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Distúrbios lipídicos
(Ver Cap. 189) Tanto o colesterol LDL elevado quanto o colesterol HDL baixo estão
associados a eventos cardiovasculares. Cada aumento de 1 mg/dL no LDL sérico
correlaciona-se com uma elevação de 2 a 3% no risco de DAC; cada redução de
1 mg/dL no HDL aumenta o risco em 3 a 4%. As diretrizes do ATP III aconse
lham um perfil lipídico em jejum [colesterol total, triglicerídeos, HDL e LDL (cal
culados ou medidos diretamente)] em todos os adultos, repetido a cada 5 anos.
A abordagem dietética e/ou farmacológica recomendada depende da presença ou
risco de DAC, bem como do nível de LDL (Quadro 215.2); o tratamento deve ser
mais agressivo com a DAC estabelecida e naqueles com "risco equivalente" (p. ex.,
doença arterial periférica ou diabetes melito). A terapia medicamentosa é indicada
quando o nível de LDL ultrapassa a meta mostrada no Quadro 215.2 em 30 mg/
dL (0,8 mmoi/L). Se o nível elevado de triglicerídeos [> 200 mg/dL (> 2,6 mmoi/L)
persiste após o controle do LDL, o objetivo secundário deve ser atingir o nível do
colesterol não HDL (calculado como colesterol total menos HDL) !> 30 mg/dL (0,8
mmoi/L) acima dos valores-alvo listados no Quadro 215.2. Nos pacientes com HDL
baixo isolado, deve-se incentivar a adoção de medidas que promovam um estilo de
vida saudável: cessação do tabagismo, perda de peso e aumento da atividade física.
Considerar o acréscimo de um derivado do fibrato ou niacina para elevar o HDL
nos pacientes com DAC estabelecida (ver Cap. 189).