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A IMPORTÂNCIA DOS APLICATIVOS/SISTEMAS NO ATENDIMENTO,

NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS) E NA ESTRATÉGIA DE


SAÚDE DA FAMÍLIA1

Cloves Batista Silva Junior


Aline Oliveira Marques
Beatriz Campos
Roselena Garcia de Freitas
Karine ​Vilela

RESUMO

O artigo discorre sobre a importância de sistemas de informação/aplicativos como


ferramenta de auxílio ao processo agendamento e realização de consultas médicas.
Faz-se abordagem sobre a saúde pública no Brasil, tomando como princípio
Unidades Básicas de Saúde (UBS), antigos PSF. Inicialmente, faz-se uma
abordagem sobre os procedimentos manuais, direcionada às unidades de saúde
descrevendo as dificuldades existentes nas atividades realizadas de forma
convencional sem sistemas informatizados.. Faz-se ainda uma apresentação dos
sistemas existentes utilizados no atendimento médico de pacientes, descrevendo
sobre prontuário eletrônico, assim como a meta do prontuário virtual nacional. Toda
referência teórica foi feita para que pudesse ser coletada e aplicada essas
informações referente ao processo de atendimento médico para o desenvolvimento
do artigo.
Palavras-Chave: ​Atendimento, UBS, Sistemas, Saúde, tecnologia​, Gestão,
Aplicativos.

ABSTRACT

The article refers to the importance of information systems / applications as a tool to


help the process of scheduling and conducting medical consultations. An approach is
taken on public health in Brazil, based on Basic Health Units (UBS). Initially, a
general approach on public health, directed to the health units describing the
principles of the Unified Health System its components and guidelines. It also
discusses the family health strategy program, presenting primary health care with its
characteristics and relation to medical consultations. There is a presentation of the
existing systems used in medical care, describing electronic medical records, as well

1
Artigo final do curso de especialização em Inovação em Mídias Interativas, do Media Lab / UFG, sob
orientação do prof. Dr. Cleomar Rocha.
as the goal of the future national virtual medical record. All the theoretical basis was
made so that this information could be collected and applied in the development of
the article.

Key Words:
Service, UBS, Systems, Health, Technology, Management.

INTRODUÇÃO

A saúde, segundo a Constituição, é “direito de todos e dever do Estado”. Que


deve prevenir e orientar os cidadãos a cuidar da saúde e evitar riscos físicos,
químicos, fisiológicos, psíquicos, mecânicos e, principalmente, biológicos, inerentes
às atividades cotidianas e também às consequências financeiras que a doença
causa ao Estado e a Sociedade.
A criação do Sistema Único de Saúde foi um movimento de inclusão social de
efetiva representatividade histórica no Brasil e afirma o compromisso do Estado
brasileiro com seus cidadãos. Na Conferência Internacional sobre Cuidados
Primários de Saúde, realizada em Alma-Ata (Cazaquistão, antiga URSS), no ano de
1978, ficou estabelecido em um plano mundial, por meio do documento final deste
evento, a Declaração de Alma-Ata, em que a participação efetiva dos Estados na
saúde do seu povo através da promoção de políticas de saúde que visassem o
bem-estar físico, mental e social como direitos fundamentais dos seus habitantes,
priorizando principalmente os cuidados primários. A saúde é considerada a mais
importante meta social mundial e para a sua realização, faz-se necessária a
integração com os diversos setores sociais e econômicos (VENTURA, 2003).
Concomitantemente a esse evento histórico da saúde mundial, o Brasil
passava por um momento de fervor coletivo por mudanças políticas voltadas para a
redemocratização do país, que se intensificaram na década de 1980, por meio de
manifestações populares por eleições diretas de um presidente civil, e, no campo da
saúde, voltado para uma atenção abrangente, democrática e igualitária, tendo como
principais atores sociais os intelectuais, as lideranças políticas, os profissionais da
saúde, os movimentos estudantis universitários, os movimentos sindicais, entre
outros, o que culminou com o esgotamento do modelo médico assistencial privatista
vigente (MEDEIROS JÚNIOR E RONCALLI, 2004).
Conforme estudo realizado muitas unidades de saúde realizam o atendimento
manual, como consequência os funcionário responsáveis pelos atendimentos
perdem bastante tempo preenchendo fichas e prontuários de forma manual, com
isso, o agendamento e gerenciamento das consultas passa por algumas dificuldades
devido ao grande número de prontuários, ou seja, há um acúmulo de cadastro e
tem-se duplicação de prontuários, dessa forma o histórico de informações desses
pacientes se torna um procedimento falho.
Todos esses fatores acabam gerando transtornos aos pacientes,
principalmente com relação a demora no atendimento que está relacionado processo
manual de preenchimento de fichas, e, sobretudo a estruturação dos dados
recolhidos. As fichas armazenados em armários, e são passíveis de serem retiradas
e colocadas em ordem irregular em relação a como deveriam estar, provocando
dificuldades em relação a futuras buscas.
Diante do apresentado, esse artigo tem foco principal a exposição de
sistemas/aplicativos que podem proporcionar melhorias nas etapas de atendimento
médico para as unidades básicas de saúde, ou seja, a importância desses
aplicativos na atualidade. Essa informatização tem como proposta minimizar alguns
desses problemas que estão relacionados a gestão dos atendimentos dos Postos de
Saúde, desde o cadastro inicial até consultas médicas das unidades de saúde.
Além disso, o uso de sistema de informação na saúde possibilitará a
integração das informações do prontuário médico de outros atendimentos já
realizados em outras unidades básicas de saúde, ou seja, livre acesso ao histórico
do paciente. Independente do médico ou outro profissional que tenha efetuado o
atendimento anterior, a base única de dados facilitará o cadastro e a busca das
informações dos pacientes a nível municipal, estadual e até mesmo nacional, tanto
para a recepcionista que efetua, localiza e/ou encaminha o paciente para
atendimento médico,triagem, aos profissionais diversos de acordo com suas
permissões de acesso.
Para que esse artigo fosse desenvolvido foi necessário um estudo
aprofundado sobre o tema, assim como a experiência de parte dos autores deste
artigo com a prestação serviços de tecnologia da informação, inclusive realizando o
processo de informatização desses locais, foi possível discorrer no artigo sobre a
importância desses sistemas/aplicativos, onde se inicia na criação do prontuário,
onde é necessário os documentos e informações pessoais do paciente para efetuar
o cadastro inicial, ou seja, desde a marcação dessas consultas até quando os
pacientes são encaminhados para atendimento médico, ou outro profissional de
saúde.
Para isso foi essencial realizar pesquisas científicas em periódicos
conceituados, livro, internet para que assim se tivesse uma visão genérica do
atendimento nas unidades básicas de saúde UBS, e dos principais sistemas
utilizados e assim apresentar a importância de um sistemas/aplicativos na área de
saúde, e alguns componentes desse processo .

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Prontuário Eletrônico

O prontuário médico ​é a soma de todas as informações a respeito do paciente.


Nele, constam exames clínicos do paciente, as fichas de ocorrência e de
prescrição terapêutica, os relatórios de enfermagem, ficha de registro dos
resultados de exame. O prontuário é considerado um dossiê do paciente.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (2012), o Prontuário Eletrônico
do Paciente (PEP), primeiro passo para um registro eletrônico foi possível
graças a evolução e o crescimento da tecnologia, que inclui principalmente a
criação do computador e a internet, isso foi um marco para a saúde, pois
surgiram inúmeros sistemas que proporcionaram melhorias no cotidiano desse
setor, e esses sistemas, que utilizam o prontuário eletrônico, promoveram
maior agilidade no atendimento, possibilitando que o médico dedique mais
tempo aos pacientes. Além disso, o compartilhamento das informações
internas entre as unidades de saúde possibilita um melhor acompanhamento
do paciente.
Portanto o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) é software que está
sendo implantado pelo governo nas Unidades Básicas de Saúde com o
objetivo de integrar as informações dos usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Conforme estudo realizados descreve que o PEC consegue "dialogar" com
o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) de redes privadas, e pode ser
utilizado em locais com sistema híbrido. Os municípios que já utilizam PEP
próprio não precisam migrar para o sistema feito pelo SUS, desde que o
sistema utilizado já tenha integração com o e-SUS AB.

De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina n°


1638/2002, define prontuário como:

Definir prontuário médico como o documento único constituído de um


conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de
fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência
a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a
comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo.

​Tornando-se, desta forma, um item obrigatório para todos os pacientes que

entram no consultório, além de ser indispensável para um atendimento


contínuo de qualidade, visto que serve para análise de evolução de doenças.
Por se tratar de um registo tão importante, ​em 2007 o Conselho Federal de
Medicina (CFM) autorizou o uso de sistemas informatizados para a guarda e
registro deste tipo de informação, ou seja, ​os prontuários mais tradicionais, em
formatado em papel, passaram para o meio eletrônico.
Prontuário Virtual Eletrônico Nacional

O prontuário manual comumente armazenado em armários e gavetas sempre


foi peça fundamental para o uso e acesso das informações contidas nele. No
entanto, possui grandes desvantagens, pois sua ordem pode ser alterada com
facilidade, pode ter duplicação de prontuários. Porém, com a informatização já e
possível integrar essas informações, entre um município e todas as unidades de
saúde. Isso só é possível através da base de dados do e-SUS, que oferece acesso
aos dados até mesmo de outros estados. A atualização dos bancos de dados
facilitaria as consultas, pois possibilita que o médico conheça o real histórico do
paciente.
O prontuário virtual é um dos grandes sonhos da informática médica no
Brasil, esse sistema integraria todas as informações, referente a atendimentos já
realizados da população brasileira, ou seja, o histórico minucioso do paciente que foi
atendido independente do local que ele vive ou foi atendimento.
Mas, independente do conceito, o Prontuário Virtual deve ser um sistema
que cumpra regras de sigilo, dispor de um caráter assistencial, ético, legal e
científico, e que possibilite a comunicação entre os membros da equipe
multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao paciente.
São inúmeros os benefícios que essa inovação poderia proporcionar na
Saúde Pública, como por exemplo, um paciente que passou por um atendimento em
Minas Gerais, e foi constatado que esse paciente é alérgico a um determinado tipo
de medicamento, onde essa reação adversa foi anotada em prontuário manual,
posteriormente em uma viagem para o Estado de Goiás, foi necessário que essa
pessoa passasse por uma nova consulta médica, porém como o médico
desconhecia tal alergia e também não foi informado pelo paciente, possivelmente
ele poderia indicar uma medicação que fosse alérgica ao paciente. Ou seja, há um
acesso mais veloz ao histórico de saúde e às intervenções às quais o paciente foi
submetido. Além da eliminação da redundância de dados e de pedidos de exames
complementares; fim da redigitação das informações; integração com outros
sistemas de informação; processamento contínuo dos dados, deixando-os
imediatamente disponíveis para todos os atores envolvidos no cuidado ao paciente;
informações organizadas de forma mais sistemática; facilidade na coleta dos dados
para emissão de relatórios; acesso ao conhecimento atualizado com consequente
melhoria do processo de tomada de decisão e da efetividade do cuidado.
De acordo com, Perondi et al, citado por Patrício et al. (2011), apontam outras
vantagens como:
Inexistência da possibilidade de extravio das fichas; possibilidade de
priorização do atendimento para os casos graves. Todos esses
fatores contribuem para o aumento da qualidade no preenchimento
dos prontuários; pode evitar deterioração, perda e alteração das
informações; há melhor controle de medicações podendo minimizar
erros. No âmbito da saúde pública, os registros atualizados tanto em
nível municipal até nacional poderiam apoiar a definição de políticas
públicas e regular as demandas.

No entanto algumas dificuldades impedem este projeto de Prontuário Virtual,


segundo LIMA (2006, p.113):

Existem vários obstáculos para a realização desse sonho. Sendo um


dos mais importantes a questão da segurança das informações.
Apesar de toda a tecnologia em segurança de dados, existem hackers
capazes de invadir sistemas considerados seguros, como o do
Pentágono nos Estados Unidos. Esse risco de invasão compromete o
sigilo médico, tornando-se um fator limitante para a implantação desse
projeto.

Por isso algumas dificuldades podem ser encontradas, mas com os grandes
investimentos realizados na tecnologia da informação e o seu constante
crescimento, essas barreiras serão vencidas e consequentemente poderá se tornar
uma realidade em todas as unidades de saúde pública do brasil, com isso pode-se
considerar que tal padronização nacional nos prontuários de forma digital será um
marco para a Saúde Pública brasileira, aos profissionais de saúde e principalmente
os pacientes atendidos nesses locais.
EXPANSÃO DA INFORMATIZAÇÃO

No ano de 2018, foram assinadas duas resoluções que visam a


informatização do Sistema Único de Saúde, facilitando, desta forma, o registro
de informações, são eles: Conjunto Mínimo de Dados (CMD), ferramenta que
tem como proposta unir os sistemas de saúde existentes e o Comitê Gestor
da Estratégia E-saúde. De acordo com o Governo Federal:

​A implantação do Conjunto Mínimo de Dados (CMD) será


gradual e unificará nove sistemas adotados no SUS: Boletim
de Produção Ambulatorial (BPA), Autorização de Procedimento
Ambulatorial (APAC), Registro das Ações Ambulatoriais de
Saúde (RAAS), Autorização de Internação Hospitalar
(SISAIH01), Coleta da Comunicação de Informação Hospitalar
e Ambulatorial (CIHA01), Sistema de Informação Ambulatorial
(SIA), Sistema de Informação Hospitalar (SIH), Processamento
da Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial
(CIHA02) e Sistema de Regulação, Controle e Avaliação
(SISRCA). O registro das informações no CMD será realizado
por todos estabelecimentos de saúde públicos e privados em
território nacional, e poderá ser realizado por meio dos
sistemas já existentes. (2018)

Já o E-saúde, ainda segundo Governo Federal (2018), é o “​conjunto de ações


que qualifica a gestão da saúde por meio eletrônico, como o CMD, o Registro
Eletrônico de Saúde (RES) e a Telemedicina”​. ​De acordo com o Ministro da Saúde,
Ricardo Barros, em entrevista sobre o DATASUS (Departamento de Informática do
SUS):

Precisamos usar a tecnologia para integrar os dados da saúde,


promover a correta aplicação dos recursos públicos, aprimorar
o planejamento das ações e, principalmente, ampliar o acesso
e a qualidade da assistência prestada à população, tornando o
atendimento mais eficiente. (2018)

Portanto ​com toda essa informatização teremos a integração das


informações dos municípios e estados, dessa forma vai ser possível enviar e
distribuir recursos de forma mais proporcional às realidades e necessidades de
todas as cidades que estejam integradas e esse sistema.
UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA SAÚDE

Nas últimas décadas, ocorreu a grande evolução e expansão da


informática, foi possível então o uso da tecnologia da informação em ambientes que
pudessem proporcionar satisfação a população em relação aos serviços públicos,
pois a utilização desses recursos proporcionaram melhorias no processo de
funcionamento das organizações, devido tais melhorias essa inovação foi incluída
em diversos setores, até chegar na saúde pública, agilizando os processos, gerando
possibilidades de acompanhamento, reprodutibilidade, compartilhamento e acesso,
informatizando os setores.
De acordo com (VIEIRA, 2010, p.107)

Vive-se uma época em que observa uma grande quantidade de


informações nas mais variadas áreas do conhecimento, sendo árdua
a missão de torná-las úteis no processo de tomada de decisão. A
tecnologia da informação aliou-se à saúde, fazendo surgir a
informática médica e trazendo-lhe instrumentos e abordagens que
facilitam o processo de gerenciamento dos dados médicos.

Portanto, o uso da tecnologia da informação é muito importante, e é


fundamental para que se tenha algumas melhorias nas atividades cotidianas desses
locais, e com isso atinge diretamente e positivamente a população que utiliza esses
serviços.

Sistemas na Saúde

Novos tratamentos, técnicas e descobertas na saúde trazem melhoria na


qualidade de vida das pessoas. Essas melhorias na medicina não se reduzem às
inovações científicas e à qualificação dos profissionais.
A tecnologia pode transformar a gestão da saúde, diminuindo o número
de erros e liberando diagnósticos mais corretos, além de otimizar e tornar mais
eficiente as consultas nos consultórios e nas emergências.
Para propiciar um atendimento de excelência aos pacientes, é necessário
profissional qualificado, serviço de qualidade e a junção de fatores como celeridade,
exatidão, conectividade e acesso imediato a informações, além de gentileza e
pró-atividades.
O sistema de atendimento na saúde, pode envolver tarefas simples como
agendamento de consultas, encaminhamento de uma consulta até as atividades
mais complexas como a transmissão de informações de faturamento de
procedimentos, modelos de relatórios e principalmente recebimento de recursos do
Ministério da Saúde. Esses sistemas possuem como característica principal, trazer
melhorias nas atividades diárias dos profissionais envolvidos e também para a
população que utiliza o serviço.
De acordo com Shortliffe e Perrault, citado por Vieira (2004, p.107),
propõe a definição de informatização médica como: “campo científico que trata do
armazenamento, recuperação e uso otimizado da informação biomédica, dados e
conhecimento para resolução rápida de problemas e tomada de decisões”.
Segundo Siqueira (2005), um sistema de informação precisa de três
matérias-primas: dado, informação e conhecimento. Siqueira ainda referência outros
autores como Almeida Filho e Rouquayrol (2003) para justificar que, ​no setor da
saúde, a informação ​subsidia o processo decisório, uma vez que auxilia no
conhecimento sobre as condições de saúde, mortalidade e morbidade, fatores de
risco, condições demográficas. Para eles, os sistemas de Informação da Saúde
(SIS) são compostos por uma estrutura capaz de garantir a obtenção e a
transformação de dados em informação, em que há profissionais envolvidos em
processos de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise, divulgação e
recuperação de dados.
O Ministério da Saúde (MS) mediante a Política Nacional de
Informação tem como objetivo:

​ romover o uso inovador, criativo e transformador da


P
tecnologia da informação, para melhorar os processos de
trabalho em saúde, resultando em um Sistema Nacional de
Informação em Saúde articulado, que produza informações
para os cidadãos, a gestão, a prática profissional, a geração de
conhecimento e o controle social, garantindo ganhos de
eficiência e qualidade mensuráveis através da ampliação de
acesso, equidade, integralidade e humanização dos serviços e,
assim, contribuindo para a melhoria da situação de saúde da
população. (BRASIL, 2004).

Um sistema de informação em saúde representa um meio para a


obtenção de informações necessárias para que os serviços de saúde possam
desenvolver e aplicar estratégias, que possibilitem melhores condições ao
planejamento e à avaliação de ações para melhorias na área da saúde. ​Todas as
atividades realizadas por um Sistema de Saúde geram dados que podem produzir
informações, de acordo com os mais variados tipos de sistemas.
Tipos de sistemas:
● Sistema de Informações Ambulatoriais: informa sobre a produtividade de
consultas de gineco-obstetrícia e também sobre a cobertura de gestantes
alcançada com as consultas de pré-natal realizadas;
● Sistema de Informações Hospitalares informa sobre a ocorrência de
complicações ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério;
● Sistema de Informações sobre Mortalidade informa sobre o índice de
mortalidade materna

De acordo com Ferreira, a associação desses sistemas, permite


uma avaliação de respostas, como, produtividade de consultas, a cobertura das
consultas de pré-natal, a ocorrência de complicações no parto e do impacto, o índice
de mortalidade materna, sobre uma determinada situação de saúde.
Além disso, podemos enumerar benefícios como: informação mais
pontual e, conseqüentemente, a redução no tempo de execução de uma tarefa, a
redução de procedimentos e a redução de papel e benefícios também imateriais a
redução de erros e conseqüentemente o aumento da precisão, a melhoria dos
serviços aos clientes. Outro fator relevante é: ​ampliar o alcance dos serviços de
saúde e conectar médicos, organizações e pacientes.
Sistemas de Gestão e Atendimento Médico Existentes

Existem diversos sistemas de informação, cada um com suas peculiaridades,


no entanto, alguns são bastante complexos e podem não atender as necessidades
de uma pequena clínica ou até mesmo município, pois muitas das funcionalidades
não correspondem aos objetivos que as unidades de saúde, e a secretaria de saúde
desejam nesses sistemas. Ou seja, não são sistemas personalizados a determinado
local de saúde, são considerados genéricos por possuir múltiplas funções.
Nas unidades de saúde atualmente são comumente utilizados o e-SUS,
fornecido pelo Ministério da Saúde, sendo o e-SUS Pec o mais comumente utilizado
nos atendimentos em geral. Utilizados no âmbito da estratégia de Saúde da Família,
proporcionados através das UBS, é usado em alguns locais ainda Prodata módulo
Saúde, Betha módulo saúde. Existem sistemas também para atendimentos
particulares como clínicas hospitais como o Hidoctor, Online Doctor, Data Health,
Mdmed dentre outros que podem ser encontrados na internet.

Sistema e-SUS

O sistema e-SUS é fornecido gratuitamente e é uma estratégica que o


Governo Federal criou para atender os pacientes. O programa que está
informatizado e busca auxiliar o atendimento aos pacientes, facilitando o controle de
atendimento e gerenciamento dessas unidades de saúde, proporcionam meios para
financiamento, faturamento de procedimentos realizados, ou seja, dos atendimentos
feitos pelos profissionais de saúde nas unidades básicas de saúde, proporciona
também uma visão mais real da saúde dos municípios e consequentemente aos
seus gestores, e pr
incipalmente possibilitam uma maior agilidade no atendimento dos
pacientes, evitando a duplicidade de prontuários dentre outros erros já citados no
uso dos prontuários físicos.
O E-sus é dividido em dois módulos: o SISAB, que é voltado para ser feito
o levantamento de recursos em programas do Ministério da Saúde, e o e-SUS AB,
que é composto pelos sistemas (CDS) e (PEC), a coleta de dados simplificada
(CDS), que é interligado com todo sistema e é alimentado e transmitida as
informações das fichas convencionais para o sistema, naqueles locais onde ainda
está em processo de informatização, já aqueles que já são informatizados os dados
são preenchidos diretamente no sistema. Por fim, temos módulo o prontuário
eletrônico do cidadão (PEC), onde são preenchidas todas as informações do
paciente para um atendimento na Unidade Básica de Saúde, desde seu cadastro,
agendamento e atendimento no consultório médico, enfermaria, ou outro.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por meio de pesquisas bibliográficas foi possível apresentar distintos


sistemas para gestão em saúde que poderiam ser utilizados como sistema das
Unidades de Saúde.
O acesso à Internet trouxe mudanças significativas na vida das pessoas,
à medida que os computadores (desktops e notebooks) foram sendo substituídos
pelas suas versões móveis, como tablets e smartphones. Numa pesquisa exposta
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa
Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), foi constatado que 80,4% das famílias
brasileiras entrevistadas utilizam o smartphone como meio fundamental de entrada à
Internet, substituindo computadores, tablets, TVs inteligentes e outros equipamentos.
Além dos benefícios práticos, os dispositivos móveis possuem um custo
mais baixo para a maioria da população, sendo mais simples de manusear,
multitarefas e portáteis. Hoje em dia, os celulares, que antes tinham a funcionalidade
de enviar e receber ligações e/ou mensagens, auferiram inovação e ampliaram suas
funções ao juntar conveniência com serviços que permitem a seus usuários assistir
vídeos, ler livros eletrônicos, acessar mapas, navegar nas redes sociais,
compartilhar informações, e outros. Á margem da versatilidade que um aparelho
móvel possibilita, aliado às ferramentas da internet cujo traço principal é a
colaboração e interatividade, surgiram os aplicativos (apps) desenvolvidos
principalmente para estes aparelhos.
Com esse grande aparato de recursos tecnológicos disponíveis na
atualidade têm-se necessário além dos sistemas convencionais, aplicativos móveis
que sejam suportado nessas plataformas e consequentemente seja feito todo o
processo em todos os meios disponíveis.
Pode-se dizer que os sistemas e ferramentas utilizados pelo SUS no
decorrer dos ​anos foram evoluindo, e que apesar de muitos locais já serem
informatizados, o processo de informatização está em constante expansão, e com
isso a sociedade pode ser cada vez mais beneficiada com essas melhorias
realizadas no processo de atendimento nas unidades básicas de saúde.

CONCLUSÃO

Com todo esse bombardeio tecnológico, conclui-se​, a tecnologia da


informação na saúde, está sendo cada vez mais utilizadas, e está fazendo com que
os modelos de negócio, sistema público deste setor tenham que se adaptar.
Criam-se ​sistemas/aplicativos, que são vantajosos e de suma importância para os
profissionais envolvidos no processo de atendimento médico, e principalmente para
a gestão das unidades de saúde, uma vez que proporcionará vantagens e melhorias
nas etapas de atendimento, ou seja, aumentando a facilidade do atendimento sob
demanda.
Com isso, o processo de atendimento será menos desgastante e
demorado, tanto para os pacientes quanto para os funcionários das UBS,
proporcionando assim uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Os sistemas informatizados propiciam ainda uma melhor integração das
informações entre médicos, revolucionando os modelos de relacionamento e
atendimento na saúde. ​A importância com a implantação dos aplicativos também
facilita e oferece agilidade, qualidade, rapidez no atendimento, ​melhor comunicação
com pacientes, manutenção de dados do paciente e ainda ser possível gerenciar e
avaliar toda a gestão da saúde pública, traçar planos de ação e, desta forma,
aperfeiçoar e integrar tecnologicamente todo o sistema aos atendimentos realizados
das unidades básicas de saúde.

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