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Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho

PLANO
DE
ATIVIDADES
E
ORÇAMENTO 2 0 1 9
1976/2019

43 ANOS DE LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS DOS SINISTRADOS


DO TRABALHO E DOS DOENTES PROFISSIONAIS

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Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho

PLANO DE ATIVIDADES PARA 2019

ÍNDICE pag.
1.CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:.. ................................................................... 3
2. INTRODUÇÃO:........................................................................................................ 3
3.OBJETIVOS ESTRATÉGICOS:................................................................................... 4
4. RECURSOS FINANCEIROS:...................................................................................... 4
5. ÁREAS PRIORITÁRIAS DE INTERVENÇÃO:............................................................... 4
5.1. Intervenção político/social:.................................................................... 4
5.2. Legislação:.............................................................................................. 5
5.3. Seguro Social de Acidentes de Trabalho:............................................... 5
5.4. Acidentes e Doenças Profissionais setor público e privado:.................. 6
5.5. Tabela Nacional de Incapacidades:........................................................ 6
5.6. Doenças Profissionais:............................................................................. 7
6. REPRESENTAÇÃO/INTERVENÇÃO TERRITORIAL:.................................................... 7
6.1. Delegados Distritais................................................................................ 7
6.2. Divulgação e propaganda....................................................................... 7
7. COOPERAÇÃO/PARCERIAS INSTITUCIONAIS:.......................................................... 8
7.1. Movimento Associativo:.......................................................................... 8
7.2. Organizações representativas dos trabalhadores:................................... 8
7.3. Relações Internacionais:.................................................................... ...... 9
8. ATIVIDADES LÚDICAS E RECREATIVAS..................................................................... 9

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No cumprimento da lei e dos estatutos, apresentamos aos associados,


para apreciação e posterior deliberação, o Plano de Atividades e o
Orçamento para o ano de 2019.

1.Caracterização da Instituição

A Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho-ANDST é uma


Instituição Particular sem Fins lucrativos-IPSS, fundada em 1976, vocacionada para
prestar apoio informativo; jurídico; social; psicologico e de avaliação médica de
incapacidade, aos trabalhadores/as vítimas de acidente de trabalho ou de doença
profissional, lutando ao longo dos anos por mais e melhor justiça social para as vítimas
do trabalho, procurando ao mesmo tempo constituir um “porto de abrigo” para as
pessoas com deficiência ou incapacidade adquirida em contexto de trabalho.

2. Introdução
A sociedade inclusiva, isto é, a sociedade onde ninguém (como diz a Constituição da
República) pode ser discriminado em função da deficiência ou incapacidade, longe de
ser uma utopia, é um desígnio pelo qual todos temos que lutar, tendo sempre presente
que não há inclusão sem aceitação. A importância das ONGPD-Organizações não
Governamentais das Pessoas com Deficiência, como é a ANDST, não pode ser (como
tem sido) menosprezada ou secundarizada pelos poderes públicos pois elas
constituem o motor que movimenta a luta pelos direitos humanos das pessoas com
deficiência ou incapacidade e pela sociedade inclusiva.

Para que as Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência-ONGPD


(como é o nosso caso) possam exercer as suas atividades de apoio ás pessoas com
deficiência ou incapacidade, exercendo o dever cívico de lutar pela igualdade de
oportunidades para todos, o Estado (nº 3 do artigo 71º da Constituição da República)
obriga-se a apoiar financeiramente as suas atividades.

A atribuição dos apoios financeiros à ANDST por parte da Segurança Social, ao abrigo
do disposto na Portaria nº 60/2015 para o bom funcionamento do Centro de
Atendimento Acompanhamento e Reabilitação para Pessoas com Deficiência-
CAARPD- e do INR.I.P. para o funcionamento das atividades gerais, constitui factor
importante, mas insuficiente, para o desenvolvimento das atividades de apoio social
aos nossos associados e a todas as pessoas que necessitam e procuram os nossos
serviços.

Para alcançarmos os objetivos a que nos propomos para 2019, (muitos dos quais
transitam de anos anteriores por se manterem atuais) é necessário
mantermos/fortalecermos a resiliência que temos demonstrado ao longo dos anos
porque, estamos certos, dela depende em boa medida, mais e melhor justiça para as
pessoas com deficiência ou incapacidade.

O apoio dos sócios na participação das atividades regulares da Associação, e no


pagamento atempado das quotizações, é condição indispensável e necessária para o
nosso fortalecimento, pois são cada vez maiores os desafios que se nos colocam na
prossecução dos nossos objetivos.

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PLANO DE ATIVIDADES

3 .Objetivos estratégicos:

 Fomentar ações de formação dos funcionários, dirigentes e Delegados Distritais.


 Promover a comunicação externa através das redes sociais designadamente no
facebook, e da página oficial na internet.
 Melhorar os recursos informáticos nomeadamente a base de dados, (tendo em
consideração as novas exigências legais) que permita melhorar a gestão de
processos individuais dos associados e a gestão estatística.
 Reforçar os grupos de trabalho específicos para as atividades gerais da ANDST.

4. Recursos financeiros

 Promover a sustentabilidade financeira através da renegociação dos acordos


com o Instituto da Segurança Social do Porto e Lisboa.
 Lutar pelo reforço das dotações financeiras do INR I.P. designadamente do apoio
financeiro ao funcionamento.
 Utilizar os meios legalmente admissiveis para que a Assembleia da República,
aprove a proposta já apresentada para dotação à ANDST de 1% das multas
aplicadas por violação das regras de segurança.
 Providênciar junto do Instituto da Segurança Social de Coimbra, a celebração de
Acordo de Cooperação para apoio técnico aos associados da Zona Centro.
 Promover uma campanha de sensibilização junto dos associados para
regularização e o pagamento atempado das quotas.
 Procura de novas fontes de financiamento junto de entidades públicas e
privadas.

5. Áreas prioritárias de intervenção

5.1. Intervenção politico/social

 Melhorar a organização dos serviços de apoio ás pessoas com deficiência ou


incapacidade em geral e aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho ou de
doença profissional em particular,

 Realização de uma Conferência, sobre o “Impacto económico/social do acidente
ou doença em contexto laboral nas mulheres”.

 Realização de sessões de esclarecimento, em especial no interior do País, sobre
os direitos das pessoas com deficiência ou incapacidade, em parceria com
instituições públicas e privadas;

 Apresentação oficial/pública da brochura do estudo técnico/ciêntífico “Regresso
ao trabalho acidente-superar obstáculos”;

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5.2. Legislação

O ataque das Seguradoras aos direitos dos sinistrados na tentativa de reduzir, ainda
mais, os quoficientes de incapacidade previstos na Tabela Nacional de Incapacidades-
TNI e o acordão do Tribunal Constitucional-TC que impede os funcionários públicos de
receberem pensões por acidente ou de doença profissionaI indiciam a preparação de
um forte assalto aos direitos dos trabalhadores sinistrados constituindo sinais de
preocupação a que devemos estar cada vez mais atentos. Em 2019 continuaremos a
bater-nos por:

 Regime jurídico: Pressionar, pelos meios legalmente admissíveis a Assembleia


da Repúbica para que sejam aprovadas as propostas de alteração legislativa do
regime jurídico de reparação dos Acidentes de Trabalho apresentadas na
Assembleia da República em 2018.

 Tabela de remição das pensões: A portaria 11/99 que aprova as bases técnicas
aplicáveis ao calculo do capital de remição das pensões, foi mais uma cedência
ás seguradoras ao diminuir em cerca de 10 anos a esperança de vida dos
sinistrados, fazendo com que quando obrigados a remir a pensão sejam
fortemente penalizados. Em 2019, proporemos a revogação desta Portaria, e, em
última instância, a sua substituição pela Portaria nº 632/71 (revogada) por ser
mais favorável aos sinistrados.

5.3.Seguro Social de Acidentes de Trabalho:

 A responsabilidade pela reparação dos acidentes de trabalho é da entidade


empregadora que, obrigatóriamente, a transfere para uma Companhia de
Seguros. Este modelo de responsabilidade privada (que gera milhões de euros
de lucro) é único na Europa e em nada beneficia (como se tem demonstrado) os
trabalhadores que encontram muita dificuldade em fazer valer os seus direitos
perante a poderosa industria de seguros. A nossa Associação, pelos
conhecimentos e experiência de muitos anos, entende que a responsabilidade
pela reparação dos acidentes de trabalho tem que ser do Estado, através da
criação de um Instituto Público de gestão tripartida, e com a participação da
ANDST como garantia da concretização dos direitos dos sinistrados no trabalho.

Enquanto o Estado excluir da sua responsabilidade, como tem excluído, as vítimas de


acidente de trabalho, deixando essa resposta para os privados (as seguradores) é um
Estado Social amputado

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5.4. Acidentes e doenças profissionais/funcão pública e privados

 Os trabalhadores em funções públicas, vítimas de acidente de trabalho ou de


doença profissional, tem sido nos últimos tempos, vítimas de uma atuação
danosa por parte da Caixa Geral de Aposentações-CGA, não só no que se
refere à atribuição da incapacidade por parte das juntas médicas, mas também
na morosidade da atribuição da ajudas técnicas. A violação do Decreto 503/99
por parte da CGA, é uma evidência que tem penalizado fortemente os
funcionários públicos, impedidos pela alinea b) do nº 1 , e do artigo 41º do
Decreto –lei nº 503/99 na redação dada pelo nº 6 da Lei nº 11/2014, de
receberem a pensão a que tem direito.

 Agendaremos para 2019, o estudo de propostas de alteração legislativa que


apresentaremos em sede da Assembleia da República, designadamente para
que, em caso de acidente em serviço que provoque incapacidade permanente,
o subsídio de alimentação e outras prestações de carater regular (como
acontece no privado) sejam tidas em conta para efeito de calculo da pensão, e,
como acima se refere, lutaremos para a revogação do nº 6 da lei nº 11/2014.

5.5.Tabela Nacional de Incapacidades:

A Tabela Nacional de Incapacidades-TNI, enquanto instrumento fundamental para


uma justa reparação dos danos em acidente de trabalho ou doença profissional tem
sofrido algumas alterações que penalizam os sinistrados e doentes profissionais.

 É nosso objetivo, para 2019, lutar pela revisão da T.N.I por forma a que
corresponda aos direitos dos trabalhadores, e lutaremos também pela criação
de Centros Distritais de Avaliação de Incapacidades-CAI constituídos por
equipas multidisciplinares independentes.

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5.6. Doenças Profissionais:

Sendo verdade que o número de trabalhadores/as com doença profissional tem


aumentado, é também verdade que tem sido cada vez mais difícil a sua certificação,
quer pelo Departamento de Proteção Contra os Riscos Profissionais, quer pela Caixa
Geral de Aposentações, em claro preguizo para os trabalhadores. Será nosso
propósito, em 2019:

 Preparar/promover a realização de um Seminário/debate sobre conceito e


reparação das Doenças Profissionais.

 Fazer um levantamento das principais preocupações que os


trabalhadores com doença profissional nos tem colocado, elaborar um
memorandum e fazer entrega ao Ministro da Tutela e Grupos
Parlamentares

 Apresentação de proposta legislativa para que, nos casos em que a


deliberação da junta médica seja favorável ao trabalhador, a Seguradora
pagará ao sinistrado o correspendente a 50% dos custos com o médico
que o representou se este não for designado pelo Tribunal.

6. Representação/Intervenção territorial

6.1.Delegados Distritais

 Não obstante os constrangimentos que advém das dificuldades


financeiras com que nos debatemos, procuraremos encontrar pessoas
(especialmente entre os nossos associados) disponiveis para “abraçar” a
luta pelos direitos das pessoas com deficiência ou incapacidade.

 Tal como tínhamos programado, foram oficializadados, por deliberação
da Direcção Nacional da ANDST, os Delegados nos Distrito de Bragança
(António J.C. Rodriguesda Silva) e de Vila Real (Manuel Armando R. Silva)
que representam a nossa Associação naqueles Distritos.

 Reforçar/dinamizar as atividades dos Delegados Distritais, dotando-os
dos meios necessários para uma maior e mais qualificada intervenção
junto do Poder Local, dos trabalhadores e da população em geral.

 Impulsionar/motivar a criação de um Delegado da ANDST no Distrito de
Faro

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6.2. Divulgação da A.N.D.S.T. e das suas atividades:

 Promoção, com o apoio das Delegações e delegados Distritais, de


campanhas de distribuição de cartazes e desdobráveis nas empresas,
nas autarquias, nos Centros de Saúde e outros locais de acesso público.

 Realização de mostras fotográficas de sensibilização para a prevenção


dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais, em locais de
acesso público.

 Não obstante as vicissitudes económicas e burocraticas que tem


atrazado o nosso projecto, continuaremos, em 2019, a envidar todos os
esforços para a concretização do Memorial.

7.Cooperação/parcerias institucionais:

7.1. Movimento associativo


Desde sempre a nossa Associação e o movimento sindical convergiram na
ação, quer sobre os direitos dos sinistrados no trabalho e doentes
profissionais, quer em questões relacionadas com a prevenção e segurança..
É nosso propósito para 2019:

 Cooperar com o Movimento Sindical, e ourtas organizações


representativas dos trabalhadores, designadamente nas áreas da
sensibilização para a prevenção e informação sobre direitos do setor
público e privado, em caso de acidente de trabalho ou de doença
profissional;

 Reforçar a nossa participação nos Centros Locais de Ação Social-


CLAS,

 Cooperar com outras organizações da sociedade civil, designadamente


Associações Populares de Base, na troca de experiências e saberes
sobre direitos e garantias das pessoas com deficiência ou
incapacidade

 Reforçar a cooperação com o Movimento Associativo das Pessoas com


Deficiência, em especial com a CNOD, tendo como objetivo a luta por
melhores condições de vida para as pessoas com deficiência ou
incapacidade e pela sociedade inclusiva.

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8. Relações Internacionais
Portugal como membro da União Europeia, está obrigado ao cumprimento das
leis e regras internacionalmente estabelecidas, designadamente a Convenção
Europeia sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e, sendo a ANDST
filiada na Federação Internacional dos Mutilados no Trabalho e Inválidos Civis-
FIMITIC, torna-se desejável uma cooperação com Associações congéneres dos
países membro da U.E, propomo-nos em 2019:

 Fortalecer a cooperação com a FIMITIC



 Estabelecer contactos com outras Organizações Europeias de Pessoas
com Deficiência, designadamente em Espanha e Itália.

9. Atividades lúdicas, recreativas e culturais:

 Como vem sendo habitual, em 2019 continuaremos a promover


encontros/convívio, atividades culturais e recreativas, dirigidas aos
associados e familiares, dirigentes e trabalhadores da ANDST.

Novembro de 2018

A Direcção Nacional

Co-financiado pelo INR I.P.

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