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AULA Nº 03 – RESISTORES E LEIS DE OHM PROFESSOR LEONARDO 8

3 - RESISTORES
Resistor:
* É todo elemento de circuito cuja função exclusiva é efetuar a conversão de energia elétrica em
energia térmica.

Para que servem?


* Os resistores podem ser utilizados para:
- Limitar a passagem de corrente elétrico num determinado circuito;
- Gerar uma queda de tensão em determinados pontos de um circuito;
- Gerar calor (Efeito Joule) → aplicação em chuveiros, ferros de passar roupas, lâmpadas
incandescentes, forno elétrico, etc...

3.1. Simbologia

3.2. Resistência Elétrica (R):


* A resistência elétrica (R) é uma medida da oposição ao movimento dos portadores de carga, ou
seja, a resistência elétrica representa a dificuldade que os portadores de carga encontram para se
movimentarem através do condutor. Quanto maior a mobilidade dos portadores de carga, menor a
resistência elétrica do condutor.

Definimos:
Resistência elétrica (R) é a relação entre a ddp aplicada (U) e a correspondente intensidade de
corrente elétrica (i).
U
R=
i
Volt
Unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional: R = = ohm (Ω )
Ampère
3.3. 1ª Lei de Ohm
* A primeira Lei de Ohm estabelece a lei e dependência entre a causa
(diferença de potencial U) e o efeito (intensidade da corrente i) para
um resistor:

U R: resistência elétrica do resistor.


R= = cons tan te
i

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Georg Simon OHM
Alemão, filho de serralheiro, iniciou a carreira como professor de matemática, chegando a publicar
um tratado de Geometria. Mas, a partir de 1.822, entusiasmado com as descobertas da época,
passou a se dedicar ao estudo da eletricidade. Além de bons conhecimentos em matemática, tinha
habilidade como experimentador desenvolvida durante o trabalho com o pai na serralheria.
Ohm estabeleceu teoricamente a lei que leva seu nome em 1.827. Ele assemelhava a corrente
elétrica ao movimento de um líquido em um canal, comparando a diferença de potencial à de nível
do líquido. Trabalhando em uma época em que os fenômenos elétricos eram desconhecidos, ao
enunciar sua lei, definiu com clareza a resistência elétrica de um condutor. Foi ele mesmo quem
demonstrou que a resistência de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento e
inversamente proporcional à área de sua seção transversal. Dedicou-se também à óptica e à
acústica, mas nessas áreas não realizou trabalhos da mesma importância como na eletricidade.

* Curva Característica dos Resistores Ôhmicos

* Por outro lado, os condutores, para os quais a relação U/i não é


constante, são chamados de condutores não-ôhmicos. A relação
entre a intensidade de corrente elétrica e a ddp não obedece a
nenhuma relação específica, e sua representação gráfica pode ser
qualquer tipo de curva, exceto uma reta.

3.4. Reostato (http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/reostato.html)


* É um dispositivo utilizado para variar a resistência de um circuito e, assim, aumenta-se ou diminui-
se, conforme o desejado, a intensidade da corrente neste circuito. Tipos de reostatos: o reostato
de cursos (vide foto abaixo) e o reostato de pontos. Alguns exemplos de reostatos:
¾ Chuveiro Elétrico → reostato de pontos;
¾ Ferro Elétrico → reostato de cursor.

3.4.1 - Simbologia

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3.5. Segunda Lei de Ohm

L
R=ρ
A
ρ = resistividade do material

A resistividade do material(ρ) é uma característica do material, não dependendo da quantidade do


material, porém depende da temperatura. Para variações de temperatura não excessivas (até cerca
de 400oC), pode-se admitir como linear a variação ρ com θ. Nestas condições, a resistividade ρ a
uma temperatura θ vem dada por:

ρ = ρ0(1+ αΔθ) onde ρo é a resistividade do material na temperatura θo (20oC é o valor mais


utilizado para tabelar θo) e α é um coeficiente que depende da natureza do material, denominado
coeficiente de temperatura, com unidade SI, oC-1(graus Celsius recíproco). Com esse conceito, a
resistência Rθ de um condutor na temperatura θ, conhecido sua resistência R0 na temperatura θo e
seu coeficiente de temperatura α, pode ser calculada mediante:

R θ = R 0(1+ αΔθ)

*** Um condutor “perfeito” teria resistividade nula e um isolante “perfeito” teria resistividade infinita.
Mas, não podemos esquecer que, não temos nem condutor e nem isolante perfeito. Os metais e as
suas ligas têm resistividade mais baixas, constituindo os melhores condutores. Já as resistividades
dos isolantes excedem a dos metais por um fator da ordem de 1022.

A resistividade dos metais puros aumenta com o aumento da temperatura. Por isso, a resistência
elétrica de resistores constituídos de metais puros também aumenta com a temperatura. O
aquecimento provoca aumento do estado de vibração das partículas que constituem o condutor e
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isso dificulta a passagem da corrente elétrica. Mas, o aquecimento provoca um aumento do número
de elétrons livres que são responsáveis pela corrente elétrica. Porém, o aumento do estado de
vibração predomina sobre o aumento do número de elétrons.
Para as ligas metálicas como a manganina (84% de cobre, 12% de manganês e 4% de níquel),
para o constantan (60% de cobre e 40% de Níquel) e para o nicromo (contém 60% de Ni e 40% de
Cr), o aumento do estado de vibração e o aumento do número de elétrons livres praticamente se
compensam, e a resistência elétrica e a resistividade praticamente não variam com a temperatura.
Para o grafite o aumento do número de elétrons livres predomina sobre o aumento do estado de
vibração, logo a resistividade diminui com o aumento de temperatura.
Concluindo, para os metais puros os coeficientes de temperatura (α) são positivos; para as ligas
metálicas o α é nulo e para o grafite é negativo.

3.6. Código de Cores


Existem resistores feitos de carvão e outros materiais, que compõem vários circuitos elétricos, de
receptores de rádio, de televisores, etc. O valor da resistência elétrica pode ser impressa no corpo
do resistor ou indicado por faixas coloridas. Essas faixas obedecem a um código que permite
determinar o valor da resistência elétrica do resistor. Esse código obedece à seguinte
correspondência numérica:

Cor Preto Marrom Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Cinza Branco
Algarismo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

As faixas devem ser lidas sempre da extremidade para o centro, segundo o critério(vamos
analisar o resistor da figura abaixo):
¾ 1ª faixa: indica o primeiro algarismo do valor da resistência elétrica (vermelho = 2);
¾ 2ª faixa: indica o segundo algarismo do valor da resistência elétrica (amarelo = 4);
¾ 3ª faixa: indica o expoente da potência de base 10 que irá multiplicar os dois primeiros
algarismos, ou seja, indica o número de zeros que devem ser acrescentados à direita dos
dois algarismos anteriores;
¾ 4ª faixa: indica a imprecisão ou a tolerância do valor da resistência (ouro = ± 5%).

A imprecisão representada pela 4ª faixa pode ter as seguintes cores:


• Dourada → ± 5%
• Prateada → ±10%
• Inexistência da faixa → ± 20%

Analisando o resistor abaixo teremos: R = 24.105 Ω ± 5% = 2,4 MΩ ± 5% = 2400 kΩ ± 5%.

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Tabela 3.1 – Resistividades a Temperatura Ambiente

Substância ρ (Ω.m)
Condutores

⎧Pr ata 1,47 . 10 −8


⎪Cobre
⎪ 1,72 . 10 − 8
Metais ⎨
⎪ Alumínio 2,63 . 10 − 8
⎪⎩Tungstênio 5,51. 10 − 8

44 . 10 −8
⎧Manganina
⎪ 49 . 10 − 8
Ligas ⎨Cons tan tan
⎪Nicrômio 100 . 10 − 8

SEMICONDUTORES

⎧Carbono 3,5 . 10 −5
⎪ 0,60
Puro ⎨Germânio
⎪Silício 2.300

ISOLANTES

Âmbar 5 . 1014
Vidro 1010 − 1014
Lucita > 1013
Mica 1011 − 1015
Quartzo (fundido) 75 . 1016
Enxofre 1015
Teflon > 1013
Madeira 108 − 1011

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