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AGORA
2 QUE ME VEJO
COMO TRANS
Guia de possibilidades e serviços no RJ
CIP BRASIL – CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
AL447a ALMEIDA, Guilherme. —
Agora que me vejo como trans:
guia de possibilidades e serviços no RJ/
Guilherme Almeida; Silvana Marinho;
Márcia Brasil; Daniela Murta; Márcia
Viana. 1ª edição/Salvador - BA. Editora
Ficha Catalográfica Devires, 2018.
168p.; PUBLICAÇÃO ELETRÔNICA
ISBN 978-85-93646-21-8
1. Transgêneros 2. Direitos 3. Cidadania
4.Ciências sociais I. Título.
CDD 300 CDU 159.9:39
Guilherme Almeida, Silvana Marinho, Márcia Brasil, Daniela Murta e Márcia Viana
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normas no RJ
que determi-
nem respeito
ao nome social
nos registros
acadêmicos das
universidades
públicas?
Sim, elas existem. Veja abaixo quais são: cos dos/as alunos/as de graduação: www.no-
ticias.uff.br/noticias/2013/11/instrucao-no-
Carta-compromisso da Reitoria da UERJ, de
me-social_is_BS1662013_secao-iv_30out.pdf
16 de maio de 2008: https://extra.globo.com/
noticias/brasil/veja-integra-da-carta-compro- Orientação Normativa n.9722, de setembro
misso-assinada-pelo-reitor-da-uerj-539768. de 2013 da Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ:
html. O requerimento para solicitação do https://pessoal.ufrj.br/index.php/maisin-
nome social por travestis e transexuais alu- formes/181-nome-social-2. Em fevereiro
nos/as da UERJ está disponível no link: www.
de 2015, o Conselho de Ensino de Gradu-
daa.uerj.br/wp-content/arquivos/forms/re-
ação (CEG) da UFRJ aprovou normas para
querimento_basico_DAA.doc
assegurar o uso do nome social por tra-
Resolução n.160, de 2013 do Conselho Uni- vestis e transexuais nos registros acadê-
versitário da UFF: www.conselhos.uff.br/cuv/ micos. Conferir a Normativa n. 9722/2013
resolucoes/2013/160-2013.Pdf. A UFF também da Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ no link:
tem uma Instrução de Serviço do Departa- https://pessoal.ufrj.br/index.php/22-ini-
mento de Administração Escolar de Gradu- cio/181-nome-social-2
ação da UFF – DAE/GRAD n. 01/2013 que ex-
plica as normas para incluir o nome social de Resolução n.4781, da UNIRIO de 2017:
travestis e transexuais nos registros acadêmi- www.unirio.br/prae/resolucao-nome-social
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fazer quando
o/a profissional
de saúde se
recusar a me
encaminhar
para o processo
transexua-
lizador?
A sugestão é que você pergunte a ele/a ouvidoria do Ministério da Saúde, além dos
claramente porque se recusa a fazer. É conselhos municipais, estaduais e o Conse-
possível que o/a profissional não tenha in- lho Nacional de Saúde (CNS).
formação a respeito (e deverá buscar a in-
Pode também denunciar a uma delegacia
formação), que tenha medo de fazer, que
como crime contra a saúde, procurar a De-
ache que esta não é uma atribuição dele/a
fensoria Pública, o Ministério Público ou
ou que não é algo importante. É possível
outra instituição que acolha denúncias de
que seja motivado/a pelo preconceito, en-
violação de direitos. Além disso, sempre é
tre outros motivos.
possível que utilize as redes sociais e as
Se o/a profissional é irredutível em sua po- mídias para denunciar a um maior número
sição, você pode procurar a chefia imediata de pessoas e pedir auxílio na luta por seu
do mesmo/a na própria instituição (pesso- direito. É importante dizer que até para
almente ou através de e-mail) e a direção da que a sua denúncia seja levada a sério,
instituição de saúde e/ou ouvidoria. Caso você tenha denunciado nos canais oficiais,
as providências não sejam tomadas, você antes de gritar nas redes sociais.
pode entrar em contato com a ouvidoria do
SUS em seu município, estado ou mesmo a
Instituto Estadu- Secretaria de Estado Clínica médica, assistência à saúde mental Rua Moncorvo Filho Sim. Através do SER
al de Diabetes e de Saúde (SES-RJ) (psiquiatria e psicologia), endocrinologia/ n.90, Centro, Rio de (Sistema Estadual de
Endocrinologia Luiz hormonioterapia e serviço social Janeiro (RJ) Regulação), procu-
Capriglione (IEDE) rando unidade de
saúde do município
de residência, que faz
o agendamento.
Hospital Universitá- Universidade Federal Setor de Cirurgia Plástica. Serviço Multidis- Rua Mariz e Barros, Não há informações
rio Gaffrée e Guinle do Estado do Rio de ciplinar de Cirurgia Genital e cirurgias de 775, Tijuca. Tels.: (21) oficiais na página do
Janeiro (UNIRIO) transgenitalização. 2264-4742/ 2264-5844. hospital, apenas na
hugg@unirio.br imprensa, com pre-
visão de começo do
serviço no segundo
semestre de 2018.
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os procedimen-
tos que quero
realizar e os
que não quero,
assim como es-
colher as técni-
cas e os/as pro-
fissionais?
Esses são direitos assegurados pela Carta Vale lembrar que alguns/algumas profissio-
dos Direitos dos/as usuários/as do SUS e por nais de saúde que atenderam pessoas trans
grande parte da base legal e normativa do ao longo da vida, têm dificuldades de abrir
SUS. No entanto, as dificuldades da rede de mão de uma atitude autoritária na relação
saúde dificultam pôr esse direito em prática. com elas, porque, por muito tempo, não
houve muito questionamento dessa postu-
É importante deixar claro que não existe
ra. Esse cenário mudou e é importante que
uma ordem pré-determinada de realização
cada pessoa trans, com habilidade e asserti-
dos procedimentos de modificação corpo-
vidade, também ensine a esses/a profissio-
ral nas instituições de saúde (por exemplo,
nais como podem se transformar.
cirurgia genital teria que vir antes do res-
tante). A ordem de realização dos procedi-
mentos precisa ser discutida pela equipe de
profissionais com o/a usuário/a, levando em
conta as necessidades subjetivas dele/a, as
necessidades objetivas (por exemplo, neces-
sidade de trabalho e possibilidade de dispor
de alguém para cuidar no pós-cirúrgico) e os
recursos que o serviço de saúde tenha.