva*, Luciana dos Santos Harlacher*, Ennio Paulo Calearo da Costa Rocha*,
Jeronimo de Conto Oliveira*, Helenice Pankowski Breyer*, Ismael Maguilnik*

Resumo - Paciente masculino, 64 anos, branco, pintor, encaminhado para endoscopia digestiva alta no Hospital de Clínicas de Porto Alegre por disfagia
alta progressiva há 2 meses (inicialmente para sólidos, no momento para líquidos). Emagrecimento de 30 kg no período, além de tosse produtiva com
escarro amarelado acompanhada de dispneia progressiva há 5 meses. Negava febre e sudorese noturna. Previamente hígido, tabagista ativo (carga tabágica
75 maços/ano), etilista em abstenção há 2 anos (800 g de álcool/dia por mais de 20 anos). Sem história de contato com tuberculose. Anti-HIV negativo.
A EDA identificou dos 18 aos 22 cm da ADS, lesão ulcerada com bordos elevados e bem definidos,levemente serpinginosos, com fundo nodular e algum
tecido de granulação e neovasos,envolvendo pelo menos um terço da circunferência do órgão (foto a baixo),demais aspectos normais. Anatomopato-
lógico das biópsias descrevendo granuloma com necrose, supuração e hiperplasia epitelial em mucosa escamosa,pesquisa de BAAR positiva e pesquisa
de fungos negativa. Bacteriológico do fragmento com crescimento de Mycobacterium sp. Após o resultado do exame o paciente foi encaminhado para
infectologia, porém faleceu 4 semanas após a realização do mesmo por insuficiência ventilatória, antes de realizar os exames complementares e iniciar
o tratamento para tuberculose. Envolvimento esofágico na tuberculose é raro, podendo ser primário ou secundário, as apresentações endoscópicas são
variadas e o tratamento é antituberculostáticos por 6-9 meses.

*HCPA, Rio Grande do Sul.

350 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013


Endoscopia • Fotos

TL.E.EDA.F.944
FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA POR INTUBAÇÃO PROLONGADA
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Nestor Barbosa Andrade*, Ricardo Mendes Oliveira*, Ulisses Correa Cotta*

Resumo - Relatamos dois casos de FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS encaminhado ao setor de endoscopia do Hospital de Clínicas da UFU. No
primeiro exame evidenciamos inclusive o “”CUFF”” do tubo endotraqueal e no segundo caso foi evidenciado fistula de aproximadamente 1 cm para traqueia.

*UFU-Uberlândia, Minas Gerais.

TL.E.EDA.F.945
INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO
Carlos Aristides Fleury Guedes*, Mayra Machado Fleury Guedes*, Luiz SIQUEIRA Filho*, Isabel Cristina Machado Fleury Guedes*,
Andre Silva Alfredo*

Resumo - Paciente referiu que após discussão familiar foi “obrigada” a engolir um corpo estranho (faca); procurou o serviço somente no terceiro dia
após a ingestão da mesma, com queixa de dor abdominal tipo cólica sendo então avaliada clinicamente e posteriormente submetida a TC de abdome,
quando evidenciou o corpo estranho acima descrito. A faca era de aproximadamente 20cm, serrilhada na sua extremidade de corte; O objeto foi retirado
via EDA, com uso de alça de polipectomia e protetor esofâgico (overtube).

*Gastro Clínica – Uberlândia, Minas Gerais.

TL.E.EDA.F.946
LESÃO DE DIEULAFOY - RELATO DE CASO
Andre Silva Alfredo*, Carlos Aristides Fleury Guedes*, Luis Siqueira Filho*, Mayra Machado Fleury Guedes*, Isabel Cristina
Machado Fleury Guedes*

Resumo - A lesão de Dieulafoy é uma condição médica na qual uma arteríola tortuosa erode no estômago, podendo causar hemorragia digestiva alta.
A maioria das lesões ocorrem na porção superior do estômago. Relatamos o caso do paciente G.E.O, sexo masculino, de 60 anos, internado com quadro
de pielonefrite em tratamento clínico. Evoluiu com hemorragia digestiva alta no segundo dia de internação, com hematêmese volumosa e melena, impor-
tante queda de hemoglobina (Hb 13,5 para Hb 5,1) e instabilidade hemodinâmica, sendo encaminhado para unidade de terapia intensiva (UTI). Após
cuidados específicos e estabilização clinica foi solicitada endoscopia digestiva alta, com achado de grande quantidade de coágulos escurecidos em todo o
estômago, sem sangramento ativo no momento do exame. Observou-se também, pequeno coto vascular protuso em prega do fundo gástrico, arroxeado,
friável e de cerca de 3 mm. Com o diagnóstico endoscópico de lesão de Dieulafoy, foi optado por injeção de adrenalina em torno da lesão (1:10.000,
no total de 10 mL), com bom efeito vasoconstrictor, e posterior aplicação de clipes metálicos sobre a lesão, com sucesso. O paciente evoluiu bem, sem
recidiva da hemorragia digestiva. O mesmo foi submetido a uma nova endoscopia eletiva após 30 dias do tratamento endoscópico, sendo observado clipe
fracamente fixado a mucosa, sem sinais da lesão vascular.

*Gastroclínica – Uberlândia, Minas Gerais.

TL.E.EDA.F.947
RELATO DE CASO: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE FÍSTULA ESÔFAGO-PLEURAL
Renata Amorim*, Daniel Ribeiro*, Viviane Fittipaldi*, Alexandre Iachan*, Alline Pimenta*, Eduardo Viegas*, Evelyn Chinem*,
Paulo Pinho

Resumo - Paciente masculino de 56 anos, com diagnóstico de carcinoma epidermoide de esôfago, foi submetido à esofagectomia subtotal e reconstrução
do trânsito com tubo gástrico. Evoluiu com deiscência de sutura na anastomose cervical, identificada por fístula esôfago-pleural, complicada por empiema
pleural. Foi tratado com drenagem plaural subaquática e antibioticoterapia. O óstio da fístula apresentava-se na parede gástrica adjacente à anastomose,
exibindo extensa necrose. Foi posicionada prótese metálica autoexpansiva Ultraflex, parcialmente revestida, medindo 10 cm de extensão, com extremidade
proximal imediatamente acima do esfíncter esofagiano superior. Não houve comprometimento significativo da via aérea alta. Após três dias, teste com azul
de metileno via oral demonstrou persistência da fístula, ao extravasar pelo dreno tubular torácico. Nova endoscopia digestiva alta comprovou a migração
distal da prótese. Optou-se por mantê-la e passar uma segunda semelhante à primeira, a qual foi posicionada cranialmente àquela, com extremidade proximal
posicionada retrolaríngea. Novamente, o paciente apresentou satisfatória tolerância à prótese durante e após o procedimento. Depois de 14 dias, ambas as
próteses foram retiradas. Ao longo de tal período e após, o teste com azul de metileno mostrava êxito do procedimento, com o fechamento da fístula. O pa-
ciente evoluiu com resolução do empiema, retirada do dreno tubular torácico, nutrição via oral em conjunto com enteral via jejunostomia, e alta hospitalar.

*UERJ, São Paulo.

v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol 351


PATROCINADORES

PLATINA OURO
Endoscopia • Fotos

TL.E.EDA.F.948
SARCOMA DE KAPOSI GÁSTRICO
Roberta Perin Lunkes*, Daniel Lemons da Silva*, Luciana dos Santos Harlacher*, Ennio Paulo Calearo da Costa Rocha*,
Jeronimo de Conto Oliveira*, Cristina Flores*, Ismael Maguilnik*

Resumo - Paciente masculino, 23 anos, negro,encaminhado para endoscopia digestiva alta no Hospital de Clínicas de Porto Alegre por epigastralgia
há 2 meses,associada a emagrecimento de 13 kg.Diagnóstico de HIV há 3 meses,sem tratamento,CD4 25. A EDA identificou na grande curvatura do
corpo e fundo gástrico,iniciando na cárdia e acometendo parede anterior e posterior,volumosa lesão vegetante, friável,com áreas ulceradas e recoberta
por espessa camada de muco (foto a baixo), demais aspectos normais. Anatomopatológico das biópsias da lesão descrevendo sarcoma de kaposi em mu-
cosa gástrica ulcerado, material mucoide contendo numerosas hifas de cândida. Perfil imuno-histoquímico compatível com sarcoma de kaposi gástrico.
Iniciado tratamento anti-retroviral com biovir e efavirenz em dezembro de 2012. Em março de 2013, o paciente procura a emergência por hematêmese.
Submetido a EDA que identificou extensa lesão vegetante, violácea, infiltrativa, friável, ocupando toda circunferência do órgão, poupando apenas
algumas áreas do antro (foto a baixo). Avaliado pela oncologia, que indicou tratamento com paclitaxel. Realizou 7 ciclos, o último em maio de 2013,
com regressão completa da doença. O sarcoma de kaposi é um tumor vascular multicêntrico, envolvimento gastrointestinal ocorre em 40% dos casos.
Os achados endoscópicos variam de lesões semelhantes a úlceras pépticas a nódulos submucosos violáceos. Geralmente assintomáticos, podem cursar
com sangramento ou obstrução.

*HCPA, Rio Grande do Sul.

TL.E.EDA.F.949
SÍNDROME DE POLIPOSE HIPERPLÁSICA GÁSTRICA
Luciana dos Santos Harlacher*, Helenice Pankowski Breyer*, Ismael Maguilnik*

Resumo - Paciente masculino, branco, com idade de 69 anos, realiza Endoscopia Digestiva Alta devido a queixas dispépticas associadas a anemia
ferropriva. No exame endoscópico constatada a presença de múltiplas lesões polipoides fusionadas acometendo todas as paredes gástricas, mais proemi-
nentes na grande curvatura. Estes pólipos mostravam superfície enantematosa e padrão vegetante. Realizadas macrobiópsias com alça de polipectomia,
sendo o anatomopatológico compatível com pólipos hiperplásicos, e uma das amostras continha atipias celulares de baixo grau. A Síndrome de Polipose
Hiperplásica Gástrica é uma entidade rara onde se observa o acometimento gástrico difuso por pólipos hiperplásicos, guardando risco de transformação
maligna mais elevado que os casos de pólipos isolados. Algumas teorias sugerem papel da hipergastinemia na sua gênese, estando a infecção por H.pylori
e o uso de inibidores da bomba de prótons também associados a sua patogenia. Usualmente manifestam-se com anemia e hipoalbuminemia e, devido ao
potencial de transformação maligna, alguns autores sugerem indicação cirúrgica para casos de alterações displásicas nas biópsias.

*Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.


FOTOS • End. digestiva pediátrica

TL.E.EDP.F.950
RELATO DE CASO: TRICOBEZOAR COMO CAUSA DE ESTENOSE DUODENAL
Fernanda Macedo Gerace*, Mariana Poltronieri Pacheco*, Rogerio Colaiacovo*, Wagner Valentino*, Fabio Marioni*,
Humberto Bona*

Resumo - Introdução - Tricobezoares são corpos estranhos do trato digestório compostos por cabelos dos próprios pacientes. São mais comuns em
crianças, principalmente do sexo feminino. Cursam frequentemente com sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos, anorexia, perda de peso e ple-
nitude pós prandial. Massa epigástrica, alopécia e antecedentes de tricofagia podem estar presentes.O tratamento de eleição é o cirúrgico acompanhado
de tratamento psiquiátrico. Objetivos - Relatar caso de tricobezoar em criança como causa de estenose duodenal. Relato de caso - Paciente E.M.O.S,
feminina, 1 ano, com antecedente de Síndrome de Down, eutrófica, realizou endoscopia digestiva alta devido quadro de vômitos pós prandiais frequentes.
Foi evidenciado tricobezoar locado em duodeno, que foi retirado, e após visualizado estenose em transição bulbo-2ª porção. Realizado exame contrastado
que demonstrou dilatação de duodeno a montante. Em segundo momento, feita nova endoscopia na tenta.

*Santa Casa de São Paulo, São Paulo.

352 Arq Gastroenterol v. 50 - Suplemento - 2013

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