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É óbvio que os brutalistas tem o moral high

ground. Isto é indiscutível. O brutalismo não


defende a continuação do roubo, da engenharia
social, da escravidão e das ameaças armadas
contra inocentes; pois não vê na liberdade uma
política pública e sim um direito natural.
Os gradualistas reconhecem a derrota no
campo moral mas tem mania de cantar vitória no
campo pragmático.
Explicarei em rápidas palavras porque o
gradualismo é humilhantemente derrotado
também no campo pragmático:
1) Qualquer pessoa realista sabe que o
estado não vai acabar daqui a 2 horas. Ele é
sofisticado, manipulador e psicossocialmente
arraigado demais pra isso. Usa ainda toda a sua
sofisticação para se expandir o máximo que
puder. Para iniciar um processo de regressão,
é preciso deslegitimá-lo por completo. O estado
se alimenta das pequenas desculpas que
arrumamos para que ele exista, ainda que
temporariamente. Assim sendo, apenas a defesa
ideológica do brutalismo pode levar ao
solapamento, ainda que gradual, do estado.
2) O estado tem 7000 anos de experiência
em engenharia social, propaganda e estratégia
política. Não dá pra vencê-lo nisso. É possível
vencer o estado em todos os outros campos,
inclusive militar, mas não no campo
da manipulação político-social. Este campo de
batalha deve ser evitado a todo custo, pois o
inimigo sempre vence nele. A única forma
evitar confronto onde o inimigo é superior é
através do brutalismo. Rejeitando os jogos
políticos e as contradições que advém da
imoralidade intrínseca à política, levamos a
batalha para os campos onde a liberdade ganha:
moral, empreendedorial, militar, tecnológico,
agorista, lógico, intelectual.
O gradualismo traz a batalha para o único
campo onde a tirania é sempre vitoriosa.
3) O brutalista não rejeita políticas públicas
que reduzam o estado, pois sabe usar as pequenas
falhas do sistema contra o sistema. O brutalista
sempre apoiará uma isenção fiscal, a extinção de
um ministério, a privatização (real, e não
corporativista) de um setor, o armamento da
população e a liberação de um produto ou serviço
ético.
Da mesma forma, apoiamos um policial
estatal que atire em um sequestrador ou um juiz
estatal que condene um fraudador. Logo, o
brutalista não é um utopista gritando “TUDO OU
NADA” ou “QUANTO PIOR MELHOR”. A
diferença entre o brutalista e o gradualista é que
este último, além do seu abjeto comportamento
obsequioso e idólatra diante dos bandidos
engravatados, ainda por cima apoia medidas que
expandem o poder, a legitimação psicossocial e o
tamanho do estado, ingenuamente achando-se o
maior estrategista de todos os tempos;
acreditando que tal medida culminará na
extinção do estado. O grau de utopismo deste
elemento é o mesmo que o de um marxista
hegeliano acreditando que o comunismo
terminará por abolir estados e classes, talvez pior.
4) No sentido mais prático possível, uma
população que abarque as ideias brutalistas se
recusará a compactuar com o sistema nas
mínimas coisas. Haverá sonegações em massa,
desobediência civil generalizada. A resposta
exigida do estado seria tão totalitária que, pelo
menos enquanto ainda restar alguma
humanidade nos seus membros, haverá deserções
em massa. Muitos soldados e policiais se
recusarão a seguir as ordens dos políticos de
atirar contra mulheres e crianças. As trocas de
tiro seriam parcas e rápidas. Quanto mais
deixarmos o tempo passar, mais o veneno
democrático substituirá a Lei Moral e mais difícil
e sangrenta seria a transição para a verdadeira
liberdade. Assim sendo, é a insistência no
gradualismo que aumenta a probabilidade de
um banho de sangue (ou sua alternativa ainda
pior: um estado mundial com cidadãos
conformados).

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