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Introdução a Mecânica I

10 Dias de Mecânica
Apresentação
Olá meu nome é Helder Guerreiro aluno do curso de Engenharia Química na Universidade
Federal do Amazonas (UFAM). Esta apostila é somente uma introdução básica para que você
inicie seus estudos com o pé direito. Esta apostila irá lhe ajudar a ter uma base para entender os
estudos da mecânica e então poderá prosseguir com as suas próprias pernas utilizando um livro
de mecânica.
O importante é conseguir entender as metodologias desta disciplina sempre ficando de olho nos
mínimos detalhes relacionados a sinais e direções. Lembre-se: estamos trabalhando com vetores
e então direção, módulo e sentido devem sempre fazer parte do seu foco para encontrar o valor
desejado.
Bons estudos e vamos à luta!
Sumário
Dia 1 – Vetores Dia 6 – Sistemas de Forças no Espaço

Dia 2 – Componentes Cartesianas Dia 7 – Produto Escalar e Vetorial

Dia 3 – Exercícios Dia 8 – Equilíbrio dos Corpos

Dia 4 – Momento de Força e Binário Dia 9 – Grau de Estaticidade

Dia 5 – Resultante de um Corpo Rígido Dia 10 – Análise Estrutural


Dia 1 Sumário

FORÇAS NO PLANO - VETORES


Exemplo 1
1. Duas forças são aplicadas no ponto A. Determine a intensidade, a direção e o sentido da
resultante, através da regra do triângulo. 𝐴Ԧ = 60𝑁
𝐵 = 40 𝑁
25°
20°

Passo 1 Regra do triângulo

-Escolhendo 𝐴Ԧ como vetor inicial.


𝐵

𝐴Ԧ
𝑅

Passo 2 Encontrando ângulos A não foi modificado, ângulo permanece.


25° 𝐵
25° 𝐵
𝐴Ԧ
𝐴Ԧ 𝛼
𝑅
𝛼 = 180° − 25° = 155°
- Dessa forma
𝐵

155° Dados suficientes para encontrar 𝑅


𝐴Ԧ
𝑅

Passo 3 Módulo (intensidade)


Para encontrar módulo pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: 1 ângulo, dois valores.
-Lei dos senos: 2 ângulos, um valor.
𝑅2 = 𝐴2 + 𝐵2 − 2𝐴𝐵 cos 155°
𝑅2 = 402 + 602 − 2.40.60. cos 155°
𝑅 = 97,726 𝑁
Passo 4 Sentido (ângulo) 𝐵
𝛾
155° Usando eixo abscissa como referência.
𝐴Ԧ 𝑅
𝛽
𝜎

No início tínhamos:
𝐴Ԧ 𝐴Ԧ

25°
𝐵 A não foi modificado, ângulo permanece. 25° + 20° Ԧ
Logo, 45° é a angulação total de 𝐴.
20° 𝜎 é menor que isso, então: 𝜎 = 45° − 𝛽.
Para encontrar o sentido pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: sem ângulo, três valores.
-Lei dos senos: 1 ângulo, dois valores.
𝐵 𝑅 𝐵 sen 155°
= → 𝛽 = arcsen → 𝛽 = 9,96°
sen 𝛽 sen 155° 𝑅
𝜎 = 45° − 9,96° = 35,0°
Exemplo 2
2. Uma barcaça é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos
rebocadores é uma força de 22250 N dirigida ao longo do eixo da barcaça, determine a força
de tração em cada cabo, para 𝛼 = 45°.
𝐴
𝑇1
𝐵 30°
𝛼
𝑇2
𝐶
Passo 1 Regra do triângulo

-Escolhendo 𝑇2 como vetor inicial.


𝑅

𝑇2 𝑇1
Passo 2 Encontrando ângulos
𝑅

45° Método utilizado quando a linha de referência


𝛽 30° 𝛽 = 45° + 30° − 180° = 105°
45° 30°
está entre os ângulos.

Passo 3 Primeiro vetor


- Encontrando 𝑇1 , qualquer lei pode ser usada.
𝑇1 𝑅 𝑅
= → 𝑇1 = sen 45° → 𝑇1 = 16288,131 𝑁
sen 45° sen 105° sen 105°

Passo 4 Segundo vetor


- Encontrando 𝑇2 , qualquer lei pode ser usada.
𝑇2 𝑅 𝑅
= → 𝑇2 = sen 30° → 𝑇2 = 11517,448 𝑁
sen 30° sen 105° sen 105°
Exercício
1. Duas forças são aplicadas no ponto B da viga AB. Determine a intensidade, a direção e o
sentido da resultante usando o eixo abscissa como referência.
𝐴 𝐵

𝐴Ԧ = 3 𝑘𝑁
𝐵 = 2 𝑘𝑁 40° 60°

Passo 1 Regra do triângulo

-Escolhendo 𝐴Ԧ como vetor inicial.


𝐴Ԧ

𝑅
𝐵
Passo 2 Encontrando ângulos
Considerando ângulo de 90°
30°
𝛽 𝐴Ԧ
60° Sabendo que dentro de um triângulo temos
𝑅 180° encontramos 30° no canto superior esquerdo. 𝛼 = 60° + 40° − 180° = 80°
𝛼 Esse valor mais o ângulo 𝛽 que está ao lado, formam
o ângulo do vetor resultante, então é por isso que
40°
𝛾 encontramos logo esse valor de 30°.
𝐵

Passo 3 Módulo (intensidade)


Para encontrar módulo pelas leis, temos os casos:
-Lei dos cossenos: 1 ângulo, dois valores.
-Lei dos senos: 2 ângulos, um valor.
𝑅2 = 𝐴2 + 𝐵2 − 2𝐴𝐵 cos 80°
𝑅2 = 10,916 𝑘𝑁
𝑅 = 3,304 𝑘𝑁
Passo 4 Sentido (ângulo)

30°
𝛽 𝐴Ԧ
Então temos um 𝜎 = 𝛽 + 30° que é o
𝑅 ângulo do vetor resultante, em relação
80° ao eixo abscissa.

𝛾
𝐵

Para encontrar o sentido pelas leis, temos os casos:


-Lei dos cossenos: sem ângulo, três valores.
-Lei dos senos: 1 ângulo, dois valores.
𝐵 𝑅 𝐵 sen 80°
= → 𝛽 = arcsen → 𝛽 = 36,6°
sen 𝛽 sen 80° 𝑅
𝜎 = 36,6° + 30° = 66,6°
Dia 2 Sumário

FORÇAS NO PLANO – COMPONENTES CARTESIANAS


Componentes Cartesianas
𝑦

𝐹𝑦
𝜃
𝑥
𝐹𝑥

Mesmo que os eixos não estejam na vertical e horizontal o ângulo entre os componentes
sempre serão 90°
Vetor Unitário
𝑦 𝑦
𝐹𝑥 = 𝐹𝑥𝑖
൝ → 𝐹Ԧ = 𝐹𝑥 + 𝐹𝑦
𝐹𝑦 𝐹𝑦 = 𝐹𝑦𝑖
𝑗Ԧ 𝑗Ԧ 𝜃
𝐹𝑥 = 𝐹 cos 𝜃
𝑖Ԧ
𝑥 𝑥 ቊ →𝐹= 𝐹𝑥 2 + 𝐹𝑦 2
𝑖Ԧ 𝐹𝑥 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 𝜃
𝐹𝑦
tan 𝜃 =
𝐹𝑥
Exemplo 1
1. Sabendo que a força F tem intensidade de 600 N, expresse F como um vetor, em termos dos
vetores unitários i e j.

40°
Passo 1 Componentes
𝐹𝑥 = 𝐹 cos 40° = 600 cos 40° = 459,627 𝑁
𝐹𝑦 = −𝐹 sen 40° = −600 sen 40° = −385,673 𝑁
Passo 2 Resultado em vetores unitários
𝐹 = 459,627 𝑖 𝑁 − 385,673 𝑗 𝑁

Aqui já não se pode haver mais cálculos. Estamos em um cálculo vetorial, os termos em i não se
misturam ao j.
Exemplo 2
2. A força F de 1800 N é aplicada à extremidade da viga I. Expresse F como um vetor em termos
dos vetores unitários i e j.

𝑦 𝐹1

𝑧
Passo 1 Força 1

3
arctan = 36,9°
4
3
𝐹𝑥 = 𝐹 sen 36,9° = −1439,432 𝑁
4
𝐹𝑦 = 𝐹 cos 36,9° = −1080,756 𝑁

Passo 2 Resultado em vetores unitários

𝐹 = −1080,756 𝑖 𝑁 − 1439,432 𝑗 𝑁
Adição de forças
𝑅 = 𝑃 + 𝑄 + 𝑆 + ⋯+ 𝑊
𝑅𝑥 = σ 𝐹𝑥 = 𝑃𝑥 + 𝑄𝑥 + 𝑆𝑥 + ⋯ + 𝑊𝑥

𝑅𝑦 = σ 𝐹𝑦 = 𝑃𝑦 + 𝑄𝑦 + 𝑆𝑦 + ⋯ + 𝑊𝑦
Onde
𝑅= 𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2
Exemplo 3
3. Determine as componentes cartesianas em x e y, de cada uma das forças indicadas na figura.

500 𝑁 = 𝐹2
600 𝑁 = 𝐹1

3
4 𝐴 35°
0,1 𝑚

0,2 𝑚
0,3 𝑚
800 𝑁 = 𝐹3
Passo 1 Força 1

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 35° = 491,491 𝑁


35° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 35° = 344,146 𝑁

Passo 2 Força 2
3
arctan = 36,9°
4

3 𝐹𝑥 = 𝐹 cos 36,9° = −399,842 𝑁

4 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 36,9° = 300,210 𝑁


Passo 3 Força 3
0,2
arctan = 26,6°
0,4
0,2 𝐹𝑥 = 𝐹 sen 26,6° = 358,207 𝑁

0,4 𝐹𝑦 = 𝐹 cos 26,6° = −715,323 𝑁


Exemplo 4
4. Calcular a resultante (intensidade, direção e sentido) das quatro forças.

80 𝑁 = 𝐹2

20° 150 𝑁 = 𝐹1

30°

15°

100 𝑁 = 𝐹4

110 𝑁 = 𝐹3
Passo 1 Força 1

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 30° = 129,904 𝑁


30° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 30° = 75 𝑁

Passo 2 Força 2

𝐹𝑥 = 𝐹 sen 20° = −27,361 𝑁


20°
𝐹𝑦 = 𝐹 cos 20° = 75,175 𝑁
Passo 3 Força 3

𝐹𝑥 = 0
𝐹𝑦 = 𝐹 = −110 𝑁

Passo 4 Força 4

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 15° = 96,593 𝑁


15° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 15° = −25,882 𝑁
Passo 5 Resultante
𝑅𝑥 = 199,136 𝑁 | 𝑅𝑦 = 14,293 𝑁
𝑅= 𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2 = 199,647 𝑁
Passo 6 Ângulo

𝑅𝑦 14,293
tan 𝜃 = = = 0,071
𝜃 𝑅𝑥 199,136
𝜃 = 4,1°
Exemplo 5
5. Dois cabos sujeitos a trações conhecidas estão presos ao ponto A. Um terceiro cabo AC, é
usado para sustentação. Determine a tração em AC sabendo que a resultante das três forças
aplicadas em A deve ser vertical.

25° 10°
𝛽 12 𝑘𝑁 = 𝐹2
30 𝑘𝑁 = 𝐹1
𝛼

20 𝑚

𝑇𝐴𝐶

𝐵 15 𝑚 𝐶
Passo 1 Encontrando ângulos
15
𝛼 = arctan = 36,9° → logo → β = 90° − 10° − 𝛼 = 43,1°
20
Passo 2 Força 1

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 25° = −27,189 𝑘𝑁


25° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 25° = −12,679 𝑘𝑁

Passo 3 Força 2

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 10° = 11,818 𝑘𝑁


10°
𝐹𝑦 = 𝐹 sen 10° = −2,084 𝑘𝑁
Passo 4 Força 𝑇𝐴𝐶

𝑇𝐴𝐶 𝑥 = 𝑇𝐴𝐶 sen 36,9°


𝑇𝐴𝐶 𝑦 = 𝑇𝐴𝐶 cos 36,9°
36,9°

Passo 5 Resultante
𝑅𝑥 = −27,189 + 11,818 + 𝑇𝐴𝐶 sen 36,9° = 0
15,371
𝑇𝐴𝐶 sen 36,9° = −15,371 𝑘𝑁 → 𝑇𝐴𝐶 = = 25,600 𝑘𝑁
sen 36,9°
Dia 3 Sumário

EXERCÍCIOS
Exercício 1
1. Para as duas forças indicadas na figura abaixo, determine a resultante das forças e o ângulo α
que a resultante faz com o eixo x positivo.

𝐹1 = 3 𝑘𝑁 𝐹2 = 2 𝑘𝑁

4
3 30°
Passo 1 Força 1
4
arctan = 53,1°
3

3
𝐹𝑥 = 𝐹 sen 53,1° = 1,801 𝑘𝑁
𝐹𝑦 = 𝐹 cos 53,1° = −2,399 𝑁
4

Passo 2 Força 2

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 30° = 1,732 𝑘𝑁


30° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 30° = 1,000 𝑘𝑁

Passo 3 Resultante
𝑅𝑥 = 3,533 𝑘𝑁 | 𝑅𝑦 = −1,399 𝑘𝑁
𝑅 = 𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2 = 3,800 𝑘𝑁
Passo 4 Sentido (ângulo)

𝑅𝑦
tan 𝜃 = = −0,396
𝑅𝑥
𝜃 𝜃 = −21,6°
Exercício 2
2. Três hastes estão fixadas ao suporte em O. Considere que a resultante das forças esteja
verticalmente para baixo e tenha uma amplitude de 6 kN. Determine a intensidade F e a
direção θ.
𝐹
𝐹1 = 5 𝑘𝑁 𝐹2 = 2,5 𝑘𝑁

45° 30°

𝑅 = 6 𝑘𝑁
Passo 1 Força 1

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 45° = 3,536 𝑘𝑁


45°
𝐹𝑦 = 𝐹 sen 45° = −3,536 𝑘𝑁

Passo 2 Força 2

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 30° = 2,165 𝑘𝑁


30°
𝐹𝑦 = 𝐹 sen 30° = 1,250 𝑘𝑁

Passo 3 Resultante
𝑅𝑥 = 5,701 + 𝐹𝑥| 𝑅𝑦 = −2,286 + 𝐹𝑦
𝑅 = 𝑅𝑦 → −6 = −2,286 + 𝐹𝑦 → 𝐹𝑦 = −3,714 𝑘𝑁
Passo 4 Sentido (ângulo)

𝐹𝑥
tan 𝜃 = = 1,535
𝐹𝑦
𝜃 𝜃 = 56,9°

Passo 5 Intensidade de F
𝐹𝑥 = 5,701 = 𝐹 sen 56,9°
5,701
𝐹= = 6,805 𝑘𝑁
sen 56,9°
Exercício 3
3. Determine a resultante e o ângulo que R forma com a horizontal.

𝐹1 = 20 𝑘𝑁

30°

45°

𝐹2 = 8 𝑘𝑁
𝐹3 = 4 𝑘𝑁
Passo 1 Força 1

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 60° = 10,000 𝑘𝑁


60° 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 60° = 17,321 𝑘𝑁

Passo 2 Força 2

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 45° = 5,657 𝑘𝑁


𝐹𝑦 = 𝐹 sen 45° = −5,657 𝑁
45°

Passo 3 Força 3
𝐹3 = 𝐹𝑦 = −4,000 𝑘𝑁
Passo 4 Resultante
𝑅𝑥 = 15,657 𝑘𝑁 | 𝑅𝑦 = 7,664 𝑘𝑁
𝑅= 𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2 = 17,432 𝑘𝑁
Passo 5 Ângulo

𝑅𝑦
tan 𝜃 = = 0,489
𝜃 𝑅𝑥
𝜃 = 26,1°
Exercício 4
4. Deseja-se remover o pino de uma madeira pela aplicação de uma força horizontal. Um
obstáculo impede que esse movimento seja realizado, sendo assim, para retirar o pino será
aplicado uma força de 1,6 kN e P, nas direções indicadas na figura.
Determine:
a) O valor de P para que a resultante esteja localizada ao longo do eixo do pino.
b) A resultante das forças.
𝑃
200 𝑚𝑚
100 𝑚𝑚

150 𝑚𝑚

1,6 𝑘𝑁
Passo 1 Força 1

150
arctan = 36,9°
200
200 𝑚𝑚 𝐹𝑥 = 𝐹 cos 36,9° = 1,279 𝑘𝑁
150 𝑚𝑚 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 36,9° = 0,961 𝑘𝑁

Passo 2 Força P
100 𝑃𝑦 = 𝑃 sen 26,6°
arctan = 26,6°
200 0,961
100 𝑚𝑚
𝑃= = 2,146 𝑘𝑁
𝑅𝑦 = 0,961 + 𝑃𝑦 = 0 sen 26,6°
200 𝑚𝑚 𝑃𝑦 = −0,961 𝑘𝑁 𝑃𝑥 = 𝑃 cos 26,6°
𝑃𝑥 = 1,919 𝑘𝑁
Passo 3 Resultante

𝑅= 𝑅𝑥 2 = 3,198 𝑘𝑁
Exercício 5
5. Para a estrutura mostrada, analise as seguintes situações:
a) Sabendo que a tração no cabo BC é 725 N, determine a resultante das forças sobre o
ponto B.
b) Considere que a resultante do sistema exercida no ponto B seja vertical, determine a
tração no cabo BC e a respectiva resultante.
𝐶

800 𝑚𝑚

𝐵
13
𝐴 840 𝑚𝑚 5 5
4 780 𝑁 = 𝐹1
500 𝑁 = 𝐹2 12
3
Passo 1 Força BC

800
arctan = 43,6°
840
800 𝑚𝑚 𝐹𝑥 = 𝐹 cos 43,6° = −525,025 𝑁
840 𝑚𝑚 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 43,6° = 499,974 𝑁

Passo 2 Força 1

5
arctan = 22,6°
12 𝑚𝑚 12

5 𝑚𝑚 𝐹𝑥 = 𝐹 cos 22,6° = 720,104 𝑁


𝐹𝑦 = 𝐹 sen 22,6° = −299,750 𝑁
Passo 3 Força 2
4
arctan = 53,1°
3
3 𝑚𝑚 𝐹𝑥 = 𝐹 cos 53,1° = −300,210 𝑁

4 𝑚𝑚 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 53,1° = −399,842 𝑁

Passo 4 Resultante

𝑅𝑥 = −105,131 | 𝑅𝑦 = −199,618
𝑅= 𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2 = 225,610 𝑁
Passo 5 Ângulo

𝑅𝑦
tan 𝜃 = = 1,899
𝑅𝑥
𝑅𝑥
𝜃 = 62,2°
𝜃
𝑅𝑦
Passo 6 Tração de BC
- Considerando caso b)

𝐵𝐶𝑥 = 𝐵𝐶 cos 43,6°


800
arctan = 43,6°
840 419,894 𝑁
𝐵𝐶 = = 579,824 𝑁
𝑅𝑥 = 419,894 + 𝐵𝐶𝑥 = 0 cos 43,6°

𝐵𝐶𝑥 = −419,894 𝑁 𝐵𝐶𝑦 = 𝐵𝐶 sen 43,6°


𝐵𝐶𝑦 = 399, 858𝑁

Passo 7 Resultante

𝑅= 𝑅𝑦 2 = 399,858 − 299,750 − 399,842 = −299,734


Dia 4 Sumário

MOMENTO DE FORÇA E BINÁRIO


Momento de Força
𝑂 𝑀 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
𝑀 = Momento de uma força em relação a um ponto específico
𝑀 𝑟Ԧ = Vetor posição do ponto escolhido
𝐹Ԧ = Força aplicada no ponto escolhido

𝐵 𝛼
𝑟

𝑀 = 𝐹. 𝑟 sen 𝛼

𝑀 = 𝐹. 𝑑 𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟
Teorema de Varigon
- O momento de uma força em relação a qualquer ponto é igual à soma dos momentos dos
componentes desta força em relação ao mesmo ponto.

𝑀𝑜 = 𝑅. 𝑑 = −𝑝. 𝑃 + 𝑞. 𝑄
Deve-se adotar o sentido positivo do giro dos
vetores ao ponto especificado
𝑃 𝑞 𝑃
𝑅 𝑅
𝑑
𝐵 𝐵
𝑂 𝑟 𝑄 𝑂 𝑄
𝑝
Exemplo 1
1. Uma força de 800 N é aplicada como ilustrado. Determine o momento da força em relação a
B.
Passo 1 Componentes
+ +

𝑃𝑥 = 𝐹 cos 60° = 400 𝑁


60°
𝑃𝑦 = 𝐹 sen 60° = 692,820 𝑁

Passo 2 Sentido

𝑃𝑦
Melhor movimento até B

𝑃𝑥

Passo 3 Momento em B Resposta positiva, sentido de curva positivo

𝑀𝐵 = 𝑝𝑦. 0,2 + 𝑝𝑥. 0,16 = 692,82 0,2 + 400 0,16 = 202,564 𝑁𝑚

𝑀𝐵 = 202,564 𝑁𝑚
Exemplo 2
2. Uma força de 150 N é aplicada à alavanca de controle AB, como ilustrado. O comprimento da
alavanca é igual a 0,20 m e α = 30°. Determine o momento da força em relação a B
decompondo a força em componentes horizontal e vertical.
𝐴

150 𝑁

65°
Passo 1 Componentes
+ +

𝑃𝑥 = 𝐹 cos 30° = 129,904 𝑁


30°
𝑃𝑦 = 𝐹 sen 30° = 75 𝑁

Passo 2 Sentido

𝑃𝑦
Melhor movimento até B

𝑃𝑥

Passo 3 Distâncias 𝐴 𝑃𝑥 𝑥
𝑦
sin 65° = → 𝑦 = 0,181 𝑚
0,2
𝑃𝑦 0,2 𝑚
𝑦 𝑥
𝐵 cos 65° = → 𝑥 = 0,085 𝑚
65°
0,2
Passo 4 Momento em B
𝑀𝐵 = 𝑝𝑦. 𝑥 − 𝑝𝑥. 𝑦 = 75 0,085 − 129,904 0,181 = −17,138 𝑁𝑚

𝑀𝐵 = 17,138 𝑁𝑚
Binário
- É o momento produzido por forças não colineares, iguais e opostas.

↑𝑑

A influência do momento no ponto se deve a distância entre as forças, a distância da força ao ponto não
influenciará.
𝑀𝑜 = 𝐹. 𝑑
𝑑 𝑑

Ante Horário Horário


Exemplo 1
1. Calcule o momento produzido pelas duas porcas 400 N no ponto A e O.

𝐴 𝑂

200 𝑚𝑚 100 𝑚𝑚 100 𝑚𝑚

400 𝑁
Passo 1 Momento em A
𝑀𝐴 = 400 0,2 + 400 0,2 = 160 𝑁𝑚 + +
𝑀𝐴 = 160 𝑁𝑚
Passo 2 Momento em O

𝑀𝑂 = 400 0,3 + 400 0,1 = 160 𝑁𝑚

𝑀𝐴 = 160 𝑁𝑚

OU
Passo 1 Binário

𝑀𝐴 = 𝑀𝑂 = 400 0,4 = 160 𝑁𝑚


Exemplo 2
2. O elemento estrutural está submetido a um binário composto por 2 forças de 100 N.
Substitua este binário por um binário equivalente no topo do elemento estrutural utilizando
as forças P e –P, cada uma com módulo de 400 N. Determine o ângulo θ apropriado.
𝑀
𝑃
𝜽

40 𝜽
−𝑃
100

100

60

100
Passo 1 Binário
𝑀𝑜 = 𝑀𝐴 + +
−100 0,1 = − 𝑃 cos 𝜃 0,04
−10 = −400 cos 𝜃 0,04
10
cos 𝜃 = → 𝜃 = 51,3°
16
+ +

Exemplo 3
3. Substitua a força atuando no topo da estrutura, por um sistema força binário equivalente em
O.
a)
400 𝑁
Passo 1 Força
𝑅𝑥 = −400 𝑁 | 𝑅𝑦 = 0
Passo 2 Binário
𝑀𝑜 = 400. 𝑦 = −400 0,2 sen 60° = −69,282 𝑁𝑚
𝑂 𝑀𝑜 = 69,282 𝑁𝑚
60°
b)
+ +
75 𝑚𝑚
10 𝑘𝑁
Força
𝑅𝑥 = 0| 𝑅𝑦 = −10 𝑘𝑁
Binário
1𝑚
𝑀𝑜 = −10. 𝑦 = −10 0,075 = −0,75 𝑘𝑁𝑚
𝑀𝑜 = 0,75 𝑘𝑁𝑚

𝑂
Dia 5 Sumário

RESULTANTE DE UM CORPO RÍGIDO


Resultante em um corpo rígido
𝐹1
𝑀1

𝐹2 𝑀1 = 𝐹1 𝑑1
𝑑3
𝑑1
𝑑2 𝑀2 𝐹3 ൞𝑀2 = 𝐹2 𝑑2
𝑀3 𝑀3 = 𝐹3 𝑑3

𝑀0 = ෍ 𝐹𝑖𝑑𝑖 𝑅 = ෍ 𝐹

𝑅 = ෍𝐹
𝑅
𝑅𝑥 = ෍ 𝐹𝑥 𝑑 𝑀0
𝑀0 𝑂 𝑂 𝑑=
𝑅
𝑅𝑦 = ෍ 𝐹𝑦
Exemplo 1
1. Onde atua a resultante das 2 forças da estrutura?

680 𝑁 300 𝑚𝑚 500 𝑚𝑚

660 𝑁
Passo 1 Resultante
+ +
𝑅𝑥 = 0 | 𝑅𝑦 = 𝑅 = ෍ 𝐹𝑦 = −680 + 660 = −20 𝑁

𝑅 = 20 𝑁
Passo 2 Momento em A
Anti-horário horário

𝑀𝐴 = −680 0,8 + 660 0,5 = −214 𝑁. 𝑚 → 214 𝑁. 𝑚

Passo 3 Distância da resultante até o ponto A

𝑀𝐴 = 𝑅. 𝑑 → −214 = −20. 𝑑 → 𝑑 = 10,7 𝑚


Exemplo 2
2. Determine: (a) a resultante das forças e do binário que atuam na placa e (b) a distância
perpendicular da resultante até o ponto O.
𝑦

60 𝑁 2𝑚 5𝑚

50 𝑁
45°
140 𝑁. 𝑚
2𝑚

80 𝑁
2𝑚
𝑂 30°
40 𝑁 𝑥
1𝑚
Passo 1 Resultante
+ +
𝑅𝑥 = ෍ 𝐹𝑥 = 40 − 60 cos 45° + 80 cos 30° = 66,856 𝑁

𝑅𝑦 = 𝑅 = ෍ 𝐹𝑦 = 60 sen 45° + 50 + 80 sen 30° = 132,426 𝑁

𝑅 = 148,345 𝑁
Passo 2 Ângulo (sentido)

𝑅𝑦 148,345 𝑁
𝑅 tan 𝜃 = → 𝜃 = 63,2°
𝑅𝑥
𝜃 63,2°

Passo 3 Momento em A
Anti-horário horário Anti-horário

𝑀𝐴 = − 60 cos 45° 4 + 60 sen 45° 7 + 50 5 − 140 = 237,278 𝑁. 𝑚 → 237,278 𝑁. 𝑚


Passo 4 Distância da resultante até o ponto O

𝑀𝑂 = 𝑅. 𝑑 → 237,278 = 148,345. 𝑑 → 𝑑 = 1,599 𝑚


Exemplo 3
3. Substitua as forças da treliça abaixo por um sistema força binário em O.

20 𝑘𝑁
25 𝑘𝑁

𝑦 5𝑚

𝑂 6𝑚 3𝑚 𝑃
3𝑚
𝑥

30 𝑘𝑁
Passo 1 Resultante
𝑂𝑥 = −25 + 20 sen 30° = −15 𝑘𝑁 + +
𝑂𝑦 = −30 − 20 cos 30° = −47,321 𝑘𝑁
Passo 2 Momento em O
Anti-horário horário horário horário
𝑀𝑂 = −25 5 + 30 9 + 20 sen 30° 5 + 20 cos 30° 9 = 350,885 𝑘𝑁. 𝑚

Passo 3 Sistema de força Binário

𝑀𝑂 = 350,885 𝑘𝑁. 𝑚
15 𝑘𝑁 𝑂

47,321 𝑘𝑁
Exemplo 4
4. Substitua as forças e o momento presentes na estrutura abaixo por um sistema força binário
em A. 2 𝑘𝑁

1,5 𝑚 0,5 𝑚
70°

0,15 𝑚

𝐴
0,15 𝑚

500 𝑁. 𝑚
3

4
1,2 𝑘𝑁
Passo 1 Resultante
3 + +
𝐴𝑥 = 1,2 + 2 cos 70° = 1,644 𝑘𝑁
5
3
𝐴𝑦 = − 1,2 + 2 sen 70° = 1,159 𝑘𝑁
5
Passo 2 Momento em A
horário Anti-horário Momento Anti-horário horário
3 4
𝑀𝐴 = 1,2 1,5 − 1,2 0,15 + 0,5 − 2 sen 70° 2 + 2 cos 70° 0,15 = −2,220 𝑘𝑁. 𝑚
5 5

Passo 3 Sistema de força Binário


𝑀𝑂 = 2,220 𝑘𝑁. 𝑚

1,159 𝑘𝑁

𝐴
1,644 𝑘𝑁
Dia 6 Sumário

SISTEMAS DE FORÇAS NO ESPAÇO


Componentes cartesianas
𝑦

𝐹𝑦
𝜃𝑦 𝑥
𝑂
𝐹 𝐹 2 = 𝐹𝑦2 + 𝐹ℎ2
𝜙
𝐹ℎ
𝑧
𝑦

𝐹𝑦
𝐹𝑥 𝑥
𝐹ℎ2 = 𝐹𝑥2 + 𝐹𝑧2
𝐹ℎ
𝐹𝑧

𝑧
Dessa forma temos algo similar com o que vemos no plano.
𝐹 2 = 𝐹𝑦2 + 𝐹𝑥2 + 𝐹𝑧2

𝐹= 𝐹𝑥2 + 𝐹𝑦2 + 𝐹𝑧2

𝐹𝑥 = 𝐹 cos 𝜃𝑥 𝐹𝑦 = 𝐹 cos 𝜃𝑦 𝐹𝑧 = 𝐹 cos 𝜃𝑧


𝑙𝑜𝑔𝑜

cos 2 𝜃𝑥 + cos 2 𝜃𝑦 + cos 2 𝜃𝑧 = 1


Vetores unitários
𝐹 = 𝐹𝑥 𝑖 + 𝐹𝑦 𝑗 + 𝐹𝑧 𝑘
𝑗
𝑖 𝐹 = 𝐹𝜆
𝑘

Para encontrar a componente dos vetores unitários usamos dois pontos

𝑁 𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 𝑀𝑁 = 𝑑𝑥 𝑖 + 𝑑𝑦 𝑗 + 𝑑𝑧 𝑘

𝑑𝑦 = 𝑦2 − 𝑦1
𝐹 𝑀𝑁 = 𝑑𝑥2 + 𝑑𝑦2 + 𝑑𝑧2

𝜆 𝑑𝑧 = 𝑧2 − 𝑧1 𝑀𝑁
𝜆=
𝑀 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 𝑑𝑥 = 𝑥2 − 𝑥1 𝑀𝑁
Dessa forma temos
𝐹
𝐹 = 𝐹𝜆 = 𝑑 𝑖 + 𝑑𝑦 𝑗 + 𝑑𝑧 𝑘
𝑑 𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
cos 𝜃𝑥 = cos 𝜃𝑦 = cos 𝜃𝑧 =
𝑑 𝑑 𝑑
𝑅𝑥 = ෍ 𝐹𝑥 𝑅𝑦 = ෍ 𝐹𝑦 𝑅𝑧 = ෍ 𝐹𝑧

𝑅= 𝑅𝑥2 + 𝑅𝑦2 + 𝑅𝑧2

Então também temos que


𝑅𝑥 𝑅𝑦 𝑅𝑧
cos 𝜃𝑥 = cos 𝜃𝑦 = cos 𝜃𝑧 =
𝑅 𝑅 𝑅
Exemplo 1
1. Um cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um parafuso em A. A
tração no cabo é 2500 N. Determine (a) as componentes Fx, Fy e Fz da força que atua sobre o
parafuso e (b) os ângulos θx, θy e θz que definem a direção da força.
Passo 1 Localizações
𝐴 40; 0; 30 𝑚 | 𝐵 0; 80; 0 𝑚
Passo 2 Medidas
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = −40𝑖 + 80𝑗 + 30𝐾
𝐴𝐵 = 402 + 802 + 302 = 94,340 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐴𝐵 −40𝑖 + 80𝑗 + 30𝐾
𝜆𝐴𝐵 = =
𝐴𝐵 94,340
−40𝑖 + 80𝑗 + 30𝐾
𝐹𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝜆𝐴𝐵 = 2500 = −1060𝑖 + 2120𝑗 + 795𝐾
94,340
Passo 4 Componentes
𝐹𝑥 = −1060 𝑁
൞ 𝐹𝑦 = 2120 𝑁
𝐹𝑧 = 795 𝑁
Passo 5 Ângulos

𝐹𝑥 1060
cos 𝜃𝑥 = =− → 𝜃𝑥 = 115,1°
𝐹 2500

𝐹𝑦 2120
cos 𝜃𝑦 = = → 𝜃𝑦 = 32,0°
𝐹 2500
𝐹𝑧 795
cos 𝜃𝑧 = = → 𝜃𝑧 = 71,5°
𝐹 2500
Exemplo 2
2. Uma placa de concreto pré-moldado é temporariamente sustentada pelos cabos da figura.
Conhecendo as trações de 4200 N, no cabo AB, e 6000 N, no cabo AC, determine o módulo e
a direção da resultante das forças aplicadas pelos cabos AB e AC na estaca A.
Passo 1 Localizações
𝐴 4,8; 0; −3,3 𝑚 𝐵 0; 2,4; 0 𝑚 𝐶 0; 2,4; −8,1 𝑚
Passo 2 Medidas AB
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = −4,8𝑖 + 2,4𝑗 + 33𝐾
𝐴𝐵 = 4,82 + 2,42 + 332 = 6,300 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐴𝐵 −4,8𝑖 + 2,4𝑗 + 33𝐾
𝜆𝐴𝐵 = =
𝐴𝐵 6,300
−4,8𝑖 + 2,4𝑗 + 33𝐾
𝐹𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝜆𝐴𝐵 = 4200 = −3200𝑖 + 1600𝑗 + 2200𝐾 𝑁
6,300
Passo 4 Medidas AC
𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = −4,8𝑖 + 2,4𝑗 − 4,8𝐾
𝐴𝐶 = 4,82 + 2,42 + 4,82 = 7,200 𝑚
Passo 5 Força Resultante
𝐴𝐶 −4,8𝑖 + 2,4𝑗 − 4,8𝐾
𝜆𝐴𝐶 = =
𝐴𝐶 7,200
−4,8𝑖 + 2,4𝑗 + 33𝐾
𝐹𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 𝜆𝐴𝐶 = 6000 = −4000𝑖 + 2000𝑗 − 4000𝐾 𝑁
7,200
Passo 6 Resultante
𝑅𝑥 = −4000𝑖 − 3200𝑖 = −7200𝑖
𝑅𝑦 = 2000𝑗 + 1600𝑗 = 3600𝑗
𝑅𝑧 = −4000𝑘 + 2200𝑘 = −1800𝑘
Passo 7 Direções e sentidos
𝑅𝑥 7200
cos 𝜃𝑥 = =− → 𝜃𝑥 = 150,8°
𝑅 8248,636
𝑅𝑦 3600
cos 𝜃𝑦 = = → 𝜃𝑦 = 64,1°
𝑅 8248,636
𝑅𝑧 1800
cos 𝜃𝑧 = =− → 𝜃𝑧 = 102,6°
𝑅 8248,636
Exercício 1
1. A força atuante no cabo AB tem valor de 2 kN, como indica a figura. Expresse a força no cabo
em forma vetorial.
𝑧
0,5 𝑚
0,4 𝑚

𝐵 𝑦

2 𝑘𝑁 𝐴

𝑂
0,3 𝑚
𝑥

1,2 𝑚
Passo 1 Localizações
𝐴 1,2; 0; 0,3 𝑚 | 𝐵 0; 0,5; 0,4 𝑚
Passo 2 Medidas
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = −1,2𝑖 + 0,5𝑗 + 0,1𝐾
𝐴𝐵 = 1,22 + 0,52 + 0,12 = 1,304 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐴𝐵 −1,2𝑖 + 0,5𝑗 + 0,1𝐾
𝜆𝐴𝐵 = =
𝐴𝐵 1,304
−1,2𝑖 + 0,5𝑗 + 0,1𝐾
𝐹𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝜆𝐴𝐵 =2 = −1,841𝑖 + 0,767𝑗 + 0,153𝐾 𝑘𝑁
1,304
Exercício 2
2. O tensionador é apertado até que a força trativa no cabo AB valha 2,4 kN. Determine a
expressão vetorial para a força T, como uma força atuando em A.
𝑧

𝐷 𝐴

5𝑚

𝐶 𝑂
1𝑚
𝑥
𝑦
3𝑚 2𝑚
𝐵
Passo 1 Localizações
𝐴 0; 2; 5 𝑚 | 𝐵 2; 3; 0 𝑚
Passo 2 Medidas
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = 2𝑖 + 𝑗 − 5𝐾
𝐴𝐵 = 22 + 12 + 52 = 5,477 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐴𝐵 2𝑖 + 𝑗 − 5𝐾
𝜆𝐴𝐵 = =
𝐴𝐵 5,477
2𝑖 + 𝑗 − 5𝐾
𝐹𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝜆𝐴𝐵 = 2,4 = 0,876𝑖 + 0,438𝑗 − 2,191𝐾 𝑘𝑁
5,477
Dia 7 Sumário

PRODUTO ESCALAR E VETORIAL DE DOIS VETORES


Produto escalar de 2 vetores
𝑃 ∙ 𝑄 = 𝑃𝑄 cos 𝜃

𝛼 𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒çã𝑜
𝑄 𝑛 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜

𝐹𝑛 = 𝐹 ∙ 𝑛
𝐹𝑛 = 𝐹 ∙ 𝑛
𝐹 → 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎𝑙

𝑛 → 𝑉𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒çã𝑜

𝐹 1
𝐹𝑛 = 𝐹𝑥 𝑖 + 𝑑𝑦 𝑗 + 𝑑𝑧 𝑘 ∙ 𝑑𝑥′ 𝑖 + 𝑑𝑦′ 𝑗 + 𝑑𝑧′ 𝑘
𝑑 𝑑
Produto escalar entre os vetores unitários

𝑖∙𝑖 =1 𝑗∙𝑖 =0 𝑘∙𝑖 =0


൞𝑖 ∙ 𝑗 = 0 𝑗 ∙ 𝑗 = 1 𝑘 ∙ 𝑗 = 0
𝑖∙𝑘 =0 𝑗∙𝑘 =0 𝑘∙𝑘 =1
O vetor unitário tem o comportamento do número 1, por isso ele vezes ele mesmo resultará no valor 1.
Mas o seu comportamento é desprezado quando em ambientes diferentes do seu, porque o produto
escalar não trata o espaço e nem movimentação angular, neste caso, somente a projeção, por isso o
produto de vetores unitários diferentes é nulo.
Exemplo 1
1. No dia 6 este exercício foi apresentado:

“O tensionador é apertado até que a força trativa no cabo AB valha 2,4 kN. Determine a expressão
𝑧
vetorial para a força T, como uma força atuando em A.”
𝐷 𝐴
Resultando em: 0,876𝑖 + 0,438𝑗 − 2,191𝐾 𝑘𝑁

Qual a intensidade da projeção de T ao longo da linha AC?


5𝑚

𝐶 𝑂
1𝑚
𝑥
𝑦
3𝑚 2𝑚
𝐵
Passo 1 Localizações
𝐴 0; 2; 5 𝑚 | 𝐵 2; 0; 0 𝑚
Passo 2 Medidas
𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴 = 2𝑖 − 2𝑗 − 5𝐾
𝐴𝐵 = 22 + 22 + 52 = 5,745 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐴𝐵 2𝑖 − 2𝑗 − 5𝐾
𝑛𝐴𝐶 = =
𝐴𝐵 5,745
2𝑖 − 2𝑗 − 5𝐾
𝑇𝐴𝐶 = 𝐹𝐴𝐵 𝑛𝐴𝐶 = 0,876𝑖 + 0,438𝑗 − 2,191𝐾 ∙
5,745
1
0,876.2 𝑖 2 − 0,438.2 𝑗 2 + 2,191.5 𝐾 2
5,745
1
1,752 − 0,876 + 10,955 = 2,059 𝑘𝑁
5,745
Produto vetorial
𝑉 = 𝑃𝑄 sen 𝜃

Regra da mão direita

𝑃
𝑉 =𝑃×𝑄

𝑃 𝑄

𝜃
𝑄
𝑉 =𝑄×𝑃
Vetor unitário
Temos que diferente do produto escalar o produto vetorial importa sentido e também trabalha com o espacial. Dessa forma
os vetores unitários irão se relacionar entre si para formar o vetor resultante perpendicular V mostrado no início do assunto. Por isso o
produto vetorial entre dois vetores unitário iguais é nulo, porque por definição dois vetores distintos forma um vetor resultante
perpendicular à esses dois. Isso não pode acontecer se for no mesmo vetor.
𝑦 𝑦

Horário negativo
𝑗 𝑗 × 𝑖 = −𝑘
𝑗
𝑖
𝑘 𝑖
𝑖റ 𝑗റ
𝑥 𝑥
𝑖×𝑗 =𝑘
Anti-horário positivo
𝑧 𝑧

𝑖×𝑖 =0 𝑗 × 𝑖 = −𝐾 𝐾×𝑖 =𝑗
ቐ 𝑖×𝑗 =𝐾 𝑗×𝑗 =0 𝐾 × 𝑗 = −𝑖
𝑖 × 𝐾 = −𝑗 𝑗×𝐾 =𝑖 𝐾×𝐾 =0
Desenvolvimento de produto Vetorial
𝑉 =𝑃×𝑄

𝑉 = 𝑃𝑥 𝑖 + 𝑃𝑦 𝑗 + 𝑃𝑧 𝑘 × 𝑄𝑥 𝑖 + 𝑄𝑦 𝑗 + 𝑄𝑧 𝑘

𝑖 𝑗 𝐾
𝑉 = 𝑃𝑥 𝑃𝑦 𝑃𝑧
𝑄𝑥 𝑄𝑦 𝑄𝑧
Momento em relação ao ponto
𝑀𝑂 𝑀 = 𝐹. 𝑑 → 𝑀𝑂 = 𝑅. 𝐹Ԧ → 𝑀 = 𝑅. 𝐹 sen 𝜃

𝐹
𝐴 𝑦
𝑂 𝑟Ԧ 𝜃 𝑀𝑂 = 𝑀𝑥 𝑖 + 𝑀𝑦 𝑗 + 𝑀𝑧 𝐾
𝑑 𝐹𝑦 𝑗
𝑦𝑗
𝐴 𝑥, 𝑦, 𝑧

𝑀𝑥 = 𝑦𝐹𝑧 − 𝑧𝐹𝑦 𝐹𝑥 𝑖
𝑖 𝑗 𝐾 Na origem 𝑥𝑖 𝑥
𝑀𝑂 = 𝑥 𝑦 𝑧 → ൞ 𝑀𝑦 = 𝑧𝐹𝑥 − 𝑥𝐹𝑧 𝑂
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 𝑀𝑧 = 𝑥𝐹𝑦 − 𝑦𝐹𝑥
𝑧𝑖 𝐹𝑧 𝐾
𝑖 𝑗 𝐾 ∆𝑥 = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 𝑖
𝑀𝐵 = ∆𝑥 ∆𝑦 ∆𝑧 → ൞ ∆𝑦 = 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 𝑗 Ponto qualquer
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 𝑧
∆𝑧 = 𝑧𝐴 − 𝑧𝐵 𝐾
Exemplo 1
1. Uma placa retangular é sustentada por
suportes em A e em B e por um fio CD.
Sabendo que a tração no cabo é de 200 N,
determinar o momento da força exercida
pelo fio na placa, em relação ao ponto A.
Passo 1 Localizações
𝐴 0; 0; 0,32 𝑚 𝐵 0,3; 0; 0,4 𝑚 𝐶 0; 0,24; 0,08 𝑚
Passo 2 Medidas
𝑀𝐴 = 𝑅𝐶/𝐴 × 𝐹𝐶𝐷
𝑅𝐶/𝐴 = 𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = 0,3𝑖 + 0𝑗 + 0,08𝐾
𝐶𝐷 = 𝐷 − 𝐶 = −0,3𝑖 + 0,24𝑗 − 0,32𝐾 → 𝐶𝐷 = 0,32 + 0,242 + 0,322 = 0,50 𝑚
Passo 3 Força Resultante
𝐶𝐷 0,3𝑖 + 0𝑗 + 0,08𝐾
𝜆𝐶𝐷 = =
𝐶𝐷 0,50
0,3𝑖 + 0𝑗 + 0,08𝐾
𝐹𝐶𝐷 = 𝑇𝐶𝐷 𝜆𝐶𝐷 = 200 = −120𝑖 + 96𝑗 − 128𝐾 𝑁
0,50
Passo 4 Momento
𝑖 𝑗 𝐾 𝑖 𝑗 𝐾
𝑀𝐴 = 𝐴𝐶𝑥 𝐴𝐶𝑦 𝐴𝐶𝑧 = 0,3 0 0,08
𝐹𝐶𝐷 𝑥 𝐹𝐶𝐷 𝑦 𝐹𝐶𝐷 𝑧 −120 96 −128
𝑀𝐴 = 0𝑖 − 9,6𝑗 + 28,8𝐾 − 0𝐾 + 7,68𝑖 − 38,4𝑗 = −7,68𝑖 + 28,8𝑗 + 28,8𝐾 𝑁. 𝑚
Exemplo 2
2. Uma laje de fundação apoia 4 pilares, como é mostrado na figura. Determine a intensidade e
o ponto de aplicação da resultante das 4 cargas.
𝑦
54 𝑘𝑁
180 𝑘𝑁

36 𝑘𝑁 𝐶 𝑥
𝑂

90 𝑘𝑁 1,5 𝑚

1,5 𝑚
𝐴

𝑧
𝐵
1,2 𝑚 1,8 𝑚
Passo 1 Momento
r (m) F (kN) M = F.r (kN.m)
0 -180j 0
3i -54j -162K
3i + 1,5K -36j -108K – 54(-i) = -108K +54i
1,2i + 3k -90j -108(-K) + 270(-i) = -108K + 270i
∑ -360j 324i - 378k
Resultante

Passo 2 Ponto de aplicação


324𝑖 − 378𝑘 = 𝑥𝑖 + 𝑧𝑘 ∙ −360𝑗 = −360𝑥 𝐾 + −360𝑧 −𝑖
324𝑖 = 360𝑧 𝑖 → 𝑧 = 0,9 𝑚
−378𝐾 = −360𝑥 𝐾 → 𝑥 = 1,05 𝑚
Exemplo 3
3. Uma força de 200 N é aplicada ao suporte ABC, como ilustrado. Determine o momento da
força em relação a A.
Passo 1 Localizações
𝐴 0; −0,05; 0 𝑚 | 𝐶 0,06; 0,025; 0 𝑚
Passo 2 Medidas
𝑀𝐴 = 𝑅𝐶/𝐴 × 𝐹𝐶𝐷
𝑅𝐶/𝐴 = 𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴 = 0,06𝑖 + 0,075𝑗 + 0𝐾
Passo 3 Força Resultante
𝐹Ԧ = −200 cos 30° 𝑗 + 200 cos 60° 𝐾 = −173,205𝑗 + 100𝐾
Passo 4 Momento
𝑖 𝑗 𝐾 𝑖 𝑗 𝐾
𝑀𝐴 = 𝐴𝐶𝑥 𝐴𝐶𝑦 𝐴𝐶𝑧 = 0,06 0,075 0
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 0 −173,205 100
𝑀𝐴 = 7,5𝑖 + 0𝑗 − 10,392𝐾 − 0𝐾 + 0𝑖 − 0𝑗 = 7,5𝑖 − 6𝑗 − 10,392𝐾 𝑁. 𝑚
Dia 8 Sumário

EQUILÍBRIO DOS CORPOS – PLANO


Condição de equilíbrio
Forças externas levam a sistemas força-binário que podem levar ao equilíbrio:

84 𝑁𝑚 84 𝑁𝑚

400 𝑁
400 𝑁 400 𝑁

𝑂
𝑂 𝑂
60° 60° 60°

400 𝑁
Forças Externas Sistema Força Binário Equilíbrio
84 𝑁𝑚
Equilíbrio de um corpo
σ𝐹 = 0
Condição necessária e suficiente: ቊ . Suas componentes também serão zero.
σ 𝑀𝑂 = 0
Um corpo tem 6 graus de liberdade no espaço e 3 graus no plano:

𝑦 3 graus pertencem ao sentido: 2 graus pertencem ao sentido:


𝑦
• 1° em x; • 1° em x;
• 1° em y; • 1° em y;
• 1° em z. Mais 1 grau pertence ao momento:
Mais 3 graus pertencem ao momento: • Momento em x e y.
𝑥 • Momento em x e y ou z; Os movimentos de direita e esquerda,
𝑥
• Momento em y e x ou z; horário e anti-horário estão subtendidos.
• Momento em z e x ou y.
𝑧 (não existe momento em um único eixo)
Os movimentos de direita e esquerda, horário
e anti-horário estão subtendidos.
Reações em apoios e conexões
Apoio de 1° Gênero
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular ao apoio.
𝐴 ◦ Temos 1 grau de liberdade impedido (perpendicular):
◦ Uma única reação;
◦ Livre para rotacionar;
◦ Momento igual a zero.
𝑉𝐴

Exemplo: A estrutura pode se mover para um lado e para o outro, pois não há reação
para os lados, somente na perpendicular que nesse caso é a vertical.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 1° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴 que irá
cancelar qualquer força que vier contra.
A estrutura pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela é
livre para rotacionar.
A estrutura pode ter movimento de torque, pois o apoio de 1° gênero tem
momento igual a zero, ou seja, não haverá reação.
Reações em apoios e conexões
Apoio de 2° Gênero
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular e outra 𝐻𝐴 paralela ao apoio.
𝐻𝐴 ◦ Temos 2 graus de liberdade impedido (perpendicular e paralelo):
𝐴
◦ Duas reações simultâneas;
◦ Livre para rotacionar;
◦ Momento igual a zero.
𝑉𝐴

Exemplo: A estrutura não pode se mover para um lado e para o outro, pois há uma
reação de força 𝐻𝐴 paralela ao apoio que nesse caso é horizontal.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 2° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴 .
A estrutura pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela é
livre para rotacionar.
A estrutura pode ter movimento de torque, pois o apoio de 2° gênero tem
momento igual a zero, ou seja, não haverá reação.
Reações em apoios e conexões
Apoio de 3° Gênero (Engaste)
◦ Cria uma reação de força 𝑉𝐴 perpendicular, 𝐻𝐴 paralela e um momento 𝑀𝐴 ao apoio.
𝐻𝐴 ◦ Temos 3 graus de liberdade impedido (perpendicular, paralelo e momento):
𝐴
◦ Três reações simultâneas;
◦ Não está livre para rotacionar;
◦ Momento diferente de zero.
𝑉𝐴

𝑀𝐴
A estrutura não pode se mover para um lado e para o outro, pois há uma
Exemplo: reação de força 𝐻𝐴 paralela ao apoio que nesse caso é horizontal.
A estrutura não pode se mover nem para baixo e nem para cima na vertical,
porque está impedida pelo apoio de 2° gênero que aplica uma força 𝑉𝐴 .
A estrutura não pode se entortar fazendo um movimento de rotação, pois ela
não é livre para rotacionar.
A estrutura não pode ter movimento de torque, pois o apoio de 3° gênero tem
momento diferente de zero, ou seja, haverá uma reação contra a qualquer
momento ou rotação que a estrutura tentar fazer.
Diagrama de corpo livre
1. Identificar todas as forças que atuam no corpo;
2. Destaca-se o corpo do solo e dos demais campos que estão envolvidos no sistema;
3. Indicamos o ponto de aplicação, intensidade, direção e sentido das forças externas, incluindo
o peso do corpo rígido;
4. Indicamos o ponto de aplicação, intensidade, direção das forças desconhecidas (reações);
5. Incluímos as dimensões necessárias ao calculo dos momentos das forças.
Exemplo
1. Calcular as reações de apoio.
10 kN 100 kN

A D

B C
2m 3m 4m
Passo 1 Diagrama de corpo livre
10 kN 100 kN

A D

B C
H𝐴
2m 3m 4m

V𝐴 V𝐷

Passo 2 Equações de equilíbrio Escolha e equação que


não te deixará encurralado
com o número de incógnitas.
I. σ 𝐹𝐻 = 0 → −𝐻𝐴 = 0 → 𝐻𝐴 = 0
520 Olhe sempre para o número
II. σ 𝑀𝐴 = 0 → 10 2,0 + 100 5,0 − 𝑉𝐷 9,0 = 0 → 𝑉𝐷 = 9
= 57,778 𝑘𝑁
de forças alocadas na
470 equação que você quer usar.
III. σ 𝑀𝐷 = 0 → 𝑉𝐴 9,0 − 10 7,0 − 100 4,0 = 0 → 𝑉𝐴 = 9
= 52,222 𝑘𝑁
Se tiver duas forças
desconhecidas na mesma
Passo 3 Verificando equação não a use.

෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷 − 10 − 100 = 0
Dia 9 Sumário

GRAU DE ESTATICIDADE
Grau de estaticidade
Vamos considerar como “X” o número de incógnitas presente numa estrutura. Como identificar
as incógnitas? Pelos apoios.
Como estudado antes cada apoio tem um tipo de reação, dessa forma temos que um apoio de
1° gênero tem somente uma incógnita, o de 2° gênero tem duas e o de 3° gênero tem três
incógnitas. A presença de dois ou mais apoios numa estrutura leva a soma das incógnitas.
Também temos que considerar “E” como o número de equações de equilíbrio. Quais são as
equações? Elas são determinadas primeiro pelo sistema de análise adotado, ou seja, planar ou
espacial e segundo por alguns artifícios que serão apresentados em seguida.
Por definição temos três equações no plano, elas são: Somatório das forças em x, somatório das
forças em y e o somatório dos momentos. Essas equações já foram citadas na aula anterior.
Grau de estaticidade
Tendo como base o que foi falado agora a pouco, temos três tipos de estruturas na análise de
estaticidade: Isoestática, hipoestática e hiperestática.

Temos três incógnitas dos dois apoios e três equações planares:


X = 3 e E = 3.
Temos uma estrutura isoestática, pois X = E.
Isso significa que todas as forças estão em equilíbrio, ou seja, a
estrutura não irá se mover a menos que um mecanismo seja
H𝐴 trabalhado para isso.
O grau de estaticidade de uma estrutura é a diferença do
V𝐴 V𝐵 número de incógnitas pelo número de equações. Dessa forma:
3 – 3 = 0.
O grau de estaticidade zero classifica uma estrutura isoestática.
Grau de estaticidade
Temos duas incógnitas dos dois apoios e três equações planares:
X = 2 e E = 3.
Temos uma estrutura hipoestática, pois X < E.
Isso significa que as forças aplicadas sobre esta estrutura farão com
que aja um movimento, ou seja, sem a necessidade de qualquer
mecanismo a estrutura se move.
Seu grau de estaticidade é:
V𝐴 V𝐵 2 – 3 = -1.
O grau de estaticidade -1 classifica uma estrutura hipoestática.

Temos quatro incógnitas dos dois apoios e três equações planares:


X = 4 e E = 3.
Temos uma estrutura hiperestática, pois X > E.
Isso significa que a estrutura está em equilíbrio com as suas forças e
tem a habilidade de repelir qualquer mecanismo que a faça mover.
H𝐴 H𝐵 Seu grau de estaticidade é:
4 – 3 = 1.
V𝐴 V𝐵 O grau de estaticidade 1 classifica uma estrutura hiperestática.
Rótula
Uma rótula é representada por um círculo em meio a estrutura. Ela tem a habilidade de
adicionar equações a uma estrutura. Onde há rótula o momento é igual a zero, dessa forma
temos a possibilidade de desmembrar uma estrutura para uma análise de momentos.
Na análise do grau estaticidade a rótula adiciona mais equações
Rótula
para serem consideradas. A quantidade de equações que a
rótula adiciona é o número de linhas que chegam até ela menos
1. Veja pequenos exemplos abaixo:

Uma equação extra Duas equações extras


Exemplo: Rótula
Qual o grau de estaticidade da estrutura abaixo?
Número de incógnitas:
X=2+3+3=8
Número de equações:
E = 3 + (2-1) + (3-1) = 6
Logo:
H𝐴 H𝐵 M𝐵 H𝐶 M𝐶 8–6=2
X > E (hiperestática)
V𝐴 V𝐵 V𝐶
Reação estaticamente indeterminada
Aprendemos que quando o número de incógnitas é igual ao número de equações temos uma
estrutura isoestática. Essa condição é necessária mas não o suficiente, ou seja, nem sempre X =
E será uma estrutura isoestática.
Se a estrutura se movimentar mesmo estando em X = E ela não é isoestática e sim
estaticamente indeterminada.
Exemplo:
Número de incógnitas: Mas o que garante que essa estrutura é
X=3 isoestática?
Número de equações: Veja que como todos os apoios são de primeiro
E=3 grau temos somente forças verticais, se uma força
Logo: horizontal for aplicada toda a estrutura irá se
3–3=0 mover e isso não é característica de uma
X=E isoestática. Logo temos uma reação esteticamente
V𝐴 V𝐵 V𝐶 indeterminada.
Carregamentos
Assim como temos a representação de forças através de uma única seta, que é a força
concentrada, e através de curvas, que são os momentos, temos também o carregamento que é
a distribuição de uma força sobre um comprimento.
O carregamento pode se comportar de três formas diferentes: uniforme, triangular e
trapezoidal. O nosso objetivo será transformar essa distribuição de forças sobre um
comprimento em uma força resultante.

Uniforme Triangular Trapezoidal


Carregamento uniforme
Para transformarmos um carregamento uniforme em uma única força resultante temos que
relacionar o carregamento com o seu comprimento, como se fôssemos encontrar a área, ou
seja, relacionamos base vezes altura (consideramos o carregamento como se fosse uma
“altura”).
𝑋. 𝑌 𝑁
𝑋 𝑁/𝑚

𝑌
𝑚
𝑌𝑚 2

A resultante irá se posicionar na metade do comprimento do carregamento.


Carregamento triangular
Irá seguir o mesmo pensamento que o uniforme, só que dessa vez estamos trabalhando com um
triangulo então a resultante será calculado por base vezes altura dividido por 2. Dessa vez a
posição da resultante será a 1/3 do lado maior do triangulo.

𝑋 𝑁/𝑚 𝑋. 𝑌
𝑁
2

𝑌𝑚 𝑌
𝑚
3
Carregamento trapezoidal
Temos aqui a junção dos dois carregamentos vistos anteriormente. Aqui vamos fazer a distinção
das duas resultantes, uma resultante vinda o carregamento uniforme e outra resultante vinda do
carregamento triangular. Um carregamento trapezoidal vem com a informação de duas forças,
uma na ponta maior e outra na ponta menor, a força da ponta menor é a força que representa o
carregamento uniforme e a força da ponta maior menos o da ponta menor representa o
carregamento triangular. Daí para frente se calcula as resultantes como ensinado anteriormente.

𝑋 ′ 𝑁/𝑚 𝑋 ′′ . 𝑌 𝑁 𝑋 ′ − 𝑋 ′′ . 𝑌
𝑋 ′′ 𝑁/𝑚 𝑁
2

𝑌 𝑌
𝑌𝑚 𝑚 𝑚
2 3
Componentes
Quando temos o caso de encontrarmos carregamentos inclinados ao encontrar as suas
resultantes elas serão inclinadas assim como os carregamentos, dessa forma nós devemos
desmembrar essa resultante em componentes, assim poderemos usar medidas de cotagem
exatas.
Quando temos uma carregamento inclinado encontramos a sua resultante e usamos as medidas
de cotagem para encontrar um ângulo que nos permita a desmembração. Por exemplo:

𝐹/𝑚
𝐹 𝐹 sen 𝛼
𝛼 𝛽
𝑐𝑜 𝑥
tan 𝛼 = = 𝛼
𝑐𝑎 𝑦
𝐹 cos 𝛼
𝛽 𝑥
𝛼
𝑦
Sinais em cálculos de reações
Quando montamos o diagrama de corpo livre temos que identificar as forças vindas dos apoios.
Dessa forma temos que optar pela posição da força, se é para cima ou baixo, esquerda ou
direita.
Após a montagem do diagrama deve ser feito os cálculos para encontrarmos as reações, nesse
momento deve ser escolhido os sentidos que darão o sinal positivo ou negativo para os eixos x e
y e o momento. Após os cálculos se o resultado da reação encontrada for um valor negativo isso
significa que a direção adotada por você está errada, se o resultado der positivo isso significa
que a direção está correta. O fato do resultado dar negativo ou positivo independe da sua
escolha dos sentidos positivos e negativos para os eixos e momento, ou seja, não se preocupe
com a escolha dos sentidos positivos dos eixos, escolha qualquer um à sua vontade.
Caso a direção adotada por você esteja errada, não mude o diagrama de corpo livre, no final das
questões deverá ser feita uma “conclusão” que será a mudança das reações para as suas
posições corretas.
Verificação
Após o término de uma questão podemos verificar os resultados encontrados usando um
somatório dos momentos igual a zero. Esse somatório deve conter todos os momentos
existentes na estrutura, sem exceção.
Para isso ser feito devemos escolher um ponto qualquer na estrutura que nos possibilite de
montar esse somatório. Esse ponto não pode ser um ponto em que uma força está sendo
aplicada, porque o momento dessa força será igual a zero. A escolha é livre desde que use a
cotagem para identificar a posição exata do ponto escolhido.
Exemplo 1
Verificar a estaticidade da estrutura e calcular as reações de apoio.
10 𝑘𝑁/𝑚

𝐶 𝐷
2𝑚
20 𝑘𝑁
4𝑚 𝐸
2𝑚
𝐴 𝐵

6𝑚
Passo 1 Diagrama de corpo livre
𝑘𝑁
- Carregamento: 10 .6 𝑚 = 60 𝑘𝑁, na posição 3 m.
𝑚

60 𝑘𝑁

𝐶 𝐷
2𝑚
20 𝑘𝑁
4𝑚 𝐸
2𝑚
𝐴 𝐵
H𝐴
V𝐴 V𝐵

6𝑚
Passo 2 Estaticidade

Número de incógnitas:
X = 3.
Número de equações:
E = 3.
Logo:
3 – 3 = 0 (isoestática).
Passo 3 Reações + +
Veja que na vertical temos somente o 𝐻𝐴 como incógnita, então vamos usar σ 𝐹𝐻 :

෍ 𝐹𝐻 = 0 → 𝐻𝐴 − 20 = 0 → 𝐻𝐴 = 20 𝑘𝑁

Veja que não podemos usar σ 𝐹𝑉 ainda porque temos duas incógnitas, dessa forma podemos optar por usar tanto o
σ 𝑀𝐴 quanto σ 𝑀𝐵 , aqui vamos usar σ 𝑀𝐴 :

෍ 𝑀𝐴 = 0 → 60 3 − 20 2 − 𝑉𝐵 6 = 0 → 𝑉𝐵 = 23,333 𝑘𝑁
Agora que temos 𝐻𝐴 e 𝑉𝐵 podemos usar σ 𝐹𝑉 para encontra a última incógnita da questão:

෍ 𝑉𝐵 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 60 = 0 → 𝑉𝐴 = 36,667 𝑘𝑁

Passo 4 Verificação 𝐶 𝑭 𝐷

-Vamos escolher um ponto F na posição apresentada ao lado: 𝐸


1𝑚
Com isso temos a verificação abaixo:
𝐴
𝐵
෍ 𝑀𝐹 = 0 → 36,667 1 − 20 4 + 60 2 + 20 2 − 23,333 5 = 0,002 ≅ 0

-A verificação nos mostra que estamos certos.


Passo 5 Conclusão
10 𝑘𝑁/𝑚

𝐶 𝐷
20 𝑘𝑁
𝐸
20 𝑘𝑁
𝐴 𝐵
36,667 𝑘𝑁 23,333 𝑘𝑁
Exemplo 2
Verificar a estaticidade da estrutura e calcular as reações de apoio.
50 𝑘𝑁/𝑚
20 𝑘𝑁/𝑚
𝐷
3𝑚

𝐶 𝐸

4𝑚

𝐴 𝐵

4𝑚 4𝑚
Passo 1 Componentes

-Carregamento de 20 kN/m:
5𝑚
3𝑚 32 + 42 = 5 3𝑚
20 𝑘𝑁/𝑚 . 5 𝑚 = 100 𝑘𝑁

4𝑚 4𝑚

𝛼 𝛽

100 sen 𝛼 = 60,042 𝑘𝑁


𝛽 3
3𝑚 tan 𝛼 = → 𝛼 = 36,9° 𝛼
𝛼 4
100 cos 𝛼 = 79,968 𝑘𝑁
4𝑚
-Carregamento de 20 kN/m:

5𝑚
3𝑚 32 + 42 = 5 3𝑚 50 𝑘𝑁/𝑚 . 5 𝑚 = 250 𝑘𝑁

4𝑚 4𝑚

𝛼 𝛽
250 sen 𝛼 = 150,105 𝑘𝑁
3
3𝑚 𝛽 tan 𝛼 = → 𝛼 = 36,9° 𝛼
𝛼 4
250 cos 𝛼 = 199,921 𝑘𝑁
4𝑚
Passo 2 Diagrama de corpo livre

79,968 𝑘𝑁 199,921 𝑘𝑁

𝐷 0,5 𝑚
60,042 𝑘𝑁 150,105 𝑘𝑁

𝐶 𝐸
2𝑚 4𝑚 2𝑚
5,5 𝑚

𝐴 𝐵 𝐻𝐵

𝑉𝐴 𝑉𝐵

8𝑚
Passo 3 Reações de apoio

෍ 𝐹𝐻 = 0 → 60,042 − 150,105 − 𝐻𝐵 = 0 → 𝐻𝐵 = −90,063 𝑘𝑁

Valor negativo. Significa que o sentido adotado no diagrama de corpo livre é equivocado.
෍ 𝑀𝐵 = 0 → 𝑉𝐴 8 + 60,042 5,5 − 79,968 6 − 199,921 2 − 150,105 5,5 = 0

𝑉𝐴 = 171,875 𝑘𝑁
෍ 𝐹𝑉 = 0 → −𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 + 79,968 + 199,921 = 0 → 𝑉𝐵 = 108,014 𝑘𝑁
𝑫

𝐶 𝐸
Passo 4 Verificação
෍ 𝑀𝐷 = 0 4𝑚
𝐴 𝐵

171,875 4 − 60,042 1,5 − 79,968 2 + 199,921 2 + 150,105 1,5


− 90,063 7 − 108,014 4 = 0,0035 ≅ 0
Passo 5 Conclusão

50 𝑘𝑁/𝑚
20 𝑘𝑁/𝑚
𝐷

𝐶 𝐸

𝐴 90,063 𝑘𝑁 𝐵

171,815 𝑘𝑁 108,014 𝑘𝑁
Dia 10 Sumário

ANÁLISE ESTRUTURAL
Esforços Solicitantes Internos (ESI)
Ao analisar uma estrutura, desta vez não há somente pontos ou uma reta, mas sim uma ligação entre
pontos e retas que são na realidade materiais, e esses materiais possuem esforços internos, ou seja, não
somente as forças externas deve ser consideradas mas as forças exercidas entre os materiais. Esses esforços
são:
Esforço Normal (N):
Proporciona tração ou compressão. É a soma algébrica dos componentes na direção normal à seção de cada
uma das forças atuantes de um dos lados nesta seção.
Esforço Cortante (Q):
Proporciona cisalhamento. É a soma algébrica das componentes na direção perpendicular ao eixo da
estrutura de cada uma das forças atuantes de um dos lados da seção.
Momento Fletor (M):
Proporciona flexão. É a soma algébrica dos momentos atuantes de um dos lados da sessão.
Esforços Solicitantes Internos (ESI)
Esforço Normal (N):
Tração Compressão
+ -

Esforço Cortante (Q):

+ -

Momento Fletor (M):

+ -
Diagramas
Os esforços solicitantes variam dependendo da posição X da seção do elemento, ou seja, esses
esforços variam em função de X. As variações desses esforços ao longo da estrutura são
representados graficamente por meio de diagramas. Por exemplo:
Diagrama Esforços Normais
Força Normal 𝐴𝐶 = 0
50 𝑘𝑁 𝐴 𝐵 Força Normal 𝐶𝐵 = 0
𝐻𝐴 = 0 𝐴 𝐵 𝐶 Não há forças horizontais.
𝐶 Diagrama Esforços Cortantes
2𝑚 3𝑚
30
𝑉𝐴 = 30 𝑘𝑁 𝑉𝐵 = 20 𝑘𝑁 𝐴 𝐵 Força Cortante 𝐴𝐶 = 30
𝐶 Força Cortante 𝐶𝐵 = −20
20

Diagrama Momento Fletor


𝐴 𝐶 𝐵 Momento Fletor 𝐴𝐶 = 60
Momento Fletor 𝐶𝐵 = 60

60
Treliças Isoestáticas
São estruturas compostas por barras interligadas por nós articulados (rótulas) e todos os seus
carregamentos devem estar em cima das rótulas.

Nomenclatura

Montante
Banzo inferior
Esforços Normais
Métodos dos Nós
O método dos nós consiste na análise da cada nó isolado através das seguintes equações de equilíbrio:
෍ 𝐹𝐻 = 0

෍ 𝐹𝑉 = 0
𝐺

Compressão no nó → Compressão nas barras


𝐹 𝐻
𝐹𝐵𝐹 𝐹𝐹𝐵

𝐴 𝐸
𝐹𝐵𝐴 𝐹𝐵𝐶 𝐹𝐴𝐵 𝐹𝐶𝐵
𝐵 𝐶 𝐷 𝐵 𝐵

Tração no nó →Tração nas barras

Numericamente iguais, sentidos opostos


Método dos Nós
Assim como nas reações de apoio, no método dos nós escolhe-se o sentido dos esforços internos,
podendo ser tração (contra o nó) ou compressão (em direção ao nó).
Os resultados dos cálculos dirão a veracidade dos sentidos escolhidos, se o resultado for negativo
o sentido adotado não condiz com a realidade, então seu sentido será trocado no diagrama final.
Os cálculos não devem ser mudados por causa de um resultado negativo, simplesmente se segue
os cálculos e os resultados negativos serão substituídos na equação.
Exemplo 1
Determinar os esforços normais da treliça, através do método dos nós.

200 𝑘𝑁 500 𝑘𝑁

𝐶 𝐷
100 𝑘𝑁

5𝑚

𝐴 𝐵

7𝑚
Passo 1 Diagrama de corpo livre
200 𝑘𝑁 500 𝑘𝑁

𝐶 𝐹𝐶𝐷 𝐹𝐷𝐶 𝐷
100 𝑘𝑁

𝐹𝐶𝐴 𝛼
𝐹𝐷𝐴 𝐹𝐷𝐵

5𝑚
𝐻𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 = 52 + 72 = 8,602 𝑚
𝐹𝐴𝐶 𝐹𝐵𝐷
5 7 𝐹𝐴𝐷 𝛼
sen 𝛼 = cos 𝛼 =
8,602 8,602 𝐴 𝐵
𝐹𝐴𝐵 𝐹𝐵𝐴
𝐻𝐵
𝑉𝐴 𝑉𝐵

7𝑚

Passo 2 Reações de apoio (somente forças externas) + +


෍ 𝐹𝐻 = 0 → 100 − 𝐻𝐵 = 0 → 𝐻𝐵 = 100 𝑘𝑁
෍ 𝑀𝐵 = 0 → 𝑉𝐴 7 + 100 5 − 200 7 = 0 → 𝑉𝐴 = 128,571 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 200 − 500 = 0 → 𝑉𝐵 = 571,429 𝑘𝑁

Passo 3 Método dos nós + +


𝑁ó 𝐶 𝑁ó 𝐵 𝑁ó 𝐴
200 𝑘𝑁 𝐹𝐵𝐷 𝐹𝐴𝐶
𝐹𝐴𝐷

100 𝑘𝑁 𝐹𝐶𝐵 𝐹𝐵𝐴 𝐻𝐵 𝐹𝐴𝐵

𝐹𝐶𝐴 𝑉𝐵 𝑉𝐴

෍ 𝐹𝑉 = 0 → −200 − 𝐹𝐶𝐴 = 0 → 𝐹𝐶𝐴 = −200 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝐻 = 0 → −𝐹𝐵𝐴 − 𝐻𝐵 = 0 → 𝐹𝐵𝐴 = −100 𝑘𝑁


෍ 𝐹𝐻 = 0 → 𝐹𝐴𝐵 + 𝐹𝐴𝐷 cos 𝛼 = 0 → 𝐹𝐴𝐷 = 122,886 𝑘𝑁
෍ 𝐹𝐻 = 0 → 100 + 𝐹𝐶𝐷 = 0 → 𝐹𝐶𝐷 = −100 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐵 + 𝐹𝐵𝐷 = 0 → 𝐹𝐵𝐷 = −571,429 𝑘𝑁

Nestes cálculos, 𝐅𝐗𝐘 = 𝐅𝐘𝐗 sem a necessidade de troca de sinais.


Ou seja, encontrar 𝐅𝐗𝐘 é o mesmo que 𝐅𝐘𝐗 .
Passo 4 Diagrama de Esforços Normais (DEN)

𝐶 100 𝑘𝑁 𝐷
𝐶

571,429 𝑘𝑁
200 𝑘𝑁
𝐶

𝐶
𝐴 100 𝑘𝑁 𝐵
𝐶
Método das seções
Neste método em vez de dar enfoque aos nós dessa vez o enfoque é uma parte da estrutura. Este
método é recomendado para estruturas não tão complexas.
O resultado desse método deve obter os mesmos resultados que os encontrados pelo método
dos nós. Ás vezes é necessário cortas uma estrutura mais de uma vez para encontrar os valores
de certas barras, por isso a desvantagem de usar esse método com estruturas grandes, porque
será necessário vários cortes para encontrar todas as barras.
Após as análises dos cortes usa-se, dessa vez, as três equações de equilíbrio que são: somatório
das forças verticais, horizontais e somatório dos momentos.
Exemplo 2
Determinar os esforços normais da treliça, através do método das seções.

200 𝑘𝑁 500 𝑘𝑁

𝐶 𝐷
100 𝑘𝑁

5𝑚

𝐴 𝐵

7𝑚
Passo 1 Diagrama de corpo livre
200 𝑘𝑁 500 𝑘𝑁

𝐶 𝐷
100 𝑘𝑁
𝛼
2,5 𝑚

𝐻𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 = 52 + 72 = 8,602 𝑚
2,5 𝑚
5 7 𝛼
sen 𝛼 = cos 𝛼 =
8,602 8,602 𝐴 𝐵
𝐻𝐵
𝑉𝐴 𝑉𝐵

3,5 𝑚 3,5 𝑚

Passo 2 Reações de apoio (somente forças externas) + +


෍ 𝐹𝐻 = 0 → 100 − 𝐻𝐵 = 0 → 𝐻𝐵 = 100 𝑘𝑁
෍ 𝑀𝐵 = 0 → 𝑉𝐴 7 + 100 5 − 200 7 = 0 → 𝑉𝐴 = 128,571 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 200 − 500 = 0 → 𝑉𝐵 = 571,429 𝑘𝑁

Passo 3 Método das seções: primeiro corte + +


200 𝑘𝑁 500 𝑘𝑁

𝐶 𝐷
100 𝑘𝑁
𝛼
2,5 𝑚
𝐹𝐶𝐴 𝐹𝐷𝐴 𝐹𝐷𝐵

7𝑚

෍ 𝐹𝐻 = 0 → 100 − 𝐹𝐷𝐴 cos 𝛼 = 0 → 𝐹𝐷𝐴 = 122,886 𝑘𝑁

෍ 𝑀𝐷 = 0 → − 200 7 − 𝐹𝐶𝐴 7 = 0 → 𝐹𝐶𝐴 = −200 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝑉 = 0 → −200 − 500 − 𝐹𝐶𝐴 − 𝐹𝐷𝐵 − 𝐹𝐷𝐴 sen 𝛼 = 0 → 𝐹𝐷𝐵 = −571,429 𝑘𝑁


Passo 4 Método das seções: segundo corte + +
500 𝑘𝑁

𝐹𝐷𝐶 𝐷

5𝑚 𝐹𝐷𝐴

𝐵
𝐹𝐵𝐴
𝐻𝐵
𝑉𝐵

3,5 𝑚

෍ 𝑀𝐷 = 0 → 100 5 + 𝐹𝐵𝐴 5 = 0 → 𝐹𝐵𝐴 = −100 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝐻 = 0 → −𝐹𝐷𝐶 − 𝐹𝐷𝐴 cos 𝛼 − 100 − 𝐹𝐵𝐴 = 0 → 𝐹𝐷𝐶 = −100 𝑘𝑁


Passo 5 Diagrama de Esforços Normais (DEN)

𝐶 100 𝑘𝑁 𝐷
𝐶

571,429 𝑘𝑁
200 𝑘𝑁
𝐶

𝐶
𝐴 100 𝑘𝑁 𝐵
𝐶
Exemplo 3
Determinar os esforços normais da treliça através: (a) método dos nós e (b) método das seções.
𝐸
400 𝑘𝑁

600 𝑘𝑁 3𝑚

𝐶 𝐷

400 𝑘𝑁

3𝑚

𝐴 𝐵

4𝑚
Passo 1 Diagrama de corpo livre
𝐸

400 𝑘𝑁 𝐹𝐸𝐷
𝛼
𝐹𝐸𝐶
600 𝑘𝑁 3𝑚
𝐹𝐷𝐸
𝛼
𝐶 𝐹𝐶𝐷 𝐷

𝐹𝐶𝐵 𝐹𝐷𝐶
400 𝑘𝑁 𝛼 𝐹𝐷𝐵
𝐻𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 = 32 + 42 =5𝑚 𝐹𝐶𝐴
3 4 3𝑚
sen 𝛼 = cos 𝛼 = 𝐹𝐴𝐶
5 5 𝐹𝐵𝐶 𝐹𝐵𝐷
𝐻𝐴 𝛼
𝐵
𝐹𝐴𝐵 𝐹𝐵𝐴
𝐴
𝑉𝐴 𝑉𝐵

4𝑚
Passo 2 Reações de apoio (somente forças externas) + +
෍ 𝐹𝐻 = 0 → 𝐻𝐴 + 400 + 400 = 0 → 𝐻𝐴 = −800 𝑘𝑁

෍ 𝑀𝐴 = 0 → 600 4 + 400 3 + 400 6 − 𝑉𝐵 4 = 0 → 𝑉𝐵 = 1500 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 600 = 0 → 𝑉𝐴 = −900 𝑘𝑁

Passo 3 Método dos nós

𝑁ó 𝐸 𝑁ó 𝐴 𝑁ó 𝐷
𝐹𝐴𝐶 600 𝑘𝑁
𝐹𝐷𝐸

400 𝑘𝑁 𝐻𝐴 𝐹𝐴𝐵
𝐹𝐸𝐷 𝐹𝐷𝐶

𝐹𝐸𝐶 𝑉𝐴 𝐹𝐷𝐵

෍ 𝐹𝐻 = 0 → 400 + 𝐹𝐸𝐷 cos 𝛼 = 0 → 𝐹𝐸𝐷 = −500 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝐻 = 0 → 𝐹𝐴𝐵 + 𝐻𝐴 = 0 → 𝐹𝐴𝐵 = 800 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝐻 = 0 → −𝐹𝐷𝐶 − 𝐹𝐷𝐸 cos 𝛼 = 0 → 𝐹𝐷𝐶 = 400 𝑘𝑁

෍ 𝐹𝑉 = 0 → −𝐹𝐸𝐶 − 𝐹𝐸𝐷 sen 𝛼 = 0 → 𝐹𝐸𝐶 = 300 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝐹𝐴𝐶 = 0 → 𝐹𝐴𝐶 = 900 𝑘𝑁 ෍ 𝐹𝑉 = 0 → −600 − 𝐹𝐷𝐵 + 𝐹𝐷𝐸 sen 𝛼 = 0 → 𝐹𝐷𝐵 = −900 𝑘𝑁
𝑁ó 𝐵
𝐹𝐵𝐷
𝐹𝐵𝐶

𝐹𝐵𝐴

𝑉𝐵

෍ 𝐹𝐻 = 0 → −𝐹𝐵𝐴 − 𝐹𝐵𝐶 cos 𝛼 = 0 → 𝐹𝐵𝐶 = −1000 𝑘𝑁

Passo 4 Diagrama de Esforços Normais (DEN)

500 𝑘𝑁
𝐶
900 𝑘𝑁

900 𝑘𝑁
𝑇

𝐶
800 𝑘𝑁
𝑇
Helder Guerreiro
FIM
Helder Guerreiro

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