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Univercidade de santiago

Discentes:Ladmira Pereira Mendonça; Benedita Tavares Silva; Leonora Pereira

Mendonça;Maria Deolinda Varela da Veiga;veronica Moreno;Lourenço de Pina; Clarice

Miranda;

Trabalho de grupo de pessoa familia saúde sociedade

Trabalho efectuado sob a orientação da

Professora Cesaltina Ribeiro

1
Resumo
A adesão ao regime terapêutico é um foco de atenção dos enfermeiros e

uma necessidade em cuidados de enfermagem, também é um foco importante

para o doente/ utente. A não adesão representa um enorme peso nos gastos

de saúde e tem um grande impacto na qualidade de vida das pessoas e na

economia mundial. O enfermeiro tem um papel muito importante na adesão

terapêutica, primeiramente porque o enfermeiro fica mais perto do utente, ajuda

o doente aderir ao tratamento e diagnosticar a não adesão.

O propósito é ter mais conhecimento sobre a adesão terapêutica, porque

somos futuros enfermeiros e sabemos que o enfermeiro tem grande impacto na

adesão ao regime terapêutica.

Na nossa pesquisa utilizamos como fonte de pesquisa a internet em que

procuramos artigo sobre a adesão terapêutica no site de algumas

universidades.

De acordo com o resultado da nossa pesquisa ficamos a saber que adesão

terapêutica é muito importante em qualquer tipo de tratamento, e se não aderir

ao tratamento leva o aparecimento das doenças crónicas. E também tem uns

conjuntos de factores que impedem à adesão ao regime terapêutica tais como

factores económicos, políticos, culturas e religiosos.

Palavras chaves: Adesão Terapêutica e não Adesão

2
Índice

Introdução ......................................................................................................................... 4

Conceito de adesão terapêutica......................................................................................... 5

Modelos e teorias da adesão terapêutica.......................... Error! Bookmark not defined.

Fatores que influencia a adesão terapêutica ..................................................................... 9

Estratégias para melhorar a adesão terapêutica .............................................................. 12

Outras estratégias que facilitam a adesão: (Machado, 2009). ........................................ 14

Medidas de avaliação da adesão a terapêutica................................................................ 15

A não adesão ao regime terapêutico ............................................................................... 17

As consequências de não adesão .................................................................................... 17

Conclusão ....................................................................................................................... 18

Referência ....................................................................................................................... 19

Lista de siglas ................................................................................................................. 19

Ilustração ........................................................................................................................ 20

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Introdução
Atualmente o maior problema ao regime terapêutica prescrito pelo médico é de não ter
sucesso da terapia proposto. Incluindo, as pessoas portadoras das doenças crónicas que
dificilmente adere ao tratamento totalmente.No entanto a adesão terapêutica e de
encentivar as pessoas a cura de enfermidade, o controlo e a prevencao da doenca. Na
verdade , o que acontece é que os individuos com a doença adere ao tratamento, mas
não em totalidade , isto quer dizer que a adesão terapêutica não é só mediçao
prescrito, ou seja é um processo.A adesão terapêutica e de simples versão,mas depende
da situação e do ambiente em que o individuo esta encerido.

4
Conceito de adesão terapêutica
A palavra adesão deriva do latim “adhaesione” sendo definida como acto ou efeito de
aderir, aderência, assentimento, aprovação, concordância, apoio, manifestação de
solidariedade a uma ideia, a uma causa (Ferreira, 1996).

Entende-se a adesão como o grau de conformidade entre as recomendações dos


profissionais de saúde e o comportamento da pessoa relativamente ao regime
terapêutico proposto (Haynes et al., 2008).

Na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem surge o conceito


definido como:

“Volição com as características específicas: acção auto-iniciada para promoção do bem-


estar, recuperação e reabilitação, seguindo as orientações sem desvios, empenhado num
conjunto de acções e de comportamentos.

Recentemente, surge o termo adesão parcial que se refere a situações em que o doente
não manifesta uma adesão total. Exemplo desta situação é quando o doente toma a dose
na hora errada ou a dose incorrecta.

A adesão parcial pode ser intencional acontece frequentemente numa fase mais aguda
da doença (ex: quando se sentem pior tomam a medicação e, ao contrário, quando não
há sintomatologia, ignoram o tratamento medicamentoso).

A adesão parcial pode ser não intencional é mais comum em idosos e crianças e é
causada pelo esquecimento da dose prescrita (causa mais comum), pela confusão nos
esquemas de tratamento, rótulo impreciso e/ou incapacidade de abrir as embalagens
(Rudd, 1995 cit. por Faria, 2008).

Segundo OMS (2013) define a adesão como o grau em que o comportamento de uma
pessoa, representado pela ingestão de medicação, seguimento da dieta e mudanças no
estilo de vida, corresponde e concorda com as recomendações de um médico ou
profissional de saúde.

De acordo com a OMS (2003), problemas de adesão são observados em todas as


situações em que é necessária uma autoadministração do tratamento,
independentemente do tipo e severidade da doença e da acessibilidade aos recursos de
saúde.
5
De acordo com Ribeiro e Costa Neto (2011), a adesão deve incluir a decisão do
indivíduo em aceitar, iniciar e dar sequencia as prescrições de medicamentos e
procedimentos terapêuticos. Assim, o paciente é dotado de responsabilidade pelo êxito
do regime terapêutico, tendo uma postura ativa na participação e na cumplicidade com a
equipe de saúde, estabelecendo uma relação de concordância voluntária, tanto para o
tratamento farmacológico, quanto para desenvolver comportamentos de saúde.

Segundo esses modelos, é possível planejar uma intervenção para modificar os


comportamentos através de uma compreensão das atitudes, crenças e valores dos
indivíduos.

De acordo com Leventhal e Cameron (1987, citado por Pais-Ribeiro, 2007), os


estudos acerca da adesão têm sido orientados por uma de cinco orientações teóricas
principais:

No modelo biomédico:

 O doente é visto como um elemento passivo, cumpridor de “ordens” médicas,


tendo em conta o diagnóstico e terapêutica prescrita.
 O papel do indivíduo portador de uma doença é de executor de regimes que
devem ser aceitos e obedecidos, não participando ativamente nas decisões que
lhe dizem respeito, sendo a não adesão entendida em termos de características
de personalidade do paciente.

O modelo do comportamento operante e a teoria da aprendizagem social:

 Dão ênfase aos estímulos que desencadeiam o comportamento, às recompensas


que o reforçam e à sua automatização após repetição suficiente (Pais-Ribeiro,
2007).
 De acordo com Machado (2009), este modelo é mais adequado quando se
pretende o treino e a aprendizagem de capacidades para realizar atividades
referentes ao regime terapêutico. São realizados treinos na realização de
sequências de ações específicas para inplementar comportamento de adesao.

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A abordagem comunicacional:

 Incentiva os profissionais de saúde a melhorarem as suas competências


de comunicação e enfatiza a educação dos pacientes e o
desenvolvimento de relações de igualdade entre estes e os profissionais
de saúde (Machado, 2009; WHO, 2003).
 Este modelo tem demonstrado o aumento da satisfação do indivíduo
relativamente aos cuidados de saúde a ele prestados.
 Neste modelo o profissional interaja e crie relações cordiais com o
paciente e sua persuasão depende de seis fatores: (Pais-Ribeiro, 2007)

1. Produção da mensagem, incluindo a informação com objetivos


específicos e o modo de alcançá-los;
2. Recepção da mensagem pela pessoa ouvinte;
3. Compreensão da mensagem pelo ouvinte;
4. Retenção dessa mensagem;
5. Aceitação ou crença no conteúdo da mensagem ;
6. Adesão;

De acordo com a teoria da ação racional e o modelo de crenças da saúde: .(Pais-


Ribeiro, 2007).

 Todo comportamento humano é causado por um processo de pensamento lógico


e objetivo.
 Esses modelos direcionam a atenção para a maneira como os pacientes
conceituam a ameaça à saúde e como avaliam os fatores que podem facilitar ou
serem barreiras no enfrentamento comportamental.
 Tendo em conta os riscos, benefícios e consequências dos vários
comportamentos que possam interferir na saúde do indivíduo, este adota ações
de modo a preservar a sua saúde.
 Logo, o conhecimento insuficiente sobre os benefícios ou desvantagens de se
envolver ou não nos comportamentos prescritos resultará na não adesão

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No modelo de auto-regulação:

Proposto por Leventhal, Diefenbach e Leventhal (1992, citado por Pais-


Ribeiro, 2007);
 O indivíduo é visto como alguém que se envolve e que resolve de forma
ativa os seus próprios problemas.
 As representações cognitivas que o indivíduo detém acerca da sua
saúde, as expectativas, planos e técnicas para alterar o seu estado
influenciam a adesão ao tratamento.
 Leventhal e Cameron (1987, citados por Sousa, 2009) afirmam que os
estímulos ambientais e os intrínsecos atuam no sistema de auto-
regulação, no sistema cognitivo de coping frente às ameaças percebidas
e no sistema de gestão das emoções.
As memórias de episódios anteriores de doenças fornecem subsídios
para que o indivíduo construa representações da doença, planos de
coping e processos de avaliação. Essas memórias, ao interagirem com
os sintomas, criam um sistema cognitivo que influencia a forma como o
indivíduo vê uma doença ou como avalia a sua saúde e,
consequentemente, a tomada de decisão e comportamento. Assim, a
adesão requer um modelo adequado de crenças de que se pode gerir seu
próprio ambiente e comportamento e que possui habilidades de
enfrentamento específicas para a doença que se apresenta (WHO,
2003).

Além dos modelos citados por Leventhal e Cameron em 1987, existe outro modelo têm
sido desenvolvido por Prochaska e DiClement em 1982 para explicar os
comportamentos de saude, que ocorre em cinco estádios: (Sousa, 2009; Machado,
2009; WHO, 2003).

 Na fase da pré-contemplação a pessoa não tem ainda qualquer intenção


de mudar, apesar de identificar o problema.

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 Na fase de contemplação a pessoa começa a considerar a possibilidade
de mudar. Na preparação, existe uma intenção para mudar o
comportamento num futuro próximo e as pessoas desenvolvem planos
para consegui-lo e começa a realizar pequenas mudanças e aproximações
ao comportamento desejado.
 Na fase de ação a pessoa adota o novo comportamento, com mudanças
significativas e eficazes no estilo de vida.
 Já na fase de manutenção, a pessoa mantém o comportamento desejado
ao longo do tempo, com menor possibilidade de recaída. Nessa fase, as
pessoas experimentam um aumento da confiança para continuar o
processo de mudança e resistir à tentação de desistir.
 Na última fase, de finalização, supõe não existir recaída e as pessoas
possuem auto-eficácia elevada em relação à sua capacidade para manter
o comportamento saudável

Fatores que influencia a adesão terapêutica


Após a abordagem sucinta de alguns modelos que explicam os comportamentos de
saúde, torna-se fundamental explicar os factores que influenciam a adesão do doente à
terapêutica.

Diversas abordagens têm sido propostas para explicar os comportamentos de


adesão a tratamentos de saúde.
A WHO (2003) agrupa os diferentes factores que poderão influenciar a adesão
ao regime terapêutico em cinco grupos:

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Factores sociais, económicos e culturais:
 destacam o nível de escolaridade, a situação profissional, os apoios
sociais, as condições habitacionais, o preço dos transportes e dos
medicamentos, a distância ao local de tratamento e ainda, as guerras,
raça, crenças culturais e as desigualdades sociais.
 Neste grande grupo de factores, Machado (2009) inclui ainda os factores
sociodemográficos como a idade, o sexo e o estado civil. Porém
segundo a WHO (2003), a idade, sexo, educação, ocupação,
rendimentos, estado civil, raça, religião, etnia e vida urbana versus rural
não têm sido claramente associadas à adesão.

Factores relacionados com os serviços e os profissionais de saúde:


 Onde se evidenciam o grau de desenvolvimento dos sistemas de saúde;
 O sistema de distribuição de medicamento;
 A taxa de comparticipação;
 O acesso aos medicamentos;
 O grau de educação/esclarecimento dos doentes face aos cuidados de
tratamento no domicílio;
 os recursos humanos e técnicos disponíveis nos serviços;
 os horários e duração das consultas;
 os conhecimentos dos profissionais de saúde acerca das doenças;

Factores relacionados com adoença de base e co-morbilidade:


 A gravidade dos sintomas;
 A incapacidade física, psicológica, social e profissional;
 O grau de risco que a pessoa atribui à doença;
 O impacto que esta representa na sua vida;
 O carácter da doença, isto é, se é uma situação de doença aguda ou
crónica e se esta é sintomática ou assintomática (Giorgi, 2006);
 Fischer (2002), cit. por Bastos (2004), calcula que aproximadamente
80% dos doentes crónicos não demonstram uma adesão eficaz ao regime
terapêutico. Outras doenças concomitantes, como a depressão ou o
consumo de substâncias ilícitas ou não, também podem afectar o
comportamento de adesão (Bugalho e Carneiro, 2004);
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Factores relacionados com o tratamento em que se incluem:
 A complexidade;
 A duração e a realização de alterações frequentes na medicação;
 A ausência imediata de melhoria dos sintomas e os efeitos secundários
da medicação (Bugalho e Carneiro, 2004; Giorgi, 2006; Machado,
2009);

Factores relacionados com a pessoa doente:


 destacando-se os recursos psicológicos:
1. os conhecimentos, as atitudes, as crenças, as percepções
relativas a episódios de doença, quer anteriores, quer à actual, e
as expectativas da própria pessoa.
2. Estão também incluídas a ausência de informação e o suporte
para a mudança de comportamentos, a falta de capacidade, de
motivação e de auto-eficácia para gerir o regime terapêutico
(Bugalho e Carneiro, 2004; Giorgi, 2006; Oliveira et al., 2007;
Machado, 2009).

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A adesão por parte do doente ao regime terapêutico depende de vários factores que
devem ser considerados. A partir destes procurar-se-ão estratégias que possam facilitar
este processo.

Estratégias para melhorar a adesão terapêutica


Para Osterberg e Blaschk (2005) os métodos para aumentar a adesão ao regime
terapêutico podem ser agrupados em quatro categorias principais:
 A educação do doente;
 A comunicação estabelecida entre profissionais de saúde e doente;
 A posologia e tipo de fármaco;
 A disponibilidade dos serviços de saúde em atender o doente;
 Para melhorar a adesão à terapêutica, o profissional de saúde deve
estabelecer um vínculo com o doente e com o prestador informal de
cuidados, através da escuta activa e de uma relação empática, não
descurando as características socioculturais e a necessidade de apoio
psicossocial (Machado, 2009).

Bugalho e Carneiro (2004) apresentam dois tipos de intervenções para


melhorar a adesão terapêutica.
 As intervenções educacionais;
 As intervenções comportamentais;
“As intervenções de enfermagem são fundamentalmente no âmbito do educar,
ensinar, instruir e treinar” (Machado, 2009, p.58).

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As intervenções educacionais

(Bugalho e Carneiro, 2004; Machado, 2009).


 Promotoras de conhecimento acerca da medicação e ou doença, facultam
informação oral, escrita, audiovisual e informatizada, através de
programas educacionais individuais ou em grupo;
 É obrigatória a clareza e a objectividade da linguagem, que deve ir de
encontro ao nível cultural e cognitivo do doente e ser de fácil
memorização.
 Assim, a educação é uma medida simples e vital destinada a melhorar a
adesão à medicação.
 Intervenções comportamentais(Bugalho e Carneiro, 2004).
As intervenções comportamentais têm como objectivos:
 incorporar na prática diária mecanismos de adaptação;
 facilitar o cumprimento dos tratamentos propostos;
 optimizar a comunicação e o aconselhamento;
 simplificar os regimes terapêuticos;
 envolver os doentes no tratamento;
 fornecer memorandos e atribuir um reforço ou recompensa pela melhoria
da adesão à medicação;

Em intervenções comportamentais fundamental que haja uma melhoria da comunicação


e do aconselhamento directo, tanto para o doente como para a sua família;

Poderá também ser utilizado o contacto directo por via telefónica ou por mensagens de
correio electrónico.

Deverá ainda, haver uma simplificação do esquema terapêutico, ou seja, uma


diminuição do número de doses e do número total de fármacos. (Bugalho e Carneiro,
2004).

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Outras estratégias que facilitam a adesão: (Machado, 2009).
 A explicação e compreensão das suas indicações;
 Efeitos secundários e a forma de os ultrapassar, bem como as exigências ou
restrições alimentares , sendo imprescindível manter o doente informado sobre
os progressos e os resultados dos exames laboratoriais;
 O doente deverá recorrer a estratégias de forma a prevenir o esquecimento da
toma da medicação, socorrendo-se de memorandos, tais como:
1. A utilização de caixas de contagem com a medicação diária distribuída;
2. A marcação das consultas no calendário e a necessidade de adquirir
novas receitas médicas.
 Dever-se-á, tanto quanto possível, evitar a alteração dos esquemas terapêuticos,
pois este é um factor que interfere desfavoravelmente na correcta memorização,
levando consecutivamente a esquecimentos e à não adesão (Bugalho e Carneiro,
2004).
De acordo com Kristeller e Rodin (1984, citados por Pais-Ribeiro, 2007), é
necessário considerar três estágios no processo de participação das pessoas
nos próprios cuidados de saúde:
Concordância-(extensão com que o doente concorda em seguir as
recomendações médicas),
Adesão- (o doente continua o tratamento com o qual concordou, com uma
vigilância limitada),
Manutenção- (o cliente continua a executar o comportamento de melhoria da
saúde, incorporando-o ao seu estilo de vida, sem ser necessária uma vigilância).

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Medidas de avaliação da adesão a terapêutica
Existem inumeros métodos para avaliar a adesao dos doentes ao regime
terapeutico agrupando- se métodos deréctos e inderéctos, apresentando ambos
vantangens e desvantagens(Margalho et al,2009)

 Os métodos indirectos:

-são os mais utilizados. Para além de serem simples, de fácil utilização e


apresentarem alta especificidade, (Oliveira, Pedrosa e Gonçalves, 2008).

No grupo dos mais utilizados incluem-se:

O relatório do doente é o teste mais utilizado, visto que apresenta um baixo custo e é
de simples aplicação.

Um exemplo concreto desta medida de avaliação é o Teste de Morisky-Green,


sendo que ao ser um teste de reprodução limitada é susceptível de nele
ocorrerem erros. O Teste de Morisky-Green foi adaptado para a língua
portuguesa, incluindo quatro questões:

1 - Às vezes tem problemas em se lembrar de tomar a medicação?

2 - Às vezes descuida-se e não toma o seu medicamento?

3 - Quando se sente melhor, às vezes pára de tomar o seu medicamento?

4 - Às vezes, se sentir pior ao tomar a medicação, pára de a tomar?

Considera-se que o paciente adere à terapêutica quando responde não a todas as


perguntas (Bloch, Melo e Nogueira, 2008, p. 2980);

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A opinião do médico:

 Constitui um método fácil, económico e de alta especificidade, porém apresenta


baixa sensibilidade e valoriza a adesão total;
 O método do diário do doente, quando correctamente preenchido, permite realizar
uma correlação simples com os eventos pertinentes relativos à sua patologia, que
ocorrem no seu quotidiano, e a sua situação clínica;
 A contagem dos comprimidos é aparentemente o método mais adequado para
avaliar a taxa de adesão ao regime terapêutico. No entanto, este é um método de
fácil manipulação pelo doente (pode perder ou deliberadamente retirar os
comprimidos), podendo haver relutância em entregar as caixas da terapêutica vazias.
Exige grande colaboração por parte do doente;
 O reabastecimento de terapêutica, como o anterior, fornece a média da taxa de
adesão. É um teste trabalhoso que necessita de programas informáticos para recolha
da informação nas farmácias e de uma centralização de dados;

Os métodos directos:
 Procuram confirmar se houve a ingestão do fármaco.
 São por isso mais fidedignos, no entanto mais dispendiosos e menos
aplicados à prática (Gusmão et al., 2009). Para além disso, é necessária
muitas vezes uma intervenção invasiva junto dos doentes, o que leva à
não-aceitação.
 Dentro destes encontram-se:
1. A avaliação das concentrações séricas, realizada através da recolha de
várias amostras de fluidos, permitindo assim determinar a concentração
do medicamento no organismo. Porém, nem sempre a análise
quantitativa está disponível, pois, para além de ser dispendiosa, pode ser
influenciada por factores biológicos;
2. A análise sanguínea ao marcador biológico é um teste bastante preciso,
mas tal como o método anterior é bastante dispendioso e é necessária a
recolha de diversas amostras de fluidos corporais;

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A não adesão ao regime terapêutico refere-se à atitude ou
comportamento do indivíduo que não condiz com o conjunto de medidas
terapêuticas prescritas para o controle da doença, podendo ser definida como
erros na dosagem ou na temporalidade da medicação,falta às consultas e nos
comportamentos de mudança inadequados ou mesmo não implementados.

As consequências de não adesão


 O aumento da morbidade e mortalidade;
 Complicações de saúde e psicossociais;
 Redução da qualidade de vida;
 Aumento dos custos médicos
 Excesso na utilização dos serviços de saúde, implicando custos significativos
em termos médicos e sociais (Rocha, 2008; Sousa, 2009; Dias et al., 2011);

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Conclusão
No âmbito desse trabalho realçamos que a adesão terapêutica,é um ganho em saúde que
resulta do contributo de todos os profissionais e da pessoa doente em que cada um deve
dar o seu contributo particular. A adesão terapêutica é extremamente importante, caso se
não aderimos ao tratamento podemos sofrer graves consequências como a morbilidade e
mortalidade, e ainda existem vários factores que interferem na adesão terapêutica. Os
enfermeiros têm, por foco central, através da relação interpessoal, ajudar as pessoas a
vivenciar aspectos significativos da sua vida/saúde de forma o mais saudável possível.

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Referência
Www.uminho.pt: Tese de mestrado em educação na especialidade de educação para a
saúde, Maria Manuela Pereira Machado.

Lista de siglas
WHO-World Health Organization

OMS-Organizaão Mundial de Saúde

19
Ilustração

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