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> artigo Il Sobre a eficacia retroativa da sentenca que minora os alimentos 0 inicio de dezembro de 2013, N em acérdao ainda nao publica- do, a 2* Turma do Superior Tribunal de Justiga decidiu, por maio- ria, que “todas as alte! de pensio alimenticia, inclusive redu do e exoneragao, retroagem a data da citagao. Porém, por sua natureza ali- mentar, a verba nao podera ser restituf da em nenhuma hipétese. E, no caso de redugio, no podera haver compensa: acdes em valor Rafael Calmon Rangel 40 em parcelas vincendas. © acerto desta conclusio merece > por ter pacificado questi inha inquietan mpo aquela ribuindo ngas que or da pen SP, REsp prospectivos e 0 reduziam Janeiro / Junho 2014 (AgRg no 1181119/R}, REsp 905986/RJ, HC 146402/SP), suposta- mente como forma de afirmar o prin- cipio da irrepetibilidade dos alimentos e coibir eventual inadimplemento do alimentante Ocorre que o enunciado normativo do artigo 13, §2° da Lei de Alimentos nao confere ao intérprete a possibilida- de de negar aplicag’o a seus preceitos, bastante claros, alids, no sentido de que “em qualquer caso, os alimentos fixa~ dos retroagem a data da citagao”. f Disso decorre a conclusdo de que nao existe algo como o “principio da irretroatividade dos efeitos das senten- as revisionais’, 4 Ora, nao se discute que a dos efeitos de uma sentenga que 1 duzisse a penstio poderia finalidade assistencial dos o cariter tutelar do mi cado pela Lei n® 5478/68, Cademno de! tunizasse ao alimentante a cons- tituigao de um erédito em face do alimentando, correspondente 40 valor pago @ mais no periodo compreendido entre a citagao ¢ a prolagdio da decisao final. “Acontece que, como se vera ‘oportunamente, a eficacia retro- ativa do pronunciamento judicial do permite que se chegue a tan- to, pois existem outros fatores a serem considerados na relacao juridica travada entre alimentan- te e alimentando que impedem a propria formacao deste crédito. ‘Ainda que assim no fosse ~ mas, de fato é -, obstaculizar-se simplesmente a retroago dos efeitos das sentencas, contraria~ mente a prescrigdo contida em regra escrita, poderia gerar uma nada recomendavel inseguranca juridica, opostamente a tudo que se espera do Judiciario, sobretu- do se se cogitasse a possibilidade de o alimentante ser preso pelo eventual nao pagamento de uma divida fixada em uma cogni¢ao incipiente, mesmo apés 0 valor ser reduzido por pronunciamento calcado em juizo de certeza” ‘Aparentemente, 0 que vem cau sando tanta discrepancia em torno do assunto é 0 Angulo pelo qual 0 fendmeno vem sendo visualizado, cujo foco se direciona ao plano efi cacional das sentengas revisionais, quando, na verdade, a retroativida- de que hes é inerente - e que sem- pre deve ocorrer, devido a prescri- 40 normativa do art. 13, §2° - em nada ofende o sistema. Por isso é que se acredita que 6 enfoque deva ser redirecionado 12 Cademo de Doutrina Janeiro / Junho >> DDD so fator que realmente acarre- em geral, mas sim ag te implagoes sobre o caso qual Gres

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