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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, prescreve que
“o estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”, garantindo, dessa maneira, os meios necessários para o livre
acesso à justiça.
Infra constitucionalmente a matéria é regulada pela consolidação da legislação
trabalhista (CLT). Confira-se:
Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no
Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos
obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
(RedaçãG dada pela Lei no 10.537, de 27 .8.2002)
( ... )
§ 3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho
de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário
igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social.
§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência
de recursos para o pagamento das custas do processo.
Para tanto, a reclamante, por ser pessoa física, basta a mera declaração de ausência
de recursos para que seja deferida a gratuidade. Por seu turno, o art. 99, § 3 °, do CPC,
prevê a presunção de veracidade da alegação de que não há recursos financeiros para arcar
com as despesas processuais quando se tratar de pessoa natural.
Isto posto, o reclamante não detém condições de demandar judicialmente sem que
tenha nenhum abalo em seu sustento e no de sua família. Assim, por ser considerada pobre
na forma da lei, faz jus a concessão da justiça gratuita nos termos do art. 98 do CPC/2015.
2. DOS FATOS
3. DO DIREITO
B) ATIVIDADE INSALUBRE
O simples exercício do menor aprendiz em atividade insalubre desqualifica o
contrato de menor aprendiz, pois trata-se de atividade expressamente vedada pela
Constituição Federal, nos termos do art.7.º,XXXIII:
Por tais razões que deve ser reconhecido o dano moral causado ao reclamante com
a reflexa condenação indenizatória.
3.3 - DAS HORAS EXTRAS E DO INTERVALO INTRAJORNADA
Destarte, a teor do que dispunha a CLT até entrada em vigor da lei № 13.467 de
2017, deverá a Reclamada remunerar a hora que deixou de conceder a Reclamante :
Ensina Mario de La Cueva, lembrado por Plá Rodriguez, que este princípio:
Com efeito, diante da rescisão não motivada e antecipada do contrato por tempo
determinado, tem o Reclamante o direito a receber todas as seguintes verbas rescisórias,
nos termos dos arts. 479 e 480 da CLT, tais como
a) Saldo de salário;
b) Metade da remuneração a que teria direito até a data
do término do contrato;
c) Férias proporcionais;
d) 13º salário proporcional; e
e) Liberação das guias do FGTS
Considerando que o Reclamante não recebeu no prazo legal as verbas a que fazia
jus quando da dispensa, resta configurada a multa do art. 477, § 8º, da CLT.No mesmo
sentido, os seguintes precedentes da Alta Corte Trabalhista:
Assim, devido o pagamento da multa, eis que as verbas rescisórias não foram
pagas no prazo legal, impondo-se a penalidade em razão da mora.
5. DOS PEDIDOS
Junta em anexo os cálculos discriminados das verbas requeridas nos termos do Art. 840,
§1º da CLT.
Por fim, pugna para que todas as intimações sejam realizadas exclusivamente em
nome da advogada RAFAEL RODRIGUES DE AZEVEDO LOPES, inscrita na
OAB\PB Nº20160152340.
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RAFAEL RODRIGUES DE AZEVEDO LOPES SILVANO DE ARAÚJO GUERRA JÚNIOR
Matrícula: 20160152340 Matrícula: 201700019835