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DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS - 2018

Dias d’Ávila, 13 de fevereiro de 2019 – A PARANAPANEMA S.A. (“Paranapanema” ou “Companhia”, B3 S.A - Brasil, Bolsa, Balcão: PMAM3),
maior produtora brasileira não integrada de cobre refinado e seus produtos (vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas
ligas), anuncia o resultado do quarto trimestre de 2018 (4T18). As informações trimestrais e anuais consolidadas são elaboradas em conformidade
com o padrão contábil internacional estabelecido pelo International Financial Reporting Standards – IASB (IFRS) e estão apresentadas em Real,
moeda oficial do Brasil, e moeda funcional da Companhia.

Principais Destaques
Volume de Volume de Vendas em 2018 de 174,0 mil toneladas, com alta de 9% comparado ao ano de
Vendas 2017 (4T17: 48,3 mil toneladas / 4T18: 49,9 mil toneladas).

Receita Líquida de R$4.765,8 milhões, crescimento de 36% comparada à R$3.508,5


Receita milhões em 2017 (4T17: R$1.134,1 milhões / 4T18: R$1.315,1 milhões), decorrente
Líquida principalmente do crescimento anual de 17% do volume de vendas de produtos de cobre
que oferecem maior rentabilidade.

EBITDA positivo de R$82,7 milhões em 2018 com alta de 139% comparada ao resultado
EBITDA negativo de R$214,7 milhões de 2017 e de R$80,1 milhões positivo no 4T18 dando
continuidade ao processo de recuperação operacional, via maior ocupação dos ativos
em especial na produção de Vergalhões, Fios e Coprodutos.

Geração de
Geração de Caixa Operacional de R$261,8 milhões em 2018, decorrente principalmente
Caixa
de aumento do crédito e prazo junto a Fornecedores, operações de adiantamento de
Operacional clientes e antecipação de recebíveis.

Fluxo de
Caixa Livre Fluxo de caixa livre positivo de R$63,9 milhões em 2018.

Resultado
Lucro líquido de R$32,7 milhões no 4T18.
Líquido

A Administração faz declarações sobre eventos futuros que estão sujeitos a riscos e incertezas. Tais declarações têm, como base, estimativas e suposições da
Administração e informações a que a Companhia atualmente tem acesso. Declarações sobre eventos futuros incluem informações sobre suas intenções,
estimativas ou expectativas atuais, assim como aquelas dos Administradores da Companhia. As ressalvas com relação a declarações e informações acerca do
futuro também incluem informações sobre resultados operacionais possíveis ou presumidos, bem como declarações que são precedidas, seguidas ou que incluem
as palavras "acredita", "poderá", "irá", "continua", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "estima" ou expressões semelhantes. As declarações e informações
sobre o futuro não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e suposições porque se referem a eventos futuros, dependendo, portanto, de
circunstâncias que poderão ocorrer ou não. Os resultados futuros e a criação de valor para os acionistas poderão diferir de maneira significativa daqueles expressos
ou estimados pelas declarações com relação ao futuro. Muitos dos fatores que irão determinar estes resultados e valores estão além da capacidade de controle
ou previsão da Companhia.
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Em 2018, o principal foco da administração foi dar início ao processo de recuperação dos principais
ativos e aumentar a ocupação das nossas fábricas. Para tanto, buscamos expandir nossos investimentos
nas plantas industriais visando aumentar a qualidade, confiabilidade e produtividade das operações, em
especial da unidade da Bahia. Em paralelo, diversas iniciativas comerciais foram realizadas para
reconquistar mercados e expandir a nossa área de atuação, com o objetivo de ampliar o volume de
vendas e consequentemente reduzir a ociosidade das fábricas. O compromisso com a austeridade nos
gastos, a busca contínua por melhorias em nossos processos, e a melhoria do mix de vendas permitiram
reverter os resultados operacionais no segundo semestre. Além disso, a gestão criteriosa do capital de
giro tem sido fundamental para sustentar nossas operações assim como o aumento do crédito junto aos
fornecedores e o maior volume na antecipação de recebíveis

Após a Manutenção Programada finalizada nos últimos dias de abril, o Smelter operou os demais meses
de 2018 (maio a dezembro) com melhores patamares de OEE (Nível de Eficiência da Planta),
aproximadamente 70%. Com a estabilização do nível de eficiência, observarmos o aumento na
disponibilidade e no desempenho da planta, que combinados com aumento nas vendas, contribuíram
para o bom desempenho do 2º semestre de 2018, o que se traduziu em uma margem EBITDA 2S18 de
6,4%, a melhor performance operacional desde o 2S15. No ano o EBITDA acumulado foi de R$82,7
milhões, revertendo completamente o resultado do 1º semestre quando enfrentamos diversas
intermitências na planta da Bahia. O aumento de 50% na Receita Líquida de vendas de Vergalhões, Fios
e Outros, aumento de 63% na Receita de Coprodutos, e a redução de 43% no total de Despesas
Operacionais no ano de 2018 foram fundamentais para alcançarmos esses resultados. Obtivemos uma
redução de 16% no total de Despesas da Companhia, mesmo expurgando os efeitos não recorrentes de
2017 (R$186,0 milhões PERT).

Na gestão do capital de giro, permanecemos com a estratégia de encurtar o ciclo de conversão de caixa
das operações. Com o processo de alfandegamento do porto de Aratu (BA) concluído, intensificamos a
busca por parceiros financeiros para a utilização do armazém alfandegado, o que permitirá encurtar em
cerca de 25~35 dias o ciclo de conversão de caixa nas compras de concentrado na medida em que
passaremos a pagar pelo material quando da saída do porto de Aratu e não mais no porto de origem.
Esforços similares vem sendo realizados no Contas a Receber, com readequação das condições de
pagamento junto aos clientes além de estruturarmos soluções de financiamento aos nossos clientes
junto a parceiros financeiros tanto no mercado interno como no mercado externo. Com essas iniciativas
obtivemos uma Geração de Caixa Operacional de R$261,8 milhões em 2018 e uma Geração Livre de
Caixa de R$63,9 milhões. Acreditamos ser possível continuar ganhando eficiência e otimizar ainda mais
nossa necessidade de capital de giro.

Apesar de todas as intermitências operacionais ocorridas no 1º semestre, que resultaram em cerca de


74 dias parados, em 2018 apresentamos uma evolução de 36% da Receita Líquida em comparação ao
ano de 2017. O crescimento foi impulsionado por um maior volume de vendas de Vergalhões, Fios e
Outros, em função da estratégia comercial da Companhia de priorizar as vendas de produtos que
oferecem maior rentabilidade. Cabe ainda destacar a evolução da Receita Líquida de Coprodutos, que,
favorecida pela estabilização do Smelter pós Manutenção Programada, proporcionou a retomada e
expansão no abastecimento ao mercado. Do total da Receita Liquida, as exportações foram
determinantes para o crescimento das vendas e representaram 60% do total.

A Administração continua integralmente dedicada à busca pela geração de valor para seus acionistas e
ao aumento da rentabilidade de suas operações, por meio do aumento da alavancagem operacional, da
minuciosa gestão de caixa e da retomada do crédito, principalmente para o financiamento do CAPEX.

André Gaia – Diretor Financeiro e de RI


DESEMPENHO OPERACIONAL
Volume de Produção Total

Após a Manutenção Programada, a


produtividade e a confiabilidade da planta
foi reestabelecida e com isso foi possível
atingir o Volume de Produção no 4T18 de
85,3 mil toneladas, aumento de 11% em
relação ao 4T17 com 76,7 mil toneladas.
No ano de 2018, totalizamos 295,4 mil
toneladas, crescimento de 6% em
relação a 2017 com 279,0 mil toneladas.

OEE médio (Nível de Eficiência da


Planta) da unidade de Dias d’Ávila após
a Manutenção Programada foi de
aproximadamente 70%, confirmando a
maior confiabilidade da planta.

Produção de Cobre Primário (Catodo)

O aumento de 3% no ano e 10% no 4T18 na


produção de cobre primário é decorrente do
aumento da confiabilidade e desempenho do
Smelter, após as intermitências e a manutenção
programada ocorrida no primeiro semestre de
2018 que consumiram ao todo 74 dias.

Produtos de Cobre

O aumento de 9% e 13% na produção


de produtos de cobre entre os anos e
trimestres, respectivamente, é
explicado em função da efetividade de
nossa estratégia comercial, com
destaque para o melhor desempenho
do volume de vendas de Vergalhões,
Fios e Outros.
Coprodutos

O Volume de produção no 4T18 foi de 165,2 mil toneladas, aumento de 4% em relação ao 4T17 com
158,6 mil toneladas, explicado pelo desempenho da planta da Bahia que propiciou maior alimentação
de enxofre via concentrado para produção do ácido sulfúrico. No ano de 2018 totalizamos 604,3 mil
toneladas e queda de 4% em relação a 2017 com 631,1 mil toneladas. As intermitências do 1S18 e
percentual de enxofre no concentrado de cobre foram determinantes na queda do volume de coprodutos.

DESEMPENHO COMERCIAL

Volume de Vendas

O Volume Total de Vendas no 4T18 foi de 49,9 mil toneladas, aumento de 3% em relação ao 4T17 com
48,3 mil toneladas. No ano de 2018 totalizamos 173,6 mil toneladas, alta de 9% em relação a 2017 com
158,8 mil toneladas. A Companhia usou a estratégia de otimizar os recursos disponíveis, alocando
matéria-prima para os produtos que podem originar melhores prêmios nas vendas. Com isso houve
redução nas vendas de cobre primário e aumento nas vendas de produtos de cobre conforme detalhado
a seguir:

Cobre Primário

Em 2018, houve uma pequena redução no


volume de vendas de cobre primário entre os
trimestres e no acumulado do ano o que é
explicado principalmente pelo foco na venda de
produtos com maior valor agregado, diminuindo a
disponibilidade de Catodo e priorizando a venda
de Fios e Vergalhões.
No 4T18 e no acumulado do ano, 19% e 15% do
volume de vendas, respectivamente, foram
destinadas ao mercado Interno, enquanto 81% e
85% ao mercado externo.

Produtos de Cobres

Vergalhões, Fios e Outros

O volume de vendas de produtos de cobre


apresentou uma boa evolução entre os trimestres e
anos, devido à expansão das vendas no mercado de
fios e vergalhões.
O aumento de 44% e 27% entre os trimestres e anos
ocorreu em função do foco da Companhia de
priorizar vendas com maior rentabilidade. No
mercado externo houve aumento expressivo no
volume de vendas decorrente do resultado do
esforço comercial para atender novos mercados. No
4T18 e no acumulado do ano do total de volume de
vendas de Vergalhões, Fios e outros, 53% e 64%
respectivamente foram destinadas ao mercado
Interno e 47% e 36% ao mercado externo.
Barras/Perfis/Arames/Laminados/Tubos/Conexões

As vendas para o mercado interno permaneceram estáveis, em decorrência de estratégia comercial de


reposicionamento de preços com foco na rentabilidade da companhia. No mercado externo as vendas
reduziram em resposta à crise Argentina, o que enfraqueceu a demanda no Mercosul. No 4T18 e no
acumulado do ano do total de vendas de Barras, Perfis e etc, 74% e 71%, respectivamente, foram
destinadas ao mercado Interno e 26% e 29% ao mercado externo.

Coprodutos

O volume de vendas no 4T18 foi de 178,8 mil toneladas, aumento de 11% em relação ao 4T17 com
160,6 mil toneladas. No ano de 2018, totalizamos 658,2 mil toneladas e aumento de 1% em relação a
2017, com 652,7 mil toneladas. Entre os trimestres 4T18 x 4T17 tivemos uma maior disponibilidade de
coprodutos incluindo uma venda pontual de Revert.

DESEMPENHO ECONÔMICO

Receita Líquida

em R$ mil, exceto quando indicado de outra forma 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%
Cobre Primário 482.697 375.753 -22% 1.235.542 1.530.551 24%
% das Receitas 42,6% 28,6% -14,0 p.p. 35,2% 32,1% -3,1 p.p.
Produtos de Cobre 527.118 739.504 40% 1.822.396 2.499.171 37%
% das Receitas 46,5% 56,2% 9,8 p.p. 51,9% 52,4% 0,6 p.p.
Vergalhões, Fios e outros 332.162 558.721 68% 1.143.548 1.715.547 50%
Barras/Perfis/Arames/Laminados/Tubos/Conexões 194.956 180.783 -7% 678.848 783.624 15%
Coprodutos 124.325 199.864 61% 450.522 736.055 63%
% das Receitas 11,0% 15,2% 4,2 p.p. 12,8% 15,4% 2,6 p.p.
Receita Líquida Total 1.134.140 1.315.121 16% 3.508.460 4.765.777 36%
Mercado Interno [%] 38,5% 39,4% 2,5% 42,9% 39,1% -8,8%
Mercado Externo [%] 60,4% 59,5% -1,4% 55,7% 59,6% 7,0%
Transformação [%] 1,2% 1,0% -10,7% 1,4% 1,3% -7,8%

A Receita Líquida com Cobre Primário apresentou redução de 22% no último trimestre quando
comparada ao 4T17, explicada principalmente pelo foco na venda de produtos com maior valor agregado
principalmente no 4T18. No ano, a receita cresceu 24% em relação a 2017, em função da maior
disponibilidade da planta e consequentemente maior volume de produção de catodos além do maior
preço médio ao longo de 2018.

No 4T18, a Receita Líquida com Produtos de Cobre apresentou aumento de 40% comparada ao 4T17.
Na comparação anual, a evolução foi de 37% em relação a 2017. A receita de Vergalhões, Fios e Outros
aumentou 68% entre os trimestres e na comparação anual o crescimento foi de 50% em relação a 2017.
Tais crescimentos podem ser explicados pela estratégia comercial de melhorar o mix de vendas,
aumentando a participação de produtos que oferecem maior rentabilidade.

Em Barras, Perfis, Arames, Laminados, Tubos e Conexões a receita teve uma redução de 7% entre os
trimestres e um aumento de 15% na comparação anual. Tais variações se devem ao maior preço médio
de cobre bem como ajustes no mix desses produtos de forma a melhorar a receita prêmio das vendas
de 2018.

A Receita Líquida com Coprodutos apresentou aumento de 61% na comparação trimestral e de 63% na
comparação anual. Tal evolução se deu por conta do aumento dos preços de ácido sulfúrico nos
mercados internacionais, além de algumas vendas spot de Revert e da maior concentração de ouro nas
vendas de Lama Anódica.
Por fim, vale lembrar que a Receita Líquida da Companhia sofre o impacto negativo do Other
Comprehensive Income - “OCI” (Ajuste de Avaliação Patrimonial), que é um efeito não monetário da
variação cambial de 2015 diferida por conta de ajustes na contabilidade de hedge.

Lucro Bruto

em R$ mil, exceto quando indicado de outra forma 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%
Receita Líquida 1.134.140 1.315.121 16% 3.508.460 4.765.777 36%
CPV Total (1.084.264) (1.206.455) -11% (3.263.895) (4.495.172) -38%
( - ) Custo do Metal (960.459) (1.066.804) -11% (2.821.151) (3.970.264) -41%
( - ) Custo de Transformação (123.805) (139.651) -13% (442.744) (524.908) -19%
CPV Total/tonelada vendida ¹ 22,5 24,2 8% 20,5 25,9 26%
Custo do Metal/tonelada vendida ¹ 19,9 21,4 7% 17,8 22,9 29%
Custo de Transformação/tonelada vendida 2,6 2,8 9% 2,8 3,0 9%
Lucro Bruto 49.876 108.666 118% 244.565 270.605 11%
% das Receitas 4,4% 8,3% 3,9 p.p. 7,0% 5,7% -1,3 p.p.
TC/RC (redutor do custo do metal) 67.376 69.684 3% 244.190 230.666 -6%
Prêmio 173.681 248.317 43% 687.309 795.513 16%
Prêmio/Receita Líquida [%] 15,3% 18,9% 3,6 p.p. 19,6% 16,7% -2,9 p.p.
Prêmio/tonelada vendida 3,60 4,98 38% 4,33 4,58 6%
¹ Custo Unitario: Os índices não incluem os custos/volumes de revenda de outras matérias-primas

O Lucro Bruto apresentou aumento expressivo de 118% no último trimestre quando comparado com o
4T17. Consequentemente, a margem bruta cresceu 3,9 p.p, principalmente por conta do aumento da
participação de produtos de cobre sobre o volume de vendas total (melhoria de mix), da alta dos prêmios
dos coprodutos e de Barras, Arames, Tubos e Laminados e da valorização do dólar no período. No ano,
o resultado bruto foi 11% maior que em 2017.

O Prêmio auferido nas vendas dos produtos apresentou um aumento de 43% na comparação entre os
trimestres e 16% na comparação anual. A evolução foi resultado da estratégica comercial de aumentar
a participação relativa de produtos com maior rentabilidade, do maior dólar médio em 2018 versus 2017
e também do realinhamento de preços feito no período.

Despesas Operacionais

em R$ mil, exceto quando indicado de outra forma 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%
Total de Despesas (61.888) (67.959) -10% (585.843) (336.094) 43%
Despesas com Vendas (7.140) (7.931) -11% (28.072) (30.011) -7%
Despesas Gerais e Administrativas 5.474 (22.817) -517% (76.170) (86.174) -13%
Participação dos Empregados (4.221) (5.394) -28% (22.918) (29.467) -29%
Outras Operacionais, Líquidas (56.001) (31.817) 43% (458.683) (190.442) 58%
Despesas Totais/Receita Líquida [%] 5,5% 5,2% -0,3 p.p. 16,7% 7,1% -9,6 p.p.
Despesas Recorrentes*/Lucro Bruto [%] 75,6% 22,9% -52,6 p.p. 65,3% 40,5% -24,8 p.p.
Despesas Recorrentes*/tonelada vendida 0,78 0,50 -36% 1,01 0,63 -37%
Principais itens - Outras Operacionais, Líquidas:
Provisões contingências trabalhistas e fiscais 17.501 (925) -105% (242.461) (49.864) 79%
Provisões diversas* (93) (1.195) -1185% (710) (1.443) -103%
Ociosidade* (41.602) (40.920) 2% (182.879) (175.202) 4%

A redução de 43% no total das despesas em 2018 é explicada principalmente por Outras Despesas
Líquidas. O 3T17 foi impactado negativamente pela adesão ao PERT (Programa Especial de
Regularização Tributária) que contabilizou uma despesa não recorrente de R$186 milhões. Se
expurgarmos esse efeito não recorrente teríamos uma redução de 16% nas despesas operacionais do
período, o que demonstra a disciplina com custos e despesas que a gestão vem empregando. Vale ainda
destacar os esforços empreendidos na solução das contingências passivas que em 2017 ex-PERT
somaram R$56,5 milhões e em 2018 foram reduzidas para R$49,9 milhões.

EBITDA
em R$ mil, exceto quando indicado de outra forma 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%
Resultado Líquido (117.337) 32.671 128% (135.770) (323.373) -138%
( + ) Impostos (7.521) 6.293 184% (393.318) (120.591) 69%
( + ) Resultado Financeiro Líquido 112.846 1.743 -98% 187.810 378.475 102%
EBIT (12.012) 40.707 - (341.278) (65.489) -
( + ) Depreciações e Amortizações 32.112 39.347 23% 126.573 148.197 17%
EBITDA 20.100 80.054 - (214.705) 82.708 -
% das Receitas 1,8% 6,1% 4,3 p.p. -6,1% 1,7% 7,9 p.p.

Em 2018 revertemos o prejuízo do EBITDA de 2017 para um lucro de R$82,7 milhões. Importante
ressaltar que em 2017 a Companhia aproveitou um programa especial de pagamento de tributos –
PERT, para reconhecer e quitar uma dívida de cerca de R$186 milhões utilizando predominantemente
prejuízos fiscais acumulados. O resultado negativo não recorrente de 2017 foi devido principalmente ao
reconhecimento do passivo tributário PERT conforme explicado anteriormente. Mesmo expurgados os
efeitos do PERT, 2017 teria apresentado um prejuízo no EBITDA de R$28,7 milhões.

A melhoria apresentada no EBITDA de 2018 pode ser explicada pelo aumento no volume de vendas em
especial em Vergalhões, Fios e Outros e por causa do aumento no preço dos coprodutos e por um
câmbio médio mais favorável.

Resultado Líquido

No 4T18, a Companhia apresentou um Lucro Líquido de R$32,6 milhões. No acumulado do ano, os


impactos não monetários da variação cambial sobre as dívidas de longo prazo totalizaram R$231,2
milhões1 e levaram a um prejuízo líquido de R$323,4 milhões. Além desse impacto não monetário, vale
lembrar que a Companhia registrou uma depreciação de R$148,2 milhões e um Other Comprehensive
Income “OCI” (Ajuste de Avaliação Patrimonial) e Reserva de Reavaliação de R$24,9 milhões. Com isso,
se expurgarmos os principais efeitos não monetários sobre o Resultado Líquido teríamos um Lucro
líquido de R$80,9 milhões.

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Cerca de 93% da nossa dívida é em dólar e 90% da dívida em dólar está no longo prazo. É importante ressaltar que os efeitos da
variação cambial sobre a dívida de longo prazo não devem ser compreendidos como uma exposição real da Companhia, uma vez que
o caixa relativo a tais pagamentos será gerado em períodos futuros, quando as receitas também irão capturar tal valorização. Desta
forma, sob a ótica do fluxo de caixa da Companhia, existe um hedge natural entre as receitas futuras e os pagamentos futuros de dívida.
Principais Objetivos 2019

Entramos confiantes no plano de expansão iniciado em 2018 e continuamos focados na melhor


ocupação dos ativos operacionais maximizando a rentabilidade, a Companhia estará buscando atingir
os seguintes volumes de produção:

Cobre Primário: 160 a 180 kton


Fios e Vergalhões: 135 a 150 kton
Demais Produtos de Cobre: aproximadamente 40 kton

A Companhia também seguirá com o programa de investimentos em garantia operacional e mandatórios


em 2019. Planeja investir entre R$170 milhões e R$230 milhões em CAPEX sendo que estes valores
dependem ainda de maior detalhamento dos projetos e subsequente aprovação da Administração.
ANEXO I – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
MIL BRL 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆% 3T18 ∆%

Receita Líquida 1.134.140 1.315.121 16% 3.508.460 4.765.777 36% 1.478.936 -11%
Mercado Interno (MI) 436.179 519.679 19% 1.505.602 1.865.493 24% 508.557 2%
Mercado Externo (ME) 684.707 781.713 14% 1.954.771 2.840.027 45% 953.801 -18%
Transformação (MI) 13.254 13.729 4% 48.087 60.257 25% 16.578 -17%
Custo dos Produtos Vendidos (1.084.264) (1.206.455) -11% (3.263.895) (4.495.172) -38% (1.346.454) 10%
Lucro Bruto 49.876 108.666 - 244.565 270.605 - 132.482 -
% sob re Receitas 4,4% 8,3% 3,9 p.p. 7,0% 5,7% -1,3 p.p. 9,0% 0,7 p.p.

Despesas com Vendas (7.140) (7.931) -11% (28.072) (30.011) -7% (7.668) -3%
Despesas Gerais e Administrativas 7.388 (20.791) -381% (68.772) (78.573) -14% (21.384) 3%
Honorários da Administração (1.914) (2.026) -6% (7.398) (7.601) -3% (1.982) -2%
Participação dos Empregados (4.221) (5.394) -28% (22.918) (29.467) -29% (8.425) 36%
'Outras Operacionais, líquidas (56.001) (31.817) 43% (458.683) (190.442) 58% (30.946) -3%
Resultado antes do Resultado Financeiro e Tributos (12.012) 40.707 439% (341.278) (65.489) 81% 62.077 -34%
% sob re Receitas -1,1% 3,1% 4,2 p.p. -9,7% -1,4% 8,4 p.p. 4,2% 1,1 p.p.

( + ) Depreciações e Amortizações 32.112 39.347 23% 126.573 148.197 17% 38.086 3%


EBITDA 20.100 80.054 - (214.705) 82.708 - 100.163 -

Resultado Financeiro (112.846) (1.743) 98% (187.810) (378.475) -102% (93.368) 98%
Receitas Financeiras 72.996 98.762 35% 499.778 822.650 65% 227.674 -57%
'Despesas Financeiras (185.842) (100.505) 46% (687.588) (1.201.125) -75% (321.042) 69%
Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro (124.858) 38.964 131% (529.088) (443.964) 16% (31.291) 225%
% sob re Receitas -11,0% 3,0% 14,0 p.p. -15,1% -9,3% 5,8 p.p. -2,1% -5,1 p.p.

Impostos 7.521 (6.293) -184% 393.318 120.591 -69% 12.448 -151%


IR e CSLL - Corrente (1.597) 826 152% (4.628) (1.424) 69% (494) 267%
'IR e CSLL - Diferido 9.118 (7.119) -178% 397.946 122.015 -69% 12.942 -155%
Resultado Líquido (117.337) 32.671 128% (135.770) (323.373) -138% (18.843) 273%
% sob re Receitas -10,3% 2,5% 12,8 p.p. -3,9% -6,8% -2,9 p.p. -1,3% -3,8 p.p.
ANEXO II – BALANÇO PATRIMONIAL
MIL BRL 4T17 4T18 ∆% 3T18 ∆% 2017 2018 ∆%

Ativo
Ativo circulante 2.493.482 2.787.160 12% 2.548.231 9% 2.493.482 2.787.160 12%
Caixa e Equivalentes de Caixa 345.551 216.668 -37% 344.201 -37% 345.551 216.668 -37%
Aplicações Financeiras 38.453 28.791 -25% 54.153 -47% 38.453 28.791 -25%
Contas a receb er de clientes 371.384 665.589 79% 501.380 33% 371.384 665.589 79%
Estoques 1.546.971 1.626.575 5% 1.364.089 19% 1.546.971 1.626.575 5%
Impostos e Contrib uições a Recuperar 88.629 101.742 15% 101.731 0% 88.629 101.742 15%
Outros Ativos Circulantes 6.850 7.693 12% 7.582 1% 6.850 7.693 12%
Instrumentos Financeiros Derivativos 85.591 129.313 51% 160.051 -19% 85.591 129.313 51%
Despesas Antecipadas 10.053 10.789 7% 15.044 -28% 10.053 10.789 7%

Ativo não circulante 1.718.009 1.836.334 7% 1.859.070 -1% 1.718.009 1.836.334 7%


Ativos mantidos para venda 111.548 112.745 1% 113.648 -1% 111.548 112.745 1%
Aplicações Financeiras 14.632 16.765 15% 12.667 32% 14.632 16.765 15%
Contas a receb er de clientes 17.895 1.096 -94% 5.632 -81% 17.895 1.096 -94%
Imposto de Renda e Contrib uição Social Diferidos 55.381 177.395 220% 184.516 -4% 55.381 177.395 220%
Impostos e Contrib uições a Recuperar 112.756 122.400 9% 116.215 5% 112.756 122.400 9%
Depósitos de Demandas Judiciais 28.248 32.309 14% 30.603 6% 28.248 32.309 14%
Outros Ativos Não Circulantes 81.544 83.953 3% 84.062 0% 81.544 83.953 3%
Despesas Antecipadas 12.720 9.669 -24% 11.098 -13% 12.720 9.669 -24%
Outros Investimentos 2.250 2.327 3% 2.327 0% 2.250 2.327 3%
Ativo Imob ilizado 1.274.584 1.267.510 -1% 1.291.497 -2% 1.274.584 1.267.510 -1%
Ativo intangível 6.451 10.165 58% 6.805 49% 6.451 10.165 58%
Total do Ativo 4.211.491 4.623.494 10% 4.407.301 5% 4.211.491 4.623.494 10%

Passivo
Passivo circulante 1.328.981 1.829.754 38% 1.541.246 19% 1.328.981 1.829.754 38%
Fornecedores Local 85.874 82.481 -4% 63.283 30% 85.874 82.481 -4%
Fornecedores 715.329 1.175.506 64% 938.995 25% 715.329 1.175.506 64%
Operações com Forfait e Cartas de Crédito 41.819 66.914 60% 38.403 74% 41.819 66.914 60%
Salários e encargos sociais 49.767 60.061 21% 62.829 -4% 49.767 60.061 21%
Impostos e contrib uições a recolher 25.827 9.715 -62% 23.606 -59% 25.827 9.715 -62%
Imposto de renda do exercício corrente - 1.424 n.a. 2.251 -37% - 1.424 n.a.
Empréstimos e Financiamentos 120.977 131.829 9% 133.642 -1% 120.977 131.829 9%
Instrumentos Financeiros Derivativos 183.670 26.449 -86% 37.189 -29% 183.670 26.449 -86%
Dividendos a pagar 24.429 26.274 8% 26.456 -1% 24.429 26.274 8%
Adiantamentos de Clientes 37.520 193.122 415% 154.031 25% 37.520 193.122 415%
Outros passivos circulantes 43.769 55.979 28% 60.561 -8% 43.769 55.979 28%

Passivo não circulante 1.993.988 2.191.243 10% 2.308.101 -5% 1.993.988 2.191.243 10%
Empréstimos e Financiamentos 1.807.001 2.017.084 12% 2.100.691 -4% 1.807.001 2.017.084 12%
Provisão para demandas judiciais 186.205 174.159 -6% 207.410 -16% 186.205 174.159 -6%
Impostos e contrib uições a recolher 178 - n.a. - n.a 178 - n.a.

Patrimônio líquido 888.522 602.497 -32% 557.954 8% 888.522 602.497 -32%


Capital social 1.984.751 1.990.708 0% 1.990.708 0% 1.984.751 1.990.708 0%
Deb êntures Conversiveis em ação 110.602 104.645 -5% 104.645 0% 110.602 104.645 -5%
Custo de Capitalização (5.375) (5.375) 0% (5.375) 0% (5.375) (5.375) 0%
Ajuste de avaliação patrimonial (786.359) (761.490) -3% (771.344) 1% (786.359) (761.490) -3%
Ações em Tesouraria (741) (741) 0% (741) 0% (741) (741) 0%
Prejuízos Acumulados (414.356) (725.250) 75% (759.939) 5% (414.356) (725.250) 75%

Total do passivo e do patrimônio líquido 4.211.491 4.623.494 10% 4.407.301 5% 4.211.491 4.623.494 10%
ANEXO III – FLUXO DE CAIXA
MIL BRL 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%

Fluxo de caixa das atividades operacionais 178.774 (81.345) -146% 113.646 265.023 133%

Lucro antes do IR e CSLL (124.858) 38.964 -131% (529.088) (443.964) -16%

Ajustes para conciliar o lucro líquido ao caixa oriundo de atividades operacionais


Valor Residual de Ativo Permanente Baixado 43 1 -98% 701 6 -99%
Depreciação, amortização 32.112 39.347 23% 126.573 148.197 17%
(Reversões) Provisões perda estimada do valor recuperável (25.336) (1.971) -92% (28.155) (1.302) -95%
Provisões (Reversões) de outras perdas estimadas (5.406) (7.429) 37% (5.406) 3.116 -158%
Provisão para perdas demandas judiciais (17.501) 925 -105% 242.461 49.864 -79%
Ajuste a valor presente - Clientes e Fornecedores 571 (1.412) -347% (4.642) (2.091) -55%
Perdas (Ganhos) Encargos financeiros 54.374 (64.873) -219% 156.082 424.842 172%

Variação nos ativos e passivos operacionais


Contas a receb er de clientes 91.644 (149.766) -263% 102.159 (285.690) -380%
Estoques (168.640) (212.316) 26% (613.492) 26.675 -104%
Impostos e contrib uições a recuperar 32.406 2.680 -92% 21.382 (16.163) -176%
Despesas antecipadas (34) 5.684 -16818% 1.257 2.315 84%
Depósitos para demandas judiciais 6.208 (1.706) -127% 8.629 (4.061) -147%
Instrumentos financeiros derivativos (26.555) 38.584 -245% (14.528) (9.980) -31%
Ativos mantidos para venda (528) 903 -271% (980) 1.152 -218%
Outros ativos circulantes e não circulantes 9.009 (463) -105% 44.639 (3.698) -108%
Fornecedores 309.343 270.511 -13% 640.078 452.887 -29%
Operações com Forfait e Cartas de Crédito (17.360) (4.969) -71% (2.629) (15.040) 472%
Impostos e contrib uições a recolher (8.728) (14.870) 70% (32.882) (12.673) -61%
Baixas para demandas judiciais (26.859) (34.176) 27% (58.934) (61.910) 5%
Salários e encargos sociais (3.470) (2.768) -20% 7.461 10.294 38%
Instrumentos financeiros derivativos 39.251 (11.373) -129% 29.586 (154.270) -621%
Adiantamentos de Clientes 31.279 33.730 8% 27.865 151.398 443%
Outros passivos circulantes e não circulantes (2.130) (4.471) 110% (1.172) 7.789 -765%
Imposto de renda e contrib uição social pagos (61) (111) 82% (3.319) (2.670) -20%

Fluxo de caixa de atividades de investimento (64.223) 2.320 n.a. (42.194) (193.596) 359%
Ingressos de aplicações financeiras (3.600) 21.264 -691% 40.913 7.529 -82%
Banco conta vinculada - - n.a. 23.128 - n.a.
Adições em imob ilizado e intangíveis (60.623) (18.944) -69% (106.235) (201.125) 89%

Fluxo de caixa de atividades de financiamento (27.705) (48.509) n.a. 131.275 (200.311) -253%
Aumento de Capital - - n.a. 346.984 - n.a.
Captação de empréstimos e financiamentos - - n.a. - 23.557 n.a.
Amortizações de empréstimos e financiamentos (20.583) (33.359) 62% (104.375) (107.595) 3%
Amortizações de Juros empréstimos e financiamentos (7.122) (15.150) 113% (111.334) (116.273) 4%

Aumento (diminuição) da disponibilidade de caixa 86.846 (127.534) -247% 202.727 (128.884) -164%

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 258.705 344.201 33% 142.824 345.551 142%

Caixa e equivalentes de caixa ao fim do exercício 345.551 216.667 -37% 345.551 216.667 -37%
ANEXO IV – VOLUME DE PRODUÇÃO E VOLUME DE VENDAS
Volume de Produção (em toneladas) 1S18 2S18 ∆% 2017 2018 ∆%
Cobre Primário 60.076 87.051 45% 142.890 147.127 3%
Produtos de Cobre 68.288 79.999 17% 136.105 148.287 9%
Vergalhões, Fios e outros 47.772 60.441 27% 97.221 108.213 11%
Barras/Perfis/Arames/Laminados/Tubos/Conexões 20.516 19.558 -5% 38.884 40.074 3%
Produção Total 128.364 167.050 30% 278.995 295.414 6%
Consumo Próprio 37.998 52.251 38% 87.015 90.249 4%
Produção Disponível para Venda 90.366 114.799 27% 191.980 205.165 7%
Coprodutos 258.439 345.845 34% 631.130 604.284 -4%

Volume de Vendas (em toneladas) 1S18 2S18 ∆% 2017 2018 ∆%


Cobre Primário 18.865 38.381 103% 59.614 57.246 -4%
Produtos de Cobre 52.992 63.319 19% 99.230 116.311 17%
Vergalhões, Fios e outros 33.167 43.893 32% 60.634 77.060 27%
Barras/Perfis/Arames/Laminados/Tubos/Conexões 19.825 19.426 -2% 38.596 39.251 2%
Volume de Vendas Total 71.857 101.700 42% 158.844 173.557 9%
% da Produção Total 79,5% 88,6% 9,1 p.p. 82,7% 84,6% 1,9 p.p.
Coprodutos 293.165 365.031 25% 652.651 658.196 1%

ANEXO V - INDICADORES

Indicadores Macroeconômicos 4T17 4T18 ∆% 2017 2018 ∆%


Dolar Final 3,31 3,87 17% 3,31 3,87 17%
Dolar Médio 3,25 3,81 17% 3,19 3,65 14%
LME Médio 6.814 6.066 -11% 6.163 6.500 5%
LME Final 7.157 5.965 -17% 7.157 5.965 -17%

*******************************************
A Companhia submete-se às regras da Câmara de Arbitragem do Novo Mercado, conforme consta em
seu Estatuto Social.

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