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O presente trabalho tem como temas Função real de variável natural e limite e continuidade
de funções de caracter avaliativo no âmbito da cadeira de Matemática com os objectivos:
As sucessões aparecem como uma forma de organizar possíveis resoluções para
situações problemáticas que são apresentadas, com base em aspectos da realidade
(social) e em aspectos do estudo das diversas ciências (Matemática incluída).
De forma intuitiva a teoria dos limites como objectivo para estudar o comportamento de
uma função quando sua variável está na proximidade de um número real, podendo a
função estar ou não definida. Inicialmente, trabalharemos com limite de funções
tendendo para um valor fixo ou para mais infinito.
Está estruturado em dois capítulos, e seus respectivos subtítulos. Para a elaboração do
mesmo foi graças a consultas bibliográficas
1.0 SUCESSÃO
Definição
Sucessão ou sequencia é todo conjunto onde consideramos os elementos dispostos em uma
certa ordem.
O conjunto ordenado (Janeiro, Fevereiro, ..., Dezembro) é chamado sequência ou sucessão
dos meses do ano.
a1 é o primeiro termo
a2 é o segundo termo
a3 é o terceiro termo
. .
. .
. .
an é o enésimo termo
Uma sequência numérica pode ser finita ou infinita.
Ex: (2, 5, 8, 11, 14)
(-3, 4, 8, 10, ...)
Termo geral
As sucessões são dadas, em sua maioria, por meio de uma regra chamada lei de formação
que nos permite calcular qualquer termo da sucessão.
Para n = 1 temos: a1 = 2 . 1 = 2
Para n = 2 temos: a2 = 2 . 2 = 4
Para n = 3 temos: a3 = 2 . 3 = 6
Para n = 4 temos: a4 = 2 . 4 = 8
Para n = 5 temos: a5 = 2 . 5 = 10
Sequências monótonas
Em relação a seus termos, uma sequência numérica pode ser:
estritamente crescente se a1 < a2 < a3 < … < an < …
crescente se a1 ≤ a2 ≤ a3 ≤ … ≤ an ≤ …
estritamente decrescente se a1 > a2 > a3 > … > an > …
decrescente se a1 ≥ a2 ≥ a3 ≥ … ≥ an ≥ …
Quando falamos de sequências monótonas, o seguinte teorema nos diz o que pode
acontecer com elas em relação ao limite.
Sucessão limitada
Recordemos que sendo A um subconjunto de e a e b reais, diz-se que b é um majorante de
A se qualquer elemento de A for menor ou igual a A e diz-se que é um minorante de A se
qualquer elemento de A for maior ou igual a A. Diz-se que um subconjunto de é majorado
(ou limitado superiormente) se tiver majorantes, minorado (ou limitado inferiormente) se
tiver minorantes e limitado se for majorado e minorado. Um conjunto que não seja limitado
diz-se ilimitado.
Uma sucessão (un) diz-se limitada se o conjunto dos seus termos, é limitado, ou seja se,
Definição
Proposição
Se é um infinitésimo e é
uma sucessão limitada então
é um infinitésimo..
Exemplo
A sucessão é limitada
pois , .
Pela proposição anterior, a sucessão
de termo geral
converge para zero, uma vez que é o
produto do infinitésimo pela
sucessão limitada .
1.2.3 Classificação
Quanto a razão:
(5, 10, 15, 20, 25, 30) é uma PA de razão r = 5.
Toda PA de razão positiva ( r > 0 ) é crescente.
(12, 9, 6, 3, 0, -3) é uma PA de razão r = -3
Toda PA de razão negativa ( r < 0) é decrescente.
(2, 2, 2, 2, 2,...) é uma PA de razão r = 0
Toda PA de razão nula ( r = 0 ) é constante ou estacionária.
1.2.4 Propriedades
P1:Três termos consecutivos
Numa PA, qualquer termo, a partir do segundo, é a média aritmética do seu antecessor e do
seu sucessor.
Exemplo:
Consideremos a PA(4, 8, 12, 16, 20, 24, 28) e escolhamos três termos consecutivos
quaisquer: 4, 8, 12 ou 8, 12, 16 ou ... 20, 24, 28.
Observemos que o termo médio é sempre a média aritmética dos outros dois termos:
4 12 8 16 20 28
8, 12,..., 24
2 2 2
seja a PA ( a1, a2, a3 ) temos que: a1 a3
a2
2
Exemplo1: Determine x para que a sucessão ( 3, x+3, 15) seja uma PA
X+3 = ( 3 + 15) / 2 => x+3 =9 => x= 6 ( 3, 6+3 , 15) => (3, 9 , 15)
Exemplo: Consideremos a PA (3, 6, 9, 12, 15, 18, 21) e o termo médio é 12. Observemos
que o termo médio é sempre a média aritmética do primeiro e do último.
3 21
12
2
Representação genérica de uma PA de três termos
Para a resolução de certos problemas (envolvendo soma ou produto dos termos da PA). É
de grande utilidade representar uma PA nas seguintes formas: (x, x+r,x+2r) ou (x-r ,x, x+r)
onde “r” e a razão da PA.
Exemplo: Determinar a PA crescente de três termos, sabendo que a soma desses termos é 3
e que o produto vale –8
Soma dos termos x-r + x + x+r = 3 => 3x=3 => x = 1
Produto dos termos (1- r).(1).(1+r) = -8 => 1-r 2 = - 8 => 1+8 = r 2 => r2 = 9 r = +3 ou -3
como a PA é crescente temos que r = 3 resposta (-2,1,4)
A soma de dois termos eqüidistantes dos extremos de uma PA finita é igual à soma dos
extremos.
Exemplo:
Consideremos a PA (3, 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31).
7 e 27
11 e 23 são os termos equidistantes dos extremos 3 e 31
15 e 19
1.2.5 Termo Geral
+ r+ r+ r+ r +r
PA ( a1, a1+ r, a1+ 2r, a1+ 3r, a1+ 4r, ..., a1+ (n-1)r )
an = a1 + (n-1)r, para n N
*
Exercícios Resolvidos
+ r+ r+ r
+ r+ r+ r + r+ r+ r
a1 = 2 an = a5 = 18 n=2+3=5
Para interpolarmos os três termos devemos determinar primeiramente a razão da PA.
Então:
a5 = a1 + r + r + r + r a5 = a1 + 4r
18 = 2 + 4r 16 = 4r r = 16/4 r=4
Logo temos a PA (2, 6, 10, 14, 18)
Note, que a soma dos termos equidistantes é constante (sempre 22 ) e apareceu exactamente
5 vezes (metade do número de termos da PA, porque somamos os termos dois a dois). Logo
devemos ao invés de somarmos termo a termo, fazermos apenas 5 x 22 = 110, e assim,
determinamos S10 = 110 (soma dos 10 termos).
E agora se fosse uma progressão de 100 termos como a PA(1, 2, 3, 4,...,100), procederemos
do mesmo modo. A soma do a1 com a100 vale 101 e esta soma vai se repetir 50 vezes
(metade de 100), portanto S100 = 101x50 = 5050.
Então para calcular a soma dos n termos de uma PA somamos o primeiro com o último
termo e esta soma irá se repetir n/2 vezes. Assim podemos escrever:
n
S n a1 a n
2
Exercícios Resolvidos
1.3.1 Definição
Exemplos simples
1.3.2 Classificação:
Quando q > 0, a P.G. é crescente. Por exemplo: (3, 6, 12, 24, 48, ...)
q = a2 / a1 a1 = 3
q=6/3 onde a2 = 6 (a2 = a1 . q → a2 = 3 . 2 → a2 = 6)
q=2 a3 = 12 (a3 = a1 . q2 → a3 = 3 . 22 → a3 = 3 . 4 → a3 = 12)
Concluindo que toda P.G. crescente, partindo do segundo termo, qualquer elemento é maior
que o anterior.
Quando a1 < 0 e q > 1 ou a1 > 0 e 0 < q < 1, a P.G. é decrescente. Por exemplo:
(48,24,12,6,.., 3)
q = a2 / a1 a1 = 48
q = 24 / 48 a2 = 24 (a2 = a1 . q → a2 = 48 . 1/2 → a2 = 24)
onde a3 = 12 (a3 = a1 . q2 → a3 = 48 . (1/2)2 → a3 = 48 . 1/4 → a 3
q=1/2
= 12)
Concluindo que toda P.G. decrescente, partindo do segundo termo, qualquer elemento é
menor que o anterior.
q = a2 / a1 onde a1 = - 5
q = 10 / -5 a2 = 10 (a2 = a1 . q → a2 = - 5 . - 2 → a2 = 10)
a3 = - 20 (a3 = a1 . q2 → a3 = - 5 . (-2)2 → a3 = -5 . 4 → a3 =
q=-2
- 20)
Concluindo que toda P.G. Alternante ou Oscilante, partindo de qualquer termo, há uma
alternância sucessiva entre termo negativo e positivo.
Como em uma P.A. pode se achar todos os seus termos a partir de qualquer termo e da
razão, em uma P.G., isso também é possível, sendo a fórmula denominada termo geral da
P.G..
Vejamos:
a2 / a1 = q → a2 = a1 . q a3 / a2 = q → a3 = a2 . q → a3 = a1 . q . q → a3 = a1 . q2
PG( a1, a1. q, a1. 2q, a1. 3q, a1. 4q, ..., a1.q(n-1)
Portanto, o termo geral será:
an = a1 .q(n-1), para n N
*
an = ak .q(n-k)
Exemplo 1-- Dada a PG (2,4,8,... ), pede-se calcular o décimo termo.
Temos: a1 = 2, q = 4/2 = 8/4 = ... = 2. Para calcular o décimo termo ou seja a 10, vem pela
fórmula: dados a1= 2 q = 2 n =10 a 10 = ?
an = a1 . qn – 1 => a10 = a1 . q10-1 => a10 = 2 . 29 => a10 = 2. 512 => a10 = 1024
Exemplo 2- Sabe-se que o quarto termo de uma PG é igual a 20 e o oitavo termo é igual a
320. Qual a razão desta PG?
Temos a4 = 20 e a8 = 320. Logo, podemos escrever: a8 = a4 . q8-4 . Daí, vem: 320 = 20.q4
Então 16 = q4 = 24 e portanto q = 2.
Por exemplo: Dada a P.G. ( x, y, 12, 24, 48, ...) determine o seu oitavo termo (a8):
an = ak . qn - k
an → é o último termo especificamente pedido
a8 = a3 . q8 – 3
a8 = 12 . 25 ak → é o primeiro termo escolhido
a8 = 12 . 32 k → é a posição do termo ak
a8 = 384 n → é a posição do termo an
(n - 1)
Esta fórmula, an = a1 . q permite que se calcule qualquer termo de uma P.G.
Para três termos em P.G. (a1, a2, a3 ) vale a propriedade: “o termo do meio é a média
geométrica dos outros dois”. ou, com outras palavras, o quadrado do termo do meio é igual
ao produto dos outros dois termos. Ou seja (a2)2 = a1 . a3
Pn = (a1 .an)n/2
Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos S n,
vamos considerar o que segue:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an
soma dos n primeiros termos de uma P.G. é dada pelas seguintes relações:
a n .q a1 .q n 1
Sn ou Sn a1.
q 1 q 1
Exemplo: Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...) resposta S10 = 1023
Exemplos:
1) Seja a função f(x) = 2x+1, calcule, utilizando a ideia intuitiva de limite, lim (2x 1) .
x2
Solução:
Queremos determinar o valor da função "f(x)" quando o valor de "x" se aproxima de 2, seja
pela direita(valores superiores a 2) ou pela esquerda (valores inferiores a 2)
Esquerda Direita
x 2x+1 x 2x+1
1 2.1+1 =3 3 2.3+1 =7
1,5 2.1,5+1 =4 2,5 2.2,5+1 =6
1,7 2.1,7+1 = 4,4 2,1 2.2,1+1 = 5,2
1,8 2.1,8+1 = 4,6 2,01 2.2,01+1 = 5,02
1,9 2.1,9+1 = 4,8 2,001 2.2,001+1 = 5,002
1,95 2.1,95+1 = 4,9 2,0001 2.2,0001+1 = 5,0002
1,99 2.1,99+1 = 4,98 2,00001 2.2,00001+1 = 5,00002
... ... ... ...
2 5 2 5
Y = 2X + 1
8
6
eixo das ordenadas, Y
-2
-4
-6
-3 -2 -1 0 1 2 3
eixo das abscissas, X
x2 4 ( x 2)( x 2)
3) lim lim lim( x 2) 2 2 4 , pois D(f ) {2}
x2 x 2 x 2 x2 x2
4x 8 4( x 2) 4 4 4
4) lim lim lim 4 , pois
x2 x 5x 6 x 2 ( x 2)( x 3) x 2 x 3 2 3 1
2
D(f ) {2, 3}
5)
x 9 ( x 9)( x 3) ( x 9)( x 3)
lim lim lim lim( x 3) 9 3 3 3 6
x 9 x 3 x 9 ( x 3)( x 3) x 9 ( x 9) x 9
6 x 18 6 ( x 3) 6 6 6
6) lim lim lim 6
x 3 ( x 2) ( x 3) x3 ( x 2) ( x 3) x 3 x 2 3 2 1
6 x 30 6 ( x 5) 6 6 6 3
7) lim lim lim
x 5 x 25 x 5 ( x 5) ( x 5) x 5 x 5 5 5 10 5
2
Solução:
Esquerda Direita
x x+1 x x+1
2 1+2 =3 0,5 1+0,5 = 1,5
1,5 1+1,5 = 2,5 0,9 1+0,9 = 1,9
1,1 1+1,1 = 2,1 0,99 1+0,99 = 1,99
1,01 1+1,01 = 2,01 0,999 1+0,999 = 1,999
1,001 1+1,001 = 2,001 0,9999 1+0,9999 = 1,9999
... ... ... ...
1 2 1 2
Y = X+ 1
4
3
eixo das ordenadas, Y
-1
-2
-3 -2 -1 0 1 2 3
eixo das abscissa, X
A seguir introduziremos propriedades que podem ser usadas para achar muitos limites sem
utilizar a pesquisa do número que aparece na definição de limite.
limite)
(P1) Sejam a e c números reais quaisquer, então lim c c isto é o limite de uma
x a
b) lim [ f ( x ) g ( x)] L M
x a
f ( x) L
c) lim = desde que M 0
xa g ( x) M
d) lim
x a
f ( x) Ln ( p/ inteiro positivo n)
n
i) lim e f ( x) e L
xa
P3 P2
lim ( x 2 3 x 1) lim x 2 lim 3 x lim 1 2 2 3.2 1 1
x2 x 2 x 2 x 2
Isto na verdade ocorre para todos os polinómios. Enunciando então, formalmente, temos:
Teorema I: Se f é uma função polinomial, então: lim f ( x) f (a ) .
xa
Exemplos:
1) Calcule lim ( x 2 5 x 1) 2 2 5 2 1 5
x 2
3x, se x 2
2) Calcule lim f ( x) sendo 2 .
x2
x , se x > 2
Solução: Se x 2 lim
x 2
f ( x ) 3 2 6 . Por outro lado, x > 2 lim + f ( x) 2 2 4 .
x2
Além deste, temos ainda outros teoremas que nos fornecem resultados úteis para o cálculo
de limites.
lim q ( x) q (a )
x a
Exemplos:
5x 2 2 x 1
1) Calcule lim
x3 6x 7
Solução:
5 x 2 2 x 1 5 32 2 3 1 40 7
lim 3
x 3 6x 7 63 7 11 11
2) Calcular lim
3
3x 2 4 x 9
x5
Solução:
lim 3 3 x 2 4 x 9 3 lim 3 x 2 4 x 9 = 3 75 - 20 + 9 3 64 4
x5 x 5
Em resumo:
Sejam f e g funções tais que: lim f ( x ) L1 e lim f ( x ) L 2 então:
x p x p
2) lim k f ( x ) k . L1 k lim f ( x)
x p x p
f ( x ) L1 limxp
f (x)
5) lim , desde que L 2 0
x p g( x ) L 2 lim g ( x )
xp
n
lim f ( x ) , n N
n
6) lim[f ( x )] L1
n
x p x p
n f ( x ) n L n lim f ( x ) , desde que L 0 (no caso em que n é par)
7) lim
x p
1
x p
1
9) lim xp
x p
lim g ( x )
lim f ( x )
L2 x p
10) lim f ( x ) g ( x ) L1
x p x p
Exemplos:
x 4 5
x3 x2 1 3 x 3 2x 3
3) lim ... 4) lim ...
x 1 x 1 2 x 1 x 2 2
0
adoptar tal procedimento nos deparamos com resultados do tipo ou .
0
Exemplo:
x2 x 2
1) Calcular o limite abaixo: lim
x2 x2 4
Solução:
Então:
0
Assim, ao substituirmos direito teríamos uma indeterminação do tipo , logo tal
0
procedimento não pode ser utilizado.
0
No caso de indeterminações do tipo ou há vários métodos que podem ser aplicados
0
de acordo com as funções envolvidas. Futuramente, utilizando-se de derivadas
apresentaremos um método prático para resolver tais casos, método este conhecido como
regra de L’Hospital.
Pela tabela constatamos que quando x cresce ilimitadamente através de valores positivos,
os valores da função se aproximam cada vez mais de 0 (zero). Simbolicamente,
representamos tal fato por: xlim f ( x ) 0 , que se lê: “limite de f de x , quando x tende a
Consideremos agora, para a mesma função, uma tabela onde os valores da variável x
decrescem ilimitadamente através de valores negativos.
1 1 1
2 3 4
zero.
1
Pelo gráfico da função f ( x) cujo esboço é indicado pela figura ao lado, notamos que
x
quando x cresce ilimitadamente através de valores positivos ( x ), os valores da
função f (x ) aproximam-se cada vez mais de 0 (zero). E, portanto, simbolicamente
lim f ( x ) 0 1
x
lim 0
x x
podemos escrever ou .
Analogamente, observando o comportamento da função através do seu gráfico (figura
indicada acima), constatamos que quando x decresce ilimitadamente através de valores
negativos ( x ), os valores da função f (x ) aproximam-se cada vez mais de 0 (zero).
Exemplos:
1
1) Observe o gráfico da função f ( x) 1 apresentado na Figura a seguir:
x
Observando o gráfico e as tabelas, vemos que esta função tende para o valor 1, quando x
1
tende para o infinito. Isto é, y 1 quando x . Denotamos por xlim 1 1
x
2x 1
2) A função f ( x) tende para 2 quando x como podemos observar na
x 1
Figura a seguir.
Assim,
podemos escrever:
2x 1
lim 2
x x 1
6 7 13
P( x) 4 x 3 1 2 3
4x 4x 4x
Portanto,
6 7 13
lim P ( x) lim (4 x 3 ) lim 1 2 3
x x x
4x 4x 4x
Ora, é claro que:
6 7 13
lim 1 2 3 1
x
4x 4x 4x
Temos, então:
lim P ( x) lim (4 x 3 )
x x
escrever:
lim P ( x) lim a n x n
x x
P ( x)
Dada a função racional f ( x ) , onde P e Q são funções polinomiais em x com:
Q( x)
P( x) a n x n a n1 x n 1 ... a2 x 2 a1 x a0 e
P ( x) xlim P ( x) lim an x n a xn a
lim f ( x) lim
x m lim n m n lim x nm
x x Q ( x ) lim Q( x) lim bm x x b x bm x
m
x x
1o) n m xlim
f ( x)
2o) n m xlim
f ( x) 0
an
3o) n m xlim f ( x)
bm
Exemplos:
10 x 3 x 2 8 x 115 10 x 3 10
1) lim lim lim x
x 9 x 2 10 x 4 x 9 x 2 9 x
15 x 3 8 x 2 6 x 119 15 x 3 1
2) lim lim 15 lim 15 0 0
x x 2 x 101x 2
4 2 x x 4 x x
7 x 3 8 x 2 11x 2 7x3 7 7
3) lim lim lim 1
x 5 x 14 x 8 x 5
3 2 x 5 x 3
5 x 5
x
4) Calcule xlim
x2 1
Solução:
x2
x x2 x2 1
lim lim lim lim 1
x
x 2 1 x
x 2 1 x
x2 1 x 1
1 2
x2 x2 x
5) Calcule xlim x 2 3x 4 x
lim x 3x 4 x lim x 3 x 4 x
x 2 3x 4 x lim x 2 3x 4 x 2 3x 4
3x 4 x
2 2
lim
x x
x 2 x
x 3x 4 x
2 x
x 3x 4 x
2
2 2 1 2 1
x 2
x x x x x
Vimos que para determinar o limite de uma função quando x tende para a, devemos
verificar o comportamento da função para valores de x muito próximos de a, maiores ou
menores que a.
pequeno.
lim f ( x )
Limite à direita: x a
, teremos x > a logo x = a + h, onde h > 0 é muito
pequeno.
Quando temos o gráfico de uma função ou temos esta função definida por várias sentenças
fica simples calcular os limites laterais.
Exemplos:
1) Seja a função definida pelo gráfico da Figura a seguir, calcule:
a) lim f ( x) b) lim f ( x)
x 1 x 1
Solução:
x 2 1 , para x 2
2) Seja a função: f ( x ) 2 , para x 2 Calcule:
9 - x 2 , para x 2
(a ) lim f ( x)
x 2
(b) lim f ( x)
x 2
(c) lim f ( x)
x 2
Solução:
lim x 2 1 2 2 1 5
x 2
Quando a função não está definida por várias sentenças, ou não temos o gráfico da função,
teremos que usar um artifício que chamaremos de incremento (h) para encontrar os limites
laterais.
Isto é: Simplificando: Para calcular os limites laterais, basta fazer uma substituição:
Quando xlim
a
f ( x) fazemos x = a + h
Quando xlim
a
f ( x) fazemos x = a – h
Ao calcular o limite da função f, observamos que o valor deste limite, quando x tende
para p é igual ao valor da função quando x é igual a p, isto é:
lim f ( x) f ( p )
x p
2.8.1. Definição:
(ii) lim
x p
f ( x), isto é : lim f ( x) lim f ( x)
x p x p
Observação: quando pelo menos uma das três condições não for verificada dizemos que f é
descontínua em x p.
Exemplos:
lim f ( x ) lim ( 2 x 5 3 x) 2 4 5 3 4 3 12
x p x4
lim f ( x) f ( 4)
x 4
| x 2|
2) Verifique se a função f ( x) é contínua em x 2.
2
Solução: Primeiramente, lembramos que:
x 2
, se x 2
| x 2| 2
2 x 2
2 , se x 2
A seguir, analisaremos uma a uma as três condições:
22 0
f ( 2) 0.
2 2
Para verificar a existência do limite, devemos calcular os limites laterais:
| x 2| x2 22 0
lim f ( x) lim lim 0
x2 x 2 2 x 2 2 2 2
e
| x 2| x2 22 0
lim f ( x) lim lim 0
x2 x 2 2 x 2 2 2 2
x 2 1, se x 3
3) Verifique se a função f ( x) 2, se x 3 é contínua em x 3.
3 x, se x 3
Solução: Analisaremos uma a uma as três condições:
f (3) 2 .
Como xlim f ( x) lim f ( x) não existe lim f ( x) e, portanto a função dada não é
3 x 3 x3
contínua em x 3.
2x, se x 2
4) Verifique se a função f ( x) é contínua em x 2.
x 3x, se x 2
2
descontínua em x 2.
Mostramos a seguir um esboço do gráfico de f e podemos constatar que o mesmo tem um
“salto” em x 2.
x2 1
5) A função f ( x) não é contínua no ponto x 1, pois a função dada não é
x 1
definida no ponto especificado. Graficamente, temos:
x 2 1
, se x 1
6) A função g ( x) x 1 também não é contínua no ponto x 1, pois:
1, se x 1
g (1) 1 .
Limites laterais:
( x 2 1) ( x 1) ( x 1)
lim g ( x) lim lim lim ( x 1) 1 1 2
x 1 x 1 x 1 x 1 ( x 1) x 1
e
( x 2 1) ( x 1) ( x 1)
lim g ( x) lim lim lim ( x 1) 1 1 2
x 1 x 1 x 1 x 1 ( x 1) x 1
lim g ( x) 2 1 g (2)
x 1
Portanto, como não foi satisfeita a terceira condição, a função dada não é contínua no ponto
especificado, como confirma o gráfico a seguir:
4 x, se x 0
Verificar os possíveis pontos de descontinuidade da função f ( x) 2x x 2 , se 0 x 3 .
2x 9, se x 3
Solução: Da definição de f, os prováveis pontos de descontinuidade são x 0 e x 3.
Limites laterais:
lim f ( x) f (0)
x 0
Limites laterais:
lim f ( x) lim (2 x x 2 ) 2 3 32 6 9 3
x 3 x 3
e
lim f ( x) lim (2 x 9) 2 3 9 6 9 3
x 3 x 3
lim f ( x) f (3)
x 3
Portanto, uma vez que nos pontos de provável descontinuidade, verificamos que a função f
é contínua, concluímos que f é contínua para todo x real, e vemos que seu gráfico não tem
qualquer tipo de salto ou interrupção.
n
1
a n 1
n
1
1
n 1 a1 1 2
1
2
1
n 2 a 2 1 2,25
2
3
1
n 3 a3 1 2,37037037...
3
5
1
n 5 a5 1 2,48832
5
10
1
n 10 a10 1 2,59374246...
10
100
1
n 100 a100 1 2,704813829...
100
1.000
1
n 1.000 a1.000 1 2,716923932...
1.000
10.000
1
n 10.000 a10.000 1 2,718145927...
10.000
100.000
1
n 100.000 a100.000 1 2,71818268237... , e assim por diante
100.000
(and so on...).
...
n an e , ou seja:
x
1
Teorema: lim 1 e 2,718281828.......
x
x
Lembre-se: O número “e” é irracional.
Dois limites podem ser obtidos como consequência do limite exponencial fundamental.
1
Primeira Consequência: lim 1 x x
e
x0
1 1
De fato, fazendo u x , e observando que quando x 0 u , ficamos
x u
com:
1 u
1
lim 1 x x
lim 1 e
x 0 u
u
ex 1
Segunda Consequência: lim 1
x0 x
ex 1 u 1 1
lim lim lim lim
x 0
x u 0 ln (u 1) u 0 1 ln(u 1) u 0 1
ln(u 1) u
u
1 1 1 1
1
1
1
ln e 1
lim ln(1 u) u
ln lim (1 u) u
u 0 u 0
Exemplos:
1) Calcule lim 1 kx , k * .
x
x 0
1 kx 1 kx 1 kx
x kx
1 k
1
lim 1 kx lim 1 u u e k
x
x 0 u 0
ln x
2) Calcule lim .
x1 x 1
Solução: Façamos u x 1 x u 1.
Quando x 1 u 0, logo:
ln x ln (u 1) 1 1
1
u
u
lim
x 1 x 1
lim
u 0
u
lim
u 0 u
ln (u 1) lim
u 0
ln (u 1) ln lim
u 0 (u 1) ln e 1.
sen x
Teorema: Limite Trigonométrico Fundamental: lim 1
x0 x
Uma demonstração: No círculo trigonométrico (o raio é a unidade), seja ÂM um arco de
x radianos, com 0 x . Na figura a seguir: x Aˆ M , sen x PM e tg x AT .
2
Lembre-se:
1
A Base Altura
2
1
ASetor ( Raio) 2 Arco
2
Observe que o triângulo oAM está contido no setor circular oAM , o qual por sua vez está
contido no triângulo oAT .
Assim, podemos afirmar que:
área oAM área setor oAM área oAT
isto é:
1 1 1
oA PM (oA) 2 x oA AT
2 2 2
Mas,
oA 1
Logo:
PM x AT
ou,
sen x x tg x
Dividindo termo a termo por sen x, temos:
sen x x tg x x 1
1
sen x sen x sen x sen x cos x
sen x
Então, para x tendendo a zero, permanece entre cos x e 1
x
E, portanto:
sen x
lim 1 (c.q.d)
x 0 x
A seguir, construímos um quadro para confirmar o que acabamos de demonstrar:
x 1 1 1
lim lim 1
Solução: x 0 sen x x 0 sen x sen x 1
lim
x x 0 x
tg x
2) Calcule lim .
x0 x
Solução:
sen x
tg x cos x sen x 1 sen x 1 sen x 1 1
lim lim lim lim lim lim 1 1
x 0 x x 0 x x 0 cos x x
x 0 x cos x x 0 x x 0 cos x 1
sen 3 x sen u
3) lim lim 1.
x 0 3x u 0 u
Nota: u 3 x, x 0 u 0
sen kx sen u
4) lim lim 1, k * .
x 0 kx u 0 u
Nota: u kx, x 0 u 0
1 cos x
6) Calcule lim .
x 0 x
Solução:
sen 3 x
7) Calcule lim .
x 0 5x
sen 3 x sen 3 x 3 3 sen 3 x 3 3
Solução: lim lim lim 1
x 0 5x x 0
3 x 5 5 x 0 3 x 5 5
2.11 Assíntotas horizontais e verticais
Assíntota Vertical
Dizemos que a reta x a é uma assíntota vertical do gráfico de f, se pelo menos uma das
afirmações seguintes for verdadeira:
Assíntota Horizontal
Dizemos que a reta y b é uma assíntota horizontal do gráfico de f, se pelo menos uma das
afirmações seguintes for verdadeira:
(i ) lim f ( x) b (ii ) lim f ( x) b
x x
Exemplos:
5
Seja a função f ( x) . Encontre a equação das assíntotas horizontais e verticais, se
x 3
elas existirem.
Solução: Primeiramente devemos observar o domínio da função.
5
Verificamos, facilmente que D( f ) {3}. Sendo assim, vamos calcular: lim .
x 3 ( x 3)
Para calcular o limite da função quando x tende a 3 devemos calcular os limites laterais,
assim:
5
Para calcular xlim , fazemos x 3 h, com h 0 , assim temos:
3 ( x 3)
5 5 5 1
lim lim lim 5 lim 5
x 3 ( x 3) h0 (3 h 3) h0 (h) h0 h
5
Por outro lado, para calcular xlim , fazemos x 3 h, com h 0 , assim temos:
3 ( x 3)
5 5 5 1
lim lim lim 5 lim 5
x 3 ( x 3) h0 (3 h 3) h0 h h 0 h
Logo, x 3 é uma Assíntota Vertical da função dada, pois são válidas as afirmações (i) e
(iv).
5 5
lim f ( x) lim lim 0
x x x 3 x x
4
Considere a função f ( x) 3 . Encontre a equação das assíntotas horizontais e/ou
( x 2) 2
verticais, se elas existirem.
Solução:
Primeiramente devemos observar o domínio da função. Verificamos facilmente que
D ( f ) {2}.
4
Sendo assim, vamos calcular lim 3 .
x 2 ( x 2) 2
Para calcular o limite da função quando x tende a 2 (dois) devemos calcular os limites
laterais, assim:
4
Para calcular lim 3 , fazemos x 2 h , com h 0, vamos a:
x2 ( x 2) 2
4 4 4 4 4
lim 3 lim 3 lim 3 lim 3 2 lim 3 lim 2 3
x 2 ( x 2) 2 h 0 (2 h 2) 2 h 0 ( h) 2 h 0 h h 0 h 0 h
4
Agora para calcular lim 3 , fazemos x 2 h , com h 0 , vamos a:
x 2 ( x 2) 2
4 4 4 4
lim 3 lim 3 lim 3 2 lim 3 lim 2 3
x 2 ( x 2) 2 h 0 ( 2 h 2) 2 h 0 h h 0 h 0 h
Assim, temos:
lim f ( x) e lim f ( x )
x2 x 2
4
Para encontrar a assíntota horizontal, basta calcular lim 3 , ou seja:
x ( x 2) 2
4 4 4
lim 3 lim 3 2 lim 3 lim 2 3 0 3
x ( x 2) 2 x x 4 x 4 x x x