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TEMPO E HISTÓRIA

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Cap. 1 – pág. 10

Para que
serve? O que
é?
História
Por que
estudar? Para
que
estudar?
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O que é História?

• Uma ciência?
• Uma narrativa? História (do grego
antigo ἱστορία,:
• Contar o passado?
historía, que significa
• Uma investigação? "pesquisa",
"conhecimento
advindo da
investigação")

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist
%C3%B3ria
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Observe ao seu redor, a começar pela imagem no data
show, a sala de aula a sua volta, ouça e sinta o meio em que
você está.

Todas as coisas que você acabou de


observar têm uma história, até mesmo
aquilo que está dentro de você em termos
de pensamentos e sentimentos na forma
de você sentir e perceber, em outras
palavras tudo tem uma história.
Há história desde que existem seres humanos sobre
a face da Terra, contudo o conhecimento histórico, enquanto
tal, começou a ser sistematizado na Grécia Antiga por
historiadores como Heródoto e Tucídides.
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O questionamento no estudo da História
•Por que eu me visto desta forma?
•Por que falo Português?
•Por que gosto desse estilo de música?
•Que profissão eu pretendo seguir?

Será que escolhemos tudo isso sozinhos, ou será que


existe uma influência da sociedade nas respostas a essas
perguntas?
Perceba que para responder a cada uma dessas
perguntas (até mesmo sobre o que se espera do futuro) você
terá que recorrer ao passado, terá que recorrer à memória e a
um certo conhecimento histórico.
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Uma das questões centrais da História

 A compreensão das relações entre passado e presente.


História
 Disciplina que se dedica à interpretação das vivências
humanas em épocas e lugares distintos.
Nesse processo de interpretação

Procuram investigar o que mulheres e homens fizeram, pensaram


istoriadores

e sentiram no decorrer de suas vidas, no cenário de suas culturas;

Pesquisam a história de instituições de diferentes


sociedades;

o trabalho abrange, portanto, aspectos da vida econômica, política,


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História vem do grego histor


• A utilização da palavra história, pela primeira
vez, foi na Grécia Antiga.
• Ela origina-se de histor, palavra grega que
significa testemunho.
• Depois, a história foi identificada como
narração, isto é, o historiador seria um
memorialista escrevendo, no presente, sobre
os acontecimentos do passado.
• Mais tarde, ela continuou sendo entendida
como narrativa, mas ganhou uma finalidade
didática – ensinar e criar modelos de
comportamento para os seres humanos.
Mas qual o conceito de história?
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• História é tudo o que


está relacionado às
pessoas, desde o
momento em que História: Narração metódica dos fatos
surgiram, sua evolução e notáveis ocorridos na vida dos povos,
sua presença através em particular na vida da humanidade em
dos tempos. geral; conjunto de conhecimentos
adquiridos através da tradição e/ou
• O dicionário Aurélio mediante documentos, acerca da
define História de forma evolução do passado da humanidade.
tradicional como FERREIRA. Aurélio Buarque de Holanda.
Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da
narrativa de fatos e língua portuguesa. 3ed.
Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1999.
conhecimento adquirido
pela tradição ou por
documentos.
Então, História é
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Estuda a ação
dos homens

Processo Estudo do
dinâmico passado

Ciência dos
Narração de homens do
fatos tempo
Objeto de estudo da História
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• A ideia que o passado passa a ser


objeto de uma ciência é absurda.
• O objeto da história é por natureza o
homem. (Marc Bloch)
O homem como sujeito histórico
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• Os seres humanos
Daka Homo erectus
sempre fizeram registros
históricos. Nossos
indígenas, por exemplo,
já registravam o
cotidiano por meio da
confecção de utensílios
(machadinhas de pedra,
enfeites de penas de
pássaros, objetos de
cerâmica) ou pinturas em
cavernas, dez mil anos
atrás. Imagem: Henry Gilbert and Kathy Schick / Creative Commons Attribution-Share
Alike 3.0 Unported
FONTES HISTÓRICAS
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• Os historiadores trabalham com variadas fontes em


suas pesquisas.
• As fontes sugerem indícios, pistas, indicações sobre o
tema pesquisado devem ser interpretadas pelo
historiador.
• As fontes históricas podem ser classificadas de várias
maneiras: recentes ou antigas, privadas ou públicas,
representativas da cultura material ou imaterial etc.
FONTES HISTÓRICAS
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Existem também fontes orais e muitas outras, pois


na verdade tudo que se relaciona com o ser
humano de alguma forma pode ser considerado
fonte histórica. Podemos dizer que há dois tipos de
fontes: as escritas e as não escritas.
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Cap. 1 – pág. 10
 A historiografia – produto do trabalho do historiador –
não pode ser isolada de sua época.
 o historiador ao interpretar e escrever sua história
também vive seu tempo e seu contexto histórico.
 Desse modo, a historiografia pode ser expressão de sua
época e também reação a ela.
 O trabalho que o historiador elabora depende de uma
série de concepções que ele desenvolve ( escolhas,
recortes, definição do objeto enfocado (tema, método e
projeto de pesquisa), seleção das fontes históricas a
serem utilizadas).
 Em consequência, as conclusões a que chegam os
historiadores nunca podem ser consideradas absolutas e
definitivas.
 A historiografia não deve ter a pretensão de fixar
verdades absolutas, prontas e acabadas.
 A HISTÓRIA como forma de conhecimento, é uma
atividade contínua de pesquisa.
TEMPO: diferentes percepções e medições
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• A noção de tempo abrange aspectos cronológicos, psicológicos e o


aspecto histórico-social.
TEMPO HISTÓRICO - se relaciona com as percepções sobre mudanças e
permanências nos modos de ser e de viver das sociedades.

Imagem 2
Imagem 1

O mesmo tema trabalhado em épocas e com técnicas diferentes. A imagem 1 representa Romeu e Julieta em uma pintura a óleo de Ford
Madox Brown, datada de 1870, retratando a famosa cena do terraço da obra literária Romeu e Julieta de William Shakespeare(1564-1616).
A imagem 2 é uma cena do filme Romeu e Julieta , de 1996, direção de Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio e Claire Danes.
Cap. 1 – pág. 10 MEDIÇÕES DO TEMPO
MEDIÇÕES DO TEMPO
• O modo como
atualmente medimos o
tempo, geralmente pelo
relógio, não é universal –
ou seja, não é válido
para todas as épocas e
todos os povos.
• Trata-se apenas de uma
possibilidade de medição
desenvolvida em nossa
cultura, sendo, portanto,
uma construção
histórica, isto é, relativa
a um lugar e a uma Miniatura flamenga do século XV ilustra os
primeiros relógios mecânicos na Europa
época, portanto, a uma ocidental.

sociedade.
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Cap. 1 – pág. 10
CALENDÁRIO
• Relacionado aos interesses de uma sociedade;
• sistema que estabelece um modo de contar o tempo;
• São uma criação sociocultural ou uma construção histórica;
• Baseado em observações astronômicas, crenças religiosas ou
outros valores sociais de um povo;
• Supõe-se que foram criados entre 3 mil e 2 mil anos antes de
Cristo – Chineses, egípcios ou sumérios – base na observação
do Sol e a Lua.
• Atualmente, o calendário cristão é o mais utilizado no mundo,
embora, nem todos os povos o tenham adotado. Muçulmanos
e judeus, por exemplo, têm sistemas próprios de contagem de
tempo.

O processo de globalização contemporâneo levou os diversos


povos do mundo a se comunicar, nas relações internacionais, em
termos de um calendário global, mesmo preservando os marcos
locais das diversas culturas.
• Os
calendários
apresentam
um sistema
temporal para
a organização
das atividades
humanas,
como a
agricultura, a
caça, as
festas, o
trabalho, as
cerimônias
religiosas etc.
Reprodução
de ilustração
de manuscrito
francês do
século XV, do
Manual
agrícola, de
Pietro de
Crescenzi,
representando
diversas
atividades
agrícolas,
conforme o
mês do ano.
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CALENDÁRIO CRISTÃO
• Marco básico da contagem do tempo o nascimento de Cristo,
situado pelo monge Dionísio, o Pequeno (532) no ano de 753
de Roma.
• As datas anteriores ao nascimento de Cristo recebem a
abreviatura a.C.(antes de Cristo) e as datas posteriores podem
vir acompanhadas ou não da abreviatura d.C. (depois de
Cristo).
• O calendário cristão foi ajustado no século XVI pelo papa
Gregório XIII (reforma gregoriana) – posto em prática a partir
de 1582.
• O tempo é organizado em dias, semanas, meses e anos.

Períodos
• Décadas = agrupados de dez em dez
anos
• Séculos= agrupados de cem em cem
anos
• Milênios – agrupados de mil em mil anos
O século é uma unidade de tempo muito utilizada nos
estudos de História. Costuma ser indicado por
algarismos romanos, tradição que vem da Roma Antiga.
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PERIODIZAÇÕES HISTÓRICAS
• Periodizar significa “separar ou dividir em períodos”, isto é, em
espaços de tempo demarcados por eventos considerados
significativos e caracterizados, entre si, por traços
contrastantes.
• Os historiadores elaboram periodizações históricas como forma
de ordenar, compreender e avaliar os acontecimentos e temas
estudados.
• Como as periodizações são concebidas pelos historiadores, elas
expressam o ponto de vista interpretativo de quem as
elaborou.
• A periodização tradicional, elaborada por historiadores
europeus que davam maior importância às fontes escritas e aos
fatos políticos europeus. Por isso, chamaram de Pré-História o
período anterior à invenção da escrita.
• Estabeleceram como marcos divisórios das “idades” de uma
suposta história universal acontecimentos ocorridos na Europa
ou a ela relacionados. Deixaram de lado a história de
sociedades em outros continentes, como América, Ásia e
África.
 A presença de restos de
grandes animais no Nordeste e
no Ceará evidencia com clareza
que os aspectos da geografia,
no passado, eram bem
diferentes de hoje, indicando
que o clima era bem mais
úmido que o atual, com uma
maior distribuição de chuvas.
 A vegetação era mais
abundante que a de nossos
dias, pois as espécies
necessitavam de grandes
quantidades de alimentos.
 No passado distante o clima do
Nordeste era mais ameno, não
havendo as secas que tanto
castigam hoje a região. Reprodução de uma preguiça gigante: ossadas desse
animal foram encontradas em Tauá e Itapipoca.
PRINCIPAIS MARCOS DESSA PERIODIZAÇÃO
Cap. 1 – pág. 10
TRADICIONAL

Idade Antiga ou Idade


Pré-História Idade Média Idade Moderna
Antiguidade Contemporânea
• Do surgimento • Do • Da queda do • Da tomada de • Da Revolução
do ser humano aparecimento Império Constantinopla Francesa até
até o da escrita até a Romano do até a os dias atuais.
aparecimento queda do Ocidente até a Revolução
da escrita Império tomada de Francesa
(c.4000ª.C.) Romano do Constantinopla (tomada da
Ocidente (476 pelos turcos Bastilha, 1789)
d.C.) (1453)
Cap. 1 – pág. 10
CRÍTICAS À PERIODIZAÇÃO TRADICIONAL
 O termo Pré-História costuma ser criticado, pois o ser humano,
desde seu surgimento, é um ser histórico, mesmo que não
tenha utilizado a escrita. Podemos eventualmente nos referir a
essa expressão, desde que sejamos cientes de que todo passado
humano faz parte da história, isto é, das inúmeras histórias.
Afinal, o ser humano é sempre um agente histórico.

Povos sem escrita = povo pré-letrado ou povo ágrafo (sem escrita).

 O caráter europocêntrico (base de estudo algumas regiões da


Europa, do Oriente Médio e do norte da África). Portanto não
pode ser aplicada a todas as sociedades do mundo.
 É impossível que um único fato possa inaugurar ou encerrar um
período histórico. Em geral, as grandes mudanças históricas
fazem parte de um processo longo e gradativo, embora haja o
costume de se adotar determinado evento para simbolizar tais
transformações.
 Toda periodização contém algo de arbitrário. Todavia, pode
funcionar como forma de convenção social.
Cap. 1 pág. 10: Tempo e História
 Todo ser humano é um sujeito histórico, logo, tem uma parcela
de responsabilidade na construção da realidade em que está
inserido.

 O estudo da história exige o diálogo permanente entre


diferentes ciências que, associadas, ajudam a compreender e a
explicar a vida dos grupos humanos em diferentes épocas e
espaços.

 Para realizar seus estudos, os historiadores recorrem às fontes


históricas, vestígios deixados pelo homem ao longo de sua
existência. As fontes históricas podem ser escritas e não-
escritas.
Cap. 1 pág. 10: Tempo e História

 Medidas de tempo como hora, dia, mês e ano foram


estabelecidas para organizar a vida em sociedade.

 Os historiadores também utilizam medidas que correspondem a


períodos de tempo mais longos, como século e milênio.

 O tempo cronológico é diferente do tempo histórico. Enquanto


o primeiro é uma forma de medir o tempo por meio de relógios
e calendários, o segundo é utilizado pelos historiadores para
estabelecer semelhanças e diferenças entre povos que vivem no
mesmo tempo cronológico ou não.
Cap. 1 – pág. 10

• Compreendendo - Pág. 14 (1 a 4);


• Compreendendo - Pág. 19 (1 a 6);
• De olho na universidade pág. 21 – questão 1.

PERGUNTAS

E RESPOSTAS

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