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ELETRICIDADE APLICADA

GERADORES ELÉTRICOS

Jorge Luiz Degle Esposte


jesposte@gmail.com
Gerador Síncrono
“É uma máquina elétrica, considerada como sendo
elemento mais importante dentro de um sistema de
energia elétrica.

É o gerador que garante o fornecimento, dentro das suas


limitações, da energia solicitada pelas cargas, mantendo
o nível de tensão dentro de uma faixa estreita de
variação (IEC 61892-1).
Geradores Síncronos

A Força motriz(acionador) pode ser proporcionada por:

Motor diesel;
Turbina a gás;
Motor a gás;
Turbina a vapor.
Geradores Síncronos
Principais componentes

 Campo: enrolamento alimentado com corrente


contínua para criar o campo magnético;
 Armadura: enrolamento onde é induzida a tensão;
 Rotor: parte girante do gerador;
 Estator: parte fixa do gerador.
Geradores Síncronos
Tipos de Geradores
• Gerador com armadura rotativa (campo fixo):
• Gerador de campo rotativo:
A corrente contínua é injetada nos enrolamentos do
rotor produzindo um campo eletromagnético
rotativo de polaridade fixa. Este campo se estende
para fora do rotor, cortando os enrolamentos da
armadura inseridos no estator e induzindo neles a
tensão desejada.
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
Princípio de funcionamento
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos

Referência Manual da WEG


Geradores
Geradores Síncronos

Referência Manual da WEG


Geradores
Geradores Síncronos
A frequência no gerador síncrono
A frequência é função da velocidade de rotação do
rotor e do número de polos. Quanto maior o número
de polos existentes no rotor mais alta é a frequência
para uma dada velocidade. Para uma mesma
frequência, quanto maior o número de polos, menor
é a velocidade de rotação.
n = 120 * f / p
n: velocidade em rotações por minuto (rpm)
f: frequência em Hertz (Hz)
p: número de polos
Geradores Síncronos
Valores Nominais do Gerador Síncrono:
 Potência aparente nominal;
 Fator de potência nominal;
 Tensão nominal;
 Corrente nominal;
 Frequência nominal;
 Velocidade de rotação nominal;
 Tensão e corrente de excitação nominais.
Geradores Síncronos
A Capacidade dos geradores
• Capacidade (potência) de um gerador: dada
em kVA ou MVA – potência aparente (S).
• Potência ativa (P): um consumidor de potência
ativa transforma energia elétrica diretamente em
outra forma de energia útil (térmica, luminosa, etc.),
sem necessitar de energia intermediária na
transformação.
• Potência reativa (Q): qualquer equipamento
(motor, transformador, reator, etc.) que necessite
de energia magnetizante como intermediária na
utilização de energia ativa é um consumidor de
potência ativa e reativa.
Geradores Síncronos
Capacidade dos geradores
• Energia ativa: é a energia que de fato é
relacionada ao trabalho realizado, ou seja, é
transformada em uma outra forma de energia útil –
calor, luz, energia mecânica de rotação, etc.
• Energia reativa: é a energia que cria o campo
magnético. É trocada entre o gerador e o receptor,
não sendo propriamente “consumida” (transformada
em outra forma de energia).
• Energia aparente: é a soma vetorial da energia
ativa e reativa.
Geradores Síncronos
Controle de tensão do gerador
Quando uma carga é conectada ao gerador,
começa a circulação de uma corrente em seus
enrolamentos, provocando queda de tensão nos
seus terminais. Esta queda de tensão ocorre
devido a resistência elétrica dos condutores dos
enrolamentos, a reatância dos enrolamentos da
armadura e a reação da armadura. A queda de
tensão depende da quantidade de carga conectada
e de sua característica, ou seja, se é resistiva,
indutiva ou capacitiva.
Geradores Síncronos
Controle de tensão do gerador
•Para manter a tensão constante, independente das
variações de carga é utilizado o regulador automático de
tensão (AVR).
•Para controlar a tensão de saída do gerador deve-se
variar o valor do campo magnético da excitação. Esse
controle é feito através da variação da corrente que
circula no enrolamento de campo.
•A excitatriz é responsável por gerar tensão para
fornecer a corrente de campo do gerador principal. É
acoplada ao eixo do gerador, girando solidária a ele.
Geradores Síncronos
Controle de frequência
n = 120 * f / p
Para controlar a frequência do gerador é preciso
variar a velocidade de rotação da máquina. Este
controle é feito no “governor” turbina ou motor
diesel. É um controle automático. Toda a vez que
ocorrer uma variação de carga, o “governor” vai
atuar, mantendo a frequência em 60Hz.
A frequência da tensão deve ser mantida sempre
constante em 60Hz.
Geradores Síncronos
Controle de potência ativa
O regulador de velocidade controla a potência
ativa fornecida ao sistema. Para isso, ele
aumenta ou diminui a admissão da fonte de
energia primária:
Ex: turbina a gás, motor diesel:
Para aumentar a energia ativa fornecida o
regulador atua aumentando a admissão de
combustível e para diminuir a energia ativa ele
diminui a admissão de combustível.
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
Geradores Síncronos
MAGNETISMO RESIDUAL
Em função do fenômeno da histerese magnética, o rotor do gerador
sempre apresenta um magnetismo residual (também conhecido
como remanente), fazendo com que, mesmo com o sistema de
excitação desligado, exista uma tensão nos terminais do gerador.
Na literatura técnica é comum encontrar a informação de que o
magnetismo remanente é "pequeno", porém é importante salientar
que é suficiente para gerar tensões letais nos terminais do gerador.
Por exemplo, em um gerador de 13.800V a tensão gerada à rotação
nominal, devida apenas ao magnetismo residual, é da ordem de 6 a
11% da tensão nominal, ou seja, varia de 800 a 1500 V!
Geradores Síncronos

Paralelismo de geradores

 Quando duas fontes de potência são


colocadas em paralelo a tensão do sistema e
de cada fonte são iguais, enquanto a
capacidade do sistema será a soma das
capacidades das unidades em paralelo.
 Operando-se duas ou mais fontes em paralelo
é possível aumentar a capacidade do sistema,
mantendo-se a tensão no valor desejado.
Geradores Síncronos
Paralelismo de geradores

Máquinas de diferentes potências


nominais podem ser colocadas em
paralelo, desde que as tensões
individuais sejam as mesmas e que elas
possam dividir a carga
proporcionalmente as suas capacidades
individuais.
Geradores Síncronos

Condições de paralelismo de geradores


A colocação de geradores, é chamada de
sincronização e, requer:

1- Mesma Tensão;

2- Mesma Frequência;
3- Mesma Sequência de Fases;
4- Estar em Fase (geradores sincronizados).
Geradores Síncronos

Operação de sincronização

 A operação de sincronização pode ser feita


automaticamente, através do sincronizador
automático, ou manualmente.
 O sincronizador automático deve receber
sinal de tensão das duas fontes a serem
paraleladas, a fim de comparar os valores e
enviar os comandos para a correção da
freqüência e/ou da tensão do grupo gerador
que vai entrar em paralelo.
Geradores Síncronos
Operação de sincronização – sincronismo manual
No sincronismo manual, devem ser observados os
instrumentos de sincronização:
Voltímetro duplo: indica a tensão da barra e do
gerador que vai entrar em paralelo.
Freqüencímetro duplo: indica a freqüência da barra
e do gerador que vai entrar em paralelo.
Sincronoscópio: indica o instante em que as fontes
estão em fase, e pelo sentido do giro de seu
ponteiro indica também se o gerador está com a
freqüência maior ou menor que a da barra.
Geradores Síncronos
Instrumentos para sincronização
Geradores Síncronos
Instrumentos para sincronização
Geradores Síncronos
Regulação de velocidade – modo de operação "droop" e isócrono

Supondo que um grupo gerador mantido


com a potência de saída do acionador fixa.
Qualquer alteração de carga imposta ao
grupo gerador resultaria em uma alteração
da velocidade de rotação e,
consequentemente, da frequência do
sistema. Para evitar isto, é usado um
dispositivo de controle da velocidade
(governador ou "governor).
Geradores Síncronos
Regulação de velocidade – modo de operação "droop" e isócrono

O Governor é que sente a velocidade de


rotação do acionador e comanda o ajuste
da válvula de controle de combustível de
forma a alterar a potência mecânica de
saída do acionador e compensar as
variações de carga, retornando a frequência
ao seu valor nominal.
Regulação de velocidade – modo de operação isócrono

A máquina está operando em isócrono quando ao


absorver ou ceder carga, a sua velocidade é mantida
constante, e portanto, também é mantida constante a
frequência do barramento (60 Hz).
Regulação de velocidade – modo de operação isócrono

A máquina está operando em “droop” quando ao


assumir ou rejeitar carga provoca uma variação
na sua velocidade. O “droop” é representado por
uma percentagem (%) da perda de velocidade
entre a potência zero (potência a vazio) e a
potência nominal (potência máxima de trabalho).
Regime de Funcionamento de Geradores
Regime S1 - Contínuo
O gerador é projetado para funcionamento
com carga nominal durante um período
ilimitado de tempo (24 horas por dia) e com
duração suficiente para que se alcance o
equilíbrio térmico da maquina (elevação de
temperatura da classe de isolamento). Neste
regime de funcionamento o gerador admite
sobrecargas.
Regime de Funcionamento de Geradores

Aplicação principal: locais não atendidos


por rede comercial ou onde esta não é
confiável. Aplicado para grupos que
operam mais de 8400 h/ano.
Regime de Funcionamento de Geradores

Regime Prime
Funcionamento com cargas variáveis
durante um tempo limitado e/ou
programado. Neste regime a potência
fornecida pode ser até 10% superior a
potência contínua e a máquina admite
sobrecargas, desde que respeitando a
elevação de temperatura da sua classe de
isolamento.
Regime de Funcionamento de Geradores

Regime Stand-by
Funcionamento com cargas variáveis em
situações de emergência de locais
supridos pela rede comercial. Neste
regime a máquina não admite sobrecargas
e opera com potência acima da nominal,
fazendo com que sua elevação de
temperatura seja de ate 25°C acima da
sua classe de isolamento, (conforme
norma Nema MG 1).
Regime de Funcionamento de Geradores

Regime Stand-by
Aplicação principal: serviços de
emergência.
Recomendação para aplicação em grupos
geradores: ate 300 h/ano.
Cuidados especiais, com relação a
operação dos geradores de emergência.

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