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Entidade Formadora: Escola Tecnológica

Profissional de Sicó

Manual de Apoio à: Cidadania: Direitos e


Deveres do Cidadão

A Formadora: Andreia Sousa

Boidobra Março Abril 2019 Duração do médulo:25 horas


Índice

Objetivos da Aprendizagem .............................................................................................................................. 3


Introdução.......................................................................................................................................................... 4
FICHA DIAGNÓSTICA ................................................................................................................................... 5
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA ........................................................................................... 7
CIDADANIA PORTUGUESA ......................................................................................................................... 9
Direitos fundamentais .......................................................................................................................................12
CIDADANIA EUROPEIA ...............................................................................................................................18
Declaração Universal dos Direitos Humanos ...................................................................................................26
Bibliografia.......................................................................................................................................................35
Web grafia ....................................................................................................................................................35
ANEXOS ..........................................................................................................................................................36

2
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM

✓ Conhecer a origem e evolução histórica do conceito de cidadania.


✓ Distinguir as dimensões da Cidadania.
✓ A Cidadania Europeia;
✓ Distinguir a tipologia da democracia e a sua aplicação pática nas sociedades.
✓ Reconhecer a importância da Constituição da República Portuguesa como Lei
Fundamental.
✓ Entender a Organização Básica e os Elementos Constituintes da Cidadania Europeia.
✓ Saber quais são os Direitos Humanos e a sua importância para a Cidadania Plena.
✓ Refletir sobre o papel dos Direitos e Deveres do Cidadão no Mundo Atual.
✓ As Gerações de Direitos.
✓ Reconhecer as Várias competências de Relacionamento do Cidadão.

3
INTRODUÇÃO

O presente Manual tem finalidade apresentar as noções básicas de cidadania, quer portuguesa
quer europeia bem como os Direitos Humanos.

A Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na


Constituição de um país, por parte dos seus respetivos cidadãos (indivíduos que compõem
determinada nação).

A cidadania também pode ser definida como a condição do cidadão, indivíduo que vive de
acordo com um conjunto de estatutos pertencentes a uma comunidade politicamente e
socialmente articulada.

Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e
cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada e justa.
4

Ser cidadão é muito mais difícil e exigente do que ser súbdito. Este não precisa sequer de saber
que o é, a ignorância é sua condição. O cidadão procura saber, interpela quem manda, conhece
as regras da democracia, isto é, do regime político que se baseia na cidadania.
FICHA DIAGNÓSTICA

1-Hoje em dia, para além de sermos cidadãos portugueses somos também cidadãos
europeus. Concorda com a presente afirmação? Justifique.

2- Ser cidadão é assumir uma atitude de tolerância e respeito pelos outros, de luta pela
igualdade e pela liberdade de todos. Explicite o sentido da frase anterior.

3- Na sua opinião uma participação ativa na sociedade é importante para resolução de


problemas socias? Recorra a uma situação de vida para exemplificar.

4- “Não somos Ilhas” pelo contrário vivemos conectados com o todo que é a sociedade,
assumindo deste modo
vários papeis socias – pais, trabalhadores, sócios de coletividades, etc. Temos direitos e
deveres perante a
sociedade.

a) Enumere alguns direitos enquanto cidadão ou cidadã

1. _______________________________
2. _______________________________
3. _______________________________
4. _______________________________

b) Enumere alguns deveres enquanto cidadão ou cidadã.


1. ________________________________
2. ________________________________
3. ______________________________________
4. _______________________________________

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EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA
.

A palavra “cidadania” provém do latim civitatem que significa cidade. Isto nos remete a
expressão grega polis, cidades-estados antigas; tipo de organização a que é atribuído, pela
maioria dos historiadores, o conceito tradicional de cidadania. Nesta fase a cidadania restringia-
se à participação política de determinadas classes sociais. Cidadãos eram apenas os homens com
mais de 18 anos e filhos de pais atenienses.

O mesmo ocorria em Roma, onde se via claramente a exclusão dos romanos não nobres e de
estrangeiros, que não detinham nenhuma espécie de direitos.

Nota-se, portanto, que tanto na Grécia quanto em Roma a cidadania mostrava-se como um
direito de poucos, havendo uma discrepância entre o discurso teórico e a aplicação prática na
sociedade.

Na Idade Média, com o advento das mudanças trazidas pelo feudalismo logo no primeiro 7

período, isto é, o que sucedeu à queda do Império Romano, a preocupação política cedeu espaço
à questão religiosa e a ideia de cidadania foi relegada a segundo plano. A sociedade nesta altura
apresentava uma organização que incluía a nobreza, o clero e o povo, tendo as referidas classes
direitos e privilégios distintos.

Tal situação só se modificou com o surgimento dos estados nacionais. Neste período
denominado historicamente como Baixa Idade Média, reaparece a noção de estado centralizado
e com ele a clássica visão da cidadania, ligada aos direitos políticos.

Os séculos XIX e XX foram responsáveis por progressos significativos que repercutiram no


conceito de cidadania.

A Revolução Francesa e a Revolução Americana inseriram no contexto mundial um novo tipo


de Estado, carregando consigo os ideais de liberdade e igualdade e embora tivessem uma origem
burguesa auxiliaram na busca pela inclusão social. Aliado a tudo isto despontavam as lutas
sociais. A cidadania passa, por fim, a manter uma vinculação com o relacionamento entre a
sociedade política e os seus membros.

As duas guerras mundiais foram decisivas para a mudança de ideologia sobre a cidadania e o
medo advindo das atrocidades praticadas e alicerçadas pela legalidade fez com que órgãos
internacionais e a própria sociedade civil passassem a entender cidadania como algo
indissociável dos direitos humanos.

O conceito de cidadania passou a ser vinculado não apenas à participação política, representando
um direito do indivíduo, mas também o dever do Estado em oferecer condições mínimas para o
exercício desse direito, incluindo, portanto, a proteção ao direito à vida, à educação, à
informação, à participação nas decisões públicas.

Mesmo diante de todos estes avanços ainda hoje se percebe as inúmeras violações aos direitos
humanos e a ausência de cidadania plena a considerável parcela da população que se diz excluída,
em especial, nos países subdesenvolvidos e emergentes.
8
Podemos assim, citar Norberto Bobbio], “assegurar que a cidadania é uma luta diária, e que hoje
não basta apenas elencar e fundamentar direitos é preciso efetivá-los. Este é o desafio de nosso
tempo.”
https://cienciapoliticareges.wordpress.com/2016/03/31/evolucao-historica-do-conceito-de-cidadania/
CIDADANIA PORTUGUESA

História da Cidadania Portuguesa

Portugal, que tem atualmente mais de 10 milhões de habitantes e 92 000 km2, é um dos países mais
antigos da Europa e do Mundo, tendo surgido no século XII.

Separou-se de Leão e Castela por ação de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. O Tratado
de Zamora, de 5 de outubro de 1143, celebrado entre D. Afonso VI, Rei de Leão e Castela e D.
Afonso Henriques, Rei de Portugal, constitui o reconhecimento da independência do nosso país.
Teve um período particularmente notável nos fins do século XV e no século XVI com os
Descobrimentos.
De 1580 a 1640, esteve sob o domínio de Espanha.
No século XIX (1820), abraçou o liberalismo que se instaurou no país depois de um período
conturbado e de uma guerra civil que opôs os adeptos do absolutismo chefiados por D. Miguel e os
adeptos do liberalismo chefiados pelo Rei D. Pedro IV.
Em 5 de Outubro de 1910, a Monarquia foi derrubada e implantada a República.
Em 28 de Maio de 1926, um golpe militar deu origem a uma ditadura que durou até 1974.
Em 25 de Abril de 1974, também por um movimento militar, logo seguido de grande
movimentação popular, iniciou-se um período democrático com eleições livres e sérias, iniciadas
em 25 de Abril de 1975 e mantidas até aos nossos dias. Passámos, a partir de então, a constituir um
Estado de Direito democrático.

10

Em 1985, Portugal passou a fazer parte da agora denominada União Europeia e então chamada
Comunidade Económica Europeia.

Portugal, que tem atualmente mais de 10 milhões de habitantes e 92 000 km2, é um dos países mais
antigos da Europa e do Mundo, tendo surgido no século XII.

O que é a Cidadania Portuguesa

Num sentido amplo, a cidadania é reconhecida como o «direito a ter direitos». Por isso, há quem a
entenda como um estatuto que confere um leque de direitos constitucionalmente previstos.
Embora a Constituição da República Portuguesa não o defina, a cidadania pode ser compreendida
como um direito fundamental ligado a uma nacionalidade: o «direito a ser membro da República
Portuguesa». Exige, portanto, um vínculo ou conexão relevante a Portugal — ter nascido em
território português, ser filho ou neto de portugueses, casar‑se com um cidadão português — que
justifique tal estatuto de inclusão/pertença à comunidade política e jurídica portuguesa. De qualquer
forma, a Constituição não admite distinções entre cidadãos originários e cidadãos naturalizados;
excetua‑se a exigência de que o presidente da República seja português de origem.

Importa notar que a Constituição adota o termo «cidadania» em detrimento de «nacionalidade» ou


«nação», a fim de escapar à carga antidemocrática que o Estado Novo lhes imprimiu. Assim, a
cidadania portuguesa não deve se interpretada num sentido exclusivo (ou seja, distintivo do «nós» e
dos «outros») porque a Constituição reconhece aos estrangeiros e apátridas que se encontrem ou
residam em Portugal os mesmos direitos do cidadão português. Neste sentido, todos os cidadãos
portugueses — e estrangeiros a eles equiparados pelo princípio da universalidade — gozam dos
direitos e estão sujeitos aos deveres consignados na Constituição. Há, todavia, direitos exclusivos
dos portugueses (sobretudo direitos políticos) e direitos exclusivos dos estrangeiros (como o direito
11
de asilo).

https://www.direitosedeveres.pt/q/constituicao-politica-e-sociedade/cidadania/o-que-e-a-cidadania-
portuguesa-e-o-que-implica

Quais os Critérios para atribuição da Cidadania Portuguesa?

A atribuição da cidadania portuguesa depende dos critérios legalmente definidos para atribuição ou
aquisição da nacionalidade portuguesa.

Estes critérios assentam na filiação ou no território, no caso de atribuição à nascença, ou na


naturalização, no caso de aquisição ao longo da vida.

Assim, a cidadania portuguesa exige um vínculo ou uma conexão relevante a Portugal — ter
nascido em território português, ser filho ou neto de portugueses, casar‑se com um cidadão
português — que justifique tal estatuto de inclusão/pertença à comunidade política e jurídica
portuguesa.

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DIREITOS FUNDAMENTAIS

A Constituição

É próprio do Estado de Direito democrático ter uma Constituição escrita, que é uma lei
fundamental aprovada, em regra, por maioria qualificada e que só pode ser modificada
igualmente por lei de maioria qualificada.

A Constituição tem de ser um documento de elevado consenso no Estado de Direito a que diz
respeito, daí a sua aprovação e alteração por maioria qualificada (2/3 dos membros do
Parlamento), estando, assim, ao abrigo de maiorias conjunturais, mesmo que sejam absolutas
(mais de metade dos deputados).
A Constituição da República Portuguesa de 1976 foi aprovada por larga maioria, muito superior
a 2/3, devendo as alterações ser aprovadas igualmente por uma maioria de, pelo menos, 2/3 dos
deputados da Assembleia da República em efetividade de funções.

A Constituição de 1976 foi elaborada por uma Assembleia Constituinte livremente eleita nas
eleições mais participadas de sempre na vida do nosso país, em 25 de Abril de 1975. Note-se que
os deputados livremente eleitos naquela data não estavam, no entanto, inteiramente livres de
elaborar uma Constituição como bem entendessem, pois tinham de obedecer, por razões político-
militares conjunturais, a um pacto imposto pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) que
concedia a este poderes políticos excessivos. Esses desvios foram corrigidos pelas revisões
constitucionais de 1982 e de 1989.

A Constituição de 1976 que hoje vigora é genuinamente democrática. Ela abre com princípios
fundamentais relativos ao nosso país, inclui um extenso e apropriado catálogo de direitos
fundamentais, organiza o poder político de acordo com o princípio da separação dos poderes,
quer horizontal (legislativo, executivo e judicial), quer vertical (autonomias locais) e, na parte
final, prevê regras para a sua revisão, dentro do respeito pela democracia. 13
Direitos fundamentais

Os direitos fundamentais são as posições jurídicas básicas reconhecidas pelo direito português,
europeu e internacional com vista à defesa dos valores e interesses mais relevantes que assistem
às pessoas singulares e colectivas em Portugal, independentemente da nacionalidade que tenham
(ou até, no caso dos apátridas, de não terem qualquer nacionalidade).

O Estado tem a obrigação respeitar os direitos fundamentais e de tomar medidas para os


concretizar, quer através de leis, quer nos domínios administrativo e judicial. Estão obrigadas a
respeitá‑los tanto as entidades privadas quanto as públicas, e tanto os indivíduos quanto as
pessoas colectivas. Mesmo os cidadãos portugueses que residam no estrangeiro gozam da
protecção do Estado para o exercício dos direitos fundamentais, desde que isso não seja
incompatível com a ausência do país.

À luz da nossa Constituição, existem duas grandes categorias de direitos fundamentais: os 14

direitos, liberdades e garantias, por um lado, e os direitos e deveres económicos, sociais e


culturais, por outro. Os primeiros — por ex., o direito à liberdade e à segurança, à integridade
física e moral, à propriedade privada, à participação política e à liberdade de expressão, a
participar na administração da justiça — correspondem ao núcleo fundamental da vivência numa
sociedade democrática. Independentemente da existência de leis que os protejam, são sempre
invocáveis, beneficiando de um regime constitucional específico que dificulta a sua restrição ou
suspensão.

Em contraste, os direitos económicos, sociais e culturais — por exemplo, o direito ao trabalho, à


habitação, à segurança social, ao ambiente e à qualidade de vida — são, muitas vezes, de
aplicação diferida. Dependem da existência de condições sociais, económicas ou até políticas
para os efectivar. A sua não concretização não atribui a um cidadão, em princípio, o poder de
obrigar o Estado ou terceiros a agir, nem o direito de ser indemnizado.
https://www.direitosedeveres.pt/q/constituicao-politica-e-sociedade/direitos-e-deveres-
fundamentais/o-que-sao-direitos-fundamentais

Deveres Fundamentais dos Cidadãos


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Existem deveres fundamentais aos quais os cidadãos estão sujeitos. Juntamente com os direitos
fundamentais, correspondem à base jurídica essencial para a vida social, política e humana, tal
como hoje se entende.

Alguns deveres – como o pagamento de impostos, a colaboração com a administração da justiça,


a obediência às ordens legítimas da autoridade – são diretamente exigíveis, pelo que o seu
incumprimento pode dar origem a sanções previstas na lei. Existem outros deveres, geralmente
de carácter cívico (por ex., votar), cuja falta de cumprimento não dá lugar a qualquer sanção. Há
ainda deveres que se impõem aos cidadãos em virtude de alguma condição particular. Os
magistrados e os militares, por exemplo, estão sujeitos ao dever de isenção partidária, enquanto
os advogados e os médicos são obrigados ao sigilo profissional.

O cumprimento dos deveres fundamentais atende, naturalmente, à situação específica de alguns


cidadãos. Por exemplo, as pessoas com deficiência não são obrigadas ao cumprimento de
deveres para que se encontrem incapacitadas.
Tal como os direitos, é possível repartir os deveres fundamentais em dois grandes grupos: os de
carácter civil e político, e os de carácter económico, social e cultural. Os primeiros têm como
característica principal serem deveres dos cidadãos para com o Estado: defesa da pátria,
pagamento de impostos, recenseamento eleitoral. Os segundos visam proteger valores sociais
que a Constituição entende como sendo mais relevantes: promoção da saúde, educação dos
filhos, defesa do ambiente humano e do património cultural.

PLANO DE TRABALHO

A liberdade é um requisito da forma de governo que respeita os direitos, as liberdades e as


garantias individuais, através da limitação do poder governamental.

Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único


responsável por todos.
Somos totalmente responsáveis pela qualidade da nossa vida e pelo efeito exercido sobre os 16
outros, construtivo ou destrutivo, quer pelo exemplo quer pela influência direta. Não fazemos o
que queremos e, no entanto, somos responsáveis pelo que somos: eis a verdade.

O conhecimento é pois um bem individual ao serviço do bem comum. Sendo um bem, está
também sujeito a desvalorização, sempre que o seu possuidor não o atualizar ou deixar de
constituir base geradora de maior conhecimento. A evolução obriga, assim, ao desenvolvimento
de processos criadores. A inovação continuada é a fonte do progresso individual e coletivo.

Bem comum é um imenso conjunto de bens materiais e espirituais que formam o


património de uma sociedade. Por exemplo, a geografia e as paisagens de um país, as águas e
riquezas naturais, o seu nível de vida, capacidade de produção, infraestruturas de transportes e
comunicações, edifícios, sistema de educação e de saúde, património artístico ente outros.

1- Faça um reflexão sobre:


a)Liberdade/Responsabilidade
b)Bem individual/Bem comum
c) Dê exemplos da sua vida (de forma pormenorizada).

2- No seu dia-a-dia é confrontado/a com a necessidade de fazer opções? Como as faz? Descreva
uma situação da sua vida (de forma pormenorizada). 17
CIDADANIA EUROPEIA

A União Europeia faz parte da mossa vida. Por todo o lado deparamo-nos com a sua presença,
com os seus símbolos, cruzamo-nos com as suas manifestações. É irrecusável pois, a pertença do
nosso país à União Europeia. Contudo, isso também significa, que deste modo somos Cidadãos
Europeus. A Cidadania Europeia vem juntar-se à nossa cidadania original.: somos cidadãos
portugueses e cidadãos europeus.
Estamos, assim, investidos de uma cidadania mais enriquecida, onde aos direitos que temos
enquanto cidadãos portugueses se vêm acrescentar aqueles que decorrem do facto de sermos
cidadãos europeus. Esse alargamento da nossa esfera traz-nos, também, deveres. E um dos mais
importantes é, sem dúvida, o de participar critica e ativamente no desenvolvimento do projeto
europeu, um projeto de paz e mais desenvolvimento e justiça para todos.

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Quais os seus direitos e como exercê-los

Qualquer nacional de um país da UE é, automaticamente, cidadão europeu. Ser cidadão europeu


confere-lhe alguns direitos e responsabilidades adicionais importantes.

Os seus direitos enquanto cidadão europeu


Estes direitos estão consagrados no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (artigo
20.º) e na Carta dos Direitos Fundamentais (Capítulo V).

Precisa de ajuda para exercer os seus direitos?

Para sensibilizar o público e as autoridades nacionais para a cidadania europeia, a Comissão


publica regularmente um relatório sobre a cidadania da União.

Viajar e viver na UE
Enquanto cidadão europeu, tem o direito de viver e viajar na UE sem ser objeto de discriminação
com base na nacionalidade.

Pode residir em qualquer país da UE, desde que satisfaça determinadas condições consoante alí
pretenda trabalhar, estudar, etc..

Participação na vida política da UE

Qualquer cidadão europeu tem o direito de votar e de se apresentar como candidato nas eleições
locais e nas eleições para o Parlamento Europeu no país da UE onde reside nas mesmas
condições que os nacionais desse país.

Petições e queixas
Qualquer cidadão europeu pode apresentar uma petição ao Parlamento Europeu relativa a uma
queixa ou problema de caráter pessoal ou de interesse público. O assunto deve inserir-se na esfera
de competências da UE (ou seja, não pode ser algo que é decidido ao nível local ou nacional) e
afetar diretamente o cidadão em causa. 19

Pode dirigir-se ao Provedor de Justiça Europeu para queixas relativas a casos de má


administração por parte de uma instituição ou um organismo da UE.

Os cidadãos europeus também podem contactar diretamente as instituições e órgãos consultivos


da UE, tendo direito a uma resposta em qualquer uma das 24 línguas oficiais da União.

Proteção consular
Se precisar de ajuda num país que não pertence à UE e o seu próprio país não tiver uma
embaixada ou consulado nesse país, enquanto cidadão europeu, tem direito a beneficiar de
proteção consular por parte de uma embaixada ou consulado de qualquer país da UE.

Pode pedir assistência em situações que envolvam, por exemplo, uma morte, um acidente ou uma
doença grave, prisão ou detenção, crime violento ou repatriação.

Como participar na definição das políticas europeias


Iniciativa de Cidadania Europeia: definir prioridades
A Iniciativa de Cidadania Europeia permite aos cidadãos convidar a Comissão Europeia a
apresentar uma proposta legislativa. Cada iniciativa deve ser subscrita, no mínimo, por um
milhão de pessoas de, pelo menos, um quarto dos países da UE (atualmente, pelo menos, sete).

Participação ativa na vida democrática da UE


As organizações e os cidadãos são encorajados a desempenhar um papel ativo na UE no âmbito
de várias iniciativas:

Programa Europa dos cidadãos 2014- 20 destina-se a melhorar o conhecimento que as pessoas
têm da UE, da sua história e da sua diversidade, a sensibilizar para os direitos que a cidadania
europeia confere e a reforçar a participação democrática ao nível da UE.
Programa Direitos, Igualdade e Cidadania 2014-20 apoia projetos de promoção da igualdade e
dos direitos fundamentais, sensibiliza para os direitos que a cidadania de UE confere e incentiva a
uma maior participação na vida democrática ao nível da UE.
A Comissão lança regularmente consultas públicas sobre as iniciativas previstas, dando a todos os
europeus a oportunidade de se pronunciarem sobre as questões em apreço. 20
Diálogos com os cidadãos – organizados um pouco por toda a parte, destinam-se a auscultar os
cidadãos sobre os problemas que os preocupam.
Diálogo civil debates entre a Comissão e organizações da sociedade civil especializadas em
determinadas questões.

https://europa.eu/european-union/topics/eu-citizenship_p
Exercício Prático

Assinale as afirmações verdadeiras e falsas. Corrija as afirmações falsas.

O principal objetivo da constituição da CECA foi a liberalização das trocas de energia atómica.

1.2 O Tratado de Roma, assinado em 1945, instituiu a USA.

1.3 A criação da União Europeia provou que os países da Europa Ocidental, antes divididos pela
guerra, podiam gerir em conjunto dois bens fundamentais.

1.4 A CEE abriu caminho à futura CECA, que adaptou a sua estrutura e modelo de funcionamento.

1.5 A 25 de Março de 1957, foi assinado o Tratado de Roma, que institui a CEE e Euratom. 21

1.6 Um dos objetivos do Tratado de Roma era a criação de uma união política.

1.7 A criação da CEE teve como principal consequência o aumento do comércio entre os países
aderentes.

1.8 O Tratado de Maastricht entrou em vigor em 2003.

1.9 Com o Tratado de Maastricht, a construção europeia passou a assumir também uma dimensão
política.

1.10 O Tratado de Maastricht centra-se em dois objetivos: a criação de uma União Económica e de
uma União Monetária
.
Assinale a opção correta:

1- A União Europeia, cuja primeira designação foi Comunidade Económica Europeia, surgiu
em…

1957 pelo Tratado de Roma.


1992 pelo Tratado de Maastricht.
1957 pelo Tratado de Amesterdão
1962 pelo Tratado de Nice.

2- Da Zona Euro fazem parte, entre outros países,…

Portugal, Espanha, Itália e Polónia.


França, Bélgica, Irlanda e Eslovénia.
Suécia, Finlândia, Holanda e Alemanha. 22
Áustria, França, Grécia e Reino Unido.

3- Um dos últimos países que aderiu à UE foi…

Eslovénia
Suécia
Estónia
Croácia

4- O alargamento da UE a um conjunto mais vasto de países representa uma oportunidade


política e económica porque permite…
A redução dos fundos estruturais e o aumento da concorrência
A expansão do mercado único e o reforço da posição da União a nível mundial.
O aumento significativo da superfície e da população total.
Maior heterogeneidade económica, social e cultural.
Documento 1
A grande transformação histórica ocorrida no palco europeu entre finais dos anos 80 e princípios dos
anos 90 do século XX permitiu que começasse a ganhar forma uma visão até então impensável: uma
Europa democrática de lés a lés, um espaço de respeito pelos direitos humanos e um Estado de direito,
próspero e estável, onde os laços de integração tornassem impossível a guerra entre os Estados.
Em 1993 o Conselho Europeu deu um passo decisivo para o atual processo de alargamento, declarando
que os países da Europa Central e Oriental poderiam tornar-se membros da EU, tendo para isso de
cumprir critérios políticos e económicos.
Maria João Seabra in Janus 2004 (adaptado)

1- Explique, com base no documento, o grande objetivo da formação da União Europeia.

23

2- Qual a data de entrada de Portugal para a Comunidade Económica Europeia..

3- Apresente duas transformações ocorridas na sociedade e economia portuguesas, decorrentes da


integração na Comunidade Económica Europeia.
4- Apresente duas vantagens e duas desvantagens da integração de Portugal na União Europeia.
Justifique.

Após o Conselho Europeu de Copenhaga, em 2002, ficou decidido que a EU se iria alargar a doze novos
países, até 2007. Este alargamento é, sem dúvida, um processo de uma extensão geográfica muito
grande e um processo complexo devido aos impactos que tem com os outros importantes processos que
se desenvolvem no seio da EU, nomeadamente o reajustamento dos fundos estruturais e a reforma das
instituições.

1- Indique três das principais instituições europeias.

24

2- O Parlamento Europeu é uma das instituições europeias. Refira duas das funções desta instituição. (1
25

1.1 Faça corresponder a cada número o nome do Estado-Membro da União Europeia.

1- 8- 15-HUNGRIA 22-ESLOVAQUIA
2- 9- 16-MALTA 23-FINLANDIA
3-DINAMARCA 10- 17- PAÍSES 24-SUÉCIA
BAIXOS
4- 11-CHIPRE 18-AUSTRIA 25-
5-ESTÓNIA 12-LETÓNIA 19-POLÓNIA 26- ROMÉNIA
6- 13-LITUANIA 20- 27- BULGÁRIA
7- 14- 21-
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Artigo 1.º

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2.º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração,
sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política
ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além
disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou
do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou
sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 26

Artigo 4.º

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as
formas, são proibidos.

Artigo 5.º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Artigo 6.º

Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua personalidade jurídica.

Artigo 7.º

Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a
proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.
Artigo 8.º

Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos que
violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

Artigo 9.º

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada
por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de
qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Artigo 11.º

1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique
legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de
defesa lhe sejam asseguradas. 27
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam
ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena
mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.
Artigo 12.º

Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua
correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa
tem direito a proteção da lei.

Artigo 13.º

1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um
Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito
de regressar ao seu país.
Artigo 14.º
1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros
países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de
direito comum ou por catividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 15.º

1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.


2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de
nacionalidade.
Artigo 16.º

1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem
restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua
dissolução, ambos têm direitos iguais.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do
Estado.
Artigo 17.º 28

1. Toda a pessoa, individual ou coletivamente, tem direito à propriedade.


2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 18.º

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a
liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou
convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pelos ritos.

Artigo 19.º

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser
inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras,
informações e ideias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20.º
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país, quer
diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através
de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou
segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22.º

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a
satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à
cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23.º

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e 29

satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.


2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua
família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os
outros meios de proteção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos
para a defesa dos seus interesses.
Artigo 24.º

Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação razoável da duração
do trabalho e a férias periódicas pagas.

Artigo 25.º

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e
o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência
médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego,
na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência
por circunstâncias independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças,
nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma proteção social.
Artigo 26.º

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente
ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e
profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em
plena igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do
homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade
entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das
catividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.
Artigo 27.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as 30
artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção
científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28.º

Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de
tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciados na presente Declaração.

Artigo 29.º

1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno
desenvolvimento da sua personalidade.
2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações
estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos
direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem-estar numa sociedade democrática.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos
princípios das Nações Unidas.
Artigo 30.º

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer
Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato
destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.

Exercício Prático

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1) O direito consagrado no n.º 1 do art.26º.


2) Segundo o art. 1º, o espírito que deve estar subjacente às relações entre os homens.
3) O que é proibido pelo art. 4º.
4) Segundo o n.º 3 do art. 21º, a entidade a que os poderes políticos estão subjacentes.
5) Aquilo a que ninguém estará sujeito, segundo o art. 5º.
6) O terceiro aspecto a que se tem liberdade, de acordo com o texto do artigo 18º.
7) A organização que está na origem da Declaração dos Direitos Humanos.
8) O que afirma o art. 3º para além do direito à segurança e à vida.
9) Aquilo a que todos temos direito, de acordo com o nº1 do art.15º.
10) O direito consagrado no n.º1 do art. 23º.
11) Segundo o n.º 2 do art.20º, aquilo a que ninguém pode ser obrigado a pertencer.
12) O direito consagrado pelo n.º1 do art.14º.
13 )O direito consagrado no n.º 2 do art.º 27º.
14) A arbitrariedade não se aplica à condição referida pelo art.9º.

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Exercício prático

O deputado do PPM ao Parlamento do Açores, Paulo Estevão, interpelou hoje o Governo


sobre o combate à pobreza na região, com um "testemunho pessoal" em que contou a sua
história de vida.

"Sou um dos 16 filhos de uma família muito pobre. No momento em que nasci não tinha
quase nada e o meu futuro não era muito diferente daquele que aguardava outras crianças
pobres por todo o país", revelou o parlamentar monárquico, que disse ter consciência de
que este "testemunho pessoal" poderá ser politicamente "imprudente".

Paulo Estevão recordou que apenas conseguiu livrar-se da pobreza porque foi adotado
quando tinha três meses de idade, por uma família com melhores condições financeiras do
que a sua família biológica, o que lhe permitiu ter uma melhor educação e melhor
33
desempenho escolar. "Tive as condições que os meus irmãos naturais não tiveram. Por
isso, tive um aproveitamento escolar semelhante aos que não eram pobres", lembrou o
deputado do PPM, destacando que existem muitas outras "histórias de vida" como a sua.

No seu entender, é necessária uma "revolução de políticas" nos Açores, que permita
combater o flagelo em que vivem muitas famílias na região, vítimas da "indiferença e do
preconceito absurdo" de muitas pessoas. "Do que falo é de uma revolução nas
mentalidades e nas prioridades da governação" disse o parlamentar monárquico,
lamentando que o atual executivo socialista açoriano não tenha tido capacidade para
resolver o problema da pobreza.
https://www.dn.pt/portugal/interior/deputado-interpela-o-governo-sobre-pobreza-nos-
acores-e-admite-que-ja-foi-pobre-9052055.html
1- Após a leitura atenta deste caso, na perspetiva da cidadania e do direito
à educação gratuita e universal, redijam um texto com as conclusões que o mesmo
lhes sugere.

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BIBLIOGRAFIA

Carvalho C., de Sousa, F. e J Pintassilgo J.,(2005) A Educação para a Cidadania como


dimensão transversal do currículo escolar. Porto Editora.

André, A. M. (2016) Trilogia para a Cidadania. Chiado Books


Fontes

WEB GRAFIA
https://cienciapoliticareges.wordpress.com/2016/03/31/evolucao-historica-do-conceito-de-
cidadania/

https://www.direitosedeveres.pt/q/constituicao-politica-e-sociedade/cidadania/o-que-e-a- 35
cidadania-portuguesa-e-o-que-implica

https://europa.eu/european-union/topics/eu-citizenship_p
ANEXOS

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