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Engenharia Civil
Júri
Presidente: Prof. Dr. José Joaquim Costa Branco de Oliveira Pedro
Orientador: Prof. Dr. Rui Vaz Rodrigues
Vogal: Prof. Dr. Pedro Guilherme Sampaio Viola Parreira
Outubro 2016
Agradecimentos
i
ii
Resumo
iii
iv
Abstract
The purpose of this dissertation is the development and practical application of the
acquired knowledge during the extension of the Civil Engineering course, through a structural
design of a building.
Conceived from an existent project (located in a low propensity seismic region and
containing prefabricated slabs), its initial design will be adapted to take into effect the new building
location in a seismic region and with the execution of in site concrete slabs. The steps defining
the structural design of buildings in a seismic zone are going to be applied and adapted to this
case. Therefore, followed by an initial conception, geometry verification via pre-design, then
seismic analysis, design, insertion of higher stiffness elements and their implications, and
finalizing with the more relevant components detailing drawings.
The analyses were carried out according to the obligations set in the Eurocodes. It was
established in pre-design practical ways of simple and direct calculus according to the teaching
ways of IST. As a recurring resource, a tridimensional model was made, in the appropriate
software, to carry out the analyses. Prior to the structure additions, some elements were designed
to be later compared with their afterwards status in the final structure.
Some particular aspects came up like the extension of the first floor slab by dismissing
the expansion joints; the choice for some dimensions and alignments between slabs and beams;
changes in the column displacements due to the inclusion of the walls.
The main components were designed and finalized in detailing drawings.
v
vi
Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 1
2. Bases do projeto.................................................................................................................... 3
5. Pré-Dimensionamento ......................................................................................................... 19
vii
5.2 Combinação de ações ....................................................................................................... 21
6. Modelação ........................................................................................................................... 27
6.3 Vigas.................................................................................................................................. 28
8. Dimensionamento................................................................................................................ 39
viii
8.1 Dimensionamento de uma Laje Tipo ................................................................................ 39
ix
8.4.2.1.2 Armadura Transversal .................................................................................. 60
Conclusões .................................................................................................................................. 73
Anexos ......................................................................................................................................... 77
Anexo B: Pré-dimensionamento.............................................................................................. 78
x
Índice de figuras
xi
Figura 37: Ilustração do modelo de cálculo da armadura vertical ........................................... 67
Figura 38: Modelo de cálculo para a sapata S16..................................................................... 71
Figura 39: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 0 .................................... 78
Figura 40: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 1 .................................... 79
Figura 41: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 2 .................................... 79
Figura 42: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 3 .................................... 79
Figura 43: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 4 .................................... 79
xii
Índice de tabelas
xiii
Tabela 38: Esforço atuante e armadura transversal adotada no pilar P06 .............................. 48
Tabela 39: Parâmetros intervenientes na garantia de ductilidade local e confinamento ......... 49
Tabela 40: Esforços atuantes e armadura longitudinal adotada no pilar P10 .......................... 50
Tabela 41: Esforço atuante e armadura transversal adotada no pilar P06 .............................. 50
Tabela 42: Armadura longitudinal mínima na viga V834 .......................................................... 52
Tabela 43: Armaduras longitudinais necessárias na viga V834 ............................................... 52
Tabela 44: Requisitos de ductilidade local para a viga V834 ................................................... 52
Tabela 45: Armaduras longitudinais adotadas para a viga V834 ............................................. 53
Tabela 46: Verificação de amarração de varões longitudinais na viga V834 ........................... 53
Tabela 47: Armadura transversal mínima para a viga V834 .................................................... 54
Tabela 48: Armadura transversal adotada para viga V834 ...................................................... 54
Tabela 49: Tensão no betão na viga V834 ............................................................................... 54
Tabela 50: Armaduras de fendilhação na viga V834 ................................................................ 55
Tabela 51: Esforços na sapata S03 .......................................................................................... 57
Tabela 52: Armadura mínima para a sapata S03 ..................................................................... 58
Tabela 53: Armaduras inferiores para a sapata S03 ................................................................ 58
Tabela 54: Armadura mínima para o lintel L01 ......................................................................... 60
Tabela 55: Armadura adotada para o lintel L01........................................................................ 60
Tabela 56: Armadura transversal mínima para lintel L01 ......................................................... 60
Tabela 57: Armadura transversal adotada para lintel L01 ........................................................ 60
Tabela 58: Armaduras de fendilhação para o lintel L01 ........................................................... 60
Tabela 59: Armaduras adotadas para lintel L07a ..................................................................... 60
Tabela 60: Modos de vibração após introdução dos novos núcleos ........................................ 64
Tabela 61: Armaduras das vigas V828, V911, V951 e V958 ................................................... 65
Tabela 62: Necessidades de armadura em cada parede ......................................................... 67
Tabela 63: Quantidades totais de armadura vertical e momento flector resistente por
parede ..................................................................................................................... 67
Tabela 64: Armadura horizontal mínima nas paredes .............................................................. 68
Tabela 65: Esforço transverso e correspondente armadura em cada parede ......................... 68
Tabela 66: Armaduras transversais e respetiva resistência em cada parede .......................... 69
Tabela 67: Esforço normal reduzido, νd, em cada parede ........................................................ 69
Tabela 68: Parâmetros intervenientes na garantia de ductilidade local e confinamento
na Parede 3 ............................................................................................................. 70
Tabela 69: Parâmetros intervenientes no recálculo do comprimento crítico na Parede 3 ....... 70
Tabela 70: Esforços e armaduras na sapata S16..................................................................... 72
Tabela 71: Carregamentos e pesos de cada piso para uma combinação sísmica .................. 77
Tabela 72: Pesos totais de vigas por piso e de cada pilar ....................................................... 77
xiv
Lista de abreviações
xv
Gk Valor característico de uma ação permanente;
H Altura do edifício desde a fundação;
L Comprimento de uma sapata;
M Momento fletor;
MEd Valor de cálculo do momento fletor atuante;
MRD Valor de cálculo do momento fletor resistente;
My Momento fletor segundo o eixo y;
N Esforço normal;
NEd Valor de cálculo do esforço normal atuante (tração ou compressão);
Ntotal Esforço normal total;
PEd Combinação atuante de ações;
Qk Valor característico de uma ação variável;
R1 Reação vertical do solo na base da sapata;
R1,máx Reação vertical máxima do solo na base da sapata;
S Coeficiente de solo;
Sd Valor de cálculo da combinação de ações;
Sd (T) Espectro de cálculo;
T Período de vibração;
T1 Período fundamental do edifício na direção horizontal considerada;
TB Período de transição no limite inferior da zona de aceleração constante do
espectro elástico;
TC Período de transição no limite superior da zona de aceleração constante do
espectro elástico;
TD Período de transição que define o início do ramo de deslocamento constante;
V Esforço transverso;
VEd Valor de cálculo do esforço transverso atuante;
VRD Valor de cálculo do esforço transverso resistente;
VRD,máx Valor de cálculo do esforço transverso resistente máximo;
VRd,c Valor de cálculo da resistência ao esforço transverso numa laje;
VRd,c,min Valor de cálculo mínimo da resistência ao esforço transverso numa laje;
xvi
Letras minúsculas latinas:
xvii
hcr Altura crítica;
hs Altura livre do piso;
ht Altura da zona tracionada do elemento estrutural;
hw Altura da alma do elemento estrutural ou altura de uma parede;
h0 Altura do núcleo confinado do elemento estrutural;
k Coeficiente pertencente a VRd,c ou coeficiente que considera o efeito das tensões
não uniformes auto-equilibradas, de que resulta uma redução dos esforços de
coação (Armadura Fendilhação);
kc Coeficiente que tem em conta a distribuição de tensões na secção,
imediatamente antes da fendilhação e da variação do braço do binário;
kD Coeficiente que reflete a classe de ductilidade no cálculo da largura de pilar
necessária à amarração das armaduras de viga num nó;
kt Coeficiente função da duração do carregamento;
kw Coeficiente que reflete o modo de rotura predominante nos sistemas estruturais
de paredes;
k1 Coeficiente que tem em conta as propriedades de aderência das armaduras
aderentes;
k2 Coeficiente que tem em conta a distribuição das extensões;
lc Comprimento crítico;
lcl Comprimento livre do elemento estrutural;
lcr Comprimento da zona crítica;
lw Comprimento de alma do elemento estrutural;
m Massa da superestrutura ou massa total do edifício, acima da fundação;
q Coeficiente de comportamento;
qb(z) Pressão dinâmica de referência;
qp(z) Pressão dinâmica de pico;
qk Sobrecarga de utilização num pavimento;
q0 Valor básico do coeficiente de comportamento;
s Espaçamento entre armaduras;
scintas Espaçamento entre cintas;
slong Espaçamento entre armaduras longitudinais;
smin Espaçamento mínimo entre armaduras;
sr,máx Distância máxima entre fendas;
vb Valor de referência da velocidade do vento;
vb,0 Valor básico da velocidade de referência do vento;
xu Profundidade do eixo neutro;
wk Largura de fendas;
z Braço do binário das forças interiores;
xviii
Letras minúsculas gregas:
xix
µRD Momento fletor reduzido resistente;
µϕ Fator de ductilidade em curvatura;
ν Coeficiente de Poisson de um material ou esforço normal reduzido;
νd Esforço normal reduzido no pilar;
ρ Massa volúmica do ar ou taxa de armadura num elemento estrutural;
ρL Taxa de armadura longitudinal de tração do elemento estrutural;
ρmax Taxa de armadura de tração máxima;
ρmin Taxa de armadura de tração mínima;
ρp,ef Taxa de armadura de tração efetiva;
ρw,min Taxa de armadura mínima na alma;
ρ’ Taxa de armadura de compressão;
σ Tensão no solo;
σact Tensão atuante;
σadm Tensão admissível;
σc Tensão no betão;
σcp Tensão de compressão no betão devida a um esforço normal;
σs Tensão no aço;
ϕ Diâmetro de um varão;
φ Coeficiente pertencente a ψE;
ψE Coeficiente de combinação para uma ação variável i, a utilizar no cálculo dos
esforços sísmicos de cálculo;
Ψ0,i Coeficiente de combinação para o valor característico de uma ação variável i;
Ψ1,i Coeficiente de combinação para o valor frequente de uma ação variável i;
Ψ2,i Coeficiente de combinação para o valor quase - permanente de uma ação
variável i;
ω Taxa mecânica de armadura;
ωRD Taxa mecânica de armadura resistente;
ωtot Taxa mecânica total de armadura;
ωv Taxa mecânica de armadura vertical de alma;
ωwd Taxa mecânica volumétrica de armadura de confinamento;
ωwd,min Taxa mecânica volumétrica mínima de armadura de confinamento;
xx
xxi
1. Introdução
O objetivo desta dissertação tem por base a aplicação dos vários conhecimentos
adquiridos ao longo do curso de Engenharia Civil, que mais tarde vão ser fundamentais no dia a
dia que a profissão exige, com recurso a uma aplicação prática como a execução de um projeto
de estruturas de um edifício.
Concretamente, o trabalho concentra-se em estudar o comportamento de um edifício
num local de elevada sismicidade, visto que foi inicialmente projetado numa zona de baixa
sismicidade. Em adição a esta situação, pretende-se retirar ilações à reação da estrutura quando
confrontada com a proximidade do mar, que também se torna relevante para os elementos que
a constituem. Para finalizar completa-se a estrutura com elementos de maior rigidez e regista-se
a sua influência.
A primeira etapa, sendo que se parte de um projeto previamente concebido, vai ser a
avaliação da geometria inicial da estrutura, através dos procedimentos habituais utilizados em
pré-dimensionamento. Em seguida, procede-se à análise e identificação dos elementos a
dimensionar de acordo com as exigências regulamentares. Procurando-se assegurar o
cumprimento das mesmas nos dois aspetos mais importantes à utilização destas peças, a
segurança perante os vários casos a que as ações as vão submeter, e o correto comportamento
em serviço da estrutura global durante o tempo de vida útil para a qual é concebida.
De forma a avaliar os efeitos provocados pelas ações de carácter estático e dinâmico na
estrutura, recorre-se à criação e aplicação de um modelo tridimensional de elementos finitos num
programa adequado para essa circunstância, neste caso, no software SAP20001. Este modelo
possibilita um posterior dimensionamento mais adequado e seguro dos vários elementos da
estrutura, em particular daqueles que demonstram maior suscetibilidade face a uma ação
sísmica. Isto porque este tipo de programa está mais capacitado a simular a ocorrência de um
sismo do que qualquer cálculo manual.
Por fim, completa-se a estrutura com o acréscimo de um conjunto de núcleos formados
por paredes estruturais e repete-se o processo de análise e dimensionamento a esta nova
estrutura. Registam-se as suas implicações ao nível do comportamento, de alteração da própria
estrutura e das peças dimensionadas, ou mesmo da manifestação de outros elementos que têm
de passar por este processo. Terminando assim, pelo seu dimensionamento, assim como de
algumas destas paredes e da sua respetiva fundação.
1
2
2. Bases do projeto
O intuito deste projeto é de estudar o comportamento e efetuar o dimensionamento dos
elementos principais da estrutura de um edifício de escritórios, tendo por base uma geometria
inicial estrutural do tipo pórtico espacial originalmente concebida em região de fraca sismicidade
(Figura 1), posteriormente complementada com a adição de paredes estruturais em forma de
núcleos.
Como forma de concretizar estes objetivos o projeto divide-se em duas componentes,
diferindo na estrutura, resultando assim numa estrutura inicial e final, sendo que a última ocorre
após o acréscimo dos núcleos estruturais à primeira. Pretende-se assim estudar o edifício
existente quando implementado numa outra localização, o que implica um novo conjunto de
ações a que a estrutura vai ser submetida, assim como a influência das paredes estruturais, e
proceder a eventuais alterações até que se alcance uma estrutura final bem dimensionada e em
segurança. Refere-se ainda que a inserção de núcleos é feita por motivos funcionais, por forma
a dotar o bloco em análise de circulação vertical.
3
Figura 1: Planta de estruturas inicial do piso 0
4
Figura 3: Corte transversal da estrutura inicial
No espaço em que vai ser colocado o edifício, este vai ficar isolado, o que possibilita a
eliminação da junta de dilatação existente entre o nível de fundação e o primeiro piso e que
delimita as vigas V601, V602 e V603 (Figura 1). Com isto vai-se colocar uma viga na extremidade
esquerda do piso 0 ao longo da fachada lateral, a qual se vai designar por V609 (Figura 4). A
inexistência de edifícios adjacentes permite a extensão de mais pilares até ao nível de fundação,
nomeadamente os pilares P23 e P26, e como tal, estes vão ter uma sapata na sua base, assim
como os pilares P04, P05, P06 e P07, que já atingiam a cota de fundação, cujas sapatas são
S10, S15, S11, S12, S13 e S14, respetivamente. As suas dimensões são iguais às outras
sapatas quadradas que lhe estão próximas, de largura 1,60 metros e 0,70 metros de altura. Ainda
relativamente à fundação, todos as sapatas vão estar ligadas por lintéis.
5
6
3. Materiais e Recobrimento
Apresenta-se neste capítulo a escolha dos materiais a utilizar, tanto o betão como o aço
estrutural, bem como o recobrimento das armaduras.
2
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
3
Referência [6]: Especificação do betão.
4
Referência [7]: Especificação LNEC: Documentação normativa.
7
Tabela 3: Classes de resistência por classe de exposição
Fundação C40/50
Pilares C40/50
Vigas C40/50
Lajes C35/45
O facto de a classe necessária para as lajes ser inferior à dos outros elementos era algo
esperado, devido à inexistência de contacto direto com a água no interior do terreno.
3.2 Recobrimento
A definição das classes de betão a utilizar permite agora avaliar o recobrimento
necessário. Tal como para a situação do betão, vai ser escolhido um recobrimento para cada
elemento estrutural, e devido à existência de diferentes tipos de betão, o mesmo vai acontecer
para o caso do recobrimento.
O EN 1992-1-1 20105 define quais os passos a tomar no cálculo do recobrimento nominal
(cnom), através de uma série de parâmetros onde se procura atingir dois valores indicativos para
o recobrimento. Um valor mínimo e um valor recomendável, que não é mais que o maior valor
entre os parâmetros considerados, a utilizar para o recobrimento de forma a que se esteja o mais
possível do lado da segurança.
De seguida apresenta-se nas fórmulas das equações 2.1 e 2.2 e na tabela 5,
respetivamente, as formas de cálculo e os valores dos parâmetros necessários para obtenção
do recobrimento nominal. Recorreu-se ao quadro 4.4N definido no EN 1992-1-1 20105 para
identificar um dos parâmetros do recobrimento mínimo (cmin).
5
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
8
Tabela 5: Parâmetros para recobrimento mínimo e nominal
O anexo nacional apresenta estes valores sem que seja necessário o recurso a qualquer
tipo de cálculo através do quadro NA.II da secção NA.4.3 do documento, cuja consulta resulta
na tabela 6 em conformidade com a especificação do LNEC E464-20056. Ao se comparar os dois
métodos conclui-se que através do anexo nacional EN 1992-1-1 20107 obtém-se maios valores
de recobrimento e como tal mais conservativos. Em qualquer dos casos, estes valores dependem
da classe de exposição e da classe estrutural definida no ponto anterior.
Fundação 45
Pilar 45
Viga 45
Laje 35
6
Referência [7]: Especificação LNEC: Documentação normativa.
7
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
9
10
4. Definição de ações
As ações definidas em seguida dividem-se em ações permanentes, variáveis e de
acidente, subdivididas em ações horizontais e verticais (ou gravíticas).
11
4.2.2.1 Vento
O EN 1991-1-4 20108 permite quantificar a ação do vento sob a forma de uma força
aplicada na fachada do edifício.
A força exercida pelo vento (Fw) é obtida através da equação 3.1:
A parcela cscd toma o valor de 1,0 por se tratar de um edifício de altura corrente. A
geometria regular da estrutura do edifício, permite que o coeficiente de força cf dependa somente
de cf,0, valor base do coeficiente de força, e que por sua vez depende da relação entre o
comprimento e largura do piso tal como ilustrado na figura 5. Quanto maior for essa relação
menor vai ser o coeficiente, como tal, para a menor relação possível, calculou-se o valor de cf,0,
e que corresponde à laje que se encontra a maior altura do edifício. Esta caracteriza-se por ter
3,55 metros de comprimento e 1,40 metros de largura, levando a uma relação de 2,54.
8
Referência [3]: Eurocódigo 1 – Ações em estruturas.
12
Figura 6: Coeficiente de exposição cE(z)
1
𝑞𝑏 (𝑧) = ×𝜌 × 𝑣𝑏 2 Equação 4.3
2
A área de referência (Aref) escolhida foi a maior área de exposição ao vento existente,
correspondente à fachada principal.
As pressões, qb e qp, e a força resultante do vento, Fw, encontram-se na tabela 8.
Cf Vb qb(z) qp(z) Fw
vb,0 (Zona B) vb ρ qb(z) qp(z) Aref Fw
Cf,0 cdir cseason cE(z) cscd
[m/s2] [m/s2] [Kg/m3] [N/m2] [kN/m2] [m2] [kN]
1,50 1,00 1,00 30,00 30,00 1,25 562,5 3,25 1,83 1,00 356,94 652,52
Na situação mais gravosa a carga é aplicada na fachada principal e resulta num valor de
1,82 kN/m2.
13
4.3 Ação de acidente
A ação sísmica é caracterizada como uma ação de acidente através do EN 1998-1 20109
e constituída por componentes horizontais e verticais.
A aceleração de cada ação sísmica toma um valor contido no intervalo de 1,0 m/s2 a 4,0
m/s2, o que implica que o parâmetro S do espectro de resposta tome a forma da equação 3.6.
𝑆𝑚𝑎𝑥 −1
𝑆 = 𝑆𝑚𝑎𝑥 − (𝑎𝑔 − 1) se 1,0 m/s2 < ag < 4,0 m/s2 Equação 4.6
3
9
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
14
2 𝑇 2,5 2
0 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐵 : 𝑆𝑑 (𝑇) = 𝑎𝑔 . 𝑆. [ + .( − )] Equação 4.7
3 𝑇𝐵 𝑞 3
2,5
𝑇𝐵 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐶 : 𝑆𝑑 (𝑇) = 𝑎𝑔 . 𝑆. Equação 4.8
𝑞
2,5 𝑇
= 𝑎𝑔 . 𝑆. . [ 𝐶]
𝑇𝐶 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐷 : 𝑆𝑑 (𝑇) { 𝑞 𝑇 Equação 4.9
≥ 𝛽. 𝑎𝑔
2,5 𝑇𝐶 𝑇𝐷
= 𝑎𝑔 . 𝑆. .[ ]
𝑇𝐷 ≤ 𝑇: 𝑆𝑑 (𝑇) { 𝑞 𝑇2 Equação 4.10
≥ 𝛽. 𝑎𝑔
Sd (T)
Espectro de cálculo - Sismo Tipo 1.1
2,50
2,08
2,00
1,92
1,50
1,00
0,63
0,50
0,00
0,00 TB 0,50TcT1 1,00 1,50 2,00 (TD) 2,50 T (s) 3,00
15
Sd (T) Espectro de cálculo - Sismo Tipo 2.3
1,60
1,42
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,54
0,40
0,34
0,20
0,00
0,00TB Tc 0,50 T1 1,00 1,50 2,00 (TD) 2,50 T(s) 3,00
3⁄
𝑇1 = 𝐶𝑡 ×𝐻 4 Equação 4.11
Ct Hedifício [m] T1 [s] 4TC [s] (A.S. 1.1) 4TC [s] (A.S. 2.3)
0,075 17,70 0,65 2,40 1,00
2,5 𝑇
𝑇𝐶 ≤ 𝑇1 ≤ 𝑇𝐷 : 𝑆𝑑 (𝑇1 ) = 𝑎𝑔 ×𝑆 × ×[ 𝐶 ] Equação 4.12
𝑞 𝑇1
A ação de um sismo quantifica-se sob a forma de uma força atuante na estrutura. A força
de corte basal total, Fb, é calculada pela equação 3.13, onde λ toma o valor de 0,85 porque o
edifício apresenta não só mais de dois pisos, mas também um período T1 inferior ao dobro de TC
da ação sísmica condicionante. Este fator deve-se à não ocorrência, em edifícios com mais de
dois pisos, de todas as forças sísmicas ao mesmo tempo. Por outras palavras, nem toda a massa
10
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
16
da estrutura é mobilizada porque em edifícios mais altos as deformações nos pisos superiores
são mais significativas e, portanto, a massa estrutural desses pisos é mais relevante, reduzindo
assim a contabilização da massa da estrutura dos pisos inferiores. A massa foi quantificada no
anexo B.1 e num total de 994 toneladas.
𝐹𝑏 = 𝜆×𝑚×𝑆𝑑 (𝑇) Equação 4.13
Sd (T) [m/s2] A.S. Condicionante Sd (T) [m/s2] λ Massa Total [ton] Fb [kN] βteórico
A.S. 1.1 1,93
A.S. 1.1 1,93 0,85 994 1631,60 0,17
A.S. 2.3 0,55
No capítulo seguinte compara-se a ação sísmica com a ação do vento de forma a aclarar
qual a mais importante ação horizontal.
17
18
5. Pré-Dimensionamento
A nova zona de implementação da estrutura em conjunto com as alterações iniciais
estabelecidas no capítulo 2.2, provocam uma alteração nas cargas intervenientes nesta análise.
As ações consideradas são diferentes, o que pode levar a mais alterações na estrutura
de forma a adapta-la a esta nova realidade. Isto implica que vai ser necessário verificar se as
dimensões dos elementos estruturais são suficientes para os novos carregamentos.
Considera-se que os elementos estruturais mais condicionantes serão as lajes e as
sapatas, como tal, optou-se por realizar as verificações necessárias nos elementos de laje de
cada piso e também na sapata correspondente ao pilar mais esforçado.
5.1.1 Lajes
As cargas a considerar são o peso próprio, dependente da espessura de cada piso, que
não é constante ao longo do edifício e, portanto, esta carga também não será; a restante carga
permanente, constante em todos os pisos; a sobrecarga, caracterizada em três casos, pavimento
interior, varanda e cobertura.
O peso próprio, em cada piso, calcula-se pelo produto entre a espessura e o peso
volúmico do betão armado, γb, resultando nas cargas indicadas na tabela 12. Na qual também
se apresenta a restante carga permanente e consequente carga permanente. O registo referente
ao piso 2 apresenta-se com uma entrada dupla na tabela porque o mesmo é constituído por uma
laje interior de maior espessura e uma laje em consola de menor espessura. Os pisos 3 e 4
também são apresentados em dupla entrada, mas neste caso devido à existência de,
respetivamente, um e dois painéis interiores da laje de menor espessura.
19
Tabela 12: Cargas permanentes por cada piso
De notar que embora o EN 1991-1-1 200911 defina a situação de varanda como sendo
de categoria A, o anexo nacional redefine a mesma como sendo um caso à parte, tal como se
pode comprovar no quadro NA-6.2 referido anteriormente, sendo essa a razão por não
apresentar a mesma sobrecarga da sua categoria.
11
Referência [2]: Eurocódigo 1 – Ações em estruturas.
20
Tabela 14: Peso Próprio de cada pilar
Pilar Peso Próprio [kN] Pilar Peso Próprio [kN] Pilar Peso Próprio [kN] Pilar Peso Próprio [kN]
P01 66,75 P09 51,75 P15 20,25 P33 8,13
P04 66,75 P10 51,75 P23 63,45 P34 11,70
P05 51,75 P11 51,75 P26 51,75 P35 11,70
P06 51,75 P12 51,75 P28 11,70 P36 11,70
P07 51,75 P13 20,25 P29 11,70 P37 1,10
P08 51,75 P14 20,25 P30 11,70 P38 1,10
Por pilar, a carga apresentada corresponde à totalidade do peso próprio desse elemento.
No caso dos pilares cuja secção transversal é alvo de um encurtamento, embora estejam
contabilizados, por simplificação, não se identificou cada parcela, mantendo-se a coerência na
apresentação dos resultados.
No capítulo 5.3, mais à frente, vai ser explicado a forma de contabilização das cargas
provenientes das lajes para efeitos de pré-dimensionamento da sapata.
5.2.1 Lajes
A espessura das lajes não é o único fator variável em altura neste edifício. A planta sofre
alterações de piso para piso, alternando as zonas de varandas por exemplo, ou seja, as zonas
de sobrecarga mais elevada. Sendo assim, a distribuição de sobrecargas na laje varia por piso.
As figuras 9 a 14 exemplificam a disposição de sobrecargas por piso.
21
Figura 10: Esquema das Sobrecargas existentes no Piso 1
22
Figura 14: Esquema das Sobrecargas existentes no Piso 5
5.2.2 Sapata
Na análise às dimensões da sapata também se utiliza a combinação fundamental.
Aplicam-se os mesmos carregamentos, definidos na tabela 15, para a contribuição das lajes
nesta análise. Os pesos próprios dos pilares definidos no capítulo 5.1.2 contabilizam-se na
parcela de carga permanente da combinação.
23
5.3.1 Lajes
A verificação de segurança passa pelo controlo da espessura das lajes, garantido pelo
valor do momento reduzido. Este último provém da avaliação dos esforços existentes nas lajes,
nomeadamente, do maior momento negativo, identificado após obtenção dos momentos
atuantes em ambas as direções.
Descreve-se, em maior detalhe, o processo de pré-dimensionamento das lajes no anexo
B.1. Assim, resta apresentar os resultados alcançados.
A tabela 16 resume qual o maior momento atuante, por piso e direção, e respetivo
momento reduzido. De destacar que na definição do valor da altura útil d, apenas se fez um
desconto, à espessura da laje, igual ao recobrimento, por não se ter ainda informação sobre as
armaduras na laje. Relembra-se que o recobrimento, definido no capítulo 3.2, nas lajes é de 3,5
centímetros.
Tabela 16: Momentos obtidos e respetivo momento reduzido por direção e por piso
Piso Direção Tramo (Esq./Dir) [m] Momento Máximo MEd- [kNm/m] d [m] fcd [MPa] μ
y 5,96 / 2,30 14,00 0,115 23,33 0,05 < 0,25
0
x 5,30 / 5,30 26,40 0,115 23,33 0,09 < 0,25
y 4,50 / 2,35 14,30 0,165 23,33 0,02 < 0,25
1
x 5,30 / 5,30 30,80 0,165 23,33 0,05 < 0,25
y 6,20 / 1, 05 17,50 0,165 23,33 0,03 < 0,25
2
x 5,30 / 5,30 30,70 0,165 23,33 0,05 < 0,25
y 6,05 / 1,05 20,10 0,165 23,33 0,03 < 0,25
3
x 5,30 / 5,30 31,50 0,165 23,33 0,05 < 0,25
y 2,85 / 2,05 3,80 0,165 23,33 0,01 < 0,25
4
x 3,10 / 4,20 7,50 0,115 23,33 0,02 < 0,25
Verifica-se que o valor do momento reduzido é bastante inferior a 0,25, valor limite
adotado, e ao mesmo tempo muito reduzido e não propriamente associado a um bom
dimensionamento. Significa que era possível reduzir a espessura das lajes. No entanto, e como
já foi referido, não se faz qualquer alteração às espessuras por razões de escassez, porque
podem ser necessárias quando se realizar a análise sísmica. Se for esse o caso, acaba por se
verificar que o dimensionamento afinal era correto, mas apenas para outro tipo análise.
5.3.2 Sapatas
Na primeira fase de pré-dimensionamento de uma sapata, a secção condicionante é a
do topo da sapata, mas serve apenas como ponto de partida para a escolha das dimensões
deste elemento.
As dimensões da sapata dependem dos esforços transmitidos pelo pilar adjacente,
nomeadamente do esforço normal. Caso atue um carregamento horizontal na estrutura passa
também a existir um esforço de corte e um momento fletor resultante.
Visto que as dimensões das sapatas já são conhecidas, a análise pode assim ser feita
na secção da sua base, na qual o esforço normal é incrementado pelo seu peso próprio.
24
Nesta fase não se considera a influência de nenhuma ação horizontal e avalia-se as
dimensões da sapata somente por carregamentos verticais. Apenas se considera uma ação
deste tipo mais tarde, quando se efetuar uma análise sísmica à estrutura. Contudo, na verificação
de segurança do elemento, é esperado que exista uma folga suficiente, que mesmo com a
influência de uma ação sísmica possibilite a manutenção das dimensões da sapata.
O esforço normal (N) quando distribuído na sapata provoca uma tensão (σ) no solo
(Equação 4.2), que a tem de suster. A sapata está em segurança desde que a tensão seja inferior
à tensão máxima admissível característica do solo. Com este limite pode-se assim verificar se
as dimensões em planta (B e L) são adequadas. Por sua vez, a altura do elemento (H) assegura-
se pela condição de rigidez, que relaciona esta altura com uma largura mínima (B*), entre a
extremidades do pilar (b) e da sapata (B) tal como ilustrado na figura 15 e equação 4.3.
𝐵𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 − 𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝐵∗
𝐵∗ = e 𝐻≥ Equação 5.3
4 2
De forma a que este estudo seja o mais direto possível, apena interessa a tensão
provocada pela sapata do pilar mais esforçado. Para tal, é preciso saber o esforço normal,
proveniente dos pilares, transmitido à fundação, originado pelo peso das lajes e dos pesos
próprios dos pilares.
A contribuição de uma laje para o esforço normal num pilar é calculada através da área
de influência, isto é, de uma área envolvente ao pilar. De outra forma, um pilar recebe uma
percentagem do peso da laje que o sobrepõe e transmite-o em forma de esforço de compressão.
Começa-se pelos pilares abaixo da laje mais elevada, de um possível piso 5, e assim se
continua o processo até se atingir o nível de fundação. Acontece que alguns pilares, de pisos
mais elevados, existem apenas num só piso, como os pilares do piso 4, logo o peso proveniente
destes pilares descarrega, através da laje e vigas, para os pilares do piso abaixo e, se possível,
no mesmo alinhamento vertical. Essa descarga é considerada, de forma simplificada, apenas
nas duas únicas formas registadas na análise, dependendo se o pilar que descarrega tem um ou
dois pilares abaixo de si para o qual pode descarregar. Se existir um só pilar, esse recebe a
descarga na sua totalidade. Caso contrário, a descarga é repartida de forma igual, pelos dois
25
pilares do piso abaixo. Neste último caso, considerou-se assim porque em todos os casos os
pilares encontravam-se a distâncias relativamente semelhantes.
Os pesos próprios e descargas dos pilares estão indicados na tabela 17. Distinguem-se
os pilares que chegam até ao nível de fundação por apresentarem um valor não nulo na coluna
da descida total de cargas.
Peso Próprio Total Descida Peso Próprio Total Descida Peso Próprio Total Descida
Pilar Pilar Pilar
[kN] [kN] [kN] [kN] [kN] [kN]
P01 66,75 837,21 P12 51,75 579,10 P33 8,13 -
P04 66,75 825,71 P13 20,25 136,04 P34 11,70 -
P05 51,75 854,41 P14 20,25 175,48 P35 11,70 -
P06 51,75 1071,18 P15 20,25 85,82 P36 11,70 -
P07 51,75 516,92 P23 63,45 311,45 P37 1,10 -
P08 51,75 1197,78 P26 51,75 391,80 P38 1,10 -
P09 51,75 1318,32 P28 11,70 - P39 1,10 -
P10 51,75 1399,99 P29 11,70 -
P11 51,75 1286,78 P30 11,70 -
26
6. Modelação
A construção de um modelo tridimensional de elementos finitos é a melhor forma de
analisar o comportamento da estrutura.
O modelo, construído no software de cálculo automático SAP2000, simula da forma mais
correta possível a resposta da estrutura perante qualquer ação. Este permite um estudo mais
pormenorizado de esforços e, principalmente, do comportamento deformado da estrutura através
dos seus modos de vibração, o que à posteriori permite a sua classificação.
A estrutura do edifício foi apresentada anteriormente no capitulo 2.2, mas convém
relembrar que é constituído por 5 pisos, identificados de piso 0 a 4, com um primeiro recuo em
planta do piso 3 para o piso 4, e deste para um possível quinto piso. Com base nas plantas
coincide-se o eixo x com a maior direção em planta (Figura 16), o eixo y segundo a ortogonal, e
o eixo z assume a dimensão vertical da estrutura, em altura, com o sentido crescente da mesma.
Os elementos modelados foram os pilares e vigas, através de elementos finitos do tipo barra, e
lajes, através de elementos Shell. As sapatas não foram necessárias de modelar devido ao bom
terreno de implantação e bastou a escolha do apoio correspondente para as simular.
Direção y
Direção x
27
6.2 Pilares
A numeração e dimensões dos pilares não se alteram do projeto inicial e embora haja
repetição na geometria de alguns pilares, o que permitiria o agrupamento de pilares consoante
a sua geometria, optou-se antes por manter a identificação individual de cada pilar.
A fendilhação nos pilares devido à ação de um sismo é um fator garantido e que leva a
uma perda de rigidez destes elementos. O EN 1998-1 201012 permite a análise destes elementos
no seu estado fendilhado, reduzindo a sua rigidez para metade. Para simular este fenómeno,
definiu-se a rigidez destes elementos com uma redução de 50% da sua rigidez inicial.
6.3 Vigas
Nas vigas, repete-se o processo aplicado nos pilares e como identificação, em acréscimo
ao nome, as vigas foram subdividas tal como representado nas plantas (por exemplo, a viga
V834 do piso 2 que se divide em V834a e V834b).
6.4 Lajes
A representação das lajes no modelo seguiu o mesmo raciocínio de quando se
representa uma laje vigada dividida em painéis.
No modelo recorreu-se a elementos Shell para simular o comportamento dos painéis e,
por conseguinte, a laje. Estes são de quatro nós e representam a área de um objeto usada para
modelar o comportamento da membrana e da flexão-placa. De forma a obter a melhor
compreensão possível do comportamento da laje e dos seus esforços realizou-se uma
discretização mais pormenorizada de cada elemento, mantendo a coerência entre os mesmos.
6.5 Fundações
O terreno de fundação exibe características mecânicas bastante favoráveis para o
elemento de fundação, sapatas e lintéis, de tal forma que é suficiente encastrar, no modelo, os
pilares que atingem o nível de fundação.
12
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
28
Figura 17: Perspetiva 1 do modelo tridimensional da estrutura
29
30
7. Análise Sísmica
Assim que a modelação de todos os elementos integrantes da estrutura esteja terminada,
procede-se à consequente análise sísmica.
Começa-se pelo estudo do estado deformado da estrutura segundo uma análise modal,
com base na frequência associada, e na procura do período fundamental, que mais se aproxima
da situação real. Prosseguindo depois pela caracterização do sistema, que representa a
distribuição de rigidez da estrutura quando sujeita a uma ação sísmica. Finalmente definem-se
os carregamentos que condicionam o posterior dimensionamento das peças.
O projeto de estruturas de um edifício numa zona sísmica tem duas obrigações a cumprir,
a não ocorrência de colapso e a limitação de danos.
No primeiro caso, é preciso garantir que não ocorre nenhum tipo de colapso na estrutura,
de cariz local ou global, caso ocorra um sismo com uma probabilidade de ser excedido de 10%
durante um período de vida útil da estrutura de 50 anos ou para um período de retorno de 475
anos. No segundo caso, a estrutura deve resistir ao sismo de forma a não apresentar danos ou
algum tipo de limitação à sua utilização. Esse sismo tem uma probabilidade de ser excedido de
10% durante um período de vida útil de 10 anos da estrutura e um período de retorno de 95 anos.
31
Os modos de vibração e as suas respetivas frequências próprias devem ser alcançadas
com recurso ao cálculo dos valores e vetores próprios do sistema de equações de equilíbrio,
onde se assume uma resposta em regime livre não amortecido da estrutura. A equação de
equilíbrio toma a forma da expressão abaixo (Equação 7.1). Em que M e K representam,
respetivamente, as matrizes de massa e de rigidez da estrutura. A frequência de vibração da
estrutura em cada modo designa-se por p, e os deslocamentos associados a cada modo de
vibração por q.
Toma-se como hipótese que cada laje é rígida no próprio plano e que os graus de
liberdade existentes são três por piso, duas translações (segundo os eixos x e y) e uma rotação
em torno do eixo z. No total contabilizam-se 15 graus de liberdade para este edifício de 5 pisos.
Os resultados extrapolados do programa SAP2000 aquando da integração da equação
apresentada acima podem ser observados na tabela 19.
Tabela 19: Modos de Vibração determinantes
1 0,80 1,25 73,49 0,01 0,01 73,49 0,01 0,01 Translação segundo X
2 1,18 0,85 0,01 70,52 4,59 73,49 70,52 4,59 Translação segundo Y
3 1,25 0,80 0,01 3,44 71,93 73,50 73,96 76,53 Rotação segundo Z
4 2,24 0,45 7,19 0,01 0,06 80,69 73,96 76,59 Translação segundo X
5 2,91 0,34 1,24 0,68 0,06 81,93 74,64 76,64 Translação segundo X
6 3,17 0,32 0,63 3,69 0,46 82,56 78,33 77,10 Translação segundo Y
7 3,45 0,29 0,44 1,53 2,52 83,00 79,86 79,63 Rotação segundo Z
8 3,78 0,26 0,87 0,04 0,49 83,86 79,89 80,11 Translação segundo X
9 3,93 0,25 0,03 2,30 2,58 83,89 82,20 82,69 Rotação segundo Z
10 4,92 0,20 0,01 1,46 1,68 83,89 83,65 84,37 Rotação segundo Z
11 5,96 0,17 0,01 1,02 0,45 83,89 84,67 84,82 Translação segundo Y
12 6,77 0,15 0,01 0,07 0,93 83,89 84,74 85,75 Rotação segundo Z
13 11,10 0,09 0,01 0,01 0,01 83,89 84,74 85,75 Translação segundo Y
14 12,00 0,08 0,01 0,01 0,01 83,89 84,74 85,75 Translação segundo X
15 12,08 0,08 0,01 0,01 0,01 83,90 84,75 85,75 Translação segundo X
16 12,30 0,08 0,02 0,01 0,01 83,91 84,75 85,75 Translação segundo X
17 12,59 0,08 0,01 0,01 0,01 83,91 84,75 85,75 Translação segundo X
18 12,68 0,08 0,01 0,01 0,01 83,92 84,75 85,75 Translação segundo X
19 13,26 0,08 0,01 0,01 0,01 83,92 84,75 85,75 Translação segundo X
20 13,47 0,07 0,01 0,01 0,01 83,93 84,75 85,75 Translação segundo X
21 13,58 0,07 0,01 0,01 0,01 83,93 84,75 85,75 Translação segundo X
22 14,21 0,07 0,01 0,01 0,01 83,93 84,75 85,75 Translação segundo X
23 14,58 0,07 0,01 0,01 0,01 83,93 84,75 85,75 Translação segundo X
24 15,05 0,07 0,01 0,01 0,01 83,93 84,75 85,75 Translação segundo X
25 15,33 0,07 0,34 0,01 0,01 84,26 84,75 85,75 Translação segundo X
26 15,44 0,06 15,61 0,01 0,01 99,88 84,75 85,76 Translação segundo X
32
A frequência associada ao primeiro modo de vibração, designa-se por frequência
fundamental da estrutura, por ser a menor das frequências de vibração registadas nos vários
modos. Portanto, este é o modo que requer menor consumo de energia para atingir um estado
de deformação, logo, de mais provável acontecimento.
A resposta dinâmica da estrutura é determinada pela sobreposição dos modos de
vibração mais significativos, mais concretamente, pelo aglomerado de deformações por eixo e
modo de vibração.
Na tabela acima fornecem-se os fatores de participação de massa agrupados por modo
de vibração e direção, que revelam a percentagem de massa deslocada por grau de liberdade,
a partir dos quais se faz uma seleção dos modos de vibração mais determinantes.
A redução dos modos de vibração aos meramente essenciais leva também à redução
do número de graus de liberdade em toda a estrutura. Tal como foi referido atrás, o primeiro
modo é responsável pela menor energia necessária para se atingir um estado de deformação,
como consequência, nos modos seguintes, é preciso despender maior quantidade de energia e
menor se torna a contribuição individual dos modos.
A seleção destes modos tem de ser criteriosa e, segundo o EN 1998-1 201013, a
adequada caracterização do comportamento dinâmico de um edifício deve ser realizada
considerando o conjunto de todos os modos até que se atinja o modo com uma massa modal
acumulada, numa qualquer direção, de pelo menos 90%. Em adição, deve-se considerar todos
os modos com massas modais efetivas superiores a 5% da massa total.
Seguindo estes critérios foi possível concluir que os 26 modos de vibração iniciais são
determinantes no estudo do comportamento estrutural do edifício, por não se concretizar, nos
primeiros 25 modos, a mobilização de uma percentagem de massa superior a 90% numa direção,
e por se mobilizar, no 26º modo, uma percentagem de massa efetiva superior a 5% numa das
direções.
A frequência própria toma o valor de 0,80 hertz e o período de 1,25 segundos.
Os resultados alcançados revelam uma resposta da estrutura de acordo com o esperado,
uma vez que as deformações por translação são dominantes. Esta é a situação mais ideal devido
aos maiores danos estruturais que as deformações por torção iriam provocar, o que não é de
todo desejável para edifícios com altura não desprezável.
Chega-se a esta conclusão por interpretação dos fatores de participação de massa dos
dois primeiros modos de vibração, onde o maior desses fatores não corresponde, em ambos os
casos, à deformação por rotação segundo z, mas sim à deformação numa das duas direções
associadas a deslocamento da estrutura segundo x ou y (Figuras 19 e 20). No entanto, apenas
se pode concluir que a deformação por torção não se torna relevante nesses dois modos porque
a participação das massas sucede de forma significativa apenas nas direções de deslocamento,
sendo quase nula na parcela de rotação, e não sujeitando o edifício a deformações por torção
muito elevadas.
13
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
33
Figura 19: Deformada do modo de vibração 1 Figura 20: Deformada do modo de vibração 2
14
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
34
Neste edifício, a estrutura classifica-se de sistema porticado. A razão para tal deve-se,
em primeiro lugar, à não existência de paredes estruturais, e depois, pela garantia que a
resistência, aos diferentes tipos de ações, vai ser assegurada por elementos que definem um
pórtico, ou seja, pela presença de pilares a funcionarem com o conjunto laje e viga.
7.6 Ações
7.6.1 Cargas Permanentes
7.6.1.1 Peso Próprio e Restante Carga Permanente
As cargas permanentes são o peso próprio de cada elemento e uma restante carga
permanente fixa para toda a estrutura, ambas abordadas anteriormente no capitulo 4.1.1.
15
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
35
7.6.2.2.1 Espectro de Resposta
O software SAP16 permite a definição dos espectros de cálculo através da introdução dos
parâmetros definidos no capítulo 4.3.1, resultando nos gráficos das figuras 21 a 24, identificados
com o período fundamental estimado anteriormente e os três primeiros modos de vibração.
Sd (m/s2)
Sd1 (1,92)
T1 (0,65)
T (s)
Figura 21: Indicação de T1, estimado, no espectro da AS1.1 definida no software SAP
Sd (m/s2)
T3 T2 T1 T (s)
(0,80) (0,85)(1,25)
Figura 22: Indicação dos três primeiros modos de vibração no espectro da AS1.1 do software SAP
Sd (m/s2)
Sd1 (0,54)
T1 (0,65) T (s)
Figura 23: Indicação de T1, estimado, no espectro da AS2.3 definida no software SAP
Sd (m/s2)
T3 T2 T1
T (s)
(0,80) (0,85) (1,25)
Figura 24: Indicação dos três primeiros modos de vibração no espectro da AS2.3 do software SAP
36
7.7 Combinações de ações
A análise sísmica requer a definição de uma combinação sísmica de cargas. No entanto,
o correto dimensionamento de uma peça estrutural realiza-se para a combinação de ações mais
condicionante a esse elemento, o que não significa que seja sempre uma combinação sísmica,
como tal, torna-se necessário o acréscimo da definição de uma combinação fundamental.
Os valores de ΨE, para cada tipo de ocupação do piso e sobrecarga uniforme, são
obtidos pela equação 6.5 e pelos coeficientes de combinação da tabela 20. Os coeficientes Ψ0,
Ψ1 e Ψ2 foram extraídos do EN 1990 200917, o coeficiente φ do EN 1998-1 201018 e de acordo
com a tabela abaixo. Nota para o facto de que a ação sísmica (E) participa na combinação com
um fator de 1,0 por esta se considerar uma situação de acidente.
𝜓𝐸 = 𝜓2 ×𝜑 Equação 7.5
Tipo de Piso
ψ0 ψ1 ψ2 Tipo de ocupação φ ψE
(Categoria de Utilização)
Pavimento (Categoria B) 0,70 0,50 0,30 Ocupação correlacionada 0,80 0,24
Varanda (Categoria A) 0,70 0,50 0,30 Ocupação independente 0,50 0,15
Cobertura (Categoria H) 0,00 0,00 0,00 Cobertura 1,00 0,00
No total vão existir quatro combinações sísmicas, divididas primeiro pelos dois tipos de
sismo, e em seguida pelas duas direções horizontais do sismo. Na verdade, cada sismo tem
influência em ambas as direções, uma predominante sobre a outra. Quando se refere sobre a
atuação de um sismo numa direção específica, isto significa que na mesma o sismo atua em
pleno, mas na direção perpendicular ocorre de forma reduzida.
Em concreto, a repartição do sismo em cada direção funciona como uma combinação,
tal como se pode ver nas equações 6.6 e 6.7, alternando a importância do sismo para cada caso.
Nas descrições acima referiu-se apenas à atuação do sismo segundo a horizontal (EEdx
e EEdy), embora possa também contribuir com uma componente segundo a vertical. É preciso
verificar se tal acontece, através da tabela 21, porque nessa situação as combinações 6.6 e 6.7
incorporam uma parcela vertical do sismo. A tabela 21 pertence ao anexo nacional do documento
EN 1998-1 201018 e apenas se avg for superior a 2,5m/s2 se deve considerar esta componente.
17
Referência [1]: Eurocódigo 0 – Bases para o projeto de estruturas.
18
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
37
Tabela 21: Valores dos parâmetros definidores dos espectros de resposta elásticos verticais
A aceleração avg toma o valor de 1,88 e 1,62 m/s2, respetivamente, para a ação sísmica
tipo 1 e 2, portanto, não se considera uma parcela vertical. Assim, as combinações sísmicas não
sofrem alterações, atuando o sismo apenas nas duas direções ortogonais horizontais.
38
8. Dimensionamento
Neste capítulo descreve-se o processo de dimensionamento de pelo menos uma peça
estrutural de cada tipo.
Apenas para o elemento de laje não se recorreu ao modelo tridimensional criado para
avaliação de esforços, apenas para deformações.
19
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
39
O carregamento não é o mesmo que foi utilizado no pré-dimensionamento da laje. Agora,
não se pretende alcançar o maior esforço possível em cada apoio ou tramo, porque seria
bastante antieconómico e demasiado conservativo. Sendo assim, aplica-se a combinação
fundamental em cada corte, aplicando a sobrecarga em todos os tramos, resultando nos
carregamentos, sem distribuição de cargas, da tabela 23. Manteve-se a repartição de cargas
definida no capítulo 5.3.1 e identificada na tabela 24, que contém os consequentes esforços.
Tipo de Piso (espessura) PP [kN/m2] RCP [kN/m2] CP [kN/m2] SC [kN/m2] PEd [kN/m2]
Na escolha das armaduras para cada secção optou-se primeiro por uma malha geral
para toda a laje e colocando apenas um reforço de armadura quando existe necessidade. Esta
malha foi escolhida partindo do princípio da armadura mínima (As,min), calculada através da
equação 7.1, e posteriormente verificou-se que apenas algumas secções necessitariam de um
reforço de armadura, tal como se demonstra da tabela 25 a 30.
2
×104 = 2,68 𝑐𝑚 ⁄𝑚
𝑓𝑐𝑡𝑚 3,2
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,26×𝑏𝑡 ×𝑑× = 0,26×1,0×0,161× Equação 8.1
𝑓𝑦𝑘 500
40
Tabela 25: Armaduras para os apoios segundo o corte x
M- b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
6,00 1,00 0,161 23,33 0,001 0,001 0,86 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
5,00 1,00 0,161 23,33 0,008 0,008 0,72 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
5,20 1,00 0,161 23,33 0,009 0,009 0,75 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
15,60 1,00 0,161 23,33 0,026 0,026 2,26 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
30,40 1,00 0,161 23,33 0,050 0,052 4,48 As > Asmin! ϕ8 // 0,15 + ϕ8 // 0,15 6,70
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
M+ b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
2,50 1,00 0,161 23,33 0,004 0,004 0,36 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
3,70 1,00 0,161 23,33 0,006 0,006 0,53 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
4,20 1,00 0,161 23,33 0,007 0,007 0,60 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
11,70 1,00 0,161 23,33 0,019 0,020 1,70 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
20,80 1,00 0,161 23,33 0,034 0,035 3,40 As > Asmin! ϕ8 // 0,15 + ϕ8 // 0,15 6,70
M- b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
17,50 1,00 0,161 23,33 0,029 0,029 2,54 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
M+ b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
12,30 1,00 0,161 23,33 0,020 0,021 1,78 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
M- b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
18,10 1,00 0,161 23,33 0,030 0,030 2,63 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
25,50 1,00 0,161 23,33 0,042 0,043 3,74 As > Asmin! ϕ8 // 0,15 + ϕ8 // 0,15 6,70
17,20 1,00 0,161 23,33 0,060 0,062 3,70 As > Asmin! ϕ8 // 0,15 + ϕ8 // 0,15 6,70
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
41
Tabela 30: Armaduras para os vãos segundo o corte x extra
M+ b d fcd As As
μ ω As necessário As, adotado
[kNm/m] [m] [m] [MPa] [cm2/m] [cm2/m]
6,50 1,00 0,161 23,33 0,011 0,011 0,93 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
12,60 1,00 0,161 23,33 0,021 0,021 1,82 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
13,10 1,00 0,161 23,33 0,022 0,022 1,90 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
0,00 1,00 0,161 23,33 0,000 0,000 0,00 Asmin! ϕ8 // 0,15 3,35
As_principal s ≤ min (1,5h; 0,35m) s ≤ min (0,30; 0,35) [m] s ≤ 0,30 0,15 ≤ 0,30 - Verifica!
smin máx (ϕ maior; ϕ eq_maior;2cm) máx (0,8cm;0,8cm;2cm) 0,020 m 0,15 > 0,20 - Verifica!
1⁄
𝑉𝑅𝑑,𝑐 = [𝐶𝑅𝑑,𝑐 ×𝑘×(100×𝜌𝑙 ×𝑓𝑐𝑘 ) 3 + 𝑘1 ×𝜎𝑐𝑝 ]×𝑏𝑤 ×𝑑 Equação 8.2
3⁄ 1
𝑉𝑅𝑑,𝑐 ≥ 𝑉𝑅𝑑,𝑐,𝑚𝑖𝑛 = (0,035×𝑘 2 ×𝑓𝑐𝑘 ⁄2 + 𝑘1 ×𝜎𝑐𝑝 )×𝑏𝑤 ×𝑑 Equação 8.3
42
Tabela 32: Dados necessários para obter o esforço transverso resistente
bw [mm] 1000
d [mm] 161
CRd,c 0,12
ρL 0,0032 ≤ 0,02
fck [MPa] 35
k1 0,15
σcp [MPa] 0
A verificação de segurança aos ELU para os esforços atuantes está assim verificada,
sobrando a verificação aos estados limites de utilização ou de serviço (ELS).
Tal como se fez anteriormente, recorre-se aos mesmos alinhamentos, método das
bandas e carregamentos da tabela 33 para se atingir os esforços também apresentados nesta.
43
Tabela 33: Carregamentos e esforços por corte para verificar ELS na laje
Comprimento Carregamento M M
Corte Tramo Apoio
[m] [kN/m2] [kNm/m] [kNm/m]
1 3,10 2,55 (0,3q) 1,50 1 0,00
2 4,20 2,55 (0,3q) 2,30 2 -3,70
3 0,77 8,50 (q) -3,15 3 -3,10
x 4 4,50 3,40 (0,4q) 2,60 4 -3,20
5 5,30 5,95 (0,7q) 7,10 5 -9,50
6 5,30 5,95 (0,7q) 12,70 6 -18,50
- 7 0,00
1 6,20 2,55 (0,3q) 7,50 1 0,00
y 2 1,05 7,15 (q) -5,30 2 -10,60
- 3 0,00
M- [kNm/m] -18,5
c [mm] 35
s [m] 0,15
αe 5,88
σs [MPa] 233,2
A abertura de fendas (wk) é calculada com as seguintes fórmulas (Equação 8.6 e 7.7) e
com os dados das tabelas 34 e 35.
𝜎𝑠 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓
𝑠𝑟,𝑚𝑎𝑥 = 3,4𝑐 + 0,425𝑘1 𝑘2 𝜙⁄𝜌𝑝,𝑒𝑓 ; (𝜀𝑠𝑚 − 𝜖𝑐𝑚 ) = − 𝑘𝑡 (1 + 𝛼𝑒 ×𝜌𝑝,𝑒𝑓 ) Equação 8.7
𝐸𝑠 𝐸𝑠 𝜌𝑝,𝑒𝑓
44
Tabela 35: Fatores relativos à abertura de fendas
Pelas equações acima obtém-se que o valor de wk atinge os 0,19 milímetros. A abertura
de uma fenda tem de ser inferior a um determinado limite (wmax), a partir do qual o comportamento
da laje sofre alterações mais significativas. O limite é determinado pelas classes de exposição e
através do estipulado na tabela 36 do EN 1992-1-1 201020.
As classes de exposição mais relevantes, XC3 e XS1, identificam que o limite máximo
para uma abertura de fendas é 0,30 milímetros.
A laje encontra-se em segurança em relação aos estados limite de utilização porque a
máxima abertura registada é de 0,19 milímetros, inferior ao admissível de 0,30 milímetros.
20
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
45
Figura 26: Deformada do piso 2 – Perceção geral
No limite, a flecha pode atingir uma dimensão equivalente a L/250, em que L representa
o menor comprimento do painel de laje onde ocorre a deformação. Na laje em estudo, esse
comprimento é de 4,5 metros, o que resulta numa flecha máxima de 18 milímetros. Conclui-se
que a longo prazo, a flecha teria de incrementar cerca de 10 vezes para causar perturbações
demasiado significativas na laje, o que não é de todo expectável. O mais provável é que a flecha
atinga valores próximos de metade desse limite. Sendo assim, pode-se concluir, de forma
conservativa e em relação à deformação, que a laje se encontra em segurança.
As verificações de segurança necessárias para um bom dimensionamento da laje
encontram-se validadas e a pormenorização final deste elemento, incluindo as plantas e cortes
mais apropriadas, pode ser encontrada no desenho 8.
46
8.2 Dimensionamento – Pilar
Escolheu-se para dimensionar os pilares, dentro de cada categoria, que apresentam os
esforços mais condicionantes para o processo.
Os esforços principais para a seleção dos pilares são o esforço normal de compressão
e o momento atuante em cada pilar. Também se avalia o esforço transverso, mas apenas após
a identificação dos pilares a dimensionar. Isto acontece porque, normalmente, a segurança
relativa a este esforço é garantida em simultâneo com a verificação de obrigações construtivas.
Para este caso, a combinação sísmica é mais importante do que a combinação
fundamental porque provoca os esforços mais elevados no pilar. Induzindo assim a situação na
qual os esforços mais interatuam, para além de serem relevantes individualmente, ao invés da
segunda combinação, no qual o esforço normal passaria a ser o único relevante. A combinação
com a ação sísmica condicionante, avaliada no capítulo 4.3.1 e proveniente do sismo tipo 1
segundo a direção y, determina os esforços para dimensionar os pilares. Este processo segue
os princípios de uma flexão composta, através do conjunto do esforço normal, em compressão,
com o momento fletor mais condicionante.
No início deste capítulo referiu-se que os pilares são separados consoante a sua
categoria, distinguidos entre pilares primários e secundários. Definem-se como pilares primários
aqueles que são responsáveis por garantir a resistência às forças laterais, como as provenientes
pelas ações sísmicas, libertando os restantes dessa função, classificando-os de pilares
secundários. Os pilares primários da estrutura são os pilares exteriores, uma vez que estão mais
sujeitos a esforços induzidos pelas ações sísmicas, e também a deformações por translação
mais elevadas do que as que ocorrem num pilar interior.
Em cada categoria escolheu-se o pilar mais esforçado para dimensionamento. Os pilares
escolhidos foram P06, primário, e P10, secundário.
0,10×𝑁𝑒𝑑
𝐴𝑠 ≥ e 𝐴𝑠 ≥ 0,002×𝐴𝑐 Equação 8.8
𝑓𝑦𝑑
No entanto a taxa de armadura longitudinal ρL tem de ser superior a 0,01 e inferior a 0,04,
segundo o EN 1998-1 201022, e esta condição acabou por ser mais condicionante que as
21
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
22
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
47
anteriores. Sendo assim, a armadura longitudinal tem de perfazer uma área total que pertença
ao intervalo de 15cm2 e 60cm2.
Os esforços atuantes no pilar requerem uma armadura superior à armadura mínima tal
como representado na tabela 37.
Pilar NEd [kN] MEd [kNm] µ Ν ωtot As,tot [cm2] Solução As [cm2] ρL
P06 -299,87 187,17 0,094 -0,075 0,14 12,88 < As,min 6ϕ20 + 4ϕ16 26,89 0,018
A solução escolhida foi um agrupamento de 6 varões de ϕ20 com 4 varões de ϕ16 tal
como ilustrado no desenho 13.
𝑏
𝑠 [𝑚𝑚] < min { 0 ; 175; 8𝑑𝑏𝑙 } Equação 8.9
2
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑒𝑑
= Equação 8.10
𝑠 𝑧×𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃×𝑓𝑦𝑑
𝐴𝑠𝑤 √𝑓𝑐𝑘
( ) = 0,08× ×𝑏 Equação 8.11
𝑠 𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑦𝑑
48
As condições de resistências aos estados limites últimos estão verificadas e sobra a
garantia de ductilidade local e de confinamento do núcleo de betão, definidas no EN 1998-1
201023 através das equações 7.12 a 7.14. O coeficiente ωwd representa a taxa mecânica
volumétrica de cintas em zonas críticas e α o coeficiente de eficácia de confinamento.
𝑏𝑐
𝛼𝜔𝑤𝑑 ≥ 30µ𝜙 ×𝜈𝑑 ×𝜀𝑠𝑦,𝑑 × − 0,035 Equação 8.12
𝑏0
O fator de ductilidade em curvatura, µφ, depende do período fundamental (T1) face a TC,
que neste caso é superior para o sismo atuante, e dado pela equação 7.15. Relembra-se que q0
é o valor de base do coeficiente de comportamento q.
bc b0
αn αs α ωwd (ωwd)min µϕ νd εsy,d αxωwd (30xµϕxνdxεsy,dxbc/b0) – 0,035
[m] [m]
0,68 0,45 0,31 0,14 0,08 6,8 0,075 2,18x10-3 0,30 0,17 0,044 0,022
Por fim, resta identificar a separação, no pilar, entre as zonas críticas e zonas correntes,
e certificar que a validação das condições anteriores se mantém. Contudo, e por não se ter
encontrado qualquer problema nas zonas críticas, achou-se por bem apresentar apenas qual o
comprimento dessa zona crítica para evitar repetição do processo de dimensionamento
apresentado atrás. O comprimento da zona crítica (lcr) é dado pela equação 7.16, para o qual se
adotou 0,70 metros. Nota ainda para o facto de a relação entre o comprimento livre do pilar (lcl)
e a altura do pilar (hc) ser superior a três, o que possibilita o isolamento das zonas críticas do
pilar, caso contrário, todo o pilar seria considerado crítico.
23
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
49
8.2.2 Pilar Secundário (P10)
A secção do pilar P10 é de 0,30 metros (b) por 0,50 metros (h) e o recobrimento é de 4,5
centímetros.
Pilar NEd [kN] MEd [kNm] µ ν ωtot As,tot [cm2] Solução As [cm2] ρL
P06 -934,16 -201,31 0,10 -0,23 0,04 3,68 < As,min 6ϕ16 + 2ϕ16 16,09 0,015
A solução escolhida foi de agrupar 8 varões de ϕ16 tal como ilustrado no desenho 13.
8.2.3 Particularidades
O dimensionamento dos pilares apresentados nos pontos anteriores realizou-se através
de uma combinação sísmica, ainda assim, e de forma mais segura, também se analisou os
esforços para a combinação fundamental, e em nenhum caso se registou alterações
significativas que levasse a um redimensionamento dos pilares. Aliás, é possível referir que os
esforços provocados por esta combinação de ações, não se tornam capazes de ser mais
condicionantes que os mínimos de armadura regulamentados.
24
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
50
8.3 Dimensionamento – Viga
Analisando as vigas por piso e com base na sua secção e esforços, selecionou-se um
conjunto de vigas para dimensionar. Foram maioritariamente escolhidas aquelas que
demonstravam os máximos esforços em toda a estrutura, mas também as vigas cuja secção é
relevante e obriga a maior presença de armadura.
Os esforços atuantes nas vigas devem-se à aplicação de dois tipos de combinações de
ações na estrutura, duas combinações sísmicas, de ambas as direções do sismo, e uma
combinação fundamental. Em primeiro lugar aplica-se a combinação sísmica condicionante,
segundo a direção y, depois segundo a direção x, e por fim, a combinação fundamental. Os dois
primeiros casos fornecem as vigas mais esforçadas na direção do sismo atuante, enquanto que
a última pode ser mais decisiva e indicar, para além de outras vigas, maiores exigências de
esforços nas primeiras vigas referenciadas.
As vigas a dimensionar são V734, V7834, V714, V816 e V923. Entre estas, destaque
para as quatro primeiras por pertenceram a dois pórticos principais ortogonais, cuja diferença
prevalece na localização, duas vigas no piso 1 e outras duas no piso 2. A viga V923 é mais
afetada pela combinação fundamental do que pela combinação sísmica e foi dimensionada pela
primeira. No entanto, para simplificar a descrição do processo submetido a estas vigas,
apresenta-se apenas o dimensionamento de uma viga, identificando posteriormente quais as
semelhanças e alterações adotadas nas restantes vigas.
𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,26×𝑏𝑡 ×𝑑× Equação 8.17
𝑓𝑦𝑘
25
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
51
Tabela 42: Armadura longitudinal mínima na viga V834
bt [m] d [m] fctm [MPa] fyk [MPa] As,min [cm2/m] As,necessário [cm2/m]
0,30 1,09 3,50 500,00 5,94 3ϕ16 (6,03)
𝑀𝑒𝑑 𝑓𝑐𝑑
µ= e 𝐴𝑠 = 𝜔×𝑏×𝑑× Equação 8.18
𝑏×𝑑 2×𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑
0,0018𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜌𝑚𝑎𝑥 = 𝜌′ + e 𝜌𝑚𝑖𝑛 = 0,50× Equação 8.19
µ𝜙 ×𝜀𝑠𝑦,𝑑×𝑓𝑦𝑑 𝑓𝑦𝑘
26
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão
27
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
52
Outro dos requisitos do EN 1998-1 201028 é que a armadura longitudinal de compressão
seja de pelo menos metade da armadura longitudinal de tração (relação entre armaduras β é
igual a 0,50). Como tal, para estas armaduras adotou-se uma solução igual tanto para secções
de apoio como de vão, tal como representa a tabela 45 e se encontra ilustrado no desenho 9.
Por fim, é preciso verificar se é possível haver continuidade dos varões longitudinais ao
longo da viga quando atravessam um pilar através das expressões 7.20 e 7.21, referentes ao
diâmetro máximo do varão longitudinal (dbl) da viga. A amarração dos varões longitudinais (ϕ16)
no pilar P07 (exterior) é possível tal como demonstrado na tabela 46.
𝑑𝑏𝑙 7,5𝑓𝑐𝑡𝑚
𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟: ≤ (1 + 0,8𝜈𝑑 ) Equação 8.20
ℎ𝑐 𝛾𝑅𝑑 .𝑓𝑦𝑑
dbl [mm] hc [m] fctm [MPa] fyd [MPa] γRd νd dbl [mm] ≤
𝐴𝑠𝑤 √𝑓𝑐𝑘
( ) = 𝑏𝑤 ×𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 𝑏𝑤 ×0,08 Equação 8.22
𝑠 𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑦𝑘
28
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
29
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
53
Tabela 47: Armadura transversal mínima para a viga V834
bw [m] 0,30
fck [MPa] 40,00
fyk [MPa] 500,00
(Asw/s),min [cm2/m] 3,04
A armadura transversal (Asw/s) necessária é dada pela equação 7.23 e resulta na tabela
48. Como hipótese conservativa, tomou-se para o seu cálculo o máximo esforço transverso (VEd),
ao invés do mesmo a uma distância zcotgθ do apoio.
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑒𝑑
( )= Equação 8.23
𝑠 𝑧×𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃×𝑓𝑦𝑑
A tensão no betão (σc) provocada pela presença destas armaduras tem de ser controlada
pela expressão da equação 7.25, e verifica-se na tabela 49 que essa tensão se encontra bastante
abaixo do seu limite (σc_limite).
54
em causa são a alma, que ainda não tem armadura designada e deve ser colocada com menor
ou igual dimensão às armaduras longitudinais já definidas, e no banzo, onde é suficiente verificar
se foi escolhida armadura suficiente. Estas são calculadas com a equação 7.26 e como se pode
ver na tabela 50, basta a colocação da armadura indicada na alma para satisfazer este controlo.
𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝑘𝑐 ×𝑘×𝑏𝑡 ×ℎ𝑡 × Equação 8.26
𝑓𝑦𝑘
kc k bt [m] ht [m] fctm [MPa] fyk [MPa] As,min [cm2] As,min [cm2/m]
8.3.3 Particularidades
As vigas dimensionadas têm a mesma largura, 0,30 metros, e mesmo com a diferença
na altura, a armadura longitudinal ou foi condicionada pela armadura mínima ou era pouco
superior à mesma. A exceção foi a viga V734 que apresentou maior carência de armadura do
que os requisitos mínimos.
A característica mais comum em quase todas as vigas foi a possibilidade de escolher a
mesma armadura transversal para as zonas não críticas (2 ramos de ϕ8//0,25 metros), e com a
redução do espaçamento para 0,125 metros nas zonas críticas. A viga V923 foi a exceção devido
à presença de um maior esforço transverso, o que obrigou a uma solução de 2 ramos de ϕ8//0,15
metros nas zonas não críticas, mantendo-se a escolha referida para as restantes zonas.
A restrição apresentada relativa à amarração dos varões longitudinais não foi impedição
para nenhuma das vigas, desde que estes sejam varões de ϕ16, isto porque em algumas das
vigas a amarração em pilares interiores não é possível para varões de maior diâmetro.
55
A armadura de fendilhação escolhida foi de ϕ10//0,20 metros em cada face da alma para
as vigas V734, V714 e V816, no entanto, na viga V923 existem duas soluções devido às duas
secções desta viga, em V923a escolheu-se ϕ8//0,25 metros e para o resto ϕ10//0,15 metros.
Numa descrição mais individual torna-se importante referir que a viga V734, devido aos
esforços a que estava sujeita, precisou de maior quantidade de armadura do que as restantes
vigas, adotando-se soluções bastante semelhantes. As armaduras de tração selecionadas são
de 6ϕ16 para a secção de vão e de 8ϕ16 para a secção de apoio, e em que nenhuma verificação
obrigou a alterações a esta solução.
Nas vigas V714 e V816 as armaduras longitudinais na secção de apoio foram
condicionadas pela garantia da taxa de armadura mínima.
56
8.4 Dimensionamento – Fundações
A fundação do edifício é constituída por sapatas de base quadrada ligadas por lintéis de
fundação. Ambos os elementos foram estudados sobre como deveriam ser dimensionados.
8.4.1 Sapata
As sapatas são o elemento de fundação mais importante neste caso, e devido às
características do terreno de implantação podiam ser dispostas enquanto sapatas isoladas,
prescindindo da presença das vigas de fundação. Isto permite que o dimensionamento das
sapatas se execute como se os lintéis não existissem.
Na planta de fundações definiu-se dois tipos de sapatas, para cada selecionou-se a mais
esforçada e dimensionou-se a mesma. Pretende-se avaliar as armaduras necessárias a colocar
em cada direção e para tal recorreu-se à combinação com o tipo de sismo mais condicionante,
aplicando-o nas duas direções ortogonais horizontais. Sendo assim, dimensiona-se a sapata
pelos esforços existentes em cada face da mesma. Aplicou-se ainda a combinação fundamental,
mas como esperado, não provoca esforços mais exigentes que a combinação sísmica nem
apresenta esforços suficientemente significativos por si.
Dimensionou-se as sapatas S03 e S14, com a mesma geometria, e S07, de menores
dimensões. No entanto, para simplificar a descrição do processo de dimensionamento, apenas
se faz a descrição de uma sapata, indicando depois os detalhes que caracterizaram as restantes.
Se o solo suportar a tensão provocada pela sapata é possível armar a mesma, caso
contrário, é preciso repensar a sua geometria até se atingir esta condição. A tensão instalada no
solo é de 517,53 kN/m2, portanto, é inferior à tensão máxima admissível pelo solo de 1500kN/m 2.
57
Antes de passar à aplicação de um modelo de cálculo para obter estas armaduras,
define-se primeiro a quantidade de armadura mínima através da equação 7.1, anteriormente
usada no dimensionamento das lajes, resultando na tabela 52.
O modelo de cálculo define-se pela excentricidade (e), e neste caso, por ser inferior a
um quarto do comprimento da sapata (L), segundo y, significa que a tensão, na base da sapata,
é distribuída por uma área maior, quando transmitida ao solo, tal como ilustrado na figura 28 e
equação 7.27.
𝑀 𝐿
𝑒= e 𝑥 = ( − 𝑒) ×2 = 𝐿 − 2𝑒 Equação 8.27
𝑁 2
Do modelo acima é possível definir as seguintes expressões das equações 7.28 e 7.29
e obter as armaduras indicadas na tabela 53.
𝑑 𝑅1 𝐿 𝑁
𝑡𝑔𝛼 = = e 𝑅1 = × (𝐿−2𝑒) Equação 8.28
( 𝐿⁄4−0,35𝑎) 𝐹𝑡 2
𝑅1 𝐿 𝐴 𝐹𝑡 1
𝐹𝑡 = × ( − 0,35𝑎) e ( 𝑠) = × Equação 8.29
𝑑 4 𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝑥
R1 Ft As As As,necessário As,adotado ρ
Sapata tg α
[kN] [kN] [cm2] [cm2/m] [cm2/m] [cm2/m] [%]
S03 2,14 604,73 283,17 6,51 4,53 < As,min 11,47 ϕ16//0,15 (13,40) 0,21
58
8.4.1.1.2 Armadura Superior
A armadura superior não é a maior responsável pelo comportamento da sapata, essa
função pertence à armadura inferior. Se para essa bastou a colocação de armadura mínima,
então, para a armadura superior nem sequer é preciso criar um modelo para a calcular. É
suficiente que a solução adote um varão de menor dimensão e, se possível, maior espaçamento
que a armadura inferior. Optou-se por colocar uma malha retangular de ϕ12//0,25 metros.
8.4.1.2 Particularidades
A sapata S14 têm as mesmas dimensões que a sapata S03, e ao contrário desta, está
ligada a um pilar primário e não secundário. Em termos práticos implica que na sapata vão dobrar
armaduras diferentes, tanto no diâmetro como na posição do varão. Como esta é a única
diferença registada, a solução vai ser a mesma para ambas as sapatas.
A geometria de menores dimensões da sapata S07, assim como os esforços mais
reduzidos, permitiram que a solução fosse diferente da anterior. O aspeto mais importante é a
possibilidade de alargar o espaçamento entre varões na armadura inferior para 0,20 metros,
mantendo-se esse espaçamento e diminuindo apenas o diâmetro do varão para a armadura
superior. Resumindo, a solução recaiu sobre uma malha retangular de ϕ16//0,20 metros para a
armadura inferior e de ϕ12//0,20 metros para a armadura superior.
8.4.2 Lintel
Os lintéis dimensionados são L01, L07 e L09, o primeiro segundo a direção x e os outros
segundo o eixo y, em que se abrange a presença de diferentes secções transversais, de sapatas
de maior e menor dimensão, de pilares primários e secundários.
No capítulo anterior referiu-se a importância das sapatas em relação aos lintéis e do facto
de terem capacidade de suportar o edifício sozinhas neste terreno, no entanto, a colocação
destas vigas de fundação complementa o comportamento da estrutura face a um sismo e
uniformiza a distribuição de tensões no contacto solo-estrutura e no comportamento da estrutura
face a um sismo. Por essa razão não se impõe às suas secções as obrigações definidas na
norma EN 1998-1 201030 para estes elementos, quando são considerados estruturalmente
indispensáveis.
Seguindo esta estratégia passa-se ao processo de dimensionamento do lintel tal como
se realizou para os outros elementos estruturais. A combinação sísmica é responsável por estes
esforços tal como foi descrito em relação às sapatas. Mais uma vez, faz-se somente a descrição
de um dos lintéis dimensionados.
8.4.2.1 Lintel L01
O lintel L01 está orientado segundo a direção x, as dimensões da secção transversal são
0,50 metros (b) por 0,70 metros (h) e com um recobrimento de 4,5 centímetros. O
dimensionamento das armaduras segue o mesmo processo e expressões utilizadas para armar
as vigas.
30
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
59
8.4.2.1.1 Armadura Longitudinal
Na tabela 54 encontra-se indicada a armadura mínima necessária para o lintel.
O lintel, neste caso, devido à maior importância das sapatas, não precisa de outra
armadura para além da mínima regulamentada e na tabela 55 conclui-se esse resultado. Basta
a colocação de uma armadura mínima para suportar o momento flector existente, no entanto,
fica ainda por cumprir a condição de taxa de armadura mínima (ρmin) de 0,4%. Ao se cumprir a
mesma pode-se finalmente chegar a uma solução.
kc k bt [m] ht [m] fctm [MPa] fyk [MPa] As,min [cm2] As,min [cm2/m]
Banzo 0,40 1,00 0,50 0,35 4,90 < As,adotado -
3,50 500,00
Alma 0,50 1,00 0,50 0,70 - ϕ8//0,075 (cada face)
8.4.2.2 Particularidades
O lintel L07a tem uma secção transversal de menores dimensões que o anterior, e tal
como referido, essa geometria não sofre alterações. Devido a esta circunstância, as soluções de
armadura escolhidas são diferentes (Tabela 59).
60
9. Introdução de núcleos estruturais
O objetivo é de introduzir núcleos estruturais para completar a estrutura e registar a sua
influência, depois dimensionar os elementos necessários.
Figura 29: Planta de núcleo de escadas e Figura 30: Perspetiva tridimensional da estrutura
elevador final
9.2. Modelação
A modelação dos núcleos fez-se pela definição de paredes ligadas por elementos rígidos.
Os núcleos foram separados e identificados em paredes estruturais isoladas. Os
elementos de barra rígidos garantem o funcionamento das mesmas em conjunto, assim como
simulam a elevada rigidez que caracterizam os núcleos.
Os elementos rígidos foram definidos com uma largura igual à espessura dos núcleos,
0,30 metros, e com uma altura de 0,10 metros. Estabeleceu-se um novo material para este
61
elemento com a principal característica de ter um peso nulo, para que não influencie os
resultados provenientes das cargas existentes. Majorou-se ainda, por via de um multiplicador de
valor elevado, as propriedades de inércia e resistência do elemento, para que a sua rigidez
aparente ser quase infinita quando comparada com os outros elementos adjacentes. Para se
alcançar a melhor modelação possível, reduziu-se também as propriedades de massa e peso do
elemento. A figura 31 ilustra o modelo final da estrutura.
A mudança mais significativa ocorreu no piso 3 e levou à eliminação dos pilares P28,
P33 e P34 (Figura 33) e em substituição criou-se o pilar P40 e prolongou-se o pilar P26 para este
62
piso (Figura 34). A razão para a eliminação destes pilares deve-se, não só, à obstrução que os
mesmos faziam tanto às escadas como ao elevador, mas também, há possibilidade de os retirar,
uma vez que sua presença é restrita a este piso. O pilar P40 tem uma secção quadrada de 0,40
metros de lado e P26 mantêm a secção de 0,30 metros por 0,50 metros.
Figura 33: Identificação dos pilares problemáticos Figura 34: Localização do prolongamento de P26
P28, P33 e P34 no Piso 3 e do novo pilar P40 no Piso 3
A implementação do pilar P40 implica a recolocação da viga V953 do piso 4, para que
alinhe com este pilar, segundo a direção y. Por sua vez, este reposicionamento obriga à
translação do pilar P38 para que fique alinhado com a viga e dê uma sequência vertical ao pilar
P30, que termina neste piso (Figura 35).
Por fim, a presença dos núcleos provoca uma alteração na classificação do sistema
desta nova estrutura. Esta passa a ser classificada como um sistema misto, e devido à forte
rigidez dos núcleos face aos pilares, pode ser classificado como um sistema equivalente a
paredes. Para a análise de esforços e armaduras mantem-se o valor do coeficiente de
comportamento q, de 3,0. Associado a esta nova estrutura está um maior número de modos de
vibração determinantes ao comportamento da mesma (Tabela 60). O aumento substancial de
rigidez segundo a direção x provocou, na reação da estrutura, uma troca na direção dominante
nos dois primeiros modos.
63
Tabela 60: Modos de vibração após introdução dos novos núcleos
64
9.4. Dimensionamento de pilares, vigas e sapatas
Ao se proceder à análise de esforços da nova estrutura concluiu-se que o
dimensionamento deve ser repensado apenas nas vigas, não se registando exigências
suficientes para o contrário tanto em pilares como em sapatas. Realça-se que as sapatas
inalteradas estão associadas aos pilares distantes dos núcleos, visto que presença destes
elementos gera uma nova sapata de maiores dimensões, que engloba, não só os núcleos como
os pilares mais perto. As dimensões e análise à nova sapata demonstram-se no capítulo 9.6.
De forma resumida, esclarece-se que as novas vigas dimensionadas apresentam
esforços mais elevados devidos às combinações sísmicas, após a incorporação dos núcleos. Na
tabela 61 é fornecida toda a informação sobre as diferentes armaduras requeridas em cada caso.
Armadura
Armadura Longitudinal Armadura Transversal
Fendilhação
Viga Zonas Zonas
MEd+ MEd- Alma
Correntes Críticas
As Ac As Ac Asw/s Asw/s
Asw/s [cm2/m]
[cm2] [cm2] [cm2] [cm2] [cm2/m] [cm2/m]
65
Figura 36: Planta do núcleo de escadas
As armaduras a colocar no núcleo são obtidas por parede. Refere-se ainda, que as
paredes segundo a direção x são dimensionadas pelos esforços provenientes da combinação
sísmica respetiva a essa orientação. O mesmo sucede para a parede na direção ortogonal.
Em cada extremidade das paredes é necessário estabelecer um comprimento crítico (l c)
onde se agrupa, e cinta, os varões mais responsáveis pela resistência da parede. O comprimento
crítico é dado pela expressão abaixo, (Equação 8.1) onde se adotou, tanto para a parede 1 como
parede 3, um comprimento de 0,80 metros e, para a parede 2, de 0,55 metros.
Os varões podem ser dispostos a uma distância máxima de 400 milímetros, o que para
uma armadura requerente de 3,00 cm2/m, em cada face, possibilita a disposição de varões de
ϕ10 espaçados de 0,20 metros. Perfazendo uma área de armadura igual a 3,93 cm 2/m por face.
Esta armadura coloca-se, normalmente, apenas na alma da parede, mas neste caso, tem de ser
prolongada para o interior dos comprimentos críticos devido à pouca exigência de armadura
nessas zonas, tal como vai ser explicado mais à frente.
O modelo de cálculo nas paredes segue o esquema da figura 37 e das fórmulas da
equação 8.3. Este resulta da aplicação do método simplificado dos pilares fictícios, de
comprimento igual a lc, admitindo que estas são as secções responsáveis por suportar os
esforços atuantes na parede. No entanto, optou-se por considerar o esforço normal (N) nulo,
31
Referência [4]: Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão.
66
para que se esteja ainda mais do lado da segurança, uma vez que a presença do esforço normal
alivia a força de tração no aço, Fs, e, por conseguinte, requer menos armaduras (Asw). Em boa
verdade, esta hipótese pode ser demasiado conservativa, mas como os esforços presentes na
parede não são muito elevados, então, também não é necessária uma forte presença de
armaduras. Aplicando o modelo com a hipótese descrita chega-se aos resultados da tabela 62.
𝑀 𝑁 𝐹𝑠
𝐹𝑠 = − e 𝐴𝑠 = Equação 9.3
𝑧 2 𝑓𝑠𝑦𝑑
A solução escolhida, devido à pouca área de armadura obrigatória, recaiu pela colocação
em cada extremidade de 4ϕ16 e do recurso aos varões de ϕ10 dispostos na alma da parede
ainda pertencentes ao comprimento crítico. Os varões 4ϕ16 serão colocados numa disposição
quadrada, distribuídos de forma igual nas duas paredes a que pertencem. Em cada parede é
possível calcular a resistência ao momento fletor devido aos varões referidos tal como indicado
na tabela 63. Embora não fosse preciso colocar armaduras transversais por razões de
resistência, devido à quantidade de armadura vertical em cada parede, é preciso fazê-lo por
razões de confinamento da armadura longitudinal.
Tabela 63: Quantidades totais de armadura vertical e momento flector resistente por parede
67
9.5.2 Armadura horizontal e transversal
A armadura horizontal também é de cariz longitudinal, envolvendo toda a parede, com
um valor mínimo (Ash,min) dado pela equação 8.4 e na tabela 64. O espaçamento máximo entre
varões desta armadura é de 400 milímetros.
𝑏
𝑠𝑐𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠 ≤ 𝑚𝑖𝑛 { 0 ; 175𝑚𝑚; 8𝑑𝑏𝑙 } Equação 9.5
2
No cálculo desta armadura (Asw/s), o esforço transverso (VEd) deve ser amplificado por
um fator ε, de valor 1,5, devido à possibilidade de plastificação na base da parede. Este fator
representa um aumento de 50% do esforço transverso existente nessa mesma secção.
A armadura horizontal longitudinal em conjunto com as cintas colocadas ao longo do
comprimento crítico, tanto a cinta envolvente como as cintas interiores, garantem a resistência
ao esforço transverso. Na tabela abaixo (Tabela 65) encontram-se as exigências de esforço
transverso e armaduras necessárias.
68
Tabela 66: Armaduras transversais e respetiva resistência em cada parede
Na tabela acima também são dadas as máximas resistências ao esforço transverso que
o conjunto de armaduras escolhido poderia transmitir (VRD,max), obtidas através da equação 8.6
e com um ângulo, θ, de 45º, por ser uma boa prática para elementos de parede. Como se pode
verificar essas armaduras garantem não só a segurança aos esforços atuantes deste tipo, mas
encontram-se também dentro do limite referido.
𝑓𝑐𝑘
𝑉𝑅𝐷,𝑚𝑎𝑥 = 0,6× (1 − ( )) ×𝑓𝑐𝑑 ×𝑏×𝑧×𝑠𝑒𝑛𝜃×𝑐𝑜𝑠𝜃 Equação 9.6
250
ℎ
= 𝑚𝑎𝑥 {𝑙𝑤 ; 𝑤} ≤ 2𝑙𝑤
ℎ𝑐𝑟 : { 6 Equação 9.7
≤ ℎ𝑠 (𝑛º 𝑝𝑖𝑠𝑜𝑠 ≤ 6)
A primeira condição refere-se ao valor do esforço normal reduzido, νd, que tem de ser
inferior a 0,15 ou, caso seja superior a esse valor, tem de ser inferior a 0,20 com a obrigação de
reduzir o valor do coeficiente de comportamento q. Mas tal como se pode concluir na tabela 67,
νd em todas as paredes encontra-se no primeiro caso. Na coluna de esforço normal, colocou-se
o módulo de cada valor.
Elemento NEd[kN] νd
Parede 1 742,12 0,02 < 0,15
Parede 2 747,19 0,03 < 0,15
Parede 3 929,25 0,02 < 0,15
69
A garantia de confinamento e ductilidade local, tal como em pilares, é necessária e
procede-se à sua verificação de forma semelhante através das expressões das equações 8.8 e
8.9, das equações utilizadas anteriormente no capítulo 8.2.1 e da tabela 68. Apenas se
demonstra a aplicação desta regra na parede 3 por ser a mais esforçada e armada, isto é, por
ser a parede onde esta situação pode não estar assegurada.
𝑏𝑐
𝛼𝜔𝑤𝑑 ≥ 30µ𝜙 . (𝜈𝑑 + 𝜔𝑣 ). 𝜀𝑠𝑦,𝑑 . − 0,035 Equação 9.8
𝑏0
α (30 x µϕ x νd x
bc b0
α ωwd (ωwd)min µϕ νd ωv εsy,d x x εsy,d x bc/b0) –
[m] [m]
ωwd – 0,035
0,35 0,09 0,08 4,44 0,02 0,01 2,18x10-3 0,30 0,18 0,028 -0,018
𝑏𝑐
𝑥𝑢 = (𝜈𝑑 + 𝜔𝑣 ) × 𝑙𝑤 × Equação 9.10
𝑏0
𝜀𝑐𝑢2
𝜀𝑐𝑢2,𝑐 = 0,0035 + 0,1 × 𝛼×𝜔𝑤𝑑 e 𝑙𝑐 = 𝑥𝑢 × (1 − ) Equação 9.11
𝜀𝑐𝑢2,𝑐
xu [m] 0,31
εcu2 0,0035
εcu2,c 0,038
lc [m] 0,28 < 0,80
32
Referência [5]: Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos.
70
9.6. Dimensionamento da sapata dos núcleos
A sapata correspondente aos núcleos de escadas e de elevador denominou-se de S16
e com as dimensões de 6,80 metros (B) x 7,60 metros (L) x 1,00 metros (H). A altura útil (d) é de
0,90 metros.
A presença dos núcleos como um elemento provoca a escolha de apenas uma sapata
para estes elementos, de dimensões elevadas ao ponto que engloba as sapatas S10 e S15,
associadas ao pilar P23 e P26, respetivamente. Assim, esta sapata é responsável por
encaminhar ao solo os esforços transmitidos por estes núcleos e pilares, totalizando três paredes
orientadas segundo a direção x e duas paredes e dois pilares na orientação perpendicular.
Por não se tratar de uma simples sapata ligada a um só pilar, o dimensionamento de S16
requer a criação de um modelo de cálculo um pouco diferente, mas partindo dos mesmos
princípios utilizados para as outras sapatas deste edifício. A tensão gerada na base da sapata,
σ, provém da distribuição do esforço normal na área em planta da sapata (Figura 38). Esse
esforço tem a contribuição de todos os elementos verticais, ou seja, é equivalente à soma de
todos os esforços de compressão que descarregam na sapata (N ou Ntotal). Esforços esses que
são provenientes da combinação sísmica condicionante.
𝐴 𝐹𝑡 σ 𝐵
( 𝑠) = e 𝑅1 = × Equação 9.12
𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 2
71
Tabela 70: Esforços e armaduras na sapata S16
σ [kN/m2] 244,86
A tensão gerada é inferior à suportada pelo terreno. A maior altura deste elemento
implica uma maior quantidade de armadura mínima, ainda assim, a solução escolhida garante
essa condição. A veracidade destas situações valida o processo e solução adotados.
72
Conclusões
A realização deste trabalho complementou bem os conceitos adquiridos ao longo do
curso e permitiu consolidar uma boa dinâmica de identificação e resolução de problemas através
de diferentes alternativas viáveis.
Num edifício de dimensões correntes, a presença de paredes revelou-se bastante
significativa. Implementar paredes nestes casos, pórticos com vãos regulares, facilita que os
mesmos passem a ser responsáveis pela maior parte da rigidez da estrutura. De facto, os
elementos de parede, com a mesma orientação dos pilares, passaram a contribuir de forma tão
significativa como o conjunto de pilares, e praticamente por inteiro na direção ortogonal.
O cumprimento de algumas imposições regulamentares mostrou, que para edifícios
nestas situações, ser preciso bastante cuidado nas dimensões a tomar para as secções
transversais das vigas e pilares. Em alguns casos pode ser preferível controlar melhor a relação
largura/altura da viga para benefício da colocação das armaduras, ao invés de uma viga muito
esbelta. Ficou também realçado que a ligação entre a laje e viga tem de ser devidamente
pormenorizada, tal como a ligação entre viga e pilar, onde se registou restrições mais
consideráveis, como na secção do varão longitudinal da viga que atravessa o pilar. No
posicionamento dos pilares, realça-se a importância da sua continuidade em altura, mesmo que
haja redução da secção transversal.
Todo os processos envolventes na concretização deste projeto permitiram, entre outros,
o ganho de maior experiência na interpretação dos Eurocódigos e a aplicação dos seus
conteúdos, o que pode ser depois extrapolado para outras normas regulamentares do mesmo
tipo. Assim como, um aumento na perceção de vários aspetos geométricos e estruturais
verificados pela comparação entre a estrutura inicial e final. Facultou ainda o ampliar de
conhecimentos sobre procedimentos de dimensionamento para qualquer peça estrutural. Em
particular, na escolha mais apropriada da solução de armaduras e no seu respetivo
posicionamento, nomeadamente para secções com dimensões menos favoráveis, onde este
pormenor revelou ser um problema.
Ficou comprovado que se torna cada vez mais indispensável o recurso a programas
informáticos adequados para aperfeiçoamento das análises estruturais, nomeadamente
envolvendo a ação sísmica, para melhor se proteger a estrutura de um edifício caso seja
submetida a esta situação.
Relativamente a ilações específicas do projeto pode-se concluir que embora se tenha
escolhido classes de betão diferentes entre os elementos estruturais para se atingir os objetivos
deste projeto, em termos de construção do edifício, este deve ser betonado com um só tipo de
betão e, neste caso, deve ser a maior das duas classes, ou seja, todos os elementos devem ser
executados com a classe C40/50.
Perante os bons resultados alcançados, relativamente ao comportamento da estrutura
inicial, é possível, como solução alternativa, descartar as paredes estruturais de escadas,
recorrendo a uma solução de paredes de alvenaria com pilares de canto para essa função. Desta
forma seria possível reduzir os consumos de betão e, consequentemente, os seus custos.
73
Segundo esta perspetiva, também é possível afirmar que algumas vigas de cada piso poderiam
ser eliminadas, uma vez que a execução de lajes betonadas “in-situ” permite a realização das
mesmas com vãos de maiores dimensões, ao contrário do que acontecia no projeto inicial que
incluía lajes pré-fabricadas. Os lintéis de fundação podem ser dispensados porque as exigências
funcionais e as boas características do terreno permitem a colocação das sapatas de forma
isolada como único elemento de fundação. Por último, verificou-se que a laje do piso 0 pode ser
substituída pelo prolongamento da camada de tout-venant até à cota deste elemento. Sendo que
esta alternativa permite não só diminuir custos de cofragem, evitando a utilização de cofragem
perdida, mas também reduzir os modos de vibração mais importantes da estrutura aos essenciais
que mobilizam a massa dos pisos acima, evitando assim resultados demasiado extensos.
Refere-se ainda que estas medidas não foram tomadas ao longo do projeto porque um dos
objetivos do mesmo era de identificar estas situações de sobredimensionamento.
Em conclusão, realça-se que todo este trabalho se realizou num contexto mais
académico do que propriamente numa situação real, no qual a componente económica não
interferiu em nenhuma decisão durante a execução do mesmo, apenas nas ilações pós-projeto
referidas acima.
74
Referências bibliográficas
[1] NP EN1990:2009. Eurocódigo 0 – Bases para o projeto de estruturas, 2009.
[10] Florindo, Nuno Miguel Queiroz. Projeto de Estruturas duma Torre Habitacional em Sines.
2013. 300f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Instituto Superior Técnico,
Lisboa, 2013.
[12] Costa, António. EC8-1: Projeto de estruturas para resistência aos sismos – Exemplo de
aplicação 2. Ordem dos Engenheiros, 2011.
[14] Gama, Catarina Morais. Dimensionamento Sísmico de edifícios de betão armado: Estudo
de diferentes soluções envolvendo paredes estruturais. 2014. 116f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto,
Porto, 2014.
75
[16] SAP 2000. Manual de introdução ao programa. Computers & Structures Inc. Introductory
Tutorial for SAP200®: Linear and Nonlinear Static and Dynamic Analysis and Design of
Three-Dimensional Structures – Berkley, California, USA, 2011.
76
Anexos
Anexo A: Quantificação da ação sísmica
Na quantificação da ação sísmica é essencial calcular a massa total da estrutura.
O peso das vigas e dos pilares é obtido pelo produto entre o volume de cada viga/pilar
pelo peso volúmico de uma peça de betão armado (γb), de 25 kN/m3. Os pesos de vigas em cada
piso e de cada pilar estão identificados na tabela 72.
77
Anexo B: Pré-dimensionamento
O anexo B descreve em maior detalhe o processo de pré-dimensionamento dos
elementos de laje e sapata.
B.1 Lajes
Neste capítulo, o essencial a descrever são as considerações tomadas para se alcançar
os resultados desejados. Como tal, optou-se por simplificar, ao não colocar todos os esquemas
de carregamento e diagramas de esforços, para evitar que a leitura e compreensão desta secção
seja demasiado exaustiva. Sendo assim, no final deste capítulo apresentam-se apenas os
resultados alcançados mais importantes. De seguida, descrevem-se estas hipóteses.
A análise de pré-dimensionamento das lajes faz-se com base no método das bandas,
que consiste em distribuir o carregamento total da laje, por via de porções, pelas duas direções
ortogonais principais. Escolhe-se em primeiro lugar a direção condicionante, para a qual é
designada a maior percentagem de carga e reencaminha-se a restante para a direção ortogonal.
Esta é escolhida com base nas condições de apoio e comprimento de vão, assim como na
relação entre vãos. A aplicação do método realiza-se por painéis de laje, definindo as condições
de apoio de cada bordo e o tipo de comportamento desse mesmo painel à flexão, seja esférica
ou cilíndrica. No caso da flexão cilíndrica todo o carregamento é aplicado numa só direção, a
menor do painel.
Em cada laje definiu-se os cortes para as duas situações referidas acima, que
representam a ocorrência de maiores esforços, ou seja, os casos de maior comprimento por
tramo e com maior número de vãos possível. Houve ainda o cuidado para que, em cada corte,
houvesse continuidade dos esforços entre as extremidades. Pondo isto de outra forma, todos os
painéis contidos no corte têm uma porção de carregamento segundo a direção do corte, evitando
assim o cruzamento com a parcela sem carga dos painéis com flexão cilíndrica.
Nas figuras 39 a 43 representam-se os cortes utilizados em cada laje. Procurou-se,
sempre que possível, manter o mesmo corte em todas as lajes de forma a simplificar a análise.
Nas mesmas encontra-se também indicada a repartição de carga segundo o método das bandas.
78
Figura 40: Representação da repartição de carga e cortes no Piso 1
79
A análise de momentos na laje de menores dimensões, de um possível piso 5, não se
realiza por não ter as mesmas funções estruturais que as outras lajes.
Os carregamentos a aplicar com as distribuições apresentadas, foram definidos no
capítulo 5.2.1 aquando da aplicação da combinação fundamental de cargas. Relembra-se que o
objetivo nesta fase é obter os maiores momentos por piso. Em cada, o momento de valor mais
elevado é o condicionante e pertence a um dos apoios interiores. Isto implica que se adote uma
alternância no posicionamento das sobrecargas. O apoio, respetivo ao máximo momento, não é
o mesmo em todos os cortes, sendo que o critério de escolha foi o comprimento dos seus vãos
adjacentes. A razão para este critério é de o momento ser função do quadrado do vão enquanto
que com o carregamento tem uma relação linear.
A concluir, e com todas as considerações acima, procedeu-se à respetiva análise. Como
foi referido, passa-se já à apresentação dos resultados finais e, portanto, deve-se regressar ao
capítulo 5.3.1 e à tabela 16, que permite afirmar que as espessuras das lajes são adequadas.
80
Anexo C: Volume de Desenhos
81
H J K
N' V T
3 2
11,70 17,90
2,00 0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,80
A
B
S16 S01 S11 S12 S13 S14
2,20
2,20
0,30
EL. 0,70
(6,80mx7,60mx1,00m) (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m)
0,55
0,55
0,55
0,55
0,55
S S'
0,50
PAR EL1
0,20
0,20
0,20
0,20
0,55
0,55
0,55
0,55
P23 P01 P04 P05 P06 P07
EL. 0,70 EL. 0,70
0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 EL. 0,70 EL. 0,70 0,65 0,65
2,80
PAR EL2
M M'
6,50
PAR EL3 Tout-Venant
5,50
0,00
7,60
0,30
11,25
PAR ESC1 EL. 1,00
8,80
Pormenor S03
S02 S03
B
2,80
PAR ESC 2 EL. 0,70
EL. 0,70 (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m) EL. 0,70 EL. 0,70
0,55
0,55
0,55
0,55
EL. 0,70
0,30
0,20
0,20
0,20
0,20
PAR ESC3 P26 P08 P09 P10 P11 P12
0,50
0,55
0,55
0,55
0,55
0,55
C 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 S04 S05 S06
1,80
(1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m) (1,60mx1,60mx0,70m)
2,00
Pormenor S07 EL. 0,40 EL. 0,40
1,75
EL. 0,40
0,30
P13 P14 P15
0,50
C
0,25
S07 S08 S09
0,25
0,55 0,65
0,30 1,70 3,30 0,30 2,15 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00
D 6,80 12,90 10,60
0,30
29,35
N V' T'
H J K
3 2
11,70 17,90
2,00 0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,80
A
B
2,20
2,20
EL. 0,70
S01 S11 S12 S13 S14
0,30
0,30
0,50
PAR EL1 V601a V601b V601c V601d V601e
(0,30x0,50)
0,30
P23 P01 P04 1,40
P05 P06 P07
PAR EL2
0,50 4,50
2,80
(0,30x0,50)
(0,30x0,50)
0,30
6,50
5,50
h = 0,15 h = 0,15 h = 0,15 h = 0,15 h = 0,15
6,50
0,30
PAR ESC1
11,25
2,95
2,00
V609b
V604b
V605b
V606b
V607
V608
0,30 2,05
8,80
PAR ESC2
EL. 1,50
B
2,80
S02 S03
1,15
0,50
0,30
(0,30x0,50)
(0,30x0,50)
(0,30x0,50)
(0,30x0,50)
C
V609a
V604a
V605a
V606a
1,80
2,00
h = 0,15 h = 0,15
2,30
1,95 2,05
0,30
0,50
V603a V603b V603c
0,25
(0,30x0,40) (0,30x0,50)
C QUADRO DE MATERIAIS
0,25
S07 S08 S09
EL. 0,40 LAJES: C35/45; XC3; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
0,30 1,70 3,30 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30
D 5,30 12,90 10,60
28,80
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
PLANTAS (1/3)
H J K
3 2
11,70 17,90
2,00 0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,80
A 2
B
11,225
2,20
2,20
0,125 11,10
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,30
0,20
V704a
(0,20x0,70) V704b V704c V704d V704e V731b
0,30
0,50
PAR EL1
0,30
0,30
0,30
P23 P01 P04 P05 P06 P07 h = 0,20
1,50
1,50
h = 0,20 h = 0,20
0,20 1,20
PAR EL2
h = 0,20 1,20 0,50 h = 0,20
V705
1,75
V706
2,80
(0,20x0,70) (0,20x0,70)
0,20
V707
(0,20x0,70)
V727b (0,30x0,70)
(0,30x0,70)
(0,30x0,70)
(0,30x0,70)
V714c
0,20
V730 (0,25x0,70)
V733 (0,30x0,70)
V734 (0,30x0,70)
V714d
0,30
h = 0,20
1,75
h = 0,20
P10
6,50
5,50
0,125
6,50
0,30
PAR ESC1 V709 h = 0,20
2,95
h = 0,20
11,25
V731a
V728b
V729b
V731b
h = 0,20 (0,20x0,70)
h = 0,20
0,20
0,30
V732
6,20
3,75
8,80
PAR ESC2
2,40
6,20
6,25
B
2,80
6,20
h = 0,20
2,35
h = 0,20 6,25
6,25
FURO DN 150 C
1,65
P26 P08 P09 P10 P11 P12
V714a
0,50
0,30
0,30
0,30
0,30
0,30
0,30
PAR ESC3 (0,30x0,70) V714b V714c V714d V714e
1
0,30
(0,30x0,55)
(0,30x0,55)
1:25
V728a
V729a
V727a
(0,30x0,55)
(0,20x1,75)
2,10
6,05
DET. 1
V731a
2,10
V732
h = 0,20
h = 0,20 h = 0,20 h = 0,20
2,30
6,10
0,20
0,20
0,25
0,20 0,30
0,30
0,30 1,70 3,30 0,20 13,00 4,5 5,00
D 5,30 13,40 10,10
28,80
2
1,40
0,30 1,10
9,95
h = 0,20
I
V816e
H J K P12
0,125
3 2
FURO
h = 0,20
DN 150
V834a
11,70 17,90
2,40
2,00 0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,80 0,80 VAR.
A
B V818
2,20
2,20
C
0,30
V803a
(0,20x0,70) V803b V803c V803d V803e
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,30
0,50
PAR EL1
0,30
h = 0,20
0,30
P23 P01 P04 P05 P06 P07 1:25
2,05
2,05
h = 0,20
1,00
h = 0,20
1,40
2,25
h = 0,20 V804
2,05
PAR EL2
(0,20x0,70)
0,20
0,20
V808
(0,20x0,70)
h = 0,15
V835
(0,20x1,15) (0,20x1,15)
V832b (0,30x0,70)
V833b (0,30x0,70)
1,70
0,20
(0,25x0,70)
10,40
0,30
0,30
6,50
h = 0,20
11,25
PAR ESC1
2,95
V834b
h = 0,20 V810
V829b
V830b
9,95
V828
V831
h = 0,20
7,50
0,20
0,30 (0,20x0,70)
9,95
10,40 V811 (0,20x0,70)
4,25
PAR ESC2
2,80
B 10,45
2,80
2,40
h = 0,20
1,15
P26 P12
P08 P09 P10 P11
0,80 0,50
0,80 0,30
0,30
0,30
0,30
0,30
0,30
PAR ESC3 V816a V816b V816c (0,30x0,70) V816d (0,30x0,70) V816e (0,30x0,70)
(0,30x0,70)
0,30
1,00
VAR.
1,00
h = 0,20 h = 0,20 9,75 h = 0,20 h = 0,20
C
V818
0,20
0,20
DET. 2
1,55
(0,30x0,50) (0,30x0,50)
C
QUADRO DE MATERIAIS
0,30 1,70 3,30 0,30 2,80 0,20 4,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,10 0,20
LAJES: C35/45; XC3; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
D 5,30 3,10 20,40
28,80
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
PLANTA EL. 10,45 VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
1:100
PLANTAS (2/3)
PISO 1 E PISO 2
H J K
3 2
11,70 17,90
29,60 0,80
2
2,00 0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 1,00 0,25 3,75 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 1,40 0,20
A
B
2,20
2,20
V927b
0,30
V902a V902b V902c V902d V902e V902f
(0,20x0,70) (0,20x0,70) (0,20x0,70) (0,20x0,70) (0,20x0,70) (0,30x0,70)
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,30
0,30
h = 0,20
0,30
PAR EL1
0,30 P23 P01 P04
h = 0,20 14,65
1,90
PAR EL2
FURO
1,20 1,00 VAR.
2,85
2,90
2,80
DN 150
0,20
h = 0,20
V928 (0,20x1,70)
h = 0,20 V903
3,70
V925b (0,30x0,70)
V926b (0,30x0,70)
V927b (0,30x0,70)
h = 0,20
V924 (0,25x0,70)
h = 0,20 (0,20x0,70) 14,65
0,30
14,65
P29 V911f
0,125
P40 P30 VAR.
0,30
V928
6,50
0,30
7,50
0,40
11,25
PAR ESC1 14,75 h = 0,20 h = 0,20 (0,30x0,90)
2,95
7,50
0,30
1,35
1,40
0,40
V905
PAR ESC2 V907a P35
(0,40x0,70)
P36
B V907b V907c
2,80
DET. 3
0,30
0,20
0,20
(0,20x0,70)
1,80
h = 0,20 0,65 0,60
1,35
0,30 1,15
V927a
h = 0,20 h = 0,20 h = 0,20
P26 1,25
0,30
0,80 0,30
2,40
V913 (0,20x1,70)
0,20
V921b
1,55
1,55
(0,30x0,90) V921a V922a V923a V925a V926a V927a
(0,30x0,35) (0,30x0,35) (0,30x0,35) (0,30x0,35) (0,30x0,35) (0,30x0,35) I
C
V913
0,20
0,30 1,70 3,30 24,90
30,40
H
H J
J
3
3
5,30 6,40
A
A 2,00 0,30 3,00 8,80
B 5,30
B
B 0,92 1,30 0,20
0,20 7,26 0,14 1,00 0,20
2,20
2,00 0,30 3,00
2,20
2,20
2,20
0,30
V968c V951b V951c
0,30
(0,20x2,00) (0,20x2,00)
0,30
0,20
V951a (0,20x2,00) V951b V951c PAR EL1
0,20
0,30
1,40
0,30
PAR EL2
1,56
V966d h = 0,15
1,70
(0,20x0,70) h = 0,20
PAR EL2
2,80
V967c
0,16
1,20 1,00
2,95
2,80
0,20
18,65
0,14
h = 0,20
P37 V952
0,30
VAR.
V969 (0,20x2,00)
(0,20x0,70)
0,14 1,28
0,30
18,65
6,50
0,30
6,50
PAR ESC1
11,25
V953a V953b h = 0,15
3,55
(0,20x0,70) VAR.
6,50
6,50
0,30
0,20
18,65
11,25
19,70 0,30
V966c
V967b
P38 VAR.
V968b
(0,20x2,00)
PAR ESC2
V969
h = 0,20 0,14
B
2,80
PAR ESC2
B V966b
2,80
0,16
(0,30x0,70)
P39
0,20 1,15
1,45
1,31
h = 0,20 h = 0,20
1,25
h = 0,15
0,30
PAR ESC3
0,30
0,30
PAR ESC3 V958 (0,20x2,00)
V958 C
0,20
0,20
0,30
(0,20x2,00)
EL. 19,70 0,30 1,70 3,30
C V966a V967a V968a
2,55
QUADRO DE MATERIAIS
C VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
0,30 1,70 3,30 8,60 0,20
2,40
5,30 6,40 2,40
D RECOBRIMENTOS
D LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
PLANTAS (3/3)
2 3
0,80 17,90 9,70
0,20
0,60 16,68 1,22 6,40 3,30 3,30
0,20 1,40 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,92 3,00 0,30 2,80 0,30
0,20
21,65
B C
2,20 6,50 2,55
1,95
19,70 V951c 19,70 0,30 6,00 0,20
2,00
2,00
V951a
0,70 1,05
0,70 1,00
17,70 17,70 18,65 V951 18,65
1,95
5,00
1,20
V966d V966c V966b V966a
0,25
3,05
3,0
15,45
V928
2,25
3,05
3,05
0,30 2,75 0,40 2,55 0,50 0,80 0,20
0,70 0,80
14,65 14,65
15,45
1,70
V913
0,70
V902f V902e V902d V902c V902b V902a
0,55 0,80
14,65 14,65
P23 P40 P26
1,70
14,10
0,20
0,90
0,90
V921b
4,00
V921a
0,35
3,80
17,70
19,65
3,35
3,35
9,95 9,95
1,20 4,30
10,40
0,70
0,70
V803e V803d V803c V803b V803a
6,50
0,70 0,45
9,95
1,15
V828
13,95
PAR EL2
3,05
3,05
12,25
2,00
3,05
6,20 6,20 35,80
0,70
0,70
V704e V704d V704c V704b V704a 6,20 V727a
1,75
0,70
V727b
3,50
3,50
3,50
3,50
2,00 2,00
P07 P06 P05 P04 P01 P23
1,50 1,50
0,50
0,50
V601e V601d V601c V601b V601a
1,00
2,00
P23 P26
0,70 0,80
1,50
1,50
V609b V609a
1,00
0,00 0,00
S14 S13 S12 S11 S01
S16
S16
0,65 0,30 0,65 0,65 0,30 0,65 0,65 0,30 0,65 0,65 0,30 0,65 0,65 0,30 0,65 0,30 3,00 0,30
Tout-Venant 0,50 5,50 0,50 2,30
1,60 3,70 1,60 3,70 1,60 3,70 1,60 2,60 1,60 1,50 0,65 3,60 2,55
0,55 6,50 0,55
23,50 7,60
EL. 0,00 A
1:100
QUADRO DE MATERIAIS
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
1,95
1,95
0,15
19,70 19,70 19,70 V951b P37 P38 P39 19,70
0,20 1,05
0,90
1,05
V969 18,65
2,00
2,00
2,00
2,00
17,70 V953a V953b V952 17,70 V968c V968b V958
0,20
V966b V967b V968b V969
5,05
V953b V968a
3,80
V951a V951b V951c V955b
2,25
0,20
3,05
3,05
3,05
0,20
0,25 6,50 0,80 0,20
1,00 15,45 V913 15,45
0,20 4,65 0,20 1,15 0,30
0,55
0,80
0,20
14,65 14,65 14,65
P40 P29 P30 P30 P36
1,70
1,70
14,10
0,70
0,70
0,70
V902a V902b V902c V902d V902e V905 V923b
0,20
V921b V922b V923b V924 V925b V926b V927b V928 V902b V907b V923a
0,15
0,20
V903 V911b
4,05
17,70
4,50
3,55
0,20
3,55
1,70 4,755 0,80
3,35
0,20
3,35
20,65
19,65
0,45
0,50 1,60
0,20
0,05
V811
0,45
0,45
0,25
0,20
10,40 10,40 V818 10,40
0,45
0,20
0,70 0,45
9,95 9,95
0,20 0,65
9,75
0,70
V810
0,20
V806
0,20
1,15
1,15
1,15
1,15
0,95
0,70
V808 V830b
0,70
V811 V807 V803d V803e
0,25
0,50
V828 V829b V830b V831 V832b V833b V816b
0,50
13,95
0,30
PAR EL2
4,00
2,00
V803c V803b V806 V830a
3,55
V834b
3,05
3,05
3,05
12,25
0,75 6,50 2,10 0,20 7,25
0,25
0,50 0,20
0,15
0,20 1,20
6,20 6,20 6,20
1,75
6,05
0,70
0,70
0,70
V707 V709 V706 V704d V704e V729b V729a
V727b V728b V729b V730 V731b V733 V734 V705 V709 V714b
0,35
V704b V716b
4,05
4,00
3,50
3,50
3,50
3,50
0,50
0,50
V604b V605b V606b V607 V608 V603b
0,15
V601b V602b
0,15
0,50
0,50
0,35
1,50 1,50
1,00
1,30
0,70 0,80
2,00
1,10
0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65
2,00
1,50
0,70 0,70
1,50
1,00
0,70
0,00 0,00 0,00
0,40
0,55 0,55 0,55 0,55 0,25 0,25
0,30 3,00 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 4,98 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 0,80
0,50 5,50 0,50 1,80 0,50
2,55 3,60 0,65 1,50 1,60 2,60 1,60 3,68 1,60 3,70 1,60 3,70 1,60
EL. 0,00 5,45 1,60 1,00 1,00
6,80 23,15
CORTE J
B Tout-Venant
1:100
1:100
QUADRO DE MATERIAIS
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
8,80
V951a
21,65 21,65 18,65
0,20
0,20
1,95
1,95
19,70 19,70
0,70
0,50
V953a
V958 V966b
2,00
2,00
17,95
17,70 17,70
V951a
2,11
5,60
3,05
3,05
P33
2,04
0,15 15,45
14,65 1,17
P26 P35 P36
1,35
0,20
1,70
14,10
0,55
4
0,90
0,20
1:20
2,05
0,15
V921a V922a V923a V925a V926a V927a V928
3,35
3,35
4,15
20,65
9,75
0,70
V808 V810
1,15
1,15
0,20
V816a
2,10
0,70
11,75
15,45
3,05
3,05
V732 7,25 0,30
3,50
2,10
1,05
0,20 1,20
6,20 6,20 6,80 0,20
1,75
0,20
0,70
0,70
V714d V714e
V714a V714c
2,00
V714b
PAR ESC2
0,70
0,35
0,15
V728a V729a V731a
V727a DET. 5 6,20
3,85
3,50
3,60
V605a V606a
0,15
0,10
0,20
1,90 2,00
P26 P08 P09 P10 P11 P12
0,70
0,70 0,80 0,50
V602d V602e 1,50
0,90
1,00
0,35
2,00
0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65
0,70 5,50
1,00
0,00
5
1:20
QUADRO DE MATERIAIS
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
0,20
1,95
1,95
19,70 19,70
C B
9,05 2,20
2,00
2,00
V958
17,70 17,70 1,55 1,00 0,50 5,50 0,50
4,25
2,11
2,25
2,25
15,45
2,04 P26 P35 P36 15,45
1,70
1,70
14,65 V928
1,70
1,70
V913
2,05
3,35
3,35
3,35
3,35
1,70 1,01
20,65
2,08
10,40
P26 V834a
10,40 P08 P09 P10 P11 P12 10,40
0,70
V835
1,15
V834b
0,70
V816a
1,15
V818
2,10
13,95
PAR ESC2
13,45
13,45
3,05
3,50
P26 P08
3,05
P09 35,80 P10
6,20
2,10
0,70
V734
1,75
V716a V716b V716c
8,20
0,70
0,70
V714d V714e
2,00
3,50
4,15
3,50
3,60
2,22
2,00
Tout-Venant P12 P07
1,50
P26
0,80 0,50
2,05 2,00
P13 P14 P15 P11 P12 V608
2,00
V603a V603b V603c V602d V602e
0,90
1,50
0,70
2,00
0,00
0,40 1,10
0,00
0,70
0,55 0,55
S16 S07 S08 S09 S05 S06
Tout-Venant 0,50 5,50 0,50
0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,65 0,65 0,65 0,65
0,30 5,10 0,30 2,80 0,30 3,90 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 5,00 0,30 1,60 4,40 1,60
0,55 5,60 0,65 1,80 1,00 3,20 1,00 4,30 1,00 4,00 1,60 3,70 1,60
0,15 CORTE K
6,80 23,15 1:100
EL. 0,00
D
1:100
EL.21,65
EL.19,70
EL.18,65 EL.19,70
EL.18,65
EL.21,65
EL.14,65
V958 V951
c V951
V969 b
V902
V951
a V966
e
EL.10,40 V902
EL.14,65 d
V902
c
V902 a
V913 EL.6,20
b
V902 V921
b
a V921
V803
e
V803
V928 d
EL.9,95 C V803
c
V803
b
V810 V704 V828
e
B V818 V704
V835 B d
P07
QUADRO DE MATERIAIS
V834b EL.6,20
V704
c
V716a
V704 V 727a
V716b b
P06
LAJES: C35/45; XC3; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
C V716c V704
a V727
b
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
2
P05
P04
V714d
P26
S14
P26 V714e V734
P01
EL.2,00
P23
S13
P13
P14 RECOBRIMENTOS
S16 V603 P10
P07 3 S12 LAJES: 3,5cm
P15
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
P11 S11
V602 P12
S07
3 S08 V608 S01
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL
S09 S04
S05 S14 TESE DE MESTRADO
S16
ELABORADO POR:
S06 EL.2,00
2 FRANCISCO RIBEIRO GUARDADO DE SOUSA E SILVA
PERSPECTIVA 01 PERSPECTIVA 02 OUTUBRO 2016 ESCALAS: 1:100
S/ESC
S/ESC
B
2
8 // 0,15 8 // 0,15 c/ 1,00m
0,15
0,35
8 // 0,15
0,70
P23 V803a V803b V803c V803d V803e
2x2
12
B' V804
h = 0,15
# 8 // 0,15
V835
V808
A' A
0,35m
8 // 0,15 c/ 3,20m 8//0,15 c/3,80m
V830b
V832b
V828
V829b
V831
V833b
h = 0,20 V810
V811 8 // 0,15 c/ 2,00m
2
0,15
8 // 0,15
0,35
12 8 // 0,15
12
0,70
0,35m
12 8 // 0,15
2x2
V834b
0,70 0,20
0,65
0,30
8 // 0,15 c/ 2,00m
1,15
0,20
0,10
8 // 0,15
0,30
3x2
0,70 0,20
# 8 // 0,15
V835
V808
0,35m
V830b
V832b
V828
V829b
V831
V833b
h = 0,20 V810
V811
// 0,15
12
12
0,35m
12 8 // 0,15
V834b
V818
V829a V830a V832a V833a V834a
RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
LAJES
PLANTAS E CORTES
2x3 3 3
0,45
0,45
# #
0,15
0,15
0,65
0,35
0,95 0,60 1,15 2,85 1,15 0,55 #
1,15
0,20
1,15
0,20
A B D E
0,15
C
0,15
0,20
#
1,15
#
0,50
0,50
0,15
#
0,30
3 3 2x3
1,15
3 # 2x3 #
0,15
0,15
A B C D E
0,45
# #
# #
0,15
0,15
0,60
0,60
1,25 5,75 0,25
0,20
0,20
1,15
0,15
# #
0,15
0,50
1:50 2x3 3
0,35 0,70 1,30 0,70 0,40 0,70 2,40 0,70 0,40 0,70 3,50 0,70 0,40 0,70 3,50 0,70 0,40 0,70 3,50 0,7 0,35
A B C D E
0,40 0,40
0,70
0,40 0,40
A B C D E
3,10 4,20 5,30 5,30 5,30
1:50
# 2
# 2x2
# 2x2
# 2 # 2
0,20
#
0,20
# #
0,35
0,20
0,20
0,20
0,20
0,35
0,20
0,20
#
#
0,70
# 0,20
0,70
# #
0,20
0,20
0,70
0,70
0,70
4 # # #
0,30
0,30
0,30
2 2 4
1,20 0,30
1,20 0,30
0,60 0,30 0,6,0
0,60 0,30 0,6,0 0,60 0,30 0,6,0
A B C D
# # # #
0,20
0,20
0,20
0,20
0,70
0,35
0,35
0,35
0,35
# # # #
0,70
0,70
0,70
0,70
4 4 4 2 4
A B C D V734 - Corte A-A V734 - Corte B-B V734 - Corte C-C V734 - Corte D-D
6,00 1:20 1:20 1:20 1:20
1:50
# 2x2
0,15
0,20
0,35 0,70 1,30 0,70 0,40 0,70 2,40 0,70 0,40 0,70 3,50 0,70 0,40 0,70 3,50 0,70 0,40 0,70 3,50 0,70 0,35
0,20
#
0,70
0,50
#
A B C D E F G
0,35
4
0,4 0,4
V714 - Corte A-A
1:20
0,70
0,4 0,4
# 2
A B C D E F G #
0,15
0,20
3,10 4,20 5,30 5,30 5,30
0,20
#
0,70
0,50
#
0,35
4
# 2x2 # #
#
# 2 # 2 # 2x2
# # 2
0,15
#
0,20
0,15
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,35
#
0,35
0,35
0,70
0,20
# # #
0,50
0,70
# #
0,70
0,70
0,70
0,35
0,50
#
0,50
0,50
2
0,50
0,35
2 4 2
1,00 0,30 1,00 2
1,00 0,30 1,00
1,50 0,30 1,50 0,30
1,50 0,30
# 2 # 2
0,35
0,63 0,60 0,90 3,52 0,90 0,55
0,20
0,20
0,20
#
0,35
0,35
0,90
# #
A B C D E F G 2 2
1,0 0,30 1,0 1,0 0,30 1,0
1:20 1:20
0,90
# 1:20
0,35
#
# 3 3 # 3 3
# #
0,20
0,20
0,20
0,20
0,45
0,45
# # # #
0,90
0,90
0,90
A B D E F G
0,90
C
1,20 6,00
3 3 1x2 3 3
1,0 0,30
1,0 0,30 0,60 0,30 0,60 0,60 0,30 0,60
1:50
V923 - Corte D-D V923 - Corte E-E V923 - Corte F-F V923 - Corte G-G
1:20 1:20 1:20 1:20
1,05
1,05
1,05
0,50
0,50
0,50
# # #
0,20
2,00
0,20
0,20
2,00
2,00
# # #
0,35
A B C D E
0,35
0,35
0,75
0,75
0,75
4x2
2x2 3x2
1,05
1,05
A B C D E
0,50
0,50
8,80
# #
0,20
2,00
0,20
2,00
1:50 QUADRO DE MATERIAIS
# #
0,35
0,35
LAJES: C35/45; XC3; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
0,75
0,75
4x2 3x2 RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
0,35 0,20 0,35 0,20
VIGAS (3/4)
# 2x3 # 3
0,20
0,20
0,35 0,90 0,90 0,90 0,40 0,90 2,00 0,90 0,40 0,90 3,10 0,90 0,40 0,90 3,10 0,90 0,40 0,90 3,10 0,90 0,40 0,90 0,63
0,55
0,55
# #
0,90
0,90
# #
0,70
A B C D E
0,70
0,20
0,20
2x3 2x3
0,15
0,15
# #
0,90
1:20 1:20
0,20
0,20
0,55
0,55
# #
0,90
0,90
# #
0,70
A B C D E
0,70
0,20
0,20
3,10 4,20 5,30 5,30 5,30 1,73 3
0,15
# 3
0,15
#
1:50
V911 - Corte C-C V911 - Corte D-D
1:20 1:20
4x2 4x2
0,35 0,40 0,40 # 2x3
2,70 3,80 1,15
0,20
A B
0,55
#
0,90
#
1,05
1,05
0,70
0,15
0,50
0,50
0,20
3 #
# #
0,20
2,0
0,20
2,0
2,00
#
0,30 # V911 - Corte E-E
0,30
1:20
0,75
0,75
4x2
3x2
0,70 0,20
0,70 0,20
1:50
A B C D
0,20
0,20
0,20
0,20
0,55
0,55
#
0,55
0,55
# #
1,15
1,15
1,15
1,15
1,15
3 3 2x3
3
0,75 0,30 0,75 0,30
0,75 0,30
0,75 0,30
A B C D
6,00
0,70 0,35
0,70
8 // 0,10 0,85
8 // 0,10
0,70
0,50
Piso 2
2,10
8 // 0,15 2,50
8 // 0,15
0,70
0,50
0,50 0,50
8 // 0,15
2,10
Piso 1
2,50 8 // 0,15
0,70 0,70
0,70
0,50
8 // 0,10 0,70
0,55 8 // 0,10
0,70
Piso 0
8 // 0,15 2,10
0,70
0,50
1:50 1:50
0,50
8 // 0,10 0,50
0,70 8 // 0,10
Pormenor P06 0,70
Pormenor P10
0,70
0,70
1,60
1,60
1:75
1:75
Pilares P01 / P04 / P23 P05 / P06 / P07 / P08 / P09 / P10 / P11 / P12 P13 / P14 / P15 P26 P29 / P30 / P35 / P36 P37 / P38 / P39 P40 8//0,15 8//0,15
Pisos 2 16 16
0,30
0,30
3 20 3 20 3 16 3 16 0,60 1,00 0,20
0,14
Piso 4 0,14
18,65
2 16 16
3 20
3 16
0,50 0,50
3 16
2 16 2 16
0,30
1 16 1 16
0,40
1 16 1 16
0,30
Piso 3 8//0,15
3 20
8//0,15
8//0,15
0,30
0,30
3 16
0,40
3 16 P06 - Corte A-A' P10 - Corte C-C'
14,65 1:10 1:10
Piso 2 8//0,10
Pormenor P1
8//0,10 2 16 16 1:25
9,95 3 20
0,30
8//0,15 0,30
2 16 2 16 3 20 3 20 3 16 3 16
0,50
3 20 3 20
2 16
0,50
0,30
0,50
6,20 0,50
QUADRO DE MATERIAIS
3 20 3 20
0,30 0,30 LAJES: C35/45; XC3; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
TESE DE MESTRADO
ELABORADO POR:
0,55
3,00
4,00
0,80
0,55
0,80
0,55
N1 N1' 0,50
4,25
20,65
0,55
4,20
0,80 0,80
1:25
3,30
4,20
0,30
PAR EL1
PAR EL2
3,10
2,80
1,00
0,30
PAR ESC3 P26 PAR ESC2
PAR ESC1 / PAR EL3 QUADRO DE MATERIAIS
1,00
VIGAS, PILARES E PAREDES: C40/50; XC3; XS1; Cl 0,20; Dmax. 32mm; S3;
PAR ESC2
3,40
2,80
6,80 7,60 RECOBRIMENTOS
LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
1:50 1:50
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL
0,30
PAR ESC3 TESE DE MESTRADO
ELABORADO POR:
S/ ESC
N' Pormenor S14-x
S16
PAR EL1 P23 P01 P04 P05 P06 P07
S S'
1,60
0,50
PAR EL2
0,30 S01 0,30 S11 0,30 S12 0,30 S13 0,30 S14
1:50
L1
0,70
1,00
0,70
0,50
1:50
L1'
1:25
S'
1,00
1,00
P07 P12
T T'
0,30
1,60
6,80 7,60
1:50
L2
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,50
1,60 1,60 1,60 1,60
1:50
L2'
1:25
1:25 1:25 1:25 1:25
1,60 1,60
Pormenor S09 0,30 0,50 0,30 0,50
1,00
P05 P10
P15
V V'
0,30
1,60
0,50
S09
0,40
0,40
0,40
0,40
0,50 S12 0,50 S04
1:50
1,00 1,00 1,00 1,00
L3 L4
0,40
0,70
0,40
L3' L4'
RECOBRIMENTOS
1:25 1:25 LAJES: 3,5cm
VIGAS, PILARES E PAREDES: 4,5cm
CORTES