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Processo: AMS 0073539-31.2010.4.01.

3800/MG; APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL KASSIO NUNES MARQUES
Órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA
Publicação: e-DJF1 p.118 de 01/02/2013
Data da Decisão: 06/12/2012
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu parcial provimento à apelação.
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE REMUNERADA APÓS A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. RENÚNCIA DO BENEFÍCIO ANTERIORMENTE CONCEDIDO PARA
FINS DE PERCEPÇÃO DE OUTRA APOSENTADORIA. POSSIBILIDADE. DIREITO PATRIMONIAL
DISPONÍVEL. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. NÃO
OBRIGATORIEDADE DE DEVOLUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS. TERMO INICIAL DO
BENEFÍCIO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
1. A jurisprudência desta Corte e do Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que "a
aposentadoria, direito patrimonial disponível, pode ser objeto de renúncia, revelando-se possível, nesses
casos, a contagem do respectivo tempo de serviço para a obtenção de nova aposentadoria, ainda que por outro
regime de previdência" (REsp 557231/RS, Ministro Paulo Gallotti, Sexta Turma, DJe 16.06.2008).
Precedentes desta Corte.
2. "O ato de renunciar a aposentadoria tem efeito ex nunc e não gera o dever de devolver valores, pois,
enquanto perdurou a aposentadoria pelo regime geral, os pagamentos, de natureza alimentar, eram
indiscutivelmente devidos" (REsp 692628/DF, Ministro Nilson Naves, Sexta Turma, DJ 05.09.2005), não
havendo que se falar, portanto, em violação ao disposto no art. 96, III, da Lei 8.213/91. Precedentes deste
Tribunal.
3. Consoante art. 49, II, da Lei 8.213/91, o termo inicial do novo benefício deve ser fixado na data do
requerimento administrativo. Na sua ausência, considerar-se-á a data da impetração, conforme jurisprudência
do STJ (AgRg no REsp-1.057.704) e desta Corte (REO-0020830-26.2007.4.01.9199), assegurada, em caso de
mandado de segurança, a execução das parcelas vencidas antes da impetração, por meio de ação autônoma.
4. Os juros moratórios e a correção monetária incidentes sobre as parcelas atrasadas, vencidas a partir da
impetração e devidamente compensadas, devem observar as orientações do Manual de Cálculos da Justiça
Federal, aprovado pela Resolução/CJF 134, de 21.12.2010.
5. Apelação a que se dá parcial provimento para, reformando a sentença, conceder a segurança, determinando
ao INSS que proceda ao cancelamento da aposentadoria da parte impetrante e compute as contribuições
previdenciárias efetivamente por ela recolhidas após a primeira aposentação para fins de concessão de novo
benefício.

Processo: AMS 0010133-65.2012.4.01.3800/MG; APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI
Convocado: JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ ROCHA (CONV.)
Órgão Julgador: SEGUNDA TURMA
Publicação: e-DJF1 p.736 de 11/01/2013
Data da Decisão: 05/12/2012
Decisão: A Turma, à unanimidade, deu provimento à apelação do impetrante, negou provimento à
apelação do INSS e deu parcial provimento à remessa oficial.
Ementa: PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA. APOSENTADORIA. RENÚNCIA. CONCESSÃO DE NOVO BENEFÍCIO. CÔMPUTO DE
TEMPO DE SERVIÇO LABORADO APÓS A CONCESSÃO DO PRIMEIRO BENEFÍCIO.
POSSIBILIDADE. TERMO INICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. CUSTAS. 1. Insurgindo-se a
parte impetrante contra o ato da autoridade impetrada que lhe negou a desaposentação, e trazendo aos autos
provas que comprovem a liquidez do seu direito, rejeita-se a preliminar de inadequação da via eleita. 2. É
possível a renúncia à aposentadoria para fins de aproveitamento do tempo de contribuição e concessão de
novo benefício, seja no mesmo regime ou em regime diverso, uma vez que a aposentadoria constitui direito
patrimonial disponível. Precedentes do STJ e desta Corte (AGA 200901000657626, Desembargadora Federal
Monica Sifuentes, Segunda Turma, e-DJF1 de 09/09/2011, AGA 200901000670402, Juiz Marcos Augusto De
Sousa (conv.), Primeira Turma, e-DJF1 de 13/07/2010 e AGA 200901000568455, Juiz Rodrigo Navarro De
Oliveira (conv.), Primeira Turma, e-DJF1 de 01/06/2010).
3. O Superior Tribunal de Justiça, ao examinar o tema, firmou o entendimento de que a renúncia à
aposentadoria, para fins de concessão de novo benefício, seja no mesmo regime ou em regime diverso, não
implica em devolução dos valores percebidos, pois, enquanto esteve aposentado, o segurado fez jus aos seus
proventos (REsp 1113682/SC, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. P/ Acórdão Ministro Jorge
Mussi, Quinta Turma, Julgado Em 23/02/2010, DJE 26/04/2010 e AGRG NO REsp 1.107.638/PR, Quinta
Turma, Relatora Ministra Laurita Vaz, DJE de 25/05/2009).
4. Assim, é devida a concessão de novo benefício, cujo termo inicial deve ser fixado a partir da data do
requerimento administrativo, mas com efeitos financeiros a partir da impetração, nos termos da Súmula n. 271
do STF, e os critérios de cálculo devem observar a legislação vigente à data do novo benefício, compensadas
as parcelas recebidas administrativamente, desde então, em decorrência da primeira aposentadoria.
5. Consectários: correção monetária e juros de mora pelo MCJF.
6. Apelação do impetrante provida (item 2).
7. Apelação do INSS desprovida. Remessa oficial parcialmente provida (item 4).

Processo: AC 0005629-50.2011.4.01.3800/MG; APELAÇÃO CIVEL


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NÉVITON GUEDES
Órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA
Publicação: e-DJF1 p.90 de 10/12/2012
Data da Decisão: 08/11/2012
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu parcial provimento à apelação.
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. RENÚNCIA.
CONCESSÃO DE NOVO BENEFÍCIO. DESAPOSENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. DIREITO
PATRIMONIAL DISPONÍVEL. LEI Nº 8.213/1991, ART. 18, § 2º. DECADÊNCIA. ART. 103 DA LEI Nº
8.213/1991. INAPLICABILIDADE.

1. A respeito da preliminar de decadência do direito de pedir a revisão da renda mensal inicial da


aposentadoria recebida, é de se rejeitá-la, pois, o que se pretende é a renúncia ao benefício e não a sua revisão
e o aproveitamento dos períodos posteriores à jubilação em que foram vertidas contribuições do RGPS, para a
concessão de novo benefício mais vantajoso.
2. Consoante jurisprudência firmada pelas duas Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal,
ressalvado o ponto de vista contrário do próprio relator, é possível a renúncia à aposentadoria por tempo de
contribuição anteriormente concedida e a obtenção de uma nova aposentadoria, no mesmo regime ou em
regime diverso, com a majoração da renda mensal inicial, considerando o tempo de serviço trabalhado após a
aposentação e as novas contribuições vertidas para o sistema previdenciário.
3. Fundamenta-se a figura da desaposentação em duas premissas: a possibilidade do aposentado de renunciar
à aposentadoria, por se tratar de direito patrimonial, portanto, disponível, e a natureza sinalagmática da
relação contributiva, vertida ao sistema previdenciário no período em que o aposentado continuou em
atividade após a aposentação, sendo descabida a devolução pelo segurado de qualquer parcela obtida em
decorrência da aposentadoria já concedida administrativamente, por consistir em direito regularmente
admitido. Precedentes do STJ.
4. Tratando-se, no caso, de mandado de segurança, são devidas apenas as parcelas vencidas após o
ajuizamento da ação, que devem ser compensadas com aquelas percebidas pela parte autora com a
aposentadoria anterior (Súmula 271/STF), acrescidas de correção monetária e de juros de mora, na forma do
Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução/CJF 134, de 21.12.2010.
5. Recurso de apelação a que se dá parcial provimento, para determinar o pagamento apenas das parcelas
vencidas após o ajuizamento da ação (Súmula 271/STF), atualizadas de acordo com o Manual de Cálculos da
Justiça Federal, aprovado pela Resolução/CJF 134, de 21.12.2010.

Processo: AMS 2010.38.00.006385-3/MG; APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA


Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL NEUZA MARIA ALVES DA SILVA
Órgão Julgador: SEGUNDA TURMA
Publicação: e-DJF1 p.602 de 11/01/2013
Data da Decisão: 26/10/2012
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento à apelação do INSS e deu parcial provimento
à apelação do impetrante e à remessa oficial.
Ementa: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. RENÚNCIA. CONCESSÃO DE NOVO
BENEFÍCIO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. CUSTAS. APELAÇÃO DO INSS
DESPROVIDA. APELAÇÃO DO AUTOR E REMESSA OFICIAL PARCIALMENTE PROVIDAS.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA E DECADENCIA AFASTADAS.
1. O mandado de segurança é a via adequada quando se insurge o impetrante contra ato de autoridade coatora,
que lhe negou a desaposentação e os fatos alegados estão devidamente comprovados nos autos, como é o
caso.
2. Deve também ser afastada eventual argüição de decadência do direito de revisão da renda mensal inicial da
aposentadoria recebida pelo impetrante-beneficiário, porque o que se pretende é a renúncia ao referido
benefício, com a utilização das contribuições recolhidas posteriormente a sua concessão para a concessão de
nova aposentadoria.
3. Admissível a renúncia à aposentadoria para fins de aproveitamento do tempo de contribuição e concessão
de novo benefício, seja no mesmo regime ou em regime diverso, uma vez que a aposentadoria constitui direito
patrimonial disponível. Tal situação não implica em devolução dos valores percebidos durante a
aposentadoria, haja vista que enquanto o segurado esteve nesta condição fazia jus ao benefício.
4. Correção Monetária com base nos índices do Manual de Cálculos da Justiça Federal, até a entrada em vigor
da Lei nº 11.960/09, a partir de quando se aplica o IPCA-E. 5. Juros de mora de 1% ao mês, observados os
respectivos vencimentos, reduzindo-se a taxa para 0,5% ao mês a partir da Lei nº 11.960/09.
6. Justifica-se a determinação de implantação imediata do benefício perseguido (art. 461 do CPC), já que
eventuais recursos interpostos contra o presente julgado são desprovidos de efeito suspensivo. Precedentes do
STJ.
7. Apelação do INSS desprovida.
8. Apelação do impetrante e remessa oficial parcialmente provida.

Processo: AC 2009.33.00.011571-7/BA; APELAÇÃO CIVEL


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NÉVITON GUEDES
Órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA
Publicação: e-DJF1 p.615 de 23/11/2012
Data da Decisão: 17/10/2012
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu parcial provimento à apelação.
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. RENÚNCIA.
CONCESSÃO DE NOVO BENEFÍCIO. DESAPOSENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. DIREITO
PATRIMONIAL DISPONÍVEL. LEI Nº 8.213/1991, ART. 18, § 2º.
1. Consoante jurisprudência firmada pelas duas Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal,
ressalvado o ponto de vista contrário do próprio relator, é possível a renúncia à aposentadoria por tempo de
contribuição anteriormente concedida e a obtenção de uma nova aposentadoria, no mesmo regime ou em
regime diverso, com a majoração da renda mensal inicial, considerando o tempo de serviço trabalhado após a
aposentação e as novas contribuições vertidas para o sistema previdenciário.
2. Fundamenta-se a figura da desaposentação em duas premissas: a possibilidade do aposentado de renunciar
à aposentadoria, por se tratar de direito patrimonial, portanto, disponível, e a natureza sinalagmática da
relação contributiva, vertida ao sistema previdenciário no período em que o aposentado continuou em
atividade após a aposentação, sendo descabida a devolução pelo segurado de qualquer parcela obtida em
decorrência da aposentadoria já concedida administrativamente, por consistir em direito regularmente
admitido. Precedentes do STJ.
3. Implantação do novo benefício, na ausência de requerimento administrativo, a partir da data do
ajuizamento da ação.
4. As parcelas vencidas deverão ser compensadas com aquelas percebidas pela parte autora com a
aposentadoria anterior desde a data de início do novo benefício e pagas acrescidas de correção monetária e
juros de mora, na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução/CJF 134, de
21.12.2010.
5. Fixação dos honorários advocatícios no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação até
a prolação da sentença, nos termos da Súmula n. 111/STJ.
6. O INSS é isento do pagamento das custas processuais, por força do disposto no art. 4º, I, da Lei n.
9.289/96, exceto as em reembolso.
7. Indeferida a antecipação da tutela postulada, por não estarem presentes os pressupostos legais para a sua
concessão, previstos no art. 273, incisos I e II, do CPC.
8. Apelação a que se dá parcial provimento.

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