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DIREITO GV
SÃO PAULO
2006
2
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno,
Em conformidade com a atual legislação que regulamenta os cursos de pós-
graduação lato sensu, a elaboração individual de um trabalho de conclusão de curso
(TCC) constitui requisito obrigatório para a obtenção do certificado de especialista.
O Programa de Educação Continuada e Especialização GVlaw elegeu o
artigo científico como modalidade de TCC a ser apresentado. Referido artigo deverá
versar, preferencialmente, acerca de um problema jurídico envolvendo sua atividade
profissional, de Direito Aplicado, exposto na forma de estudo de caso, análise
jurisprudencial, pesquisa interdisciplinar, dentre outros.
O tempo destinado à elaboração e orientação do TCC não é computado na
carga horária mínima de 360 horas de curso, mas sim na sua carga horária total,
sendo-lhe conferidas 80 h/a.
Não haverá defesa do TCC, sua avaliação será feita por dois professores,
diversos do seu orientador, por meio do sistema de blind review.
A correção do TCC pautar-se-á por critérios formais e materiais. Dentre os
critérios formais, verificar-se-á a observância das normas da ABNT e do Programa,
bem como realizar-se-á análise acerca da correção gramatical, da coerência e da
coesão do texto. No tocante ao aspecto material, verificar-se-á o domínio do
conteúdo e a originalidade da pesquisa (enfoque dado ao tema e a metodologia
empregada).
O material ora apresentado foi desenvolvido para auxiliá-lo no
desenvolvimento dos aspectos formais do seu projeto de pesquisa e do seu artigo
científico.
3
PROJETO DE PESQUISA
2 Delimitação do tema
Para proceder à delimitação do tema o pesquisador pode utilizar-se das
seguintes estratégias: assunto; autor; circunscrição espacial; circunscrição temporal
(política, social, econômica, histórica, etc.) ou uma combinação de dois ou mais
critérios.
Delimitar, portanto, corresponde a selecionar aspectos de um tema,
limitando a escolha a um deles, para que o assunto seja tratado com a
suficiente profundidade, que se espera dos trabalhos de graduação e
conclusão de curso. (ANDRADE, 1997, p. 66).
3 Objetivos
Neste item o pesquisador deverá esclarecer o que pretende com a pesquisa,
qual sua finalidade, quais são os resultados ou as conclusões que deseja obter.
4 Justificativa(s)
O que levou o pesquisador a escolher o tema, o problema e a hipótese (se
houver)?
A(s) justificativa(s) é (são) fator(es) decisivo(s) para que uma pesquisa seja
aceita ou não pela(s) pessoa(s) ou entidade(s) que vai (vão) orientá-la ou financiá-
la.
É nesse item que se demonstra sintética, mas abrangentemente, as razões
teórico-práticas que fazem necessária ou relevante a realização da pesquisa. Deve-
se ressaltar, consoante Lakatos e Marconi (1992, p. 103):
a) o estágio em que se encontra a teoria respeitante ao tema
b) as contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer:
• confirmação geral;
• confirmação na sociedade particular em que se insere a
pesquisa;
• especificação para casos particulares;
• clarificação da teoria;
• resolução de pontos obscuros, etc.
c) importância do tema do ponto de vista geral;
d) importância do tema para os casos particulares em questão;
e) possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada
pelo tema proposto;
f)descoberta de soluções para casos gerais e/ou particulares, etc.
4
5 Problema
A formulação do problema consiste em apresentar a dificuldade teórica ou
prática com a qual se defronta e para a qual deve-se encontrar uma solução. O
problema é a questão ou dúvida a ser esclarecida.
6 Hipótese
A hipótese caracteriza-se por ser a possível resposta, solução, para o
problema de pesquisa proposto. Ela é provisória, pois poderá, ao final da pesquisa,
ser comprovada – se for verdadeira – ou desconfirmada – caso seja falsa. Em sendo
confirmada, a hipótese transforma-se em tese.
Hipótese é a solução provisória que se propõe para o problema
formulado. Trata-se de solução provisória porque o desenvolvimento da
pesquisa determinará sua validade: pode ser confirmada ou rejeitada.
Sendo a hipótese uma suposição que carece de confirmação, pode
ser formulada tanto na forma afirmativa quanto na interrogativa.
Não contrariar as evidências e ser verificável são requisitos básicos
da hipótese, pois sem verificação das hipóteses não há como desenvolver
uma pesquisa.
[...]. Nos estudos exploratórios e descritivos, não há necessidade de
apresentar as hipóteses. (ANDRADE, 1997, p. 123).
7 Metodologia
Na metodologia deverão ser descritos os procedimentos adequados para a
coleta dos dados que possibilitarão o atingimento do(s) objetivo(s) proposto(s) na
pesquisa: os métodos e as técnicas de pesquisa.
Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o
espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da
verdade.
Técnicas são procedimentos científicos utilizados por uma ciência
determinada no quadro das pesquisas próprias desta ciência. (CERVO;
BERVIAN, 1996, p. 46).
São consideradas um conjunto de preceitos ou processos de que se
serve uma ciência; são também, a habilidade para usar esses preceitos ou
normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à parte
prática de coleta dos dados. (LAKATOS; MARCONI, 1994, p. 107).
5
9 Cronograma de atividades
Nas etapas da pesquisa, deve-se indicar o tempo provável em que cada
etapa será desenvolvida e completada (mesmo quando duas ou mais etapas
estiverem sendo desenvolvidas simultaneamente). Deve-se responder ao quando?
São, basicamente, quatro as etapas de uma pesquisa:
a) planejamento - elaboração do projeto de pesquisa;
b) coleta de dados – levantamento de bibliografias, documentos, entrevistas,
observação...;
c) análise dos dados – elaboração de resumos, fichamentos, resenhas, tabulação de
dados estatísticos, análise qualitativa dos dados;
d) elaboração do trabalho científico – sistematização dos dados levantados e
analisados.
6
10 Referências
As referências, apresentadas no projeto de pesquisa, abrange as
monografias, artigos, publicações e documentos, tanto os impressos como os
eletrônicos, utilizados, nas diferentes fases da pesquisa. Por ser composta de
documentos impressos e eletrônicos essa parte não é mais nomeada Bibliografia,
mas sim Referências.
Para elaborar as referências, o pesquisador deve utilizar-se das regras da
ABNT - NBR 6023, alteradas em agosto de 2002, conforme exposto no item 13 do
tópico “Apresentação gráfica do projeto de pesquisa e do artigo científico”.
.
7
ARTIGO CIENTÍFICO
1 Conceito
Artigo Científico é toda “parte de uma publicação com autoria declarada, que
apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas
áreas do conhecimento.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003, p. 2).
O artigo científico poderá ser classificado como sendo original ou de revisão.
Consoante a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p. 2, 3), será
original, quando expuser, por exemplo, estudo de caso, relato de experiência de
pesquisa ou apresentar temas ou abordagens inovadores. O artigo científico poderá
ser considerado de revisão, quando “[...] resume, analisa e discute informações já
publicadas.”
Ricardo Maroni Neto (2000, p. 148-50) apresenta uma proposta de
diferenciação do artigo científico e do artigo não-científico, com base em quatro
critérios: a) veículo de comunicação em que circulam; b) objetivos e características
de cada um; c) metodologia e linguagem utilizada para sua elaboração; d) público-
alvo.
O artigo científico é veiculado em revistas científicas, enquanto o não-
científico é divulgado em todos os tipos de periódicos – jornais, boletins e revistas
em geral.
O artigo científico tem por objetivo apresentar um estudo de um problema,
buscar comprovar a solução provisória (hipótese) do problema apresentado e, por
fim, fazer recomendações ou expor as conclusões/os resultados às/aos quais
chegou. Para alcançar seu objetivo, utiliza-se de uma metodologia pautada em
regras rígidas de pesquisa. O artigo não-científico, por sua vez, almeja opinar,
informar sobre determinado assunto ou, ainda, criticar dado assunto e, por isso, não
lhe é exigida a utilização de uma metodologia de pesquisa.
Enquanto o artigo científico caracteriza-se por analisar um assunto de modo
aprofundado e delimitado e, para tal, vale-se da linguagem técnica, já que seu
público-alvo é, sobretudo, específico (especializado), o não-científico apresenta o
assunto de modo superficial e com uma linguagem coloquial, pois seu público-alvo é
diversificado.
1 Título (e Subtítulo)
O título corresponde a um termo, palavra, frase ou expressão que identifica o
assunto ou conteúdo do artigo científico. O subtítulo, quando houver, presta-se a
esclarecer ou complementar o título. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003a, p. 2).
O subtítulo deve figurar na seqüência do título, separado daquele por dois
pontos. O subtítulo deverá, ainda, ser redigido em letras minúsculas e sem
destaque.
2 Autoria
Autor é o criador, o responsável pela pesquisa de cunho teórico, prático ou
teórico-prático, que tanto pode ser uma pessoa física como uma pessoa jurídica
(autor entidade).
No artigo, deve-se indicar:
Nome do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currículo que o(s)
qualifique na área de conhecimento do artigo. O currículo, bem como os
endereços postal e eletrônico, devem aparecer em rodapé indicado por
asterisco na página de abertura ou, opcionalmente, no final dos elementos
pós-textuais, onde também devem ser colocados os agradecimentos do(s)
autor(es) e a data de entrega dos originais à redação do periódico.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003a, p. 3).
3 Resumo
4 Palavras-chave
São termos ou expressões (descritores) que servem para recuperar o
conteúdo do artigo.
No tocante à apresentação deste item, a ABNT (2003a, p. 4) estabelece que
os termos deverão ser precedidos da expressão “Palavras-chave”, que deverá ser
separada daqueles por dois pontos. Os termos ou expressões, por sua vez, deverão
ser destacados um do outro por ponto.
Recomendamos que as palavras-chaves não ultrapassem o limite de, no
máximo, cinco.
Esse item deve localizar-se após o resumo na língua vernácula.
1 Introdução
Segundo Andrade (1997, p. 73), o conteúdo da introdução deve: anunciar o
tema do trabalho; esclarecer, de maneira sucinta, o assunto; delimitar a extensão e
profundidade que se pretende adotar no enfoque do tema; dar idéia, de forma
sintética, do que se pretende fazer, ou seja, as idéias mestras do desenvolvimento
do assunto; apontar os objetivos do trabalho; evidenciar a relevância do assunto a
ser tratado.
1
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, através da NBR 6024 (2003b, p. 1-2),
que disciplina a numeração progressiva das seções de um documento, seções são “Partes em que se
divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada
do assunto.” Nessa esteira, as seções primárias equivalem, em um artigo científico, às partes mais
abrangentes (introdução, desenvolvimento e conclusão). O desenvolvimento, por seu turno, pode ser
dividido em seções secundárias e essas, em terciárias e, essas últimas, por sua vez, podem ser
fracionadas em seções quaternárias e assim sucessivamente. A norma recomenda, entretanto, que
o(s) autor(es) restrinja(m) as divisões do seu trabalho a, no máximo, cinco (seções quinárias).
10
[...].
Quando uma seção tem título, este é colocado na mesma linha do
respectivo indicativo, e a matéria da seção pode começar na linha seguinte
da própria seção ou em uma seção subseqüente. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 1-2).
A apresentação dos resultados da pesquisa, bem como a discussão desses
resultados, pode ser apresentada tanto na forma de texto como na modalidade de
gráficos, tabelas e quadros, além de outras ilustrações como, por exemplo,
desenhos, plantas, organogramas.
A tabela é utilizada para a exposição de dados numéricos de freqüência,
estatísticos, tais como idade, sexo, processos judiciais, contratos, por exemplo.
As regras para elaboração de tabelas são estabelecidas pelo IBGE (1993
apud CURADO; SOUZA; MADEIRA, 2005). O título – que deve dar ao leitor uma
noção clara acerca do seu conteúdo - e respectiva numeração (Ex: Tabela 1 –
Sentenças Arbitrais prolatadas em 2004) devem figurar no topo da tabela. A
indicação da fonte deve figurar no rodapé da tabela, utilizando-se os mesmos
critérios das citações para a atribuição de autoria. A tabela não deve ser fechada
nas laterais.
O gráfico, por sua vez, “serve para representar qualquer tabela de maneira
simples” (CURADO, 2005, p. 16). Já o quadro é usado para a apresentação de
informações não numéricas, de uma forma visualmente alternativa ao texto,
geralmente mais esquemática. Tanto o gráfico como o quadro são considerados,
pela ABNT, como ilustrações (ABNT, 2003a, p. 5). O título da ilustração deve figurar
abaixo dela, precedido da sua identificação (Ex: Gráfico 1 – Seguro Rural no estado
de São Paulo, 2000-2005). Se a ilustração é de autoria do pesquisador, isso basta.
Se for extraída de outra fonte, essa fonte deve ser indicada, pois é citação. Para
fazer menção à fonte, usar sistema autor-data ou nota de rodapé.
3 Conclusão
Aqui o pesquisador apresentará os resultados, as conclusões da pesquisa,
seja ela bibliográfica/documental, de campo ou laboratorial.
A conclusão não admite nenhuma idéia, nenhum fato ou argumento novo,
pois consiste na síntese interpretativa dos argumentos ou dos elementos contidos no
desenvolvimento.
Além de “conclusão”, essa parte do trabalho poderá receber outras
denominações. Conclusões, caso o pesquisador obtenha mais de uma resposta à(s)
sua(s) hipótese(s) ou “considerações finais”, se não houver uma conclusão.
(ANDRADE, 1997, p. 75).
A ABNT (2002a, p. 5) dispõe que “É opcional apresentar os desdobramentos
relativos à importância, síntese, projeção, repercussão, encaminhamento e outros,”
na conclusão do trabalho.
Elementos Pós-textuais
São “elementos que complementam o trabalho”.
4 Nota(s) Explicativa(s)
Segundo a NBR 6022 (ABNT, 2003a, p. 4), “a numeração das notas
explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única e consecutiva para
cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página.”
Sobre a elaboração e apresentação das notas explicativas, vide item 12 do
tópico “Apresentação gráfica do projeto de pesquisa e do artigo científico”.
5 Referências
Para estruturar as referências o pesquisador deverá utilizar-se das regras da
ABNT - NBR 6023, alteradas em agosto de 2002.
As referências, como já mencionado anteriormente, abrangem todas as
fontes, independente do seu suporte físico (bibliografias, vídeos, CDROMs,
entrevistas, questionários, documentos eletrônicos...) consultadas ou utilizadas para
elaboração do artigo científico.
A referência é o elenco final, em ordem alfabética, dos autores ou
documentos consultados. Pode ou não ser numerada.
Sobre a elaboração e apresentação das referências, vide item 13 do tópico
“Apresentação gráfica do projeto de pesquisa e do artigo científico”.
4 Apêndice(s) e Anexo(s)
Enquanto o apêndice apresenta as inclusões elaboradas pelo próprio autor
para esclarecer ou complementar o trabalho o anexo destaca as inclusões de
documentos – projetos de leis, normas, textos legislativos, estatísticas, acórdãos na
íntegra, quadros sinóticos, questionários, entrevistas na íntegra, gráficos,
jurisprudência, etc. - ou contribuições apresentados por outro autor com a finalidade
de complementar o trabalho.
A identificação do apêndice [ou anexo] deve ser seqüencial, utilizando-se as
letras do alfabeto, grafadas em maiúsculas, separadas do título por travessão.
Ex: Apêndice D - Projeto de Lei ...
Anexo C - Decreto...
12
1 Papel
O papel de impressão de trabalhos científicos, tais como o projeto de
pesquisa e o artigo científico, deve ser o A4 (21 cm x 29,7 cm), branco.
2 Tinta
A tinta a ser utilizada, em se tratando de impressão em computador, é a de
cor preta, “[...] com exceção das ilustrações, no anverso das folhas, exceto a folha
de rosto” (ABNT).
3 Fonte
Desde a capa, texto, até o último elemento pós-textual, tal como referências,
anexo(s), apêndice(s) – o tamanho da fonte é 12.
Para elaborar citações longas - com mais de três linhas - notas de rodapé,
referências e legendas de ilustrações e tabelas a fonte deverá ser a de tamanho 10.
4 Margens
Superior e Esquerda – 3 cm
Inferior e Direita – 2 cm
5 Folha
Os trabalhos científicos devem ser escritos em apenas uma das faces do
papel A4 - folha.
6 Elementos
6.1 Capa
a) Nome da Instituição: centralizado, em negrito e em letras maiúsculas, à margem
da folha. De acordo com a ABNT (2002a, p. 3), este item é opcional. UTILIZAR O
LOGO do GVlaw? Do lado direito ou esquerdo da página?
b) Nome do Programa: centralizado, em negrito e em letras maiúsculas, a um
espaço 1,5 do Nome da Instituição. Também, em consonância com a ABNT (2002a,
p. 3), esse item é opcional.
c) Qualificação do Curso -"Especialização em Direito ... ": centralizado, em negrito e
todo em letras maiúsculas, a um espaço 1,5 do nome do Programa. Também, em
consonância com a ABNT (2002a, p. 3), esse item é opcional.
d) Nome do Aluno (autor da pesquisa): centralizado, em negrito, em letras
maiúsculas, na margem superior ou seja, a 3 cm da borda superior da página;
e) Título principal do trabalho: centralizado, em negrito e em letras maiúsculas.
O título deve ser claro e preciso, identificando o seu conteúdo e possibilitando ao
leitor a recuperação da informação.
13
Se houver subtítulo, este deverá figurar após o título, depois de dois pontos e será
grafado em letras minúsculas. Havendo nome próprio compondo o subtítulo, deverá
ser grafado com a inicial maiúscula.
O título e o subtítulo figuram a 10 cm da margem superior ou a 13 cm da borda
superior da página.
f) Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado o trabalho: centralizado,
em negrito, a 24,5/25 cm da borda superior (22 cm da margem superior) da
página.
g) Data – corresponde ao ano de entrega do projeto de pesquisa ou do TCC
(depósito): centralizado, em negrito, a 26 cm da borda superior (23 cm da
margem superior) da página ou a um espaço 1,5 do local.
7 Espacejamentos
O texto deve ser digitado em espaço 1,5, bem como os títulos das seções devem
ser separados do texto que os precede ou que os sucede por dois espaços 1,5, ou
seja, começa-se a escrever no terceiro espaço 1,5.
Exceções: o espaçamento entre linhas, nas notas de rodapé, nas citações longas e
entre linhas de uma mesma referência deve ser simples.
8 Títulos
Os títulos das seções primárias devem ser redigidos em letras maiúsculas e em
destaque (negrito, itálico ou sublinhado).
Deve-se utilizar apenas um tipo de destaque em cada seção.
Ex:
1 CONTRATOS DE ADESÃO
1.1 A visão do Superior Tribunal de Justiça acerca dos Contratos de Adesão
10 Parágrafos
Os parágrafos devem ser separados uns dos outros por um espaço 1,5.
Os parágrafos devem iniciar, na primeira linha, a 1,25cm da margem
esquerda.
Os parágrafos do texto devem ser justificados, exceto os das referências, que
serão alinhados à esquerda.
11 Citações
As citações são importantes recursos para o pesquisador, pois trazem
informações que servem de suporte à sua argumentação, quer confirmando, quer
contrariando sua(s) hipótese(s). Contudo, o pesquisador deve atentar para as regras
de citação, a seguir expostas, a fim de não incorrer na prática de plágio, que
consiste, essencialmente, na utilização de idéias, textos, frases, obras de terceiros,
sejam pessoas físicas ou jurídicas, sem a devida atribuição da autoria.
A lei n. 9.610/98, no seu art. 7º, estabelece as espécies de obras intelectuais
protegidas e, dentre elas, figuram:
I- os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
[...]
XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais,
apresentadas como criação intelectual nova;
[...]
XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários,
bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou
disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.
11.1 Conceito
Segundo a norma NBR 10520, da ABNT (2002b, p. 1), citação é a “menção [no
texto] de uma informação extraída de outra fonte.”
Essa menção pode ser apresentada no corpo do texto ou em nota de rodapé.
11.2.1.1 Formais
11.2.1.2 Conceptuais
11.2.1.3 Mistas
11.2.2.1 Diretas
Quando se transcreve o texto do autor lido; são as citações formais, textuais
ou literais.
Entende-se, ainda, como citação direta a citação do texto original, ou seja, de
primeira mão (fonte primária).
A ABNT (2002b, p. 2) define como citação direta a “transcrição textual de
parte da obra do autor consultado.”
11.2.2.2 Indiretas
A citação indireta, por sua vez, constitui-se na reprodução das idéias expostas em
um ou vários textos ou por um ou diferentes autores por meio de um novo texto,
elaborado pelo pesquisador. São as paráfrases ou citações conceituais.
Segundo a ABNT (2001b, p. 2) a citação indireta é um “texto baseado na obra do
autor consultado.”
Quando a citação for “citação de citação”, utiliza-se a expressão latina apud, que
significa “segundo”, “citado por”.
A “citação de citação” é correta, porém deve ser evitada. O autor poderá utilizar-se
desse recurso apenas quando a obra for rara, não estiver traduzida para o português
– se o autor não souber ler na língua original em que a obra foi editada - ou estiver
esgotada, por exemplo.
Quando usar o “apud” e o sistema autor-data, deve-se elencar o nome do autor
citado indiretamente e o ano de publicação da obra, além do nome, ano de
publicação e página da publicação à qual o pesquisador teve acesso.
Ex:
Consoante Newton Silveira (1982 apud BARBOSA, 2003, p. 577), “pode-se falar,
assim, em uma novidade relativa, consistindo não na forma abstratamente
considerada, mas na forma efetivamente utilizada como modelo.”
b) Citação longa
A citação longa é aquela que possui mais de três linhas (no texto do
pesquisador); quando for uma citação direta, ou seja, ipsis literis, deve ser destacada
do texto, recuada 4 cm (quatro centímetros) da margem esquerda, com corpo menor
(sugere-se a utilização de fonte 10), sem aspas e com espaço simples entre as
linhas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b, p. 2).
Ex: Acerca da contratação entre ausentes, no comércio eletrônico, Maria Eugênia
Reis Finkelstein afirma que:
Quando tratamos de contratos epistolares, entre ausentes, há que se
verificar que o grande cuidado que se toma é referente à possibilidade de
recebimento e ciência da proposta ou da aceitação. Pelo correio, é óbvio
que isso demanda certo tempo. Mas nos contratos celebrados
eletronicamente está-se diante de outra realidade. As partes contratantes
podem estar em conferência em tempo real (on line) e verem-se
reciprocamente através do monitor por meio de câmeras instaladas no
3
computador.
A fim de que uma citação longa não caracterize plágio é importante que o
pesquisador atente, também, para a sua extensão. Não há um critério padrão que
indique qual é o número de linhas máximo permitido para a citação literal de um
texto, mas Mezzaroba e Monteiro (2003, p.255) propõem como parâmetro um
máximo de quinze linhas.
Ex:
Redações que se utilizam de expressões radicais, como
“unicamente”, “exclusivamente”, “apenas” e assemelhadas, levam-nos à
irrefragável conclusão de que estamos diante de direitos insuscetíveis de
liberalização, por conduto da legislação comum. (BASTOS; BRITO, 1982, p.
79).
2
FINKELSTEIN, Maria Eugênia. Aspectos jurídicos do comércio eletrônico. Porto Alegre: Síntese,
2004. p. 187.
3
FINKELSTEIN, 2004, p. 205. OU Ibidem, p. 205.
19
Caso haja corte na citação (supressão), ele deve ser representado por
reticências entre colchetes.
Ex: vide exemplo anterior.
O texto científico deve ser redigido em um único idioma, seja ele o pátrio ou,
caso o pesquisador esteja desenvolvendo sua pesquisa em outro país e venha a
defendê-la ali, a língua oficial daquela localidade (ex: EUA, Inglaterra, Canadá,
Austrália – inglês; França, Bélgica, Canadá (Québec) - francês; Argentina, Espanha
– espanhol etc.).
Por isso, o pesquisador deverá traduzir a fonte estrangeira a ser citada, para
o idioma em que a pesquisa está sendo redigida, colocando ao final da tradução,
entre parênteses – sistema autor-data, a expressão “tradução nossa”. O texto
original deverá ser reproduzido no rodapé, onde também deverá constar, mais uma
vez, a sua referência.
A citação traduzida deverá seguir o padrão proposto para as citações curtas
e longas.
Ex:
A Corte Européia de Justiça, um órgão da União Européia, está
sediada em Luxemburgo e decide disputas entre instituições da União
Européia (EU) e seus estados membros, acerca da interpretação e
aplicação da legislação e dos tratados da União Européia. (COHEN;
OLSON, 2003, p. 341, tradução nossa).5
judicial for efetuada literalmente, ela deverá vir precedida da expressão latina in
verbis, que significa “com as palavras”.
Henriques e Medeiros (1999, p.115) ressaltam que:
6
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Anotações da disciplina “Direito e Liberdade” ministrada no
Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, em maio de 1996.
21
11.3 Observações
a) Utiliza-se aspas simples quando houver uma citação dentro de outra citação ou
quando se quiser realçar alguma palavra ou expressão.
b) Quando o autor quiser dar ênfase a palavra, expressão ou frase da citação,
deverá utilizar itálico ou negrito ou, ainda, grifo.
c) O itálico é usado, também, para se grafar palavras e locuções em outros idiomas.
d) Quando o autor da citação fizer algum destaque no trecho citado, deve-se fazer
constar, entre parênteses, a expressão “grifo(s) do autor”. Caso o autor da
pesquisa deseje destacar alguma palavra, expressão ou frase da citação, deverá, ao
final dela fazer constar entre parênteses a expressão “grifo(s) nosso(s)”.
e) Se o pesquisador tiver adotado o sistema de chamada autor-data e houver
coincidência entre os sobrenomes de dois ou mais autores citados e de data de
publicação das obras, acrescentam-se as iniciais dos seus respectivos prenomes.
Se a coincidência persistir, colocam-se os prenomes por extenso. (ABNT, 2002b, p.
3).
f) “As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo
ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas após a data e sem
espacejamento.” (ABNT, 2002b, p. 3).
g) “As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em
anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas por
vírgula.” (ABNT, 2002b, p. 3).
h) “As citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados
simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em ordem alfabética.”
(ABNT, 2002b, p. 3).
12.1 Conceito
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002b, p. 2) estabelece que:
Notas de rodapé são as “[...] indicações, observações ou aditamentos ao
texto feito pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem
esquerda ou direita da mancha gráfica”.
“Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra
onde o assunto for abordado” são denominadas de notas de referência.
São explicativas as “notas usadas para comentários, esclarecimentos ou
explanações, que não possam ser incluídos no texto”.
7
NASSER, Salem Hikmat. Conseqüências jurídicas da edificação de um muro no território palestino
ocupado. São Paulo, 2005.
22
A primeira citação de uma obra deve ter sua referência completa, no rodapé
da mesma página onde se encontra a citação (nota), nos moldes previstos pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, na NBR 6023, de agosto de 2002.
De acordo com a ABNT (2002b, p.5-6, grifos no original):
13 Referências
13.1 Definições
13.3.2 Para compor cada referência, deve-se obedecer à seqüência dos elementos,
conforme apresentados nos modelos das seções subseqüentes.
13.3.4 A pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todos as
referências. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522.
13.3.9 A edição da obra deve constar apenas se ela (obra) se encontrar em segunda
edição ou em edições posteriores. Quando na folha de rosto do livro não constar a
edição da obra, significa que é a primeira edição, logo, não consta na referência
bibliográfica (Ex: 2. ed.; 10. ed.).
13.3.10 Quando for fazer a referência à editora, não deve constar a palavra editora,
nem sua abreviatura ou a qualquer outro elemento que designe a natureza jurídica
ou comercial da editora, desde que dispensáveis à sua identificação. (Ex: São Paulo:
Revista dos Tribunais; São Paulo: Saraiva, São Paulo: LTr...)
13.4.2 Quando a obra ou documento for elaborada por até três autores
Mencionam-se os nomes de todos na mesma ordem em que constam da publicação,
separados por ponto e vírgula.
Ex:
LEMES, Selma; MARTINS, Pedro B.; CARMONA, Carlos A. Aspectos
fundamentais da lei de arbitragem. Rio de Janeiro: Forense, 1999.
13.4.3 Quando a obra ou documento for elaborada por mais de três autores
Indica-se o nome do primeiro autor seguido da expressão latina et. al. (et alii ou et.
alli), que significa “e outros”.
Ex: VISCUSI, W. Kip et al.
26
13.4.5.1 Quando a obra ou documento for escrita por entidade coletiva, sendo essa
órgão da administração governamental direta (Ministérios, Secretarias e outros),
deve-se entrar pelo nome geográfico que indica a esfera de subordinação (País,
Estado ou Município)ou pelo nome do órgão superior.
Ex: BRASIL. Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
SÃO PAULO (Município). Câmara Municipal.
13.4.5.2 Quando a obra ou documento for escrita por entidade coletiva, sendo essa
entidade independente, entra-se diretamente pelo nome da entidade, que deve ser
grafado por extenso.
Quando houver duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final a unidade
geográfica que identifica a jurisdição, entre parênteses.
Ex: ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)
ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO (AASP)
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil)
BIBLIOTECA NACIONAL (Portugal)
13.5 Quando faltar algum dado tipográfico utiliza-se dos seguintes recursos, entre
parênteses:
1) s. l. = sem local (sine loco)
2) s. n. = sem editora (sine nomine)
3) s. l.: s. n. = sem local e sem editora
FIUZA, Ricardo (Coord.). Novo Código Civil Comentado. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.8
8
Em se tratando de referências de Constituições, códigos, legislações esparsas, etc. anotados ou
comentados, a autoria passa a ser do autor das anotações, dos comentários ou do organizador
(como no caso da Saraiva) e não mais do Poder Público ou entidade que criou a norma.
31
- Exemplo de Súmula
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. In: _____. Súmulas. São Paulo:
AASP, 1994. p. 16.
13.7.4 Pareceres
AUTOR(ES) (pessoa ou instituição). Ementa. Tipo e número do parecer. Relator (se
entrar pelo nome do órgão). Data do parecer. Referenciação da publicação que
transcreveu o parecer.
Ex:
MINISTÉRIO DA FAZENDA. Secretaria de Acompanhamento Econômico. Parecer n.
308 COGSE/SEAE/MF. 10 ago. 2001. Disponível em: <
http://64.233.187.104/search?q=cache:J2IvB87VB1UJ:161.148.1.43/seae/document
os/pareceres/arquivosPDF/pcrACThomsonGlobalInsightmariojr.PDF+parecer+jur%C
3%ADdico+celso+campilongo&hl=pt-BR>. Acesso em: 16 jan. 2006.
Ex:
LEITE, Eduardo de Oliveira (Coord.). DNA: como meio de prova da filiação. 2. ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2002. (Grandes Temas da Atualidade, 1).
13.7.10 Entrevistas
Ex:
JILANI, Hina. Olhar humano. Desafios do desenvolvimento, Brasília, ano 3, n. 18,
p. 10-3, jan. 2006.
34
REFERÊNCIAS