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Primeiramente, gostaria de agradecer à todos pela presença, em especial a nossa

argumente, pela disponibilidade, Muito Obrigada. Ao presidente da mesa, à Professora


Doutora Inês e Carla, Muito Obrigada e a todos os presentes.

OBJETIVO

Dito isto, a presente investigação que é intitulada por : “Exploração do sentimento de


insegurança no Brasil a partir e uma abordagem qualitativa”, procurou, como o próprio título
já nos adverte, através de um estudo de natureza qualitativa, explorar os significados
atribuídos às experiências e insegurança. Concretamente, pretendeu-se compreender de que
modo são construídos os significados de sentimento de insegurança e analisar a sua relação
com os contextos físicos, temporais e sociais que o fazer emergir. Procurou-se ainda perceber
o papel da vitimação indireta, focando, sobretudo, a mídia no agravamento do sentimento de
insegurança.

Além disso, tenho que pontuar que a presente investigação teve como base o estudo
português, realizado por Guedes (2016), o qual adaptamos ao contexto brasileiro. Assim,
realizaram-se entrevistas semiestruturadas a moradores de diferentes localidades do Brasil,
por forma a compreender o que estes identificam como principais figuras sociais, contextos e
situações da insegurança, além da forma como manifestam estas experiências.

AMOSTRA

Os sujeitos participantes desta pesquisa se constituíram de cidadãos brasileiros,


designadamente moradores das cidades de Uberlândia-MG, Ouro Preto-MG, Campo Grande-
MS e Castilho-SP, como retratamos no mapa.

Mapa 1 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DA COLETA DA AMOSTRA

LEGENDA:

 Castilho - SP
 Ouro Preto - MG
 Campo Grande - MS
 Uberlândia - MG
Os indivíduos foram selecionados a partir do critério da heterogeneidade, ou seja,
considerando a diversiae dos sujeitos que estamos a estudar, isto porque,
Qualitativo

Guerra, 2006

Weber (1992) pretende fazer da sociologia uma disciplina que encara os


acontecimentos da vida humana sob o ângulo da sua significação cultural, distinguindo-se
assim claramente de um tipo de análise que visa descobrir as leis da regularidade do
funcionamento societal.

Atores que agem tendo em conta a percepção dos outros e balizados por
constrangimentos sociais que definem intencionalidades complexas e interativas.

Assim, as vantagens das metodologias qualitativas são, segundo Poupart (1997), e


várias ordens: de ordem epistemológica, na medida em que os atores são considerados
indispensáveis para entender os comportamentos sociais; de ordem ética e política, pois
permitem aprofundar as contradições e os dilemas que atravessam a sociedade concreta; e de
ordem metodológica, como instrumento privilegiado de análise das experiências e do sentido
da ação.

Nesse sentido, o que se defende aqui é o modelo conceitual esboçado a partir dos
principais contato com o terreno e baseado na revisão bibliográfica tradicional, seja entendido
com a representação hipotética do que se pensa existir na realidade, isto é, como um modelo
explicativo potencial. [...] de fato, estamos num quadro de analise de processos e de
dinâmicas, pretendendo-se não apenas uma mera descrição da realidade, mas também a
interpretação do sentido das dinâmicas sociais (p.30).

A pesquisa qualitativa obtem duas críticas, que são a sua ‘falta de representatividade’ e
a ‘generalização selvagem’ que efetua. De fato, considera-se que não tem muito sentido falar
e amostragem, pois não se procura uma representatividade estatística, mas sim, uma
representatividade social que nada tem a ver com esse conceito. Assim, há dois conceitos que
estão no cerne do debate e do confronto entre as metodologias quantitativas e qualitativas: os
conceitos de diversidade e de saturação. Nestes conceitos reside a capacidade de
generalização e é bom lembrar que para alguns paradigmas, como as grounded theories, trata-
se de produzir teorias substituindo completamente as metodologias hipotético-dedutivas.

Como garantir a representatividade da análise e a generalização?


A diversidade e saturação delimitam os três tipos de estatuto da pesquisa definida por
Bertaux: exploratória, analítica e comunicacional. Cada um destes tipos de pesquisa assume
de forma diferente os critérios de diversidade e de saturação. Mas como definir esses
conceitos e a forma como eles se operacionaliza?

A Diversidade: está relacionada a garantia de que a utilização das entrevistas se faz


tendo em conta a heterogeneidade dos sujeitos que estamos a estudar. De fato, a pesquisa
qualitativa, procurou-se a diversidade e não a homogeneidade, e, para garantir que a
investigação abordou a realidade considerando as variações necessárias, é preciso assegurar a
presença da diversidade dos sujeitos ou das situações em estudo. Por exemplo, torna-se
obrigatório, numa pesquisa que utilize entrevistas, interrogar os sujeitos cujas opiniões seja
heterogêneas, reportando-se a um leque variado de situações. Na perspectiva de Pires (1997),
há a existência de duas diversificação:

Externa (vertical): que identifica a diversidade de atores/situações no contexto social,


que é utilizada quando a finalidade teórica da pesquisa é fornecer um retrato global de uma
questão, ou contrastar um largo acervo de casos variados, por exemplo, pretende-se
representar expectativas de sujeitos das diferentes culturas e classes. Trata-se de escolher
sujeitos os mais diversos possíveis, sendo a amostra constituída a partir de critérios de
diversificação em função de variáveis que, por hipótese, são estratégicas, para obter a maior
diversidade possível de opiniões face ao objeto estuado. Esta tem como efeito reduzir as
possibilidade de saturação no interior do grupo para ganhar na capacidade de dispersão e
comparabilidade intergrupo.

Interna: tem a finalidade teórica diferente, pois se pretende explorar a diversidade num
conjunto homogêneo e sujeitos e situações.

A saturação: é menos um critério de constituição da amostra do que um critério de


avaliação metodológico desta. Cumpre duas funções essenciais: do ponto de vista
operacional, inica em que momento o investigador deve parar a recolha de dados, evitando-
lhe o desperdício inútil e provas, de tempo e de dinheiro; do ponto de vista metodológico,
permite generalizar os resultados ao universo de trabalho (população) a que o grupo analisado
pertence (generalização empítica-analitica) (Pires, 1997b, p.157 cit Guerra, 2006, p.42). - a
saturação é, depois de um certo número de entrevistas, o investigador, têm a noção e nada
recolher de novo quanto ao objeto da pesquisa.
O pressuposto epistemológico este tipo de pesquisa é o de que o informador é um ator
racional capaz de dar sentido às suas ações e que o objeto da entrevista é apreender o sentido
subjacente à vida social.

Palestra de Fernando González Rey – Epistemologia Qualitativa

Na procura de objetividade a ciência foi se despersonalizando, o autor na psicologia, em particular, o


autor desaparece. [...] essa falta de cultura, de dialogo, de uma filosofia trouxe um problema para a
psicologia que foi tentar abrir guarda-chuvas de nomes filosóficos mas sem dominar a filosofia. “a
ciência é modelada pelo empírico”.

A subjetividade do ser humano, por exemplo ‘eu não respondo a forma que você me fala, a forma
que você me fala é produzida por mim de determinada maneira, independência do momento da
relação, da forma que estou inserido no contexto’.

A teoria não poderia antecipar a construção, a teoria não poderia explicar, a priori, o fato, que é algo
que o uso da teoria ...

A subjetividade é inseparável do conceito de discurso, como foulcol disse do discurso na cultura do


saber. O discurso como prática, ou seja, não existe nada que seja um significado isolado, todo o
significado existe uma família de processos simbólicos e um jogo de significantes que foi o ponto
mais forte que lá came. O significado está em um jogo de significantes.

O tema os sentidos interessa mais que o tema do significado, porque quero ver como a
emocionalidade está presente em todo o tempo da operação psicológica macro.

‘não é a lógica que é um recurso a priori da produção do saber. É o envolvimento do sujeito do saber
no processo de produção do que se quer saber’. A interpretação é sempre a produção de um novo
significado sob uma diversidade de eventos que em seu relacionamento não tem significados. Então,
todos nós para fazer ciência temos que ter imaginação.

A ciências humana é uma comunicação,

O singular é central para a produção científica, ou seja, o estudo do singular tem valor científico. Isto
foi totalmente negado pelo positivismo tradicional. Pois, se partimos de que a única base de
legitimação do saber é a indução nós não temos como legitimar.

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