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PERGUNTA
Nome: Osny
Enviada em: 12/05/2004
Local: Araçatuba - SP,
Religião: Católica
Idade: 29 anos
Escolaridade: Superior concluído
Paz de Cristo!
Agradeço desde já se puderem me auxiliar numa questão que não consegui responder sozinho,
apesar de várias buscas no 'montfort', no 'veritatis' e em outros sites.
Osny
RESPOSTA
É muito comum os hereges dizerem que os dogmas foram "inventados" nas datas de suas
definições, como por exemplo, os testemunhas de Jeová dizem que a divindade de Nosso Senhor Jesus
Cristo foi inventada no Concílio de Nicéia em 325 AD, quando na verdade nesse Santo Concílio, assim
como nos outros, o que é feito é:
- definir claramente aquilo que a Igreja sempre ensinou, com todos os termos possíveis
- e principalmente, condenar a novidade contrária àquilo que sempre foi ensinado, no caso do
exemplo, a novidade era o arianismo, heresia judaizante ensinada naquela época por Ario.
Portanto o que a Igreja ensinou pelo Concílio de Trento, mais uma vez em sua história, foi confirmar
a verdade contra a novidade, definindo dogmaticamente o cânon bíblico, que já havia sido anteriormente
fixado:
- pelo Concilio de Florença em 1441, com a Bula Cantate Domino (4/2/1442), e deve ser este o
documento que você está procurando, que por sua vez se baseia em
- documentos episcopais, sinodais, e também papais, que recusavam os apócrifos e davam a lista
completa dos escritos canônicos. Assim por exemplo, a Carta Pascal de Santo Atanásio (367) relaciona
todos os 27 livros do Novo Testamento, aí incluída a Epístola aos Hebreus, a segunda e a terceira de São
João e a de São Judas Tadeu, sobre as quais havia antes algumas dúvidas. Em Santo Atanásio temos um
testemunho autorizado do Oriente; no Ocidente temos a lista completa dos 45 livros do Antigo Testamento, e
dos 27 do Novo no decreto do Papa São Damaso (382), lista que se repete nos Concílios de Hipona (393) e
de Cartago (397) e na carta do Papa Inocêncio I a Exupério, bispo de Toulouse (405), e, bem mais tarde, no
sínodo "in Trullo" de 692. (Fonte: "A Fé Católica", de Justo Collantes)
Sidney Gozzani