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Teoria e exercícios comentados
Prof Wagner Rabello Jr. – Aula 03

AULA 03
Recebimento e Armazenagem. Entrada. Conferência. Objetivos da
Armazenagem. Critérios e técnicas de armazenagem. Arranjo físico

SUMÁRIO PÁGINA

INTRODUÇÃO 1

1. RECEBIMENTO 2

2. CONFERÊNCIA 4

3. ENTRADA 4

4. ARMAZENAGEM 5

5. OBJETIVOS DA ARMAZENAGEM 6

6. CRITÉRIOS E TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM 6

7. ARRANJO FÍSICO (LEIAUTE) 15

8. QUESTÕES COMENTADAS 22

9. LISTA DAS QUESTÕES 31

10. GABARITOS

INTRODUÇÃO
Olá, pessoal,
Chegamos ao terceiro encontro e hoje vamos falar sobre o recebimento e a
armazenagem dos materiais dentro da organização. Sem mais delongas,
posto que vocês já têm muito o que ler.Vamos à aula!!!
Dúvidas podem e devem ser enviadas diretamente para o meu e-mail:
rabello_jr@yahoo.com.br

Prezados alunos: Diante de tantos textos e citações que temos de fazer,


eventualmente podemos reescrever e não citar uma ou outra fonte. Caso
seja detectado algum trecho de texto sem a devida citação, favor me
informar para que eu retifique. Desde já agradeço!!!
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1. RECEBIMENTO
O recebimento de materiais é o ato de autorizar o entregador de descarregar
a mercadoria no chão da empresa. Devemos ter muito cuidado nesse ponto
tendo em vista que a entrada da mercadoria no almoxarifado da empresa
não é precedida tão somente do recebimento da mesma, pois antes disso
temos a conferência e o ateste daquilo que está sendo recebido. No setor
privado, normalmente se utiliza um documento chamado de Termo de
Recebimento de Material (TR).
De acordo com Petrônio e Paulo Renato, o processo de recebimento em uma
organização deve ser compreendido através da combinação de cinco
elementos principais: espaço físico; recursos de informática; equipamento
de carga e descarga; pessoas e procedimentos normalizados. Vejamos como
os autores delimitam cada um desses cinco elementos:
 O correto dimensionamento do espaço físico envolve espaço para fila
de veículos, plataforma compensadas de altura, espaço para
separação e conferência, acesso livre para o estoque inicial e para a
fábrica (entregas JIT).
 A disponibilidade de recursos de informática pede, por exemplo,
terminal EDI e de leitura ótica de código de barras, programas de
comunicação com fornecedores e planejamento, e controle de
produção (PCP).
 Para a carga e descarga, podem ser usados equipamentos
apropriados, como paletes, empilhadeiras e esteiras de distribuição.
 Pessoal qualificado é imprescindível; não se aceitam mais elementos
que só exerçam uma função, e sim colaboradores polivalentes, com
nível de instrumentação adequado e treinado. O homem que confere
uma carga deve estar habilitado a inserir dados no sistema,
determinar o destino da carga recebida e, em muitos casos,
transportá-la para o local destinado.
 Na normalização de procedimentos, dá-se ênfase ao que deve ser
feito em caso de exceção, principalmente dispondo até que ponto o
colaborador tem autonomia de decisão.
Mais adiante falaremos sobre conferência e entrada, mas antes temos que
falar do ato de recebimento de materiais e serviços no setor público. Tal ato
é regulamentado, notadamente, pela chamada lei de licitações (lei
8.666/93).

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Recebimento de materiais à luz da lei de licitações


A administração pública ao receber um material e/ou serviço deve sempre,
através de servidor designado para tal fim, verificar se o material e/ou
serviço é aquele constante da nota fiscal e mais ainda: deve verificar se
realmente o material e/ou serviço está de acordo com aquilo que foi pedido
e suas respectivas condições físicas e técnicas. Nesse sentido, deve-se
ressaltar que o servidor designado deve atestar, normalmente no verso da
nota fiscal, que o material ou serviço foi entregue/prestado de acordo com o
requerido. Tal ateste não exonera o vendedor por eventual defeito posterior,
na medida em que, os produtos e serviços adquiridos pela administração
pública devem possuir a mesma garantia que os referentes à qualquer
relação de consumo. Vejamos o que diz a lei 8.666/93:
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade
competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o
decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do
objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do
material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material
e conseqüente aceitação.
§ 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o
recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade
civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional

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pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei
ou pelo contrato.
§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá
ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente
justificados e previstos no edital.
§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere
este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos
prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à
Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.

2. CONFERÊNCIA
Conferência é o ato que precede o ateste e a emissão do termo de
recebimento de material e consiste em comparar se o material que está
sendo recebido é o mesmo – em quantidade, marca e qualidade – em
relação à nota fiscal e também ao pedido que fora emitido pela organização.
Muita atenção a esta parte: o responsável pela conferência não pode ficar
limitado à nota fiscal. Ele deve saber exatamente qual foi o pedido da sua
organização, de modo que, não corra o risco de receber e dar o
ateste/termo de recebimento de material que, embora de acordo com a nota
fiscal, não fora pedido por sua organização.

3. ENTRADA
Após a conferência e a emissão do ateste/termo de recebimento o material
está pronto para entrar no estoque/almoxarifado da organização. Para tanto,
a entrada deve ser registrada em sistema informatizado ou manual, devendo
conter, no mínimo, as seguintes informações:
 Data de entrada
 Tipo de material
 Quantidade de material
 Custo unitário
 Custo total de cada mercadoria adquirida.

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4. ARMAZENAGEM
A armazenagem é um ponto de suma importância dentro de um sistema de
gestão de estoques na medida em que representa um dos maiores gastos
das organizações. Segundo Hamilton Pozo “Armazenagem, manuseio e
controle dos produtos são componentes importantes e essenciais do sistema
logístico, pois seus custos envolvem elevada porcentagem dos custos totais
logísticos de uma empresa”.
Marco Aurélio P. Dias nos revela dois sistemas de estocagem
Sistema de estocagem livre - No sistema de estocagem livre, ou seja, o
sistema onde não existem pontos fixos para a colocação dos materiais -
exceto para aqueles que a empresa considerar especial - os materiais, ao
chegarem, são direcionados a qualquer espaço livre do depósito.
Sistema de estocagem fixo – Nesse caso, existem locais previamente
determinados para a estocagem de cada tipo de material.

Leis da movimentação de materiais


Um sistema de armazenagem de materiais está diretamente atrelado à
movimentação dos mesmos. Assim, ao longo do tempo, a teoria e a prática
logística acabaram por determinar algumas leis relativas à movimentação de
materiais e que efetivamente contribuem para a eficiência das organizações.
Vejamos:
Lei de Movimentação Mínima - essa lei determina que os materiais
devem ser movimentados o mínimo possível de modo que sejam evitados
danos e/ou atrasos nas operações.
Lei da Mínima Distância - essa lei sustenta que devem ser reduzidas as
distâncias e o transporte pela eliminação de ziguezagues no fluxo de
materiais
Lei da Mínima Manipulação – nesse ponto deve ocorrer máxima redução
da manipulação dos materiais durante o ciclo de processamento;
Lei da Segurança e Satisfação – deve-se levar em conta na escolha do
equipamento de transporte de materiais a segurança dos operadores e do
pessoal.
Lei de Movimentação Padronização – essa lei determina que as
organizações, sempre que possível, devem utilizar equipamentos
padronizados.
Lei da Máxima Utilização do Equipamento – essa lei determina que a
empresa deve manter o equipamento ocupado o maior tempo possível.

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Lei da Máxima Utilização da Gravidade – essa lei determina que o
transportador deve utilizar trechos motorizados para levar as mercadorias
até uma certa altura para que possam completar o trajeto com a força da
gravidade
Lei da Máxima Utilização do Espaço Disponível – O aproveitamento do
espaço da melhor maneira possível deve levar em conta a quantidade de
materiais a serem estocados, porém, sem perder de vista a facilidade de
acesso aos mesmos.
Lei de Movimentação Método Alternativo – Inserção de método
alternativo de movimentação caso o principal falhe. Pode ser bem menos
eficiente, porém será a resposta mais rápida ao problema. Ex.: Uso de
empilhadeira substituindo a ponte rolante;
Lei do Menor Custo Total – Selecione o equipamento na base de custos
totais, e não somente do custo inicial, custo operacional ou de manutenção.
O equipamento escolhido deve ter o menor custo total para uma vida útil
razoável, e um taxa de retorno de investimento adequado;

5. OBJETIVOS DA ARMAZENAGEM
Podemos delimitar como objetivos da armazenagem
 Maximização do uso do espaço físico
 Maior eficiência na utilização de mão-obra e equipamento
 Facilitação do acesso ao estoque
 Proteção dos materiais estocados
 Registro das operações
 Satisfação dos clientes

6. CRITÉRIOS E TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM


A4 forma mais comum de armazenagem é por meio de estruturas porta-
paletes, simples ou de dupla profundidade, convenientemente dispostas a
facilitar o acesso de equipamentos de elevação e transporte, a proteção do
produto contra contaminantes internos ou externos, a fácil localização na
hora da armazenagem e da coleta, segurança contra incêndios e iluminação
conveniente.
As empresas de maior porte usam geralmente armazéns automatizados.
Neles, o material entrante é identificado pelo código de barras. Depois, o
material vai, por meio de esteiras e elevadores automáticos, para o local de

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estocagem designado pelo computador – que determina quais as áreas
disponíveis onde a entrada e posterior retirada são fáceis. Os materiais são
colocados nas estruturas porta-paletes e dali retirados sem a participação
humana.
É essencial para o administrador de bens patrimoniais lembrar a importância
de ponderar alguns fatores que intervêm na escolha de um esquema
operacional de recebimento e de armazenagem.
O primeiro deles são os equipamento dedicados, isto é, de uso específico
para um produto ou linha de produtos. Eles só devem ser considerados
quando o volume e permanência do produto permitirem o retorno do que foi
investido de acordo com os parâmetros da empresa; por exemplo, acima da
taxa interna de retorno. Na maioria das empresas é preferível optar por
equipamentos que absorvam grandes variações de produtos.
O segundo são as economias resultantes de despesas com manutenção,
prêmios de seguro, redução de pessoal e danificação de materiais. Essas
economias podem, a longo prazo, justificar a adoção de armazéns
automatizados.

Agora veremos, à luz de Marco Aurélio Dias, algumas especificidades sobre


armazenagem de materiais:
EMBALAGEM
Objetivos
Apesar de todo o rigor americano na confecção de embalagens, estatísticas
comprovam que os Estados Unidos perdem, anualmente, US$ 3 bilhões em
danos de transporte. No Brasil, embora não haja dados, sabe-se que os
prejuízos também são grandes. Preocupada com essas perdas, a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vem estudando a elaboração de
normas técnicas para embalagens. A mesma preocupação levou o IPT a
criar o Grupo de Engenharia e Materiais de Embalagem, para estabelecer
um centro de treinamento e informações com a finalidade de servir a
indústrias de embalagens. Os especialistas do Instituto vêm trabalhando
com laboratório de ensaios, pesquisa e desenvolvimento de embalagens e
materiais.
Assim, no primeiro passo – definir o ambiente de transporte – é necessário
selecionar uma altura de queda e um perfil de aceleração
gravidade/frequência. Como os choques que causam maior dano são os
resultantes de queda ao solo (docas e plataformas) e os piores, aqueles em
que o produto cai de lado em uma superfície horizontal, nada mais natural

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do que simular estas situações nos testes de queda. A primeira providência,
selecionar uma altura de queda, leva em conta o peso da embalagem e a
probabilidade de queda de uma altura específica.
Concluído o primeiro passo, o segundo será definir a fragilidade do produto,
segundo testes de choque e vibração. Os danos causados por choques
resultam da excessiva tensão interna induzida por forças de inércia. Como
as forças de inércia são diretamente proporcionais à aceleração, a
fragilidade ao choque é caracterizada pelo máximo nível de aceleração
tolerado, ou seja, quantos “G” o produto é capaz de suportar. Assim, o
objetivo da projetista será assegurar que o nível de aceleração transmitido
ao produto pelo acolchoado seja inferior ao nível de aceleração imposto à
embalagem.
No terceiro passo – escolha do amortecedor adequado – o, segredo está na
construção de dois tipos de curvas para cada tipo de material amortecedor.
A primeira é a curva da máxima aceleração de choque transmitido em
relação à tensão estática (peso do produto embalado dividido pela área do
acolchoado).
A seguir, no quarto passo, o projeto e a fabricação da embalagem-protótipo
são elaborados com as informações dos passos 1,2 e 3 e consideram o
custo do material de embalagem, tipos de proteção que deve oferecer,
exigências de transporte, fechos e todos os aspectos envolvidos na
confecção de embalagens. Por outro lado, a embalagem-protótipo deve ser
o mais semelhante possível à final, para que não haja problemas de não
representatividade.
Já no quinto passo, deve-se testar a unidade integral (embalagem com o
produto). Esse teste é essencial, uma vez que, para simplificação, o projeto
não leva em consideração os efeitos de alguns fatores, como forma do
amortecedor, fricção das almofadas laterais e confinamento das almofadas
de base, o que poderá, por exemplo, afetar o fluxo de ar do amortecedor.
Os testes aplicados são aqueles já conhecidos: choque e vibração.
Com base no que expusemos, podemos concluir que o principal objetivo da
embalagem é proteger o produto da melhor maneira possível, de acordo
com a modalidade de transporte utilizada na distribuição, com o menor
custo possível.

Caixa de papelão
Uma grande redução de custos que a empresa pode realizar em embalagem
de seus produtos é utilizando caixas de papelão ondulado no lugar das de
madeira, de compensado. Esse material, a que não se costuma prestar

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muita atenção, devido a sua cor amarelada e ao aspecto corriqueiro,
realiza, entretanto, façanhas.

Tambores
A utilização de tambores metálicos como embalagem alcança um número
considerável de produtos. Líquidos de todo tipo, produtos sólidos, pastosos,
pó, fluídos, granulados etc. podem ser transportados tambores de metal
com tranquilidade e comodidade. Tudo depende do revestimento que se dê
à chapa internamente. Há produtos cuja natureza permite que sejam
acondicionados em contato direto com a chapa; não se alteram. É o caso
dos derivados de petróleo e lubrificantes – clientes tradicionais dos
fabricantes de tambores metálicos. Outras mercadorias exigem cuidados
especiais para evitar que, por qualquer motivo, entrem em contato com o
metal. Por exemplo: produtos alimentícios, principalmente suco de laranja,
que nos últimos tempos vem sendo exportado em larga escala, pelo Brasil,
dentro de tambores metálicos.
A facilidade de manipulação, armazenagem e transporte e a absoluta
proteção que oferece à mercadoria, seja qual for, são os maiores atrativos
que este tipo de embalagem apresenta à indústria e ao comércio em geral.

Fardos
O excessivo volume de certas mercadorias foi o principal motivo que
compeliu grande número de empresas a adotarem o enfardamento como
sistema de embalagem. Pelos métodos usuais, o custo final dessas
mercadorias poderia resultar proibitivo, uma vez que os fretes marítimos
são cobrados pela cubagem do produto.

Recipientes plásticos
Introduzidos no transporte de líquidos e materiais a granel, os recipientes
plásticos para fins industriais estão substituindo, em larga escala, as
embalagens convencionais de vidro, madeira e metal. A receptividade
desses plásticos decorre da versatilidade do material empregado na sua
fabricação: o polietileno. Ele pode adotar formas diversas, com capacidade
que oscila entre cinco e 5.000 litros.

Carga unitária
Um conceito formal de carga unitária poderia ser de “uma carga constituída

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de embalagens de transporte, arranjada ou acondicionada de modo que
possibilite o seu manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos
e como uma unidade”.

Palete: Existem diversos tipos de paletes, mas eles poderiam ser divididos
em algumas classes:
 Quanto ao número de entradas: paletes de duas entradas
Paletes de quatro entradas
 Quanto ao número de faces: paletes de uma face
Paletes de duas faces

As razões para cada uma dessas classes são as seguintes:

Palates de duas entradas: Usados quando o sistema de movimentação


de materiais não exige “cruzamento” de equipamento de manuseio.

Paletes de quatro entradas: Usados quando é necessário o “cruzamento”


de equipamento de manuseio.

Palates de uma face: Aplicado quando a operação não exige estocagem,


ou quando o palete pode dispensar reforços, em virtude das características
do material a ser manuseio.

Paletes de duas faces: É o escolhido quando se precisa de uma unidade


mais reforçada, ou quando se quer aproveitar o palete por duas vidas úteis.
Os dois conceitos acima exigem paletes diferenças:
 Quando se deseja somente um palete mais reforçado, utiliza-se uma
armação com travessa na parte inferior, formando um conjunto mais
“estruturado”;
 Quando se quer um palete que tenha “duas vidas úteis”, utiliza-se o
palete de duas faces, ou seja, tanto a face superior como a inferior
podem portar cargas. Este tipo é bastante útil quando manuseiam-se
materiais que podem vir a atacar a madeira, seja por atrito, abrasão,
corrosão etc.

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Como as mercadorias vão ser acomodadas sobre os paletes, não têm
sempre o mesmo tamanho, para cada uma delas é preciso um estudo
detalhado de “arranjo físico” sobre o palete. Há toda uma técnica de
“estudos de arranjos físicos” para preparar uma carga unitária a partir das
caixas, latas ou algum tipo de embalagem primária ou embalagem para
venda. Esta técnica envolve a aplicação de algumas fórmulas algébricas ou,
então, a utilização de tabelas que mostram exemplos de “arranjos”.

Recipientes de coleta (caçamba): Conjuntos montados, como motores,


por exemplo, podem ser dispostos em racks, que são estruturas metálicas
nas quais os dispositivos especiais montados sobre o tampo da base
oferecem fácil acomodação ao conjunto, que, por sua vez, facilita o
manuseio.

Berço metálico: A partir desses recipientes básicos podem-se desenvolver


outras adaptações aos materiais de características especiais. Sempre que
possível, entretanto, devem-se considerar as medidas básicas 1.100 mm x
1.100 mm, pois, assim, a carga estará dentro dos padrões de medidas de
outros meios de transporte e armazenagem.

Paletização
A paletização vem sendo utilizada, com frequência cada vez maior, em
empresas que exigem manipulação rápida e estocagem racional de grandes
quantidades de carga. O emprego de empilhadeiras e paletes proporcionou
economia de até 80% do capital despendido com o sistema de transporte
interno. Um planejamento rigoroso deve ser sempre realizado para
determinar a viabilidade ou não da utilização de um sistema.

Há diversos fatores que precisam ser considerados ao se escolher um palete


para operar um sistema de movimentação de cargas:
1. Peso;
2. Resistência;
3. Tamanho;
4. Necessidade de manutenção;
5. Material empregado na sua construção;
6. Umidade (para os de madeira);

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7. Tamanho das entradas para os garfos;
8. Custo;
9. Tipo de construção;
10. Capacidades de carga;
11. Tipo de carga de movimentação;
12. Capacidade de empilhamento;
13. Possibilidade de manipulação por transportador;
14. Viabilidade para operações de estiva.

O arranjo mais indicado para determinado tipo de material depende de:


 Tamanho da carga: as maneiras de paletizar uma carga podem ser
diversas, apenas uma ou nenhuma, dependendo do seu tamanho;
 Peso do material: o número de camadas está condicionado à
resistência do palete e da embalagem;
 Carga unitária: o comprimento, a largura e, especialmente, a altura
da carga unitária, tomada como um todo, devem ser considerados;
 Perda de espaço: alguns arranjos podem ter muitos “vazios” entre as
suas unidades. Além de perda de espaço, o peso é distribuído
desigualmente, possibilitando o desmoronamento das pilhas;
 Compacidade: as várias unidades de um arranjo devem “se casar”
para que haja o necessário entrelaçamento do conjunto e o espaço
ocupado seja minimizado;
 Métodos de amarração: de acordo com o tipo de fixação das várias
unidades de carga em conjunto (colagem, arqueamento com fitas
metálicas ou de náilon etc.), estas poderão ser dispostas sobre o
palete sem maiores preocupações. Dá-se mais importância ao
entrosamento entre as várias unidades, quando as cargas não são
amarradas entre si.

Técnicas de estocagem
A dimensão e as características de materiais e produtos podem exigir desde
a instalação de uma simples prateleira até complexos sistemas de
armações, caixas e gavetas. As maneiras mais comuns de estocagem de
materiais podem ser assim generalizadas:
a) Caixas: são adequadas para itens de pequenas dimensões;

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construídas pela própria empresa ou adquiridas no mercado em
dimensões padronizadas, as caixas encontram grande aplicação na
armazenagem também na própria linha de produção;
b) Prateleiras: são fabricadas em madeira ou perfis metálicos,
destinando-se a peças maiores, para o apoio de gavetas ou caixas
padronizadas. Utiliza-se a madeira só por motivos econômicos, mas
também por ser mais mole, não danificando os produtos estocados
quando de impactos eventuais.
c) Racks: são construídos especialmente para acomodar peças longas e
estreitas, como tubos, vergalhões, barras, tiras etc. São às vezes,
montados sobre rodízios, permitindo seu deslocamento para junto de
determinada área de operação. Os racks são fabricados em madeiras
ou aço estrutural, os modelos e tipos disponíveis no mercado são bem
variados;
d) Empilhamento: constitui uma variante na armazenagem de caixas e
certos produtos, diminuindo a necessidade de divisões nas prateleiras
ou formando uma espécie de prateleiras por si só. É o arranjo que
permite o aproveitamento máximo do espaço vertical; nestes casos, o
empilhamento direto de uns sobre os outros com uma distribuição
equitativa das cargas. Os paletes são fabricados em grande série de
formatos e materiais em função do equipamento de movimentação
que lhes é intimamente associado: a empilhadeira.

Existem três classificações básicas de estocagem que são utilizadas para


empresas de transformação de matéria-prima em produto acabado:
a) Estocagem de matéria-prima: ainda que existam certas matérias-
primas mas que podem ser armazenadas ao tempo, o caso mais
comum é o da estocagem interna. A decisão em se criar um único
local centralizado para toda a matéria-prima ou armazená-la junto ao
ponto de utilização é considerada analisando as vantagens de cada
um destes critérios. A armazenagem centralizada facilita o
planejamento da produção, facultando o controle de inventário por
pessoal especializado concentrado em um só ponto da fábrica
(almoxarifado); esta centralização também permite um melhor
controle sobre as peças ou produtos defeituosos, tornando o ato de
rejeição mais simples.
A armazenagem descentraliza, por outro lado, possibilita um
inventário mais rápido, por meios visuais, e, por estar localizada junto
aos pontos de utilização, minimiza os atrasos ocasionados por

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enganos no envio de materiais a outros locais que não o de utilização.
O trabalho de documentação e de fichário é reduzido; o espaço que
normalmente não seria utilizado por ser aproveitado no sistema
descentralizado de armazenagem, com melhor uso racional.
Estas opções não existem quando os materiais são armazenados ao
tempo, como é o caso típico da madeira na indústria do papel, dos
lingotes na laminação do alumínio e do aço e de grande número de
indústrias de processamento de produtos químicos;
b) estocagem intermediária: também pode ser centralizada ou
descentralizada; aqui, trata-se de estocar os materiais ou produtos
que, já transformados, processados ou fabricados, parcial ou
totalmente, entram na etapa seguinte de produção. Quando a
armazenagem é centralizada, é comum o emprego de
transportadores, enquanto a descentralização pode exigir os paletes,
caixas ou prateleiras, junto ou próximo às estações de trabalho.
c) estocagem de produtos acabados: é aquela feita para atender
ao usuário, seja o de entrega imediata, seja o de encomendas sob
pedido.
No primeiro caso, o local de armazenagem deve situar-se próximo ao
local de expedição, enquanto para o atendimento de pedidos
especiais. Variáveis de cliente a cliente, a localização passa a ter
importância secundária; isto porque esta modalidade de estocagem
quase se funde no processo de montagem final estando envolvido um
número relativamente baixo de componentes.

Caixa metálica: Devido a uma série de estudos, conclui-se que o tipo


de estocagem que proporciona melhor rendimento é o perpendicular.
Procurou-se, então, associar o sistema de empilhamento de caixas ou
paletes com a prateleira; surgiram então as prateleiras porta-paletes,
que vieram a dar maior flexibilidade na possibilidade de melhor
aproveitamento das alturas dos depósitos.

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7. ARRANJO FÍSICO (LAIAUTE)

O projeto de layout dos almoxarifados deve ser considerado tão


ou mais importante que o projeto da própria fábrica. Há uma
regra, não escrita, que mostra ser mais rápido o avanço
tecnológico dos processos produtivos do que o da tecnologia de
armazenagem. Isso leva à diminuição ou permanência dos
espaços ocupados pela fábrica mesmo com aumentos de
volumes de produção, o que normalmente não ocorre com a
armazenagem4.

O arranjo físico (laiaute) é uma forma de organização de fundamental


importância para toda e qualquer organização na medida em que
desempenha duas funções precípuas:
1. Deve gerar qualidade de vida no trabalho
2. Deve facilitar a realização do trabalho de modo a torná-lo mais
eficiente.
Segundo Djalma de Pinho:
O arranjo físico apresenta um dinamismo relacionado à
evolução dos sistemas, bem como ao aprimoramento técnico-
profissional dos funcionários alocados no sistema considerado.
Portanto, representa um assunto para o qual o analista de
sistemas, organização e métodos deve proporcionar forte
atenção.
Um aspecto a ser evidenciado é que o arranjo físico também
pode afetar o comportamento das pessoas, pela alteração nos
métodos e nos processos de trabalho.

1
Objetivos do arranjo físico
Quando o analista de sistemas, organização e métodos está desenvolvendo
o estudo de arranjo físico, deve ter como objetivos desse trabalho alguns
aspectos, dentre os quais podem ser citados:
 Proporcionar um fluxo de comunicações entre as unidades
organizacionais de maneira eficiente, eficaz e efetiva;
 Proporcionar melhor utilização da área disponível da empresa;
 Tornar o fluxo de trabalho eficiente;

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 Proporcionar facilidade de coordenação;
 Proporcionar redução da fadiga dos funcionários no desempenho da
tarefa, incluindo o isolamento contra ruídos;
 Proporcionar situação favorável a clientes e visitantes;
 Ter flexibilidade ampla, tendo em vista as variações necessárias com
o desenvolvimento dos sistemas correlacionados;
 Ter flexibilidade, em caso de modificações nas tecnologias dos
processos; e
 Ter um clima favorável para o trabalho e o aumento da produtividade.
Portanto, a empresa pode decidir estudar seu arranjo físico atual se
estiverem ocorrendo alguns dos aspectos, entre outros:
 Demora excessiva no desenvolvimento dos trabalhos;
 Excessivo acúmulo e concentração de pessoas e formulários;
 Fluxo de trabalho inadequado;
 Projeção espacial inadequada dos locais de trabalho, gerando
descontentamentos e baixa produtividade; e
 Problemática na locomoção das pessoas em suas atividades
profissionais na empresa.

Etapas de um projeto de arranjo físico


Para o desenvolvimento de um estudo de arranjo físico, o analista de
sistemas, organização e métodos pode seguir as seguintes etapas:
 Levantamento da situação atual;
 Estudo das soluções alternativas;
 Consolidação da solução escolhida; e
 Implementação e avaliação de arranjo físico escolhido.
A seguir, são apresentadas algumas considerações a respeito dessas quatro
etapas.
Levantamento da situação atual
Para tanto, o analista deve desenvolver as seguintes tarefas:
a) Estudo do local, no qual o analista pode considerar os seguintes
aspectos:
 Planta baixa do espaço disponível (escala preferível: 1:50);

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 Vias de acesso;
 Análise da adequação do ponto de localização (bom, regular, sofrível);
 Preço do metro quadrado, tanto para compra quanto para locação;
 Possibilidade de adaptações de níveis de reforma possíveis (grande,
média, pequena);
 Possibilidade de ampliações e nível de flexibilidade do imóvel (alto,
médio, baixo);
 Análise das instalações do imóvel (ar-condicionado, elevadores,
sanitários, saídas de emergências, geradores próprios, áreas de
circulação etc.); e
 Limite de carga suportado pelo imóvel.
b) Estudo das divisões, móveis e equipamentos, considerando os
seguintes aspectos:
 Formatos e amplitude das salas;
 Medidas e quantidade dos móveis e equipamentos;
 Forma de uso de salas, móveis e equipamentos identificados; e
 Aparências e ambiente proporcionado.
c) Levantamento do fluxo de trabalho e das atividades correlacionadas,
no qual o analista de sistemas, organização e métodos pode
considerar os seguintes aspectos, entre outros:
 Identificação e análise das atividades dos funcionários
 Estudo do fluxo de trabalho
 Estudo dos movimentos efetuados pelos funcionários no desempenho
de suas tarefas;
 Estudo dos tempos de execução das várias operações; e
 Estudo da adequação do uso de máquinas e equipamentos.
d) Análise do ambiente para a execução das atividades, em que o
analista de sistemas, organização e métodos pode considerar os
seguintes aspectos básicos, entre outros:
 Temperatura (ideal entre 16° e 20°);
 Umidade (ideal é a baixa);
 Ventilação;
 Espaço;

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 Ruído;
 Tipo de cores das pinturas;
 Poeira; e
 Iluminação.

De maneira geral, observa-se que esses aspectos do ambiente de trabalho


podem aumentar, significativamente, a produtividade dos funcionários.
e) Preparação da lista de checagem, quando o analista consolida uma
série de itens a serem considerados no estudo e na implementação do novo
arranjo físico. Essa lista de checagem pode ser apresentada de forma
simples, mas completa, e será de grande valia para o analista de sistemas,
organização e métodos quando da implementação do novo arranjo físico da
empresa ou de parte dela.
f) Preparação de miniaturas dos móveis e equipamentos, de acordo com
a escala da planta baixa. Esse procedimentos é importantíssimo,
principalmente quando do estudo de alternativas do arranjo físico. Se o
analista não realizar esse trabalho, seguramente a qualidade de sua
proposta de arranjo físico estará comprometida. Portanto, esse trabalho
deve ser efetuado desde a etapa inicial de levantamento da situação atual.

Princípios do estudo do arranjo físico


Quando do desenvolvimento do estudo de arranjo físico na empresa,analista
deve considerar alguns princípios básicos, entre os quais podem ser citados:
 As unidades organizacionais que têm funções similares e
correlacionadas devem ser colocadas perto umas das outras, para redução
do tempo e distância de transporte;
 Os grupos de serviços centrais, tais como Expedição e Recebimento
de Correspondência, Arquivo, Secretaria Geral etc., devem ser localizados
próximos às unidades organizacionais que os utilizam com mais frequência;
 Dentro de cada unidade organizacional, o trabalho deve seguir um
fluxo contínuo e para a frente, o mais próximo possível, em linha reta;
 O mobiliário e os equipamentos devem ser arrumados em linha reta
ou em simetria, sendo que a colocação angular de mesas e cadeiras –
cotovelo – deve ficar restrita ao pessoal de supervisão;
 Deve-se evitar, sempre que possível, a colocação de postos de
trabalho frontais – frente a frente -, ou seja, os funcionários devem ser

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alocados numa mesma direção;
 Os padrões de espaço devem ser adequados ás necessidades de
trabalho e de conforto dos funcionários lotados na unidade organizacional;
 As mesas devem ser dispostas de modo que nenhum funcionário
fique, continuamente, voltado para uma fonte de luz intensa. Sempre que
possível, a iluminação deve atingir o posto de trabalho – ligeiramente acima
-, à esquerda – se o funcionário for destro – ou atrás do funcionário. Essa
consideração é valida para os casos mais simples; entretanto, para uma
análise global da empresa, é válido contratar os serviços especializados de
uma empresa específica;
 Os móveis e equipamentos de tamanho uniforme e mesma marca
permitem maior flexibilidade no remanejamento do espaço, melhor
aparência estética, reduzindo, também, o custo de compra e manutenção;
 As unidades que utilizam equipamentos que provocam ruídos podem
necessitar de certo isolamento, a fim de não perturbarem as outras
unidades ou funcionários;
 Devem-se destinar salas ou compartimentos isolados para
funcionários cujo trabalho exija grande concentração ou tratamento de
assuntos sigilosos;
 As unidades organizacionais e/ou funcionários que mantêm contato
permanente com o público devem estar situados em local de fácil acesso e
isolados das demais unidades organizacionais e/ou dos funcionários;
 Os blocos grandes e retangulares de espaço facilitam o fluxo de
trabalho e permitem maior flexibilidade no remanejamento do espaço;
 O conhecimento prévio da capacidade de suportação de carga de peso
é imprescindível para o estudo da localização de equipamentos pesados;
 O instalação de equipamentos de combate a incêndio é necessária em
locais de concentração de material de fácil combustão e nas demais
dependências do edifício, segundo exigência legal; e

Deve-se evitar o recobrimento, com material refletor de luz – vidro ou
superfícies brilhantes -, dos tampos de mesa ou outro móvel utilizado para
trabalhos em que se escreve permanentemente.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem
logística. edição. São Paulo: Editora Atlas S. A. 2010.

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Tipos de arranjos físicos
Basicamente os arranjos físicos são classificados em:
Arranjo físico posicional ou de posição fixa (project shop) – Nesse
tipo de arranjo os materiais não se movem e ficam fixos. Exemplos:
construção de uma rodovia, de um aeroporto etc.
Arranjo físico por processo ou funcional (job shop) – Nesse sistema os
processos similares são localizados bem próximos uns dos outros. Exemplos:
Arquivos e bibliotecas.

Arranjo físico celular – Aqui os materiais transformados são


movimentados para uma parte específica da operação (célula) onde estão
todos os demais recursos necessários ao processamento. . Ex.: maternidade
em um hospital, etc.

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Arranjo físico por produto ou processo (flow shop) – Nesse sistema,
cada um dos produtos segue a mesma sequencia de atividades sempre. Ex.:
linha de montagem de automóveis.

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8. QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)
O controle do recebimento do objeto contratado é realizado durante
o recebimento provisório, produzindo o efeito de liberar o vendedor
do ônus da prova de qualquer defeito ou impropriedade que venha a
ser verificada na coisa comprada.
Comentário:
O controle do recebimento do objeto contratado é realizado durante e depois
do recebimento provisório e do recebimento definitivo. Portanto, não há que
se falar em liberação do vendedor. Vejamos o que a lei 8.666/93 diz a
respeito:

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:


I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade
competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o
decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do
objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade
do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do
material e conseqüente aceitação.
§ 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o
recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do
serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato,
dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital.
§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se

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refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro
dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados
à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.

Gabarito: Errada

2. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)
O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar
especial atenção ao controle dos materiais críticos, os quais devem
ser submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e
periódica.
Comentário:
Podemos aplicar a questão aos procedimentos relativos à armazenagem de
material. Nesse sentido, os chamados materiais críticos devem ser
submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e
PERMANENTE.
Gabarito: Errada

3. (CESPE/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006)
A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de
materiais em estoque e do tempo de permanência desses materiais
no estoque.
Comentário:

Não necessariamente. Muitas


vezes, ainda que não haja material em estoque, as organizações continuam
tendo gastos, posto que incorrem em custos como, por exemplo, aluguel do
espaço de armazenagem, seguros, pessoal à disposição, manutenção etc.
Gabarito: Errada

4. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o
leiaute do processo produtivo, a embalagem, os princípios de

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estocagem, a localização de materiais, a classificação e codificação
de materiais e o inventário físico. Acerca desse assunto, julgue os
itens que se seguem.
O pallet é um instrumento que permite o respeito ao princípio da
carga unitizada.
Comentário:

Em primeiro lugar
O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o leiaute do
processo produtivo, a embalagem, os princípios de estocagem, a localização
de materiais, a classificação e codificação de materiais e o inventário físico.

Unitizar cargas?!?!?
Bem, unitizar significa transformar, normalmente por meio de embalagens,
uma determinada quantidade de produtos de modo que passem a ter a
mesma dimensão, formato e peso. Exemplo: temos um carregamento de
Blue-Rays e Televisores. Os mesmos possuem dimensões, formas e pesos
diferentes. Para unitizá-los, podemos acondicioná-los em paletes ou
conteiners em quantidades iguais de modo que passem a ter o mesmo
formato, peso e dimensão.
Gabarito: Certa

5. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o
leiaute do processo produtivo, a embalagem, os princípios de
estocagem, a localização de materiais, a classificação e codificação
de materiais e o inventário físico. Acerca desse assunto, julgue os
itens que se seguem.
A classificação do estoque de uma organização deve ser feita por
meio da catalogação, simplificação, especificação, normalização,
padronização e codificação de todos os materiais componentes desse
estoque.
Comentário:
Essa classificação é de suma importância para que o material possa ser
armazenado corretamente e, principalmente, para que possa ser facilmente
localizado e retirado do estoque quando necessário.

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Gabarito: Certa

6. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o
leiaute do processo produtivo, a embalagem, os princípios de
estocagem, a localização de materiais, a classificação e codificação
de materiais e o inventário físico. Acerca desse assunto, julgue os
itens que se seguem.
A normalização busca reduzir a diversidade de itens empregados
para um mesmo fim.
Comentário:
A função da normalização tem por objetivo padronizar e identificar com as
mesmas terminologias. Ex: Materiais em processamento, materiais
acabados.
Não tem nada a ver com redução de itens empregados.
Gabarito: Errada

7. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o
leiaute do processo produtivo, a embalagem, os princípios de
estocagem, a localização de materiais, a classificação e codificação
de materiais e o inventário físico. Acerca desse assunto, julgue os
itens que se seguem.
Com a implantação dos sistemas informatizados e da leitura óptica
para controle e armazenamento de materiais, torna-se
desnecessário o inventário e o controle de cut-off dos itens de
estoque de uma organização.
Comentário:
Inventário é a contagem física dos materiais de estoque e a confrontação
com os registros da empresa, ou seja, busca-se verificar se o que está
contido nos registros é, efetivamente, o que existe no estoque da empresa.
Cut-off é o ponto de corte. É1 um dos procedimentos mais importantes do
inventário; se a sua organização não for bem feita, corre-se o risco de o
inventário não corresponder à realidade. Poderá consistir em um mapa com
todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes da contagem
(notas fiscais, notas de entrada, requisição de materiais, devolução de
materiais). Não se recomenda que haja movimentação de materiais na data
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da contagem e que o departamento de compras instrua os fornecedores
para que não sejam entregues mercadorias nesta data.
Seja com ou sem sistema de informatização, o cut-off e o inventário são
indispensáveis para o controle dos materiais armazenados;
Gabarito: Errada

8. (CESPE/MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010)
No que se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de
prateleiras é adequado à estocagem de materiais de dimensões
variadas.
Comentário:
Repare que nas prateleiras da sua própria casa entram materiais com
diversas formas e tamanhos. Ao passo que, no seu porta CDs, em tese, só
entram CDs e DVDs.
Gabarito: Certa

9. (CESPE/SERPRO/ANALISTA DE GESTÃO LOGÍSTICA/2008)


O recebimento é a operação segundo a qual se declara, na
documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às
especificações contratadas.
Comentário:
ACEITAÇÃO ou ATESTE é a operação segundo a qual se declara, na
documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às especificações
contratadas. No serviço público é obrigatório que um servidor dê o “ATESTO
QUE O MATERIAL FORNECIDO E/OU SERVIÇO PRESTADO ESTÁ DE ACORDO
COM AS ESPECIFICAÇÕES EXIGIDAS E DESCRITAS NA NOTA FISCAL”.
Gabarito: Errada

10. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
A utilização cúbica e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores
que devem ser considerados no planejamento da área física do
estoque.
Comentário:
Utilização cúbica é o espaço a ser ocupado. Acessibilidade diz respeito à
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facilidade de colocação e retirada do material.
Gabarito: Certa

11. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
Considere que a largura dos corredores de um almoxarifado é
determinada pelo equipamento utilizado para manuseio e que os
corredores realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por
meio de empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os
corredores principais e os utilizados para embarque permitem o
trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo.
Comentário:
Caso a largura realmente permita fácil movimentação de itens é correto
afirmar que ocorra, no mínimo, o trânsito de duas empilhadeiras (uma para
embarque e outra para desembarque).
Gabarito: Certa

12. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
No arranjo físico funcional, utilizado em montagens complexas,
adota-se uma localização fixa de material.
Comentário:
O arranjo funcional ou por processo é utilizado em atividades similares,
como em arquivos e bibliotecas. O arranjo posicional ou de posição fixa
(project shop) é que é utilizado em montagens complexas e fixas como as
das grandes construções de estradas, portos e aeroportos.
Gabarito: Errada

13. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
No sistema de organização por zona, em se tratando de montagem
de pedidos, o responsável por pegar os itens do pedido circula pelo
depósito selecionando-os e, após terminado o pedido, leva-os até a
área de embarque.
Comentário:
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No sistema de organização por zona o responsável por pegar os itens
seleciona os produtos de cada zona, leva-os até o embarque e volta para
pegar o de outra zona e assim sucessivamente.
Gabarito: Errada

14. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Considere que Carlos esteja assumindo o cargo de analista
administrativo da secretaria de administração e está apreensivo em
função do seu desconhecimento a respeito dos novos colegas de
trabalho, novas rotinas de trabalho entre outros aspectos.
Como bom observador, Carlos percebeu que os materiais do
almoxarifado estavam organizados segundo o sistema de estocagem
livre. Prateleiras, paletes e racks parecem bem distribuídos no
espaço, mantendo corredores espaçosos e permitindo fácil
movimentação dos materiais. A partir da situação hipotética descrita
e considerando os preceitos de administração de materiais e
logística, julgue os itens que seguem.
Para o sistema de estocagem livre, a melhor opção de
reabastecimento é o sistema de reposição periódica, que consiste
em disparar o processo de compra quando o estoque de um certo
material atinge um nível previamente determinado.
Comentário:
No sistema de estocagem livre, ou seja, o sistema onde não existem pontos
fixos para a colocação dos materiais - exceto para aqueles que a empresa
considerar especial - os materiais, ao chegarem, são direcionados a qualquer
espaço livre do depósito. Não há nenhuma relação entre esse sistema e o
sistema de reposição periódica.
Gabarito: Errada

15. (CESPE/MS/ADMINISTRADOR/2010)
O arranjo físico de uma unidade produtiva impacta positivamente ou
negativamente seu clima organizacional. Para tanto, um projeto de
arranjo físico deve considerar, entre outros aspectos, o fluxo de
trabalho eficiente, a melhor utilização da área disponível, a redução
da fadiga do empregado no desempenho das tarefas e o fluxo
eficiente e eficaz da comunicação.
Comentário:

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É importante que se perceba que o arranjo físico é importante não só para a
organização dos materiais, mas, principalmente, para a qualidade de vida no
trabalho.
Gabarito: Errada

16. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Na movimentação de materiais, devem ser consideradas as
seguintes leis: lei da obediência de fluxo das operações, segundo a
qual as distâncias na movimentação e no transporte devem ser
reduzidas, eliminando, ao máximo, trajetos em zigue-zague e a lei
da manipulação mínima que determina que a manipulação dos
materiais ao longo do ciclo de processamento deve ser evitada e que
o transporte mecânico ou automatizado deve, sempre que possível,
ser utilizado.
Comentário:
A lei da movimentação mínima não exige que a manipulação dos materiais
seja evitada, mesmo porque isso é quase impossível. A lei determina que
deve-se manusear o necessário e somente o necessário, ou seja, de forma
mínima.
Gabarito: Errada

17. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


A forma centralizada de estocagem é sempre mais vantajosa do que
a forma descentralizada, à medida que facilita o controle sobre os
itens do estoque e a execução de inventários.
Comentário:
Cuidado com essas afirmações. Tanto uma como outra forma de estocagem
pode ser mais vantajosa. No entanto, isso varia de organização para
organização e depende de uma série de fatores, tais como: espaço
disponível, tipo de material a ser estocado etc.
Gabarito: Errada

18. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2010)


No sistema de estocagem livre, apenas materiais de estocagens
especiais são armazenados em local fixo.
Comentário:

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No sistema de estocagem livre, ou seja, o sistema onde não existem pontos
fixos para a colocação dos materiais - exceto para aqueles que a
empresa considerar especial - os materiais, ao chegarem, são
direcionados a qualquer espaço livre do depósito.
Fiquem atentos às exceções!!!
Gabarito: Certa

19. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2010)


A paletização impede a utilização do espaço aéreo do almoxarifado.
Comentário:
Uma das grandes vantagens do palete é justamente a possibilidade de
verticalização da carga e consequente aproveitamento do espaço aéreo do
almoxarifado.
Gabarito: Errada

20. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)


As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de
armazenagem independem dos objetivos organizacionais.
Comentário:
Dependem totalmente. Deve-se existir o chamado alinhamento estratégico
entre as estratégias de armazenagem e os objetivos da organização.
Gabarito: Errada

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9. LISTA DAS QUESTÕES
1. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)
O controle do recebimento do objeto contratado é realizado durante o
recebimento provisório, produzindo o efeito de liberar o vendedor do ônus
da prova de qualquer defeito ou impropriedade que venha a ser verificada
na coisa comprada.

2. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)
O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar especial
atenção ao controle dos materiais críticos, os quais devem ser submetidos
ao controle de obsolescência de forma contínua e periódica.

3. (CESPE/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006)
A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais
em estoque e do tempo de permanência desses materiais no estoque.

4. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o leiaute do
processo produtivo, a embalagem, os princípios de estocagem, a localização
de materiais, a classificação e codificação de materiais e o inventário físico.
Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem.
O pallet é um instrumento que permite o respeito ao princípio da carga
unitizada.

5. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o leiaute do
processo produtivo, a embalagem, os princípios de estocagem, a localização
de materiais, a classificação e codificação de materiais e o inventário físico.
Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem.
A classificação do estoque de uma organização deve ser feita por meio da
catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e
codificação de todos os materiais componentes desse estoque.

6. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o leiaute do

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processo produtivo, a embalagem, os princípios de estocagem, a localização
de materiais, a classificação e codificação de materiais e o inventário físico.
Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem.
A normalização busca reduzir a diversidade de itens empregados para um
mesmo fim.

7. (CESPE/CEARÁPORTOS/ANALISTA DES. LOGÍSTICO/2004)


O armazenamento dos materiais de uma organização envolve o leiaute do
processo produtivo, a embalagem, os princípios de estocagem, a localização
de materiais, a classificação e codificação de materiais e o inventário físico.
Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem.
Com a implantação dos sistemas informatizados e da leitura óptica para
controle e armazenamento de materiais, torna-se desnecessário o inventário
e o controle de cut-off dos itens de estoque de uma organização.

8. (CESPE/MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010)
No que se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de prateleiras
é adequado à estocagem de materiais de dimensões variadas.

9. (CESPE/SERPRO/ANALISTA DE GESTÃO LOGÍSTICA/2008)


O recebimento é a operação segundo a qual se declara, na documentação
fiscal, que o material recebido satisfaz às especificações contratadas.

10. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
A utilização cúbica e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores que
devem ser considerados no planejamento da área física do estoque.

11. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
Considere que a largura dos corredores de um almoxarifado é determinada
pelo equipamento utilizado para manuseio e que os corredores realmente
permitem a fácil movimentação dos itens, por meio de empilhadeiras. Nessa
situação, é correto afirmar que os corredores principais e os utilizados para
embarque permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo.

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12. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)
Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
No arranjo físico funcional, utilizado em montagens complexas, adota-se
uma localização fixa de material.

13. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Acerca do arranjo físico dos estoques, julgue os itens a seguir.
No sistema de organização por zona, em se tratando de montagem de
pedidos, o responsável por pegar os itens do pedido circula pelo depósito
selecionando-os e, após terminado o pedido, leva-os até a área de
embarque.

14. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


Considere que Carlos esteja assumindo o cargo de analista administrativo da
secretaria de administração e está apreensivo em função do seu
desconhecimento a respeito dos novos colegas de trabalho, novas rotinas de
trabalho entre outros aspectos.
Como bom observador, Carlos percebeu que os materiais do almoxarifado
estavam organizados segundo o sistema de estocagem livre. Prateleiras,
paletes e racks parecem bem distribuídos no espaço, mantendo corredores
espaçosos e permitindo fácil movimentação dos materiais. A partir da
situação hipotética descrita e considerando os preceitos de administração de
materiais e logística, julgue os itens que seguem.
Para o sistema de estocagem livre, a melhor opção de reabastecimento é o
sistema de reposição periódica, que consiste em disparar o processo de
compra quando o estoque de um certo material atinge um nível previamente
determinado.

15. (CESPE/MS/ADMINISTRADOR/2010)
O arranjo físico de uma unidade produtiva impacta positivamente ou
negativamente seu clima organizacional. Para tanto, um projeto de arranjo
físico deve considerar, entre outros aspectos, o fluxo de trabalho eficiente, a
melhor utilização da área disponível, a redução da fadiga do empregado no
desempenho das tarefas e o fluxo eficiente e eficaz da comunicação.

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Adm. de Recursos Materiais p/TRE-RJ
Teoria e exercícios comentados
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16. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)
Na movimentação de materiais, devem ser consideradas as seguintes leis:
lei da obediência de fluxo das operações, segundo a qual as distâncias na
movimentação e no transporte devem ser reduzidas, eliminando, ao
máximo, trajetos em zigue-zague e a lei da manipulação mínima que
determina que a manipulação dos materiais ao longo do ciclo de
processamento deve ser evitada e que o transporte mecânico ou
automatizado deve, sempre que possível, ser utilizado.

17. (CESPE/SEAD-SE/ANALISTA ADM. COMPRAS E LOG/2009)


A forma centralizada de estocagem é sempre mais vantajosa do que a forma
descentralizada, à medida que facilita o controle sobre os itens do estoque e
a execução de inventários.

18. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2010)


No sistema de estocagem livre, apenas materiais de estocagens especiais
são armazenados em local fixo.

19. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2010)


A paletização impede a utilização do espaço aéreo do almoxarifado.

20. (CESPE/CNPQ/ANALISTA EM C&T/2011)


As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de
armazenagem independem dos objetivos organizacionais.

10. GABARITOS

1. E 2. E 3. E 4. C 5. C

6. E 7. E 8. C 9. E 10. C

11. C 12. E 13. E 14. E 15. C

16. E 17. E 18. C 19. E 20. E

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Adm. de Recursos Materiais p/TRE-RJ
Teoria e exercícios comentados
Prof Wagner Rabello Jr. – Aula 03

BIBLIOGRAFIA

1. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma


abordagem logística. edição. São Paulo: Editora Atlas S. A. 2010.
2. POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e
Patrimoniais: uma abordagem logística. Atlas, 2010.
3. RIBEIRO, Máris de Cassis; OLIVEIRA, Cláudia de; JORVINO, Juliana
Jeronymo. Compras: negociação, estratégia, redução de custos são
elementos para agregar em sua empresa? Unisalesiano.
4. MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração
de Materiais e Recursos Patrimoniais. Ed. Saraiva, 2 ed. 2009.
5. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e
métodos: uma abordagem gerencial. Ed. Atlas, 19 ed. São Paulo,
2010.

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