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28/07/2017

Introdução

Os materiais sólidos quando submetidos a determinados


carregamentos podem ser classificados, quanto ao seu
comportamento mecânico, em dúcteis ou frágeis, dependendo da
habilidade dos mesmos em se deformarem plasticamente.

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Introdução

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Modos de falha

- deformação elástica excessiva;


- deformação plástica e plastificação generalizada; e
- fratura.

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Deformação elástica excessiva

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Deformação plástica e plastificação


generalizada
A deformação plástica pode ser caracterizada pelo escoamento do
material à temperatura ambiente. Nessas circunstâncias, as tensões
resultantes nos pontos críticos da estrutura estariam se igualando
ou ultrapassando o limite de escoamento do material.

Já a plastificação generalizada é decorrente do aumento gradativo


das solicitações externas ocasionando uma passagem também
gradativa do regime elástico para o regime plástico na secção de
maior solicitação da estrutura.

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Deformação plástica
e plastificação
generalizada

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Fratura frágil
A fratura frágil não é necessariamente uma característica exclusiva
de um material classificado como frágil, dado que os aços carbono
em geral, por exemplo, apesar de serem materiais
reconhecidamente dúcteis, podem vir a apresentar fraturas frágeis
decorrentes, por exemplo, de solicitações ocorridas a baixas
temperaturas.

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Fratura progressiva
A fratura progressiva ou por fadiga é, com certeza, o tipo de falha
predominante nos materiais metálicos em geral. A falha por fadiga
é preocupante porque ocorre sem apresentar sinais visíveis de
deformação e mediante níveis de tensões normalmente inferiores
ao próprio limite de escoamento do material. A falha é dita
progressiva porque tem início numa mínima fissura ou trinca
localizada na superfície da peça, que aumentará gradativamente na
presença de tensões alternadas (tensões que variam no transcorrer
do tempo).

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Fratura retardada
Uma combinação: nível de tensão x temperatura poderá vir a
ocasionar a falha do material num nível de tensão também inferior
ao seu limite de escoamento. Um aço carregado estaticamente à
temperatura ambiente, mas na presença de hidrogênio, é um bom
exemplo deste tipo de falha.

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Ensaio de tração uniaxial


Tipo de ensaio mais utilizado pela sua simplicidade, custos
envolvidos, resultados disponibilizados e razoável rapidez quanto a
sua realização.

Exemplos de corpos
de prova:

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Ensaio de tração - equipamento

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Ensaio de tração - equipamento

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Diagrama Tensão x Deformação –


Materiais Dúcteis
a) σp – validade da Lei
de Hooke;
b) σe - deformações
permanentes
(irreversíveis);
c) σrup - relação entre a
carga máxima atingida
no ensaio e a área da
secção transversal
original do corpo de
prova.
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Diagrama Tensão x Deformação –


Materiais Dúcteis

Ponto correspondente
ao fenômeno da
“estricção”

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Propriedades dos materiais


Equações fundamentais:
P
σ max = σ rup =
Ao

∆L ∆A
ε= ψ=
Lo Ao

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Tenacidade e Resiliência

 σ e + σ rup 
uT =  ε f
 2 

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Tenacidade e Resiliência

1 σe
2

uR =
2 E

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Módulo de elasticidade longitudinal e


coeficiente de Poisson

σ
tgα =
ε
=E ε t = −υε

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Módulo de elasticidade longitudinal e


coeficiente de Poisson

σ
tgα =
ε
=E ε t = −υε

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Propriedades de alguns materiais

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Diagrama Tensão x Deformação –


Materiais Fragéis

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Diagrama Tensão x Deformação –


Tensões de cisalhamento

τ = Gγ

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Ensaio de torção - Equipamento

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Diagrama Tensão x Deformação – Real ou


Verdadeiro
- Diagrama Real ou
Verdadeiro – utiliza
valores
instantâneos da
secção transversal
do corpo de prova

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Tensão e Deformação Verdadeiras

Pi L
σi = ε real = ln 
Ai  Lo 

ε real = ln(1 + ε )
Ao P
Ai = σ real = (ε + 1)
1+ ε Ao

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Curvas de Escoamento – Flow Curve

σ = Kε n - Equação de Hollomon

-“n” = coeficiente de encruamento (0,10 a 0,60 para os metais)


- “K” = constante plástica de resistência

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Curvas de Escoamento – Flow Curve


logσ = log K + n logε

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Curvas de Escoamento Idealizadas

(a) plástico rígido ideal


(b) plástico ideal com regime elástico
(c) com encruamento linear

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Encruamento
Fenômeno que ocorre basicamente porque os metais se deformam
plasticamente em decorrência do movimento de discordâncias, as
quais interagem diretamente entre si ou indiretamente com outras
imperfeições e obstáculos. Tais interações levam a uma redução de
mobilidade dessas discordâncias acarretando um maior nível de
tensão para provocar maiores deformações plásticas.

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Referências bibliográficas
Boresi, A.P., Schmidt, R.J., 2003. Advanced Mechanics of Materials,
6ª Ed., John Wiley & Sons, Inc., USA.
Braga, A. Critérios de Escoamento, Notas de aula da disciplina
Mecânica dos Sólidos II, Departamento de Engenharia Mecânica,
PUC-Rio, Rio de Janeiro, RJ.
Callister, W.D., 1999. Ciência e Engenharia de Materiais – uma
introdução, 5ª Ed., LTC, Rio de Janeiro, RJ.
Seely, F.B., Newton, E.E., 1947. Analytical Mechanics for Engineers,
John Wiley & Sons, Inc., USA.
Souza, S.A., 1984. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos, 5a ed.,
Edgard Blucher Ltda., São Paulo, SP.
Ugural, A. C., 2009. Mecânica dos Materiais, LTC, Rio de Janeiro, RJ.
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