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Localizada na Rua Projetada I, S/N, no Bairro Bulandeira, Barbalha – CE.
estabelecer um diálogo com as demais componentes do currículo escolar? Como possibilitar
esse liame? Tais questões podem ser mais bem formuladas e aclaradas no decorrer a experiência
no programa, se assim houver interesse. Essa vivência inicial suscitou outras reflexões
primárias, principalmente no que tange às possibilidades cênicas nos espaços da escola.
Principiamos a resolução do instrumento de sondagem da escola-campo que servirá de
diagnóstico para o desenvolvimento de futuras atividades.
A longo do período dedicado à ambientação, que se iniciou em meados de dezembro
de 2018 e teve conclusão no dia 25 de janeiro de 2019, os acontecimentos e as percepções foram
bastante pontuais. Como já mencionado anteriormente, a escola estava em período de
recuperação em dezembro e com o nosso retorno, no mês de janeiro, a mesma se encontrava
em recesso, não sendo possível, assim, vivenciar a escola em seu fluxo rotineiro. A ambientação
ocorreu de forma tranquila e, algumas vezes, até mesmo ociosa de atividades. Como a
instituição não estava em sua rotina escolar, com estudantes e funcionários em atividade, as
nossas observações pautaram-se em mapear os ambientes da escola e, de forma incipiente, idear
possíveis estratégias de trabalho em consonância com o Projeto Residência Pedagógica.
Dedicamos um largo período de tempo à resolução das questões do instrumento de sondagem.
No decorrer de tal atividade, percebemos que a divisão das questões para os componentes do
núcleo havia sido equivocada, visto que muitas questões possuíam vários subitens que se
desdobravam em um mesmo tópico. Buscamos, em grupo, redimensionar a divisão e colaborar
coletivamente na resolução de questões mais complexas. Na resolução de muitos tópicos
elencados na sondagem contamos com a colaboração do preceptor acerca de informações
concernentes a escola; outras, porém, necessitavam de um contato com outros setores da
instituição, como coordenação, direção, financeiro, etc, cujo não tínhamos diálogo com
frequência ou havia uma indisponibilidade de tempo desses para a resolutiva de tópicos mais
complexos, o que implicou no retardo de tal resolução; algumas questões presentes no
instrumento de sondagem exigiam um trabalho mais minucioso do núcleo de residentes, como
a contagem de cadeiras, mesas e outros elementos encontrados na escola, assim como também
medir as dimensões de salas de aula, visto que esses números eram inexatos pelos funcionários
do local.
Um acontecimento que nos deixou em alerta foi a vestimenta adequada para adentrar
ao espaço escola, visto que a instituição não permite a entrada de pessoas com shorts, camisetas,
blusas de alça. A priori, não havíamos atentando à tais normas, o que gerou, em um determinado
momento, um aviso e não permissão de entrada na escola (que foi aberta uma exceção, devido
ao desconhecimento das normas). Uma dúvida que se instaura refere-se à vestimenta que poderá
ser utilizada para ministrar, por exemplo, aulas de teatro? Essa norma que tange a vestimenta
se estenderá às práticas teatrais? Acreditamos que seja importante problematizar esta questão
para a construção e realização de nossas atividades futuras.
Um momento imprescindivelmente importante nas vivências da ambientação foi a
participação no planejamento escolar, pois nos aproximou e introduziu aos acontecimentos e
metas do ano de 2018 e das projeções para 2019, nos situando à realidade da instituição. Foram
acompanhados dois dias de planejamento, onde houveram debates que compreenderam alguns
eixos, sendo eles: avaliação de 2018, que consistia em discutir sobre os sucessos e fracassos,
as dificuldades e suas motivações, os problemas e qual motivos para tais; autoavaliação,
voltada, individualmente, a cada professor/a presente, objetivando problematizar o que foi feito
no ano de 2018, por que foi feito, o que não foi realizado, o motivo de não ter sido realizado,
quais foram as faltas e o grau de contribuição de cada docente, no que tange a sucesso e
insucesso; o que fazer para 2019, o que será mantido nesse novo ano, o que será erradicado,
quais serão as inovações, o estabelecimento de compromissos e cumprimentos de prazos, e
como será pensado a socialização/comunicação entre todas as áreas e professores;
acompanhamento, que diz respeito aos planos, planejamentos, diários, avaliações, devolutivas,
instrumentais e sobre metodologias ativas; foram também discutidos acerca das metas da
instituição quanto ao foco no SPAECE e no ENEM, quais foram os déficits e quais estudantes
estavam em situação crítica na escola. A participação do núcleo de residentes no planejamento
escolar permitiu conhecer uma realidade ainda desconhecida por nós graduandos que diz
respeito à labor dos/as docentes e suas metas, resultados e dificuldades no ambiente escolar.
O período de ambientação foi bastante profícuo para vivenciar a escola e conhecer sua
estrutura e sua constituição. Um próximo passo consiste em vivenciar a instituição em sua rotina
e perceber o movimento e o fluxo que a mesma possui, experienciando seus acontecimentos e
situações. A ambientação poderia ter ocorrido de forma mais consistente se não houvesse um
prazo tão hermético a ser cumprido para a mesma, que obrigava sua conclusão até o final de
janeiro, porém entendemos que são normas estabelecidas por instâncias maiores. É
extremamente coerente o período de sondagem de um espaço antes da atuação no mesmo, isso
nos faz adentrar à localidade com maior segurança e planejando atividades de acordo com a
realidade e com as necessidades que esse local possui.