Professional Documents
Culture Documents
são propriedade da
GD&T Engenharia Ltda, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Copyright @2012
Nenhuma parte deste livro poderá ser duplicada
por nenhum meio sem a autorização por escrito
da GD&T Engenharia Ltda.
Capa
Julia da Matta
julia.matta@terra.com.br
Índice
INTRODUÇÃO 1-3 Montagem fixa PERPENDICULARIDADE 39-44
O que é GD&T Montagem coaxial Resumo
Por que utilizar o GD&T Exercícios Linha - plano datum
Critério de qualidade e custo Princípio de máximo material Linha centro - plano datum
Simulação Símbolos das condições de material Linha - linha datum
Benefícios Aplicação dos modificadores Plano - linha datum
Aperfeiçoamento contínuo Furos Plano - plano datum
Histórico Pinos
Condição virtual ANGULARIDADE 45-50
Calibre de papel Resumo
CONCEITOS BÁSICOS 4-7 Tabela para calcular Z Linha - linha datum
Elemento Regra #1 Linha deslocada - linha datum
AME Linha - plano datum
MMC e LMC RETITUDE 21-26 Plano - plano datum
FOS regular Resumo Plano - linha datum
FOS irregular Formas das zonas de tolerância
Tolerâncias geométricas Superfície plana BATIMENTO 51-54
Outros símbolos Superfície cilíndrica Resumo
Quadros de controle Envelope da MMC Regra #1 e batimento
Datuns FOS Cilíndrica Zonas batimento total
Dimensões básicas Envelope da MMC Zonas batimento circular
Modificadores FOS cilíndrica na MMC Batimento circular radial
Modificadores do material Envelope da MMC Batimento circular axial
Outros modificadores Retitude composta Batimento total axial
Regra #1 Condição de material Batimento total radial
Regra #2 Batimento cones
Desabilitar a regra #1 PLANEZA 27-28 Exercícios
Exceções da regra #1 Resumo
Superfície plana CONCENTRICIDADE 55-56
FOS prismática Resumo
DATUNS 8-11 Especificação
Simbologia CIRCULARIDADE 29-30 Zona de Tolerância
Datum superfície plana Resumo
Datum linha de centro Cilindros e cones SIMETRIA 57-58
Datum plano central Resumo
Sujeição datum plano CILINDRICIDADE 31-32 Especificação
Datum FOS externa Resumo
Datum FOS interna Superfícies cilíndricas PERFIL 59-65
Sujeição de datuns cilíndricos Resumo
PARALELISMO 33-38 Tipos de zonas
Resumo Zona bilateral
TOLERÂNCIA POSIÇÃO 12-20 Linha centro - linha datum Zona unilateral externa
Resumo Linha - linha datum Zona unilateral interna
Formas das zonas de tolerância Linha - plano datum Zona desigual
Zonas tolerância furos cilíndricos Plano - linha datum Especificação do trecho
Zonas tolerância furos quadrados Plano - plano datum Perfil de um plano
Expressões de cálculo Coplanaridade
Montagem flutuante Perfil de cones
Perfil de linhas
Benefícios
O cálculo do Cp-Cpk das características funcionais na fase de projeto possibilita
fazer certo da primeira vez, eliminando por completo as onerosas modificações
decorrentes de problemas descobertos tardiamente, após a fabricação do
ferramental. Os benefícios diretos são a redução do custo de desenvolvimento
e do “time-to-market” dos novos produtos.
Aperfeiçoamento contínuo
Uma maneira prática de demonstrar aperfeiçoamento contínuo é traçar um gráfico
de acompanhamento dos valores dos Cps/Cpks das características funcionais, que
deverão apresentar a tendência de crescimento, demonstrando a evolução
dos processos.
Histórico
A criação do GD&T é comparável a outras invenções geniais, como as
coordenadas retangulares, de René Descartes, em 1637, e o calibre
passa-não-passa, de William Taylor, em 1905. No seu tempo, elas provocaram
mudanças que alteraram profundamente o projeto mecânico, tal como o GD&T.
O criador do GD&T foi Stanley Parker, engenheiro da fábrica de torpedos da
marinha britânica, localizada na cidade de Alexandria, Escócia. Naquele tempo,
1940, acreditava-se que o erro era inevitável. Tudo que fosse produzido, não
importa o quê, deveria ter um percentual de peças ruins.
O modelo industrial da época passava, necessariamente, por duas etapas:
fabricar e inspecionar, para retirar do lote produzido as peças ruins.
Stanley Parker, pressionado pelo esforço de guerra, fez uma experiência que
provocou grande controvérsia. Ele demonstrou que, em certos casos, o produto
final funcionava bem quando montado com peças anteriormente reprovadas na
inspeção.
A partir desta constatação, Stanley Parker curiosamente verificou que as peças
reprovadas, na verdade, eram peças boas. O que estava errado era o conceito
de peça ruim do sistema cartesiano.
AME
ACTUAL MATING ENVELOPE - AME
São as dimensões do envelope inscrito, ou Fig. b)
circunscrito, que tocam os pontos proeminentes
dos elementos, fig. b).
MMC e LMC
CONDIÇÃO DE MÁXIMO MATERIAL - MMC
É a dimensão correspondente ao maior peso da peça,
fig. c).
Fig. c)
CONDIÇÃO DE MÍNIMO MATERIAL - LMC
É a dimensão correspondente ao menor peso
da peça, fig. c).
FOS regular
São os elementos dimensionais (superfícies
cilíndricas, esféricas ou planas e paralelas)
que possuem pontos opostos. Fig. d)
Na fig. d) os furos, a largura, o comprimento
e as espessuras da peça são FOS regulares.
Na prática, para identificar uma FOS regular
basta verificar se é possível sujeitá-la com as
garras de um paquímetro.
FOS irregular
São os elementos ou conjuntos de elementos
que contêm ou são contidos por envelopes
Fig. e)
cilíndricos ou esféricos, ou são formados por
planos paralelos e não têm elementos opostos.
Exemplo
Os três pinos são uma FOS irregular, fig. e).
Outros símbolos
Datuns
Os elementos utilizados como referências
são identificados por letras maiúsculas no
interior de retângulos. Recebem as
denominações de primário, secundário
ou terciário, segundo as posições que
ocupam nos quadros de controle,
figs. a) e b).
Dimensões básicas Fig. b)
Modificadores
Algumas tolerâncias geomé-
Fig. c)
tricas usam símbolos ao lado
das tolerâncias e/ou dos datuns,
chamados de modificadores.
Modificadores do material
Servem para especificar o relacio-
namento entre as tolerâncias dimen-
sionais e geométricas, fig. c).
Podem ser usados ao lado das
tolerâncias e/ou dos datuns.
Os símbolos são iguais mas os seus
nomes são diferentes dependendo
do local onde forem empregados.
Fig. d)
Outros modificadores
Servem para especificar condições
adicionais que devem ser atendidas
pelas tolerâncias dimensionais,
geométricas e datuns, fig. d).
Fig. b)
Datum superfície plana
Veja as diversas alternativas disponíveis na
fig. a).
A extremidade da linha de chamada pode
ser uma seta, um círculo preto ou um triân-
gulo, que pode ser cheio ou vazado. A seta
deve apontar para o segmento de reta que Fig. c)
representa a superfície. O círculo preto deve
ser colocado diretamente na superfície.
O triângulo pode ser colocado no
segmento de reta que representa
a superfície ou na sua linha de extensão
e deve ficar em local claramente distinto da
linha que contém a dimensão. Fig. d)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. c)
Procedimento BA
1) Encostar a face da peça no fundo da pinça para sujeitar
o datum B.
2) Fechar a pinça para sujeitar o datum cilíndrico A.
Procedimento AB
1) Fechar levemente a pinça para sujeitar o datum cilín-
drico A.
2) Encostar a face da peça no fundo da pinça para sujeitar
o datum B.
3) Completar o aperto da pinça.
No sistema cartesiano
a zona de tolerância
de posição é quadrada
e no GD&T cilíndrica.
Nos dois sistemas,
se os valores das
tolerâncias forem
diferentes nas di-
reções x e y (veja o
exemplo abaixo), as
zonas são retangula-
res.
No caso de furos
quadrados as zonas de
tolerância são quadra-
das nos sistemas carte-
siano e GD&T.
Se os valores das
tolerâncias nas direções
x e y forem diferentes as
zonas são retangulares.
Expressões de cálculo
O GD&T estabelece as seguintes expressões
para calcular o valor da tolerância de posição Fig. a)
T em função das condições de máximo mate-
rial dos furos e dos parafusos, respectivamente
F e P, fig. a).
Montagem flutuante
Fig. b)
O diâmetro da zona de tolerância de posição
dos furos (T) é igual à diferença (F-P), fig. b).
Furos passantes, parafuso e porca
Montagem fixa
O diâmetro da zona de tolerância de posição Fig. c)
dos furos (T) é igual à metade da diferença
(F-P), fig. c).
Furo passante, furo roscado, parafuso
Montagem coaxial
As condições de máximo material dos elementos das
duas peças são, respectivamente, (F1, F2) e (P1, P2).
Fig. d)
A soma dos diâmetros das zonas de tolerância de
posição das duas peças, (T1+T2), é obtida por
intermédio da expressão abaixo, fig. d).
Furos
Pinos
EXEMPLOS DE CV DE FUROS
EXEMPLO DE CV DE PINOS
Procedimento
1. Introduzir no furo o maior pino padrão possível.
2. Sujeitar a peça utilizando um desempeno e uma
cantoneira, obedecendo à sequência dos datuns
determinada no quadro de controle.
3. Medir as distâncias X e Y, veja fig. b).
4. Somar às medidas encontradas a metade do
diâmetro do pino padrão, obtendo as coordenadas
(x,y) do centro do furo real. Fig. b)
5. Dos totais obtidos, subtrair os valores das respec-
tivas cotas básicas, obtendo ∆X e ∆Y, veja a fig. c).
6. Com auxílio da tabela (ver a página seguinte),
entrar com os valores de ∆X e ∆Y para obter o
valor de Z.
7. O valor de Z deve ser menor ou igual ao da
tolerância especificada no quadro de controle,
acrescida do bônus de tolerância, se for o caso.
Exemplo
Distâncias medidas: X = 34,98 e Y = 34,99
Diâmetro do pino padrão introduzido no furo Fig. c)
Ø= 30,10
Coordenada x do centro do furo real:
x=34,98+(30,10/2)=50,03
Coordenada y do centro do furo real:
y=34,99+(30,10/2)=50,04
Cálculo de ∆X= 50,03 - 50,00 = 0,03
Cálculo de ∆Y = 50,04 - 50,00 = 0,04
Cálculo de Z: na tabela entrar com os valores
∆X e ∆Y e obter Z = 0,10
Tolerância de posição especificada =Ø0,10 m
Bônus de tolerância = 30,10 - 30,00 = 0,10
Tolerância + bônus = 0,10 + 0,10 = 0,20
Conclusão: o valor de Z é inferior a 0,20,
portanto o furo satisfaz à tolerância de posição.
Procedimento
Regra #1
Superfície plana
Fig. a)
A retitude das linhas contidas nas
superfícies planas pode ser especificada
de três modos, fig. a).
Envelope da MMC
Fig. c)
Todas as seções retas devem estar dentro
dos limites dimensionais. Há exigên-
cia de forma perfeita na condição de
máximo material - MMC, fig. c).
Procedimento de medição
Nivelar os dois pontos extremos de uma
geratriz, fig. d).
Ler o relógio em diversos pontos da
geratriz e registrar a maior diferença
encontrada.
Repetir as operações acima em outras
geratrizes, tantas vezes quanto for
apropriado.
O desvio de retitude é a maior das difer-
enças.
As geratrizes devem ficar entre duas Fig. d)
linhas paralelas, distantes 0,02, contidas
em um plano que passa pela linha de
centro, fig. d).
A dimensão do elemento deve estar
dentro da zona de tolerância.
Na condição de máximo material, neste
caso 16,00, as retitudes das geratrizes
devem ser perfeitas.
FOS cilíndrica
Fig. a)
A retitude da FOS cilíndrica está
especificada na condição de
independência, fig. a).
Zona de tolerância
A zona de tolerância de retitude é um
cilindro dentro do qual a linha de centro
do elemento deve ficar localizada, fig. b).
Fig. b)
Envelope da MMC
Todas as seções retas devem estar dentro
dos limites dimensionais, porém não há
exigência de forma perfeita na condição
de máximo material - MMC.
O valor da tolerância de retitude poderá
ser maior que a tolerância dimensional,
exceto se estiver sendo usada em con-
junto com tolerâncias de orientação ou
posição, quando não poderá ultrapassar
o valor das mesmas.
Fig. c)
Procedimento de medição
Controlar a dimensão de diversas seções
com paquímetro ou micrômetro.
Nivelar os dois pontos extremos
de uma geratriz.
Posicionar os relógios em uma das
extremidades da peça.
Zerar os relógios.
Ler os relógios em diversos pontos da geratriz
e registrar as semidiferenças, (La-Lb)/2.
Repetir as operações acima em outras
geratrizes, tantas vezes quanto for apropriado.
O desvio de retitude é a maior das
semidiferenças, fig. c).
Zona de tolerância
Envelope da MMC
Todas as seções retas devem estar dentro
dos limites dimensionais, porém não há
exigência de forma perfeita na condição
de máximo material - MMC.
O valor da tolerância de retitude poderá
ser maior que a tolerância dimensional,
exceto se estiver sendo usada em
conjunto com tolerâncias de orientação
ou posição, quando não poderá ultrapas-
sar o valor das mesmas.
Procedimento de medição
Fig. c)
Observação:
O controle geométrico do pino deve ser feito
após o controle dimensional.
Condição de material
Retitude especificada na condição
de independência, fig. a).
Retitude especificada na condição
de máximo material, fig. b).
Fig. b)
Zonas de tolerância
Cada linha tem a sua zona de tolerância.
A zona de tolerância de retitude da linha
superior é um cilindro com o mesmo
comprimento do pino, dentro do qual
a linha de centro do elemento deve ficar
localizada.
A zona de tolerância de retitude da linha
inferior é um cilindro cujo comprimento,
neste caso 25mm, está especificado no
quadro de controle ao lado do valor do
diâmetro da zona, dentro do qual a linha de
centro do elemento deve ficar localizada.
Esta zona de tolerância é móvel.
Zonas de tolerâncias
Superfície plana
Fig. a)
A planeza da superfície está
especificada na condição de
independência, fig. a).
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre Fig. b)
dois planos paralelos, sendo um deles
estabelecido pelos três pontos
proeminentes da superfície da peça,
fig. b).
Procedimento de medição
Encostar a superfície tolerada
no desempeno. Fig. c)
Introduzir a ponteira do relógio
no furo do desempeno até encostar
na peça.
Movimentar a peça em todas
as direções.
O desvio de planeza é a maior
diferença de leitura observada.
Fig. d)
FOS prismática
A planeza da FOS está
especificada na condição de
máximo material - MMC, fig. d).
Zonas de tolerâncias
Cilindros e cones
Fig. a)
As circularidades das seções retas
do cilindro e do cone devem ser
especificadas na condição de
independência, figs. a) e b).
Procedimento de medição
Zona de tolerância
Superfícies cilíndricas
Fig. a)
A cilindricidade deve ser
especificada na condição
de independência, fig. a).
Procedimento de medição
Zonas de tolerância
Fig. a)
Fig. b)
Zona de tolerância
A zona de tolerância é um cilindro,
fig. b).
Procedimento de medição
L
x (LTI) ≤ t
m
Fig. d)
LTI - leitura total do relógio comparador.
LTI - leitura total do relógio comparador
L comprimento do elemento que está
L sendo controlado.
comprimento do elemento que está sendo controlado
m m afastamento
afastamento entre os os
entre pontos
pontosde de leitura do relógio
leitura do relógio.
t t tolerância
tolerância especificada
especificada no no quadro
quadro de de controle
controle.
O paralelismo da manivela
está especificado na condição
de independência, fig. a).
Fig. b)
Zona de tolerância
A zona de tolerância é um
cilindro, fig. b).
Apoiar os datuns A e B em
dois blocos V, fig. c).
Fazer a leitura do relógio
ao longo da superfície
especificada.
O desvio de paralelismo
é a maior diferença entre
as leituras.
As operações acima devem
ser realizadas com a peça nas
posições vertical e rebatida para
Fig. d)
direita e para esquerda, fig. d).
Fig. a)
Linha - plano datum
O paralelismo da linha
está especificado na condição
de independência, fig. a).
Fig. b)
Zona de tolerância
Procedimento de medição
Fig. c)
Fig. a)
Procedimento de medição
Fig. c)
Fig. b)
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos ao plano datum,
fig. c).
Fig. e)
Zonas de tolerância
Zona de tolerância
Procedimento de medição
Fig. d)
Apoiar a peça no desempeno.
Caso da fig. a) - Ler o relógio nas duas
geratrizes representadas no desenho,
segundo o esquema da fig. e).
O desvio de perpendicularidade
é a maior leitura.
Caso da fig. b) - Ler o relógio segundo Fig. e)
o esquema da fig. e), nos dois lados,
em diversos planos paralelos ao plano
do desenho. O desvio de perpendiculari-
dade é a maior leitura.
Caso da fig. c) - Obter as diferenças
de leituras dos relógios segundo o esquema
da fig. f), em diversos planos paralelos
ao plano do desenho. O desvio de
perpendicularidade é a maior diferença Fig. f)
de leituras.
Zona de tolerância
Fig. b)
A zona de tolerância é um cilindro no
interior do qual a linha de centro do
elemento deve ficar localizada, fig. c).
CV=20,5+0,1=20,6
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos e perpendiculares
Fig. b)
à linha datum, fig. b).
Procedimento de medição
Procedimento de medição
Fig. e)
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos e perpendiculares
Fig. b)
aos datuns A e B, fig. c).
Procedimento de medição
Encostar os datuns A e B nas superfícies
verticais de uma cantoneira padrão.
Ler o relógio em um plano paralelo Fig. c)
à vista onde o elemento é representado
por um segmento de reta.
Repetir a operação anterior ao longo
da superfície em questão, tantas vezes
quanto for apropriado.
O desvio de perpendicularidade
é a maior diferença de leituras.
Com o modificador T coloca-se um
bloco padrão sobre a superfície.
O desvio de perpendicularidade Fig. d)
é a diferença entre as leituras nas
posições G e H, (LTI), multiplicada
pelo fator de compensação, (L/m).
L
x (LTI) ≤ t
m
Zonas de tolerância
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
duas linhas paralelas contidas em um Fig. b)
plano vertical que contém a linha de
centro do datum A, fig. b).
L
x (LTI) ≤ t
m
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
duas linhas paralelas contidas em um Fig. b)
plano vertical que não contém a linha de
centro do datum A (está deslocado),
fig. b).
Procedimento de medição
Fig. c)
Sujeitar o datum A utilizando uma placa
universal apoiada na mesa de seno, fig. c).
Introduzir o maior pino padrão possível no
elemento considerado.
Ler o relógio nas extremidades do pino
padrão.
O desvio de angularidade é a diferença
entre as leituras, (LTI), multiplicada pelo
fator de compensação, (L/m).
L
x (LTI) ≤ t
m
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
Fig. b)
duas linhas paralelas e inclinadas em
relação ao plano datum, fig. b).
Procedimento de medição
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
Fig. b)
dois planos paralelos e inclinados em
relação ao plano datum, fig. b).
Procedimento de medição
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos e inclinados em
relação à linha datum, fig. b). Fig. b)
Procedimento de medição
Sujeitar o datum A utilizando uma placa
universal.
Apoiar a placa universal na mesa de seno. Fig. c)
Nivelar a superfície considerada.
Ler o relógio paralelamente à vista onde
o elemento considerado é representado por
um segmento de reta.
O desvio de angularidade é a maior
diferença de leitura observada, fig. c).
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos, perpendiculares Fig. e)
ao eixo de rotação, fig. e).
Procedimento de medição
Sujeitar o datum A com uma pinça
Fig. f)
ou placa universal.
Encostar a ponteira na peça
paralelamente ao eixo de rotação.
Girar a peça e ler o relógio.
Deslocar o relógio verticalmente
e repetir o procedimento acima tantas
vezes quanto for apropriado.
O desvio de batimento é a maior
diferença de leitura observada, fig. f).
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois planos paralelos no interior do
qual a superfície considerada deve ficar
localizada, fig. b).
Fig. b)
Procedimento de medição
Sujeitar o datum A com uma pinça
ou placa universal.
Encostar a ponteira na peça paralelamente
ao eixo de rotação.
Fig. c)
Girar a peça e ler o relógio.
Sem alterar o zero, deslocar o relógio
verticalmente e repetir o procedimento
acima, tantas vezes quanto for apropriado.
O desvio de batimento é a maior diferença
de leitura, fig. c).
Procedimento de medição
Sujeitar o datum A-B entre pontos. Fig. e)
Encostar a ponteira na peça
perpendicularmente ao eixo de rotação
e zerar o relógio.
Girar a peça e ler o relógio.
Sem alterar o zero, deslocar o relógio Fig. f)
horizontalmente e repetir o procedimento
acima, tantas vezes quanto for apropriado.
O desvio de batimento é a maior leitura
observada, fig. f).
Batimento cones
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço entre
dois cones coaxiais no interior do qual
a superfície considerada deve ficar Fig. b)
localizada, fig. b).
Procedimento de medição
Zona de tolerância
55
Tolerância de Concentricidade
Especificação
Fig. a)
A concentricidade deve ser
especificada na condição de
independência, fig. a).
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço
no interior de um cilindro, cuja linha Fig. b)
de centro é o eixo datum, fig. b).
Procedimento de medição
Sujeitar o datum A.
Medir a distância X, que vai da linha
de centro do datum à extremidade
superior da peça.
Medir a distância Y, que vai da linha Fig. c)
de centro do datum à extremidade
inferior da peça.
Somar X+Y.
Calcular o ponto médio W=(X+Y)/2.
Calcular a distância entre o ponto
médio e o eixo datum Z=X-W.
O desvio de concentricidade
é igual a 2Z.
Exemplo:
X= 15,4
Y= 15,2
X+Y=30,6
W= 15,3
Z= 15,4- 15,3=0,1
Conclusão para esta posição, desta
seção:
O desvio de concentricidade 2Z=0,2
é inferior ao valor da tolerância 0,3.
56
Tolerância de Simetria
Resumo
Zona de tolerância
57
Tolerância de Simetria
Especificação Fig. a)
Zona de tolerância
Procedimento de medição
58
Tolerância de Perfil
Resumo
Zona de tolerância
Simbologia
No quadro de controle coloca-se
a dimensão total da zona de tolerância
seguida do modificador U
e da dimensão da zona
no lado que agrega material.
Zona bilateral
Fig. b)
A zona de tolerância fica
disposta simetricamente
em relação ao perfil teórico.
Esta condição é default
e dispensa colocar
o modificador U, fig. a).
Fig. d)
Zona desigual
A zona de tolerância fica
disposta assimetricamente
em relação ao perfil teórico,
fig. d).
Perfil de um plano
Fig. a)
Especifica-se a posição de um 45°
ponto do plano com cotas básicas
(o ponto pode estar fora do plano).
A seta do quadro de controle aponta
0,1 A B C
para o plano, fig a).
20 16
Procedimento de medição
La
Apoiar o datum A no desempeno. A
Encostar os datuns
20 B e C em uma
cantoneira de ângulo reto.
Apoiar a base do relógio na mesa
16
45º de seno.
Posicionar a ponteira do relógio C
no ponto La, segundo as cotas básicas.
Ler o relógio em um plano paralelo a C.
Deslocar o relógio e repetir a operação
anterior ao longo da superfície, tantas B
vezes quanto for apropriado.
Se o modificador T for especificado,
colocar um bloco padrão sobre
a superfície da peça para fazer a leitura.
O desvio de perfil é a maior diferença
entre as leituras, fig b).
Fig. b)
Coplanaridade
Especifica-se a coplanaridade entre Fig. a)
diversos planos com uma linha
tracejada (traço maior seguido
de dois traços menores).
A seta do quadro de controle
aponta para linha tracejada.
O número de planos coplanares Fig. b)
é especificado ao lado
do quadro de controle, fig a).
Procedimento de medição
Apoiar a peça no desempeno.
Fig. c)
Medir as folgas entre as superfícies
da peça e o desempeno com um
arame calibre, fig. b).
Planos deslocados
Se os planos estiverem deslocados
especifica-se uma cota básica entre
eles, fig. c)
Perfil de cones
Especifica-se a posição
de uma superfície cônica
segundo o esquema da fig a). Fig. a)
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço
entre dois cones coaxiais
no interior do qual a superfície
da peça deve ficar localizada, fig b).
Fig. b)
Procedimento de medição
Sujeitar os datuns B e A com uma
placa universal, fig c).
Apoiar a placa universal sobre
a mesa de seno.
Medir o diâmetro da seção definida
pela cota básica, 30 neste caso.
Encostar a ponteira do relógio
na seção definida pela cota básica,
30 neste caso.
Ler o relógio ao longo da geratriz.
Girar a peça e repetir este procedimento,
tantas vezes quanto for apropriado.
O desvio de perfil de superfície
é a maior diferença de leitura observada.
Especifica-se a posição
das linhas de uma superfície
segundo o esquema da fig a).
Zona de tolerância
A zona de tolerância é o espaço
entre duas linhas paralelas
ao perfil teórico no interior
do qual as linhas devem
ficar localizadas.
Procedimento de medição
Apoiar a peça no desempeno,
sujeitando o datum A.
Encostar a peça num plano vertical,
Fig. b)
sujeitando o datum B.
Encostar o gabarito tipo chapelona
na peça e no datum B.
Medir a(s) fresta(s) entre o gabarito
e a peça com um arame calibre.
Deslocar o gabarito paralelamente a B.
Repetir o procedimento acima, tantas
vezes quanto for apropriado.
O desvio de perfil é a maior fresta
observada, fig b).
Simuladores
Para fabricar ou medir componentes
mecânicos é preciso sujeitá-los em
dispositivos chamados simuladores.
Sempre que possível devem reproduzir
as condições geométricas da montagem.
Fig. a)
Repetibilidade
A principal característica dos simuladores
é a repetibilidade no posicionamento das
peças.
Fig. b)
Graus de liberdade
Os simuladores devem possuir recursos
para travar os seis graus de liberdade
das peças, fig. b).
Datuns
Alvos datum
As superfícies das peças não precisam
ficar totalmente apoiadas nos
simuladores, o contato pode ser
parcial.
As partes das peças em contato com
os simuladores chamam-se alvos
datum. Elas constam dos desenhos
ou modelos mas só existem
Fig. d)
fisicamente nos simuladores, fig. c).
Fig. a)
Linhas de chamada
As linhas de chamada que unem os círculos às peças podem ser cheias ou tracejadas.
Se o alvo estiver na parte visível da vista a linha deve ser cheia. Caso contrário deve ser
tracejada. Em uma das vistas da fig. a) as linhas de chamada dos alvos A1, A2 e A3 são
cheias para indicar que eles estão no lado visível da vista, na outra são tracejadas para
indicar que estão no lado oculto.
Posição do alvo
A posição do alvo datum pode ser definida por dimensões toleradas ou por cotas básicas.
Tolerância de posição
As tolerâncias de posição dos alvos especificados por cotas básicas são as tolerâncias
gerais de fabricação do ferramental.
A posição do alvo no
desenho é especificada com
um “X” em uma das vistas Fig. b)
e na outra com uma linha
tracejada (traço grande se-
guido de dois traços meno-
res), veja os alvos B1 e B2,
fig. a).
Os simuladores dos alvos Fig. c)
datum linha são as geratrizes
dos pinos cilíndricos, fig. b).
A posição do alvo no
desenho é especificada por
uma círcunferência trace-
jada (traço grande seguido
de dois traços menores) e
hachurada, veja os alvos A1,
A2 e A3, C1, fig. c).
Os diâmetros dos pinos são
especificados na parte supe-
rior dos símbolos dos alvos.
Os simuladores dos alvos Fig. d)
datum área são as seções
retas dos pinos, que podem
ser cilíndricos ou quadrados,
fig. d).
Furos escareados
Alvos podem ser usados para
sujeitar peças com furos
escareados nas extremidades,
Fig. a)
fig. a).
Simuladores
Os simuladores são dois pinos
de ponta esférica, um fixo outro
móvel, figs. c) e d).
Fig. a)
Tipos de alvos
Para travar os seis graus de
liberdade desta peça usa-se
uma combinação de alvos
ponto e linha.
Os alvos ponto são A1, A2
e A3 e os alvos linha são
B1, B2 e C1, fig. a).
Fig. b)
Simuladores
Os simuladores dos alvos
datum são mostrados na
fig. b), bem como o pino
calibre usado para controlar
a posição do furo Ø 3,1-3,4.
Fig. c)
Aplicação
Observa-se a peça
sujeitada pelos simuladores
dos datuns A, B e C,
fig. c).
Plano central
Alvos podem ser usados para definir o plano central
das peças com extremidades cilíndricas, fig. a).
Fig. a)
Tipos de alvos
Para travar os seis graus de liberdade desta peça usa-se uma combinação de alvos
ponto e linha. Os alvos ponto são A1, A2, A3, C1, C2 e os linha são B1, B2, fig. a).
Fig. a)
Definição matemática
As superfícies curvas devem ser definidas matematicamente. Os eixos coordenados
e o simulador são derivados da representação matemática das curvas, fig. a).
Datuns adicionais
Podem ser necessários datuns adicionais para travar os demais graus de liberdade.
Fig. b)
Posição do simulador
No quadro de controle dos furos o datum A está especificado [BSC].
Veja a posição do simulador estabelecida pela cota básica 44,4, fig. b).
Dimensão do simulador
O datum B está especificado no limite de máximo material. A dimensão
dos seus simuladores é: MMB = 7 – 0,18 = Ø 6,82, fig. b).
Copyright © 2012 GD&T Engenharia Ltda
72
Alvos Datum
Fig. a)
Fig. b)
Simuladores
Datum A: três pinos de ponta esférica.
Datum B: três garras externas.
Datum C: pino diamante.
Copyright © 2012 GD&T Engenharia Ltda
74
Esquemas de Cotagem
Cotagem
Usa-se a tolerância de perfil com
a seta do quadro de controle
apontada para a linha tracejada.
O número de planos é especifica-
do ao lado do quadro de controle.
75
Esquemas de Cotagem
Datum cilindros coaxiais de mesmo diâmetro
Fig. a)
Fig. b)
Simulador
O simulador do datum A
consiste de dois cilindros
coaxiais.
O simulador do datum B
é um plano vertical, fig. b).
Fig. c)
Simulador
Os simuladores dos datuns A e B
são duas pinças coaxiais, fig. d).
Fig. d)
76
Esquemas de Cotagem
Esquema de cotagem
Simuladores
O simulador do datum A
é composto por dois planos
coplanares que travam três graus
de liberdade. O simulador do Fig. c)
datum B é um pino cilíndrico
que trava dois graus de liberdade
e o simulador do datum C é um
pino cilíndrico que trava um grau
de liberdade, fig c).
77
Esquemas de Cotagem
Fig. a)
Demais tolerâncias
As demais tolerâncias são controladas
sujeitando a peça segundo a nota do
desenho.
78
Esquemas de Cotagem
Esquema de cotagem
Fig. b)
Simuladores Fig. c)
O simulador do datum A é um
plano e os simuladores dos datuns
B e C são dois pinos expansíveis.
O diâmetro dos pinos calibres
é Ø 4,4, fig. c).
79
Esquemas de Cotagem
Fig. a)
Esquema de cotagem
Fig.b)
Fig. b)
Simuladores
O simulador do datum A é um
plano e os simuladores dos datuns
B e C são dois pinos expansíveis,
sendo o último um pino móvel.
O diâmetro dos pinos calibres
é Ø 4,4, fig. c).
Fig. c)
80
Esquemas de Cotagem
Fig. a)
Simuladores
Fig. b)
O simulador do datum A é um
plano que trava três graus de
liberdade.
O simulador do datum B
é um conjunto de 4 pinos,
que trava três graus
de liberdade. A origem
do dimensionamento
é o centro do conjunto de furos.
Se os furos forem especificados
na MMC, admite-se que a linha
de centro do conjunto se afaste
da posição verdadeira tanto
quanto os furos se afastarem
da MMC.
81
Requisitos
Simultâneos ou separados
Os requisitos dos elementos de uma peça podem ser simultâneos ou separados.
Requisitos simultâneos
São considerados simultâneos os requisitos de dois ou mais elementos, ou conjuntos
de elementos, especificados com tolerâncias de posição ou perfil, que usarem o mesmo
sistema referencial e cujos quadros de controle contiverem os mesmos datuns
e modificadores na mesma ordem, fig. a).
Fig. a)
Requisitos separados
Requisitos simultâneos é a condição default. Para dispensá-la coloca-se a notação
SEP REQT adjacente aos quadros de controle, fig. b).
Fig. b)
Observação
SEP REQT não se aplica automaticamente aos segmentos inferiores dos quadros
de controle das tolerâncias compostas. Se necessário coloca-se a notação SEP REQT
adjacente a cada linha onde for desejado.
Requisitos simultâneos
Os quatro furos maiores
e o perfil externo são
requisitos simultâneos,
fig a).
Fig. a)
Calibre funcional
Todos os elementos devem
ser controlados ao mesmo
tempo, fig b).
Fig. b)
Requisitos separados
Os quatro furos maiores
e o perfil externo são
requisitos separados,
fig c).
Fig. c)
Calibre funcional
Os elementos devem
ser controlados Fig. d)
separadamente,
fig d).
Fig. a)
Requisitos separados
Se não houver exigência de alinhamento entre os rasgos especifica-se “requisitos separados”.
Cada zona tem o seu plano central, fig b).
Fig. b)
Requisitos simultâneos
Os requisitos dos dois conjuntos de furos são simultâneos. Há relacionamento funcional
entre eles, fig c).
Fig. c)
Requisitos separados
Os requisitos dos dois conjuntos de furos são separados. Não há relacionamento funcional
entre eles, fig d).
Fig. d)
Quadro de controle
Contém o símbolo de tolerância de posição
e duas ou mais linhas.
Aplicação
Servem para apertar os requisitos de orientação e distância entre
os elementos e folgar os requisitos de posição do conjunto de FOS.
Não utilização
A tolerância de posição composta não pode ser utilizada nas FOS
individuais. As tolerâncias de orientação (paralelismo, perpendicu-
laridade e angularidade) não podem ser utilizadas nos conjuntos de
FOS.
Dimensões básicas
As dimensões básicas que definem a localização do conjunto de FOS aplicam-se
somente à linha superior. As dimensões básicas que definem as distâncias dentro
do conjunto de FOS aplicam-se às linhas inferiores.
Controle simultâneo
A linha superior deve ser controlada em primeiro lugar, simultaneamente com as demais
tolerâncias geométricas da peça que possuirem os mesmos datuns e modificadores,
dispostos na mesma ordem. Nas demais linhas todos elementos de cada conjunto devem
ser controlados simultaneamente.
85
Tol Pos Composta
Exemplo
86
Tol Perfil Composta
Quadro de controle
Contém o símbolo de tolerância de perfil
e duas ou mais linhas.
Aplicação
A tolerância de perfil composta é usada para localizar
e orientar as zonas de tolerância de elementos isolados
ou de conjuntos de elementos, dentro dos limites
estabelecidos pela zona de tolerância do conjunto.
Dimensões básicas
As dimensões básicas que definem a localização do grupo de superfícies aplicam-se
somente à linha superior. As dimensões básicas que definem as distâncias entre
as superfícies do grupo aplicam-se às linhas inferiores.
Controle simultâneo
A linha superior deve ser controlada em primeiro lugar, simultaneamente com as demais
tolerâncias geométricas da peça que tiverem os mesmos datuns e modificadores,
dispostos na mesma ordem. Nas demais linhas todos elementos de cada conjunto
devem ser controlados simultaneamente.
87
Tol Perfil Composta
Elementos individuais
As posições dos elemento são Fig. a)
especificada por intermédio de
cotas básicas relacionadas ao
esquema de datuns da primeira
linha, figs. a) e c).
Exemplo 1
Exemplo 2 Fig. c)
88
Tol Perfil Composta
Conjuntos de elementos
Exemplo 1
Valor da tolerância
A tolerância da segunda
linha é menor que a da
primeira linha.
Copyright © 2012 GD&T Engenharia Ltda
89
Tol Perfil Composta
Datum A repetido na
linha inferior (cont)
Zonas de tolerância
As zonas de tolerância
da segunda linha,
em grupo, devem ficar
contidas na zona da
primeira linha, Fig. a)
fig. a).
Fig. b)
Perpendicularidade
Veja o detalhe A na fig. c).
Fig. c)
90
Tol Perfil Composta
Fig. a)
Exemplo 2
Datuns A e B repetidos
na linha inferior
Os datuns A e B estão
repetidos na segunda linha
do quadro de controle,
fig a).
Fig. b)
Zona linha superior
A primeira linha controla
a localização do conjunto,
que é travado em rotação
e translação relativamente
aos datuns especificados
no quadro de controle,
fig. b).
Valor da tolerância
A tolerância da segunda
linha é menor que a da
primeira linha.
91
Tol Perfil Composta
Controle individual
Para controlar os requisitos de dimensão e forma, de um ou mais elementos,
individualmente, independente do controle da tolerância de perfil composta,
coloca-se uma linha adicional no quadro de controle contendo o símbolo de perfil
de superfície e o valor da tolerância, seguido da nota INDIVIDUALLY.
Fig. a)
Valor da tolerância
O valor desta tolerância deve ser
menor que o da segunda linha do
quadro de controle da tolerância
composta.
92
Tol Posição Múltipla
Aplicação
Utiliza-se a tolerância de posição múltipla para Fig. a)
definir a localização, espaçamento e orientação
de uma FOS, ou conjunto de FOS, relativamente
a diferentes sistemas referenciais. As letras das
diversas linhas dos quadros de controle podem ser
diferentes.
Quadro de controle
Os quadros de controle podem conter
diversas linhas. Cada linha é um requisito
independente e leva o símbolo da tolerância
de posição, fig. a).
Dimensões básicas
As dimensões básicas, utilizadas para definir
a localização, espaçamento e/ou orientação
dos elementos tolerados, aplicam-se a todas
as linhas.
Datuns e modificadores
Os datuns e modificadores podem ser
diferentes em cada linha.
Mesmo resultado
As tolerâncias de posição múltipla e composta
levam ao mesmo resultado se na segunda linha
houver somente o datum primário e o elemento
tolerado for perpendicular a ele, fig b).
Exemplo
Aplicação
Utiliza-se a tolerância de perfil múltipla para
definir a localização, espaçamento e orientação
de um elemento relativamente a diferentes
sistemas referenciais. Fig. a)
Quadro de controle
Os quadros de controle podem conter diver-
sos segmentos, cada segmento é um requisito
independente e leva o símbolo da tolerância
de perfil, fig. a).
Dimensões básicas
As dimensões básicas, utilizadas para definir
a localização, espaçamento e/ou orientação
dos elementos tolerados, aplicam-se a todas
as linhas.
Datuns e modificadores
Os datuns e modificadores podem
ser diferentes em cada linha.
Exemplo
Condições:
1) Tolerância de perfil do furo triangular: 0,8
2) Tolerância de perpendicularidade dos lados do triângulo: 0,4
3) Tolerância das distâncias entre os lados do triângulo: 0,1
Fig. a)
Quadro de controle
O quadro de controle do elemento de perfil irregular contém duas linhas, a primeira
da tolerância de perfil e a segunda da tolerância de posição, fig. a). A nota BOUNDARY,
abaixo do quadro de controle, faz parte da simbologia.
Fig. b)
Simulador
Exemplo
O furo sextavado está cotado com
a tolerância múltipla perfil-posição.
Fig. a)
Folgas
Nos projetos é preciso deixar folgas para
absorver as variações dimensionais dos
componentes. Veja as folgas F e G, fig. a).
Fig. b)
Variação da folga
A variação da folga depende do tipo de cotagem
empregado no dimensionamento dos produtos.
Cotagem livre
A cotagem é feita individualmente, peça a peça, sem considerar a montagem.
Fig. a)
Cotagem funcional
A cotagem é feita considerarando as interfaces de montagem.
Fig. b)
Cadeias de cotas
As cadeias de cotas são diferentes
dependendo do tipo de cotagem.
Observação
A cadeia de cotas de cada folga deve ter uma cota
funcional por peça. A mesma cota pode fazer parte de
diversas cadeias. As demais cotas dos componentes
(não mostradas), podem ser estabelecidas livremente.
Dispersão da folga
Segundo as Leis da Fabricação Mecânica
“A dispersão da folga é igual à soma das tolerâncias
das cotas da cadeia cinemática”. (ROPION, R.;
La cotation fonctionelle des dessins techniques,
2ª Edition, Dunod, París, 1971).
G
Corolário
Para uma dada folga, quanto menor
for o número de cotas da cadeia
cinemática, maiores serão as tolerâncias
dos componentes.
Comparação
1) Cotagem livre: F
A cadeia cinemática tem 7 cotas.
F = A6 - (A1 + A2 + C1 + B1 + B2 + A4)
2) Cotagem funcional:
A cadeia cinemática tem 3 cotas.
F = A7 - (C1 + B5)
Conclusão
A cotagem funcional proporciona as seguintes vantagens:
1) Menor custo, porque as tolerâncias dos componentes
são maiores.
2) Melhor qualidade, porque as cotas funcionais
constam dos desenhos ou modelos e podem ser
controladas diretamente.
Tipos de FOS
As FOS podem ser regulares ou irregulares.
Fig. a)
FOS regulares
São superfícies cilíndricas, esféricas ou
planas e paralelas que têm pontos opostos.
Na prática, para identificar uma FOS
regular basta verificar se é possível
sujeitá-la com as garras de um paquímetro.
Os furos, a largura, o comprimento e as
espessuras da peça são FOS regulares,
fig. a).
FOS irregulares
São elementos ou conjuntos de elementos
Fig. b)
que contêm ou são contidos por envelopes
cilíndricos, esféricos ou formados por
planos paralelos, que não têm elementos
opostos.
Os três pinos cilíndricos, fig. b) e o furo,
fig. c) são FOS irregulares.
Fig. c)
Regra #1
As FOS regulares obedecem a regra #1.
As FOS irregulares não obedecem
a regra #1.
Modificadores aplicáveis
Os modificadores das condições
de material podem ser empregados
nas FOS regulares e irregulares.
103
FOS Irregular
Fig. a)
Fig. b)
Fig. c)
Fig. d)
104
FOS Irregular
Diversos datuns
A FOS irregular, fig. a),
permite especificar diversos datuns, Fig. a)
figs. b), c), d), e).
Simulador Fig. b)
Simulador Fig. c)
Simulador Fig. d)
O datum A é o plano central das linhas
tangentes paralelas internas dos três pinos.
Se na tolerância geométrica o datum for
especificado no limite independente do
material, o simulador é um dispositivo com
duas placas paralelas que se abrem até
estabelecer contato com os pinos, fig. d).
Simulador Fig. e)
O datum A é o plano central das linhas
tangentes paralelas externas dos três pinos.
Se na tolerância geométrica o datum for
especificado no limite independente do
material, o simulador é um dispositivo com
duas placas paralelas que se fecham até
estabelecer contato com os pinos, fig. e).
Copyright © 2012 GD&T Engenharia Ltda
105
FOS Irregular
Exemplo
O datum B é o círculo inscrito tangente aos
três pinos.
O valor do seu diâmetro pode ser colocado
no quadro de controle, entre colchetes, após
o modificador M.
Neste caso:
Ø = 80 – (12,2 + 0,3) = Ø67,5
106
Eixos Coordenados
Sentido positivo
Fig. b)
Fig. c)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. c)
Identificação
Após as letras X, Y, Z de cada sistema
colocam-se as letras indicativas dos
respectivos datuns.
Exemplo um sistema
Neste esquema há um sistema de eixos coordenados, fig.a):
X[A], Y[A], Z[A]
(no caso de um sistema não é preciso colocar as letras indicativas dos datuns).
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
e três rotações u, v, w,
fig. a).
Dispositivos de sujeição
Para realizar as operações de fabricação
e medição é preciso travar os graus U
Fig. b)
Cotagem normal
Na cotagem normal não é necessário
colocar nos quadros de controle
os graus de liberdade travados pelos
datuns, fig. a).
Fig. a)
Cotagem customizada
Na cotagem customizada os graus de
liberdade travados pelos datuns
são colocados no lado direito das letras
indicativas dos datuns, entre colchetes,
fig. b).
Fig. b)
Simuladores
Os simuladores dos datuns devem travar
os graus de liberdade especificados nos
quadros de controle.
Fig. a)
Graus de liberdade
O simulador do datum A trava os graus de liberdade [z,u,v] e o simulador do datum B
as translações [x,y] e a rotação [w], fig. b).
Peça
Simulador
Fig. b) datum B Simulador
datum A
Procedimento de sujeição
Introduzir o simulador do datum B no furo da base.
Introduzir o furo quadrado da peça no simulador do datum B.
Apoiar a peça no simulador do datum A, fig. b).
Fig. a)
Graus de liberdade
Os quadros de controle especificam que o simulador do datum A trava os graus
de liberdade [z,u,v], o simulador do datum B as translações [x,y] e o simulador
do datum C a rotação w. Adicionalmente o datum C leva o modificador
de translação, fig. a).
Procedimento de sujeição
Introduzir a ponta cilíndrica do simulador do datum B no furo da base.
Introduzir o furo quadrado da peça no simulador do datum B.
Introduzir o furo Ø8 da peça no simulador do datum C, fig. b).
Fig. b)
Esquema 1
Esquema 2
Diversas combinações
Veja abaixo algumas alternativas que
podem ser utilizados para controlar
a posição dos furos Ø3,1 nos
esquemas 1) e 2).
Procedimento de Sujeição
Encostar o datum B no simulador plano.
Fechar o simulador do datum A (pinça)
até encostar na superfície cilíndrica da peça.
Observação
A pinça não envolve a superfície cilíndrica,
há contato somente nos pontos proeminentes.
Caso 2)
Datum B primário: RMB
Datum A secundário: MMB
Procedimento de Sujeição
Introduzir o pino Ø16 no simulador do datum A, que
é um furo cilíndrico, perpendicular ao datum primário.
Encostar o datum B no simulador (plano).
Observação
Se houver folga, entre o simulador e o pino Ø16,
os furos Ø3,1 podem se deslocar, em conjunto.
Caso 3)
Datum A primário: RMB
Datum B secundário: RMB
Procedimento de Sujeição
Fechar levemente o simulador do datum A (pinça), envolvendo o cilindro Ø16.
Deslocar a peça até encostar no simulador do datum B (plano).
Observação
O desvio de perpendicularidade entre o plano B
e o cilindro A deve ser inferior a 0,2.
Hipótese 1
Diâmetro pino cilíndrico = Ø16.
Procedimento de Sujeição
Introduzir o pino cilíndrico A no simulador.
Encostar a superfície B no simulador.
Observações
Neste caso não há folga. O diâmetro do pino cilíndrico
deve ser ligeiramente menor que o do simulador.
A superfície B deve encostar no simulador em um ponto,
pelo menos.
Hipótese 2
Diâmetro pino cilíndrico = Ø15.9.
Procedimento de Sujeição
Introduzir o pino cilíndrico A no simulador.
Encostar a superfície B no simulador.
Observação
Como há folga entre o simulador e o pino Ø15,9
os furos Ø3,1 podem se deslocar em conjunto.
Fig. a)
Simulador do datum D
O datum D é primário (não há datum
precedente). O seu simulador é um furo
que trava quatro graus de liberdade.
MMB = MMC = Ø7,1. Procedimento de controle
Pino calibre do furo Ø3,5 Introduzir o pino Ø7 no simulador do datum D.
Dimensão do pino calibre: Introduzir o pino calibre, que deve passar pelo furo
Ø= MMC – tol posição Ø= 3,5 da peça e encaixar no seu alojamento, fig b).
Ø= 3,4 – 0,3 = Ø3,1
Fig. b)
Fig. a)
Simulador do datum A
O simulador do datum A é um plano que
trava três graus de liberdade. Procedimento de controle
Introduzir o pino Ø7 no simulador do datum
Simulador do datum D D. Encostar o plano no simulador do datum A.
Introduzir o pino calibre, que deve passar pelo
O simulador do datum D é um furo que furo Ø= 3,5 da peça e encaixar no seu aloja-
trava dois graus de liberdade. mento, fig. b).
MMB = MMC + tol perp A
MMB = 7,1 + 0,2 = Ø7,3.
Fig. b)
Fig. a)
Fig. a)
Fig. b)
Caso 10)
Datum A primário: RMB
Fig. a)
Datum B secundário: LMB
Datum C terciário: LMB
Fig. b)
Dimensões simuladores
Os elementos são externos. As dimensões
dos simuladores são calculadas subtraindo
as tolerâncias geométricas das condições
de mínimo material, fig. c).
Fig. c)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. c)
Fig. a)
Fig. b)
Observações
O contato da peça com o simulador do datum B não é obrigatório.
Se o raio do chanfro for maior que R14,9 há uma folga que poderá ser
ocupada livremente pela peça, fig. b).
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
Observações
Se o chanfro se afastar da MMC (dentro da zona de tolerância de
perfil), a peça pode ocupar qualquer posição no espaço disponível.
O contato da peça com o simulador não é obrigatório, fig. b).
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
Fig. a)
Fig. b)
Observações
a) Nos desenhos de conjunto não Fig. a)
é necessário especificar as zonas de
tolerâncias projetadas.
b) Nos desenhos de detalhe o valor
da zona projetada deverá ser igual à
porção saliente do prisioneiro (não a
espessura da contra peça).
Simbologia
Fig. c)
Simbologia alternativa
Fig. b)
Exemplo 3D
Observação
Resulta em zonas de tolerância
cônicas.
Tolerância bidirecional
A tolerância de posição pode ser especificada com valores diferentes segundo os eixos
coordenados.
Observações
a) Resulta em uma zona de tolerância retangular, embora os furos sejam cilíndricos ou
oblongos.
b) O símbolo de diâmetro é omitido do quadro de controle.
c) Se necessário, pode ser feito um refinamento de perpendicularidade.
Aplicação
No desenho acima há dois quadros de controle, orientados segundo os eixos coordenados,
anexos às respectivas linhas de chamada.
Observação
O valor de tolerância é a distância entre dois planos paralelos, igualmente dispostos em
relação à posição verdadeira.
Posição verdadeira
Zona de tolerância posição 0,4
na MMC
60 60 60
30 Fig. c)
Zona de tolerância 0,2
posição na MMC
Datum B
Fig. a)
Conclusões
Devido à tolerância de posição ZERO, a zona de
tolerância dimensional do furo aumentou, passou
de 0,25 para 0,50.