You are on page 1of 49

Motricidade Humana Prática

Biomecânica: ciência que usa princípios mecânicos na resolução de problemas biológicos.


Cinética: ramo da mecânica que estuda as forças que causam ou modificam o movimento.
Cinemática: descreve o movimento em termos de mudança de posicionamento no tempo, espaço, sem
considerar as forças que possam estar a atuar no corpo.
Artrocinemática: área da cinemática que investiga os movimentos acessórios que ocorrem entre
superfícies articulares durante movimentos fisiológicos.
 Rolamento – movimento de uma superfície articular noutra. Pontos novos em cada superfície fazem
 contato.
 Deslizamento – movimento linear de uma superfície articular paralela a outra superfície articular. Um
 ponto numa das superfícies contata com um novo ponto noutra superfície.
 Rotação – rotação de uma superfície articular noutra. O mesmo ponto em cada superfície permanece
em contato.
Osteocinemática: movimento fisiológico ou clássico da diáfise óssea. Estes movimentos podem ser
realizados voluntariamente pelo paciente de acordo com os planos do corpo.
 Movimento Aparente: parte do corpo move-se como consequência do movimento do segmento
 proximal
 Movimento Verdadeiromovimento de uma parte do corpo em relação a um segmento adjacente;
movimento dentro de uma parte do corpo

Quanto mais próximo do ponto fixo menos movimento há



Close packed position: mais estabilidade menos movimento

Loose packed position: menos estabilidade mais movimento


Classificação Funcional das articulações

Sinartroses – Sutura, Sindesmose, Gonfose


Anfiartroses – Sínfise, Sincondrose
Diartroses – unem 2 ossos por intermédio de uma articulação verdadeira. As superfícies articulares estão
revestidas por cartilagem.

A B. C.

A. Enartrose – 3 eixos. Articulação em que a superfície em forma de esfera de um osso se encaixa em


uma depressão de outro osso.
B. Condilartrose – 2 eixos. Extremidade côncava em contato com outra convexa, limitando o movimento.
C. Sela – 2 eixos. Relacionamento de extremidades de igual curvatura, permitindo a circundação

D. E. F.

D. Trocleartrose – 1 eixo. Permite extensão e flexão.


E. Trocóide – 1 eixo. Permite movimento de rotação, onde um osso desliza sobre outro fixo.
F. Artródia – deslizamento. Para a frente e para trás.

Tipos de movimento

1. 2. 3.

1. Retilíneo – movimento em que o corpo se desloca apenas em trajetórias retas.


2. Angular – movimento angular entre ossos, aproximando os ossos quando diminui o ângulo e afastando
quando aumenta o ângulo.
3. Curvilíneo – movimento que consiste na trajetória que descreve uma linha curva.
Padrão motor - grupo de ações motoras que permitem que um indivíduo para execute uma determinada
ação motora.
Habilidade motora - uma sequência organizada de movimentos que tem uma enorme variabilidade de
motora.
Tarefas Motoras - É uma ação motora específica com um determinado objetivo.

Planos e eixos

Plano sagital – plano vertical que se estende de anterior para posterior e divide o corpo em duas
hemipartes: esquerda e direita;
Plano frontal – plano vertical que divide o corpo em duas hemipartes: anterior e posterior;
Plano transversal – plano horizontal que divide o corpo em duas hemipartes: inferior ou caudal e superior
ou cranial.

Eixo frontal – define o sentido latero-medial;


Eixo sagital – define o sentido ântero-posterior;
Eixo longitudinal – define o sentido crânio-caudal

Plano Eixo Movimento


Flexão / Extensão
Sagital Frontal Dorsiflexão / Flexão Plantar
Anteversão / Retroversão
Abdução /adução
Frontal Sagital Desvio Radial / Cubital
Inclinação Lateral
Rotação medial / Lateral
Transverso Longitudinal Supinação / Pronação
Abdução / Adução Horizontal

Tipos de contração

Isométrica – aumento da tensão muscular, o músculo contrai produzindo força, mas sem alteração de
comprimento.
Isotónico – aumento da tensão muscular, o músculo contrai e o comprimento muscular e o ângulo articular
mudam.
Concêntrico – quando existe movimento articular, o músculo encorta e a origem e inserção do mesmo se
aproximam. A contração muscular vence a ação da gravidade e acelera o movimento.
Excêntrico – existe movimento articular, mas o músculo alonga-se. Quando realizado a favor da gravidade,
desacelera, mas esta contração existe quando a contração muscular está apenas a regular ou modelar o
movimento de determinada estrutura para permitir a ação de outra.

Papel dos Músculos

1. Antagonistas – Músculos que se opõem à ação em questão.


2. Sinergistas – Músculos que induzem ou facilitam a ação em questão.
2.1. Agonista – músculo ou grupos musculares que produzem o movimento.
2.2. Estabilizador – músculo ou grupo de músculos que dá sustentação ou firma uma parte e permite
que o agonista trabalhe mais eficientemente.
2.3. Neutralizador – impede o movimento indesejado porque um músculo não conhece direção quando
se contrai. A ação que ele realiza, depende principalmente do ângulo de tração. Um neutralizador
também pode permitir que um músculo faça mais de um movimento.
2.4. Músculos de Suporte – músculo ou grupos musculares que ajudam no suporte de um movimento.
Como determinar Fixadores e Neutralizadores
1. Determinar a ação em questão
2. Determinar o músculo que está a trabalhar e o seu papel
3. Determinar a ligação fixa e móvel
4. Listar todas as ações do músculo que está a trabalhar
5. Determinar a ação de cada fixador na ligação fixa
6. Escolher o músculo que pode realizar a determinada ação para cada fixação necessária
7. Determinar a ação de cada neutralizador na ligação móvel
8. Escolher o músculo que pode realizar a determinada ação para cada neutralização necessária

Cadeia Cinética Aberta – quando se pode vencer uma resistência exterior oposta na sua extremidade
distal, com produção de movimento.
Cadeia cinética Fechada – quando não se pode vencer a resistência exterior, não havendo movimento.
Segmento proximal move-se e o segmento distal mantem-se fixo.

Insuficiência Ativa – ocorre quando um músculo atinge


um ponto em que não pode ser mais encurtado

Insuficiência Passiva – ocorre quando um músculo não


pode mais ser alongado sem danificar as suas fibras.

Co-contração – ocorre quando o antagonista se contrai para auxiliar o agonista. Ex: Andar

Tensegridade – propriedade presente em objetos cujos componentes usam a tração e a compressão de


forma combinada, de forma a proporcionar-lhes estabilidade e resistência.
O nosso corpo é uma estrutura tal - a estabilidade estrutural e movimento do corpo depende do equilíbrio
dos tecidos moles. Há muito tempo assume-se que o esqueleto era uma "fração" forte por si própria, e que
os músculos não interferiam no esqueleto. Na realidade é que os ossos "flutuam" nos tecidos moles, com a
sua posição determinada pelo equilíbrio tensional na fáscia.
Identificação de estruturas, desequilíbrios musculares e análise cinemática

ESCÁPULA
Articulações:
 Esternoclavicular – Sela (permite movimentos livres no plano frontal, transverso e alguns graus de
 rotação. Providencia o principal eixo de rotação para os movimentos da clavícula e da omoplata.)
 Acrómioclavicular – Artrodia (movimentos limitados nos três planos)
 Escapulo-torácica
Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar
  
Adução: Romboides + Trapézio Médio + Elevador da omoplata
  
Abdução: Serrátil Anterior + Pequeno Peitoral
  
Elevação: Trapézio Superior + Romboides + Elevador da omoplata
  
Depressão: Trapézio Inferior + Serrátil Anterior + Pequeno Peitoral
  
Rotação Interna: Elevador da omoplata + Pequeno Peitoral + Romboides
  
Rotação Externa: Trapézio Superior + Trapézio Inferior + Serrátil Anterior
 
Tilt Anterior (quando o ombro faz hiperextensão)

“winging da escápula”

Teste da parede para Serrátil Anterior

O paciente fica de frente para uma parede, em pé e


ligeiramente afastado. Em seguida, faz força contra a
parede com as palmas das mãos planas no nível da
cintura.
Músculos:

Elevador da Omoplata
Origem: Apófises transversas C1-C4
Inserção: Bordo medial do ângulo superior da
omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Elevação da omoplata
- Adução da omoplata
- Rotação Interna da omoplata

Trapézio

Trapézio Superior
Origem: Osso occipital, ligamento nucal nos
processos espinhosos cervicais
Inserção: 1/3 externo da clavícula e a
processo acromial
Palpação:

Ação Articular:
- Elevação da omoplata
- Rotação Externa da omoplata

Trapézio Médio
Origem: Processos espinhosos de C7-T3
Inserção: Espinha da escápula/omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Adução
Trapézio Inferior
Origem: Processos espinhosos das vértebras torácicas mediais e inferiores
Inserção: Base da espinha da escápula/omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Depressão
- Rotação Externa

Romboides:
Origem: Processos Espinhosos de C7-T5
Inserção: Bordo medial da omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Adução
- Elevação
- Rotação Interna

Serrátil Anterior
Origem: Face externa das primeiras 8 costelas
Inserção: Bordo medial da omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Abdução
- Rotação Externa

Pequeno Peitoral
Origem: Superfície anterior da 3º-5º costela
Inserção: Apófise coracoide da escápula/omoplata
Palpação:

Ação Articular:
- Depressão
- Abdução
- Rotação Interna
Movimentos Associados do ombro e da omoplata
Ombro Omoplata
Flexão Rotação Lateral, Abdução
Extensão Rotação Interna, Adução
Hiperextensão Tilt Anterior
Adução Rotação Interna
Abdução Rotação Externa
Rotação Interna Abdução
Rotação Externa Adução
Adução Horizontal Abdução
Abdução Horizontal Adução

OMBRO
Articulação:
 Gleno-umeral
 3 eixos – Enartrose

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar:

Flexão: Deltoide Anterior + Grande Peitoral (+ Coracobraquial – flexor auxiliar do úmero)


Extensão: Deltoide Posterior + Grande Dorsal + Grande Peitoral + Redondo Maior
Abdução: Deltoide Médio + Supraespinhoso
Adução: Grande Peitoral + Grande Dorsal + Redondo Maior
Rotação Interna: Subescapular + Grande Dorsal + Grande Peitoral + Redondo Maior
Rotação Externa: Infraespinhoso + Redondo Menor
Adução Horizontal: Grande Peitoral + Deltoide Anterior
Abdução Horizontal: Deltoide Posterior + Infraespinhoso + Redondo Menor

Músculos:

Deltoide Anterior / Médio / Posterior


Origem:
A. Anterior: 1/3 externo do bordo anterior da clavícula
B. Médio: acrómio
C. Posterior: lábio inferior da espinha da omoplata
Inserção: Face externa da diáfise do úmero (V deltoideo)
Palpação: Na face anterior, posterior e lateral do ombro

Ação Articular:
A. Anterior: Flexão + Add Horz.
B. Médio: ABD
C. Posterior: Ext + Abd Horz.
Grande Peitoral
Origem:
A. Clavicular: 2/3 medial do bordo anterior da clavícula
B. Esternocostal: Esterno e seis primeiras cartilagens
costais Inserção: Lábio lateral do sulco intertubercular
Palpação: na face anterior do tórax ou na inserção (com o braço em
abdução + rotação externa, fazer a palpação na linha do sulco
intertubercular, do lado interno
do braço ligeiramente acima do
V deltoideo.

Ação Articular:
- Flexão até 60º/Extensão dos
180º aos 120º
- Adução
- Rotação Interna
- Adução Horizontal

Grande Dorsal:
Origem: Apófises espinhosas T7-L5, crista ilíaca e sacro
Inserção: Lábio Medial do sulco intertubercular
Palpação: na região posterior do dorso ou na inserção (com o braço em abdução
fazer a palpação do lado interno do braço ligeiramente acima do V deltoideo –
lado oposto ao grande peitoral)

Ação Articular:
- Extensão
- Adução
- Rotação Interna
- Hiperextensão

Redondo Maior:
Origem: ângulo inferior da margem lateral da omoplata.
Inserção: inferior e posteriormente na crista da pequena tuberosidade do úmero.
Palpação: em decúbito lateral com o braço em abdução.
Ação Articular:
- Extensão
- Adução
- Rotação Interna
Coifa dos Rotadores:
Deriva da sua aparência e da sua função, uma coifa que mantém a cabeça do úmero perto da cavidade
glenoide. A coifa e os ligamentos gleno-umerais estabilizam a articulação.
 Supraespinhoso
 Infraespinhoso
 Redondo Menor
 Subescapular

Supraespinhoso
Origem: Fossa supraespinhosa
Inserção: Grande tuberosidade do úmero
Palpação: superiormente à espinha da
omoplata

Ação Articular:
- Abdução

Infraespinhoso:
Origem: Fossa infraespinhosa
Inserção: Grande tuberosidade do úmero
Palpação: ao longo da margem medial da omoplata sobre a região da porção
acromial

Ação Articular:
- Abdução
- Rotação Externa

Redondo Menor:
Origem: 2/3 superiores da margem lateral da omoplata
Inserção: Grande tuberosidade do úmero
Palpação: Na inserção
Ação Articular:
- Rotação Externa
- Abdução Horizontal

Subescapular:
Origem: Fossa subescapular da escápula
Inserção: Pequena tuberosidade do úmero
Palpação: em decúbito dorsal, realiza abdução e palpar
em direção à marquesa.
Ação Articular:
- Rotação Interna
Testes para o Ombro

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular

- Flexão/Extensão/Hiperextensão do ombro (1º um braço de cada vez, depois os 2 ao mesmo tempo, em


movimento lento);

(mãos esticadas e polegar para cima)

- Adução/abdução do ombro (1º um braço de cada vez, depois os 2 ao mesmo tempo, em movimento
lento);

- Rotação Interna/Externa – com o braço esticado, fazer rotação interna e externa (1º um braço de cada
vez, depois os 2 ao mesmo tempo, em movimento lento);

- Adução/abdução Horizontal

Teste de Apley
Teste de Mobilidade do Ombro
- O braço a ser avaliado é o de cima

0 – Com dor
1 – Não completa a amplitude articular ( >1 ou 1,5 mão)
2 – Completa a amplitude de movimento com compensações (entre
1 ou 1,5 mão)
3 – Movimento Funcional (≤ 1 mão de distância)

Implicações Clínicas: A capacidade de realizar o teste de mobilidade


do ombro requer mobilidade em uma combinação de movimentos
incluindo abdução/rotação externa/extensão, flexão/adução/rotação
interna. Este teste também requer mobilidade escapular e da coluna
torácica.

Teste integridade acromial (Teste de Yocum)

O paciente coloca a mão sobre o ombro oposto e, em seguida, tenta apontar para cima
do cotovelo.
O teste é positivo quando o paciente sente dor com o movimento. Sugere síndrome de
impacto com lesão da coifa dos rotadores ou da bursa subacromial.
COTOVELO
Umero-Cubital – Trocleartrose

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar:


Flexão: Bicípite + Braquial Anterior + Braquiorradial
Extensão: Tricípite + ancóneo

Umero-Radial – Condilartrose
Rádio-Cubital Superior – Trocóide

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar:


Pronação: Pronador Redondo + Quadrado Pronador
Supinação: Supinador + Bicípite

Músculos

Bicípite
Origem:
A. Porção Curta – Apófise coracoide
B. Porção Longa – Tubérculo Supraglenoideo
Inserção: Tuberosidade bicipital do rádio
Palpação: Na região anterior do braço e na inserção

Ação Articular:
- Flexão
- Supinação

Braquial Anterior
Origem: Porção anterior da diáfise do úmero supraglenoideo
Inserção: Apófise coronoide do cúbito
Palpação: Entre o músculo bicípite (1) por fora e o músculo pronador redondo por
dentro (2). É necessário afastar o bicípite.

Ação Articular:
- Flexão
Braquiorradial
Origem: Crista supracondiliana lateral do úmero
Inserção: Processo estiloide do rádio
Palpação: bordo lateral do úmero acima do côndilo
lateral ou na inserção

Ação Articular:
- Flexão
- Supinação

Tricipete
Origem:
A. Porção Longa – Tubérculo infra glenóideo da escápula
B. Porção Lateral – Superfície inferior e posterior à
grande tuberosidade do úmero
C. Porção Média – Face posterior do úmero
Inserção: Olecrânio
Palpação: Na região posterior do braço, na origem e na
inserção

Ação Articular:
- Extensão do cotovelo

Ancóneo
Origem: Epicôndilo Lateral do úmero
Inserção: Lateral e inferior ao olecrano do cúbito
Palpação: Região posterior do cotovelo

Ação Articular:
- Extensão (assiste)
A. Pronador Redondo

Origem: Epicôndilo medial do úmero e


processo coronoide do cubito
Inserção: Aspeto lateral do rádio no seu ponto
médio
Palpação: Na inserção

A. Pronador Quadrado Origem:


¼ distal do cúbito Inserção: ¼ distal do
rádio Palpação: na região anterior do
punho

Ação Articular:
- Pronação

Supinador
Origem: Epicôndilo lateral do úmero e cúbito adjacente
Inserção: Superfície anterior do rádio proximal
Palpação: Na inserção

Ação Articular:
- Supinação

Testes para o Cotovelo

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular

Flexão/extensão do cotovelo (1º um braço de cada vez, depois os 2


ao mesmo tempo, em movimento lento – antebraço em posição
neutra);
Pronação/Supinação (1º um braço de cada vez, depois os 2
ao mesmo tempo, em movimento lento – Neutralizar braço e
antebraço em flexão)

A. Supinação Bilateral

B. Pronação Bilateral

PUNHO
Articulações:
Radiocárpica – Condilartrose
Intercárpica – Artródia

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar:

Flexão – Flexor Radial do Carpo + Flexor Cubital do Carpo + Palmar Longo


Extensão – Longo Extensor Radial do Carpo + Curto Extensor Radial do Carpo + Extensor Cubital do
Carpo
Desvio Radial – Flexor Radial do Carpo + Longo Extensor Radial do Carpo + Curto Extensor Radial do
Carpo
Desvio Cubital – Flexor Cubital do Carpo + Extensor Cubital do Carpo

Palmar Longo
Origem: Epicôndilo medial do úmero
Inserção: Fáscia Palmar
Palpação: Pedir flexão do punho – palpação ao lado do tendão do músculo Palmar
longo (perto do pisiforme)

Ação Articular:
- Flexão do punho
Flexor Radial do Carpo
Origem: Epicôndilo medial do úmero
Inserção: Base do 2º e 3º metacarpos
Palpação: Pedir flexão do punho com desvio radial – palpação ao lado do tendão do
músculo Palmar longo

Ação Articular:
- Flexão do punho
- Desvio Radial

Flexor Cubital do Carpo


Origem: Epicôndilo medial do úmero
Inserção: Pisiforme e base do 5º Metacarpo
Palpação: Pedir flexão do punho – palpação ao lado do tendão do músculo Palmar
longo (perto do pisiforme)

Ação Articular:
- Flexão do punho
- Desvio Radial

Longo Extensor Radial do Carpo


Origem: Crista supracondiliana do
úmero Inserção: Base do 2º metacarpo
Palpação: Cerrar o punho e segurar o polegar
na zona palmar. (1) – Tendão do músculo (2) –
Curto Extensor Radial do Carpo

Ação Articular:
- Extensão do punho
- Desvio Radial
Curto Extensor Radial do Carpo
Origem: Epicôndilo Lateral do úmero
Inserção: Base do 3º metacarpo
Palpação: Cerrar o punho e dedos e
por norma permite observar o tendão
do lado radial (1) comparativamente
ao Extensor comum dos dedos (2)

Ação Articular:
- Extensão do punho
- Desvio Radial

Extensor Cubital do Carpo


Origem: Epicôndilo Lateral do úmero
Inserção: Base do 5º metacarpo
Palpação:

Ação Articular:
- Extensão do punho
- Desvio Cubital

Testes para o Punho

Movimentos de Flexão, Extensão, Desvio Cubital e Desvio Radial – 1º só com uma mão, depois com
as 2 em movimento lento.
MÃO

Articulações:
Trapézio-metacarpiana – em sela
Carpo-Metacárpica – Artródia
Metacarpo-falângicas – Condilartrose
Interfalângicas - Trocleartrose

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar


Flexão: Flexor Superficial dos dedos + Flexor Profundo dos dedos + Próprios
Extensão: Extensor Comum dos Dedos

Músculos:

Flexor Superficial dos Dedos


Origem: Epicôndilo medial, processo coronoide e rádio
Inserção: Lado das Interfalângicas médias dos 4 dedos
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão dos dedos

Flexor Profundo dos Dedos


Origem: ¾ superiores do Cubito
Inserção: Interfalângicas distais dos 4 dedos
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão dos dedos
Extensor Comum dos Dedos
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: Base das interfalângicas distais dos 4 dedos
Palpação: pedidos ao paciente extensão do punho e
dos dedos com contra-resistência

Ação Articular:
- Extensão do punho e dos dedos
PESCOÇO
Articulação:

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar


Flexão: Esternocleidomastóideo (bilateral) + Escalenos (bilateral) +
Longo do Colo + Longo da Cabeça
Extensão: Esplénio Cervical + Esplénio da cabeça
Inclinação: Escalenos (unilateral) + Esternocleidomastóideo (unilateral)
Rotação: Esternocleidomastóideo (contralateral)

Músculos:

Esternocleidomastóideo
Origem: Face Proximal do esterno e
face clavícula
Inserção: Processo mastoide
Palpação: Pedir rotação contralateral
da cabeça com ligeira inclinação
homolateral.

Ação Articular:
- Flexão da cervical (bilateral)
- Hiperextensão da cabeça
- Inclinação (homolateral)
- Rotação (contralateral)

Escalenos
Origem:
- Porção Anterior: Apófises transversas de C3-C6
- Porção Média: Apófises transversas de C2-C7
- Porção Posterior: Apófises transversas C5-C7
Inserção:
- Porção Anterior: superfície superior da 1º costela
- Porção Média: superfície superior da 1º costela (proximal)
- Porção Posterior: 2º costela
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão da cervical
- Inclinação (Unilateral)
Esplénio da cabeça

Origem: Metade inferior do ligamento da nuca;


processos espinhosos de C7-T3
Inserção: Osso occipital lateral; processo mastoide
Palpação: Elevação do ombro + inclinação lateral
da cabeça para o mesmo lado (terapeuta faz
resistência)

Ação Articular:
- Extensão do bescoço (bilateral)
- Rotação + Inclinação (homolateral)

Esplénio Cervical

Origem: processos espinhosos de T3-T6


Inserção: processos transversos C1-C3
Palpação:

Ação Articular:
- Extensão do bescoço (bilateral)
- Rotação + Inclinação (homolateral)
Músculo Origem Inserção Ação
Corpo e processos Processos Transversos e
Longo do Colo Flexão do Pescoço
transversos C3-T2 corpo de C1-C6
Processos transversos
Longo da Cabeça Osso Occipital Flexão da Cabeça
de C3-C6
Reto Anterior da Cabeça Atlas (C2) Osso Occipital Flexão da Cabeça
Processos transversos
Reto Lateral da Cabeça Osso Occipital Inclinação
do Atlas
Metade lateral da linha
Obliquo Superior Massa Lateral do Atlas Extensão
da nuca inferior
Processo espinhoso do Extensão; Inclinação;
Obliquo Inferior Massa Lateral do Atlas
Áxis Rotação homolateral
Processo espinhoso do Extensão; Inclinação;
Reto Posterior Maior Linha nucal inferior
áxis Rotação homolateral
Tubérculo do arco
Reto Posterior Menor Linha nucal inferior Extensão
posterior do atlas

Testes para o Cotovelo

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular

Movimentos combinados
Flexão + Rotação/Extensão + Rotação
TRONCO
Articulação:

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar


Flexão: Reto abdominal + Obliquo Externo + Obliquo Interno
Extensão: Eretor da espinha
Inclinação: Obliquo Externo + Obliquo Interno + Eretor da Espinha + Quadrado Lombar
Rotação: Obliquo Externo + Obliquo Interno
Compressão do abdómen: Reto Abdominal + Obliquo Externo + Obliquo Interno + Transverso
Abdominal

Músculos:

Reto Abdominal
Origem: Púbis
Inserção: Apêndice xifoide e cartilagens costais da 5º, 6º e 7º costela
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão do tronco
- Compressão do abdómen

1 – Reto Abdominal
2 – Ventre Muscular Obliquo Externo,
Obliquo Interno e transversos do
Abdomen
3 – Linha Alba

Obliquo Externo/Interno Transverso do abdómen


Origem: 8 ultimas costelas lateralmente / Origem: Ligamento inguinal, crista ilíaca, fáscia
Ligamento inguinal, crista ilíaca e fáscia toracolombar e costelas seis ultimas costelas
toracolombar Inserção: Aponeurose abdominal e linha alba
Inserção: Crista Ilíaca e linha alba / 10º, 11º, 12º Palpação:
costelas ; Aponeurose Abdmonial
Palpação:
Ação Articular:
Ação Articular: - Compressão do abdómen
- Flexão do tronco (Bilateral)
- Inclinação (Homolateral)
- Rotação (Contralateral)
Eretor da Espinha
Origem:
- Espinal: Apófises espinhosas C6/C7, ligamento nucal e apófises
espinhosas T10-L2
- Longuíssima: Apófises transversas T1-T5; Apófises articulares de
C4-C7; Sacro, ilíaco e apófises espinhosas T11-L2 e fáscia
toracolombar
- Iliocostal: Fáscia lombosagrada e ângulos das 7-12º costelas
Inserção:
- Espinal: Apófises espinhosas do áxis e C3-C4, T2-T8
- Longuíssima: Mastoide e temporal; Apófises transversas de C2-
C6 e T1-T12; Tubérculo e ângulo da 9-10º costelas.
- Iliocostal: Bordo e ângulos da 1-6º e da 7-12º costelas; Apófises
transversas de C4-C6

Ação Articular:
- Extensão do tronco
- Inclinação (unilateral)

Palpação:
Terapeuta solicita uma extensão do tronco com o paciente em decúbito dorsal
Quadrado Lombar Origem:
Crista Ilíaca Inserção: 12º
costela e L1-L5
Palpação: Decúbito lateral e
solicita-se levar a anca à costela.

Ação Articular:
- Inclinação do tronco

Testes para o Tronco

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular

Flexão/Extensão (com os 2 braços em flexão) /Inclinações/Rotações.

Testes combinados:
Paciente deitado em decúbito ventral pedir para fazer:
 Extensão do tronco + Inclinação (2 lados) – sem compensar com as pernas
 Extensão tronco + Rotação (2 lados) – sem compensar com as pernas

Paciente em decúbito frontal:


 Flexão + Inclinação (2 lados)
 Flexão + Rotação (2 lados)

Teste Quadrado lombar – Paciente deitado em


decúbito lateral. Avaliar (em ambos os lados) a
curvatura em relação à marquesa colocando a
mão entre o paciente e a marquesa (saber se o
músculo está ou não encortado).
CINTURA PÉLVICA

A. Posição Neutra
B. Rotação à frente do lado direito (rotação medial da anca esquerda)
C. Rotação atrás do lado direito (rotação lateral da anca esquerda)

Retroversão da Pelve Anteversão da Pelve


Testes para a Cintura Pélvica
1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular


 Anteversão e retroversão da pelve

Teste de Gillet

Paciente em pé com as duas mãos apoiadas na parede.


O terapeuta palpa a base do sacro e a espinha ilíaca póstero-
superior.

É pedido ao paciente que realize flexão da anca e do joelho até


90º.
ANCA
Articulação:
Coxo-femural – Enartrose

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar


Flexão: Reto Femural + Iliopsoas + Tensor da Fáscia Lata + Sartório + Pectíneo
Extensão: Isquiotibiais + Glúteo Máximo
Adução: Adutor Curto + Adutor longo + Adutor magno + Gracilis + Pectíneo
Abdução: Tensor da Fáscia Lata + Sartório + Glúteo Médio + Rotadores Profundos
Rotação Interna: Tensor da Fáscia Lata + Glúteo Mínimo
Rotação Externa: Iliopsoas + Sartório + Rotadores Profundos + Glúteo Máximo

Músculos:

Tensor da Fáscia Lata


Origem: Espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: côndilo lateral da tíbia
Palpação: Flexão do joelho a 90ç fazer
flexão da anca.

Ação Articular:
- Flexão da anca
- Abdução

Sartório
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: Face proximal e medial da tíbia
Palpação: joelho em flexão a 90º fazer flexão resistida da anca que define o V
medialmente. Palpar na inserção ao nível da face medial da tíbia.

Ação Articular:
- Flexão da anca
- Abdução
- Rotação externa
-
Reto Femural
Origem: Espinha ilíaca ântero-inferior
Inserção: tuberosidade da tíbia
Palpação: Com o joelho em flexão a 90º fazer flexão resistida da coxo-femoral que
define o centro do V.
Face anterior da coxa.

Ação Articular:
- Flexão da anca
- Extensão do joelho

1 – Glúteo Médio
2 – Tensor da Fáscia Lata
3 – Sartório
4 – Reto Femural

1 – Sartório
2 – Iliopsoas
3 – Pectíneo
4 – Adutor longo
Iliopsoas
Origem: Fossa ilíaca, face anterior e lateral de T12-L5
Inserção: Pequeno trocânter
Palpação:
Com o tronco em flexão e os
abdominais relaxados palpar
internamente em direção à fossa ilíaca.
Abaixo do ligamento inguinal junto ao
pequeno trocânter.

Ação Articular:
- Flexão da anca

Pectíneo
Origem: Ramo superior do púbis
Inserção: Linha pectínea do fémur
Palpação: Em decúbito dorsal no terço superior da coxa em direção à linha média
do ligamento inguinal

Ação Articular:
- Flexão da anca
- Adução

Adutor Longo
Origem: Púbis
Inserção: terço médio da linha áspera.
Palpação: Em decúbito dorsal no terço
médio da coxa em direção ao púbis (mais
superficial do adutores.)

Ação Articular:
- Adução
Adutor Curto
Origem: Púbis
Inserção: Proximalmente à linha pectínea e
linha áspera.
Palpação: Em decúbito dorsal no terço
superior da coxa em direção ao púbis.

Ação Articular:
- Adução

Adutor Magno
Origem: Púbis e ísquio
Inserção: Linha áspera toda e tubérculo
adutor do fémur.

Palpação: Em decúbito dorsal no terço


inferior da coxa em direção ao púbis (mais
profundo dos adutores.)

Ação Articular:
- Adução

Gracilis
Origem: Púbis.
Inserção: Face ântero-medial da extremidade proximal da tíbia
Palpação: Em decúbito dorsal na pata de
ganço – tendão medial

Ação Articular:
- Adução
Glúteo Médio Glúteo Mínimo
Origem: Porção externa do ílio. Origem: Porção lateral do ílio.
Inserção: Face lateral do grande trocânter. Inserção: Face anterior do grande trocânter.
Palpação: Palpação:

Ação Articular: Ação Articular:


- Abdução - Abdução
- Rotação Interna

Glúteo máximo
Origem: Sacro posterior e ílio.
Inserção: Parte posterior do fémur distalmente ao
grande trocânter e banda ilíaca.
Palpação:

Ação Articular:
- Extensão
- Hiperextensão
- Rotação Externa

Rotadores Profundos:
- Obturador Externo
- Obturador Interno
- Gémeo Superior
- Gémeo Inferior
- Piriforme ou Piramidal
- Quadrado Femoral
Músculo Origem Inserção Ação
Obturador Externo Rami do púbis e ísquio. Fossa Trocantérica Abdução + Rot. Externa
Obturador Interno Rami do púbis e ísquio. Grande Trocânter Abdução + Rot. Externa
Quadrado Femoral Tuberosidade Isquial Crista Intertrocantérica Abdução + Rot. Externa
Piriforme Sacro Grande Trocânter Abdução + Rot. Externa
Gémeo Superior Ísquio Grande Trocânter Abdução + Rot. Externa
Gémeo Inferior Tuberosidade Isquial Grande Trocânter Abdução + Rot. Externa

Palpação Obturador Externo: Profundamente entre os músculos pectíneo e Adutor Curto.

Palpação Obturador Interno: Linha média das nádegas superiormente em direção ao grande trocanter
Palpação Quadrado Femoral: mão sobre o grande trocânter e polegar superiormente em direção à
linha média da prega glútea.

Palpação Piriforme: músculo piriforme pode ser palpado profundamente aos músculos glúteos, a pressão
excessiva sobre o músculo piriforme causa desconforto ao paciente.
Faz-se uma linha imaginária entre o sacro e o grande trocânter e a crista ilíaca póstero superior e a linha
interna da nádega. O ponto em que as linhas se intersetam, é onde se palpa o músculo piriforme.
Testes para a Anca

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade articular -


Flexão/Extensão/Hiperextensão/Abdução/Adução/Rotação Externa/Rotação Interna

Exercícios na marquesa com o paciente em decúbito ventral:


 Fazer hiperextensão da coxa bilateralmente para saber se há défice de movimento ou
encurtamento de algum músculo.

 Teste dos Rotadores profundos (piriforme)

Testes de abdução
Paciente em decúbito dorsal com uma perna fora da marquesa para estabilização, o terapeuta realiza
abdução da perna contralateral até à amplitude máximo observando alterações e comparado ambos os
lados.

Teste TFL

Paciente em decúbito lateral.


Faz-se abdução da perna e pede-se para segurar.
Se o paciente não aguentar a posição e perna “cair” (fizer
adução) há um défice ou problema a nível do músculo tensor
da fáscia lata.
Single-leg stance test

Realizado com os olhos abertos e os braços ao longo do corpo, o paciente deve


ficar sem assistência em uma perna com a outra em flexão da anca e joelho a 90º.

Deve-se avaliar o equilíbrio do pacientee possíveis compensações.

O teste só é realmente bem realizado quando o paciente aguenta nesta posição


por um período de 10 segundos sem desequilíbrios ou compensações.

Thomas Test

Paciente deve sentar-se na beira da


marquesa, levar o joelho ao peito e deitar-
se para trás.

Em geral, este teste é usado para verificar


se há contraturas de flexão da anca ou
mais especificamente para testar
restrições laterais ou dos músculos da
coxa. Dependo da posição da perna em
contato com a marquesa, pode-se
considerar encurtamento dos músculos
extensores.
A falta de extensão completa da anca com
o joelho em flexão indica problemas a nível
do Iliopsoas. Se a extensão total da anca é
alcançada mas verifica-se uma extensão do joelho, indica problemas a nível do reto femoral. O teste deve
ser realizado em ambas as pernas como modo de comparação.

Straight-Leg Raise (SLR)


O SLR é realizado com o paciente em decúbito dorsal,
com o tronco e coxa em posições neutras. O terapeuta
posiciona uma mão sob o tendão de Aquiles e flexiona
a coxa mantendo o joelho em extensão até revelar
uma resposta sintomática predeterminada, ou até
atingir o limite de amplitude de movimento da coxa.
Deve-se prestar atenção a compensações da anca,
perna e pescoço. O teste deve ser realizado
bilateralmente e comparado entre as duas pernas.
Deep Quat Test (agachamento)

a - vista frontal
b - Vista Lateral

A capacidade de executar este


movimento requer cadeia
cinética fechada fechado,
dorsiflexão, flexão dos joelhos e
coxa, extensão da coluna
torácica e flexão e abdução dos
ombros. O teste também
desafia a capacidade de
controlar o corpo no espaço
usando a musculatura principal.
Fraco desempenho deste teste pode ser o resultado de vários fatores. Mobilidade limitada na parte
superior do tronco pode ser atribuída à fraca mobilidade da GU ou coluna torácica. Mobilidade limitada na
extremidade inferior incluindo fraca cadeia cinética fechada da dorsiflexão ou pobre flexão das coxas
também pode causar mau desempenho teste. Estabilidade limitada / controle motor do core pode também
afetar a performance do teste.

Hurdlet Step (avançar um obstáculo)

Desenhado para desafiar a


mecânica apropriada do
corpo durante um
movimento de passo. O
movimento exige uma
coordenação adequada e
estabilidade entre as coxas e
dorso durante o movimento
de passada bem como a
habilidade do “Single-Leg
Stance”. Este teste avalia a
mobilidade funcional
bilateral e estabilidade das
coxas, joelhos e tornozelos.
Realizar este teste exige uma postura estável da perna, tornozelo, joelho e coxa, bem como máxima
extensão da coxa em cadeia cinética fechada. Também requer cadeia cinética aberta na dorsiflexão, flexão
do joelho e coxa da perna da passada. Além disso, o paciente deve também demonstrar equilíbrio
adequado porque o teste impõe a necessidade de estabilidade dinâmica.
Um fraco desempenho durante este teste pode ser o resultado de vários fatores. Pode ser simplesmente
devido à má estabilidade da perna em extensão ou má mobilidade da perna da passada A imposição de
flexão máxima da coxa de uma perna, enquanto mantem a extensão da coxa da perna oposta exige que o
paciente demonstre mobilidade relativa bilateral e assimétrica da coxa.
Frontal Lunge Test (In-Line Lunge)

Propósito: tentar colocar o


corpo numa posição que irá
focar as tensões simuladas
durante os movimentos
rotacionais, desacelerados e
laterais. Coloca os membros
inferiores em posição tipo
tesoura, impondo uma base
estreita de apoio que desafia o
tronco e extremidades para
resistir à rotação e manter o
alinhamento adequado. Este
teste também avalia mobilidade e estabilidade da coxa e tornozelo, flexibilidade do quadríceps, e
estabilidade do joelho.

Descrição: É pedido ao paciente para colocar os pés um à frente do outro em linha. Um bastão é segurado
atrás das costas tocando na cabeça, passando pela coluna torácica e meio das nádegas. A mão oposta ao pé
da frente deve segurar o bastão na zona cervical e a outra mão segura o bastão na zona da coluna lombar.
Em seguida, o paciente desloca-se baixando-se o suficiente para, com o joelho, tocar a superfície atrás do
calcanhar do pé da frente, mantendo uma postura ereta, retornando para a posição inicial. Este teste deve
ser repetido no mínimo 3 vezes bilateralmente e em movimento lento e controlado.

A capacidade de realizar este teste exige estabilidade da perna estática, tornozelo, joelho e coxa, bem
como controlo da cadeia cinética fechada da abdução da coxa. Também requer mobilidade da perna móvel
ao fazer abdução da coxa, dorsiflexão e flexibilidade do reto femoral. O paciente também deve mostrar
equilíbrio adequado devido à pressão lateral imposta.

Um fraco desempenho durante este teste pode ser o resultado de vários fatores. Em primeiro lugar, a
mobilidade da coxa pode ser inadequada em qualquer posição da perna ou da perna da passada. Em
segundo lugar, a posição do joelho ou no tornozelo da perna pode não ter a estabilidade necessária ao
realizar o teste. Finalmente, um desequilíbrio entre a fraqueza relativa do adutor e encurtamento do
abdutor ou fraqueza do abdutor e encurtamento do adutor em um ou ambas as coxas pode causar um mau
desempenho no teste. As limitações podem também existir na região da coluna torácica, que podem inibir
o paciente de executar corretamente o teste.
JOELHO
Articulação:
Tibiofemoral – Condilartrose (2 eixos)
Patela femoral – Trocleartrose/Artródia

Movimentos Fisiológicos – Músculos a atuar


Flexão: Isquiotibiais + Gastrocnémios + poplíteo + plantar delgado
Extensão: Reto Femoral + Vasto Medial + Vasto Lateral + Vasto Intermédio
Rotação Interna: Semi-Tendinoso + Semi-membranoso + Sartório
Rotação Externa: Bicípite Femoral

Músculos:

Reto Femural
Origem: Espinha ilíaca ântero-inferior
Inserção: tuberosidade da tíbia
Palpação: Com o joelho em flexão a 90º fazer flexão resistida da coxo-femoral que define o
centro do V.
Face anterior da coxa.

Ação Articular:
- Flexão da anca
- Extensão do joelho

Quadricípite (juntamente com reto femoral)


Músculo Origem Inserção Ação
Tuberosidade
tibial através do
Vasto Lateral Linha áspera Extensão
tendão
rotuliano
Face Medial da
Vasto Medial Linha áspera Extensão
rótula
Vasto Face ântero-
Rótula Extensão
Intermédio lateral do fémur
Palpação Vasto Lateral: Pede-se ao paciente extensão do joelho (joelho contra a marquesa de modo a fazer
força no quadricípite) – Músculo é palpado lateralmente

Palpação Vasto medial: Pede-se ao paciente extensão do joelho (joelho contra a marquesa de modo a fazer
força no quadricípite) – Músculo é palpado internamente

Palpação Vasto Intermédio: Pede-se ao paciente extensão do joelho (joelho contra a marquesa de modo a
fazer força no quadricípite) – Músculo é palpado na parte anterior da coxa (musculo fica por baixo do reto
femoral).

Músculos Isquiotibiais
Músculo Origem Inserção
Tuberosidade Face ântero-medial da
Semi-Tendinoso
Isquiática parte proximal da tíbia
Semimembranoso Tuberosidade Face ântero-medial da
Isquiática parte proximal da tíbia
Bicípite Femoral
Tuberosidade Face lateral da cabeça
- Porção Longa Isquiática do perónio
Lábio lateral
Face lateral da cabeça
- Porção Curta da linha
do perónio
áspera
Palpação do Semi-Tendinoso: Em decúbito ventral na face medial da fossa poplítea com o joelho a 90º
resistir à flexão (tendão mais superficial).

Palpação do semimembranoso: Em decúbito ventral na face medial da fossa poplítea com o joelho a 90º
resistir à flexão (tendão mais profundo).

Palpação do bicipete femoral – porção longa: Em decúbito ventral na face lateral da fossa poplítea com o
joelho a 90º resistir à flexão (ventre mais medial).

Palpação do bicipete femoral – porção Curta: Em decúbito ventral na face lateral da fossa poplítea com o
joelho a 90º resistir à flexão (ventre mais lateral).

1 – Bicípite femoral – porção longa


2 – Bicípite femoral – porção curta
3 – Tendão do músculo bicípite femoral
4 – Semi-Tendinoso
5 – Tendão do Semi-Tendinoso
6 – Semimembranoso
Poplíteo
Origem: Côndilo lateral do fémur
Inserção: Côndilo póstero-medial da tíbia
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão

Gastrocnémios
Origem: Côndilo medial e lateral do fémur
Inserção: parte posterior do calcâneo
Palpação: Em decúbito ventral.

Ação Articular:
- Flexão
- Flexão plantar
Testes para o Joelho

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade


articular - Flexão/Extensão – Unilateral e bilateralmente

Thomas Test
TORNOZELO
Articulação:
Tibiotársica –

Músculos a atuar - Compartimento Anterior


- Tibial Anterior (dorsiflexão + Inversão)
- Longo Extensor do Hallux (Extensão do Hallux, Inversão, auxilia a dorsiflexão)
- Curto Extensor dos dedos (Extensão dos dedos, dorsiflexão)
- Longo Extensor dos dedos (Extensão dos dedos, dorsiflexão e eversão)
- 3º Peronial / Peronial Anterior (Dorsiflexão, Eversão)
- Curto Peronial (Eversão, Flexão Plantar)
- Longo Peronial (Flexão Plantar, Eversão)

Músculos a atuar - Compartimento posterior


- Tibial Posterior (Inversão, flexão plantar)
- Longo Flexor dos dedos (Flexão dos dedos, inversão, flexão plantar)
- Longo Flexor do Hallux (Flexão do Hallux, flexão plantar, inversão)
- Gastrocnémios (Flexão Plantar)
- Solear (Flexão Plantar)

Músculos

Tibial Anterior
Origem: Face lateral da tíbia e membrana interóssea
Inserção: Cuneiforme medial e 1º metatarso
Palpação: Pedir dorsiflexão e palpar o tendão
medialmente ao longo extensor do hallux.

Ação Articular:
- Dorsiflexão
- Inversão

1 – Longo Extensor do Hallux


2 – Tibial Anterior
Longo Extenso do Hallux
Origem: Perónio e membrana interóssea
Inserção: Falange distal do 1º dedo (hallux)
Palpação: Pedir dorsiflexão e palpar o tendão mais
saliente.

Ação Articular:
- Dorsiflexão
- Extensão do hallux
- Inversão

Longo Extensor dos dedos


Origem: Perónio, membrana interóssea e côndilo
lateral da tíbia
Inserção: Falange distal dos 4 dedos
Palpação: Dorsiflexão + Extensão dos dedos – palpar
lateralmente ao tendão do longo extensor do hallux.

Ação Articular:
- Extensão dos dedos
- Dorsiflexão
- Eversão
Curto Extensor dos dedos
Origem: proximalmente à superfície dorsal do calcâneo
Inserção: Funde-se com o tendão do 2º, 3º e 4º dedos do
longo extensor dos dedos
Palpação: Pede-se extensão dos dedos com dorsiflexão.
Ventre muscular salta em forma de “polpa”

Ação Articular:
- Flexão dos dedos
- Dorsiflexão

3º Peroneal / Peroneal Anterior


Origem: Terço distal medial do peróneo
Inserção: Base do 5º metatarso
Palpação: Tendão anteriormente ao maléolo externo

Ação Articular:
- Eversão
- Dorsiflexão

Curto Peroneal
Origem: 2/3 inferiores da superfície
lateral do perónio
Inserção: Base do 5º metatarso
Palpação: No tendão atrás do maléolo
externo ou na base do 5º metatarso.

Ação Articular:
- Eversão
- Flexão Plantar

Longo Peroneal
Origem: 2/3 superiores da superfície lateral do perónio e côndilo lateral da tíbia
Inserção: Cuneiforme medial e base do 1º metatarso (planta do pé)
Palpação: No tendão atrás do maléolo externo.

Ação Articular:
- Eversão
- Flexão Plantar
Tibial Posterior
Origem: Membrana interóssea, tíbia e perónio adjacente
Inserção: Navicular, ossos do tarso e metatarso
Palpação: Inversão com flexão plantar. Palpa-
se no tendão do navicular.

Ação Articular:
- Inversão
- Flexão Plantar

Longo Flexor dos dedos


Origem: Face posterior da Tíbia
Inserção: Falanges distais dos 4 dedos (zona plantar)
Palpação:

Ação Articular:
- Flexor dos dedos
- Inversão
- Flexão Plantar
Longo Flexor do Hallux
Origem: 2/3 inferiores da superfície posterior do perónio.
Inserção: Falange distal do 1º metatarso (Hallux)
Palpação:

Ação Articular:
- Flexão do hallux
- Flexão Plantar
- Inversão

Solear
Origem: Superfície posterior da tíbia e perónio.
Inserção: Parte posterior do calcâneo.
Palpação: Em decúbito ventral, palpa-se medialmente por
baixo dos gastrocnémios (número 3)

Ação Articular:
- Flexão Plantar
Testes para o Tornozelo

1º Observação estática do paciente nos diferentes planos (vista anterior, posterior e lateral);
2º Observar anomalias e determinar alterações posturais para proceder a testes mais específicos.

Testes Musculares funcionais / Testes de Mobilidade


articular - Dorsiflexão/Flexão Plantar/Inversão/Eversão

- Flexão/extensão dos dedos do pé

Testes são realizados só com 1 pé e depois com ambos.


Os movimentos de dorsiflexão e flexão plantar podem ser realizados em pé.

You might also like