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Olá Pessoal!
1. Conceito de Auditoria
Em linhas gerais, vamos mais uma vez nos remeter à obra de Franco e
Marra (2011) para definir o objeto da auditoria (em sentido amplo):
2. Evolução da Auditoria
Datas Fatos
? Desconhecida a data de início da atividade de auditoria.
1314 Criação do cargo de auditor do Tesouro na Inglaterra.
1559 Sistematização e estabelecimento da auditoria dos pagamentos a
servidores públicos pela Rainha Elizabeth I.
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, na
Inglaterra.
1886 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, nos
Estados Unidos.
1894 Criação do Instituo Holandês de Contadores Públicos
1934 Criação do Security end Exchange Comission (SEC), nos Estados
Unidos.
Adaptado de “Auditoria – conceitos e aplicações – William Attie, 2010”.
3.1 Conceitos
Pois bem. Essa opinião pode vir de dentro da própria empresa, desde que
independente, ou de fora da mesma, por profissionais que não fazem
parte da organização.
Fonte: www.ebx.com.br
Como se vê, o CFC deixa claro que a Auditoria Interna deve avaliar
processos, sistemas e controle, a fim de auxiliar a administração
no cumprimento dos objetivos da entidade. E essa definição é muito
importante!
Por fim, cabe ressaltar a cooperação que deve existir entre o auditor
interno e o independente. Segundo a NBC PI 01, o auditor interno,
quando previamente estabelecido com a administração da entidade
em que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a
realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor
independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.
Ou seja:
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
Para começar, questão bastante comum em provas de auditoria.
Para respondê-la, basta saber o objetivo de uma auditoria independente,
que é, segundo a NBC TA 200, “aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável”. (grifos nossos)
Deve-se ressaltar que a questão ainda traz a opinião do auditor
independente com a nomenclatura antiga (“Parecer”), pois foi elaborada
antes da nova normatização. A partir da edição da NBC TA 700, o produto
do auditor independente, por meio do qual ele manifesta sua opinião,
passou a chamar Relatório do Auditor Independente.
As letras “a”, “b” e “e” são características e/ou objetivos da
Auditoria Interna, conforme vimos na parte teórica e veremos em
questões mais adiante. A alternativa “d” não corresponde a um objetivo
da auditoria, mas da perícia.
Resposta: C
Comentários:
Para responder a essa questão, além de conhecimento das normas
profissionais de auditoria, era necessário o conhecimento de legislação
específica das seguradoras, por se tratar de prova da SUSEP. De qualquer
forma, já dá pra tirarmos algumas informações a respeito da atividade
profissional do auditor independente.
De acordo com a NBC PA 290, a independência do auditor pode ser
afetada por ameaças de familiaridade que ocorre quando, em virtude de
relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus
administradores, com diretores ou com empregados, a entidade de
auditoria ou membro da equipe de auditoria passa a se identificar,
demasiadamente, com os interesses da entidade auditada. A norma fala
em familiar imediato (cônjuge e todos os dependentes, financeiramente,
dos membros da equipe de auditoria) e não em grau de parentesco.
Dessa forma, o item I está errado.
A Resolução nº 118 do Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP), lista uma série de situações em que é vedada a contratação e a
manutenção de auditor independente por parte das sociedades
supervisionadas. Dessa forma, não é todo o auditor externo que pode
realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência
Complementar Aberta. Portanto, o item II está errado. Para a prova da
RFB, esqueçam essa legislação da CNSP.
Por fim, o item III também é falso, pois, o auditor responsável pelos
trabalhos de auditoria deve ser bacharel em ciências contábeis, conforme
determina o § 1º da Resolução CFC nº 560/83, o qual estabelece que são
atribuições privativas dos contadores as atividades de auditoria interna,
externa e perícia, entre outras. Dessa forma, não é permitido aos técnicos
em contabilidade nem a profissional com qualquer outra graduação que
não seja em contabilidade o exercício dessas atividades.
Resposta: E
Comentários:
Segundo o item 12.3 da NBC TI 01 (antiga NBC T12), o relatório é
“o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos
seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade,
de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e
providências a serem tomadas pela administração da entidade.” (Grifos
nossos). Dessa forma, a alternativa “a” está errada, pois o auditor interno
deve ser imparcial em seu trabalho.
A mesma norma determina que “o relatório da Auditoria Interna
deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este
autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo”,
devendo, portanto, a letra “b” ser considerada incorreta.
Por fim, a norma supracitada indica que “a Auditoria Interna deve
avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de
constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem
providências imediatas da administração da entidade, e que não possam
aguardar o final dos exames.” Deste modo, a alternativa “c” e “e” estão
erradas e a letra “d” corresponde exatamente à oportunidade em que
deve ser emitido o relatório parcial.
Resposta: D
Comentários:
Segundo a NBC T 11, norma vigente quando da aplicação dessa
prova, a responsabilidade primária na prevenção e identificação de
fraudes e erros é da administração da entidade, através da
implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de controle
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Comentários:
Pessoal, essa é uma típica questão de prova, quando o assunto é a
diferenciação entre auditoria interna e externa. Para respondê-la não era
necessário um conhecimento mais profundo das principais diferenças
entre esses dois tipos de auditoria, mas apenas o entendimento dos seus
objetivos.
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Já a auditoria interna (NBC TI 01) compreende os exames, análises,
avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente
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c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve
se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações
contábeis.
d) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção,
desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros
e demonstrações contábeis.
e) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria
interna.
Comentários:
Conforme visto na questão 3 desta aula, o relatório é o documento
pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos,
devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a
expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a
serem tomadas pela administração da entidade. Portanto, o gabarito da
questão é a letra “a”.
A letra “b” e “d” apresentaram as definições de erro e fraude de
forma inversa. Assim, para torná-las corretas basta substituir a palavra
erro por fraude na letra “b” e fraude por erro na letra “d”.
A letra “c” está incorreta, pois o foco do auditor interno não é a
análise das demonstrações contábeis, mas a avaliação do controle
interno, processos, sistemas, etc. da entidade. Portanto, irá se valer de
toda a documentação utilizada para analisar esses itens para dar suporte
aos resultados do seu trabalho.
Por fim, a letra “e” está completamente errada, pois, assim como o
auditor externo, o auditor interno pode utilizar tanto a amostragem
estatística quanto a não estatística.
Resposta: A
Comentários:
Pessoal, trouxemos essa questão só para vocês verem que, como
falamos no início desta aula, as questões se repetem! Parece ou não com
a questão 4 resolvida aqui? Mesma banca e quatro anos de diferença
entre as duas provas.
Como vocês já sabem, a responsabilidade primária pela prevenção e
detecção de fraude e erros é da administração da entidade.
Resposta: E
Comentários:
Entendemos que a questão ficou mal formulada, pois o auditor
externo não tem responsabilidade sobre a apresentação da reserva de
avaliação nem sobre nenhuma outra parte das demonstrações contábeis.
Ele tem responsabilidade sobre a opinião acerca dessas demonstrações.
De qualquer forma, não adianta brigar com a banca. A resposta é a
letra “c”, pois é a única que se refere a uma característica da
demonstração contábil da controladora (de responsabilidade do auditor).
Todas as outras alternativas se referem a características das
demonstrações contábeis das controladas e, dessa forma, fora da
responsabilidade do auditor externo.
Resposta: C
Comentários:
Mais uma questão que tenta buscar do concurseiro se ele sabe
diferenciar auditoria interna e externa.
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Comentários:
A alternativa “a” está incorreta, pois, de acordo com a NBC T-11
(vigente à época da prova), o parecer do auditor independente tem por
limite os próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e
não representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum
tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios. A
NBC TA 200, vigente atualmente, não modificou esse entendimento.
Segundo essa norma, o auditor não pode prever esses eventos ou
condições futuras. Consequentemente, a ausência de qualquer referência
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Comentários:
A Instrução CVM nº 308, de 14/05/99, que dispõe sobre o registro e
o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado
de valores mobiliários, em seu Art. 25, estabelece que, no exercício de
suas atividades no âmbito do mercado de valores mobiliários, o auditor
independente deverá verificar adicionalmente:
- se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria foram
divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua publicação e
Comentários:
A alternativa “a” está incorreta, pois a elaboração de normas
internas cabe, em geral, à administração.
A letra “b” também está errada, pois a “opinião” sobre a posição
patrimonial e financeira da empresa deve incluir se elas representam
adequadamente as operações da empresa.
A alternativa “c” está incorreta, pois os aspectos a serem
observados são os relevantes, e não os irrelevantes.
A letra “d” representa exatamente o objetivo da auditoria externa e,
portanto, é o gabarito da questão.
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Comentários:
Como vimos há pouco, a assertiva I está correta, por ser uma das
atribuições da auditoria interna.
Embora não concordemos, a banca considerou a assertiva II
incorreta, pois entendeu que auditoria interna não é independente e
imparcial, embora necessite de certa autonomia para a realização de seus
trabalhos. A auditoria interna deve ser sim independente e imparcial. As
questões mais atuais têm procurado comparar a independência da
auditoria interna com a da auditoria externa. Nesse caso, deve-se ter o
entendimento de que a interna é menos independente que a externa, por
estar localizada dentro da empresa auditada, o que faz com que dependa,
dessa forma, da estrutura da empresa (espaço físico, salários, etc.).
A assertiva III está correta, pois a diferença entre fraude e erro é
que enquanto a fraude resulta de um ato intencional, o erro é
consequência de um ato não intencional.
Resposta: E
Comentários:
Conforme vimos anteriormente, a NBC TI 01 define Auditoria
Interna da seguinte forma:
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“compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação
da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e
de controles internos integrados ao ambiente, e de
gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da
entidade no cumprimento de seus objetivos.” (grifamos)
Como se pode observar, a única alternativa que não corresponde à
definição de auditoria interna proposta pela NBC TI 01 é a de letra “C”. A
eficiência dos processos produtivos deve ser uma preocupação do próprio
gerente dessa área.
Resposta: C
Comentários:
A letra “a” está incorreta, pois a auditoria interna não mantém
independência total, inclusive pelo fato de que seus auditores são
funcionários da empresa. Veja como essa questão é diferente da forma
como o tema foi abordado na questão 13. Aqui, a alternativa diz
independência total, o que já sabemos que a auditoria interna não tem.
Mas não quer dizer que ela não seja independente.
A alternativa “b” está incorreta, pois a auditoria interna é executada
por funcionários da empresa, como vimos. Outro ponto a se destacar é
que a auditoria interna também existe no setor público, e é realizada por
servidores públicos do próprio órgão ou entidade auditados.
A letra “c” está errada, por apresentar uma característica da auditoria
independente.
A alternativa “d” é a única que apresenta uma característica da
auditoria interna, sendo, portanto, o gabarito da questão.
Por fim, a letra “e” está incorreta, pois a auditoria interna, ao contrário da
auditoria independente, não é obrigatória em todas as empresas de
capital aberto.
Resposta: D
Comentários:
Questão bastante simples, em que a banca trouxe uma transcrição
exata da norma, no caso a NBC TI 01, que define que a Auditoria Interna
compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos
processos, dos sistemas de informações e de controles internos
integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
A alternativa “ a” e “d” estão incorretas, pois a Auditoria
Independente (externa) não tem por objetivo assistir à administração da
entidade no cumprimento de seus objetivos, mas emitir uma opinião
sobre as demonstrações contábeis.
Já a letra “b” também está errada, pois, embora exista uma
Auditoria Interna Governamental, a expressão utilizada (Auditoria
Governamental) inclui as auditorias realizadas pelos Tribunais de Contas,
que não fazem parte da Auditoria Interna.
Por fim, a alternativa “c” está incorreta. A técnica de amostragem é
utilizada durante a fase de planejamento da auditoria, a fim de se definir
o escopo (objetivo da auditoria), tendo em vista que, em geral, não é
possível que se efetue uma avaliação da totalidade das operações
(censo).
Resposta: E
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a NBC TI 01 afirma que a
Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público,
interno ou externo, e de direito privado, deixando claro que não se limita
a discutir conceitos exclusivos do setor privado, mas inclui as pessoas
jurídicas de direito público, não fazendo exclusão da análise da
economicidade em relação ao setor público.
A alternativa B está incorreta, pois aperfeiçoar, implantar e fazer
cumprir as normas internas da empresa é atribuição da administração.
A alternativa C está incorreta, pois, dentro de sua finalidade de
auxiliar a administração no cumprimento de seus objetivos, a auditoria
interna deve emitir opinião ou sugestões para que sejam feitas as
correções ou melhorias necessárias ao desempenho da administração.
A alternativa D está correta, pois, como vimos, um ponto que
merece destaque quanto às funções da Auditoria Interna é o relacionado
à prevenção de fraudes e erros. De acordo com a NBC TI 01, é atribuição
da Auditoria Interna assessorar a administração da entidade nesse
sentido, informando-a, sempre por escrito e de maneira reservada,
quaisquer indícios de irregularidades detectadas no decorrer do trabalho.
O que mais nos interessa nesse assunto é saber que a prevenção de
fraudes e erros não é atribuição principal da Auditoria Interna.
A alternativa E está incorreta, pois é um objetivo da auditoria
interna assistir à administração da entidade no cumprimento de suas
atribuições.
Resposta: D
Comentários:
Comentários:
Comentários:
Da mesma forma que a questão anterior, a FGV retirou definições
literais da norma (no caso, a NBC PA 01), apenas trocando ou inserindo
palavras para torná-las incorretas.
Segundo essa norma, Pessoa externa qualificada é uma pessoa de
fora da firma com competência e habilidades que poderia atuar como
sócio encarregado do trabalho. Portanto, a letra “a” está errada.
A mesma norma estabelece que pelo menos uma vez por ano, a
firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas
políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma,
que precisa ser independente por exigências éticas relevantes. Dessa
forma, a assertiva “b” também está incorreta.
Em relação à retenção da documentação de auditoria, foi
estabelecido que, no caso específico de trabalho de auditoria, o período
de retenção seria normalmente de pelo menos cinco anos, a partir
da data do relatório do auditor independente ou, se superior, da data do
relatório do auditor independente do grupo. Portanto, a letra “c” está
errada. Ressalta-se que a segunda parte dessa assertiva está correta.
Por fim, a norma profissional que trata da independência do auditor
independente reconhece que a ameaça de familiaridade é especialmente
relevante no contexto de auditoria de demonstrações contábeis de modo
que requer o rodízio do sócio do trabalho após o período de cinco
anos, e não três anos, como foi colocado pela alternativa “e”. Ressalta-se
que, a partir da NBC PA 290, que trata da independência do auditor, o
retorno desse sócio à auditoria naquela empresa auditada deve observar
pelo menos dois anos, e não três, como era previsto na NBC PA 02,
revogada.
Resposta: D
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
e) I, II e III.
Comentários:
Conforme já tínhamos visto nas questões da ESAF, as bancas
exploram bastante a diferenciação entre auditoria interna e externa.
Nesta questão, o item I está correto, pois descreve exatamente o
objetivo do auditor independente, que é emitir uma opinião sobre a
fidedignidade das demonstrações contábeis. Ressalta-se, mais uma vez,
que a questão é de 2009, antes da edição das novas normas de auditoria,
e por isso a forma de emitir essa opinião era por meio do Parecer do
Auditor Independente. A partir da NBC TA 700, como já sabemos, mudou-
se o nome desse documento para Relatório do Auditor Independente.
O item II está errado, pois segundo a Resolução CFC nº 560/83, as
atividades de auditoria interna são privativas de contadores, assim como
a dos auditores independentes e dos peritos contábeis. Dessa forma, não
é permitido aos técnicos em contabilidade o exercício da auditoria interna.
Como a expressão contabilista abrange tanto o bacharel em ciências
contábeis quanto o técnico em contabilidade, a alternativa está errada.
O item III também está incorreto, pois quem não possui vínculo
com a empresa auditada é o auditor independente. O auditor interno é
funcionário da empresa, mas também possui independência técnica,
embora esta seja menor que a do auditor externo, conforme já vimos
anteriormente.
Por fim o item IV está correto, pois quando da vigência da NBC T
11, era exatamente essa a classificação do parecer do auditor
independente. Veremos na aula 8 a nova nomenclatura para a
classificação dos relatórios do auditor independente.
Resposta: B
Comentários:
Conforme visto anteriormente, segundo a NBC TI 01 a auditoria
interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos
processos, dos sistemas de informações e de controles internos
integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos. (grifos nossos)
Dessa forma, a letra “a” aborda exatamente as características da
auditoria interna. As alternativas “b”, “c” e “e” apresentam procedimentos
que são de responsabilidade da própria administração e não do auditor
interno. Já a emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis é de
responsabilidade do auditor independente. Cabe ressaltar, mais uma vez,
que a CESGRANRIO continua adotando, mesmo em provas recentes como
esta (2011), a nomenclatura Parecer, apesar de esse termo já ter sido
substituído, desde 2009, quando da edição da NBC TA 700, pelo Relatório
do Auditor Independente. Portanto, atenção!
Resposta: A
Comentários:
A questão tenta confundir o candidato, combinando procedimentos
que são de responsabilidade da própria administração, do próprio controle
interno da empresa, com responsabilidades que são do auditor interno.
A alternativa “a” está incorreta, pois quem elabora a estrutura de
gestão de riscos dos processos da empresa são os gerentes, diretores,
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etc. e não o auditor interno, o que não impede que o auditor interno
utilize gestão de riscos e auditoria baseada em riscos para traçar seu
planejamento de auditoria.
A letra “b” também está errada, pois também são os gerentes,
diretores, etc. os responsáveis por justificativas à alta administração de
alguma falha na gestão de riscos.
A classificação de risco dos processos não tem relação com a
ocorrência ou não de duplicidade nos testes de auditoria. Além disso, a
avaliação realizada pelo auditor interno é da gestão de riscos da empresa
e não das ferramentas de alta tecnologia. Portanto, as opções “c” e “d”
estão incorretas.
Por fim, a alternativa “e” aborda exatamente a maneira como o
auditor interno deve agir em relação aos riscos dos processos auditados,
que é monitorar esses riscos, avaliando o controle interno e os resultados
alcançados.
Resposta: E
Comentários:
A Fundação Carlos Chagas procurou, da mesma forma como as
outras bancas que vimos até agora, verificar o conhecimento do candidato
acerca da auditoria interna, mas também das diferenças entre esta e a
auditoria independente.
A letra “a” está incorreta, pois ambas têm independência, embora a
da auditoria independente seja considerada maior por não ter vínculo
empregatício com a entidade auditada.
A alternativa “b” também está errada, já que a implantação e
cumprimento dos controles internos são de responsabilidade da própria
administração e não da auditoria interna.
A letra “c” é falsa porque a auditoria interna deve estar ligada
diretamente a mais alta administração da entidade e não à Controladoria,
para que não haja nenhuma influencia nos resultados dos trabalhos de
auditoria interna.
Quem deve emitir Parecer (atualmente, Relatório de Auditoria
Independente) é o auditor independente e não o auditor interno. Dessa
forma, a alternativa “d” está incorreta.
Comentários:
Novamente, exige-se do “concurseiro” a distinção entre auditoria
interna e externa. Os procedimentos apresentados nas alternativas “a”,
“c”, “d” e “e” referem-se a funções da auditoria interna. A única opção
que aborda procedimentos adotados pelos auditores externos é a letra
“b”, já que o objetivo destes auditores é expressar opinião sobre a
fidedignidade das demonstrações contábeis.
Cabe ressaltar que a FCC traz, na letra “d”, o termo independência
limitada. Algumas bancas consideram a auditoria interna menos
independente que a externa, outras tratam essa independência como
limitada, e há também aquelas que preferem utilizar o termo autonomia e
não independência, quando se referem à auditoria interna. Portanto,
atenção na forma de cobrança pelas diversas bancas!
Resposta: B
Comentários:
Mais uma questão, desta vez da FGV, que cobra do candidato o
conhecimento das principais diferenças entre auditoria interna e externa.
A letra “a” está correta. A FGV é uma das bancas que utiliza o
termo autonomia do auditor interno com o objetivo de diferenciar da
independência do auditor externo. A alternativa “b” também está certa,
uma vez que são essas as relações de trabalho existentes entre auditor
interno/externo e empresa.
As alternativas “c” e “e” apresentam corretamente os objetivos e
procedimentos executados pelos auditores internos e externos. Por fim, a
letra “d” é a opção errada, pois na auditoria interna são realizados testes
substantivos e de observância (NBC TI 01, item 12.2.3), mas o auditor
externo também executa esses dois tipos de testes (agora denominados
Procedimentos Substantivos e Testes de Controle, respectivamente, como
veremos na Aula 3). A relevância é uma característica a ser observada
nos dois tipos de auditoria, e não um teste.
Resposta: D
Comentários:
Nesta questão a FGV cobrou, explicitamente, uma nova norma de
auditoria. A Resolução CFC n.º 1229/09 aprovou a NBC TA 610, que trata
da utilização do trabalho de auditoria interna. Segundo o item A3 dessa
norma, as atividades da função de auditoria interna podem incluir um ou
mais dos itens a seguir:
Monitoramento do controle interno.
Exame das informações contábeis e operacionais.
Revisão das atividades operacionais.
Revisão da conformidade com leis e regulamentos.
Gestão de risco.
Governança.
Verifica-se, portanto, que a banca cobrou, mais uma vez, a
literalidade da norma. Desse modo, a única opção que não é considerada
uma atividade inerente à auditoria interna é a letra “b”, já que o
Comentários:
Os itens desta questão foram retirados na íntegra da NBC TI 01.
O item I está exatamente como descrito no item 12.1.1.4 da
norma, que estabelece que a auditoria interna “tem por finalidade
agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por
meio da recomendação de soluções para as não-conformidades
apontadas nos relatórios”.
O item II foi retirado do item 12.1.2.1: “A Auditoria Interna deve ser
documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio
físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional”.
Por fim, o item III foi transcrito do item 12.1.3.1, que determina
que a auditoria interna “deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la,
sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou
confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho”.
Resposta: E
Comentários:
Como podemos observar, a FGV tem cobrado a NBC TI 01 na
literalidade, e esta é mais uma questão cujas alternativas foram retiradas
sem alterações dos itens dessa norma. Até mesmo na alternativa errada,
letra “e”, a banca trocou apenas uma palavra, para tentar confundir o
candidato. Na verdade, o auditor interno fundamenta seus resultados por
meio de informações denominadas “evidências” e não “referências”. Mas
não se preocupem. Abordaremos o tema evidências em outra aula.
Resposta: E
Comentários:
O vínculo empregatício do auditor interno não retira sua
independência profissional. Portanto, a letra “a” está errada.
Auditoria Interna é um princípio do controle interno e deve ser
instituída observando outro princípio, que é o da relação custo-benefício.
Dessa forma, a alternativa “b” está incorreta, pois o custo de uma
auditoria interna não pode ser maior que seus benefícios para a empresa.
A letra “d” também está errada, pois a auditoria externa pode
utilizar os trabalhos da auditoria interna, conforme verificado no item 11
da NBC TA 610: “Para que o auditor independente possa utilizar um
trabalho específico dos auditores internos, o auditor independente deve
avaliar e executar os procedimentos de auditoria nesse trabalho para
determinar a sua adequação para atender aos seus objetivos como
auditor independente”.
A alternativa “e” está incorreta, pois é a auditoria interna que deve
atuar permanentemente e continuamente na entidade, e não a externa.
Por fim, a letra “c” está correta, já que o objetivo de emitir uma opinião
sobre as demonstrações contábeis é do auditor externo e não do interno.
Resposta: C
Bons estudos!
GABARITO
RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.