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Introdução
O líder político de Cabo Verde e Guiné Bissau, Amilcar Cabral afirmava em seus
discursos contra o colonialismo europeu na África que era necessário
reafricanizar os espíritos como forma de emancipação (SPAREMBERGER, 2011).
Cabral percebia que o domínio colonial ultrapassava a conquista territorial e a
imposição de uma soberania (o colonialismo). Sua proposta de reafricanizar os
espíritos se constitui como um trabalho de educação político-cultural que busca
que xs negrxs tornem-se protagonistas de suas histórias e arquitetos de seus
próprios destinos (VILLEN, 2013). Ou seja, o “nascimento de um homem novo e
uma mulher nova (ambos restituídos à sua própria história)” (Idem: 17)
descolonizando as imagens da África. As ideias expressas por Cabral e dos
intelectuais orgânicos da luta anticolonial de diferentes tempos e espaços
(Toussanit L’Ouverture, Malcon X, Aime Cesaire, Patrice Lumbumba, Thomas
Sankara, ...) iriam estabelecer sementes para reaprender a ser, mas que são
constantemente invisibilizadas pelo eurocentrismo.
Os Negros de África não têm por natureza nenhum sentimento que se eleve acima
do insignificante. O senhor Hume desafia qualquer um a citar um único exemplo de
um Negro que tenha mostrado talentos, e afirma que entre os centenas ou
milhares de negros que são transportados dos seus países para outros lugares,
ainda que muitos deles tenham sido libertados, ainda não foi encontrado nenhum
que tenha apresentado algo de grandioso na arte ou na ciência ou qualquer outra
qualidade digna de apreço, apesar de entre os brancos ter sempre havido alguns
que se elevaram da mais baixa ralé e que, através de dotes superiores, ganharam o
respeito do mundo (KANT, 1763, secção IV apud MIGNOLO, 2004).
Esse cenário apresentado contribui e reforça uma luta por uma perspectiva
descolonial do currículo. Assim a descolonização das narrativas sobre a África e
sobre os negros é ao mesmo tempo uma necessidade teórica e política.
O primeiro delírio da modernidade foi que “[...] o Negro ser aquele (ou ainda
aquele) que vemos quando nada se vê, que nada compreendemos e, sobretudo,
quando nada queremos compreender”. Logo, é uma tábua rasa à espera do
projeto civilizatório europeu. Já o segundo delírio da modernidade foi que “[...]
ninguém – nem aqueles que inventaram nem os que foram englobados neste
nome – desejaria ser um negro ou, na prática, ser tratado como tal” (MBEMBE,
2014: 11). Assim, a ideia de África/Negro nasce marcada por uma biblioteca
colonial (MUDIMBE, 2013) e um poço de alucinações (MBEMBE, 2014). Logo
representam o princípio ativo do mal; seres instintivos e animalescos; a estética
da feiura; seres e “lugares” homogêneos; e um repertório limitado de destino e
possibilidades. São populações desumanizadas. Para Hegel, a
África é, em geral, uma terra fechada, e mantém este seu caráter fundamental [...]
Entre os negros é, com efeito, característico o fato de que sua consciência não
tenha chegado ainda à intuição de nenhuma objetividade, como, por exemplo,
Deus, a lei, na qual o homem está em relação com sua vontade e tem a intuição de
sua essência [...] é um homem bruto’. [...] Este modo de ser dos africanos explica
porque que seja tão extraordinariamente fácil fanatizá-los. O reino do Espírito é
entre eles tão pobre e o Espírito tão intenso ... que uma representação que se lhes
inculque basta para impulsioná-los a não respeitar nada, a destroçar tudo ...
África ... não tem propriamente história. Por isso abandonamos a África para não
mencioná-la jamais. Não é parte do mundo histórico; não apresenta um
movimento nem um desenvolvimento histórico ... O que entendemos
propriamente por África é algo isolado e sem história, sumida por completo no
espírito natural, e que só pode mencionar-se aqui no umbral da história universal
(HEGEL apud DUSSEL, 1995, p. 15-17).
De acordo com historiador congolês Elikia M’Bokolo, podemos fazer uso de outras
categorias para definir essas estruturas e configurações políticas em África, como,
por exemplo, a de “hegemonias políticas”. O conceito empregado nessa definição
é muito semelhante ao elaborado pelo antropólogo francês Jean-Loup Amselle,
chamado de “sociedades englobantes” (1999: 11-47). Ele envolve a perspectiva de
que as relações de poder estabelecidas não se prendiam à questão das fronteiras
fixas e da imposição de controle essencialmente centralizado. Os mecanismos das
trocas comerciais, o pagamento de tributos, os movimentos de reciprocidade, os
graus variados de autonomia e os laços de parentesco poderiam estar envolvidos
como variantes chaves dessas formações (M’BOKOLO, 2003:154-162). Dessa
maneira, a França de Luís XIV, não era o Mali de Sundiata Keita, assim como o
Reino dos Francos não guarda relação de identidade ou de proximidade absoluta
com o Reino de Oyo. (OLIVA, 2006:208/209)
A conquista de um ‘nome próprio’ foi também uma forma que muitos países
africanos recém-libertos do colonialismo buscaram para produzir um enterro
simbólico do imaginário colonial (MBEMBE, 2008). Rodésia torna-se Zimbabwe,
Alto Volta torna-se Burkina Faso, Costa do Ouro tornou-se Gana, entre outros. As
toponímias passam a ser uma pauta na luta política da descolonialização, na
busca da conquista do direito sobre si e sobre o mundo (Idem). Contudo,
Mbembe (Ibidem) também ressalta a ambiguidade que essa recuperação possui,
especialmente em territorialidade de grupos que atuavam com agentes do
tráfico ou de recuperação de antigos nomes de lugares dados pelos
colonizadores. As disputas acerca das significações espaciais do real revelam os
conflitos ainda muito presentes na territorialização de projetos espaciais da
dominação racial. A renomeação dos lugares e a destruição e/ou resignificação
de monumentos que representavam a dominação racial convocam a outra
escrita da história. “La gestación de una nueva conciencia dependerá,
efectivamente, de nuestra capacidad en producir, cada vez, nuevas
significaciones” (MBEMBE, 2008).
Oliva (2008) aponta que desde a antiguidade europeia existe um mal-estar acerca
de como os povos estrangeiros referiram a esse continente. A África é uma
construção histórica e geográfica marcada por uma constelação de poder de
olhares exteriores. Oliva (Idem) aponta que a parte norte do continente era
chamada de Etiópia. Os muçulmanos chamavam de Sudão (terra dos homens
negros em Árabe).
A origem do termo África possui uma dimensão geo-ambiental. Essa marca tem
influenciado as formas de percepção do continente até hoje. As leituras
deterministas associam a influência climática na construção das ‘sociedades
africanas’. Essas leituras serviram a projetos de dominação racistas teológicos
que iram associar ao calor a pele escura símbolo do mal.
[...] nas representações cartográficas dos séculos XIII ao XV, a região norte do
continente africano já aparece intitulada de África que, como vimos, é uma
nomenclatura latina empregada para referir-se às áreas de domínio político
romano. Valentin Mudimbe explica que o “declínio do uso do termo Aethiopia
como nome do continente começou com as explorações européias no século XV”
13 . A partir de então outras expressões passaram a ser empregadas para
Mas a idéia de uma África como terra de todos, e de uma identidade africana, foi
surgindo articulada às formas de reinvenção de identidades, característica dos
oitocentos, originando-se nesse momento específico da relação com a sociedade
dominante.
Da mesma forma, sabemos que, na luta pela libertação do jugo colonial na África
do século XX, foi fundamental a criação de vertentes ideológicas que ressaltassem
os aspectos comuns, como as idéias de negritude, de pan-africanismo, entre
outras. Todas essas idéias tiveram um papel na História: o de negar os discursos
dos colonizadores e de forjar integrações necessárias. Mas não eram verdades
absolutas. Aqueles que as tomaram como verdades sem matizes logo se sentiram
derrotados quando viram que pertencer ao continente como nativo não os fazia
necessariamente irmãos uns dos outros.
[...] No entanto, não há que se perder de vista os aspectos comuns, dentro de uma
visão de totalidade, abrangendo amplas regiões da África. Podemos falar, sim, de
grandes aspectos, de histórias compartilhadas, de longos tempos de interações e
trocas. Regionalmente, em grandes áreas geoculturais e lingüísticas, isso foi e é
perceptível. (LIMA, 2006b: 44).
Vemos como as representações interferem nas formas de compreender
espacialmente o mundo. Na história da modernidade, tanto as representações
quanto as memórias dominantes buscaram constituir e certificar verdades
históricas. Assim, questionar tais ideias é também questionar a moderna-
colonialidade e o processo de invisibilização de outras trajetórias.
As Redes Regionais
Demant (Idem) afirma que “os descendentes de tais laços eram muitas vezes
alforriados e contribuíram para o processo de mestiçagem no Oriente Médio”.
Moore (2008) aponta que os eixos territoriais do tráfico articulando as regiões
eram: Kanen-Bornou e o Cairo; Cairo-Sudão; Zanzibar e Omam até a Arábia;
Sudão Ocidental e Península Ibérica (quando os árabes dominaram a Península
Ibérica a partir do século VIII).
No século IX, sob a dinastia Abássida, com sede em Bagdá (Iraque), ocorreram as
primeiras revoltas e insurreições negras da história. As repetidas insurreições das
populações afro-árabes, denominadas Zang, faziam tremer as elites do Império
Árabe. O maior movimento de revolta por parte dos escravizados de qualquer
época aconteceu em 967 d.C. e durou até 980 d.C., quando os escravos afro-árabes
(Zang) do sul do Iraque se organizaram e criaram um Estado independente dos
Zang, sob o comando de Ali Muhamed, dirigente religioso de origem árabe, que se
identificou com a causa dos revoltosos negros 19 . Cabe a Ali Muhamed, homem
místico de raça branca, o grande mérito de ter se erguido contra o Império
Abássida, colocando-se à frente da maior das empreitadas realizadas por escravos
na história antes da Revolução de Haiti, em 1804. (MOORE, 2008: 14/15).
[...] com eles, sua cultura, seus saberes e conhecimentos técnicos também fizeram
deles uma força de caráter civilizatório. Os africanos ensinaram aos habitantes do
território brasileiro e das Américas escravistas muitas coisas fundamentais para a
sobrevivência e o crescimento do chamado “Novo Mundo”. [...] Foram artífices,
construtores, cirurgiões-barbeiros, cozinheiras. Foram agricultores que trouxeram
plantas novas, que serviram e servem como alimento e remédio, e também
introduziram diferentes técnicas de cultivo. Entre esses escravos havia artistas e
músicos com novos instrumentos, ritmos e movimentos que encheram nossa terra
de cores e sons – que hoje são tão nossos, tão brasileiros. E suas línguas
modificaram o português, fizeram dele a língua nacional, levando-o pelo território,
introduzindo palavras e tonalidades. E também trouxeram novas maneiras de se
comportar nas relações familiares, de se relacionar com o sagrado, novos modos
de celebrar e de se ligar aos antepassados, ou seja, posturas diante da vida e da
morte. (LIMA, 2006b: 45)
O baobá passou a ser utilizado pelo movimento negro brasileiro como símbolo
político da transposição de elementos das paisagens ‘naturais’ feitas pelos povos
escravizados em seu processo de reterritorialização, já que não é uma árvore
brasileira, e foi trazida na diáspora 22 . Rompe-se assim com a perspectiva
passiva e voltada apenas para a dinâmica do trabalho das populações
escravizadas. Percebemos aí um movimento de descolonização da paisagem
natural ao romper com as sucessivas separações gestadas pelo imaginário
colonial eurocêntrico.
Aliados às suas benesses naturais, somam-se muitos valores sociais. Fato quase
alegórico, em milhares de aldeias disseminadas por toda a África, a Adansônia
irrompe no centro da povoação, revelando o papel que lhe é conferido pela
sociedade. Seria o caso de fazer uso da máxima do geógrafo Milton Santos, pela
qual estamos diante de um fixo a magnetizar fluxos do dinamismo social (SANTOS,
1998, 1988 e 1978).
Tuan (1980) traz um saber geopolítico inscrito no arranjo espacial dos baobás na
África, isto é, a localização/distribuição que tem sido ressaltado pelo movimento
negro como um saber espacial estratégico transposto e usados na luta contra a
escravidão. Para Tuan (Idem: 90)
A porção do deserto do Calaari em que vivem os bosquímanos Gikwe não apenas é
árida como desprovida de marcos visuais, exceto pelos baobás, e mesmo estes
crescem um longe do outro; algumas áreas não têm nenhum. Para os
bosquímanos o deserto não é sem atrativo e vazio. Eles têm um conhecimento
extraordinariamente detalhado de sua área de andanças, que para cada grupo de
cerca de vinte pessoas pode atingir uma extensão de várias centenas de
quilômetros quadrados. Dentro de seu próprio território os bosquímanos
"conhecem cada arbusto e pedra, cada ondulação do terreno e geralmente dão um
nome para cada lugar em seu território, onde certos tipos de alimentos da savana
podem crescer, mesmo que esse lugar tenha apenas alguns metros de diâmetro,
ou onde há somente uma mancha de altos juncos ou uma árvore oca com enxame
de abelhas e deste modo cada grupo de pessoas conhece várias centenas de
lugares pelo nome" 25 .
A tentativa de transformar o acarajé, bolinho feito com massa de feijão uma das
iguarias ofertada à Iansã ou Oyá nos rituais de candomblé em uma comida de
orientação gospel reforça bem o fato de estarmos em plena execução de um
programa sistemático de extinção das religiões de matrizes africanas e brasileiras
tendo como instrumento atos de intolerância religiosa aliado ao imobilismo
governamental que de olho nos votos de cabresto dos templos evangélicos não se
manifesta ou mesmo como se o povo de santo não. Tal ataque é certo quando
vemos que somente aspectos culturais aliados à cultura afro foram transformados
em atividades gospel, como: Capoeira Gospel, acarajé de Jesus ou bolinho de
jesus, descarrego santo, roupas brancas às sexta-feiras e demais atividades
exclusivas da cultura afro. Há ainda também a forçosa votação que transformou a
música gospel em atividade cultural possibilitando as grandes produtoras
abocanharem uma grande soma de dinheiro que era destinado às atividades
culturais tradicionais. [...] Fica uma pergunta aos que julgam que eu sempre vejo
intolerância em tudo: "Por que não fizeram o IYaksoba de Jesus? Porque não
fizeram a Pizza de Jesus? Porque não fizeram Kravg-Magá Gospel? Porque não
fizeram o Kung-Fu e o Judô gospel!? simples eles não são oriundos da cultura afro
brasileira. Pense nisso! (ALVES, 2014)
Os Processos de Regionalização 26
Apesar da crítica acerca da divisão regional da África em Branca e África Negra ter
mais de 30 anos, ainda persiste em muitos materiais didáticos no Brasil esse tipo
de leitura racista criada para apagar as experiências civilizatórias dos povos
classificados como negros pelos europeus. Segundo o ideal racista desta
regionalização, o desenvolvimento civilizatório na África seria o resultado da
presença do homem branco. Desta forma, o Egito foi extirpado da África, com
grande ajuda do cinema Hollywoodiano. Assim, qualquer desenvolvimento na
África Negra era atribuído à influência de algum homem branco no passado.
Apesar de inscrições imagéticas nas paredes das pirâmides, as imagens nos
documentos encontrados do ‘Egito Antigo’ e nos estudos arqueológicos
comprovarem a existência de civilizações classificadas hoje como negras no
‘Egito Antigo’, várias produções brasileiras religiosas cinematográficas e de séries
televisivas tem sido feitas pela TV Record, ambientadas no ‘Egito Antigo’, que se
negam a apresentar atores negros como os representantes dos governos e
protagonizando os modos de vida daquela época e região. Mesmo com intensas
críticas do movimento negro brasileiro acerca destas representações
alimentarem um racismo epistêmico, cresce o número de produções que (re)
produzem um branqueamento geo-histórico da região.
Mesmo depois de mais dez anos da implementação da lei há muita coisa ainda a
se fazer. Há um enorme caminho a ser feito, contudo, o trajeto é árduo e cheio de
armadilhas políticas, teóricas e metodológicas.
Referências
LIMA, M. História da África: temas e questões para a sala de aula. In: OLIVEIRA, I. &
SISS, A. (Org.). Cadernos PENESB – Niterói n. 7, novembro de 2006a.
______. Novas Bases para o ensino da história da África no Brasil. In: Educação
anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº. 10.639/03 – Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: MEC/SECAD, 2005.
PARADA, M. et. al. História da África Contemporânea. Rio de Janeiro: Ed. PUC-
Rio: Pallas, 2013.
5 Para Moore (Idem: 21) a África poderia ser dividida em vários períodos: “O
processo de hominização; o povoamento do continente africano pela
humanidade arcaica; os êxodos do continente e o subsequente povoamento do
planeta; o processo de migração intra-africana sedentarização e assentamento
agrícola; o processo da construção dos primeiros Estados agro-burocráticos da
história; as lutas e rivalidades políticas entre povos e nações africanas, os
expansionismos intra-africanos desde a antiguidade núbio-egípcia até a
contemporaneidade; as invasões do exterior; a conquista e colonização árabe da
África setentrional; os tráficos negreiros intra-continentais e transoceânicos; os
processos de desintegração de espaços sócio-históricos constituídos e,
consequentemente, os processos de regressão social; a conquista e colonização
europeia de todo o continente africano; as lutas de libertação e a descolonização
da África” .
6 [...] o fato de que a noção de ‘raça’ não traduz uma realidade biológica não quer
dizer que ‘raça’ não exista como construção histórica. [...] ela corresponde não a
uma realidade genotípica (biológica), mas sim a um fato socio-histórico baseado
numa realidade morfo-fenotípica concreta à qual se deu uma interpretação
ideológica e política.
10 Ibid., p. 27.
11 Ibid., p. 26.
12 KI-ZERBO, Joseph. Introdução Geral. In: ______. (Org.). História Geral da
África: metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ática; Paris: UNESCO,
1982, p. 21. V.
16 Cf. ZURARA, Gomes Eanes. Crônica dos feitos notáveis que se passaram na
conquista da Guiné por mandado do Infante D. Henrique. Lisboa: Academia
Portuguesa de História, 1981.
19 [...] Os descendentes afro-árabes dessa antiga população Zang ainda estão lá.
E naquelas primeiras imagens de invasão americana do Iraque, em março de
2003, as pessoas se depararam com algo inusitado: não sabiam por que esses
árabes negros compunham a população iraquiana. Mas, as imagens que estavam
sendo divulgadas retratavam a realidade do sul do Iraque, o antigo bastião dos
Zang.
29 Resguarde-se que sob a lente das relações mantidas pelos Estados com o
espaço, não se julga desprezível nem sequer uma mínima fração de território. É o
que torna plausível a existência de “Estados Anões”: Liechtenstein, San Marino,
Andorra e Mônaco, cujos espaços, se esforçam por conservar.