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A – Informação Geral

Curso: Princípios de Liderança Cristã


Turma/Ano: 3º Ano / 1º Semestre 2019
Professor: Luciano de Azevedo
Contatos: luciano@ipb.org.br ou pelo celular 82-5984472

B – Objectivos do Curso:
Levar o aluno a compreender os princípios fundamentais da Liderança Cristã e desenvolver nele
o desejo real de aplicar esses princípios em sua vida pessoal e em seu ministério cristão. O
propósito maior desse curso é levar o aluno a conciliar conhecimento bíblico com o testemunho
cristão: conhecimento e comportamento. Espera-se que aluno, a partir desse curso, tenha as
ferramentas necessárias para seu crescimento pessoal e ministerial.

C – Requisitos do Curso (método de avaliação):


(1) Assistência participativa às aulas ministradas pelo professor,
(2) Um mínimo de 100 páginas lidas sobre o assunto, conforme bibliografia a ser passada pelo
professor (Apresentar uma resenha de no máximo duas páginas onde deve constar:
 Referência Bibliográfica
 Informações gerais sobre o autor
 Resumo das idéias principais: De que trata a obra? O que diz?
 Apreciação do aluno: Qual a contribuição dada para o contexto de nosso estudo
sobre a Liderança?
(3) Duas provas parciais,
(4) Um exame final (somente para os alunos sem média nas provas)

D - Bibliografia Sugerida:

MACARTHUR, John (2009) O Livro sobre Liderança. São Paulo: ECC.


KOHL, M. W. (2006) Liderança Cristã Transformadora. Londrina PR: Descoberta.
OSEI-MENSAH, G. (2001) Líderes que servem. Lubango: ISTEL.
KILINSKI, K; WOFFORD, J. C. (1987) Organização e liderança na igreja local. São Paulo:
Vida Nova.
SMALLING, R. L. Manual para professores - Curso Liderança Cristã.

Escola de Teologia do Khovo


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DISCIPLINA: LIDERANÇA CRISTÃ
Professor: Luciano de Azevedo

I - Introdução
“Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.”
Mateus 15:14

Talvez um dos grandes desafios na tarefa de liderar, seja conseguir discernir entre chefiar e
liderar. Segundo Dusilek “chefiar é atingir objectivos através de recursos humanos e
materiais” e ainda “o chefe tem subordinados e o líder tem seguidores”. As fortes palavras
de Jesus no texto acima, confrontando os fariseus, apontam para o estilo de liderança
meramente formal e superficial dos “líderes” religiosos da época. Será que corremos os
mesmos riscos hoje? Como pastores e obreiros temos actuado como verdadeiros líderes
discipuladores ou estamos mais para chefes?

Alguns conceitos básicos:

- Liderar é o acto de reunir pessoas em torno de uma


questão, acompanhar os seus esforços e inspirar a acção. É
capacitar e encorajar os componentes de uma equipe a
executarem as suas tarefas. Liderança é a motivação de
outros em direcção de um alvo específico.
- Liderança é a habilidade de iniciar uma acção e mover
pessoas para o alvo proposto.
- O líder é um visionário, alguém que cria uma visão de futuro
e inspira, influencia e motiva pessoas a transformarem a visão
em realidade.”
- Visão é uma imagem mental que um líder tem daquilo que
pretende fazer. É conseguir enxergar antes como será o resultado pretendido, é prever onde
queremos chegar.

II - Modelos Bíblicos de Liderança

A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que lideraram tanto positiva como
negativamente.

Exemplos Negativos
Um dos melhores exemplos de liderança negativa na Bíblia talvez se encontre no livro de
Ezequiel, capítulo 34. Nessa passagem ele descreve o pecado do povo contra Deus e seu
julgamento. Na primeira parte do capítulo 34, ele transmite a palavra do Senhor,
especialmente aos pastores e líderes de Israel.
Entre outros, esse exemplo de liderança identifica pelo menos quatro características do líder
negativo:
- Ambição e egoísmo
- Falta de cuidado com as ovelhas
- Brutalidade
- Incapacidade de unir

III – Liderança do Mundo X Liderança Cristã

Meditação com base no texto abaixo.


“Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse
o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo.”
Mateus 20:26 e 27

A Liderança na Bíblia em confronto com a Liderança do Mundo.

Uma palavra muito usada no meio cristão é Conversão. Ficamos felizes


em ouvir alguém dizer que se converteu a Cristo. Converter significa
tomar a direcção contrária àquela que vinha andando, ou seja, parar de
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viver segundo as regras desse mundo e começar a obedecer unicamente à Palavra de Deus.
O cristão é alguém que pensa e age de forma diferente das pessoas do mundo – é
exactamente o que Jesus disse aos seus discípulos no verso acima, no que diz respeito à
liderança. No mundo o primeiro tem mesmo de ser o primeiro mas no padrão bíblico, o
primeiro deve ser o último. A explicação para essa controvérsia é muito simples:

O líder do mundo lidera com objectivo de alcançar seus objectivos pessoais –


preocupa-se com o EU

O líder cristão lidera com objectivo de alcançar os objectivos do corpo de Cristo –


preocupa-se com o próximo e com a vontade de Deus.

Identificação dos exemplos e do ensino Bíblico sobre a liderança.

1 – O líder cristão é chamado por Deus: PAULO (Actos 9:1-6, 20:28)

2 – A realidade da chamada do líder cristão por Deus é julgada pela igreja, baseando-se no
carácter e nos dons do indivíduo. Uma pessoa não se faz líder sozinha ou se auto nomeia. A
igreja onde a pessoa participa deve reconhecer, pelos frutos de seu trabalho, que de facto
aquela pessoa possui determinados dons, que tem capacidade de liderança, e que possui
uma vida digna de ser um líder. FILIPE (Actos 6:1-6)

3 – A chamada ou ministério do líder não o exclui das suas responsabilidades frente à igreja,
nem da repreensão. Ser líder não significa ser perfeito ou infalível e, como qualquer outro
crente, deve ser disciplinado quando erra. (Actos 21:8, 13:1-3, 15:1-2; Gálatas 2:14) FILIPE,
PAULO, PEDRO.

4 – O líder não trabalha sozinho mas governa em colaboração com outros irmãos. (Actos
15:1-2, 6:22)

5 – O líder cristão governa pelo seu próprio exemplo e modelo, não domina; PAULO.
(Filipenses 3:17; 1 Pedro 5:2-3)

6 – O líder é responsável perante Deus pelo uso do dinheiro, bens e dons que possui.
TIMÖTEO (1Timóteo 4:14, Mateus 25:15)

7 – Os bens da igreja devem ser administrados pelo conselho dos líderes da igreja para o
ministério da igreja. É pecado uma pessoa usar esses bens para fins pessoais, ou enganar a
igreja sobre o uso destes bens. JUDAS, ANANIAS (João 12:3-6; Actos 5:1-5)

8 – O líder é responsável diante da sua igreja e deve entregar relatórios a esta sobre o
dinheiro que é lhe entregue, e sobre as suas actividades. Os 70, PAULO. (Lucas 10:17; Actos
14:27)

9 – A igreja deve manter registos das suas actividades, membros e finanças para evitar
confusão, decisões e actividades e documentas sua história. ESDRAS, LUCAS, os APÖSTOLOS
(Esdras 5:1-5, 6:1-5; Lucas 1:1-4; Actos 15:22-29)

10 – O líder deve ser alguém experimentado na vida cristã, não neófito. (1 Tm 3:6; Actos
20:17)

IV - Características do líder segundo I Tm 3:1-7 e Tito 1:5-9

1. Irrepreensível - Aquele que não tem motivo para ser repreendido, corrigido. Alguém
que tem boa reputação, boa fama. É um modelo em tudo. As pessoas têm coisas boas para
falar dele.

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2. Marido de uma só mulher - Logicamente o padrão serve também para a mulher,
diríamos:
(deve ser mulher de um único homem). Deus não aprova a poligamia. Ele criou uma única
mulher para Adão (se ele precisasse de mais Deus teria feito). Deus disse: Deixará o homem
o seu pai e a sua mãe e se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne. Gn 2:24.

3. Temperante ou sóbrio - Aquela pessoa que consegue se dominar, tem controle de si


mesmo em tudo. Ele não é de mais nem de menos, é equilibrado. A palavra temperante
lembra (tempero), não é bom comer uma comida com muito sal ou nenhum sal, o melhor é
uma comida bem temperada (no meio). O líder deve ser assim. Exs.: Uma pessoa grossa
perde a sobriedade ( perde o domínio, e o controle do que faz). Uma pessoa que perde o
controle e vive batendo outras pessoas (não tem domínio de si).

4. Modesto ou decoroso - Pessoa simples na sua maneira de ser e de vestir. Ele cuida da
sua aparência externa (anda limpo e bem vestido), mas não é preocupado demais com essa
questão de vestir. Alguns se vestem bem com objectivo de se mostrarem mais. Atenção:
Pessoa simples, não quer dizer relaxado, mal vestido ou sujo. Alguns líderes são tão
desleixados com sua aparência que se tornam motivo de riso na igreja. O importante é
saber que o que está dentro (no coração), é mais importante do que o que está fora (corpo).

5. Hospitaleiro - A sua casa está sempre aberta a disposição do reino de Deus e para
receber hóspedes. Ele não recebe pessoas a murmurar ( I Pe 4:8-9). As pessoas se sentem
bem na sua casa. Por outro lado, devemos saber que existe limites para hospitalidade.
Algumas pessoas exploram, abusam a bondade do hospedeiro e trazem muitos problemas
para família dele. O hóspede deve saber a hora de chegar e a hora de ir embora.

6. Apto para ensinar - É uma pessoa que sabe tirar lições dos
simples acontecimentos da vida. Está sempre pronta para ensinar mas
também para aprender. Ela não se julga um “sabe tudo”, mas é alguém
que gosta de estudar, especialmente a palavra de Deus. É alguém que
maneja bem a palavra da verdade (II Tm 2:15, 24-26). Quando surgem
problemas na igreja ou na família ele sabe confortar, consolar, corrigir,
ensinar o certo.

7. Não dado ao vinho - Vários textos na Bíblia avisam contra o


perigo do álcool (Ex. Pv 23:29-35; Is 5:11; Rm 13:13; Tito 1:7 e 2:3) .
Paulo ensina que:
* O nosso corpo é o templo do Espírito Santo e por isso não devemos comer, beber ou
utilizar qualquer coisa que o prejudique ( I Co 6: 19-20).
* A bíblia também ensina que não devemos fazer nada que escandalize o nosso irmão (Rm
14:21) e aquele que bem sempre causa choque naquele que vê.
* Finalmente o álcool também traz dependência, a pessoa se torna escravo dele e isso é
proibido nas escrituras (I Co 6:12).

8. Cordato ou prudente - É uma pessoa que pensa antes de agir. É alguém tolerante,
pronto para ceder, para abrir mão dos seus direitos para evitar confusão.

9. Não irascível (não fica com raiva ou ira de qualquer maneira) - O líder não pode
ser alguém que pega nervos por qualquer motivo e se descontrola. Precisa aprender a
perdoar, e quando alguém lhe provoca ira deve calar, até que a raiva passe, pois se for
falar quando está com nervos, pode vir a dizer muitas coisas que depois vai se arrepender.
Depois que passa algum tempo, as vezes dias, os nossos sentimentos também mudam e ai
podemos conversar sobre aquele assunto com calma.
Entretanto, Ef. 4:26 nos ensina para “procurar a pessoa e conversar com ela” sobre aquilo
que nos aborreceu. Algumas pessoas preferem deixar, e nunca falam, mas dentro guardam
uma mágoa, uma dor que vai crescendo até se tornar uma amargura (Hb 12:15).

10. Não arrogante- Arrogante é uma pessoa orgulhosa, alguém que se julga superior,
melhor do que os outros. É alguém que vive a elogiar a si mesmo. O líder deve ter um
espírito de servo. (Pv 8:13, Pv 16:5) diz que Deus odeia o orgulho; e ainda Jesus falou sobre
isso: Lc 18:14).

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11. Não violento ou espancador - Violenta é a pessoa que agride outra com palavras ou
acções. O líder não pode ser uma pessoa envolvida em lutas, confusão. Outra tradução fala
de espancador, ou seja aquele que bate nos outros. Alguns líderes são péssimos exemplos
vivendo a espancar a esposa. A bíblia ensina que devemos corrigir os filhos com o objectivo
de educá-los (Pv 29:15 e 17 Pv 22:15), bater não significa a mesma coisa que espancar.
Quando alguém espanca quer dizer bater violentamente. A Bíblia não nos autoriza a
espancar os filhos, mas com certeza podemos bater para o bem deles no futuro. Alguns pais
se aborrecem no trabalho e chegam em casa zangados e espancam os filhos ou a mulher
para descarregar a raiva que sentiram do patrão. Isso não é bom.

12. Inimigos de contendas - É alguém que não se envolve em discussões tolas que não
levam a nada. Ele é um pacificador, ou seja, alguém que busca a paz com toda a gente, é
inimigo de confusão. Ele procura unir as pessoas ao invés de dividi-las.

13. Não avarento - A pessoa avarenta é aquela agarrada ao dinheiro, gananciosa,


ambiciosa, aquela que só pensa em ter lucros, vantagens. Às vezes tem dinheiro mas não
gasta, vive como se estivesse desgraçado, só pelo prazer de guardar dinheiro. Avareza é
pecado ( Ef 5:5 diz que avareza é como idolatria, pois a pessoa adora o dinheiro; Lc 12:15-
21).

14. Aquele que governa bem a sua casa - O próprio texto explica (I Tm 3:4-5 e Tt 1:6)
que o líder precisa assumir o seu papel de cabeça do lar, ele precisa controlar bem a sua
casa, pois caso não consiga ter autoridade sobre poucas pessoas, como vai dirigir uma
igreja inteira? Os filhos e a mulher precisam respeitá-lo como pai e marido.
Tito explica que os filhos não devem ser acusados, mal vistos. Muitas vezes os filhos dos
líderes são os piores exemplos da juventude e os pais não o corrigem. Eli foi repreendido por
Deus por não ter corrigido os seus filhos que agiam mal, deixou o problema crescer (I Sm
22-25 e 3: 10-13).

15. Tem bom testemunho dos de fora - As pessoas de fora da igreja (vizinhos,
familiares não crentes, colegas de serviço...) dão bom testemunho do comportamento dele.
Aquilo que ele demonstra na igreja é a mesma coisa que demonstra fora. Algumas pessoas
demonstram como se fossem bons crentes quando vão aos cultos mas são mal vistos na
vizinhança ou no trabalho.

16. Amigo do bem - (mesma coisa de inimigo de contenda).

17. Piedoso - Alguém temente a Deus! Tem respeito com as coisas do Senhor. Leva a sério
a sua vida espiritual (ora e lê a Bíblia diariamente). É possível ver na sua vida que é alguém
que está sempre em comunhão com Deus.

18. Justo - Justo é alguém que anda dentro da justiça de Deus e dos homens. É alguém
recto, é honesto nos seus negócios, nos seus deveres. Ele cumpre aquilo que a lei manda.
Muitos crentes são os primeiros a quebrar as leis do país, preferindo ir pelo caminho do
suborno (que Deus não gosta), dizendo todos fazem assim... Mas de facto, isso não é justo
aos olhos de Deus. Além de que dá um péssimo exemplo aos não crentes que acompanham
essa atitude.

19. Não é neófito (novo na fé)- A palavra neófito quer dizer, aquele que nasceu
espiritualmente a pouco tempo atrás. Ele é muito novo, recém-convertido. As vezes, chega a
igreja, uma pessoa muito dinâmica, cheia de vontade e logo é colocada como líder, mas
como é novo na fé não consegue desenvolver o trabalho ou suportar as dificuldades de
crítica ou por outra, acaba por ficar orgulhoso por ter sido escolhido, caindo num laço do
Diabo ( I Tm 3:6).

V - Orientação para o líder cristão - estudos na carta a Tito

1) INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A EPÍSTOLA

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Quem era Tito?

 Era grego; acompanhou o Apóstolo Paulo a Jerusalém; contra a sua circuncisão, Paulo
se manifestou firmemente (Gálatas 2:3-5).
 Foi um dos convertidos de Paulo (Tito 1:4).
 Foi enviado a Corinto (2 Coríntios 8:6).
 Levou a 1ª e a 2ª Carta de Paulo aos coríntios.
 Pelo fato de ser Tito escolhido para investigar a situação difícil em Corinto, indica que
Paulo devia considerá-lo um líder cristão de muita capacidade e prudente.
 A última notícia de Tito está em 2 Timóteo 4:10.
 Diz a tradição de que ele veio a ser bispo de Creta e morreu tranquilamente em
idade avançada.

Quando foi escrita?

 Foi escrita provavelmente na época do martírio do


apóstolo Paulo, ou seja, por volta do ano 62 a 68
= 65 DC, aproximadamente.

Ocasião e Propósito:

 São cartas pessoais.


 Dirigidas aos cooperadores de Paulo.
 Referindo-se a respeito da responsabilidade da supervisão que eles tinham de
exercer (Éfeso, Ásia Menor e Creta).

Plano do Livro:

 Comunicação e saudação pessoal 1:1-4


 Qualificações dos presbíteros ou bispos 1:5-9
 Aviso acerca dos faisos mestres 1:10-16
 Instruções a vários grupos no seio da igreja 2:1-10
 O dever cristão de praticar boas obras 2:11-3:11
 Mensagens pessoais e saudações finais 3:12-15

Obs.: Há uma semelhança muito grande da carta de Tito com a de 1 Timóteo


Tito = Creta Timóteo = Éfeso

2) ESTUDANDO O LIVRO

 A cidade de Creta era também conhecida pelo


nome de “Cândia”; possuía uma extensão de
cerca de 240 Km/por 11 a 48 de largura.
Cidade do famoso deus da mitologia grega
“Zeus", cujo filho era "Minos” (legislador) =
minotauro.
 A população desta cidade era descendente dos
filisteus, famosos arqueiros e de má reputação.
Há uma possibilidade de semelhança com os
“queretitas” em 1 Samuel 30:14.
 A Igreja de Creta começou provavelmente com
os “cretenses” em Jerusalém no dia de
Pentecostes (Actos 2:11).
A) O fundamento para aliderança Cristã

 não é a linguagem
 não é a nossa posição social
 não é a nossa personalidade
 em comum teremos a fé – 1: 4

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Devemos guardar e propagar esta fé comum com muito zelo:

 Esta fé veio de Deus


 Deus nâo pode mentir
 É o Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo

O conteúdo desta fé:

 V. 1: 1 = É dos eleitos de Deus (unidade)


 V. 1: 2 = Está na esperança da vida eterna

Consequências desta fé:

V. 1: 4 = Traz vida abundante com GRAÇA E PAZ provocando e motivando a pregação

Objectivo dessa fé:

 levantar líderes
 com fé comum
 com conteúdo
 com vida abundante

Percebemos três características do apostolado


de Paulo: (2 Timóteo 2:10)

 promover a fé que é dos eleitos de Deus,


 promover o pleno conhecimento da
verdade, segundo a piedade,
 esperança da vida eterna - “estava na
época da sua morte, nas ele mantinha a
esperança firme”,

B) A Orientação de Paulo quanto à Liderança:

 Por em ordem o trabalho (vs. 1: 5)


 Constituir Presbíteros (anciãos) (vs. 1: 5)
 Combater o falso ensino (vs. 1:13)
 Não dar ouvido a lendas ou palavras de homens (vs. 1:14)
 Falar o que está de acordo com a sã doutrina (2:1)
 Ensinar com autoridade, não permitir que lhe desprezem (2:15)
 Ensinar a igreja a cumprir as leis e respeitar os governantes (3: 1)
 Evitar controvérsias tolas, genealogias, discussões e contendas sobre a Lei (vs. 3:
9)

C) Obstáculos aos líderes em Creta.

 Paulo descreve o problema em Creta (vs 5) e como eram descritos os cretenses


(vs 10 a 12):
 insubordinados,
 faladores vãos,
 enganadores (especialmente os da circuncisão)
 transtornam casas inteiras ensinando o que não convém,
 ganância,
 mentirosos,
 bestas ruins,
 glutões
 preguiçosos.

D) Conduta dos Líderes

a) O modelo da motivação da liderança:

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 uma Igreja efectiva tem uma pluralidade (Ex.: “o homem orquestra” faz tudo
sozinho!) V. 5 - “Por esta causa . . . constituísses presbíteros”,
 Paulo diz a Tito que é necessário repreender os líderes se necessário (1:13),
 Não deve haver partidarismo ou exclusivismo.

b) Sobre os Presbíteros (anciãos):


 Não são ministros propriamente ditos, mas sim, formam uma mesa, como
tribunal na comunidade geral,
 Homens de idade seriam escolhidos, mas não necessariamente,
 Devem passar pela nomeação/ordenação (1 Timóteo 5:17),

c) No versículo 6, vemos que é Deus quem exige as qualidades necessárias para serem
líderes.

 Irrepreensível na Família
o marido de uma só mulher
o tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem
insubordinados. (Lucas 15:13/pródigo)

 Irrepreensível na Pessoa
irrepreensível = bom testemunho, não repreensão em nada

Qualidades Negativas: V. 7

 não arrogante (altivo, soberbo, insolente)


 não irascível (se irrita com facilidade)
 não dado ao vinho (sóbrio)
 nem violento
 nem cobiçoso de torpe ganância (ambicioso)

Qualidades Positivas: V. 8 e 9

 hospitaleiro (acolhe com satisfação)


 amigo do bem (prazeiroso)
 sóbrio
 justo (amigo da justiça)
 piedoso (tem misericórdia dos outros)
 que tenha domínio de si (Gálatas 5:23)
 apegado à mensagem fiel
 capaz de encorajar a outros (na sã doutrina)
 firme para resistir aos que se opõem à sã
doutrina.

Obs.É muito difícil encontrar um líder assim, mas é necessário levarmos pessoas a
adquirirem e andarem nesses moldes, formando assim uma equipe, e trabalhando juntos.

VI - A Filosofia Cristã da Liderança - Mat.20:20-28

No cenário descrito em Mateus 20, a mãe de Tiago e João, se aproxima de Jesus para pedir-
lhe que faça sentar os seus filhos junto a Ele em Seu reino.

Este episódio deu a Jesus a oportunidade de apresentar três atitudes fundamentais na


liderança cristã: o sofrimento, a igualdade e o serviço, atitudes essas que não encontramos
no modelo de liderança apresentado pelo mundo.

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O sofrimento: As pressões da liderança são enormes. Um líder deve estar preparado para
sofrer, algumas vezes em segredo, para cumprir com seu chamado.

A igualdade: Os pastores são iguais em autoridade no corpo de Cristo. As hierarquias


autoritárias não têm lugar no Reino de Deus porque são carnais em sua concepção e nos
levam às mesmas coisas, pelas quais Cristo repreendeu aos dois discípulos, em Mateus 20.

O serviço: Os líderes têm uma atitude de servo no lugar de uma atitude de chefe. Para os
líderes, as pessoas são o tudo de seu trabalho e não as ferramentas que podem usar para
conseguir seus próprios fins. O que estavam Tiago e João buscando e como chegaram a
isto? Eles buscavam posição e honra por meio de mandar nos outros. Eles pensavam que o
Reino de Deus se estabeleceria como qualquer outro governo, com Jesus como governante
supremo, seguido por uma série de pessoas ordenadas em cargos. Note que os dois
discípulos não mencionaram nada sobre fazer o trabalho, somente se referiram aos cargos.

Jesus também esclarece que Ele não está encarregado de promover ninguém mas sim o Pai,
(v.23).

Disto podemos ver uma indicação do primeiro princípio da liderança cristã no Novo
Testamento: é um dom de Deus.

Tiago e João tiveram duas boas qualidades, ainda que totalmente mal dirigidas:

A ambição: É uma boa característica para um cristão se está dirigida à glória de Deus e
não a seu próprio sentido de automerecimento.

A confiança: Infelizmente, eles confiavam em si mesmos ao invés de confiar em Deus. Eles


se consideravam muito “capazes” e disseram: - Podemos. - O jardim do Getsemani lhes
ensinou a realidade sobre si mesmos quando abandonaram a Jesus e fugiram.
Isto nos conduz a primeira atitude fundamental que Jesus lhes ensinou.

PRIMEIRA ATITUDE FUNDAMENTAL: Uma Disposição Para Abraçar O Sofrimento

Mas Jesus respondeu:


Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que
eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos - Mat. 20:22

Um chamado à liderança cristã é um chamado ao sofrimento no


sentido de abraçar as dificuldades de estar à frente do trabalho e
assumir as responsabilidades. Ao contrário, o que tem acontecido
na maioria das vezes é que os líderes querem conforto e privilégios quando estão na
liderança.

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Um chamado à liderança cristã é um chamado ao sofrimento
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Muitos líderes são influenciados pelo profissionalismo do ministério pastoral. A mentalidade


do profissional não é...a mentalidade do escravo de Cristo. O profissionalismo nada tem a
ver com a essência e o coração do ministério cristão...Porque não há crianças profissionais
(Mt. 18:3); não há ternura profissional (Efe. 4:32); não há um clamor profissional (Sal.
42:1)”.9

SEGUNDA ATITUDE FUNDAMENTAL: A Paridade

“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e
que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário,
quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;” - Mat. 20:25-26

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Aprendemos aqui que o líder não é maior do que aquele que é liderado no conceito da
liderança cristã. A Bíblia coloca a liderança como um dom (1 Cor 12:28) e não como uma
posição hierárquica que faz com que o líder seja superior aos demais.

Lembre: Se você trata a um homem como seu igual, se ele for sábio, ele se
submeterá a você nas áreas que ele sabe que você é superior.

O autoritarismo e a hierarquia se sustem mutuamente e é difícil dizer qual dos dois sintomas
é a força que impulsiona. As pessoas autoritárias criam as hierarquias? Ou, as hierarquias
estimulam o autoritarismo? O autoritarismo se deriva da arrogância. Com freqüência, as
pessoas autoritárias supõem que o ter um ofício superior prova que eles são inerentemente
indivíduos superiores. Esta é razão pela que eles senhoreiam sobre outros. Supõe que tem o
direito inerente para fazê-lo.

As hierarquias complexas são inevitáveis no mundo. Os exércitos são hierarquias, com seus
generais no cargo superior, seguidos pelos coronéis, majores, capitães, sargentos, até
chegar aos soldados rasos. É o mesmo com as corporações. O
presidente está na primeira posição seguida pelos vice-presidentes,
chefes de departamentos, até chegar ao sótão onde estão os rapazes
do armazém.

As hierarquias são necessárias em tais domínios. Jesus não está


ensinando que as hierarquias autoritárias estão erradas. Ele
simplesmente está dizendo: -Não assim com vocês.

A frase entre vós não será assim, é literalmente no grego, não assim
com vocês. Jesus estava falando em aramaico, um dialeto do hebraico.
Nessa língua, os tempos futuros são usados como imperativos. Provavelmente, Jesus estava
dizendo: -Eu, lhes proíbo categoricamente por nos ofícios a pessoas com atitudes e
temperamentos autoritários.

Assim, alguns devem ser excluídos dos ofícios cristãos, inclusive se manifestam um talento
natural para liderança. Se forem autocráticos em seu caráter, nunca devem chegar a postos
de autoridade na igreja.
________________________________________
Pessoas com temperamento autocrático são desqualificadas para a liderança cristã
________________________________________________________________________

As organizações cristãs quase sempre esquecem desse princípio.


Suponha que chegue um homem com características naturais de liderança.
Com certeza ele é um pouquinho arrogante. Gosta de controlar. Talvez, às vezes, ele
exagere um pouco, mas o que é que tem? Ele tem “liderança”. Deste modo ele obtém
autoridade na organização. Resultado: pessoas feridas. Perdem-se boas pessoas que
recusam ser o alvo de tal arrogância.

Somente porque um homem tem habilidades de liderança, não significa que ele deve ser um
líder em uma organização cristã. Se ele tende para o autoritarismo e tem atitudes
controladoras, ele é a última pessoa para ser qualificada. Nos postos, nunca se deve
permitir que ele esteja acima do último. Os controladores devem ser controlados.
Isto pode ser o que Jesus quis dizer quando disse: o que quer fazer-se grande entre vós será
vosso servidor. Alguns eruditos interpretaram esta frase assim: -a liderança de servo é a
forma para ser promovido no Reino de Deus.

TERCEIRA ATITUDE FUNDAMENTAL: O Serviço

“...tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” -Mat. 20:28

A liderança cristã enfoca mais em ajudar a outros que em mandar em outros. É uma vida
dedicada ao serviço. A honra que levam os ofícios eclesiásticos atrai a muitos. Mas se as
honras é sua motivação, estas pessoas terminam como líderes negligentes, mais

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preocupados com seu status que pelo bem-estar das pessoas, ademais do dano que fazem a
si mesmos.

“... há tempo em que um homem tem domínio sobre outro homem, para
arruiná-lo.” - Ec. 8:9

A meta de um líder cristão é conseguir que seus seguidores sejam o melhor que eles
possam chegar a ser. De fato, se o líder pode preparar alguém para substituí-lo, este é o
melhor líder de todos.

A liderança de servo é essencial no Reino de Deus devido ao produto final.


No mundo dos negócios, as pessoas são um recurso para produzir bens materiais. No
Reino de Deus usa os recursos materiais para produzir pessoas santificadas. No
mundo considera que isto não é um benefício. Além do mais, a santificação é difícil de
definir, algo que somente Deus pode medir.
Pessoas santificadas, é do que se trata o ministério.
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A Bíblia ensina uma só filosofia de liderança cristã
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Cristo ensinou A filosofia de liderança. Ele não disse: -Prove minhas sugestões e se você não
gostar, invente seu próprio paradigma. Existe apenas uma forma de liderar que agrada a
Deus – a que Jesus nos ensinou.

CONCLUSÃO

A liderança cristã envolve um conjunto de atitudes diferentes do sistema do mundo. Abraçar


o inevitável sofrimento, seja psicológico ou físico, ajuda um líder a colocar seus motivos em
perspectivas. Servir a outros para ajudá-los a alcançar seu potencial total e tratar a seus
colegas de ministério como iguais, é mais que meros direitos de um ofício. É uma forma de
vida.

Neste capítulo aprendemos:


1. Somente existe uma filosofia de liderança na Bíblia: a que Cristo ensinou.
2. Abraçar o sofrimento e o serviço, juntamente com uma atitude de igualdade para com os
colegas, são atitudes essenciais que formam a filosofia de Cristo da liderança.
3. A ambição é boa, sempre que seja para glorificar a Deus.
4. A autoconfiança é boa sempre que se fundamente em uma confiança em Deus.
5. Somente Deus Pai está a cargo das promoções em Seu Reino. Nem a politicagem nem a
“influência” servem para obtê-las.
6. Jesus proíbe os seus discípulos de chamar ao ofício pessoas com atitudes autoritárias.
7. Nem os temperamentos, nem os perfis psicológicos, nem a experiência nas hierarquias do
mundo qualificam a uma pessoa para a liderança no Reino de Deus.

Perguntas para reflexão


1. De sua própria experiência, quais são alguns dos sofrimentos que afligem aos líderes
cristãos?
2. Descreva o que se quer dizer por “igualdade” no contexto cristão.
VII - Estabelecendo a Visão

Uma “visão” é um sonho possível que envolve dois aspectos:


• Um sonho
• Um plano realizável

Isto significa uma meta de grande valor, difícil de realizar, que requer
uma inversão pessoal e de tempo, a longo prazo. Ambos aspectos
devem existir para que exista uma «visão». Um plano sem um sonho
carece do ímpeto para atrair os líderes necessários para fazê-lo
funcionar. Sem um plano, um sonho é meramente visionário e nunca
aterrizará.

11
A Reforma Protestante foi o resultado da visão de vários homens como Lutero, Calvino e
Knox. Foi uma meta de valor imenso, que custou muitas vidas por mais de 3 gerações. A
liberdade religiosa e a prosperidade que muitos países desfrutam hoje é o resultado direto
dessa visão.

Sem um plano, uma visão é meramente visionária.

Escutar a um visionário pode ser entretido, porém também o são os filmes.

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Uma visão sem planos é apenas visionária
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Eloqüência não é igual a visão. Certas pessoas inteligentes e articuladas falam


eloqüentemente sobre o que se necessita fazer. Parecem mais aptos a analisar as
deficiências de outros que a criar planos realizáveis. Ainda que estas pessoas parecem
eruditas e falam com muita confiança, nunca se consegue entender exatamente o que estão
dizendo. É como captar fumaça (Os políticos são com freqüência assim). Estes são
visionários na maioria dos casos e nunca líderes...só os charlatões devem ser passados por
alto. Igualmente, um suposto líder sem visão é um administrador não mais que isso.
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Um líder sem visão é Apenas um administrador
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Um sonho e um plano não são completamente suficientes

Alguns podem ter um sonho e um plano e não ser líderes. Um terceiro elemento deve
entrar....a capacidade de mando pessoal e o compromisso para implementar a visão. Sem
isto, todos eles somente estarão tratando de persuadir a outros a fazer o trabalho.

Um sonho e um plano sem “capacidade de mando” é como um carro esportivo com um


condutor que não dá arranque no motor.

CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA VISÃO

1. Simplicidade
Você deve ser capaz de explicar sua visão em poucos segundos. Do contrário, é muito
complexa. As pessoas necessitam compreendê-la para apoiá-la. Sua literatura promocional
deve projetar a visão na primeira linha no máximo nas duas primeiras.
Um slogan ou um acróstico ajuda. Se você pode produzir um slogan, este ajudará às
pessoas a pegar a idéia.

2. Difícil mas não impossível


Se fora fácil, alguém já o teria feito. Se a meta é realizável e desejável, mas não tem sido
feita porque ninguém crer que seja possível ou porque ninguém tem a capacidade de mando
para tentá-lo. Para alcançar uma visão, a pessoa deve distinguir entre impossível e difícil.
A habilidade para tomar o que outros vêem como impossível e elaborar um plano para fazê-
lo, é a diferença entre um obreiro cristã e um líder cristã.

3. Deve beneficiar o reino de Deus, não sua própria auto-estima


Como sua visão beneficia o Reino de Deus e produz pessoas santas?
Recorde, a meta de Deus é criar um povo santo para Seu Reino e glorificar Seu nome desta
forma. Tudo o que fazemos deve ter esta meta ou nossa idéia não vem de Deus.

Alguns hão construído seus próprios impérios como monumentos a eles mesmos, em nome
do Reino de Deus. Outros têm uma forte necessidade psicológica de afirmar seu próprio
valor. Cuidado com tuas motivações.

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4. Deve estar fundamentada em um chamado pessoal de Deus.
Só porque é uma boa idéia não necessariamente significa que Deus está chamando-te para
que a execute. Davi teve a grandiosa idéia de construir um templo para honrar a Deus.
Natã, o profeta, lhe informou que Deus estava feliz com a idéia, porém era Salomão quem
seria chamado para fazê-lo.

CONCLUSÃO

Ainda que a Bíblia ensina somente uma filosofia de liderança cristã, os estilos de liderança
podem diferenciar, dependendo dos temperamentos e das circunstâncias. Uns são pioneiros,
outros gerentes, e alguns são pessoas de manutenção.
Um líder está parcialmente caracterizado por ter a visão inicial. Uma visão é um sonho
realizável.

Deste capítulo aprendemos:

1. Uma visão é um sonho acessível de grande valor perdurável, difícil de conseguir e que
requer um grande desembolso de recursos.
2. Uma visão deve estar acompanhada de um plano ou será simplesmente um sonho
visionário que não conduz a nenhuma parte.
3. A visão deve ser o suficientemente simples para que as pessoas a entendam e se
envolvam nela.
4. A visão vem normalmente através de um caminhar pessoal com Deus, como qualquer
outro chamado.
5. Uma visão genuína deve ser para o progresso do Reino de Deus para Sua gloria, não
meramente para nossa própria satisfação pessoal.

Perguntas de Estudo para o Capítulo Seis

1. Defina a palavra “visão”.


2. Quais são os elementos essenciais de uma visão?
3. Qual seria uma característica principal de um visionário?
4. Como um crente recebe de Deus uma «visão» para sua vida e
ministério?

VIII - Os Perigos das Hierarquias

O sistema hierárquico é uma estrutura organizada que se fundamenta nos postos


ascendentes, como uma escada. O exército é uma estrutura hierárquica com generais,
coronéis, sargentos, etc. até chegar aos soldados rasos. A autoridade é inteiramente vertical
e na posição mais alta não é necessário prestar contas a ninguém. Nunca um soldado raso
poderia pedir a um general explicações de seus atos.

As grandes corporações são também estruturas hierárquicas, com altos salários para os
presidentes, os vice-presidentes e chefes de departamentos, e os salários mais baixos para
os rapazes da dispensa. De novo, a autoridade é sempre de cima para baixo e na posição
superior não é necessário prestar contas a ninguém.

O governo bíblico é o oposto, e fundamentalmente simples. Os oficiais servem as


pessoas em um sistema representativo. Quando este se refere às relações entre oficiais,
como no caso de um presbitério, cada membro tem igualdade de voz e voto. Não há postos,
somente diferenças em funções.

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A diferença entre os dois sistemas é comparável a uma escada versus uma mesa redonda. A
estrutura inteira é diferente porque as metas e propósitos são diferentes.
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As administrações cristãs hierárquicas tendem estrangular os princípios que
Cristo ensinou.
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Quando as organizações cristãs tentam imitar as estruturas organizacionais do mundo, os


princípios fundamentais que Cristo ensinou tendem a ser perdidos.

AS HIERARQUIAS TENDEM A ESTIMULAR O PIOR NA NATUREZA HUMANA CAÍDA

Alguns destes aspectos são:

1. Arrogância. Oficiais tendem sentir-se superiores a outros. As hierarquias fomentam isto


ao dar categorias, um superior ao outro. O oficial pensa: Eu tenho uma categoria superior
porque sou uma pessoa superior.

2. Ambição ímpia. Uma pessoa vê a outra numa categoria superior e pensa consigo
mesma: Esse não é melhor que eu. Efetivamente, eu posso fazer melhor seu trabalho. Por
que não tenho eu essa posição?

3. Politicagem. Se uma pessoa quer uma categoria superior, pode ceder à tentação de
manipular e politicar para obtê-lo. Isto é moralmente questionável além de ser uma perda
de esforços que poderia ser gasto em trabalho produtivo.

O Apóstolo Tiago indica: Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda
obra perversa. Tg. 3:16. O termo “obra perversa” traduz a frase grega, phaulon pragma, e
expressa algo como a moderna frase, politicagem.

4. Pôr a culpa em outro. Esta é uma forma de covardia moral. A natureza humana tende
a culpar aos subordinados quando algo sai mal. Culpar a outro foi a primeira reação de Adão
depois da queda (Gênesis 3).

Imagine um homem levando uma carga pela escada. Se ele que está acima deixa cair sua
carga, onde cai? Sobre o homem que está no degrau abaixo, este por sua vez deixa cair
toda carga sobre o homem debaixo dele. O pobre que está no último degrau recebe sobre
ele toda carga. Numa hierarquia, esta “carga” é a culpa gerada pelos “líderes”.

5. Agradar aos homens. Posto que na hierarquia a categoria duma pessoa depende da
boa vontade do superior, esta pessoa se vê tentada a agradar ao homem que está sobre ele
em vez de agradar a Deus.

6. Perda de pessoal competente. Uma hierarquia, como qualquer organismo, se enfoca


mais em perpetuar sua própria existência que sua produção de bens. As pessoas que “viram
o bote” por questionar como se fazem as coisas, serão tiradas do bote. Não importa se eles
estavam entre os poucos que remavam.

7. Desprezo da autoridade espiritual dos oficiais ordenados. Dentro das


organizações cristãs, os líderes algumas vezes atuam como se seus títulos ou categorias
dados pelo homem, negaram a autoridade espiritual dos ofícios bíblicos. A Palavra de Deus
outorga certos direitos e privilégios a todos os oficiais ordenados no corpo de Cristo. As
estruturas hierárquicas não fazem caso disto.

MITIGANDO O DANO DAS HIERARQUIAS

Existem recursos administrativos para mitigar os problemas dentro duma hierarquia, se os


líderes têm a coragem de implementá-los. Requer-se coragem porque estes recursos fazem
que os líderes sejam, até certo ponto, sensíveis às pessoas que dirigem.

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Exemplos:

1. O comitê anônimo. É um pequeno comité de duas ou três pessoas, encarregado de


receber as queixas anônimas dos empregados ou participantes da organização. Desta
forma, as pessoas podem revelar a existência de problemas de uma maneira segura, sem
dar impressão à liderança de que estão se queixando.

2. A caixa de sugestões. Este velho recurso é eficaz ainda que pouco usados pelos
líderes. Alguns líderes têm uma opinião tão elevada de sua própria sabedoria que não vêem
a necessidade de sugestões de ninguém. Estes são os que mais necessitam uma caixa de
sugestões no escritório. A caixa pode ser muito útil para revelar a existência de problemas
com os quais o líder pode tratar.

Com pouca imaginação, um líder cristão pode inventar recursos tais como estes para ajudar
a manter em contato com a realidade.

CONCLUSÃO

A hierarquia autoritária não é bíblica para as organizações cristãs ou igrejas. Esta estimula
as tendências latentes de nossa natureza caída. Os líderes cristãos precisam estar
conscientes destas tendências e fazer o que possam para minimizá-las. Isto requer uma
coragem moral incomum e um compromisso ao princípio fundamental da integridade
absolutas, ao fazernos sensíveis e responsáveis ante aqueles que lideramos.

IX - A Prática e o Ensino de Jesus sobre a Liderança

Jesus é o líder dos líderes. Ele é o modelo, uma grande fonte


de instrução e de ilustrações sobre a liderança.

A base de toda a liderança está enraizada em Deus; é dele que


nasce todo princípio verdadeiro de liderança piedosa. É por
isso que encontramos o quadro mais completo e perfeito de
liderança em seu próprio Filho.

Jesus ensinou que "O discípulo não está acima do seu mestre;
todo aquele, porém, que for bem instruído (treinado) será
como o seu mestre" (Lc 6.40). Notamos, em primeiro lugar,
que um seguidor de Cristo não deve tentar dirigir as vidas dos outros sem primeiro ser
treinado. Podemos detectar quem são os líderes que, como Pedro e João, tinham "estado
com Jesus" (At 4.13). O treinamento inclui a instrução verbal e a prática em ações.

Cristo advertiu que ouvir sua palavra sem colocá-la em prática resultará no desastre
semelhante ao indivíduo que construiu uma casa sobre a areia. As tempestades de vento e
de água acabaram com a casa (Mt 7.27).

1) O Padrão de Jesus

15
A liderança de Jesus começou com o seu convite feito a homens comuns. Ele não escolheu
homens religiosos, como se esperaria. Jesus viu mais potencial em "leigos" do que em
clérigos. Provavelmente a razão disso é o fato de que pessoas, como pescadores e coletores
de impostos, tinham menos resistência aos conceitos de Jesus do que os religiosos.

O Mestre prometeu transformar seus "alunos" em "pescadores de homens" (Mt 4.19). Isso
deve nos desafiar se queremos saber como Jesus transformou homens voltados à pescaria e
ao comércio em evangelistas e discipuladores (Mt 28.19).

2) Uma Nova Mentalidade

Essa nova "mente" teria as características vividas pelo próprio Senhor


Jesus. Não são os altivos e os arrogantes, mas os humildes que observam
fielmente os valores do Reino. "Deles é o reino dos céus" (Mt 5.3).

 Os que choram são abençoados porque se compadecem dos


perdidos e dos miseráveis.

 Os mansos, como Jesus, entregam os seus direitos para poderem


amar os inimigos, em vez de condená-los (Mt 5.44).

 Os que têm fome e sede de justiça não se isolam dos pecadores, achando que são
santos. Alegram-se na graça perdoadora de Deus, para que possam mostrar uma
gratidão atraente.

 Os que adotam a nova mentalidade de Deus serão misericordiosos. Terão pouca


dificuldade em perdoar os que os maltratam e sentir compaixão pelos que sofrem.

 Os limpos de coração valorizam a integridade e os relacionamentos cristalinos com


pessoas do sexo oposto.

 Os pacificadores sempre buscam a reconciliação entre as raças, as tribos, os


inimigos, os alienados, mas, principalmente, entre os pecadores rebeldes e Deus (Rm
5.8)

A perseguição por causa da justiça e por causa de Jesus não os intimida. Sabem que seu
prêmio será incomparavelmente maior do que todo o sofrimento suportado por causa do
reino de Deus. O Senhor propôs essa transformação radical primeiramente para os seus
seguidores.

Afirmamos ainda mais: os problemas causados por líderes nas igrejas e nas organizações
surgem por falta de se buscar essa maneira de ser, viver e reagir.

Cristo ensinou claramente que uvas não se colhem dos espinheiros, e nem figos dos
abrolhos (Mt 7.16). Quer dizer que, onde falta uma transformação radical, não poderá haver
esperança de resultados positivos.

3) Mortificação

Em segundo lugar, Jesus exigiu que os seus discípulos


morressem para que realmente pudessem viver. Morte para
alcançar uma vida centrada em Cristo é a condição da liderança
produtiva. "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de
trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
produz muito fruto" (]o 12.24).

Um ensino semelhante enfatiza a exigência que todos os


discípulos necessitam tomar a sua cruz e seguir a Jesus (Mc
8.34). George Müller, segundo seu biógrafo, "somente em resposta à oração cuidou de mais
de 10.000 órfãos, construindo cinco casas espaçosas para abrigá-Ios.

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Estabeleceu escolas diárias e escolas dominicais em todo o mundo, nas quais talvez
150.000 crianças foram ensinadas; e colocou em circulação dois milhões de Bíblias e
porções da Escritura. Ele publicou mais de três milhões de livros e panfletos [...]". Calcula-se
que ele recebeu e usou para Deus cerca de 7,5 milhões de dólares (hoje esse valor seria
pelo menos três vezes maior).

Que explicação Müller daria para um serviço tão frutífero a Deus e aos necessitados do
mundo? Quando perguntaram qual era o seu segredo: "Ele respondeu, abaixando-se cada
vez mais até tocar o chão, 'foi no dia em que eu morri.

 Morri totalmente!
 Morri para George Müller, suas opiniões, preferências, gostos, e vontade.
 Morri para o mundo, sua aprovação ou censura.
 Morri para a aprovação ou culpa de qualquer um de meus irmãos e amigos; e desde
então, eu tenho estudado somente para apresentar-me aprovado por Deus".

Jesus veio para trazer aos que crêem uma "vida abundante" (Jo 10.10). Para amar outros
precisamos amar a nós mesmos (Mt 19.19). Além disso, o negar a si mesmo e o odiar a
própria vida são ensinados pelo nosso Senhor (Lc 9.23; 14.26).

4) Compaixão

A terceira lição que Jesus ensinou aos seus seguidores foi a da importância da compaixão.

Porque Jesus trabalhou tão arduamente? Porque ele não tirou férias ou agradou-se com a
tentativa de seus discípulos de proteger sua privacidade? A resposta é simples. Jesus sentiu
profunda compaixão dos necessitados. "Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas,
porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9.36).

 Mesmo os desprezados e os rejeitados leprosos despertaram sua compaixão (Mc


1.41).
 Os discípulos não pensaram que mendigos cegos fossem dignos do tempo de Jesus.
Mas o Senhor, "Condoído [...] tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a
vista e o foram seguindo" (Mt 20.29-34).
 Ele chorou no túmulo de Lázaro, pois sentiu intensamente a perda de alguém amado
(Jo 11.35).
 Mulheres e crianças foram preciosas para o Senhor, pois elas eram os membros de
menor importância da sociedade. Surpreendente foi o elogio de Jesus à mulher
pecadora da cidade que veio à casa de Simão, o fariseu. Ela ungiu a sua cabeça com
alabastro de ungüento, molhou os seus pés com lágrimas e revelou seu grande amor
por ele (Lc 7.36-50). Tal conduta, da parte de um dos líderes
religiosos do primeiro século na Palestina, era impensável.

Os discípulos provavelmente precisaram repensar seus valores sociais.


Quando a igreja de Jerusalém enfrentou dificuldades com a distribuição
diária da comida para as viúvas, foram os discípulos, transformados em
apóstolos- líderes, que provaram que eles tinham corretamente
aprendido de Jesus. Os discípulos tentaram impedir mães de trazer suas
criancinhas para Jesus para que este pudesse tocá-las. Mas Jesus ficou
indignado com aqueles futuros líderes. Eles ainda não tinham aprendido
a natureza do Reino que Deus oferece somente àqueles que como
criancinhas vêm a ele em completa dependência (Mc 10.13-15).

Líderes atuais não devem jamais esquecer essas lições. A liderança que
exclui o fraco, o doente e os membros esquecidos da sociedade, não reflete o ensino de
Jesus.

5) O Líder e as Finanças

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Em quarto lugar, Jesus ensinou uma nova maneira de pensar sobre o dinheiro. Não devemos
concluir que ele não se interessou por dinheiro, mas, sua maneira de tratar as posses e
recursos financeiros não tem muitos adeptos hoje.

Paulo descreveu Jesus como aquele que viveu na graça de Deus na área financeira. "Sendo
rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2Co
8.9). Um líder cristão deve adotar essa mesma postura.

Jesus ensinou que era errado ajuntar tesouros na Terra. O lugar certo para guardar dinheiro
é no Céu: "onde ladrões não escavam nem roubam" (Mt
6.19,20). Ser um servo (escravo) de "mamom" (riquezas),
significa ter perdido o direito de servir ao Senhor (Mt 6.24).

Em lugar da ansiedade por causa do dinheiro e da insegurança


financeira própria de homens seculares, o líder cristão deve
buscar o reino e não o lucro. Deus sabe quais são as
necessidades dos seus filhos e acrescentará todas as coisas
aos que põem em primeiro lugar o Reino de Deus (Mt 6.33).

O Senhor enviou seus aprendizes para preparar o caminho


para a sua pregação. Ele Ihes enviou sem dinheiro ou trocas de roupa (Mt 10.7-10). Eles
foram obrigados a depender de Deus para abrir portas amigáveis e encontrar lares em que
pudessem receber a alimentação e o cuidado. Eles tinham que viver pela fé.

Hudson Taylor, da Missão do Interior da China, acreditava que deveria pedir a Deus somente
fundos para sustentar a Missão. Ele acreditava que a obra de Deus, feita à maneira de Deus,
não poderia jamais sofrer falta de recursos.

Líderes que preocupam-se ansiosamente sobre dinheiro são ainda neófitos no programa de
treinamento divino da fé.

Evidentemente, Judas, o tesoureiro do grupo de discípulos, várias vezes não tinha dinheiro
sobrando. Quando um fiscal veio coletar um imposto, Pedro teve que receber a ajuda de
Jesus que mandou-o fisgar um peixe e pegar a moeda encontrada em sua boca para saldar
aquela obrigação (Mt 17.24-27).

Como Paulo, líderes que seguem no caminho de Jesus precisam ser capazes de dizer: "já
aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância;
em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter
fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade" (Fp 4.11, 2).

Jesus ensinou generosidade através de suas palavras e ações. "Mais bem-aventurado é dar
que receber", foi sua afirmação (At 20.35).

Outro exemplo da forma diferente de Jesus olhar para o dinheiro pode ser visto em sua
reação à sugestão de Judas de que Maria deveria vender sua valiosa "libra de bálsamo de
nardo" por trezentos denários e dar o dinheiro aos pobres. A reação do Senhor
provavelmente surpreendeu a todos os presentes, especialmente aos seus discípulos.
"Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes" (Jo
12.1-8).

Um ato de sacrifício por Jesus é ainda mais importante do que aliviar as necessidades dos
pobres. Um líder comprometido com o Senhor, precisará de sabedoria para avaliar como o
dinheiro é gasto, para que Deus seja supremamente glorificado.

6) Permanência em Cristo

Uma quinta lição que os discípulos precisavam aprender de Jesus era a necessidade de
permanecerem em Cristo para poderem dar frutos. Cristo é a videira verdadeira. Somente
os galhos, corretamente ligados a ele, serão frutíferos. Nenhum galho pode dar fruto de si

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mesmo. Jesus queria convencê-los de que o segredo do sucesso de dar frutos está no
permanecer nele.

Nas palavras de Jesus: "Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). O significado que Cristo desejou comunicar parece
ser o seguinte: Primeiro, é um relacionamento íntimo e espiritual entre um líder e seu
Senhor. Naquela mesma noite, durante a Ceia, Jesus, tendo pegado a bacia de água, lavou
os pés dos discípulos. Quando Pedro contestou, Jesus disse, que sem aquele banho, Pedro
não teria parte com ele (Jo 13.8).

O sentido espiritual de Jesus ter lavado os pés referia-se ao fato que Ele realiza remoção de
pecados diariamente dos cristãos. Isso é claro segundo suas palavras: "Quem já se banhou
não necessita de lavar senão os pés" (v. 10). Segundo, o permanecer em Cristo também se
refere ao obedecer as suas palavras (v. 17). Já que Jesus é o Cabeça da Igreja, é a sua
vontade e os seus mandamentos que necessitam marcar a essência da vida de seu povo (v.
10).

O líder é aquele que deve mais claramente entender as "palavras" do Senhor para que elas
sejam guardadas. João, escrevendo mais tarde para uma igreja amada, lembra seus líderes
que: "Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando
[...]" (1Jo 3.6).

Líderes frutíferos que permanecem em Cristo demonstrarão


repugnância ao pecado. Eles serão rápidos para arrepender-se e
começar de novo. Um dos valores da Ceia do Senhor que
precisa ser mantido em mente é que qualquer pessoa que
participar da Ceia em arrependimento verdadeiro não precisará
temer o julgamento do Senhor. Por outro lado, aqueles que,
como os líderes de Corinto, não se examinarem e nem julgarem
a si próprios sofrerão a disciplina de Deus (1Co 11.28-32).

X – A Liderança Cristã e a Disciplina Correctiva (Os Três Martelos)

Podemos pensar que a repreensão é um processo


progressivo, que eu o chamo de os 3 martelos: o martelo de
borracha, o martelo de madeira e o martelo de aço. A
primeira vez que corregimos uma pessoa com um problema
moral sério, o fazemos com um certo grau de gentileza (Este
é o martelo de borracha). Se a pessoa não se arrepende, a
reprendemos com mais firmeza a próxima vez. Cada
repreensão é mais severa que a última.

As pessoas vêm de todas as formas e tamanhos, assim também suas condições morais.
Alguns podem ter pequenos e detestáveis hábitos e suas mentiras brandas. Estas pessoas
podem responder bem às breves correções.

Outros experimentam vícios morais sérios como adultério, envolvimento com pornografia ou
dependências químicas. Estas pessoas podem requerer aconselhamento a longo prazo. Uma
categoria de assuntos morais que pode na verdade representar um perigo sério é o hábito
de fofocar. Aqueles que constantemente criticam a liderança precisam de uma correção
severa.

Uma repreensão não precisa ser a gritos nem autoritária. A primeira sessão pode ser dentro
do aconselhamento. A segunda, uma repreensão severa, etc. Quando a pessoa se dá conta
de que a próxima repreensão vai ser mais severa ou que vai resultar em disciplina, tem mais
cuidado.

A repreensão é um ato de amor de Deus e do líder que repreende. A pessoa que recebe a
repreensão pode pensar que não é assim. Paulo encontrou esta reação nos Coríntios e nós

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devemos estar preparados para o mesmo. Por que razão? É porque não vos amo? Deus o
sabe. II Cor. 11:11

1 - O Efeito Noético

O pecado tem um certo efeito na mente, que o chamo efeito noético. Este termo provém da
obra grega noos, que significa “mente”, particularmente a parte da mente que tem a ver
com as percepções da realidade. A pessoa que vive em pecado grave costuma ser incapaz
de ver sua condição espiritual. Você como conselheiro deve estar preparado para confrontar
esta incapacidade.

A Bíblia se refere a este problema como cegueira e dureza de


coração.
__________________________________
Cuidado com o efeito noético ao tratar com pecados graves.
________________________________________________

Para lutar contra o efeito noético:

a) Seja direto e claro


Comece sua conversação com um tom sério, porém amável. Quando se trata de pecados
graves não necessitamos nos preocupar tanto de suavizar o golpe.

b) Use a Lei de Deus, os Dez Mandamentos. A Bíblia ensina que a Lei é a ferramenta de
Deus para nos revelar sobre a seriedade do pecado. Use-a para lembrar à pessoa que Deus
julga o pecado contumáz e o arrependimento superficial. Mesmo não estando os cristãos sob
a Lei como meio de justiça, contudo Deus julgará os pecados sérios cometidos por um
cristão, que dos mesmos não se tenha arrependido.

c) Exorte repetidamente
Você se surpreenderá ao descobrir que eles não processaram o que você disse.

d) Peça retroalimentação
A retroalimentação é importante para se certificar de que ele está seguindo.

e) Dê mais enfoque na razão de ser o pecado uma ofensa a Deus


Observei que um aspecto do efeito noético é conseguir que a pessoa enfoque mais nas
circunstâncias terrenais que envolvem o pecado, em vez de como Deus o vê. Penetrar numa
pessoa sob o efeito noético pode ser frustrante. Requer paciência.

2 - Os três martelos

...Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé. Tito 1:13

a) O martelo de borracha
A borracha é um material relativamente suave. Este representa a repreensão firme
porém gentil. Sempre que corrigirmos devemos ter em mente que nosso propósito é
tornar fortes os cristãos. As correções não são vingativas.
b) O martelo de madeira
Esta repreensão é mais dura e pode estar acompanhada com uma
advertência de possível disciplina.
c) O martelo de aço
Depois das advertências, pode ser necessário recorrer à disciplina
da igreja.

3 - Arrependimento Superficial

O que acontece se a pessoa parece arrependida, mas você sente que seu arrependimento é
superficial e não é substancial em relação com a gravidade da ofensa? Fazer um estudo
sobre a santidade de Deus algumas vezes ajuda, se você conseguir que a pessoa o faça.

20
Também poderia recomendá-lhe certos livros, se conseguir que os leia. Entre outros
recomendo estes livros: A Santidade de Deus de R.C. Sproul, Conhecimento do Deus Santo
de Tozer e a seção de Charnock sobre a santidade de Deus em Existência e Atributos de
Deus.

Possíveis sinais de arrependimento superficial


As pessoas que não se arrependem com sinceridade normalmente mostram certas reações
ao aconselhamento. Leve em consideração estas reações. O arrependimento verdadeiro
está normalmente acompanhado duma atitude de contrição. A pessoa para de desculpar-se,
de culpar a outros ou de suavizar seu comportamento.

a) Criticam o modo em que foram aconselhadas


Especialmente quando se trata de pecados sexuais, a pessoa pode queixar-se do
conselheiro e dizer que não foi tratada com amor, ou que a liderança não seguiu o
procedimento apropriado. Se a pessoa faz isto, simplesmente indique-lhe que estes são
sinais de falta de arrependimento que você não tolerará e que ela deve abandoná-los
imediatamente.

b) Andam em busca de conselhos que os agradam


As pessoas fazem isto para conseguir o tipo de aconselhamento que querem escutar. Isto é
uma forma de auto-justificação. Poderia ser necessário esclarecerr este ponto aos membros
da igreja que são amigos íntimos do aconselhando. Temos visto casos em que os membros
ou familiares contradizem ao conselheiro da igreja, provocando assim confusão.
___________________________
Cuidado com o arrependimento superficial.
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c) Tenta sair da igreja para evitar a disciplina


Algumas igrejas têm estatutos para tratar com os membros que saem da igreja para escapar
da disciplina. Os regulamentos advertem que uma carta será enviada a qualquer igreja que
a pessoa tente filiar-se, explicando a situação. É aconselhável que a igreja adote tal
regulamento se não o tem.

4 - Como perceber que uma pessoa (inclusive você) não está verdadeiramente
arrependida

a) Põe a culpa noutra pessoa: - Fulano fez isto; por


isso eu agi de tal forma. Ou, arrependo-me mas a
razão do meu pecado é porque você me provocou.

b) Põe a culpa nas circunstâncias: As circunstâncias


me levaram a fazêlo. O fato é que a única causa que
Deus reconhece é nosso próprio coração pecaminoso.

c) Põe culpa na natureza humana: Sou humano! (Isto


realmente significa – Deus me fez, portanto, se peco, Ele é o responsável. (Deus é o
pecador, não eu.)

d) Dá outro nome ao pecado: Decisão equivocada: A culpa é finalmente uma falta de


entendimento da minha parte e não o meu coração pecaminoso.

e) Imaturidade: A culpa é devido a uma falta de crescimento, não o meu coração


pecaminoso. Desta forma se culpa realmente o tempo em vez do nosso pecado ou a
nós mesmos. O tempo é algo que eu não controlo, portanto, eu não tenho a culpa, e
eu não sou responsável.

f) Infortúnio: Eu cai nisso. Portanto, o pecado foi como um buraco na terra que não vi,
e não posso ser responsável porque não fui eu quem o pôs ali. A realidade é que fui
atraído pelo buraco em primeiro lugar, porque havia algo no buraco que o meu
coração gostou.

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g) Uma provação: Chamar uma conduta pecaminosa de provação, em vez de pecado.
A Bíblia nunca faz isso.

h) Sou vítima: Atuar como uma vítima do pecado, em vez de reconhecer que é um
pecador.

i) Atuar trivialmente: O meu pecado de fofocar não é assassinato...portanto, meu


pecado de fofoca é trivial.

j) Confessar em termos gerais: Pedir perdão em termos vagos ou duma forma geral.
“desculpa por lhe ter ofendido”, em vez de “Perdoe-me por cometer contra você tal
pecado”.

XI - Tratando Com “Lobos”

“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos
vorazes, que não pouparão o rebanho.” Atos 20:29

Uma das funções-chave do ancião ou pastor, bíblicamente, é


cuidar as ovelhas dos lobos que podem destruir o rebanho. Por
lobos nos referimos a pessoas falsas que vêm provocar divisões
ou roubar ovelhas. Paulo teve que lutar constantemente com os
lobos e nós também. Naquele tempo, ele teve os judaizantes,
hoje em dia, temos falsos cristãos e seitas falsas.
___________________________________
Uma função-chave do líder é
cuidar as ovelhas dos lobos.
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1 - Dois tipos de lobos

Os de fora
Os lobos usualmente agem mais numa igreja em que o pastor ou os ancião são ausentes!

A palavra “entrar” indica que os lobos são de fora do rebanho. Estes tipos de lobos
pertencem aos falsos cultos. E a melhor forma de tratá-los é advertindo de antemão as
pessoas sobre eles: “Testemunhas de Jeová”, Mórmons, etc. A estes lobos usualmente se
reconhece pelo nome, portanto, não são tão perigosos como os do outro tipo. Uma simples
instrução aos convertidos é suficiente.

Os de dentro
“E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas
pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.”
Atos 20:30

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Estes são os tipos mais perigosos, porque estão na igreja e parecem bons cristãos. Este tipo
é, portanto, o mais difícil de detectar e tratar. Estes lobos são às vezes crentes que têm
orgulho e ambição em seu coração (Tg. 3:14-16), os que estão insatisfeitos por alguma
razão e então o diabo começa a usá-los para fazer com que as pessoas siga a eles em lugar
de seguir a Cristo.

Nota: Ambos tipos de lobos são muitas vezes pessoas que se enganam a si mesmas, e
portanto, não se dão conta de que são os lobos.

Por que Deus permite os lobos entrar na igreja?

“Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também
os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.” II Cor.11:19

Quando os lobos entrarem em sua igreja, será o melhor momento para que você conheça
verdadeiramente as suas ovelhas. A lealdade e a estabilidade serão postas à prova. Pessoas
que você pensava que eram pessoas-chave, poderão dar-lhe as costas. Outros, que você
pensava que eram fracos, se mostrarão mais fortes do que você alguma vez havia
imaginado.

2 - Como reconhecer os lobos?

a) Eles sempre operam às escondidas dos líderes, João. 10:1-2

Às vezes, os lobos visitarão os crentes em suas casas sem que os líderes da igreja saibam.
Tratarão de obter autoridade ou posição na igreja sem que seja através dos líderes. Jesus
ensinou que eles vêm disfarçados como ovelhas de Deus. Mat. 7:15-17.

Uma forma simples e básica para detectá-los é quando eles começam a roubar ovelhas.
Ovelha não rouba ovelha. Somente os lobos o fazem.

b) Eles criticam os líderes, usualmente a suas costas, II Jo. 9-10

Todo líder tem debilidades em seu ministério; não obstante, as pessoas não têm o direito de
o diminuir com críticas. A dificuldade descansa às vezes no fato de que algumas das coisas
que um lobo pode dizer, podem ser certas. Porém isto não é uma justificação para sabotar o
ministério de uma pessoa com críticas, especialmente para debilitar os membros da igreja.
Note: algumas coisas que os lobos disseram sobre Paulo em II Cor.10:10.

c) Eles se jactam de sua própria espiritualidade II Cor. 10:12

Note aqui como Paulo escarnece do orgulho espiritual dos lobos. Às vezes, os lobos se
comparam a si mesmos com outros e as comparações sempre parecem estar a favor deles.
Com freqüência declaram ter mais luz em algumas coisas que o missionário e deixam
implícito que eles têm mais que ensinar que o missionário. II Tes. 3:6.

d) Eles tedêm a provocar divisões, Rom. 16:18

Invariávelmente buscam aos crentes fracos, Rom.16:18. Os lobos parecem ter um tipo de
radar interno para detectar o crente débil. Parece uma forma satânica de discernimento. Os
lobos irão diretamente ao crente débil e tratarão de os por a seu favor.

3 - Como tratar com lobos?

“Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo


primeira e segunda vez,”
Tito 3:10

a) Admoestação e rechaço

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Com quase qualquer outro tipo de problema, você normalmente demonstra paciência,
compaixão e misericórdia, porém não deve ser assim com os lobos. Você não deve mostrar
paciência, compaixão nem misericórdia. As instruções de Paulo são claras: um lobo não
merece mais que duas admoestações antes de descartá-lo. Seja muito firme com eles.

Exemplo: Um lobo da seita “Só Jesus” vem à sua igreja. Senta-se tranqüilamente e não
perturba, porém depois da reunião se lança sobre os crentes fracos. Você descobre que ele
está pedindo endereços domiciliários. Você o leva à parte e adverte. Ele regressa outro dia e
faz o mesmo. De novo, você o adverte e deixa bem claro que, caso aconteça mais ofensa,
você terá que fechar-lhe a porta. De novo, ele o ignora. Você então lhe diz que saia e não
volte nunca mais. Uma advertência desde o púlpito para a congregação poderia ser
necessária.

b) Interferência
Toda a igreja, especialmente os cristãos maduros deveriam ser preparados para causar
interferência quando um lobo entra.
___________________________________________________
Se deve preparar os membros maduros
para ajudar em vigia contra os lobos.
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Isto significa simplesmente interceptar o lobo antes que ele ou ela tenha uma oportunidade
de aproximar-se dos fracos e distrai-lo para que não possa causar dano. Todos os crentes
maduros da igreja devem compreender que eles podem ser chamados a interceptar se for
necessário.

XII – Tratando com Pessoas que Causam Divisões

Lobos de Dentro
Os rebeldes são pessoas que causam divisões e representa
um sério perigo para a igreja. O dano potencial é suficiente
para merecer um estudo especial. As pessoas problemáticas
devem ser tratadas de forma um pouco diferente que as
que têm outro tipo de problemas.

A motivação
A pessoa problemática é motivada por um desejo de
controlar. Causa divisão e confusão através da queixa, da crítica e da resistência à
autoridade. Detrás destes sintomas se esconde um anelo de poder. NUNCA conceda
autoridade a estas pessoas.

Características em comum
(Estas características necessitam ser tomadas como um conjunto. Não se aplicam todas a
um indivíduo em particular).
a) Incrivelmente tenaz (persistente)
b) Auto-Estima excessivamente alta
c) Agressividade
d) Tendência a irar-se
e) Atitudes rígidas
f) Muito manipulador e encantador
g) Atitudes independentes
h) Freqüentemente muito inteligente

O trato com os problemáticos

“Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez.”


Tito 3:10

Admoesta duas vezes, não mais

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Estas pessoas representam um perigo maior que qualquer outro tipo de problema, porque
podem dividir a igreja rapidamente. A simpatia e paciência que normalmente um líder
demonstra para com os membros com outros pecados, não são apropriadas neste caso.

O que Paulo ordenou em Tito 3:10 não são meras sugestões. Ele não disse: “aconselha-o”,
mas sim “admoesta-o”. Dê-lhe não mais de duas advertências.

Você não pode permitir-se ceder a tais pessoas. Isto pode parecer severo, sem misericórdia.
No entanto, devemos ter em mente que nossa compaixão é em primeiro lugar para com o
rebanho que Deus tem posto sob nosso cuidado e proteção.

 Evite argumentar com eles


Já tratou argumentar com alguém que o considera bobo? Funcionou?
 Não ceda a suas demandas
O antagonista pode considerar a amabilidade uma forma de debilidade ou temor.
 Não lhes dê autoridade ou reconhecimento
Fazer isto é como tratar de apagar um fogo com gasolina. Eles usarão qualquer
autoridade ou reconhecimento como uma plataforma para posicionar-se demais.
 Evite seções longas escutando suas queixas
As pessoas problemáticas gastarão seu tempo. Segundo estas pessoas, você
necessita convencer-se de que eles estão completamente corretos. Eles gastarão
tanto tempo que você lhes permita para fazer você vê o quão corretos eles estão.
___________________________________
É perigoso ser paciente com
pessoas divisoras.
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XIII - Resoluções de Conflitos Menores e Diplomacia

De vez em quando em uma igreja ocorrem desavenças. Um líder, agindo da forma correta,
pode resolver a maioria delas.

Aqui supomos que o líder não é uma das partes em conflito, que está só fazendo o papel de
mediador entre duas partes. O conflito é relativamente menor, entre gente que se conhece,
e envolve questões sem maior transcendência. As emoções e o ego entraram em jogo.

Algumas vezes o líder é o último a saber quando um conflito está acontecendo na igreja. As
pessoas em conflito costumam esconder suas contendas, temerosas de que o líder não as
apóie e com a esperança de resolvê-las por si mesmas.

Como você pode dar-se conta de que um conflito é iminente?

Um líder necessita está atento aos sintomas típicos de uma crise ou conflito iminente. Um só
índice não é uma clara indicação; no entanto, deveria ser suficiente para atrair a atenção do
líder para que esteja alerta para outros sintomas.

1. Panelinhas
Um pequeno grupo de pessoas amigas é saudável, porém
quando se formam dois ou mais grupos concentrados em
pessoas que poderiam estar em desacordo entre eles, é
provável que um conflito se produza.

2. Ausência
Quando as pessoas estão buscando outra congregação,
isto faz com que assistam de forma irregular à igreja. Neste
caso, é uma boa idéia averiguar com elas, o que não
gostam na igreja. Se eles respondem vagamente, você pode estar descobrindo uma
situação de conflito com outras pessoas.

3. Silêncio
Algumas pessoas param de comunicar-se e se isolam quando sentem que estão em conflito.
Você deveria investigar para trazer o problema à luz.

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4. Sarcasmo
O sarcasmo é sintoma de malícia e deveria ser tratado como tal, e não como se fosse um
mero comentário.

5. Projetos de trabalho que fracassam


Algumas vezes os projetos fracassam porque em primeiro lugar são idéias inúteis ou porque
a pessoa equivocada está fazendo o trabalho. No entanto, algumas vezes, é porque a equipe
está em conflito.

Quando você deve intervir como mediador?

O mero feito de que você é o líder não significa que necessariamente seja a melhor opção
para mediar o conflito. Uma das partes pode resistir a sua mediação, se está ciente que
você está a favor da outra parte. Ainda que seu ofício como líder lhe dá o direito legal de
estar envolvido, é mais efetivo obter a aprovação das duas partes para intervir. Usualmente
é melhor acercar-se a eles como um servo que oferece ajuda, em lugar de fazê-lo como uma
figura de autoridade que traz ordem.

Você deve intervir quando:


• Uma das partes lhe pede para mediar no conflito,
• O conflito cria obstáculo num grupo de trabalho,
• Você é respeitado por ambas partes.

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