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Tecido Conjuntivo

Junqueira & Carneiro, capítulo 5, 12º edição

Profa. Liliane Pinheiro


Janeiro/2017
Introdução
• Tecidos conjuntivos:
- Função: são responsáveis pelo estabelecimento e pela manutenção da
forma do corpo;

- Composição:
- Matriz Extracelular : conjunto de moléculas que conecta as células
e órgãos dando suporte ao corpo;
- Constituída por diferentes combinações de proteínas fibrosas e
substância fundamental

- Células

Diferentemente dos demais tecidos que são formados principalmente por células, o
principal componente de um tecido conjuntivo é a matriz extracelular .
Matriz Extracelular

* Formada por diferentes combinações de proteínas fibrosas e substância


fundamental
• Proteínas Fibrosas:
* Fibras predominantemente compostas de colágeno: proporcionam variados graus
de rigidez e força de tensão

Tendões dos dedos da mão

Baço (cápsula envia trabélulas para o interior do órgão)


* Fibras predominantemente compostas por elastina: oferecem resistência ou
elasticidade aos tecidos conjuntivos

*Preparado de mesentério de rato


- fibras colágenas (coradas em vermelho) –
resistência;
- fibras elásticas aparecem finas e retilíneas
(escuros) - elasticidade

*Derme da pele corada seletivamente para


fibras elásticas
- fibras colágenas (coradas em rosa-pálido);
- fibras elásticas (escuras).
• Existem 2 sistemas de fibras:

(1) Sistema colágeno

- Fibras colágenas
- Fibras reticulares

As características morfológicas e funcionais dos


tecidos conjuntivos são dadas pelo tipo
predominante de fibra neles presentes.
(2) Sistema elástico

- Fibras oxitalânicas
- Fibras elaunínicas
- Fibras elásticas
• Sistema colágeno: fibras colágenas
• Colágeno:
- família de proteínas coletivamente conhecidas como colágeno;

- proteína mais abundante do organismo (30% do peso seco);

- produzidas por diferentes tipos de células: fibroblastos, condroblastos,


osteoblastos, células musculares lisas e células epiteliais;

- distinguem-se pela composição química, características morfológicas,


distribuição no organismo, funções e patologias relacionadas.

- proporcionam variados graus de rigidez e força de tensão aos tecidos


• Tropocolágeno:
- consiste em 3 subunidades polipeptídicas arranjadas em triplíce hélice. (duas
cadeias α1 e uma cadeia α2;
- tropocolágeno com estruturas químicas diferentes resultam em colágeno com
caracteristicas funcionais distintas;
- todos os tipos de tropocolágeno apresentam o aminoácido glicina repetido a
cada terceira posição da sequência (fundamental para a correta formação da
tríplice hélice);

- Osteogênesis imperfecta: decorre de mutações nos genes da cadeia α1 ou α2 ou


ainda deleção total do gene α1;
- Troca de um única glicina também causa doenças.
• Moléculas de Tropocolágeno se agregam para formar fibrilas, fibras
e feixes

Estriações transversais
características das fibrilas
colágenas
Micrografia eletrônica de fibrilas colágenas humanas em cortes longitudinais
e transversais. Observar as estriações caracteristicas das fibras colágenas.
• Biossíntese do Colágeno fibrilar tipo I:
- fibrilas de colágeno tipo I são o mais abundantes e amplamentes distribuídos
no corpo (intensamente estudadas);

- Os outros colágenos fibrilares provavelmente dão formados de acordo com o


mesmo padrão descrito para o tipo I, com apenas poucas diferenças;

- O grande número de passos envolvidos na biossíntese do colágeno aumenta


a possibilidae de defeitos durante o processo (falha enzimática, defeitos
congênitos ou outras anomalias);

- Exemplo de Patologias:
• fibrose,
• quelóide,
• escorbuto.
* Transcrição das cadeias α1 e α2

* Tradução do preprocolágeno no RE granuloso. Clivagem do peptídeo


sinal forma o procolágeno

* Hidroxilação de resíduos de prolina (hidroxiprolina) e lisina


(hidroxilisina) dependente de vitamina C (“escorbuto”);
* Glicosilação de hidroxilisina

*Peptídeos de registro possibilitam a formação da estruturação em


tríplice hélice por meio do alinhamento das cadeias polipeptídicas.
*Molécula solúvel, não agrega.
* Resíduos de hidroxiprolina forma pontes de H entre as cadeias ,
estabilizando a tríplice héice

* Procolágeno migra em direção à membrana plasmática em vesículas


de secreção

* No exterior celular , procolágeno peptidase cliva os peptídeos de


registro convertendo o procolágeno em tropocolágeno (insolúvel) que
se polimerizam formando fibrilas de colágeno.

* A estrutura fibrilar é reforçada por ligações covalente catalisada


pela lisil oxidase (oxida lisinas estabelecendo ligações entre elas).
• Tipos de colágeno:

Colágenos que formam Tecidos representativos Principal função


fibrilas
Tipo I (fibras de colágeno ) Tendão, ossos, dentina, cemento, Resistência à tensão
Osteoblastos, fibrolastos, cápsulas de órgãos
odontoblastos
Tipo ll Cartilagens, corpo vítreo Resistência à tensão
(fibrilas finas sintetizadas
por células cartilaginosas)
Tipo lll (fibras reticulares) Órgãos e demais estruturas Manutenção da estrutura de
Fibroblastos e células expansíveis (ex. artérias, baço, órgãos expanspiveis
reticulares figado, útero).
Colágeno que forma Tecidos representativos Principal função
fibrilas de ancoragem
Tipo VII Interface epitélio-conjuntivo Ancora a lâmina basal da
Osteoblastos, fibrolastos, epiderme ao estroma
odontoblastos subjacente

Colágeno que forma Tecidos representativos Principal função


redes bidimensional
Tipo lV Todas as membranas basais Suportar estruturas delicadas e
Osteoblastos, fibroblastos, filtração
odontoblastos
• Sistema colágeno: fibras reticulares
• As fibras reticulares são formadas predominantemente por colágeno tipo III;
• Ao microscópio eletrônico exibem estriação transversal típica de células
colágenas;
• São extremamente finas (diâmetro entre 0,5 e 2μM).

Fibras reticulares (R) Fibras colágenas (C)


• O pequeno diâmetro e a disposição frouxa das fibras reticulares criam uma
rede flexível em órgãos sujeitas a mudanças fisiológicas de forma ou volume,
tais como: baço, fígado, útero e camadas musculares do intestino;

Corte histológico de glândula adrenal corada por prata para evidenciar


as fibras reticulares. As fibras reticulares são argirófilas.
• Sistema elástico
• As fibras do sistema elástico apresentam características funcionais variáveis,
podendo oferecer resistência ou elasticidade aos tecidos;
• São compostas predominantemente pela proteína elastina;

*Derme da pele corada seletivamente para fibras elásticas


- fibras colágenas (coradas em rosa-pálido);
- fibras elásticas (escuras).
• Micrografias eletrônicas das fibras elásticas em desenvolvimento:

Fibras Oxitalânica Fibras Elaunínica Fibras Elásticas

• Fibras oxitalânicas (1º estágio):


- fibrilina (glicoproteína) forma arcabouco para a deposição de elastina;
- altamente resistentes a tração, não possuem elasticidade.
- Ex: locais da derme onde conecta o sistema elástico com a lâmina basal.
• Fibras eulanínicas (2º estágio):
- formada por agregados amorfos de elastina entre as fibrilinas;
- Ex: ao redor das glândulas sudorípara e na derme.
• Fibras elastivas (3º estágio):
- Componente mais numeroso do sistema elastico;
- Formada quando os agregados de elastina todo o centro da fibra. A periferia
permanece envolvida por microfibrilas de fibrilina.
• A elastina pode ser estendida várias vezes o seu comprimento
normal quando submetido ao estiramento

Ligações cruzadas estabelecidas por desmosina e isodesmosinas permitem


confere elasticidade à elastina. Cada molécula de elastina contida na rede
pode estender-se em qualquer direção quando a rede é tracionada e
depois retornar à conformação original quando a força de tração é
retirada.
• Ligações cruzadas conferem elasticidade à elastina

- Os resíduos de lisina na elastina são oxidados em presença da enzima lisil oxidase,


sendo convertidos a alisina.
- Três resíduos de alisina e uma lisina de regiões diferentes da cadeia polipeptídica
reagem formando a estrutura heterocíclica da “desmosina” ou “isodesmosina”,
estabelecendo ligações cruzadas covalentemente entre as cadeias polipeptídicas da
elastina.
• Síndrome de Ehlers-Danlos (tipo VI): aumento da elasticidade da
pele

• Síndrome de Marfan
• Substância Fundamental:
• Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo;
• Mistura complexa incolor, altamente hidratada e viscosa;
• Composta por moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos, proteolicanos) e
glicoproteínas multiadesivas.

Microscopia eletrônica mostrando a matriz


extracelular do conjuntivo de útero de camundongo.
Os proteoglicanos da substância fundamental
encontram-se precipitados formando uma rede que
preenche os espaços intercelulares.
• Glicosaminoglicanos:
• Polímeros lineares longos formados por unidades repetidas de dissacarídeos;
• Unidades monossacarídicas:
- hexosamina: glicosamina ou galactosamina
- ácido hexurônico: ácido glicurônico ou ácido idurônico

• Proteoglicanos: glicosaminoglicano

• Todas essas cadeias lineares de H2 O

glicosaminoglicanos estão ligadas a um


Na
eixo protéico formando a molécula de +

Ânions
proteoglicano. eixo protéico

Grupos aniônicos: hidroxila, carboxila,


sulfatos presentes nos glicosaminoglicanos
ou proteoglicano.

Água de solvatação (hidratação) Proteoglicano


• Glicoproteínas multiadesivas:
• Proteínas que contém cadeias de oligossacarídeos (2 a 6 monossacarídeos)
covalentemente ligadas a cadeias laterais de polipeptídeos;
- Ex: fibronectina e laminina

• Funções:
- (1) estabelece interações entre células nos tecidos
adultos e embrionários; oligossacarídeos

- (2) ajuda as células a aderirem sobre os seus


Substratos (constituintes da lâmina basal).

proteína
Glicoproteínas multiadesivas
• Fibronectina dimérica:
• Dímero unido por ligação dissulfeto (S-S);
• Possui domínios que se ligam a colágeno tipo l, receptores de superficie celular e a
glicosaminoglicanos (ex. sulfato de heparana);
• Interações nesses sítios intermediam migrações e adesões celulares.

Distribuição de rede de fibronectina


no estroma do útero de
camundongo.
• Laminina trimérica:
• Formado por três cadeias polipeptídicas trançadas em forma de cruz;
• Apresenta sítios de alta afinidade para receptores de membrana e componentes da
membrana basal (colágeno tipo lV e sulfato de heparana);
• Função: promover adesão entre células e suas lâminas basais.

Distribuição de laminina na lâminas basal de tecido


conjutivo.
• Interação entre células e matriz extracelular:

• Interação por meio de integrinas;


• Integrina: heterodímero formado por
cadeias α e β;

• As integrinas possuem receptores para


componentes da matriz extracelular:
colágeno, fibronectina e laminina;

• As integrinas funcionam como um elo


transmembrânico que se liga, por
meio de seu domínio extracelular, a
moléculas da MEC, e pelo seu domínio
citoplasmático (via talina) a filamentos
do actina;

• Essas interações são de baixa


afinidade e dependentes de Ca2+ ou
Mg2+;
Ca2+ Mg2+
• Fluido tissular

• Pequena quantidade de líquido (fluido) que existe nos tecido conjuntivos, além da
substância fundamental;

• Constituição semelhante ao plasma sanguíneo (conteúdo de íons e substâncias


difusíveis);

• Estoque de proteínas plasmáticas: mais de um 1/3 das proteínas plasmáticas


estão estocadas no fluido tissular dos conjuntivos, devido a vasta distribuição de
conjuntivos pelo corpo.
• Pressão hidrostática (proveniente da bombeamento cardíaco)
- força a saída de líquido dos vasos sanguíneos (arteríolas)

• Pressão osmótica ou coloidosmótica (proteínas do plasma)


- macromoléculas proteícas que não passam para o extracelular do conjuntivo
- atrai líquido de volta para os capilares

água
Íons
Moléculas pequenas

Drenam água que


Sangue arterial permaneceu no Sangue venoso
conjuntivo
• Edema:

- aumento de fluido tissular no tecido conjuntivo


- microscopicamente: espaços aumentados causado pelo aumento de líquido
entre os componentes do conjuntivo;
- Macroscopicamente: aumento de volume do órgão que cede facilmente a
uma pressão localizada, causando depressão que rapidamente desaparece
(edema mole)
• Células do tecido conjuntivo:
• Células proveniente de outro órgão (medula óssea) que migram para os
tecidos conjuntivos onde executam suas funções:
• Células que se originam localmente a partir de uma célula mesenquimal
indiferenciada:
• Fibroblastos:
- célula mais comum dos tecidos conjuntivos;
- sintetizam: colágeno, elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos,
glicoproteínas e fatores de crescimento;
- atividade metabólica modulável, que reflete em sua morfologia:

• Fibroblasto:
- Células ativamente envolvidas na
síntese de macromoléculas,
- Células grandes, muitos
prolongamentos citoplasmáticos e
organelas envolvidas com síntese em
abundância

• Fibrócito:
- Células metabolicamente
quiescentes,
- Células menores, fusiforme, poucas
organelas envolvidas com síntese de
moléculas.
Corte histológico de tecido conjuntivo frouxo.
Setas indicam fibroblastos entre fibrilas finas de
colágeno.

Micrografia eletrônica mostrando partes de


fibroblastos entre fibrilas de colágeno (c).
Observe a abundância de mitocôndrias, RE e
vesículas.
• A principal célula envolvida com a cicatrização é o fibroblasto:

- Durante o processo de cicatrização, fibrócitos adequadamente estimulados


podem ter sua capacidade de síntese reativada, reconvertendo-se a
fibroblastos;

- TGF-β (fator de crescimento transformador β):


- produzido por vários tipos de células no tecido lesionado
- importante fator de crescimento envolvido envolvido com a cicatrização
- Estimula migração e proliferação de fibroblastos, síntese aumentada de
colágeno e fibronectina, degradaçao diminuída de colágeno por
metaloproteinases.
• Células que migram para os tecidos conjuntivos onde executam suas
funções:
• Macrófagos e Sistema Fagocítico Mononuclear:
• Funções dos macrófagos:
- fagocitose de microorganismos e demais estruturas estranhas;
- Processamento e apresentação de antígenos;
- Secreção de citocinas e fatores quimiotáticaos que participam da
resposta inflamatória.
• Macrófago Ativado: Fagocitose e destruição intracelular

“Burst” respiratório
Micrografia eletrônica de um macrófago. (L) lisossomos, (N) núcleo e (Nu)
nucléolo. Setas indicam vacúolos de fagocitose.
.
(A) Micrografia óptica de monócito em sangue periférico;
(B) Micrografia eletrônica de monócito em sangue periférico;
(C) Micrografia eletrônica de macrófago tecidual ativado, mostrando numerosos vacúolos fagocitcos e organelas intracelulares.
• Macrófagos e Sistema Fagocítico Mononuclear:
Sangue
(vaso sanguíneo)
monócito

TECIDOS
Precursor Mielóide
(medula óssea)
macrófago

FÍGADO
élula de Kupfer

RINS
PELE (células mesangiais)
(células de Langerhans)
CÉREBRO
PULMÃO (Micróglias)
Macrófagos alveolares
• A morfologia e função das células do SFM podem variar de acordo
com o tecido
• Mastócitos:
• Grânulos de secreção: mediadores químicos da resposta inflamatória
estocados;
• Degranulação: estimulação da resposta inflamatórias e alergias (reações
de hipersensibilidade imediata).

Corte histológico de língua de rato. Observe vários


mastócitos no tecido conjuntivo que envolve as
células musculares e vasos sanguíneos.
(B)

(A)
(C)
Reação de
hipersensibilidade
Imediata
acido araquidônico

(A) Fase de sensibilização: IgE produzidas aderem a receptores presentes na superfície de


mastócitos e basófilos;
(B) Fase de ativação: a reexposição ao antígeno estimula a liberação do conteúdo dos grânulos
de mastócitos e basófilos;
(C) Fase efetora: resposta complexa resultante dos efeitos dos mediadores inflamatórios
liberados.
Vasodilatação (m. lisa)

Contração da musculatura

↑peristalXsmo, contração
da musculatura

PAF: fator ativador de plaquetas ; PGD2: prostaglandina D2 ; LTC4: leucotrieno 4


• Reação de pápula e halo eritematoso da pele:

• Mastócitos sensibilizados são desafiados

• Liberação de mediadores por mastócitos


ativados, notavelmente histamina;
• Histamina estimula produção de células
endoteliais a produzir PAF, PGD2 e NO;
• Esses mediadores atuam sobre a
musculatura lisa dos vasos resultando em
vasodilatação (aumento do fluxo
sanguíneo) e ↑permeabilidade vascular.
• Pápula e halo eritematoso em resposta a injeção de alérgenos

• Pápula: eritema e edema local subsequente ao escape de líquido e


macromoléculas;
• Halo eritematoso: vasodilatação na borda da pápula.

• Desaparece após 15 -20min, mastócitos produzem poucos mediadores


de ação longa
• Plasmócitos: células produtoras de anticorpos

• Os plasmócitos são pouco numerosos no


tecido conjuntivo normal, exceto em locais
sujeitos a penetração de bactérias (ex.
mucosas intestinal e respiratória);

• São abundantes em sítios de infecção


crônica onde predominam plasmócitos,
linfócitos T e macrófagos).

Plasmócitos LBs de memória


Processo inflamatório crônico que mostra um
conjunto de plasmócitos (setas).
Ultraestrutura de plasmócitos.
Retículo endoplasmático (R) bem desenvolvido onde ocorre síntese e glicosilação inicial dos anticorpos.
Complexo de Golgi (G) desenvolvido onde ocorre glicosilação final.
Núcleo (N).
• Leucócitos:
• São as células brancas do sangue
(glóbulos brancos do sangue);
• Compreende:
- leuc. mononucleares:
- monócito
- linfócitos
- leuc. polimorfonucleare
- Neutrófilos
- Eosinófilos
- basófilos

Após diapedese para o conjuntivo,


os leucócitos não retornam para o
sangue (com execeção dos
linfócitos).
• Recrutamento de leucócitos para os locais de infecção
(Inflamação)

IL-8

(↑ selectina no
endotélio) Inflamação!!!
• Acúmulo de células no tecido
Obrigada!!
Tecido Adiposo
* Histologia Básica, Texto e Atlas (Capítulo 6) – Junqueira & CarneiroFormada

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