You are on page 1of 2

FICHA DE TRABALHO

ANO LETIVO:2017/2018

CURSO: EAC77 ANO: 3º DATA: 24/10/2017

DISCIPLINA: Área de Integração

Módulo 5 – Tema-Problema 9.1


MÓDULO: Os fins e os meios: que Ética para a vida humana? Nº: 5

PROFESSOR: Maria João Saraiva / Carla Oliveira

ALUNO: Nº ALUNO:

Casos-problema
A «Principais acontecimentos do dia 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões comerciais
foram sequestrados por operacionais da rede terrorista al-Qaida nos EUA. (…) As horas indicadas
são as locais, na costa leste dos EUA.
08:46 – O Boeing da American Airlines, correspondente ao voo 11, atinge a torre norte do
World Trade Center entre o 95.º e o 103.º andares. Morrem os 92 passageiros. (…)
09.03 – O avião da United Airlines embate na torre sul do World Trade Center ao nível do 80.º
andar. Morrem os 65 passageiros. (…)
09:13 – Dois aviões-caça F-15 descolam da base militar de Otis e dirigem-se para Manhattan.
Minutos depois o espaço aéreo de Nova Iorque é fechado. (…)
10:28 – A torre norte do World Trade Center desmorona-se e morrem cerca de 1400 pessoas
no local e proximidades. O Governo ordena o abate de todos os aviões que entrem no espaço
aéreo de Washington.»
In http://noticias.sapo.pt/especial/11setembro, adaptado

1. A decisão do Governo americano foi, neste caso, utilitarista? Justifica.

B «Um navio de cruzeiro faz escala C «Uma doença muitíssimo perigosa e para a
num determinado porto turístico e, qual não existe ainda qualquer cura, surge numa
durante esse breve período, cinco aldeia remota de um determinado país. As
passageiros desaparecem sem deixar autoridades estão bastante alarmadas pois a
rasto. Após dois dias, os restantes doença em causa é muitíssimo contagiosa e mata
passageiros sentem-se já aborrecidos e em poucas horas. Deverão as autoridades tentar
entediados. Deverá o capitão do navio prestar cuidados médicos acrescidos no sentido de
mantê-lo no cais até que o caso seja salvar os habitantes que ainda não morreram ou
resolvido, ainda que isso comprometa as deverão, pelo contrário, abandonar e isolar
férias da maioria dos passageiros ou totalmente aquela área específica com o apoio do
deverá partir, limitando-se a entregar o Exército, de modo a que o risco de contágio seja
caso às autoridades locais?» extinto de uma vez por todas?»
Exercícios concebidos pelo professor

REF. PÁGINA
071I4 1 de 2
FICHA DE TRABALHO
ANO LETIVO:2017/2018

D «[Ocorre] uma explosão numa base espacial em E «Um incêndio deflagra num
Marte. Encontram-se lá cinco astronautas, que têm prédio residencial. Mário, um dos
oxigênio para apenas 15 horas. A nave de resgate só moradores, hesita entre salvar
poderá chegar em 16 horas. Contudo, os cálculos dos quatro dos seus vizinhos que estão
computadores mostram com precisão que apenas no na eminência de ficarem cercados
caso da vida de um deles ser extinta restará oxigênio pelas chamas e um parente próximo
suficiente para que os outros quatro sejam salvos. que vive dois andares acima. Mário
Considerando isso, o comandante da missão decide que sente-se bloqueado: deve
um deles deverá tomar uma pílula que o faça morrer abandonar os vizinhos à sua sorte
rapidamente. [A decisão do comandante é razoável? Ou correndo a salvar o familiar? Ou
deverá, inversamente, desistir de qualquer esforço para esquecendo o familiar deve, desde
impedir a morte de todos os elementos da missão?]» já, salvar os vizinhos que aflitos lhe
Claudio F. Costa, Razões para o utilitarismo, adaptado pedem socorro?»
Exercício concebido pelo professor

F «Num acidente inevitável, a única forma de salvar a vida de todos os passageiros de um


autocarro e assim maximizar a felicidade é o auto-sacrifício do motorista. [Tem o motorista a
legitimidade para efectuar uma manobra que salvando os passageiros colocará a sua vida em
sério risco? Ou deverá desistir dessa possibilidade?]»
In http://criticanarede.com/utilitarismo.html, adaptado

2. Tomando por referência o ideal utilitarista, deduz respostas para os casos B, C, D, E e F.

G «O leitor é um cirurgião [e] o chefe de uma equipa de primeira linha de especialistas em


transplante de órgãos, com um registo imaculado de resultados de sucesso. Na sua lista de espera
encontram-se quatro jovens, todos desesperadamente doentes e a precisarem urgentemente de
transplantes sem os quais morrerão em breve. Andrea precisa de um transplante de fígado, Barry
de coração, Clarissa de pâncreas e Donald de pulmões. Não existem doadores disponíveis. O leitor
está desesperado. Não entrou em medicina por dinheiro; queria ajudar as pessoas e melhorar as
suas vidas, e agora encontra-se diante de quatro jovens que estão a morrer. Eles não fizeram nada
de errado; teriam vidas longas e felizes à sua frente, se não fosse a doença. Se ao menos
houvesse órgãos disponíveis, ficavam todos bem – uma vez que o leitor já ultrapassou os
problemas de compatibilidade de tecidos, rejeição e por aí fora. Quando está prestes a dizer aos
seus pacientes que não há esperança, apercebe-se da entrada do novo recepcionista – por sinal,
um jovem, Eric. Sabe, pela sua ficha médica, que é saudável. Os seus olhos adquirem um brilho.
Pede a Eric que o acompanhe à sala de cirurgia, para lhe mostrar as instalações, claro, claro… O
seu raciocínio silencioso é: “Quero fazer o meu melhor pelo maior número possível de pessoas. Ao
matar Eric, tenho a possibilidade de distribuir os seus órgãos pelos jovens Andrea, Barry, Clarissa e
Donald, salvando as suas vidas. É verdade, o mundo deixa de ter Eric; isso é mesmo uma triste
perda. Mas ganhou outras quatro vidas. Quatro pelo preço de uma é um óptimo negócio.”»

Peter Cave, Duas vida valem mais do que uma?, adaptado

3. A possibilidade imaginada pelo cirurgião é compatível com a ética utilitarista? Justifica.

REF. PÁGINA
071I4 2 de 2

You might also like