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Até aqui, porém, são só opiniões deste autor. São válidas, pois, conseguem
mostrar ao leitor de forma coerente como se dá o problema, mas o argumento não
pode ser considerado completo por não haver, ainda, a comprovação dessa
relação. Isso é feito no último período do parágrafo, marcado em negrito e
numerado [3]. Ao trazer o dado do Censo 2010, de que 61% das pessoas com
deficiência com 15 anos os mais não possuem ensino fundamental completo ou
não tiveram acesso a qualquer nível de instrução, comprova-se, finalmente, a
argumentação pretendida. Agora, sim, podemos afirmar que foram apresentados
fatos e provas.
Sabemos que é difícil gravar dados estatísticos sobre os vários assuntos cogitados
como tema do Enem. Seria, inclusive, inviável tentar decorá-los. Mas você pode,
pelo menos, tentar alguns mais gerais. Por exemplo, tenha como “carta na manga”
algum dado geral sobre educação, outro sobre saúde e outro sobre meio
ambiente. Além disso, você pode usar os que são disponibilizados nos textos
motivadores da proposta de redação.
Se não tiver dados, tudo bem! Por que não contar um fato, noticiado, como
exemplo para elucidar sua tese? Desde já, comece a prestar atenção nas notícias
do jornal e ler reportagens, por exemplo. Assim, você conseguirá, com
propriedade, descrever uma situação em seu texto para comprovar o que você tem
a problematizar a respeito.
Além disso, dentre as opções de explicação dos argumentos que você tem,
procure escolher aquela que for mais impactante. Você terá mais chance de
convencer o leitor quanto mais grave demonstrar que o problema é. Por exemplo,
sabemos de uma das consequências do uso do cigarro são as doenças
respiratórias que podem causar. Porém, seja mais específico: elas doenças podem
levar à morte. Grave! Agora apresente dados ou exemplos que comprovem.
De forma geral, a regra é sempre questionar ao máximo se todo o seu argumento
é auto-explicativo no texto. Assim, não haverá brechas para que o corretor veja
falhas na sua argumentação.